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maio 13, 2012

Até eu te Encontrar por Graciela Mayrink


Editora: Vermelho Marinho
Ano: 2011
Número de páginas: 312
Classificação: 5 estrelas
Onde Comprar: Site Oficial da Autora.


Sinopse:

Como você se sentiria se descobrisse que não gosta da sua alma gêmea?
O quanto uma mudança de cidade pode afetar uma vida? Você acredita em alma gêmea? Como você se sentiria se não gostasse do grande amor da sua vida? É o que Flávia vai descobrir ao deixar Lavras, onde mora com os tios desde o acidente que matou seus pais, quando era criança. Aos dezoito anos, ela decide estudar Agronomia na Universidade Federal de Viçosa, trocando o sul de Minas pela Zona da Mata do mesmo Estado na esperança de uma "mudança de ares". Em sua nova vida, ela conhece Sônia, amiga de infância de sua mãe e agora sua vizinha, que lhe conta a história de sua família materna, até então desconhecida para Flávia. Embora o passado não seja sua maior preocupação, Flávia reluta em aceitar seu destino e ainda precisa superar uma paixão não correspondida pelo seu melhor amigo. Para se ver livre dessa rejeição, ela tenta atrair sua alma gêmea para Viçosa e descobre que o grande amor de sua vida é uma pessoa que ela não suporta.


Até eu te Encontrar foi um daqueles livros que chegou de mansinho e acabou se revelando uma maravilhosa surpresa para mim. Logo nos primeiros capítulos a história foi me conquistando, e à medida que o livro ia chegando ao final eu já comecei a sentir saudade dos personagens e ficando com uma vontade enorme de ler o livro novamente.

A história é tão leve, divertida e romântica que você nem sente a hora passar. Os personagens são bem construídos, e cada um tem um traço marcante. Você pode de apaixonar pelo sorriso lindo de Felipe, ou pelo jeito fofo de Gustavo, talvez pela personalidade mais séria e Mauro ou pelos belos olhos verdes de Luigi. Se identificar com a determinação de Flávia, romantismo de Lauren ou com serenidade de Sônia. Durante a leitura é como se você criasse um laço com os personagens. Você sorri, sofre, passa raiva e vibra com eles.

Flávia é nova na cidade e se prepara para o seu primeiro ano na faculdade de Agronomia. Logo no primeiro dia ela conhece Felipe e Gustavo que em pouco tempo se tornam seus melhores amigos. Flávia perdeu os pais quando tinha cinco anos em um acidente de carro. Criada pelos tios paternos ela nunca soube muito sobre a sua mãe e seus parentes pelo lado materno.

Porém o primeiro ano de faculdade promete não só o inicio de uma nova etapa na vida de Flávia, mas a descoberta do seu passado e principalmente sobre si mesma. Além do tudo isso, Flávia acaba aprendendo da maneira mais difícil que o amor não é tão doce como ela sempre sonhou, e como muitas vezes o grande amor da sua vida pode ser justamente a pessoa que você mais detesta.

Flávia ainda teve que aprender a lidar com a Carla, namorada do Luigi, e que criou uma antipatia natural por ela. Carla é daquele tipo de pessoa histérica, que não tem capacidade de lutar pela vida e fica atrapalhando a vida dos outros.  E quantas “Carlas”, não existem por ai não é mesmo? Ela até tem uns momentos engraçados no livro, poucos mais têm.

Em um ano que parece que toda a sua vida vira de ponta cabeça, Flávia conta com o apoio de Sônia sua vizinha e amiga de sua mãe, além de Lauren sua melhor amiga. Flávia percebe que quanto mais se tenta evitar o destino, mas forte ele se mostra.

Até eu te Encontrar é um livro romântico no estilo que eu adoro! Eu me identifiquei em muitas partes com a história. O livro me deu certa sensação de nostalgia dos tempos de faculdade e de como é bom ter os amigos sempre por perto. Muitas coisas vividas pela Flávia e a “Máfia” no livro foram situações pelas quais eu passei com meus amigos, e foi muito bom poder reviver um pouco isso através do livro.

Quero dar os parabéns pelo trabalho de pesquisa feito pela autora Graciela Mayrink! É muito difícil você ler um livro que fale de bruxas sem apelar para o lado fantasioso e sobrenatural da coisa. Graciela escreveu de um modo muito simplificado, e realmente se atentado aos fatos sobre o que é conceito o Wicca, e isso foi algo que eu só tinha visto em O Livro perdido das Bruxas de Salem.

