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dezembro 15, 2013

Elantris por Brandon Sanderson



ISBN: 9788581632810
Editora: LeYa
Ano de Lançamento: 2013
Número de páginas: 576.
Classificação: Ótimo.
Onde Comprar: Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Submarino - Compare os Preços.

Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.


Sinopse: O príncipe Raoden, de Arelon, foi um dos tocados pela maldição que o levou a viver, ou a tentar sobreviver, em meio à loucura e maldições da cidade caída que, desde a maldição, tornara-se um cemitério para os que foram amaldiçoados. Prestes a se casar com Sarene, filha do rei de um país vizinho de Arelon – uma mulher que nem chegou a conhecer pessoalmente, mas que, mesmo com um casamento politicamente forçado, passou a conviver por meio de cartas – o príncipe é dado como morto, uma situação que parece ser irremediável, mas que precisa de explicações. E são esses mesmos esclarecimentos que Sarene procura ao chegar em Arelon e descobrir que tornara-se viúva antes mesmo de conhecer seu marido. E a partir daí começa a entender que terá que tomar conta de tudo sozinha, principalmente de um homem chamado Hrathen, um dos mais poderosos nobres, que está disposto a substituir o rei Iadon, pai de Raoden, para poder converter o país à religião Shu Dereth.

Desde seu lançamento Elantris foi um livro que me chamou muito a atenção.  Um dos motivos é um tanto óbvio já que não é segredo para ninguém que sou fã de literatura fantástica, agora junte isso a uma arte de capa linda. Pronto! Mais um livro para minha “pequena” lista de desejados.  Com uma narrativa precisa, rica em detalhes e personagens fortes, faz com que a leitura de Elantris seja uma incrível viagem ao desconhecido, onde cada capítulo reserva uma emoção e uma surpresa diferente.

Há muitos anos atrás se acreditava que os elantrianos eram deuses e deusas. Elantris resplandecia em sua glória e imponência. A cidade como seus cidadãos brilhava como ouro, e todos os humanos “normais” ansiavam pelo dia que também seriam tocados pela bênção de Elantris e assim se tornarem deuses, - mas tudo isso mudou. Do dia para noite o que era uma dádiva se tornou maldição, e os tocados pela Shaod passaram a ser condenados a viver nas ruínas da antiga cidade luz, para viverem atormentados por toda a eternidade.

Desde a queda de Elantris a Shaod (transformação) é tão temida entre os habitantes do reino de Arelon, que nem mesmo o príncipe herdeiro escapou da condenação. Raoden é jogado em Elantris antes mesmo de conhecer a sua noiva Sarene.  Essa que por sua vez se depara com uma realidade um tanto sombria ao chegar a Arelon, vinda de um país vizinho por conta do casamento arranjado. Ela está viúva de um homem que nunca conheceu, sozinha em um país estranho e terá que enfrentar a ameaça que o misterioso Hrathen significa para sua nova casa e família.

A história é apresentada pela perspectiva dos três protagonistas Raoden, Sarene e Hrathen.  Através dos fatos narrados por cada um, é possível se ter uma visão ampla do enredo e principalmente dos segredos e mistérios que envolvem o mito de Elantris. O mais interessante de tudo isso, é que apesar dos capítulos se intercalarem e cada um ser narrado por um personagem diferente, eles possuem uma ligação entre si o que me deixava cada vez mais curiosa para saber o que iria acontecer no próximo capítulo. O que tornou a leitura de Elantris super rápida, mesmo o livro em si sendo um pouco extenso.

O autor Brandon Sanderson, construiu tão bem os alicerces da sua história,  que embora em alguns momentos a narrativa ficasse um pouco confusa, em especial nos primeiro capítulos (já explico o porquê), eu conseguia visualizar Elantris e todo o mundo criado por ele de uma maneira muito “real”, algo que às vezes não é tão fácil quando se lê fantasia. O livro é um pouco confuso sim, no começo por conta do “idioma” que o autor criou. Algumas palavras foram difíceis de entender na primeira vez que li o que tornou os diálogos “estranhos”. Porém, depois que eu me “familiarizei” com alguns termos a leitura fluiu de uma maneira leve e só me dei conta do quanto estava envolvida com a história quando cheguei ao capítulo final.

E nesse sentindo, o autor Brandon Sanderson conseguiu me surpreender. No decorrer da narrativa as situações que foram surgindo, sempre tomavam um rumo que eu não imaginava.  Até mesmo um personagem que a principio eu não tinha me simpatizado, no final conquistou minha admiração, sendo em minha opinião o melhor personagem do livro. Não vou dizer quem é (Ane sendo malvada), mas é para não dar spoilers, por que se eu falar quem é, perde toda a graça também.

Outro que vale pena destacar no enredo de Elantris, é que mesmo se tratando de um livro de literatura fantástica, o autor usou de elementos bem reais, como o preconceito e a intolerância religiosa e outros temas atuais que dão ao livro uma melhor consistência, tornando a história ainda mais envolvente.

“Elantris foi bonita, no passado. Era chamada de cidade dos deuses: um lugar de poder, esplendor e magia (...). Lá podia viver em bem-aventurança, governar com sabedoria e ser venerada por toda a eternidade. A eternidade terminou a dez anos."

Com doses certas de ação, mistério, aventura e romance, Elantris é um livro que agrada tanto aos fãs do gênero, como os mais curiosos que estão em busca de uma leitura diferenciada para sair da rotina.  Posso até parecer repetitiva, ou cair nos meus próprios clichês, mas não encontro forma melhor para definir Elantris do que um livro realmente FANTÁSTICO!

outubro 31, 2013

Uma Bruxa na Cidade por Ruth Warburton



• ISBN: 9788580448566
• Editora: LeYa
• Ano de Lançamento: 2013
• Número de páginas: 344
• Classificação: Muito Bom
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cortesia para resenha.


Sinopse: Trilogia Winter - Livro 01

Quando o amor e a magia se misturam, quem poderá distinguir a fantasia da realidade? Anna Winterson não sabe que é uma bruxa, e provavelmente zombaria de quem insinuasse algo parecido. Quando ela se muda para a cidade de Winter, começa a descobrir do que é capaz quando usa seus poderes. A confusão começa quando ela conhece Seth, o garoto mais bonito e cobiçado da escola. Numa brincadeira aparentemente inofensiva, Anna o enfeitiça para que ele se apaixone. E, sem querer, acaba deflagrando uma guerra entre dois clãs de bruxos rivais. A bruxinha quer apenas viver seu amor, mas se sua mágica é capaz de controlar a paixão de Seth, ela poderia ser tão monstruosa quanto os seres que estão tentando usar seus poderes em benefício próprio?

Não, não é mera coincidência essa resenha ir ao ar hoje. Afinal, nada melhor para comemorar o Halloween, não é mesmo? Uma Bruxa na Cidade é o típico livro que possui uma narrativa leve e cheia de mistérios que por mais clichê seja, consegue encantar e aumentar a curiosidade do leitor a cada capítulo. Ah! Ele dá um pouco de “medinho” também, afinal aqui os bruxos e bruxas são de verdade e há feitiços e encantamentos por todos os lugares.

