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outubro 06, 2014

A Promessa do Tigre por Colleen Houck

ISBN: 9788580413014
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 128
Classificação: Muito Bom
Onde Comprar: Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Submarino - Compare os Preços


Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.




Sinopse: A Saga do Tigre – Prequel (Conto).
Medo. Esperança. Dúvidas. Antes da maldição, uma promessa. Criada longe dos olhos da corte, isolada do convívio no castelo, Yesubai luta para suportar os maus-tratos do pai e manter em segredo suas habilidades mágicas. Lokesh é um poderoso e cruel feiticeiro que foi capaz de assassinar a própria esposa porque ela lhe deu uma filha em vez de um filho. Ao completar 16 anos, Yesubai é surpreendida por um anúncio do rei. Procurando fortalecer suas relações diplomáticas, o nobre acredita que um casamento entre a filha de Lokesh, comandante de seu exército, e um pretendente de algum dos reinos vizinhos será uma boa estratégia para diminuir os conflitos na região. A jovem recebe a notícia com alegria. Pela primeira vez ela enxerga um fio de esperança, a perspectiva de escapar do controle do pai e de levar uma vida fora do confinamento de seus aposentos. Mas esses não são os planos do feiticeiro. Ele vê no iminente casamento de Yesubai uma oportunidade de conseguir ainda mais poder e não poupará esforços para atingir seus objetivos sombrios.

Quem a acompanha o blog há mais tempo, sabe que mesmo tendo algumas “falhas” em seu enredo a Saga do Tigre é uma das minhas séries favoritas (). Por esse motivo, vocês podem imaginar que fiquei muito feliz quando soube do lançamento de, A Promessa do Tigre. Essa história se passa 300 anos antes da minha querida amiga Kelsey Hayes (modo irônico ligado), encontrar com os príncipes Ren e Kishan e junto com eles partir em busca de um meio de acabar com a Maldição do Tigre.

Não sei se a resenha tem algum spoiler. Então para quem não quer arriscar pode pular dois parágrafos agora.

A jovem Yesubai sempre agiu com indiferença na presença de seu terrível pai Lokesh. Ela aprendeu desde muito cedo que não demonstrar suas emoções na frente dele, era a melhor maneira de proteger quem ela amava e a si mesma. Durante muitos anos a sua vida foi em cárcere privado, em que a suas únicas companhias eram sua querida babá Isha e as flores. Yesubai sabia que o que seu pai tinha de poderoso ele tinha de perigoso, e por esse motivo ela sempre escondeu as habilidades mágicas que dele herdou na esperança que um dia talvez, a vida fosse diferente.

Yesubai acreditou que os deuses tinham finalmente ouvido suas preces quando o rei anuncia o seu casamento como uma forma de fortalecer as relações diplomáticas do reino com os países vizinhos. Só que seu pai tinha um plano mais sombrio e logo transformou a frágil esperança de Yesubai em um verdadeiro tormento. Lokesh está em busca das últimas metades do Amuleto de Damon, que se encontra em poder da família Rajaram. Para atingir o seu objetivo ele usa a própria filha como isca, dando então o inicio a maldição que viria a assolar a vida dos irmãos Ren e Kishan por 300 anos. Porém, antes que o fim trágico acontecesse houve uma luz, o ultimo fio de esperança para Yesubai, - uma promessa.

A escrita da autora Colleen Houck mostrou mais uma vez que consegue ser cativante, ao mesmo tempo em que me deixa maravilhada com todos os detalhes que ela consegue inserir na história sem que essa se torne cansativa. Em A Promessa do Tigre, tive a oportunidade de rever personagens que me são muito queridos, como o senhor Kadam (), e também conhecer melhor alguns personagens que só foram citados nos livros anteriores.

Confesso que a principio eu estava com um pouco de medo da Yesubai ser uma “versão passada” da Kelsey, mas após ler poucas páginas, para a minha felicidade percebi que elas eram diferentes. Com isso toda a visão que eu tinha criado da Yesubai se desfez e de verdade ao final, fiquei muito triste por tudo o que aconteceu e deixou de acontecer na vida dela (...).  Talvez essa tenha sido a intenção da autora ao escrever esse conto. Mostrar ao s fãs da saga que assim como aconteceu ao final de O Destino do Tigre, nem tudo no mundo da Saga do Tigre, - é o que parece ser.

“Quando enfrentam as provações da vida com coragem, todos encontram seu destino".

