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julho 14, 2016

Meio Rei por Joe Abercrombie

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788580415612
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2016
Número de páginas: 288
Classificação: Ótimo
Sinopse: Mar Despedaçado – Livro 01.
“Jurei vingar a morte do meu pai. Posso até ser meio homem, mas sou capaz de fazer um juramento por inteiro.”
Filho caçula do rei Uthrik, Yarvi nasceu com a mão deformada e sempre foi considerado fraco pela família. Num mundo em que as leis são ditadas por pessoas de braço forte e coração frio, ser incapaz de brandir uma espada ou portar um escudo é o pior defeito de um homem. Mas o que falta a Yarvi em força física lhe sobra em inteligência. Por isso ele estuda para ser ministro e, pelo resto da vida, curar e aconselhar. Ou pelo menos era o que ele pensava. Certa noite, o jovem recebe a notícia de que o pai e o irmão mais velho foram assassinados e não lhe resta escolha a não ser assumir o trono. De uma hora para outra, ele precisa endurecer para vingar as duas mortes. E logo sua jornada o lança numa saga de crueldade e amargura, traição e cinismo, em que as decisões de Yarvi determinarão o destino do reino e de todo o povo.

Estou a alguns minutos olhando para tela de meu notebook sem saber ao certo como começar essa resenha. Meio Rei, o primeiro livro da trilogia Mar Despedaçado, foi um livro que realmente me surpreendeu.  Fui fisgada logo no primeiro capitulo pela narrativa do autor Joe Abercrombie, que de uma forma bem simples e sem grandes pretensões conseguiu criar uma história incrível. 

No reino de Gettland o valor de um homem é determinado pela quantidade de batalhas que ele venceu. Não existe um defeito maior do que não conseguir brandir a espada ou segurar um escudo. Por esse motivo, Yarvi o filho caçula do rei Uthrik com a rainha Laithlin passou a vida toda sendo desprezado pelo pai. Nascido com uma mão deformada ele é considerado uma vergonha para família e motivo de piada entre os fortes e arrogantes guerreiros do reino.  Porém se falta a Yarvi a força física necessária para acompanhar o pai em batalhas, a vida o “compensou” dando inteligência de sobra.

Com uma mente afiada e os ensinamentos de mãe Gundrign, Yarvi estuda para se tornar um sábio ministro, e passar o resto de sua vida curando e aconselhando o rei. Só que em uma noite chuvosa a noticia trazida por seu tio Odem arruína todos os seus planos de um futuro de paz e contemplação. Seu pai e seu irmão foram assassinados em batalha, não dando a Yarvi outra opção a não ser assumir o trono. Agora o jovem rei, terá que se tornar um guerreio mesmo que não tenha nascido com habilidade para isso.

Ele jurou se vingar do assassinato de seus familiares, mas quis o destino frustrar os planos de Yarvi novamente. Vitima de uma terrível traição ele acaba preso e sendo vendido como escravo. Porém, mesmo em seu calvário ele não desiste de cumprir seu juramento e principalmente de se vingar da traição que sofreu. Não importa como e nem quanto, mas ele vai retornar ao seu reino e ao seu trono. Custe o que custar.

Meio Rei é uma daquelas tramas que já te surpreende pelo fato de seu protagonista ser um personagem fora os “padrões” dos livros do gênero. Yarvi nasceu e cresceu em uma sociedade guerreira e por ser “incapaz” de segurar uma espada, ele se tornou uma pária no meio onde vive. À primeira vista o Yarvi nos passa a sensação de ser um garoto tanto amargo, que usa o seu raciocino rápido com uma boa dose de sarcasmo para tentar causar os mesmo danos que uma espada causaria. Porém conforme a narrativa avança vai se tonando cada vez mais perceptível como o desprezo do pai afetou a sua autoestima.

Mesmo possuindo outros talentos, em muitos momentos ele próprio despreza a si mesmo, se isolando das pessoas ou criando uma barreira de proteção entre si e o mundo ao seu redor. Particularmente gostei muito do modo como o Joe Abercrombie soube trabalhar essa “fraqueza” do protagonista, pois isso o tornou mais humano. E cá entre nós, acho que todo mundo anda um pouco cansado de personagens “perfeitos” demais e até mesmo ”irreais”.

Outro ponto que difere Meio Rei das narrativas mais “tradicionais” é que o autor não perdeu muito tempo com longas descrições e detalhes que poderiam ter sobrecarregado a obra. Tudo aqui é muito rápido e direto o que torna a narrativa ainda mais fluida. E apesar de que em determinados momentos Abercrombie deixa algumas coisas um pouco “óbvias” demais, o autor soube como contornar isso através de diálogos inteligentes e boas cenas de ação.

