Sponsor

Mostrando postagens com marcador Quarteto Smythe-Smith. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Quarteto Smythe-Smith. Mostrar todas as postagens
abril 17, 2019

Os Mistérios de Sir Richard por Julia Quinn

| Arquivado em: RESENHAS.

Dando sequência a minha meta de 12 livros para ler em 2019, Os Mistérios de Sir Richard último livro da série Quarteto Smythe-Smith da autora Julia Quinn, se mostrou uma leitura um tanto “complicada”. Confesso que demorei bastante para me sentir conectada com a narrativa e seus personagens e infelizmente ao final fiquei com a sensação que a história foi rasa e nem de longe tão cativante como os livros anteriores que li da autora.



ISBN: 9788580416688
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2017
Número de páginas: 280
Classificação: Bom
Sinopse: Quarteto Smythe-Smith - Livro 04.
Sir Richard Kenworthy tem menos de um mês para encontrar uma esposa. Ele sabe que não pode ser muito exigente, mas quando vê Iris Smythe-Smith se escondendo atrás de seu violoncelo no musical anual das Smythe-Smith, Richard acha que conheceu alguém muito valiosa.  Ela é o tipo de mulher que passa despercebida até a realização de um segundo ou terceiro olhar de outra forma. Mas há algo nela abaixo da superfície, algo quente e ele sabe que ela é única. Iris Smythe-Smith...Ela está acostumada a ser subestimada, com seu cabelo claro e tranquila, mas há uma personalidade astuta que ela tende a esconder, e ela gosta dessa forma. Então, quando Richard Kenworthy se aproxima com galanteios e flertes, parece suspeito.  Dando a impressão de um homem que se rende ao amor, mas ela não pode acreditar que tudo é verdade. Quando sua proposta de casamento se torna uma situação comprometedora obrigatória, você não pode deixar de pensar que há algo escondido por trás disso. . . mesmo que o seu coração diz sim.

O Quarteto Smythe-Smith foi uma série que ao mesmo em minha opinião teve um começo promissor, mas que no decorrer dos quatro livros acabou meio que “perdendo” um pouco do seu encanto. Gosto muito da narrativa da Julia Quinn, porém sinto em dizer que ao menos aqui o estilo jovial e divertido da autora não funcionou muito bem comigo. A prova disso, é o fato de eu ter levado praticamente dois meses para ler Os Mistérios de Sir Richard. Não que o livro seja de todo “ruim”. Há bons momentos, mas a construção em si peca pela falta de química do casal e na forma como tudo parece “forçado” e um tanto sem sal e sem açúcar.

Iris Smythe-Smith é uma personagem que nos livros anteriores teve uma participação relativamente pequena, mas sempre que surgia suas aparições eram regadas de diálogos irônico e temperados com uma boa dose sarcasmo. Por esse motivo, não nego que eu esperava mais da personagem. E ver o modo como ela se colocava em diversas ocasiões em uma posição inferioridade ao ponto de se desmerecer por conta de sua aparência "pálida", foi um pouco desanimador. 

Em especial por que uma das qualidades que sempre admirei nas protagonistas da Julia Quinn é justamente o fato de todas elas serem fortes e determinadas. E eu senti falta disso aqui. É claro que a Iris evolui muito no decorrer da narrativa, e é muito gratificante acompanhar essa evolução dela. Mas, me incomodou muito a sensação de que ela precisou ser “manipulada” pelo Richard praticamente a história toda para que essa evolução fosse possível.

Acho que nunca torci tanto para que um casal não terminasse com o seu: “Então foram felizes para sempre”, como eu torci aqui. Richard Kenworthy foi sem sombra de dúvidas um decepção completa.  Tanto que as palavras que me vêm à mente quando penso no personagem são: covarde, egoísta e raso. O modo como ele cria toda uma situação constrangedora para obrigar a Iris a aceitar seu pedido de casamento foi uma atitude muito baixa por parte do personagem.

Tudo bem que desde o começo da história sabemos que ele precisa se casar o mais rápido possível, mas o fato do Richard ter visto a Íris como uma “presa fácil” não deixa de ser horrível. Além disso, o segredo do personagem não chegou a ser nem de longe tão “bombástico” como eu imaginei que fosse. Eu sei que para a época em que a história se passa é algo bastante grave, porém de verdade não achei que o segredo em si, “justificasse” todo drama causado por ele no contexto geral da narrativa.