A Promessa do Tigre foi uma leitura rápida que me deixou com mais saudades ainda dos personagens que aprendi a amar e a odiar com a mesma intensidade. Para os fãs da série é uma leitura obrigatória, enquanto para os que ainda não conhecessem o mundo mágico criado por Colleen Houck, funciona bem com uma história introdutória. Fica a dica!

Veja também:

A Maldição do Tigre.
O Resgate do Tigre.
A Viagem do Tigre.
O Destino do Tigre.

abril 21, 2013

O Destino do Tigre por Colleen Houck


ISBN: 9788580411386
Editora: Arqueiro
Ano: 2013
Número de páginas: 393
Classificação: 4/5 estrelas
Onde comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa, Submarino - Compare os Preços



Sinopse: Com três profecias da deusa Durga solucionadas, agora resta apenas uma no caminho de Kelsey, Ren e Kishan para que a maldição seja quebrada. Mas o maior desafio do trio os aguarda: A busca pelo último presente de Durga – A corda de fogo – na Ilha Barren situadas na Baía de Bengala. Uma busca que ameaçará suas vidas. É uma corrida contra o tempo e o malvado feiticeiro Lokesh – neste ansiosamente aguardado quarto livro da série A Maldição do Tigre – colocará o bem contra o mal, testará laços de amor e lealdade, e, finalmente, revelará o verdadeiro destino do Tigre, de uma vez por todas.


A Maldição do Tigre | O Resgate de Tigre | A Viagem do Tigre

ATENÇÃO: Se você ainda não leu os livros da série pule do primeiro para o penúltimo parágrafo. Risco de spoiler.

Mesmo terminando a leitura de A Viagem do Tigre um pouco decepcionada com o rumo que a autora estava dando para a história, a minha curiosidade e principalmente meu carinho por alguns personagens falou mais alto, o que me levou a ler imediatamente O Destino do Tigre assim que ele chegou a minha casa.  Não vou dizer que o livro é perfeito, mas de certa forma, Colleen Houck conseguiu dar um bom desfecho a história que ela se propôs a escrever. E o melhor de tudo, superou as minhas expectativas.

Em O Destino do Tigre Ren, Kelsey e Kishan partem em busca do ultimo presente da deusa Durga para cumprir a profecia e quebrar a maldição do tigre derrotando de uma vez por todas o terrível feiticeiro Lokesh. A princípio essa busca prometia ser cheia de ação e aventura, porém após um encontro emocionante com a Fênix a narrativa cai em uma mesmice tão sem pé e sem cabeça que fez dessa etapa final a mais sem graça de todos os livros da série. Tudo bem que todos os autores recorrem à famosa e já nossa conhecida “licença poética” em suas obras, só que assim, a tia Colleen Houck forçou um pouquinho a barra juntando diversas mitologias em um livro só. Ficou tudo meio sem sentindo, confuso, chato e até um pouco bobo em determinados momentos. Triste, mas é verdade.

Por outro lado, não me irritei tanto com a Kelsey e o insuportável triângulo amoroso existente na história.  Eu ainda não aceito as atitudes da Kelsey e em minha opinião ela será por algum tempo a protagonista mais detestável do mundo literário. Bem, verdade seja dita que queria que ela sumisse, porém como isso é óbvio que não acontece à explicação dada para o complexo de inferioridade dela foi “aceitável”. Assim eu continuo não concordando com muitas atitudes tomadas por ela ao decorrer de toda a saga, mas pelo menos consegui entender melhor algumas delas. 

Ren e Kishan não mudaram muito do terceiro livro para cá. Talvez eu até tenha que admitir que, o que vi como mudança de temperamento no terceiro livro, aqui se demonstrou mais como um amadurecimento dos personagens. Ren, por exemplo, apesar de todo o amor que sente pela Kelsey se mostra mais focado em acabar com a maldição, ao mesmo tempo em que o Kishan faz por merecer o seu tão sonhado final feliz. Acredito que de todos os personagens da Saga do Tigre, Kishan foi o que mais evolui durante os livros.

