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março 31, 2014

O Segredo da Bastarda por Cristina Norton



ISBN: 9789897410079
Editora: Casa da Palavra
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 304
Classificação: Bom
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Sinopse: Na ilha da Madeira, na segunda metade do século XIX, Eugênia Maria se desespera com o estado de saúde da sua filha Isabel. Aos quinze anos e vítima de tuberculose, a menina parece cada dia mais fraca e desacreditada pelos médicos. Para animá-la, a mãe resolve contar-lhe o segredo da própria paternidade, sobre o qual Isabel nunca deixara de fazer perguntas. Mas a história começa, naturalmente, muito antes, em 1775, quando nasceu à avó da garota, que foi aia da princesa Carlota Joaquina. Livro de estreia de Cristina Norton no Brasil, em O SEGREDO DA BASTARDA o leitor irá acompanhar a vida fascinante de Eugênia de Menesses, uma das netas do marquês de Marialva, educada no Brasil por uma mestra com ideias de independência e, mais tarde, dama da corte e aia da princesa prometida de Dom João VI.




Estou tão habituada com romances históricos que se passam na Inglaterra do século dezoito, que me deparar com uma narrativa que explora acontecimentos que remetem a história de meu próprio país, foi realmente uma grata surpresa.  O Segredo da Bastarda, nos leva por uma viagem ao tempo, pela antiga corte real de Portugal, em que os mais poderosos usavam suas influências e seu dinheiro, para fazer valer a sua vontade.

A chegada de Eugênia de Meneses, a primeira menina depois de três meninos, à casa de Maria José, primogênita de Cavaleiros, a senhora da Casa do Arco e Rodrigo de Meneses, filho mais novo do marquês de Marialva foi uma grande evento. Seu nascimento foi celebrado com muita alegria por dias, sendo a pequena Eugênia a filha favorita do pai nos anos seguintes.

Quando seu pai é nomeado governador e capitão general de Minas Gerais, toda a sua família vem para o Brasil e os anos que passam aqui, se tornam os mais importantes na vida e na formação de Eugênia. Graças às instruções de Felícia, sua tutora e grande amiga, Eugênia foi preparada para enfrentar todos os obstáculos que surgiriam em sua vida futura, mesmo que naquela época de brincadeiras e travessuras com seus irmãos ela não tivesse ideia disso.

Talvez um pouco “traumatizada” com a história da própria mãe, que em todos os verãos dava a luz, Eugênia jurou a si mesma que jamais casaria. Porém, tudo mudou quando ela conheceu um jovem escritor inglês e se apaixonou.  Mas, ficar ao lado de William Beckford, se mostrou ser bem mais difícil do que ela imaginava. Para seu pai o escritor não passava de um espião, fato esse que levou ele a não aceitar que sua filha querida se casasse com Beckford. Impedida de viver sua história de amor, Eugênia acaba se envolvendo com a pessoa errada e por conta de seu erro, ela é banida da corte de Portugal e levada para longe dos seus familiares, - para sempre.

Conforme Eugênia Maria contava à história de sua mãe, Eugênia de Meneses para sua filha Isabel acamada devido à tuberculose, eu fiquei me perguntando várias vezes se as coisas não teriam sido diferentes se Rodrigo de Meneses tivesse permitido o casamento da filha com William Beckford. Talvez a vida dela tivesse sido marcada mais por momentos felizes do que pelos anos de sofrimento que ela enfrentou. Ok! São épocas diferentes, mas não posso deixar de pensar que infelizmente situações em que não podemos levar em conta a nossa vontade, acontecem ainda nos dias de hoje também.

A narrativa de Cristina Norton é completamente diferente dos romances gracinhas que estamos acostumados a ler. Ela é mais intrínseca, e por revelar “fatos reais”, não possui todo o romantismo e clichês presentes nos livros do gênero. O fato de a autora ter usado uma linguagem mais rebuscada, com palavras desconhecidas, também dificulta um pouco a leitura. Além disso, em alguns momentos na narrativa fica difícil diferenciar qual “Eugênia” (se é a mãe ou a filha) o capitulo está de referindo.

Apesar de ter achado algumas passagens confusas e de ter sentido falta de alguns elementos comuns em romances históricos, eu gostei do livro. Talvez por que me apaguei mais a parte histórica da narrativa e não ao romance em si, o que de certa forma tornou ao seu modo a leitura agradável.

"Onde estavam as promessa seladas com um beijo e os amores contrariados que ultrapassavam todos os obstáculos? Impressos nos romances, em livros fechados à chave nas estantes das bibliotecas."

Com um enredo denso e melancólico, O Segredo da Bastarda é uma verdadeira aula de história que ira emocionar  e cativar os fãs do gênero. Não é uma leitura fácil, mas não deixa de ser surpreendente.

março 27, 2014

Contos da Seleção por Kiera Cass: O Guarda

ISBN: 9788565765329
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 257
Classificação: Bom
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Onde Comprar: Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Submarino - Compare os Preços.