E esse foi um dos pontos que mais me deixou descontente com Os Mistérios de Sir Richard. Como comentei logo no começo da resenha o que mais gosto nos livros da Julia Quinn é o modo com suas histórias são divertidas e leves, só que aqui a autora criou um melodrama tão grande que parecia que eu lia, lia, lia e não saía do lugar.

Apesar de pequena, gostei da participação dos personagens secundários no desenvolvimento da narrativa, principalmente de reencontrar personagens tão queridos como a Lady Sarah Prentice e o o clã Pleinsworth formado por Harriet, Elizabeth e Frances.  Não nego que em muitos momentos as atitudes da Fleur, irmã do Richard me irritaram bastante ao ponto de achar a personagem tão egoísta como o próprio Sir Kenworthy.

As histórias da Julia Quinn sempre conseguem deixar meu coração mais quentinho, mesmo que às vezes eu discordasse de uma atitude ou outra dos protagonistas. Porém, em Os Mistérios de Sir Richard tudo o que senti foi irritação. Irritação porque parecia que a história não saía do lugar. Irritação pelo modo como o Richard tratava a Iris. Irritação por ele não ter tido ao mesmo um “castigo” de leve por toda patifaria que aprontou.  Enfim, muito drama para nada ...

“Muitas vezes era melhor não questionar um presente. Era melhor apenas ficar feliz ao recebê-lo, sem saber por quê.”

Os Mistérios de Sir Richard ao menos em minha opinião está longe de ser o melhor livro da Julia Quinn. A verdade é que com exceção do primeiro livro, Simplesmente o Paraíso a série Quarteto Smythe-Smith não chegou a me arrebatar tanto como Os Bridgertons. Talvez o meu excesso de expectativas tenha atrapalhado um pouco o meu envolvimento com as histórias aqui. Mas, acredito que não sou a primeira e nem serei a última leitora no mundo a se decepcionar um pouco com uma obra do seu autor ou autora favorito. 

Veja Também:

julho 20, 2017

A Soma de Todos os Beijos por Julia Quinn

| Arquivado em: RESENHAS.

ISBN: 9788580416664
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2017
Número de páginas: 272
Classificação: Muito Bom
Sinopse: Quarteto Smythe-Smith – Livro 03.
Lorde Hugh Prentice é um gênio da matemática e teve sua perna (e sua vida) arruinada por causa de um duelo com seu amigo, Daniel Smythe-Smith. Nesse livro, conheceremos um pouco da história de Hugh, antes e depois do acontecido. Sua família, o desespero de seu pai para conseguir que um de seus filhos lhe desse um herdeiro, visto que um não é chegado à mulheres e o outro, provavelmente terá dificuldades em encontrar uma esposa, e principalmente em ter filhos. E, claro, sua relação de amor e ódio com Sarah Pleinsworth, prima mais velha de Daniel, que mesmo antes de conhecê-lo, já odiava Hugh por ter arruinado sua família através desse duelo. Mas, as coisas começam a mudar quando Honoria, sua prima, pede para Hugh substituir seu padrinho no casamento e para Sarah ser sua acompanhante durante sua estadia, para que ele ficasse mais confortável diante dos familiares de Daniel. E esse tempo se prolonga, já que Daniel se casará duas semanas depois da irmã e resolve torná-los uma única festa... É claro que eles não se dão no início, mas com o tempo, ainda mais depois do primeiro casamento, quando ela fica impossibilitada de andar, eles deixam as diferenças de lado e começam a se conhecer realmente, e, o que era ódio, acaba se tornando uma paixão avassaladora. Mas as limitações de Hugh vão ser apenas um dos problemas que o casal enfrentará pelo caminho...

Após minha pequena "decepção" com a leitura de Uma Noite como Essa, achei prudente de minha parte dar um “tempo” nos romances de época. Tipo, não sei quanto a vocês, mas se fico lendo um mesmo estilo com muito frequência acabo com a sensação que estou lendo a mesma história só que com personagens diferentes.  Porém A Soma de Todos os Beijos ficava “flertando” comigo na minha estante e bem, como eu ainda estava precisando de uma boa dose de açúcar pensei: “Por que não?”.