Outro personagem que me surpreendeu bastante foi o Phet, - sim aquele senhor simpático que vive na floresta. Phet não apenas desempenhou um papel de extrema importância no decorrer de todo o enredo, algo que infelizmente só percebi no final, como também se revela uma peça chave no momento mais decisivo. Para quem ao longo de todos os livros formulou milhares de teorias minha dica é esquecer todas elas, por que nada é o que parece ser. Não digo que algumas coisas não soaram exageradas, principalmente a transformação do Lokesh e o fato da Colleen querer transformar a Kelsey em uma “mini" Durga, porém apesar dos pesares a batalha final foi surpreendente, assustadora, emocionante e sofrível.

Agora vem o ponto critico da resenha (...) muitas vezes na vida só damos valor as pessoas e determinadas coisas quando a perdermos. Eu já estava preparada para uma perda em especial, só que quando ela aconteceu foi dolorosa demais, sofrida demais, injusta demais. Foi como se eu tivesse perdido alguém da minha família. Foram dois longos capítulos em que lágrimas corriam livremente dos meus olhos. Não foi justo, embora necessário. E quando eu pensei que não tinha mais motivos para chorar, Kishan vem e me emociona com uma atitude tão nobre que me levou as lágrimas mais uma vez. Mesmo que eu não tenha “perdido” ele, dizer adeus da forma com que tudo aconteceu foi difícil (...) muito difícil.

Sim leitores, eu chorei muito durante a leitura desse livro. E quando eu falo muito, é muito mesmo, pois por mais absurda que algumas situações criadas pela Colleen Houck possam ter parecido no decorrer dos quatro livros, ela consegui dar um final digno aos personagens, embora eu NUNCA vá concordar com um em especial.  Ela fechou muito bem a história, respondendo até de uma maneira bastante surpreendente todas as respostas que pairavam no ar desde o primeiro livro.

Eu amei, odiei, amei de novo cada capítulo desse livro e posso garantir para vocês que meu coração está apertado por dizer adeus a personagens que me fizeram ama-lós e detesta-lós com a mesma intensidade. Ren, Kelsey e Kishan tiveram o seu final feliz, e isso fez tudo valer apena.

fevereiro 17, 2013

A Viagem do Tigre por Colleen Houck



ISBN: 9788580411133
Editora: Arqueiro
Ano: 2012
Número de páginas: 496
Classificação: 3/5 estrelas
Onde Comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa, Submarino - Compare os Preços

Sinopse: Saga do Tigre – Livro 3.

Perigo. Desolação. Escolhas.

A eternidade é tempo demais para esperar pelo verdadeiro amor? Em sua terceira busca, a jovem Kelsey Hayes e seus tigres precisam vencer desafios incríveis propostos por cinco dragões míticos. O elemento comum é a água, e o cenário de mar aberto obriga Kelsey a enfrentar seus piores temores. Dessa vez, sua missão é encontrar o Colar de Pérolas Negras de Durga e tentar libertar seu amado Ren tanto da maldição do tigre quanto de sua repentina amnésia. No entanto o irmão dele, Kishan, tem outros planos, e os dois competem por sua afeição, além de afastarem aqueles que planejam frustrar seus objetivos. Em A viagem do Tigre, terceiro volume da série A Saga do Tigre, Kelsey, Ren e Kishan retomam a jornada em direção ao seu verdadeiro destino numa história com muito suspense, criaturas encantadas, corações partidos e ação de primeira.

Resenhas: A Maldição do Tigre e O Resgate do Tigre.


Bem, nem sei como começar essa resenha. Não posso nem afirmar que, “a decepção me define”, por que não estou de fato decepcionada, na verdade eu já estava preparada para todos os pontos que me levaram a ter um quase colapso nervoso durante a leitura. A Viagem do Tigre é um livro bom. Não minto; ele é ótimo, mas infelizmente a história foi tão enrolada e cheia de drama a lá novela mexicana, que às vezes eu tinha a vontade de gritar com a autora por ela estar estragando uma das minhas séries favoritas.

O que sinto agora é uma imensa confusão de sentimentos e me levam a fazer a seguinte
pergunta à autora Colleen Houck: O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO? Explica-me, por favor, qual é o sentindo em mudar tão drasticamente a personalidade dos protagonistas Ren e Kishan. Sinceramente eles me pareceram dois completos estranhos nesse livro, sem mencionar as constantes e exageradas declarações de amor que ambos fazem praticamente o livro todo para Kelsey. Aliás, eu ainda vou entender por que “quase” todos os homens do livro se apaixonam por ela, mas prefiro nem comentar o absurdo disso.