Anna Winterson acaba de se mudar com o seu pai para pequena cidade de Winter, na Inglaterra. Logo no primeiro dia de aula em seu colégio novo ela acaba se apaixonando por Seth, o bad boy mais cobiçado do colégio.  É no colégio que ela também descobre que a propriedade uma pouco isolada em que ela mora com o pai, é conhecida pelos habitantes do local como “A casa da Bruxa”.  Só que tanto para Anna como para seu pai, isso tudo não  passa de uma superstição boba, mas é claro que eles não podiam sonhar o quanto eles estavam enganados. O que aparentemente não passava de um inofensivo livros de receitas, era mais perigoso do que eles imaginam.

Em uma noite típica de meninas Anna e suas June, Liz e Prue descobrem que o livros de receitas, é na verdade um livro de feitiços e resolvem testar um em especial para ver se funciona. É óbvio que o feitiço não funciona como todas gostariam, ou quase todas.  Sem conseguir imaginar ou entender o porquê Anna conseguiu aquilo que inconsequentemente queria, - Seth está completamente apaixonado por ela. Anna se desespera e na tentativa de concerta o seu erro, ela acaba provocando ainda mais “acidentes”, inclusive arriscando sua própria vida.

Depois que uma tempestade assustadora passa por Winter, Anna recebe em sua casa a visita de Emmaline, sua colega de classe misteriosa e de sua mãe Maya. Elas estão ali para ajudar Anna, afinal elas sabem muito bem o que Anna é -, uma bruxa. A principio ela tem dificuldade de acreditar e aceitar o fato, mas quando seus poderes começam a dar mostras que estão saindo de seu controle e ela se torna alvo de um clã poderoso de bruxos não muito “amigáveis”, os Ealswitan. Anna percebe finalmente que ninguém pode fugir do seu destino, principalmente quando ele pode revelar uma parte importante da sua vida.

Bem, juro que eu tentei gostar Anna. Eu tentei entender ela. Tentei de todas as formas, colocar- me no lugar dela só que não deu. Ela não é uma má pessoa nem nada disso. Aliás, quando ela não está pensando no Seth, respirando pelo Seth, fazendo drama pelo Seth, ou se comportando com uma doida obsessiva pelo Seth, ela é legal. Só que infelizmente ela passa praticamente quase todo o livro agindo com eu acabei de descrever e por conta disso fazendo uma burrada atrás da outra. Até mesmo o Seth sobre de ”chatice crônica” em alguns momentos.  Complicado, bem complicado.

Porém, se os protagonistas não conseguiram ganhar o meu coração, os personagens secundários conseguiram. Em especial o clã de bruxos de Winter formado por pela poderosa Maya e sua família. Todos eles possuem habilidades únicas que são usadas para proteger a cidade. Emmaline possui uma personalidade direta e não tem muita “papas na língua”, o que contrasta bastante com a sua mãe e a sua irmã Sienna que são mais tímidas e contidas. Mas, quem realmente me chamou atenção foram os irmãos Simon (marido da Sienna) e Abe. O Simon é o mais extrovertido do clã e às vezes acaba falando um pouco demais justamente por causa disso. Já Abe é sarcástico, além de ser o único que sabe como os Ealswitan são perigosos. Ele é aquele tipo de personagem que você ainda não consegue ter certeza de que lado está.

Uma Bruxa na Cidade possui uma narrativa muito bem construída com elementos que tornam a narrativa rápida e agradável. A autora Ruth Warburton, trabalhou muito bem com mitos e dessa forma ela conseguiu criar uma atmosfera em que a magia está presente nos mínimos detalhes da história. O enredo tem um “que” de história contemporânea com um toque medieval que reforça todo o clima de segredos e mistérios da trama. É o tipo de leitura que faz você literalmente viajar na história.

Com vários momentos de ação e com personagens intrigantes, como o avô de Seth que pelo visto sabe mais do que de fato quer contar, Uma Bruxa na Cidade é um livro que deixa muitas perguntas no ar, o que me deixou super curiosa para ler a continuação da série. Sim, logo eu que ando evitando “me afeiçoar” a séries literárias. Só espero que nos demais livros a Anna não me tire tanto do sério como ela me tirou nesse primeiro livro. Por que senão vai ficar difícil torcer por ela. Bem difícil (...).

“Não se pode mudar a alma de ninguém com um feitiço, Anna – não se pode fazer alguém amar, não amor de verdade, não assim”.

Leitura indispensável para os fãs de literatura fantásticas, Um Bruxa na Cidade agrada também quem está em busca de uma história cheia de mistérios, muita ação e um romance leve. Fica a dica!

setembro 15, 2013

Wild Cards por George R.R. Martin



ISBN: 9788580445107
Editora: LeYa
Ano de Lançamento: 2013
Número de páginas: 480
Classificação: Bom
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Sinopse: O Começo de Tudo - Livro 01.
Ao fim da Segunda Guerra Mundial, a Terra é salva por pouco de um meteoro alienígena. Porém, o vírus que a bomba espacial carrega cai em Nova York e, gradativamente, espalha-se pelo mundo, contaminando parte da população e dotando parte dos sobreviventes com poderes especiais. Alguns foram chamados de Ases, pois receberam habilidades mentais e físicas, alguns foram amaldiçoados com alguma deficiência bizarra e, por isso, batizados de Coringas. Parte desses seres, agora especiais, usava seus poderes a serviço da humanidade, enquanto outros despertaram o pior que havia dentro de si.




Ao começar a leitura de Wild Cards não sabia ao certo o que iria encontrar.  Claro, que o fato do livro ser “escrito” por um dos autores mais aclamados de literatura fantástica dos últimos anos, fez com que minhas expectativas em relação à obra fossem as melhores. Não que elas não tenham sido atendidas, porém o “excesso” de pessoas escrevendo a mesma história e com isso dando a sensação que se tratava de “histórias paralelas” unidas em um livro só, tornou a leitura em determinados momentos confusa.

A história começa em 1946, após o termino da Segunda Guerra Mundial em que metade do mundo está buscando se reerguer das cinzas.  Nos primeiros capítulos conhecemos um pouco os protagonistas da série e temos uma pequena noção de como a guerra interferiu na vida de cada um. Quando parecida que o mundo finalmente teria um pouco de paz, um vírus alienígena poderosíssimo atinge a cidade de Nova Iorque para logo após se espalhar pelo mundo, levando não somente o caos pelo planeta, mas criando também duas novas gerações de “seres humanos”: Os Ases, que possuem “dons” como telepatia, força descomunal, e outros poderes assombrosos, e os Coringas que não foram tão abençoados pelo vírus assim e se tornaram verdadeiras aberrações.