Lady Sarah Pleinsworth é conhecida por ser a mais eloquente e dramática das damas de sua família. Tanto que ela fez questão de deixar bem claro a Lorde Hugh Prentice quando se conheceram, que ele era a causa da ruína dela e de toda sua família.  Hugh Prentice pode até ser um gênio da matemática, porém nem mesmo ele conseguiu entender como a mente de uma jovem tão expressiva como Sarah funcionava. Só que de uma coisa Hugh sabia muito bem, que se teve alguém que pagou caro pela ridícula ideia de desafiar Daniel Smythe-Smith para um duelo, esse alguém é ele próprio.

Sarah não faz a menor questão de esconder a sua antipatia por Hugh, a verdade é que ela não entende como o primo e o restante de seus familiares conseguiu perdoa-lo depois de tudo. Mas quando é forçada por seu amor a família a tolera-lo e ser seu par durante as festividades do casamento de Honoria, Sarah acaba percebendo que o Lorde Prentice pode ser uma companhia bastante agradável. Logo os dois passam a compartilhar uma amizade que até então era improvável para ambos. E não demora muito para que essa amizade se transforme em algo mais. Algo que deixa Sarah sem palavras e que nem mesmo o raciocino rápido de Hugh é capaz entender.

A Soma de Todos os Beijos, terceiro livro da série Quarteto Smythe-Smith, possui todos os elementos que adoro nas narrativas da Julia Quinn. A mistura perfeita de romance, com momentos leves, divertidos e aquela pequena dose de drama para deixar tudo ainda melhor.  Gostei da forma como a autora construiu a história apesar de, achar que em determinado momento ela “forçou” um pouco a barra, mas nem tudo é perfeito (...).

Sarah mesmo sendo a "rainha do drama" é uma personagem espirituosa.  Ela pode até passar a imagem de mocinha fútil e egoísta no começo, mas logo vamos percebendo que por baixo de toda a sua pose se esconde uma pessoa que está sempre disposta a ajudar sua família e se redimir dos seus erros. Já Hugh () usa do bom e velho sarcasmo para esconder o quanto é amoroso e protetor. Sofri muito com ele ao descobrir o quando sua infância foi complicada e especialmente ao ver o quando Hugh não achava que merecia ser feliz ao lado de Sarah por conta de sua deficiência e pelo que fez a família dela no passado.

Fiquei extremamente feliz em ver que ao contrário do livro anterior em que a paixão entre os personagens foi algo fast, aqui é perceptível como Sarah e Hugh vão se apaixonando pouco a pouco. Além disso, a narrativa repleta de situações engraçadas e diálogos inteligentes em que os personagens secundários, em especial as irmãs de Sarah conseguem desempenhar um papel de destaque na história. Simplesmente adorei reencontrar o trio Pleinsworth. Harriet, Elizabeth e Frances novamente roubaram a cena deixando tudo ainda mais especial. Como também adorei me reencontrar com a diva da Lady Dandury.

A minha única ressalva é em relação ao final que em minha opinião tem uma situação extremamente "exagerada" e "desnecessária". Ok! Que em algum momento da trama o pai do Hugh ia ter que aparecer. Mas tipo, apesar dele ser complemente desprezível fiquei com a sensação que a participação dele foi mal “aproveitada”, como se a Julia não soubesse como resolver uma questão e escreveu a primeira coisa que veio a mente.  Foi aquela “forçada de barra” que comentei alguns parágrafos acima. Não que isso atrapalhe ou tire o brilho da história como todo, só me deixou um pouco incomodada durante a leitura.

Acredito que tomei a decisão certa ao esperar um pouco para ler A Soma de Todos os Beijos.  O problema nem é a história em si, mas sim o fato que inconscientemente me pego esperando encontrar na série Quarteto Smythe-Smith o mesmo encantamento que tive ao ler a série Os Bridgertons. E acho que até é “normal” esperar que uma autora que adoro como é o caso da Julia Quinn, mantenha sempre o mesmo nível em suas histórias. Só que a verdade é que quando comparo às duas séries, fico com aquela terrível sensação que falta alguma coisa aqui.