Já que citei a minha personagem favorita (só que não), ela consegue se superar a cada livro. Tudo bem que ela conseguiu despertar um pouco a minha compaixão. E quando eu digo um pouco é muito pouco mesmo.  Até cheguei a ficar com pena dela, só que as inseguranças da Kelsey em relação com qual dos “seus tigres” ela deve ficar é algo que dá nos nervos de qualquer pessoa. Basta um olhar, ou um simples toque do Ren para ela se derreter e declarar o quando o ama. Porém, quando você pensa pronto ela já se decidiu, ela resolve ficar com o Kishan por que é mais “seguro”.  Para tudo! Como assim queridinha você escolhe alguém por que é mais seguro?

Acho que faltou alguém explicar para a Kelsey que nenhum relacionamento é seguro, que o mesmo risco que você tem de se machucar com um você tem com o outro. E infelizmente praticamente durante o livro todo você convive com esse insuportável e forçado triângulo amoroso.  O mais irritante nessa situação é todo mundo sabe como esses triângulos acabam, então acho que os autores poupariam muito do seu tempo se parassem de colocar essa chatice nas histórias. Pronto falei!

Claro que a Viagem do Tigre tem a parte boa, e essa mais uma vez se dá por conta da busca para quebrar a terceira parte da profecia da deusa Durga. Esse livro em questão me despertou uma curiosidade a mais em relação aos outros por conta dos dragões. De todos os animais místicos eles são os meus favoritos, principalmente os chineses por que os acho “fofinhos”. Eu sei que é estranho alguém achar dragões fofinhos e talvez essa não seja uma definição que combine muito com eles, mas essa sou eu então já sabem. Só que mesmo os dragões ficaram um pouco ofuscados por causa do bendito triângulo amoroso.

Porém, mesmo com uma participação ”pequena” teve dois dragões que se tornaram os meus favoritos, o Jïnsèlóng, o Dragão Dourado que foi o responsável por boas gargalhadas, o Yínbáilóng que é o Dragão de Gelo o mais velho e sensato dos irmãos dragões. Todos os dragões têm umas particularidades bem legais, o que garantiu uma boa dose de ação, aventura e mistério ao enredo.

Colleen Houck escreve maravilhosamente bem. Ela é o tipo de autora que envolve o leitor de uma forma na narrativa que mesmo que você esteja com muita raiva do que está acontecendo na história, é simplesmente impossível parar de ler. Eu mesma fui dormi às quatro da manhã por que não conseguia largar o livro. A Viagem do Tigre tem suas falhas, é enrolado e deixa qualquer pessoa irritada com a indecisão da Kelsey; sim ele tem tudo isso, só que o plano de fundo que autora criou para história é tão bom que compensa isso.  Não totalmente é claro, mas ameniza essas falhas por assim dizer.

Apesar de A Viagem do Tigre ter ficado um pouco abaixo dos livros anteriores, eu gostei dele como um todo. Acredito que a Colleen soube dar uma continuidade consistente a saga, deixando muitas questões pairando no ar. O final me deixou bastante curiosa para ler o próximo livro, na verdade confesso que estou muito ansiosa pelo O Destino do Tigre. Mesmo sabendo que até o gran finale, eu ainda vou me irritar muito. Eu só espero que a Colleen de um final lindo para o meu personagem favorito o Senhor Kadam, por que senão serei forçada a mandar um e-mail nada educado para ela. Senhor Kadam é muito amor

A Viagem do Tigre pode não ser um livro perfeito, mas cumpre bem o papel de deixar os fãs da saga curiosos para saber o que o descarado do Lokesh está aprontando e principalmente como será o final da Maldição do Tigre. É um livro muito bom desde que você não crie muitas expectativas.


dezembro 02, 2012

O Resgate do Tigre por Colleen Houck




ISBN: 9788580410617
Editora: Arqueiro
Ano: 2012
Número de páginas: 432
• Classificação: 4 estrelas
Onde Comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa, Submarino - Compare os Preços
Sinopse: A Saga do Tigre - Livro II
Kelsey Hayes nunca imaginou que seus 18 anos lhe reservassem experiências tão loucas. Além de lutar contra macacos d'água imortais e se embrenhar pelas selvas indianas, ela se apaixonou por Ren, um príncipe indiano amaldiçoado que já viveu 300 anos. Agora que ameaças terríveis obrigam Kelsey a encarar uma nova busca – dessa vez com Kishan, o irmão bad boy de Ren –, a dupla improvável começa a questionar seu destino. A vida de Ren está por um fio, assim como a verdade no coração de Kelsey. Em O Resgate do Tigre, a aguardada sequência de A Maldição do Tigre, os três personagens dão mais um passo para quebrar a antiga profecia que os une. Com o dobro de ação, aventura e romance, este livro oferece a seus leitores uma experiência arrebatadora da primeira à última página.