Para tentar trazer a ordem ao planeta novamente, foi criado o Comitê da Câmara sobre Atividades Antiamericanas, que tinha como principal missão prender todos os Ases. Só que o esse Comitê não contava com o fato de que essa “caçada” a todos que foram afetados pelo vírus alienígena saísse de controle por conta das leis aprovadas que "obrigavam" todos os Ases a proteger os Estados Unidos. Se vocês estão achando alguns detalhes levemente parecidos com X-MEN, - sim eles não são meras coincidências. Em muitos momentos durante a leitura eu fiquei esperando aparecer um Professor Xavier ou um Magneto, coisa que logicamente não aconteceu.

Wild Cards não é um livro “comum” e não apenas por ele misturar elementos da literatura fantástica com ficção científica, mas por que durante todo o desenvolvimento da história o leitor tem que lidar com pequenos por menores que fazem com que a leitura dele seja um pouco “travada”. Os capítulos, por exemplo, eles não são contínuos. Na verdade Wild Cards passa mais a sensação que é uma coletânea de contos, que mesmo tendo relação entre si, muitas vezes deixam aquela sensação vaga que nenhum tem muito haver com o outro. É justamente aquilo que eu comentei no começo da resenha. Parece que você está lendo histórias paralelas, dentro de uma realidade paralela em que todo mundo quer deixar a sua marca na história, por assim dizer.

Alguns desses “contos” são muito bons em especial o "Capitão Cátodo e o Ás Secreto", escrito por Michael Cassutt e a “A Garota Fantasma conquista Manhattan”, escrito por Carrie Vaughn que foram os que mais prenderam a minha atenção, enquanto outros não que sejam ruins, mas também não são bons, se é que vocês me entendem (...). Durante toda a leitura eu convivi com certa oscilação no meu ritmo leitura, por conta da forma com que cada autor escrevia. Eu conseguia visualizar os pontos em comuns presentes em cada capitulo, mas a diferença na hora de explanar a história em si deixa um pouco a desejar em minha opinião.

Outro detalhe é que para quem estava esperando (tipo eu assim), que o livro era escrito por George R.R Martin logo no começo da história acaba se decepcionando um pouco, pois aqui ele é apenas o editor e colaborador da série Wild Cards. Assim, isso não chegou a ser um grande problema, até por que ainda não li nada dele até agora então não posso fazer nenhum comparativo.  Mas (...).

Eu gostei do livro, apesar da história ter me deixado um pouco confusa e perdida em alguns momentos eu acredito que no decorrer da série, que conta no total com vinte e dois volumes as lacunas presentes nesse primeiro livro serão preenchidas.  Afinal, que a série tem um grande potencial para conquistar leitores apaixonados, isso não resta dúvidas.

“No instante seguinte, ele viu com triste desalento a pele dela escurecer, ficar roxa e então negra. Mais uma das minhas, pensou ele.”

Wild Cards não decepciona quem gosta de histórias de ficção que intercalam com maestria mundos fantásticos e a realidade. A minha dica é: mesmo que um capítulo não seja muito empolgante, não desista no livro, por que com certeza haverá capítulos que irão fazer com que a leitura valha a pena.



agosto 24, 2013

O Aprendiz de Assassino por Robin Robb



• ISBN: 9788580448160
• Editora: LeYa
• Ano de Lançamento: 2013
• Número de páginas: 416
• Classificação: Muito Bom
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Sinopse:  Saga do Assassino  - Livro 01

O jovem Fitz é o filho bastardo do nobre Príncipe Cavalaria e foi criado pelo cocheiro de seu pai, à sombra da corte real. Ele é tratado como um penetra por todos na realeza, com exceção do Rei Sagaz, que faz com que ele seja secretamente treinado na arte do assassinato. Porque nas veias de Fitz corre a mágica do Talento – e o conhecimento obscuro de um garoto criado em um estábulo, entre cães, e rejeitado por sua família. Quando assaltantes bárbaros invadem a costa, Fitz está se tornando um homem. Logo ele enfrentará sua primeira missão, perigosa e que despedaçará sua alma. E embora alguns o vejam como uma ameaça ao trono, ele pode ser a chave para a sobrevivência do reino.


Uma das coisas que mais me atrai em livros de fantasia, é a capacidade do autor “brincar” com a realidade a transformando em algo mágico, envolvente e completamente surpreendente. Para minha felicidade, embora em alguns momentos o meu ritmo de leitura tenha sido um pouco “devagar”, O Aprendiz de Assassino se revelou um daquelas leituras em que temos uma relação de “amor e ódio” com a história, mas que ao final você se vê completamente conquistado.

Aos cinco anos Fitz foi deixando pelo avô materno aos cuidados dos cavaleiros do rei. Segundo ele estava na hora do Príncipe Herdeiro, Cavalaria assumir o que tinha feito. Sendo filho ilegítimo do príncipe, ele jamais teria acesso às regalias dos demais membros da família real e ainda teria que aprender a conviver com o desprezo que muitos nutriam por ele, em especial o príncipe Majestoso. Abandonado e sem ter para onde ir, Fitz é criado por Bronco, grande amigo de seu pai nos estábulos da Torre do Cervo entre os cães e os cavalos. Porém, em um daqueles misteriosos acasos do destino o Rei Sagaz, percebe que talvez o erro cometido por seu filho, pode se tornar algo útil para o reino e ordena que ele comece a ser educado de forma correta.

Enquanto Fitz começa as suas aulas para aprender tudo o que um cavaleiro precisa saber, ele começa também a ter aulas noturnas e secretas com o atual assassino do rei, o enigmático Breu. Mas, misteriosos navios vermelhos começam a atacar a população das regiões costeiras dos Seis Ducados, e aparentemente não é de riquezas que esses temidos “piratas” estão atrás. Em todas as cidades em que eles atracam seus navios um fato assustador acontece. A população capturada tem suas mentes destruídas e perdem completamente a consciência de sua humanidade.

Com essa preocupação a mais em mente, o rei ordena a Galeno o mestre do Talento a ensinar a técnica a quem quer que possua aptidão na Torre do Cervo. Dessa forma, um círculo seria criado para ajudar ao rei e ao príncipe Veracidade a proteger o reino da ameaça dos navios vermelhos. Porém aprender a dominar o Talento se mostrará uma tarefa muito mais difícil para Fitz do que aprender a matar sem deixar vestígios. Galeano guarda segredos obscuros, segredos esses que fazem com que ele nutra um ódio mortal por Fitz. Do dia para noite Fitz tem sua simples rotina mudada, mas o que ele não sabia é que a sua lealdade para com o rei e sua vontade de se mostrar digno iram arruiná-lo para sempre.

A narrativa da autora Margaret Astrid Lindholm Ogden, que assina com o pseudônimo Robin Hobb, não possui aquele ritmo continuo. Alguns capítulos são muito bons, porém outros embora fundamentais para o enredo são um pouco mais lentos com descrições desnecessárias, o que pode tornar a narrativa em determinados momentos um pouco monótona, principalmente para quem não é muito fã do gênero fantasia.  Em algumas partes eu tive a sensação que a autora meio que não sabia para onde ir, ao mesmo tempo em que eu também não sentia aquela “emoção e apego” pelos personagens, só que mesmo assim não conseguia largar o livro.