Sinopse: Contos da Seleção: O Príncipe & O Guarda. Os dois contos que se passam no universo criado por Kiera Cass, autora da trilogia A Seleção, agora estão disponíveis em edição impressa. Em “O Príncipe e O Guarda”, o leitor pode acompanhar de perto os pensamentos e emoções dos dois homens que lutam pelo amor de America Singer. Antes de America chegar ao palácio, já havia outra garota na vida do príncipe Maxon. O conto O príncipe não só proporciona um vislumbre das reflexões de Maxon nos dias que antecedem a Seleção, como também revela mais um pouco sobre a família real e as dinâmicas internas do palácio. Descobrimos como era a vida do príncipe antes da competição, suas expectativas e inseguranças, assim como suas primeiras impressões quando as trinta e cinco garotas chegam. Para America, a vida antes da Seleção também era muito diferente. A começar pelo fato de que ela estava completamente apaixonada por um garoto chamado Aspen Leger. Criado como um Seis, ele nunca imaginou que acabaria se tornando membro da guarda do palácio. Em O guarda, acompanhamos Aspen a partir do momento que o grupo de trinta e cinco garotas da Seleção é reduzido para a Elite, conhecemos sua rotina dentro das paredes da casa da família real — e as verdades sobre esse mundo que America nunca chegou a conhecer.

Quem acompanha o blog há mais tempo, sabe que A Seleção é uma das minhas trilogias favoritas e que já postei uma “resenha resumo” dos dois primeiros livros: A Seleção e A Elite como também do conto do O Príncipe aqui no blog.  Por esse motivo, essa resenha será apenas do conto O Guarda. Ah! Podem ler ser medo, que a resenha não tem spoiler, - eu acho pelo menos.

Um fator que diferencia a trilogia A Seleção de outras que já li, é que aqui eu não consigo “escolher um lado”. Enquanto eu vejo os fãs se dividindo entre ser Team Maxon ou Team Aspen, confesso que nenhum dos protagonistas conseguiu me conquistar para o seu time. Porém, - sim a um “porém”. Algumas atitudes do Aspen me deixam mais irritada com ele, do que com Maxon. Mas, não sei se isso dá alguma vantagem para o príncipe.

Enquanto o conto, O Príncipe nos apresenta o ponto de vista do Maxon no período que antecedeu A Seleção e o principio dela, em O Guarda temos a visão do Aspen dos acontecimentos narrados em A Elite. É interessante conhecer a história por outro ponto de vista, em especial por que em A Elite, a America foi um pouco “chatinha” praticamente o livro todo.

Aspen, está no castelo para proteger a família real, mas isso não quer dizer que ele concorda com a forma que as coisas funcionam. Através de suas percepções, nos é apresentado outra realidade do castelo. Conhecemos melhor não somente a sua rotina, mas o dia a dia dos demais empregados. Eles deixam de ser “sombras”, para se tornarem personagens mais ativos na narrativa. E de certa forma eu gostei bastante de conhecer esse lado história, pois os fatos me pareceram mais reais e, e com isso a narrativa ganhou um toque mais verdadeiro.

 Determinado a se redimir, Aspen está disposto a fazer de tudo para reconquistar o amor de America. Até ai tudo bem, afinal quem nunca tentou reconquistar um grande amor (?). Só que a forma como ele faz isso, é o que me incomoda.  Uma coisa é ele querer mostrar para America que o Maxon, não é tão encantador como ele parece. Sim, por que é óbvio que ele não é perfeito. Mas, depois de tudo o que aconteceu após o baile de Halloween, ter atitudes que podem colocar tanto a America com ele em risco, é algo completamente desnecessário em minha opinião. Ao menos eu, não vejo nada de romântico nisso.

Outro detalhe em especial é que neste conto, ficou muito perceptível que autora tenta fazer com que o leitor se encante pelo Aspen. Ela realça muito as qualidades dele, e o quanto ele é bom para a America e com todos que o cercam. Entendam, - não é que eu não goste dele e prefira o Maxon. Só achei um pouco forçada essa visão, “encantadora” que a Kiera tenta passar do Aspen aqui.  Após concluir a leitura de Os Contos da Seleção, algo me leva a crer que talvez o final da trilogia, não será bem o esperado e sinceramente, eu ainda não sei como me sinto a respeito disso (...).

"America era familiar para mim por mil razões. E, sob os vestidos de gala e as joias, essas razões ainda estavam lá."

Com extras exclusivos, Os Contos da Seleção é uma leitura obrigatória para os fãs da trilogia, que promete deixar os já ansiosos, ainda mais desesperados pelo lançamento de A Escolha. Please, Kiera Cass não me decepcione.

março 24, 2014

O Príncipe da Névoa por Carlos Ruiz Záfon

ISBN: 9788581051222
Editora: Suma de Letras
Ano de Lançamento: 2013
Número de páginas: 184
Classificação:








Sinopse: Trilogia da Névoa – Livro 01. A nova casa dos Carver é cercada por mistério. Ela ainda respira o espírito de Jacob, filho dos ex- proprietários, que se afogou. As estranhas circunstâncias de sua morte só começam a se esclarecer com o aparecimento de um personagem do mal - o Príncipe da Névoa, capaz de conceder qualquer desejo de uma pessoa, a um alto preço.



♪ Ane fazendo dancinha feliz por que leu um livro do Záfon ♫. Ane muito feliz *-*

(...)

Ok! Estou um pouco empolgada demais admito. Mas, a pergunta que não paro de me fazer desde que terminei a leitura de O Príncipe da Névoa, as três e pouco da manhã é: “Por que eu não li nada do Záfon antes?” Sério leitores, - estou completamente encantada!