Resenha: A Maldição do Tigre.


Mesmo estando super curiosa para ler O Regaste do Tigre admito que, eu estava com um pouco de medo também. Calma gente eu explico. Meu maior medo era que o livro sofresse da “terrível maldição do segundo livro”, claro que ela tentou colocar as “garrinhas“ de fora aqui também, mas para minha felicidade a autora Colleen Houck conseguir manter o mesmo ritmo e nível que me fizeram gostar do primeiro livro da saga.

Mas, Ane o que você quis dizer como ela “tentou” colocar as garrinhas de fora? Bem, nem tudo são flores na literatura e infelizmente eu senti que a Colleen Houck deu umas derrapadas na história, nada que você vá falar: “Nossa que viagem!”, porém faz você ter certo receio do que vai vir por ai. Receio esse que eu não tenho em relação à história em si, mas em relação aos personagens.

Terminei A Maldição do Tigre com muita, mais muita raiva da Kelsey mesmo. Raiva essa que confesso não passou neste segundo livro ao contrário só aumentou, e de verdade acho muito bem feito tudo o que aconteceu a ela neste segundo livro. Não que eu goste de ver alguém sofrer longe disso, só que por Deus ela é muito irritante! No final do primeiro livro ela age como uma egoísta e idiota completa, e para que? Para passar os primeiros capítulos do segundo livro se lamentando toda arrependida da burrada que fez, abraçada em um tigre de “pelúcia” branco. E só isso não basta, ela ainda tem que tentar se “relacionar” com outros rapazes para esquecer o Ren.  Para tudo! Eu lia, lia e lia e me perguntava: “O que você tem na cabeça garota?”, juro que às vezes me dava vontade de dar umas tapas nela.

Quando Ren (pausa para o suspiro) aparece em pleno Natal em Oregon a história começa a dar uma melhorada, já que ela deixa de ser tão centralizada na Kelsey. A partir da chegada e Ren a narrativa começa a ser mais divertida e solta, com alguns toques sutis de romance. Só que eu tenho que ser sincera, o livro realmente começou a ganhar “vida” quando Kishan entrou na história. É meio obvio que pelo fato da capa do livro ser um tigre negro que desta vez o enredo ia ser mais focado nele, mas ao mesmo tempo em que me surpreendi com o Kishan durante a leitura, quanto mais perto eu chegava do final eu percebia que a autora ir estragar com “quase” tudo.

Deixe-me explicar; Eu gostei muito do livro, achei que ele não deixa quase nada a desejar para o primeiro, mas (olha o meu “mas” aqui de novo) a Colleen andou lendo muito Twilight gente. A receita é igualzinha: MENINA CHATA E SEM GRAÇA + HOMEM PERFEITO E MUITO RICO = SE APAIXONAM PERDIDAMENTE + O HOMEM PERFEITO DESAPARECE + DEIXANDO MENINA CHATA E SEM GRAÇA SÓ E DESESPERADA + SURGI OUTRO HOMEM PERFEITO (MAIS SAIDINHO) / O CORAÇÃO DA MENINA = MAIS UM TRIANGULO AMOROSO CRIADO SEM NENHUMA NECESSIDADE. De verdade me chateou muito a autora ter se focado mais na sua tentativa frustrada de criar um mega romance, do que nos mitos e histórias da Índia.

Sim teve a busca pela segunda relíquia para quebrar a maldição e o começo disso estava sendo até promissor. Sou completamente apaixonada pela filosofia budista e quando percebi que a narrativa seguia rumo ao Nepal meus olhos brilharam.  Amei muito a parte que o monge budista, mas conhecido O Mestre do Oceano aparece. Gente eu podia sentir a paz que ele transmitia e cada palavra, cada conselho era como um balsámo para minha alma. Sério em minha opinião esse foi um dos pontos mais altos do livro.