Fitz conseguiu me deixar muitas vezes à beira de um ataque de nervos. Ok! Eu admito que sempre acabo tendo algum problema com os protagonistas, isso é um fato já. Porém, em minha opinião era inaceitável  a estupidez com que Fitz agia em determinadas ocasiões, principalmente para quem estava sendo treinado para ser o assassino do rei.  De verdade, me dava desespero ver as bobagens que ele fazia às vezes. Só não conseguia sentir mais raiva do Fitz por que ele sofre tanto no decorrer da história que chega a partir o coração de quem esta lendo. A cada coisa boa que acontece na vida dele, parecia que umas dez coisas ruins aconteciam também. Em muitos momentos senti um nó se formando na minha garganta e meu coração ficava apertado por conta do sofrimento dele. Eu pensava: “Chega! Já deu! Deixem-no me paz, por favor!”, é sério gente (...) muito triste mesmo.

Outro detalhe que me incomodou um pouco na história, foi que senti falta de um personagem fora Fitz que se destacasse no enredo de alguma forma. Por mais que a principio tenha sido um pouco estranho os personagens não possuírem “nomes comuns”, pois no reino dos Seis Ducados os membros da família real e os demais nobres recebiam nomes de acordo com o seu talento, o maior problema aqui é que temos apenas a visão que o Fitz tem da pessoa. Assim, você não chega a conhecer nenhum dos demais personagens “profundamente”.  Você sabe o que o Fitz sabe sobre a pessoa, e gosta ou desgosta dela de acordo com o sentimento que o personagem nutri por ela, o que de certa forma me incomodou um pouco, pois é perceptível que muitos personagens tinham potencial para se destacarem mais. Como por exemplo, o próprio Breu, o príncipe Veracidade e até mesmo o Bobo.

Tudo bem que a história é narrada pelo Fitz e a cada capítulo ele nos conta um pouco da sua vida e a história aqui é dele, mas talvez se a autora tivesse deixando um pouco aqueles detalhes desnecessários de lado e focado um pouco em mostrar às qualidades e o defeitos dos demais personagens a narrativa poderia ser mais envolvente. Assim o livro é muito bom, só que poderia ser infinitamente melhor.

“(...) não fuja. Ninguém nunca ganhou o que quer que fosse fugindo.”

Uma história surpreendente e com ingredientes que agrada tanto a jovens como adultos, O Aprendiz de Assassino é um livro que conquista e deixa o leitor curioso a cada capítulo. Leitura indispensável para os fãs de literatura fantástica e que não decepciona quem está em busca de uma grande aventura. 


julho 28, 2013

As Lembranças de Alice por Liane Moriarty




• ISBN: 9788580448184
• Editora: LeYa
• Ano de Lançamento: 2013
• Número de páginas: 376
• Classificação: Bom
Onde Comprar: Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Submarino - Compare os Preços.


Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.


Sinopse: Perder A Memória Pode Ter Sido A Melhor Coisa Que Aconteceu A Ela...

Alice tem 29 anos, é apaixonada pelo marido, Nick, e está grávida de 14 semanas do seu primeiro filho. Ao menos é isso tudo o que ela se lembra. Imagine sua surpresa ao ser informada – quando acorda após um incidente em que bateu a cabeça – de que é mãe de três crianças, está com relações cortadas com a sua irmã e passa por um divórcio conturbado, às vésperas de completar 40 anos! A queda apagou a memória da última década de Alice. Agora ela terá que construir seu futuro apagando os erros de um passado que sequer lembra-se de ter existido. Poderá uma amnésia se tornar o melhor acontecimento em sua vida, nos últimos dez anos?

 Tem livros que não são encantadores ou fantásticos, mas de alguma forma eles se tornam marcantes pelo simples fato de fazer você parar e refletir.  São aquelas histórias doloridas que de tão bonitas e verdadeiras, fazem com que você se coloque no lugar do personagem e se imagine naquela situação.  As Lembranças de Alice foi o livro mais triste e denso que li no ano até agora, porém de certa forma ao final ele foi reconfortante.

Em uma manhã de sexta-feira comum como todas as outras, Alice Love escorrega e bate a cabeça durante uma aula de step na academia. Ao acordar depois da queda ela não apenas estranha o local onde está, mas o fato das pessoas presentes aparentemente conhecê-la, quando ela não faz a menor ideia de quem elas sejam. Perdida e assustada, Alice é levada ao hospital e lá descobre que não está em 1998 como acredita e sim 2008. Dez anos de sua vida foram apagados de sua memória e agora ela terá que lutar contra o medo e o desespero de não se lembrar do que aconteceu nesses anos, ao mesmo tempo em que ela tenta a todo custo recuperar os fragmentos perdidos de sua vida.

Sem saber como foram os últimos dez anos, Alice terá que lidar com o fato de ser mãe de três filhos dos quais não se lembra de ter dado a luz e a um divórcio conturbado com Nick o homem que ela ainda acredita amar. Se não bastasse toda essa confusão emocional, Alice percebe que a relação com a sua irmã mais velha Elizabeth está abalada e que todos os mistérios e problemas de sua vida atual giram em torno de uma pessoa, Gina. Quem teria sido Gina e qual papel ela teve na vida de Alice?  Conforme os dias passam Alice não apenas precisa juntar os pedaços de sua vida, mas principalmente tentar salvar seu o futuro e de sua família.

Confesso que achei o inicio um tanto monótono. Não sei se isso aconteceu pelo fato de algumas atitudes da Alice beirar a infantilidade, ou por que tanto ela como e sua irmã Elizabeth serem personagens um pouco “difíceis”. As duas têm tantos conflitos internos e são tão complexas que durante a leitura ao mesmo tempo em que me cativavam elas me irritavam, por serem tão egoístas. Eu me senti dividida inúmeras vezes entre um sentimento de compaixão e raiva pelas duas. A narrativa em si também demorou um pouco para ganhar ritmo, o que acaba tornando a leitura um pouco lenta e densa demais no começo.

Acredito que a intensão da autora Liane Moriarty, não era criar um livro romântico como todos os ingredientes que o tornariam clichê.  Moriarty escreveu uma história “perturbadoramente” humana, com personagens tão reais que levam você inconscientemente a refletir as escolhas e decisões que tomou em sua própria vida. Enquanto ia conhecendo um pouco mais da história de Alice e junto com ela relembrando o seu passado, fiquei me perguntando como eu lidaria com aquela situação. Seria assustador! Eu entraria em pânico e talvez tivesse a mesma dificuldade que a Alice teve de entender e aceitar a sua atual “nova” realidade.

Conforme a narrativa evoluiu a autora apresentou de forma muito delicada a vida e os dramas de cada personagem, e com isso As Lembranças de Alice foi me conquistando deixando ao final aquela sensação de tranquilidade e dever cumprido. Pois senti que de alguma forma eu consegui ajudar a Alice não apenas a recuperar a sua memoria, como também a fazer as pazes consigo mesma. Foi realmente uma leitura triste e complexa, mas valeu a pena.

“(...), ela estava saboreando a manhã inteira, tentado captá-la, prendê-la, guardá-la, antes que todos esses momentos preciosos também se tornassem outra lembrança.”