O jovem Max Carver muda-se com a sua família para o litoral fugindo dos perigos da Guerra, sem imaginar que estariam prestes a correr perigos maiores ainda. Logo ao chegar à cidade, Max sente que a algo estranho ali, porém com a agitação da chegada ele logo esquece essa sensação acreditando se tratar apenas do cansaço da viagem. Durante o trajeto entre a estação de trem e a sua nova morada Max e seus familiares ficam conhecendo a triste história de seus antigos moradores.

O novo lar de Max possui uma aura de mistério, o que acaba trazendo de volta a sensação que tem algo de estranho e terrível para acontecer. Se não bastasse isso, aos fundos de sua casa existe um jardim abandonado com um aspecto sinistro e estátuas enigmáticas, em especial a do palhaço que parece estar viva. Em uma tentativa de se afastar da casa e esquecer esses pensamentos ruins, Max decide dar uma passeio de bicicleta para conhecer melhor a cidade. Durante esse passeio, ele conhece Roland, o neto do faroleiro da cidade. Roland conta a Max, a misteriosa história da vida de seu avô e de um navio que naufragou há alguns anos na costa. Logo ambos se tornam grandes amigos, sem imaginar que seus dias de alegria estavam contados.

Em sua casa não é apenas Max que sente as emanações negativas do local. Alicia sua irmã mais velha tem pesadelos constantes e Irina a caçula da família ouve vozes e sussurros vindos de um antigo armário. Quando um terrível acidente acontece, Max sabe que precisa encontrar as respostas para o mistério que envolve sua casa e aterrorizante jardim das estátuas. Porém, as resposta vão se mostrar muito mais assustadoras e ele vai desejar jamais ter descoberto a verdade.

O que falar desse livro? Vi-me envolvida logo nas primeiras páginas e realmente, eu não esperava o que encontrei no decorrer da história. Até por que se eu soube-se do que se tratava, não teria lido o livro de madrugada. “Como assim Ane? Você não disse que adorou o livro?“ Sim eu adorei, mas fiquei morrendo de medo também. Sim eu confesso, sou medrosa e por isso evito ler livros ou mesmo assistir filmes que sejam ou tenham um toque de terror em especial à noite. Podem rir de mim, eu não ligo.

Porém a forma como autor Carlos Ruiz Záfon desenvolve a história é tão envolvente que mesmo estando com “medinho” (porque morro de medo de palhaços), eu não conseguia largar do livro. Os elementos como, ruínas mal assombradas, figuras malignas e um leve toque de romance juvenil dão a narrativa um ritmo denso e ao mesmo tempo eletrizante. Todo mistério envolvendo a casa, o jardim e o próprio Príncipe da Névoa, instigaram de tal forma o meu lado lógico que eu simplesmente me recusei a ir dormir antes de desvendá-lo. Confesso que fique com o coração partido ao final, mas com toda a certeza O Príncipe da Névoa é um dos melhores livros que li em minha vida. E antes que vocês se perguntem, - não, eu não tive pesadelos.

“- As lembranças ruins perseguem você sem que precise carregá-las consigo.”

Surpreendente do começo ao fim! Se você é daqueles que adoro desvendar um bom mistério sobrenatural, não pode deixar de ler O Príncipe da Névoa.

março 21, 2014

Lançamentos – Abril

Bom dia leitores!

Que tal darmos aquela espiada nos lançamentos literários de abril? Ok! Admito que alguns são do final de março, mas tá valendo não é?

Fiz um apanhado geral e selecionei os lançamentos que eu, particularmente estou bem curiosa para ler.

Confiram ai!



Estou muito ansiosa para ler O Lado mais Sombrio, desde que soube que a Editora Novo Conceito iria lançar o livro no Brasil. Não vejo a hora de ter ele em minha mãos , só espero não me decepcionar rs...

Esse mês também chega as livrarias o aguardado Entre o Agora e Sempre, continuação de Entre o Agora e o Nunca.Outra continuação que será lançada em abril, é o Eu Nunca segundo livro da serie The Lying Game da mesma autora de Pretty Little Liars.

Outros lançamentos que já estão na minha wishlist são: A Filha de Sangue, Aristóteles e Dante descobrem os Segredos do Universo e Destino Mortal. Só preciso realmente de mais tempo para ler todos os livros que quero =D

E vocês? Quais os lançamentos de abril que vocês estão contando mais ansiosos para ler?

Beijos e até o próximo post!


março 19, 2014

Poseidon por Anna Banks

ISBN: 9788581633152
Editora: Novo Conceito
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 288
Classificação: Ótimo
Onde Comprar: Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Submarino - Compare os Preços.


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Sinopse: O Legado de Syrena - Livro 01. Além da beleza fora do comum, com seu cabelo quase branco e seus olhos cor de violeta, Emma chama a atenção por ser um pouco desajeitada. Ela não se sente muito à vontade em lugar nenhum... e não sabe que sua misteriosa origem é a fonte dessa sensação. Galen, príncipe dos Syrenas, vasculha a terra procurando uma garota especial, capaz de se comunicar com os peixes — e que poderá salvar seu reino. Quando ele se encontra com Emma, a conexão é imediata: embora não saiba, Emma parece ter o dom que Galen procura. Mas, então, por que ela não conseguiu salvar sua melhor amiga do ataque do tubarão? Cabe ao príncipe convencer a teimosa Emma a enfrentar sua real natureza e aceitar o desafio. E nada pode impedi-lo de alcançar seu objetivo.