A minha empolgação aumentou ainda mais quando li uma palavra mágica, “Shangri-la”. Pronto eu pensei; esse livro vai ser divino, maravilhoso, perfeito! Colleen tinha conquistado meu coração pelo meu ponto fraco: Minha paixão por civilizações antigas e perdidas, só que quando Kelsey e Kishan chegam a Shangri-la é tudo tão decepcionante. Teve lá umas partes legais como a quando eles encontraram o Fauno e a floresta dos Silvianos. Até a prova das quatro casas pela qual eles tinham que passar para encontrar a segunda relíquia foi um pouco fraca, pois ao invés do foco ser a busca a autora se preocupou mais em mostrar Kishan dando em cima de Kelsey, que por sua vez não sabia de retribuía e quando retribuía se sentia culpada por que ama o Ren. Já deu para perceber a confusão não é?

O Sr. Kadam continua me conquistando com a sua sabedoria e tranquilidade. Gostaria que ele aparecesse mais no livro, por que para mim ele é mais do que um personagem coadjuvante. Sem sombra de dúvidas ele é o que une todos e mantém o clima harmonizo. Sei que já disse isso antes como sei que vou repetir isso sempre; O Sr. Kadam é o avô que todo mundo queria ter.

O clímax da história ficou por conta do resgate de Ren e a primeira grande luta entre Kelsey e o “senhor todo poderoso do mal” Lokesh. Sim ele é mal mesmo, do tipo que eu teria medinho. Porém ao contrário da Kelsey eu ia escolher outra hora para demonstrar esse medo e não na hora da batalha. Tipo você sabe que o cara é do mal e que está querendo te matar, você está indo de encontro com ele, ou você deixa o medo em casa e se joga ou fica em casa chorando. No meio da batalha não é hora de você ficar divagando Kelsey! Leitores em minha humilde opinião ela não merece nem o Ren e nem o Kishan. (Momento desabafo).

O Resgate do Tigre mantém o ritmo viciante de A Maldição do Tigre, com ótimas descrições que fazem você literalmente se sentir no lugar narrado e uma história que tem uma base bem construída, além de que ficou bem visível a evolução da escrita da autora. Tirando o Déjà vi a lá Twilight que senti em algumas partes e o forte pressentimento que até o final da saga sofrerei muito com a minha gastrite por causa da Kelsey eu adorei o livro.

Deve ser meu fraco por felinos, ou meu amor pelas culturas orientais, ou a minha curiosidade por lendas antigas, ou até a minha “invejinha branca” da tranquildade do Sr. Kadam, mas a Saga do Tigre é uma das melhores que já li. Pode não ser perfeita, e eu admito isso, porém eu gosto tanto!

Que venha A Viagem do Tigre! Eu estou super, super ansiosa para ler!



junho 03, 2012

A Maldição do Tigre por Colleen Houck


• ISBN: 9788580410266
• Editora: Arqueiro
• Ano: 2011
• Número de páginas: 352
• Classificação: 4 estrelas
Onde Comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa, Submarino - Compare os Preços.



Sinopse:

Kelsey Hayes perdeu os pais recentemente e precisa arranjar um emprego para custear a faculdade. Contratada por um circo, ela é arrebatada pela principal atração: um lindo tigre branco. Kelsey sente uma forte conexão com o misterioso animal de olhos azuis e, tocada por sua solidão, passa a maior parte do seu tempo livre ao lado dele. O que a jovem órfã ainda não sabe é que seu tigre Ren é na verdade Alagan Dhiren Rajaram, um príncipe indiano que foi amaldiçoado por um mago há mais de 300 anos, e que ela pode ser a única pessoa capaz de ajudá-lo a quebrar esse feitiço. Determinada a devolver a Ren sua humanidade, Kelsey embarca em uma perigosa jornada pela Índia, onde enfrenta forças sombrias, criaturas imortais e mundos místicos, tentando decifrar uma antiga profecia. Ao mesmo tempo, se apaixona perdidamente tanto pelo tigre quanto pelo homem.


A Maldição do Tigre foi um livro que não me despertou muito interesse logo no seu lançamento. Na época lembro que pensei “Lá vem mais um livro sobrenatural, com uma mocinha irritante, narrativa clichê e um triangulo amoroso para dar o toque final à história.” Bem em parte o livro realmente tem alguns destes ingredientes, mas confesso que fui surpreendida em muitos pontos dele.