“– Uma pessoa muito sábia certa vez me disse que não são os erros que cometemos que revelam nosso caráter, mas o que fazemos para corrigi-los.“

Com personagens fortes e carismáticos, A Soma de Todos os Beijos possui uma narrativa leve que nos cativa logo nas primeiras páginas com um romance clichê e  encantador. O primeiro livro da série, Simplesmente o Paraíso continua sendo o meu favorito até o momento, mas não nego que a história de Sarah e Hugh conquistou um lugar especial em meu coração.

Veja Também:

abril 20, 2017

Uma Noite Como Esta por Julia Quinn

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788580416640
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2017
Número de páginas: 272
Classificação: Bom
Sinopse: Quarteto Smythe-Smith - Livro 02.
Anne Wynter pode não ser quem diz que é. Mas está se saindo muito bem como governanta de três jovenzinhas bem-nascidas. Seu trabalho é bastante desafiador: em uma única semana ela precisa se esconder em um depósito de instrumentos musicais, interpretar uma rainha má em uma peça que pode ser uma tragédia ou, talvez, uma comédia – ninguém sabe ao certo – e cuidar dos ferimentos do irresistível conde de Winstead. Após anos se esquivando de avanços masculinos indesejados, ele é o primeiro homem que a deixa verdadeiramente tentada, e está cada vez mais difícil para ela lembrar que uma governanta não tem o direito de flertar com um nobre. Daniel Smythe-Smith pode estar em perigo. Mas isso não impede o jovem conde de se apaixonar. Quando ele vê uma misteriosa mulher no concerto anual na casa de sua família, promete fazer de tudo para conhecê-la melhor, mesmo que isso signifique passar os dias na companhia de uma menina de 10 anos que pensa que é um unicórnio. O problema é que Daniel tem um inimigo que prometeu matá-lo. Mesmo assim, no momento em que vê Anne ser ameaçada, ele não mede esforços para salvá-la e garantir seu final feliz com ela.

Não costumo “emendar” a leitura de livros de série. Gosto de dar um intervalo entre eles para sentir aquela saudade gostosa da história e de seus personagens. Só que dessa vez resolvi mudar um pouco as coisas, e assim que terminei de ler Simplesmente o Paraíso, comecei imediatamente à leitura de Uma Noite Como Esta. Porém confesso que talvez as minhas expectativas estivessem um pouco elevadas, pois infelizmente o segundo livro do Quarteto Smythe-Smith, acabou se tornando uma leve decepção.

Depois de três anos exilado Daniel Smythe-Smith, o Conde de Winstead finalmente está de volta ao lar. E apesar de não ter planejado a sua volta para uma data festiva, Daniel retorna a Londres no dia que a sua família escolheu, para realizar o tradicional concerto das Smythe-Smith. Daniel não quer chamar a atenção para si em um dia tão especial para irmã Honoria e suas primas e por isso assisti ao concerto escondido em um canto escuro. Porém mesmo nas sombras, Daniel não deixa de reparar na misteriosa pianista.

Anne Wynter
é governanta na casa dos Pleinsworth, por esse motivo quando Lady Sarah Pleinsworth sofre uma terrível indisposição que a impede de participar do concerto anual das Smythe-Smith, Anne é “convidada” a substituí-la. Mas Anne não podia imaginar que ao tentar não chamar a atenção dos nobres ingleses acaba chamando atenção do recém chegado Conde de Winstead.

Ao descobrir que a bela jovem trabalha para sua tia, Daniel começa há passar muito tempo na companhia das primas e com isso aos poucos o flerte inocente que se iniciou na noite do concerto se transformar em um sentimento mais profundo. Só que Anne sabe que é um erro se apaixonar por Daniel e não somente pelo fato dela ser uma governanta. Ela não deve se apaixonar pelo conde, por que não é quem diz ser, e se alguém descobrir o seu segredo Anne perderá tudo.

Bem, não é que essa blogueira que vos escreve não tenha gostado de Uma Noite Como Esta (...). Gostei da história do que encontrei aqui, porém não nego que achei a narrativa em determinados momentos repetitiva. E por mais que eu ame de paixão a escrita da Julia Quinn, ela é humana e como todos nós, e às vezes comete pequenos “deslizes”.

Para começar o grande segredo da protagonista é revelado cedo demais. E me perdoem a sinceridade, mas em minha opinião ele não chega a ser assim tão aterrador. Na verdade eu tive meio que uma relação de amor e ódio pela Anne. Tipo em alguns momentos até me compadecia dos problemas dela, só que em outros não conseguia deixar de pensar que ela só estava naquela situação por que foi ingênua (tonta), um pouco “convencida” e até mesmo prepotente demais.