Vou confessar que de todas as criaturas místicas, as sereias são a únicas que nunca me chamaram muito a atenção. Sim, “A Pequena Sereia”, não é um dos meus clássicos favoritos da Disney, podem me julgar. Porém, como eu estava em busca de leituras rápidas e leves para o feriado, Poseidon me pareceu ser uma boa opção, mesmo eu não curtindo muito o tema (...). Para minha imensa surpresa, não só meu instinto de leitora estava certo, como também fui surpreendida por uma narrativa deliciosa que me conquistou logo nas primeiras páginas.

Emma e sua amiga Chloe resolveram aproveitar as férias de verão nas ensolaradas praias da Flórida. Em uma manhã, Emma com o seu jeitinho nada estabanado tropeça e acaba caiando nos braços do um belo e charmoso jovem, chamado Galen. Após alguns minutos de constrangimento e conversa fiada, com Galen e sua não muito simpática irmã, Rayna as duas amigas decidem aproveitar o lindo dia de sol e se divertir no mar. Só que Emma não sabia que o seu breve encontro com Galen e Rayna não era uma simples coincidência do destino. Esse encontro marcaria o começo de grandes e drásticas mudanças em sua vida. Quando Chloe morre por conta do ataque de um tubarão, ela está preste a descobrir verdades sobre as suas origens até então inimagináveis.

Galen precisará de muito mais do que apenas o seu charme para convencer uma Emma teimosa a aceitar e assumir tanto o seu lugar como suas responsabilidades com o reino dos Syrenas. Mas, se os seus deveres como príncipe de seu povo o fazem querer afastar Emma de sua vida, o seu coração a deseja cada vez mais perto.  Enquanto os jovens príncipes Galen e Rayna passam muito tempo em terra para auxiliar e proteger Emma, um novo perigo ronda seu reino, ao mesmo tempo em que as repostas que Emma e Galen procuram estão mais próximas do que ambos imaginam.

Anna Banks construiu uma trama que mescla de forma muito sutil e delicada elementos como aventura, ação, romance, bom humor e mistério. Eu diria que Poseidon tem um enredo bem estilo “Sessão Tarde”, com narrativa descontraída e personagens cativantes. Emma apesar de ser o típico estereótipo de mocinha com que estamos habituados, (linda e frágil) possui ao mesmo tempo uma determinação, que em alguns momentos soam como rebeldia, mas que fazem dela uma personagem divertida e especial.  O mesmo acontece com o Galen, que mesmo sendo tudo aquilo que já sabemos de príncipes encantados, possui emoções muito “humanas” (ele não é bem humano, né gente) o que torna ele ainda mais encantador.

Os personagens secundários também se destacam, sendo os grandes responsáveis pelos momentos mais divertidos da narrativa. Ao contrário do seu irmão, Rayna não é muito “a favor” de algumas regras de seu povo e quem mais sofre com essa sua desobediência é seu marido Toraf, melhor amigo de Galen. Eu gostei muito dessa abertura que a autora deu aos demais personagens na história, pois sempre acho um pouco monótono com a narrativa fica centralizada apenas nos protagonista. E só aqui entre nós (...) se eu tiver que escolher um personagem favorito meu voto vai para o Toraf.

Porém o que realmente me conquistou em Poseidon foi com certeza o plano de fundo da história. Anna Banks foi muito feliz em se inspirar na lenda de Atlântida para compor fatos importantes da narrativa. Isso não apenas deu à história uma base sólida a ser explorada, já que a lenda da cidade perdida de Atlântida é um dos mitos que desperta curiosidade na humanidade até hoje, como também abre um leque maior de possibilidades para a autora desenvolver a história nos próximos livros.

Poseidon foi uma das boas surpresas que tive no feriado. Com uma narrativa leve e bem humorada, ele conseguiu a proeza que nem a Ariel conseguiu. Fazer com que essa que vós escreve gostasse de uma história de sereias. Já estou roendo as unhas de curiosidade pelos próximos livros da série. Pois é, leitores (...) eu tendo fugir de séries, mas elas como vocês mesmo podem ver não deixam.

“Sempre vai se lembrar desse instante. O instante antes de tudo mudar. ”

Perfeito para fãs do gênero jovem adulto, Poseidon é um livro super gracinha que surpreende a cada capitulo. Preparem-se para se render aos encantos das sereias. Recomendo!

março 17, 2014

Café Literário – Julgando o livro pela Capa

Olá leitores do My Dear Library!

Quem aqui nunca comprou um livro só por achar a capa bonita? Ou mesmo acreditou que tinha em mãos uma história “perfeita”, por causa de uma bela capa?

Não, isso não faz de você ou eu uma pessoa superficial que só dá valor ao que é visivelmente belo. Mas, se formos um pouco sinceros com a gente mesmo, vamos ser forçados a admitir que nós temos uma leve tendência a “ignorar” livros que a capa não é assim, - tão bonita.