A forma com que a autora colocou esse conceito no livro é tão natural que mesmo ele sendo o plano de fundo da história, ele é apenas um detalhe e não o mais importante. Para mim durante toda a leitura o que realmente me prendeu foi à convivência e a amizade dos personagens, e não o fato do livro falar sobre bruxas. Acredito que isso se dê ao fato de que a forma como que a autora escreveu fez com que o enredo flui-se bem, sem precisar apelar para o sobrenatural como método de prender a atenção do leitor.

Só achei que a autora podia ter sido um pouco mais detalhista no final. Acho que a conclusão foi um pouco rápida demais. Não sei, mas não gosto muito quando um capítulo termina e vem o outro com uma longa passagem de tempo e fim. Isso me incomodou em vários livros já, e foi um detalhe que me incomodou neste também.

Porém mesmo com esse pequeno detalhe, devo confessar que simplesmente amei o livro! Até eu te Encontrar entrou para minha lista de livros favoritos pelo conjunto da obra em si, mas principalmente por me permitir matar um pouquinho as saudades de uma das melhores fases da minha vida.  O livro é realmente uma graça, e mesmo para quem não gosta muito de livros que falem de bruxas, ele tem várias partes engraçadas e vão fazer você rir muito.

Super recomendado!




maio 10, 2012

#naplaylist – Emma Shapplin



#naplaylist – Emma Shapplin.

Bom dia leitores! Que tal começar o dia com uma música relaxante? Fiquem tranquilos que ela não dá sono (pelo menos eu acho), naplaylist de hoje trago uma das minhas divas da música clássica, Emma Shapplin.

Não me recordo direito de quando e por que comecei a ouvir essa francesinha, mas acredito que foi de tanto me falarem que a voz dela é maravilhosa e que eu ia amar. Bem as pessoas que me deram a sugestão acertaram em cheio. Eu simplesmente amo as músicas dela!

Ao contrário da minha outra diva Sarah Brightman em que a atmosfera das músicas é doce e mágica, Emma Shapplin já vem com algo mais sombrio e pesado. Não é o tipo de música que você vai ouvir uma vez e já amar, e sim o tipo que vai te conquistando aos poucos e quando você percebe está cantando.

Nos dois primeiros álbuns, o Carmine Meo e Etterna a atmosfera sombria é bem visível, já no terceiro álbum Macadam Flower ela ainda está presente só que de uma forma sutil. Tanto que na época do lançamento em 2009, Emma Shapplin recebeu algumas criticas dos fãs por ter mudado um pouco o estilo. Particularmente gosto deste lado mais “POP” dela, mas gosto é gosto não?

Meu álbum favorito é Etterna.  A sonoridade dele é simplesmente perfeita! As músicas têm ritmo gostoso que faz como que você consiga esquecer nem que seja por poucos minutos os problemas.


Biografia:



Emma Shapplin (nascida Crystêle Madeleine Joliton, Paris, 19 de maio de 1974) é uma soprano francesa. A família Shapplin era repleta de amantes da música, apesar de ninguém nunca ter pensando em apresentar a pequena Emma ao mundo da ópera.

Por mais estranho que possa parecer, Emma deve sua carreira escolhida por um pequeno touro com asas. O mencionado touro era o logotipo de uma marca de arroz da região de Camargue e a estrela de um comercial de TV. Quando esse touro aparecia na tela, à encantadora melodia “La Reine de La Nuit” (A Rainha da Noite), sempre o acompanhava.

Algo na melodia causou um despertar profundo em Emma. Aos 11 anos, enquanto todas as outras crianças ainda cantavam músicas de playground, ela entoava Mozart. Onde quer que estivesse, em casa, na rua ou nos corredores da escola, ela cantava Mozart sem parar!

A paixão de Emma acabou virando um pequeno problema na época como o inspetor-chefe não era tão surdo, e ele logo descobriu que era a pequena menina Shapplin que estava infringindo uma das mais básicas regras da escola! Emma, é claro, prometeu não fazer mais isso.

Mas sem resultados. Um dia o inspetor-chefe levou Emma ao centro do playground e mandou que cantasse para todas as outras crianças. A acústica no playground devia ser fantástica, porque em cinco minutos Emma tornou-se integrante do coral da escola e em menos de 48 horas já era solista.

O que se seguiu é de alguma forma clássica: os Shapplins ficaram, é claro, lisonjeado, mas também preocupados com o futuro de Emma. Tudo bem, Emma tem um dom, mas ela terá uma profissão? É melhor apertar os cintos e tentar achar dinheiro para pagar por suas aulas de canto ou convencê-la a estudar para tornar-se uma secretária. E advinha o que eles escolheram? Mas para Emma, a ópera era algo que não podia ser facilmente esquecido. Ela continuou a canta em qualquer lugar, a qualquer hora, com ou sem professor.