Daniel é o típico mocinho perfeito dos livros do gênero, mas me incomodou muito o fato ele passar metade do livro correndo atrás da Anne, quando fazia três anos que ele estava longe da mãe e das irmãs. Sério gente! Imagine como a dona Virginia, Lady Winstead deve ter se sentido, após três anos sem ver o filho e ele ser um desnaturado que fica correndo atrás do primeiro rabo de saia que encontra ao invés de ficar com a família? Eu no lugar dela e da Honoria ficaria bastante desapontada.

E tudo bem que a história dos dois é super bonitinha e que mesmo eu achando algumas coisas demasiadamente “exageradas”, torci pelo final feliz deles. Mas não nego que esperava um romance com uma construção mais “sólida”. Tudo aqui foi muito fast, e por mais que eu adore o bom e velho clichê, ando cada vez com menos paciência para esses romances avassaladores de uma semana.

Os pontos altos da história ficam por conta do encantador trio Pleinsworth formado por Harriet, Elizabeth e Frances. Juntas as irmãs protagonizam os momentos divertidos e mais doces da narrativa, em especial a pequena Frances.  Gostei do modo como a Julia deu mesmo que pequeno, um destaque maior aos personagens secundários aqui. A presença das irmãs Pleinsworth  deixou a trama com um toque especial.

E se em Simplesmente o Paraíso, a autora resolveu atropelar o final, aqui senti que aconteceu o contrário. A sensação que tive foi que a Julia quis aumentar a carga dramática da história, dando a ela um toque de ação no final. Em partes isso até funciona, mas infelizmente não nego que fiquei com a impressão que a autora deu uma “enrolada” desnecessária. Só acho (...).

É como comentei acima, não é que eu não tenha gostado de Uma Noite Como Esta. Porém independente das minhas expectativas ao iniciar a leitura estarem altas demais, ou dessa vez a autora ter “pecado” em alguns detalhes, senti que de certa modo a história não me cativou tanto como o livro anterior. No contexto geral ele se mostrou uma leitura agradável, mas que infelizmente não conseguiu me encantar.

“Não havia nada como um sorriso inesperado para tirar alguém do prumo.”

Uma Noite Como Esta possui uma narrativa morna, mas que consegue ser uma leitura leve e fluida. Pode não ter sido o melhor livro que li da Julia Quinn até aqui, porém sem sombra de dúvidas ele me deixou ainda mais curiosa para ler A Soma de Todos os Beijos, terceiro livro da série. Vêm Hugh Prentice ().

Veja Também:  

abril 17, 2017

Simplesmente o Paraíso por Julia Quinn

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788580416626
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2017
Número de páginas: 272
Classificação: Ótimo
Sinopse: Quarteto Smythe-Smith - Livro 01.
Honoria Smythe-Smith é parte do famoso quarteto musical Smythe-Smith, embora não se engane e saiba que o dito quarteto carece sequer do menor sentido musical e tem esperanças postas que esta seja a última vez que se submeta a semelhante humilhação. Esta será sua temporada e com um pouco de sorte conseguirá um marido. Durante um jantar, põe seus olhos em Gregory Bridgerton, um dos mais jovens da família Bridgerton. Sabe que não está apaixonada, mas ele parece uma opção mais que válida. Marcus Holroyd é o melhor amigo do irmão de Honoria, Daniel, que vive exilado na Italia. Ele prometeu olhar por ela e leva suas responsabilidades muito seriamente. Odeia Londres e durante toda a temporada, permaneceu vigilante e intermediou quando acreditava que o pretendente não era o adequado. Honoria e Marcus compartilham uma amizade, pouco atípica, fruto dos anos que se conhecem e que o torna parte da família. Entretanto, um desafortunado acidente faz que ambos repensem sua relação e encontrem a maneira de confrontar o que surge entre eles, se tiverem coragem suficiente.

Confesso que ainda não “superei” o fim da série Os Bridgertons, afinal depois de tantos anos acompanhando as aventuras dessa família tão linda, é de se esperar que essa blogueira que vos escreve se sinta meio que parte da família também. Por isso admito que comecei a leitura de Simplesmente o Paraíso, primeiro livro da série Quarteto Smythe-Smith com um certo receio. Pensei comigo mesma, “Será que Julia Quinn vai conseguir me encantar com sua narrativa e personagens novamente?”. Porém, não foram necessárias muitas páginas para que eu tivesse certeza que a resposta essa pergunta, seria sim.