O que realmente me atraiu no livro foi à cultura indiana. Eu adoro aquele misticismo, e o fato da mitologia hindu até hoje não ter sido muito explorada na literatura faz com que o livro tenha um toque especial. Alguns dos meus trechos favoritos da história foram os que o Sr. Kadam contava para Kelsey, as lendas da Índia, com seus vários deuses e deusas misteriosos. 

O Sr. Kadam se tornou um dos meus personagens favoritos do livro. Ele é leal, sábio e protetor, características estas que são suficientes para entender por que Ren confia tanto nele, e principalmente por que é tão fácil gostar dele. O Sr. Kadam é aquele avô que todo mundo gostaria de ter. Ele é aquele tipo de pessoa que você sabe que vai estar ali disposta a te ajudar sempre.

Ren, ou melhor, Alagan Dhiren Rajaram é realmente um príncipe. Não só pelo título real que carrega, mas pelo seu cavalheirismo, força, inteligência e claro por ser lindo e muito fofo, tanto como tigre branco, tanto como humano. Por mais impulsivas que algumas da suas atitudes, às vezes possam parecer, ele consegue transmitir uma segurança, uma paz que é impossível durante a leitura você não se encantar por ele. Ren é uma pessoa especial, e o melhor, não faz muito esforço para ser assim.

Do lado oposto temos o tigre negro, o irmão encrenqueiro de Ren e também príncipe Sohan Kishan Rajaram. Kishan tem uma personalidade cativante. Nada sutil e com um fraco por criar encrencas, ele é responsável por algumas das partes engraçadas do livro o que ajuda a quebrar um pouco o clima pesado da história. Afinal a história é sobre uma maldição que transformou os dois príncipes em tigres, tinha que ter algo ou alguém que suavizasse um pouco o drama.

Agora falar da Kelsey vai ser difícil, mas vamos lá. Ela no começo me despertou simpatia, mas ao terminar o livro o único sentimento que eu conseguia nutrir por ela era uma raiva tão grande que me vez chorar. Toda a imagem que eu tinha dela, de menina altruísta, disposta a enfrentar grandes perigos para libertar Ren e Kishan da maldição se desfez na reta final do livro. A visão que fique Kelsey é de uma menina mimada, rabugenta, egoísta e que não se importa em magoar as pessoas se isso evitar que ela se magoe. Entendo que todo mundo precisa de um pouco de auto-preservação, mas o que ela fez não é aceitável, por mais desculpas e explicações que ela dê para seu comportamento infantil.  A frase que melhor descreve como estou me sentindo é: “Eu estou inconformada” e sem mais nada a declarar sobre ela.

Colleen Houck escreve muito bem. A narrativa da autora é envolvente rica em detalhes sem ser chata. Você percebe que ela realmente pesquisou a fundo as lendas da Índia e conseguiu transportá-las para o livro de forma que elas se encaixaram e criaram um plano de fundo mágico, misterioso e perigoso, mas sem ser forçado. As únicas coisas que não gostei, foi que ela seguiu muito as regras do gênero sobrenatural, sim eu disse regras por que em minha opinião, parece que estes ingredientes viram essenciais para se criar um livro do gênero.

Primeiro, o bendito triangulo amoroso. Gente será que não dá para mudar o disco um pouco? São sempre dois rapazes interessados na mesma menina, menina está que se acha feia e que não entende como dois meninos lindos podem gostar dela. Segundo, por que a mocinha tem que ser tão irritante e dependente de um super herói o tempo todo? Por mais independentes que elas tentem demonstrar ser, nunca conseguem dar um passo a frente sem colocar as suas preciosas vidas em risco.  Terceiro e último (prometo). Por que estes homens fantásticos sempre são super milionários sem precisar pegar em uma vassoura para conseguir isso? Tudo bem aqui eu dou até um desconto, eles são dois príncipes, mas vocês já reparam que a receita básica é sempre esta?  Por favor, originalidade nunca sai de moda e já passou da hora dos autores perceberem isso.

A Maldição do Tigre é um livro ótimo! Eu gostei demais da história tanto que não vejo à hora de ler a continuação da saga, mas sou sincera e não poderia deixar de mencionar os itens que me incomodaram durante a leitura.

Tudo o que vocês ouviram falar do livro é verdade. Ele é divertido, delicado, cheio de aventuras que levam ao leitor a uma viagem fantástica por uma terra exótica e cheia de segredos guardados esperando serem revelados. Leiam, mesmo que ao final vocês acabem como está que vos escreve; “inconformada”, posso garantir que a leitura  não decepciona!



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