As Lembranças de Alice possui uma narrativa tocante e comovente com um pequeno toque de romance e momentos divertidos que deixam tudo um pouco mais leve. Não chegou a me deixar com lágrimas nos olhos, porém faltou pouco. Para quem está em busca de uma leitura no estilo “a vida como ela é” ele com certeza não decepciona.




março 24, 2013

Pegasus e o Fogo do Olimpo por Kate O’Hearn

Pegasus e o Fogo do Olimpo por Kate O’Hearn

ISBN: 9788580440751
Editora: LeYa
Ano: 2011
Número de páginas: 295
Classificação: 3 estrelas
Onde Comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa, Submarino - Compare os Preços





Sinopse: Olímpo em Guerra - Livro 1.

Quando Pegasus, o majestoso e mitológico cavalo alado, é atingido por um raio e cai em seu terraço durante uma violenta tempestade que deixa Nova York no escuro, a vida da jovem Emily transforma-se em uma lenda. Buscando ajuda para tratar os graves ferimentos de Pegasus, Emily recorre ao garoto estranho da escola, Joel. Trabalhando juntos, eles rapidamente descobrem que o cavalo alado tem mais do que ferimentos da tempestade.


Adoro histórias que tenham como base alguma mitologia antiga e por esse motivo os livros com essa temática mesmo que não tenham um enredo muito “impactante” acabam de certa forma sempre me conquistando, e com Pegasus e  o Fogo do Olímpo não foi diferente. Ele pode até não possuir uma “grande” história, mas justamente por ter um enredo totalmente despretensioso embora com algumas falhas, no final eu até acabei gostando bastante.

O que para os habitantes de Nova York era apenas uma tempestade um pouco forte demais, na verdade se tratava da pior guerra que o Olímpo já enfrentou. Com o fogo que tornar os deuses invencíveis enfraquecido o ataque dos terríveis Nirads foi devastador. No ultimo minuto Júpiter manda Pegasus para uma missão na Terra. Ele precisa encontrar a filha de Vesta e levá-la de volta a morada dos deuses, para que através de seu sacrifício o fogo sagrado renasça salvando assim os dois mundos, porém a missão de Pegasus não vai ser nada fácil. Pegasus precisará lutar para salvar não apenas o seu mundo, mas a vida de seus novos amigos e principalmente manter- se vivo.

Pegasus e  o Fogo do Olímpo possui uma narrativa bem simplista com o predomínio de diálogos em que as descrições tanto dos personagens como dos cenários presentes na história, ficam um pouco a cargo da imaginação de quem lê. Por ser um livro infanto-juvenil ele possui uma escrita muito leve, o que faz com que a história tenha um ritmo bem rápido. 

Emily é uma menina muito meiga que ainda está se recuperando da perda de sua mãe. Mesmo com uma personalidade muito “fofinha”, ela não chega a ser aquele tipo de personagem que de tão “boazinha” começa irritar muito pelo ao contrário, apesar da pouca idade ela é forte, determinada e um pouco teimosa demais também. Já o Joel a principio passa uma imagem de menino encrenqueiro e chato, porém conforme fui conhecendo melhor a sua história, não apenas comecei a entender ele melhor como também, acabei torcendo para ele superar todas as dificuldades pelas quais passava. Claro que alguns fatos que acontecem no decorrer da história chegam há ser um tanto surreais demais, levando em conta que os dois têm treze anos apenas, mas acho eu já me acostumei com esses “prodígios literários”.

Kate O’ Hearn tentou fugir do clichê e baseou sua história na mitologia romana, mas (olha o meu “mas” aqui) além de ter deixando inúmeros furos durante a narrativa, ela não conseguiu transmitir através da sua história toda a aura mística de poder que sempre envolve os Olimpianos. Tudo bem que tem a famosa “licença poética” e que alguns autores recorrem a ela para dar “sentindo a história”, só que o problema aqui foi que esse sentindo não me convenceu.

Bem, se o livro fala dos deuses romanos o irmão de Diana seria Febo e não Apolo, já que Apolo é o nome grego do deus do Sol. Ok! Eu sei que é o mesmo deus e até entendo que Febo não é lá um nome muito bonitinho, mas se você está escrevendo um livro baseado na mitologia romana use os nomes existentes nela. Em minha opinião essa troca dos nomes deixou a história em si um tanto confusa. Outro ponto que me faz pensar que a autora não se deu ao trabalho de pesquisar a fundo sobre o tema que se propôs a escrever, foi explicação no mínimo ridícula que ela deu para a origem de Pegasus. Eu simplesmente não conseguia acreditar no que estava lendo. Eu ainda estou me perguntando de onde ela tirou isso, mas respira fundo Ane afinal tem a bendita da “licença poética” (...).

Por ultimo, mas não menos importante e acredito que esse seja o maior furo de toda a história é o fato dos deuses não saberem quem são os Nirads e de onde eles surgiram. Tipo, eles são deuses como eles não sabem?  Outro fato um pouco confuso é que o deus romano conhecido por suas habilidades de “mão leve” é Mercúrio, e aqui é outro Olimpiano cujo nome eu não encontrei em nenhum livro ou site especializado em mitologia antiga, ou seja, eu realmente não entendi o porquê incluir um personagem novo a história quando ela poderia ter usado um já existente. Digo isso por que no meu ponto de vista tudo que esse personagem agregou na narrativa, Mercúrio também agregaria só que com mais “presença”, se é que vocês me entendem.

Em suma Pegasus e  o Fogo do Olímpo é um bom livro. Apesar desses “pequenos” furos ele possui uma história que flui bem e que me manteve envolvida na narrativa, mesmo eu achando algumas coisas um tanto absurdas e óbvias.  Acredito que para alguns leitores ele acabe sendo um livro muito infantil e até simplório, mas para que gosta do gênero infanto-juvenil ou está procurando um livro mais leve para fugir da rotina, Pegasus é uma ótima opção.

Pode não possuir uma história extraordinária, mas não decepciona quem está em busca de uma boa aventura.


dezembro 19, 2012

Jogador 1º por Ernest Cline


Jogador 1º por Ernest Cline.

ISBN: 9788580442687
Editora: LeYa Brasil
Ano: 2012
Número de páginas: 464
Classificação: 3/5 estrelas
Onde Comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa, Submarino - Compare os Preços



Sinopse: Cinco estranhos e uma coisa em comum: a caça ao tesouro. Achar as pistas nesta guerra definirá o destino da humanidade. Em um futuro não muito distante, as pessoas abriram mão da vida real para viver em uma plataforma chamada Oasis. Neste mundo distópico, pistas são deixadas pelo criador do programa e quem achá-las herdará toda a sua fortuna. Como a maior parte da humanidade, o jovem Wade Watts escapa de sua miséria em Oasis. Mas ter achado a primeira pista para o tesouro deixou sua vida bastante complicada. De repente, parece que o mundo inteiro acompanha seus passos, e outros competidores se juntam à caçada. Só ele sabe onde encontrar as outras pistas: filmes, séries e músicas de uma época que o mundo era um bom lugar para viver. Para Wade, o que resta é vencer – pois esta é a única chance de sobrevivência. A vida, os perigos, e o amor agora estão mais reais do que nunca.