Aos 19 anos, depois de um breve trabalho com um grupo local de hard rock, ela deixou sua casa para trabalhar como modelo, depois como uma recepcionista bilíngüe e então como telefonista. Fez de tudo para poder ganhar dinheiro e pagar por aulas de canto.

Dois anos se passaram. Emma tinha muito apoio dos amigos e as pessoas começavam a ouvi-la. Ela resolveu então dedicar sua vida a sua única paixão e começou a preparar-se para grandes competições, como a promovida pelo Conservatoire National Supérieur de Musique, e outros grandes eventos internacionais.

Tudo estava indo conforme planejado, até que uma noite uma amiga apresentou Emma a um homem de aparência um pouco estranha. Um cara legal, ex-estrela do rock dos anos 80, levemente cansado, mas entusiástico. Eles falaram de Callas e grunge, New Age e Verdi, ambiente entre outros gêneros. Emma terminou a conversa perguntando ao homem se ele faria um disco para ela.

Passaram-se mais de 18 meses, mas o álbum de Emma Shapplin finalmente ficou pronto. Nove músicas, melodias originais em que a voz entrelaça com os loops rítmicos, sons sintetizados, instrumentação orquestral, baixo e bateria e coro de ópera. Nove músicas apresentadas em latim e italiano do século 14, a linguagem de Petrarca, Dante e Aristóteles. Uma língua que não foi falada for séculos e que, hoje, nem muitos entendem.

Ela ainda canta algumas de suas músicas em francês, italiano moderno e inglês


Discografia:


Carmine Meo (1997), Etterna (2002) e Macadam Flower (2009)


Como prometi a música escolhida não é para dar sono ( assim espero)  =) Fiquem com a Nothing Wrong do CD Macadam Flower. Espero que gostem!




bjus;***



maio 06, 2012

Desastre por S. G. Browne




Desastre por S. G. Browne.

• ISBN: 8580440289
• Editora: Leya
• Ano: 2010
• Número de páginas: 272
• Classificação: 4 estrelas
Onde Comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa, Submarino - Compare os Preços


Sinopse:

Regra Nº1: Não se envolva com humanos. Num mundo onde os sentimentos, caminhos e valores dos seres humanos são comandados por entidades superiores, o destino pode ser traiçoeiro. Conheça Fado, um imortal que designa sinas aos homens, mora num apartamento de luxo em Nova York e veste uma atraente roupa humana. Solidário com seus clientes e apaixonado por uma vizinha, passa a burlar suas tarefas, alterar destinos e bagunçar as coisas no reino dos Céus. Com um texto leve, hilário e muito atual, Desastre vai fazer você repensar suas escolhas, acreditar no poder do amor, e descobrir que até a Morte não é assim tão má pessoa.


Desastre é um daqueles livros com uma narrativa leve e personagens carismáticos do tipo que você os ama ou odeia assim que aparecem na história. Eu tinha grandes expectativas em relação a este livro. Expectativas quem em algumas partes foram cumpridas, mas que em outras deixaram muito a desejar.

O livro todo é narrado por Fábio, o Fado um dos personagens mais egocêntricos que já encontrei no livro. Ele é sarcástico ao ponto de ser levemente ácido em alguns comentários. No começo da história você até fica com um pouco de raiva dele, e do seu senso de superioridade, mas com o decorrer dos capítulos mesmo que ele não te conquiste você meio que começa a dar razão para ele em alguns pontos.

O autor foi bem inteligente ao personificar sentimentos e emoções humanas. Essa mitologia moderna além de envolver o leitor na trama faz com que ele crie uma espécie de simpatia natural com cada entidade. S. G. Browne as tornou tão humanas que não é difícil durante a leitura você se identificar com Destino, Sorte, Carma, Amor e por que não a Morte por exemplo. Cada um destes sentimentos e emoções tem um defeito, uma doença ou até mesmo um desviou de comportamento. O autor quebrou um pouco a “divindade” desses seres e deixando-os o, mais próximos possíveis da nossa realidade e isso foi o que mais gostei no livro.

Até Deus, aqui conhecido como o Grande J, ganhou esse ar mais “simplificado” por assim dizer. Deus é retratado como o ser supremo e onipresente que todos nós conhecemos, mas foi como o autor construiu a personalidade do Grande J que faz toda a diferença. Em minha opinião o autor quis criar um deus que se importa e está de olho em tudo o que acontece aqui na Terra, mas sem tanta severidade e seriedade. Afinal nada neste livro pode-se ser levado muito a sério.