Lady Honoria Smythe-Smith ama sua família acima de qualquer coisa. Por isso, mesmo sabendo que é um desastre ao violino, assim como todas as Smythe-Smith que estiveram em seu lugar antes, ela adora o tempo que passa junto com as primas ensaiando para o concerto anual que a família promove. Além disso, ela tem esperanças que nessa temporada conseguirá um marido e dessa forma passar o posto para a próxima Smythe-Smith da fila.  E é durante um jantar ao colocar os olhos em Gregory Bridgerton, que Honoria pensa ter encontrar o “pretendente ideal”. Gregory é de uma boa família e mesmo sabendo que não está apaixonada por ele, Honoria acredita que essa pode ser uma união feliz.

Mas o que a jovem não sabe é que antes de sair correndo do país seu irmão Daniel, o Conde de Winstead pediu ao seu melhor amigo Marcus Holroyd, o Conde de Chatteris ficasse de olho nela. E principalmente, que espantasse qualquer pretendente que não fosse "adequado".  E ao longo dos últimos três anos, Lord Chatteris tem cumprido a promessa que fez ao amigo, protegendo de forma discreta, Lady Honoria dos oportunistas e caças dotes de plantão.

Para Marcus, Honoria sempre foi a irmã intrometida do melhor amigo, até que depois um encontro inusitado que resultou em um resfriado e uma perna ferida algo entre os dois muda. Honoria que sempre gostou de Marcus percebe que seus sentimentos pelo Conde não são mais os mesmos, ele se vê encantado pela bela, delicada e determinada jovem que ela se tornou.  Quanto mais tempo passam juntos, mais forte esse sentimento se torna. O que dirá Daniel se Marcus chegar à conclusão que ele, o Conde de Chatteris é o único homem capaz de fazer Honoria feliz?

Adoro histórias clichês e romances açucarados e nunca escondi isso de ninguém. Então vocês podem imaginar o quanto fiquei  envolvida com a narrativa de Simplesmente o Paraíso. Fazia um bom tempo que não lia um romance tão “bonitinho” e talvez por esse motivo eu tenha lido o livro tão rápido (em um dia). Julia Quinn nos apresenta aqui uma história simples e totalmente previsível, mas com uma narrativa é fluida que intercala o já conhecido toque de humor da autora, com momentos em que o leitor fica mais apreensivo.

Os protagonistas são carismáticos, o que torna a leitura ainda mais envolvente.  Honoria coloca a família em primeiro lugar e se esforça para manter todos juntos, apesar da dor que sente com a ausência do irmão. Já Marcus sempre foi só e encontrou nos Smythe-Smith a família que sempre desejou ter.  É tão bonito acompanhar a forma como o sentimento dos dois vai se transformando. Honoria e Marcus são aquele casal pelo qual você se apaixonada antes mesmo deles perceberem que são perfeitos juntos.

Gostei do modo com a Julia Quinn construiu a história. Ela é leve e doce sem ser adocicada demais. Porém, senti que ela foi muito centralizada e que faltou um pouco mais de “emoção” em determinados momentos. O final também me deixou com a sensação de ter sido “atropelado”. Só que esses são pequenos detalhes que não tiram a beleza da história em si, mas são pontos que se talvez fossem mais trabalhos, teriam a deixando ainda melhor.

“Nem se dera conta de que sentia falta daquela sensação de pertencimento, de estar no lugar certo, com alguém que a conhecia plenamente e, ainda achava que valia a pena rir com ela.”

Simplesmente o Paraíso se apresenta como um começo promissor de uma nova série que tem tudo para conquistar o coração dos fãs de romances de época. É impossível você ler esse livro e não se encantar pelo quarteto mais desafinado da Inglaterra. Por que meu caro leitor, depois de ler Simplesmente o Paraíso você com certeza vai pedir bis.

© 2010 - 2021 Blog My Dear Library | Ariane Gisele Reis • Livros, Música, Arte, Poesias e Sonhos. Tema desenvolvido com por Iunique - Temas.in