Se você é daqueles que acha que nasceu na época errada, por que é um apaixonado (a) pela cultura POP dos anos 80 este é o livro perfeito para você. Com um enredo que mistura cenários distópicos, a ação dos games e mesmo tempo leva o leitor há sentir certa nostalgia o Jogador 1º é um livro para nerd e geek nenhum colocar defeito.  Bem acredito que, pelo pouco que já disse sobre o livro, vocês devem estar imaginando que ele se tornou um dos meus livros favoritos, porém infelizmente não foi bem assim.

O inicio do livro prometia uma história muito promissora e as referências usadas pelo autor mesmo não me levando a reviver o período da década de 80 em si, (afinal não sou tão velha), davam a narrativa um diferencial bem bacana. Porém com o tempo esse excesso de referências foi deixando a leitura em especial no começo do livro, um pouco cansativa e repetitiva, principalmente por que em algumas partes a tradução deixou um pouco a desejar.

A história se passa em 2044, um futuro não tão distante assim se pararmos para pensar bem, e nele encontramos o jovem Wade que vivi com sua tia e o namorado dela nas “pilhas” um tipo de “conjunto habitacional” da época. O mundo passa por uma grave crise enérgica, só que em contra partida disso aparentemente toda a população mundial é altamente dependente de um jogo, o OASIS. Esse jogo era online, ou seja, via internet o que me fez ficar com um ponto de interrogação gigante na cara; “Como que em meio a uma crise energética mundial as pessoas podiam ser tão dependentes de um jogo online?”, claro que na história isso é explicado de uma forma um tanto quanto “poética”, mas a verdade é que os seres humanos precisavam fugir da realidade que eles mesmos criaram.

O OASIS foi criado por Halliday um aficionado pela cultura POP dos anos 80, já que foi o período em que ele viveu o final de sua infância e parte de sua adolescência. Certo dia Halliday morre deixando uma imensa fortuna, porém o detalhe é: o bilionário não tinha família e com isso a sua fortuna acabou ficando sem ter nenhum herdeiro para reclama-lá. Mas Halliday era uma pessoa inteligente e pensou em uma maneira bem “divertida” de contornar a situação, prova disso é que ele deixou três chaves escondidas dentro do OASIS. Cada uma delas abre um portão e quem conseguir encontrar todas as chaves e vencer todos os desafios deixados por Halliday será o mais novo bilionário do mundo. Claro que não foi tão simples assim encontrar a primeira chave, foi necessários cinco anos, até que certo dia alguém conseguiu decifrar a primeira pista em meio a todas as referências da década de 80 deixadas pelo próprio Halliday, para que enfim a grande caçada tivesse início.

Ernest Cline soube criar uma trama futurista original e ao mesmo tempo instigante. Melhor ele consegue fazer com que o leitor se sinta dentro do jogo e vibre com cada desafio vencido. Outro ponto bem bacana é que o autor fez de Wade, o jovem órfão, nerd e excluído pela sociedade, um dos heróis mais cativantes dos últimos tempos. Embora o autor tenha apelado para alguns elementos clichês e forçado um pouco no “efeito nostálgico” o que acabou me incomodando um pouco, no contexto geral acredito que o autor conseguiu estruturar muito bem a trama. O Jogador 1º é aquele tipo de livro que além de personagens muito bem construídos, possui um lado visual bem legal, já que por ser um livro rico em descrições se torna muito fácil para quem lê visualizar os ambientes em que a ação está acontecendo.

Mesmo como o meu ritmo de leitura oscilando um pouco, e do meu ponto vista tenha ocorrido certo exagero nas referências, como alguns “furos” na história em si, eu gostei bastante do livro. Apesar de alguns tropeços Cline consegui criar uma história coerente que foi me conquistando a cada capitulo. Pode não ter si lá tão surpreendente como eu imaginava que fosse, mas com certeza foi um livro que ao final valeu apena.

Para os amantes do gênero distópico, nostálgicos e gamers de plantão, eu meu arrisco a dizer que o Jogador 1º é uma leitura obrigatória. Agora se você é só mais um curioso começe a leitura sem grandes expectativas.
#ficaadica!



outubro 01, 2012

Fios de Prata por Raphael Draccon


Fios de Prata: Reconstruindo SANDMAN por Raphael Draccon.


• ISBN: 978580445961
• Editora: LeYa
• Ano: 2012
• Número de páginas: 352
• Classificação: 5 estrelas
Onde Comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa, Submarino - Compare os Preços


Sinopse:

“Tu inspirastes Rowling, e foi nas terras de Morpheus que se moldou Hogwarts.  Tu inspirastes Tolkien, e foi nas terras de Phantasos que se anexaram as extensões de Terra-Média.Tu inspirastes Lovecraft e em minhas terras se fixou Miskatonic. Então eu te pergunto com sinceridade, anjo: Até onde vai tua vontade de ser coadjuvante em um mundo de formas e pensamentos?”





Acredito que só pela sinopse vocês já devem ter percebido que Fios de Prata reuniu em um livro só tudo o que mais amo na literatura fantástica. Tanto que ele é sem sombra de dúvidas um dos melhores livros que li este ano, e um que com certeza irei reler algumas vezes na vida. Chega ser até difícil eu conseguir traduzir em palavras o quanto eu gostei deste livro. Ele é tão mágico, perturbador e envolvente que eu simplesmente não conseguia parar de ler e falar dele. Pensem em uma pessoa que foi dormir às duas da manhã e no outro dia foi que nem zumbi para aula. Acho que já deu para entender como foi a minha relação com este livro não é?

Fios de Prata nos conta a história de Mikael Santiago, o Allejo, um jovem de vinte dois anos e uma promessa no futebol mundial e Ariana Rochembach uma ginasta em ascenção. A vida dos dois parecia um sonho, mas nem todos os sonhos são o que parecem. Por traz deles se existem mundos e seres que deveriam permanecer ocultos para sempre.

Mesclando fatos reais com fantasia, Fios de Prata é um livro que prende o leitor do começo ao fim. Embora o romance entre Allejo e Ariana seja essencial para história, a narrativa em si não é completamente centralizada no casal. Há outros personagens como os próprios deuses dos sonhos; Morpheus, Phantasos, Phobetor e claro, seres humanos que, por menor que sejam as suas participações em toda a narrativa, desempenham um papel de extrema importância no conjunto final da obra.

Ele é o tipo de livro que faz o leitor viajar para mundos distantes, e realmente se sentir parte de tudo o que está acontecendo na história. A riqueza de detalhes é tão grande que eu podia me ver horas no reino fantástico habitado por elfos e outras criaturas mágicas do deus Phantasos, como também conseguia sentir medo e agonia no reino sombrio de Phobetor. Senti raiva da arrogância de Morpheus, medo e nojo de Phobetor e admiração pelo bom senso, inteligência e coragem de Phantasos. Acho que já deu para perceber quem se tornou o meu deus dos sonhos favoritos não é mesmo?