S. G. Browne escreve bem, principalmente por ser o primeiro livro do autor, Desastre é uma obra que se destaca mais pela criatividade da história do que pelo enredo e construção da mesma.  O autor é um pouco repetitivo e pelo menos eu, acredito que é possível sim; escrever uma obra com pitadas de ironia e sarcasmo sem usar palavras e termos baixos. Claro que em um livro como este você não espera encontrar uma linguagem rebuscada, mas o excesso de palavrões foi algo que me incomodou um pouco.

Outro ponto é que o romance da história não convence. É completamente sem sal e sem açúcar, muito sem graça mesmo. Em minha opinião se o autor tivesse focado mais nas entidades e demonstrado mais com elas interferem em nossas vidas o livro seria bem mais produtivo. Sara é daquele tipo de personagem que não diz para que veio, e ver ela com o Fado é  como misturar água e vinho. Simplesmente não combinam! Acho que seria bem mais interessante e divertido se o autor tivesse investido no romance do Fado com a Destino, mesmo ela sendo um pouco vulgar demais.

Porém mesmo com todas essas pequenas coisas que não estavam me agradando na leitura, Desastre está indo bem até que chegar ao final. Sim este é um daqueles livros em que o final é lamentável. Eu até agora não consigo acreditar que um livro pode ter um final tão idiota e nada haver como Desastre. Foi decepcionante.

Durante toda a leitura você é levado a ter certa reflexão, a repensar algumas atitudes suas e o que guia a sua vida, e isso pelo menos para mim valeu o livro inteiro. Só que realmente eu fiquei bem chateada com o final. Não esperava nada muito fantástico, mas pelo menos algo que fosse minimamente lógico.

No geral eu gostei bastante de Desastre, posso disser que tive bons momentos com ele e me divertir bastante durante a leitura, mesmo com os altos e baixos do livro. Fica a dica para quem quer dar uma variada na leitura e ter uma nova visão de entidades e divindades que nos cercam.




maio 03, 2012

Lançamentos – Maio/ Junho



Lançamentos - Maio/ Junho.

Oi queridos! Hoje trago para vocês os últimos e proximos lançamentos de nossas editoras favoritas. Elas não param não é mesmo? A cada mês elas vêm com uma novidade, um lançamento melhor que o outro que fica até dificil escolher.

Dos lançamentos deste mês os que mais despertaram meu interesse foram: Deslembrança, A Ultima Carta de Amor, Fazendo meu Filme 4, A Escolha, O Resgate do Tigre e O Encontro. Nossa listinha grande essa minha heim =D

Destes maravilhosos lançamentos, quais vocês estão doidos para ler também? Deixem sua opinião nos comentários.

Próximos e os últimos lançamentos:






Gente eu preciso falar que estou adorando que a Editora Record esteja relançando os livros clássicos como O Vento Levou e agora O Lobo e Pomba. São livros lindissimos! Quem ainda não leu, eu recomendo.

E não se esqueçam que na fanpage do My Dear Library vocês ficam sempre atualizados das promoções e novidades que acontecem durante a semana, além de encontrar  informações fresquinhas das suas editoras favoritas!

Passa lá!

bjinhos;***



abril 29, 2012

Reencontro por Leila Krüger

Reencontro por Leila Krüger.                                                                                                                 

Ficha Técnica.

Editora: Novo Século
Autor: Leila Krüger
ISBN: 9788576795339
Ano: 2011
Edição: 1
Número de páginas: 496
Classificação: 3 estrelas
Onde Comprar:  Livraria Saraiva.

Sinopse:                                                                                                         

 “Está bem no fundo. Não se pode alcançar... aos poucos, vai roubando o ar.” Ana Luiza vai perdendo seu fôlego: o fim de (mais) um grande amor, um pai distante, uma mãe fútil, uma amizade complexa e "pessoas que sempre vão embora". Com suas músicas de rock, seus livros e seus cigarros, Ana Luiza vê sua vida desmoronar. "O amor é uma ferida”, ela sentencia. Mas a “garota de olhar longínquo” tem um encontro inesperado com um alguém aparentemente muito diferente dela: os “olhos imensos”, que tudo vêem... Presa em seu próprio mundo e rendida ao álcool e às drogas, Ana Luiza tenta fugir. Principalmente do temido amor, que tanto a feriu... Como encontrar, ou reencontrar o próprio destino? Até onde o amor pode ir, até quando pode esperar? O que há além das baladas de rock e dos poemas românticos? Poderá o amor salvar alguém de sua própria escuridão? Às vezes, é necessário perder quase tudo para reencontrar... e finalmente poder amar.