Ok! Muitas vezes ao ler a sinopse nos convencemos a dar uma chance para o livro, mas não adianta. Sempre quando olhamos para a bendita capa pensamos: “A história é tão legal! A capa não faz jus a isso”, ou pode acontecer ao contrário: “Apenas uma capa bonita para uma história fraca”.

O fato é que por mais importante que seja a construção da história, nós sempre iremos avaliar ela em primeiro lugar pela capa. É errado? Sinceramente eu não sei (...). Afinal, se levarmos muito esse julgamento ao pé da letra podemos correr o risco de não  conhecer uma história fantástica, ou de deparar com uma história realmente não tão boa.

Por isso, hoje vou compartilhar com vocês alguns livros que me chamaram a atenção inicialmente pela capa.  Vejam ai =)




Amanhecer – Stephenie Meyer: Ok! Posso não gostar muito da série, mas acho essa uma das capas mais simples e linda que já vi. Não me perguntem o porquê rs...

Os Ladrões de Cisne – Elizabeth Kostova: Eis um livro que comprei pela capa (shame). Comecei a leitura dele há pouco tempo, e espero não me arrepender do meu investimento =D.

A Menina que Roubava Livros – Markus Zusak: Acho tão enigmática essa capa. Em si ela não tem nada demais, porém de certa forma ela consegue ser perfeita.

Luxo - Anna Godbersen: As capas de todos os livros dessa série são lindas demais! Tenho os dois primeiros volumes, que ganhei da fofa Lívia Carolina do Lívia & Suas Carolinices (obrigada mais uma vez sua linda ). Torcendo para que eles sejam mais do que simplesmente uma capa bonita.

Contos Inacabados – J.R.R Tolkien: Tudo bem que ele é um dos meus autores favoritos (), mas esse com certeza é o livro com uma das capas mais lindas que tenho em minha estante.

Agora quero saber de vocês! Qual ou quais livros vocês já compraram só pela capa? Vale a pena ou não?

Beijos e uma ótima semana para vocês

março 14, 2014

Um Perfeito Cavalheiro por Julia Quinn

ISBN: 9788580412383
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 304
Classificação:
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Sinopse: Os Bridgerton - Livro 03. Sophie sempre quis ir a um evento da sociedade londrina. Mas esse é um sonho impossível. Apesar de ser filha de um conde, é fruto de uma relação ilegítima e foi relegada ao papel de criada pela madrasta assim que o pai morreu. Uma noite, ela consegue entrar às escondidas no baile de máscaras de Lady Bridgerton. Lá, conhce o charmoso Benedict, filho da anfitriã, e se sente parte da realeza. No mesmo instante, uma faísca se acende entre eles. Infelizmente, o encantamento tem hora para acabar. À meia-noite, Sophie tem que sair correndo da festa e não revela sua identidade a Benedict...

Acredito que não é segredo para ninguém que acompanha o blog há mais tempo, que tenho um carinho em especial com os romances de época. Por esse motivo, sempre que a Editora Arqueiro, lança mais um titulo do gênero fico super ansiosa para tê-lo logo em mãos, e claro que com Um Perfeito Cavalheiro não foi diferente.  Uma das minhas melhores leituras do feriado, esse livro me conquistou logo em suas primeiras páginas, e apenas reforçou o status da autora Julia Quinn, como uma das minhas autoras favoritas.

Era uma vez ...

Sophie sempre soube que era a filha ilegítima do conde Richard Gunningworth. Só que ela não podia imaginar era que após a morte de seu pai ela passaria há ser empregada (escrava), de sua cruel madrasta Araminta e de suas duas filhas Rosamund e Posy. Mas, como em todos os contos de fadas certa noite Sophie com a ajuda de suas fadas madrinhas consegue realizar um antigo sonho, o de participar de um baile da nobreza londrina. Protegida por uma máscara, ela conhece um príncipe encantado, o charmoso Benedict Bridgerton por quem se apaixonada imediatamente. Porém, para não fugir dos clichês, o sonho de Sophie tinha hora para acabar e a meia-noite ela some sem dar pistas de sua verdadeira identidade, deixando para trás um Benedict perdidamente apaixonado e de coração partido.

Dois anos se passam, sem que Benedict conseguisse descobrir a identidade da jovem que roubou seu coração no baile de máscaras.  Na casa dos trinta anos e com a pressão de encontrar uma esposa adequada para forma uma família cada vez maior, ele já não nutre tantas esperanças de conhecer alguém por quem possa se apaixonar novamente. Só que isso muda completamente na noite em que ele salva a jovem Sophie Beckett das mãos de nobres não muito bem intencionados. Há algo em Sophie que mexe com Benedict, ao ponto de fazer com que ele se esqueça da sua dama misteriosa do baile de máscaras. Seria tudo simples e perfeito, mas infelizmente não é.

Sendo irmão de um visconde e membro da alta-classe londrina, Benedict jamais poderá assumir ou muito menos se casar com uma simples empregada. Isso é inaceitável para um homem de sua posição. A única solução viável e “aceitável” para os termos da sociedade seria tornar Sophie sua amante. Mas, como esta se recusa firmemente a aceitar a sua proposta, o jovem Bridgerton começa a suspeitar que o passado de Sophie possua segredos terríveis e dolorosos de mais. Serão esses segredos capazes de impedir Benedict de lutar pela mulher que deseja? E por quanto tempo Sophie resistirá ao charme do homem por quem sempre foi perdidamente apaixonada? Quando a máscara finalmente cai e todos os segredos são revelados apenas o amor será capaz de definir se esse belo conto de fadas terá ou não um final feliz.