Que Allejo é um grande herói, isso é inquestionável. Acredito que poucos seres humanos assumiram a missão incerta que ele assumiu por amor. E o que parece ser mais uma história de regaste do ser amado, se torna uma história de regaste espiritual, de encontro consigo mesmo e a redenção de duas almas perturbadas. Essa jogada do autor em meu ponto de vista foi simplesmente perfeita! Ele conseguiu criar um romance bonito, sem ser água com açúcar em uma narrativa que teoricamente um romance deste tipo não teria espaço, afinal a história em si se trata de uma sórdida guerra travada entre os deuses do Sonhar por poder.

Eu digo sórdida por que neste caso o “vilão” não é bem quem parece ser. Na verdade muitas coisas neste livro não são bem o que parecem, e eu realmente adorei isso. Adorei as surpresas que cada capítulo me trazia. As revelações e principalmente a forma com que o autor trabalhou junto temas que eu amo como; mitologia, dogmas religiosos e espiritualidade de uma maneira muito centrada, sem fugir muito da realidade que conhecemos, mas também apresentando novas hipóteses. Sabe quando você termina um livro e bate palma para o autor, por que ele conseguiu criar um final que você jamais esperaria?  Foi exatamente isso que aconteceu comigo.

Raphael Draccon me surpreendeu pela forma com que ele construiu toda história e desenvolveu tanto ela como seus personagens. Algumas linhas de pensamento que o autor expôs no livro vão muito de encontro com o que eu acredito. E isso me deixou muito feliz, por que foi o primeiro livro que eu li que apresentou um conceito do bem e do mal de uma forma não tão “bonitinha” e cheia de falsos moralismos. Raphael Draccon mostra que um santo também pode matar e que um assassino também pode ser nobre, mas que ao final todos tem o que pedem e merecem.

Raphael Draccon é mais um autor nacional entrou para a minha lista de autores favoritos. Afinal com a empolgação que eu estou escrevendo esta resenha é meio óbvio que o autor ganhou um lugar de destaque na minha estante. Fios de Prata não perde em nada para livros estrangeiros de literatura fantástica e quero parabenizar tanto o autor como a editora LeYa por este lançamento.  Fios de Prata é mais que uma capa bonita, é uma história de redenção, coragem, amor e sonhos. 

Realmente um dos melhores livros que li em 2012, que recomendo para todos que estejam procurando um livro "realmente fantástico" para ler. Leiam Fios de Prata!

“O sonho é irmão gêmeo da morte”Homero.

maio 06, 2012

Desastre por S. G. Browne




Desastre por S. G. Browne.

• ISBN: 8580440289
• Editora: Leya
• Ano: 2010
• Número de páginas: 272
• Classificação: 4 estrelas
Onde Comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa, Submarino - Compare os Preços


Sinopse:

Regra Nº1: Não se envolva com humanos. Num mundo onde os sentimentos, caminhos e valores dos seres humanos são comandados por entidades superiores, o destino pode ser traiçoeiro. Conheça Fado, um imortal que designa sinas aos homens, mora num apartamento de luxo em Nova York e veste uma atraente roupa humana. Solidário com seus clientes e apaixonado por uma vizinha, passa a burlar suas tarefas, alterar destinos e bagunçar as coisas no reino dos Céus. Com um texto leve, hilário e muito atual, Desastre vai fazer você repensar suas escolhas, acreditar no poder do amor, e descobrir que até a Morte não é assim tão má pessoa.


Desastre é um daqueles livros com uma narrativa leve e personagens carismáticos do tipo que você os ama ou odeia assim que aparecem na história. Eu tinha grandes expectativas em relação a este livro. Expectativas quem em algumas partes foram cumpridas, mas que em outras deixaram muito a desejar.

O livro todo é narrado por Fábio, o Fado um dos personagens mais egocêntricos que já encontrei no livro. Ele é sarcástico ao ponto de ser levemente ácido em alguns comentários. No começo da história você até fica com um pouco de raiva dele, e do seu senso de superioridade, mas com o decorrer dos capítulos mesmo que ele não te conquiste você meio que começa a dar razão para ele em alguns pontos.

O autor foi bem inteligente ao personificar sentimentos e emoções humanas. Essa mitologia moderna além de envolver o leitor na trama faz com que ele crie uma espécie de simpatia natural com cada entidade. S. G. Browne as tornou tão humanas que não é difícil durante a leitura você se identificar com Destino, Sorte, Carma, Amor e por que não a Morte por exemplo. Cada um destes sentimentos e emoções tem um defeito, uma doença ou até mesmo um desviou de comportamento. O autor quebrou um pouco a “divindade” desses seres e deixando-os o, mais próximos possíveis da nossa realidade e isso foi o que mais gostei no livro.

Até Deus, aqui conhecido como o Grande J, ganhou esse ar mais “simplificado” por assim dizer. Deus é retratado como o ser supremo e onipresente que todos nós conhecemos, mas foi como o autor construiu a personalidade do Grande J que faz toda a diferença. Em minha opinião o autor quis criar um deus que se importa e está de olho em tudo o que acontece aqui na Terra, mas sem tanta severidade e seriedade. Afinal nada neste livro pode-se ser levado muito a sério.

S. G. Browne escreve bem, principalmente por ser o primeiro livro do autor, Desastre é uma obra que se destaca mais pela criatividade da história do que pelo enredo e construção da mesma.  O autor é um pouco repetitivo e pelo menos eu, acredito que é possível sim; escrever uma obra com pitadas de ironia e sarcasmo sem usar palavras e termos baixos. Claro que em um livro como este você não espera encontrar uma linguagem rebuscada, mas o excesso de palavrões foi algo que me incomodou um pouco.

Outro ponto é que o romance da história não convence. É completamente sem sal e sem açúcar, muito sem graça mesmo. Em minha opinião se o autor tivesse focado mais nas entidades e demonstrado mais com elas interferem em nossas vidas o livro seria bem mais produtivo. Sara é daquele tipo de personagem que não diz para que veio, e ver ela com o Fado é  como misturar água e vinho. Simplesmente não combinam! Acho que seria bem mais interessante e divertido se o autor tivesse investido no romance do Fado com a Destino, mesmo ela sendo um pouco vulgar demais.

Porém mesmo com todas essas pequenas coisas que não estavam me agradando na leitura, Desastre está indo bem até que chegar ao final. Sim este é um daqueles livros em que o final é lamentável. Eu até agora não consigo acreditar que um livro pode ter um final tão idiota e nada haver como Desastre. Foi decepcionante.

Durante toda a leitura você é levado a ter certa reflexão, a repensar algumas atitudes suas e o que guia a sua vida, e isso pelo menos para mim valeu o livro inteiro. Só que realmente eu fiquei bem chateada com o final. Não esperava nada muito fantástico, mas pelo menos algo que fosse minimamente lógico.