Resenha:                                                                                                                                                 

Reencontro foi um livro particularmente bem difícil de ler. Ele não é o tipo de livro bonitinho com personagens perfeitos e uma bela história de amor. Reencontro é dramático, tanto que a cada capítulo que passava confesso, que eu ia sentindo uma tristeza tão profunda que foi realmente muito difícil levar a leitura até o final.

Ana Luiza é uma garota completamente perturba que busca fugir da realidade a base de drogas e muito álcool. Sua vida amorosa é um desastre e a convivência familiar principalmente com o seu pai, pode-se dizer que é a pior possível. Ela se enquadra bem naquele tipo de descrição de pessoa rica que tem tudo, é linda, mas ao mesmo tempo não tem nada.

Ana é uma personagem difícil, até agora não sei se gosto dela, se sinto raiva, pena, sinceramente não sei. Por ser a primeira personagem depressiva e com tendências suicidas que encontro em um livro, tive a sensação que tudo para ela era difícil demais, extremo demais, como se simples o ato de abrir os olhos pela manhã fosse um sacrifício.

O livro tem personagens mais leves, como Rafael e Nana. Eles meio que dão uma equilibrada na história e talvez os poucos momentos em que Ana Luiza está mais lúcida são os momentos passados com eles. Rafael faz jus ao nome que tem, pois é justamente ele com toda a sua paciência, sua amizade e amor, que consegue após muito tempo penetrar no mundo sombrio de Ana Luiza. Rafael é o anjo que a salva, e um dos personagens mais sensíveis e verdadeiros que já vi em um livro.  Ele no começo chega a passar a sensação de ser um garoto bobo, mas no decorrer da leitura você acaba percebendo como ele é especial.

Nana por sua vez consegue ser igual e diferente de Ana Luiza ao mesmo tempo. Igual na falta de juízo, mas diferente por que ao contrário da amiga, Nana tinha fé. Mesmo que no geral ela passe a impressão de ser uma personagem com uma participação meio vaga no livro, o que ela representa no contexto geral da história é de grande importância.

Gostei do livro mesmo ele tendo me deixado um pouco deprimida, a mensagem que a autora passa é muito bonita. Acredito que ter fé em nós mesmos é uma das tarefas mais difíceis que existe, e você vê Ana Luiza aprendendo a voltar a acreditar em si mesma durante o livro todo. A evolução da personagem ao todo no decorrer da história é muito marcante. Além disso, cada começo do capítulo vem com um pequeno trecho de poemas ou textos de Vinicius de Morais, Clarice Lispector, Mario Quintana entre outros.

A autora Leila Krüger escreve bem, mas em alguns trechos a narrativa é extremamente cansativa e repetitiva. Você lê várias vezes às mesmas frases como, por exemplo, “garota de olhar longínquo” que parece que você está lendo a mesma página. O excesso regionalismo no livro também é algo que me incomodou um pouco. Acho super válido quando um autor coloca os costumes e consegue levar para um livro o “sotaque” do lugar. Só acho que o uso de gírias típicas de uma cidade ou estado é desnecessário. Eu não tive muita dificuldade para entender alguns termos, pois fui criada no sul do país então eles não eram estranhos para mim. Tipo o autor quer regionalizar bem o seu livro sem problemas. Desde que ao final dele tenha espécie de glossário para o leitor saber o que de fato quer dizer aquele termo ou gíria que ele usou.

Não sei quanto às outras pessoas que já o leram, mas eu realmente fiquei deprimida durante a leitura. E acreditem estou revivendo este sentimento enquanto escrevo a resenha. Se eu recomendo o livro? Pergunta difícil viu, mas vou procurar responder da melhor forma possível. Baseada na minha experiência pessoal com ele, eu diria não, porém em uma visão geral por todo seu contexto, pela mensagem final que o livro passa e pela própria lição de vida que dá para se tirar dele, faz com que a sua leitura seja muito válida.

O mais importante é ter em mente antes de começar é que o livro não se trata de uma história meiga, ele não vai te arrancar suspiros ou gargalhadas e muito menos vai fazer você sonhar acordada (o) enquanto você lê. Ele é sim um livro triste, com personagens muito comuns, com problemas comuns que podem ou não fazer parte da sua realidade. Por isso abra bem seu coração antes de começar a ler Reencontro, você vai precisar de muita esperança e fé que as pessoas podem mudar para levar o livro até o fim.



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