Qualquer semelhança com a história da Cinderela não é mera coincidência. Julia Quinn construiu uma releitura tão leve e encantadora como a versão do clássico da Disney que já conhecemos, dando a ele um toque mais “adulto” e real. Confesso que toda a vez que a “querida” Araminta parecia na narrativa eu a imaginava igualzinha a madrasta da Cinderela, a Lady Tremaine inclusive a voz e a roupas. E justamente por esse livro possuir certos elementos de um conto de fadas, ele consegue ser mais romântico e doce do que os livros anteriores da série. 

Tanto a Sophie como o Benedict são personagens mais maduros e apesar da forte atração que ambos sentem um pelo outro, fatores como princípios, reputação e responsabilidade para com a família são levados em conta sendo o relacionamento deles construído aos poucos. Pode não ter tido aquele “que” de comédia, que eu tinha adorado nas leituras de O Duque e Eu e O Visconde que me Amava. Mas, Um Perfeito Cavalheiro de uma maneira cativante e especial, consegui se tornar o meu livro favorito da série até o momento.

“ - Acho que preciso beijá-la – acrescentou Benedict, parecendo  não acreditar direito nas próprias palavras. – É como respirar. Não há muita escolha.”

Com uma narrativa e personagens encantadores, Um Perfeito Cavalheiro vai fazer você se emocionar e viver nem que seja por breves momentos um lindo conto de fadas. É muito gente!

março 12, 2014

Um Dia


" Um Dia ...

Você simplesmente passa a não se importar...

Com as palavras erradas ditas e com as pessoas que mudam quando lhes convém.
Com tudo que era importante, necessário e indispensável  e que de uma hora para outra perdeu todo o seu significado.

Das vezes que você não admitiu que a culpa era sua.
E com o tempo que você perdeu tentando fazer dar certo e com o vazio que ficou quando você não conseguiu.

Do tempo disperdiçado com as pessoas erradas, quando as certas sempre estiveram ao seu lado.
E das escolhas infelizes que você fez por teimosia e orgulho.
Por ter julgado o caráter pela aparência.
E por achar que precisava ser e agir como todo mundo para ser feliz e bem sucedido.

Um Dia...

Tudo isso perde a importância,
Chegamos a conclusão que passamos tempo demais perseguindo os sonhos alheios. E o que de fato nos completa e faz feliz são coisas pequenas como:

Uma risada descompromissada,
Um olhar de cumplicidade,
O céu azul,
A noite tranquila de sono.

É o simples e delicado toque de simplicidade da Vida...
Que nos faz perceber que tudo o que realmente importa e a felicidade está e sempre esteve ao nosso alcance.

Quando enxergamos essa sutil verdade, as outras coisas deixam de ter importância."

imagem: Tumblr


texto escrito por: Ariane Gisele Reis.  ©  Todos os Direitos Reservados.


março 10, 2014

Tabuleiro dos Deus por Richelle Mead

• ISBN: 9788565530514
• Editora: Paralela
• Ano de Lançamento: 2014
• Número de páginas: 424
• Classificação: Ótimo

Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.
Onde Comprar: Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Submarino - Compare os Preços.







Sinopse: Era do X - Livro 01.
Justin March, um investigador de religiões charmoso e traiçoeiro, volta para a República Unida da América do Norte (RUAN), após um misterioso exílio. Sua missão é encontrar os responsáveis por uma série de assassinatos relacionados com seitas clandestinas. Sua guarda-costas, Mae Koskinen, é linda, mas fatal. Membro da tropa de elite do exército, ela irá acompanhar e proteger Justin nessa caçada. Aos poucos, os dois descobrem que humanos são meras peças no tabuleiro de poderes inimagináveis.


Antes de começar essa resenha, vou me reservar ao direito de abrir um parêntese com capslock e tudo (EU LI UM LIVRO DA RICHELLE MEAD!!! FINALMENTE LI UM LIVRO DA AUTORA!!!), voltando a resenha normal agora.

Tabuleiro dos Deuses
me chamou a atenção logo de cara, pois pela sinopse já pude perceber que ele tinha todos os ingredientes que adoro em uma boa história. Em um cenário distópico, com um toque sobrenatural, Tabuleiros dos Deuses possui uma trama cheia de suspense, mistérios, conspirações e romance, que tornam praticamente impossível largar o livro antes do capitulo final.

Depois que o vírus Mefistófeles dizimou boa parte da população da terra, o nosso planeta entrou na chamada Era do Declínio, em que a principal preocupação das autoridades era encontrar a cura deste vírus brutal.  Com a epidemia controlada, o mundo começa a renascer das cinzas, e a Era de Renovação, marca o começo da formação de uma nova ordem mundial, mais segura, moderna e estável. 