No geral eu gostei bastante de Desastre, posso disser que tive bons momentos com ele e me divertir bastante durante a leitura, mesmo com os altos e baixos do livro. Fica a dica para quem quer dar uma variada na leitura e ter uma nova visão de entidades e divindades que nos cercam.




abril 22, 2012

Parceria com as Editoras Leya e Lua de Papel



Olá queridos! 

Sei que vocês estavam esperando pela resenha, mas como este post é muito especial, hoje eu resolvi inverter um pouco a ordem de postagem do blog.

Como alguns de você já devem saber, as editoras Leya e Lua de Papel são as mais novas autoras parceiras aqui do blog. Quero dizer primeiramente que fiquei muito surpresa e principalmente muito feliz quando recebi o e-mail da editora. Não posso deixar de agradecer a todos vocês que participam do blog durante a semana.


Muito obrigada! Podem ter certeza que sempre vou procurar deixar o My Dear Library melhor para vocês. E algumas destas melhorias vocês vão poder ver em breve, por isso aguardem.

Muito obrigada a editoras pela confiança e mais uma vez quero dizer o quanto me sinto feliz e honrada com a parceria.

Sem mais delongas vamos conhecer um pouco da história das editoras Leya e Lua de Papel, e claro os próximos lançamentos.



História:                                                                                                                                                   


A Editora LeYa nasceu em Janeiro de 2008 como empresa holding na qual se integram algumas das mais prestigiadas editoras portuguesas e duas das mais bem sucedidas editoras africanas. Líder do mercado editorial português, angolano e moçambicano, a LeYa está, desde Setembro de 2009, a editar também no Brasil. Neste e nos outros mercados onde trabalha, a LeYa apresenta-se com objetivos concretos de vir a ser protagonista, nomeadamente pelo papel que desempenha no mundo de língua portuguesa.

Lua de Papel é o primeiro selo da portuguesa LeYa no Brasil. O Grupo LeYa é formado por 18 editoras em Portugal, dentre elas estão algumas das principais editoras do país, como a Editorial Caminho, que revelou José Saramago; Dom Quixote e Asa. O selo Lua de Papel foi escolhido para ser o primeiro a aportar no país e abrigar as obras mais comerciais tanto, em ficção quanto de não ficção.


Alguns Lançamentos.                                                                                                                         

• O Mistério do Chocolate
• Autora: Joanne Fluke

                                                                                                      
Sinopse:
Uma confeitaria, um assassinato, e alguns cookies de chocolate escandalosamente crocantes.
Hannah Swensen é uma confeiteira ruiva que cria sobremesas e cookies tão mordazes quanto suas respostas atrevidas na pequena cidade de Lake Eden. Quando Ron LaSalle, o entregador mais querido da cidade é encontrado morto atrás de sua confeitaria, tendo os famosos cookies de chocolate de Hannah espalhados ao seu redor, sua vida e seu negócio só pode piorar.  Determinada a não permitir que seus cookies fiquem com má reputação, ela decide começar a investigar o crime, colocando também sua própria vida em risco.  Acompanhado de uma boa dose de humor e uma deliciosa variedade de receitas de cookies de dar água na boca, O mistério do chocolate, primeiro livro da série Hannah Swensen Mysteries, é um ótimo suspense culinário investigado por uma esperta aspirante a detetive que fará os leitores de mistério saboreá-lo do início ao fim.




                                              • Queria Que Você Estivesse Aqui
                                              • Autor: Pete Nelson

Sinopse: Para Paul, a vida se tornou uma sucessão de obstáculos. Abandonado pela esposa, o pai acaba de sofrer um derrame, sua nova namorada está indecisa entre ele e outro homem e, além disso, Paul se vê obrigado a lidar com questões familiares antigas, coisas que adiou até agora, mas terá de finalmente enfrentar.Por outro lado, ele ainda conta com 3 sustentações em sua vida: as doses no Bay State Bar, seu novo par de tênis (que o lembra de fazer exercícios), e finalmente Stella, sua grande amiga e companheira, que lhe dá sábios conselhos, que não o julga, e lhe dá amor incondicional. Porém, Stella não o acompanha em seu bar favorito. “Eu rolo no carpete, como restos dos gatos, mas este lugar não me atura”. Stella é sua cachorra idosa, uma mistura de Labrador com Shepherd, e ela conhece Paul mais do que ele próprio.  Em Queria que estivesse aqui, Pete Nelson oferece um romance rico em detalhes, sensível e engraçado. É, acima de tudo, uma história sobre ter conexão com alguém, como somos vistos e o quanto podemos aprender sobre como tratamos os outros. Algo que pode transformar a vida de qualquer pessoa. Um livro que fala sobre o amor que nos chega de várias formas e como esse amor nos nutre e sustenta nas diversas fases da nossa vida.

• Um Mundo Chamado Timidez
• Autora: Leanne Hall


Sinopse: Um belo e misterioso jovem que costuma uivar pelas noites sem fim, se apresenta como Menino Lobo. Uma garota corajosa e adorável louca por aventuras, insiste que a chamem de MeninaSelvagem. Com apenas um olhar, os dois se descobrem e se unem. Mas esta não é uma noite qualquer e, no subúrbio de Timidez, MeninaSelvagem escolheu MeninoLobo como seu guia nessa noite que pode não ter fim. Lutando contra a escuridão, a dor e a solidão da alma, ambos saem por este perigoso lugar, onde deparam com crianças viciadas em açúcar, piratas, ciganos e um médico bastante perigoso... Mas serão eles capazes de encontrar um ao outro na escuridão? Um mundo chamado Timidez lhe dá boas-vindas, em uma fantasia urbana que explora a noite, seja ela externa ou interna. E onde é mais fácil achar que a vida é só um sonho, que monstros não existem, que não há nada do outro lado da rua. Mas nesta penumbra completa é possível encontrar um sentido de liberdade, compreensão e aceitação e, quem sabe, um verdadeiro amor?

                                                           • O Ano da Leitura Mágica
                                                           • Autora: Nina Sankovitch

Sinopse: Um desafio: ler um livro por dia durante um ano. Você aceita? Essa foi a promessa que Nina Sankovitch fez a si mesma. Após perder a irmã mais velha para o câncer, e embora precisasse cuidar dos quatro filhos e lidar com os percalços que fazem parte do cotidiano de uma grande família, Nina cria uma jornada para si mesma: ler um livro por dia durante um ano inteiro. Nesse verdadeiro sonho literário, nossa heroína descobrirá que o ano de leitura mágica mudará tudo ao seu redor e que os livros são uma ótima terapia. O ano da leitura mágica também conta a história da família Sankovitch: o pai de Nina, que escapou da morte por um triz na Bielo-Rússia durante a Segunda Guerra Mundial; os quatro ruidosos filhos, que lhe recomendavam livros ao mesmo tempo que a ajudavam a cozinhar e a limpar a casa; e Anne-Marie, sua irmã mais velha e inspiração, com quem Nina compartilhou os prazeres da leitura, mesmo em seus últimos momentos de vida.



Espero que tenham gostado da novidade leitores!
Uma ótima semana para todos vocês!

bjinhos ;***




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