Nesse período é que nasce o RUAN (República Unida da América do Norte), formando pelo o que restou do antigo Canadá e dos Estados Unidos, um lugar em que a tecnologia predomina em um estado quase ditatorial, em que a população é dividida por castas. Religiões não são mais permitidas, e as únicas que conseguem resistir à força desse novo governo, são aquelas que pregam a razão acima de tudo. Não há mais imagens nos templos, e nem cultos em homenagem a alguma divindade. Os sobreviventes e seus filhos se tornaram pessoas céticas, que acreditam apenas no poder do governo. Governo esse que garante que após as eleições uma nova era está para começar no mundo, - a Era X.

Mae Koskien é uma pretoriana, a elite dos soldados da RUAN. Vinda de uma das castas mais altas desta nova terra renunciou a sua vida de conforto e luxo, para seguir o seu destino e servir ao seu país. Os pretorianos são conhecidos por serem as máquinas de matar do governo. Eles são temidos por toda a população, e Mae se orgulha da farda e da vida que escolheu para si. Mas, após a morte de seu “ex-namorado”, em um momento de dor e fúria ela perde a razão e acaba sendo punida por conta disso. Ela recebe uma missão um tanto vergonhosa para um soldado de elite como ela, Mae foi designada para ser a guarda-costas de um exilado político no Panamá, o famoso estudioso Justin March.

Ninguém sabe por qual motivo Justin March, foi expulso da RUAN. Um dos mais inteligentes e bem sucedidos investigadores de religiões clandestinas do governo, Justin leva uma vida sem regras, em seu exílio no Panamá quando é surpreendido com um bilhete de sua antiga supervisora de departamento Cornelia Kimora. O governo precisa dos conhecimentos de Justin, para desvendar uma série de assassinatos, que desafiam toda e qualquer lógica. Essa é a única chance que Justin tem de voltar ao seu país e ter seu emprego de volta. Mas, as coisas vão ser bem mais complicadas do que aparentemente parecem, afinal ele e Mae estão prestes a descobrir que eles são apenas mais duas peças no Tabuleiro dos Deuses.

Com uma narrativa diferente do que estamos acostumados, me vi fisgada por esse livro logo nos primeiros capítulos. O que mais me atrai em distopias é a forma como esses novos mundos surgem, e a possibilidade de que alguma dessas teorias “malucas” um dia possa ser confirmada.Confesso que achei o começo um pouco lento, mas conforme a narrativa foi avançando me via cada vez mais envolvida pela história.

Gostei muito da forma como a autora Richelle Mead compôs a história, pois por mais que a base da sociedade em RUAN fosse bastante rígida a população em si não abria mão do luxo, e a uma vida regada a bebidas, festas e tudo o que a tecnologia permitia. A autora também soube conduzir à narrativa inserindo a cada capítulo, informações preciosas para um desfecho cercado de mistérios e ação, mesclando com sucesso temas como filosofia, mitologia e ficção científica, deixando a leitura de Tabuleiros dos Deus ampla e rica em detalhes.

Os personagens também são intensos e maduros. Mae está longe se ser uma mocinha frágil e indefesa, da mesma forma que Justin é o estereótipo oposto de um príncipe encantado, o que torna o relacionamento deles algo mais interessante e imprevisível.  Até mesmo os personagens coadjuvantes como a Tessa e o Leo no decorrer na trama se mostram peças importantes nessa partida com os deuses, que pelo jeito só está começando. Fiquei tão entretida com a história, que cheguei a sonhar com ela. Acho que deu para perceber o quanto eu adorei esse livro! ()

“- Nós somos peças num tabuleiro, dr. March, e alguns de nós são mais poderosos que outros.”

Intrigante, sombrio e fantástico.  Ganhei uma nova série para chamar de minha. Recomendo!

março 07, 2014

#naplaylist – Músicas para a Academia

Olá leitores, tudo bem?

Sabem tudo aquilo que vocês leem sobre a "famosa preguiça" do signo de Touro, em fanpages como a Astrologia da Depressão? Acreditem é verdadeira, pelo menos no meu caso. Nunca fui à aluna mais ativa nas aulas de Educação Física na época de escola, e entre as coisas que mais amo fazer na vida estão dormir e comer. 

Mas, com os 2.9 já se aproximando (estou ficando velha) senti a necessidade de deixar o meu velho e nada bom amigo sedentarismo de lado e começar a levar uma rotina de exercícios físicos a sério.  Não foi fácil, abdicar do meu tempo livre para isso, porém com os primeiros resultados já aparecendo, percebo que tinha que ter tomando essa decisão há mais tempo.
O meu grande problema foi montar um treino em que eu não ficasse entediada. Odeio exercícios repetitivos, fujo das aulas de musculação e o fato de ter tendinite de ombro/cotovelo/punho (isso que dar ser designer), contribui um pouco para que eu evite aulas que cause muito impacto. 

Por isso, escolhi fazer aulas de bike e caminhar na esteira por que além de ficar sempre em movimento podendo alterar a velocidade e a intensidade do exercício, posso ouvir uma musiquinha básica para me deixar animada durante o treino. Afinal, não é fácil manter o ritmo.

E para incentivar vocês a mexerem o corpinho também, eu montei uma playlist bem legal para todo mundo deixar a preguiça de lado.  Confiram ai =D

imagem: tumblr.

The Black Eyed Peas - The Time (Dirty Bit).

LMFAO - Party Rock Anthem ft. Lauren Bennett, GoonRock .

Younique Unit - Maxstep.

Jennifer Lopez - On The Floor ft. Pitbull.

The Wanted - Glad you Came.

Confesso que com exceção da terceira música (por motivos óbvios), as outras eu só fui conhecer agora (shame), por que elas fazem parte da playlist do meu treino de bike da academia mesmo. De tanto ouvir acabei gostando e incluindo elas na minha playlist pessoal.

Se vocês tiverem alguma sugestão de música bem animada, é só deixar aqui nos comentários do post. Essa que vos escreve agradece =D

Beijus ;****

março 05, 2014

Almanova por Jodi Meadows


ISBN: 9788565859172
Editora: Valentina
Ano de Lançamento: 2013
Número de páginas: 288
Classificação: Bom
Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.


Sinopse: Trilogia Incarnate - Livro 01.
Por milhares de anos, no Range, milhões de almas vêm reencarnando, num ciclo infinito, para preservar memórias e experiências de vidas passadas. Entretanto, quando Ana nasceu, outra alma simplesmente desapareceu... e ninguém sabe por quê. A própria mãe de Ana pensa que a filha é uma sem-alma, um aviso de que o pior está a caminho, por isso decidiu afastá-la da sociedade. Para fugir deste terrível isolamento e descobrir se ela mesma reencarnará, Ana viaja para a cidade de Heart, mas os cidadãos de lá temem sua presença. Então, quando dragões e sílfides resolvem atacar a cidade, a culpa deverá recair sobre...






Estou a uns bons minutos imaginando a melhor forma de começar a resenha desse livro. Não que eu não tenha gostado da história. Na verdade eu gostei bastante da premissa e da proposta da autora Jodi Meadows de explorar o gênero sobrenatural de uma forma diferente. Só que sinto que faltou alguma coisa, para que Almanova conseguisse me cativar e surpreender.

Existe um mistério em relação ao nascimento de Ana. Ao contrário de todos os habitantes de Range que a milhares de ano vem reencarnando ela é um ser novo, sem lembranças de uma vida passada ou esperanças de uma vida futura. Depois de dezoitos anos vivendo com a sua mãe Li e sendo humilhada por ela constantemente, Ana decide sair de casa em busca de respostas que expliquem o que deu errado em seu nascimento.  Mas, chegar à Heart vai se mostrar mais complicado do que Ana esperava. No meio do caminho ela é ataca por uma sílfide e por pouco não perde a sua vida. Com a ajuda de Sam, Ana sobrevive e juntos os dois partem para uma jornada que pode mudar suas vidas e dos habitantes de Heart de uma forma que eles nunca imaginaram ser possível.

Gosto muito de livros, filmes e séries que abordam a questão da reencarnação, por ela ser um tema que sempre me chamou a atenção. Por esse motivo, logo que soube do lançamento de Almanova fiquei bastante empolgada. Porém, infelizmente acho que fui com muita sede ao pote. Não posso deixar de mencionar que a autora Jodi Meadows foi ousada, ao mesclar um tema um tanto complexo e até contraditório com elementos e criaturas comumente presentes na literatura fantástica. Mas, essa mistura pelo menos em meu ponto vista deixou a narrativa um tanto confusa.

A protagonista da história, a Ana é uma personagem complexa cheia de dilemas e frustrações, o já deixa a narrativa por si só mais densa e com um ritmo mais devagar. A mistura de muitos elementos no enredo me deu a sensação que a autora não conseguiu explorar todo o potencial da personagem e nem da história. É tudo muito raso, sendo as explicações dadas ao final do livro não muito compatíveis com o que a trama prometia.

Outro ponto que achei um pouco desconexo foi à ambientação da história. Heart me lembrou de uma antiga cidade medieval, tanto pelos costumes de sua população com por ter as típicas celebrações em ocasiões especiais e reuniões em mercado. Porém, alguns objetos usados pelos personagens me pareceram um tanto modernos demais, o que acabou deixando algumas coisas um pouco fora de contexto, ao menos na minha visão. Não que isso tenha sido um fator negativo, mas contribuiu um pouco para que a história se tornasse um pouco mais “estranhas” em determinados momentos.

Os personagens são interessantes, pois todos possuem uma carga emocional muito grande e personalidades que se destacam ao longo na história. Confesso que não consegui me simpatizar muito com a Ana, por achar que às vezes ela complicava demais as coisas sem necessidade. O Sam foi o personagem que mais gostei, ele é bondoso e paciente do tipo de pessoa que todo mundo gosta de ter por perto. O romance entre os dois é bonitinho, mas não chega a ser encantador. Como mencionei no começo da resenha, no geral senti que faltou aquele “algo mais” na história.

Acredito que por ser o primeiro livro de uma série, que tem como intenção ser um sobrenatural diferente, Almanova funcionou bem com um livro introdutório, mas não vou negar que senti uma pequena decepção com o rumo que a história tomou. Resta-me esperar que Almanegra, o próximo volume da série Incarnate, traga toda a ação, aventura e romance que Almanova prometeu e não cumpriu, - infelizmente.

“O que é uma alma senão uma consciência que nasce e renasce?”

Para quem gosta de literatura sobrenatural, ou mesmo está em busca de algo diferente e original para ler, Almanova é uma ótima opção. Não foi o livro mais fantástico que li em minha vida, mas ainda espero boas surpresas da série Incarnate.

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