Os personagens secundários ao menos nesse primeiro livro não tiveram tanto destaque, embora todos tenham desempenhado um bom papel no desfecho da trama. Acredito no decorrer da trilogia a Isrium, vai se tornar uma peça importante na trama e por esse motivo é bom tanto o Yarvi, como nós leitores ficarmos de olho nela.  Afinal, Meio Rei foi apenas o capitulo inicial de uma história que tem campo para crescer e nos surpreender ainda.

“ – Quando se está no inferno – murmurou Yarvi –, só um demônio pode apontar a saída. ”

Com um protagonista forte, personagens carismáticos e ótimos diálogos, Meio Rei é uma leitura rápida e envolvente. Foi o primeiro livro que li do autor Joe Abercrombie, e posso afirmar como toda certeza que nós dois começamos com o pé direito. Mal posso esperar para ler outras histórias do autor. Se você assim como eu é fã de fantasia, ou apenas está em busca de uma boa aventura Meio Rei é uma excelente opção de leitura. #ficaadica!

julho 12, 2016

A Garota do Calendário

| Arquivado em: NA LIVRARIA.

Olá leitores, tudo bem com vocês?

Recebi recentemente da Editora Verus, os dois primeiros volumes da série A Garota do Calendário da autora Audrey Carlan. A série conta no total com doze livros nos quais acompanhamos a trajetória de Mia Saunders.

Sinopse: Mia Saunders precisa de dinheiro. Muito dinheiro. Ela tem um ano para pagar o agiota que está ameaçando a vida de seu pai por causa de uma dívida de jogo. Um milhão de dólares, para ser mais exato. A missão de Mia é simples: trabalhar como acompanhante de luxo na empresa de sua tia e pagar mensalmente a dívida. Um mês em uma nova cidade com um homem rico, com quem ela não precisa transar se não quiser? Dinheiro fácil. Parte do plano é manter o seu coração selado e os olhos na recompensa. Ao menos era assim que deveria ser...

Com 24 anos, Mia muda-se para Los Angeles para tentar a carreira de atriz, mas seus planos precisam ser adiados depois de seu pai ser espancado quase até a morte e acabar no hospital em coma. Se toda a situação já não fosse ruim o bastante, ele ainda deve um milhão de dólares para Blaine o ex-namorado de Mia e um perigoso agiota. Agora a única chance que ela tem de saudar a divida do pai é aceitar trabalhar como acompanhante de luxo na empresa de sua tia Millie, a Exquisite Acompanhantes de Luxo. Durante um ano a cada mês Mia estará em uma cidade diferente, sendo acompanhante de um homem rico o suficiente para pagar cem mil dólares para tê-la ao seu lado.

Em Janeiro, Mia vai conhecer Wes, um roteirista de Malibu que vai deixá-la em êxtase. Com seus olhos verdes e físico de surfista, Wes promete a ela noites de sexo inesquecível — desde que ela não se apaixone por ele.

“– Vou fazer isso – ouvi-me sussurrar.
 – Claro que vai – Ela olhou para mim por cima do computador. Seus lábios se abriram em um sorriso torto. – Você não tem outra opção se quiser salvar seu pai.”





Já em Fevereiro, Mia vai passar o mês em Seattle com Alec Dubois, um excêntrico artista francês. No papel de musa, ela vai embarcar em uma jornada de descobertas sexuais e lições sobre o amor e a vida que permanecerão com ela para sempre.

“(...) Está tudo nos olhos de quem vê. O que você vê e o que eu vejo podem ser duas coisas diferentes.”



Confesso que não tenho por hábito ler livros do gênero, mas os considero uma boa opção para quando preciso ler algo mais “leve”, ou me curar de uma ressaca literária. Então por esse motivo, posso dizer com toda certeza que A Garota do Calendário veio em boa hora. Os livros são bem curtos e a escrita da autora Audrey Carlan é envolvente o que torna a leitura fácil.

Mia é uma protagonista bem construída que sabe o que quer e não é do tipo que fica levando desaforo para casa. Mia precisou aceitar um trabalho que muitas vezes faz com que ela se sinta “suja”, para salvar a vida do pai e garantir um futuro melhor para sua irmã Maddy. É interessante acompanhar esse conflito interior pelo qual a Mia passa durante a história. Ela está bem diante daquela situação em que “os fins justificam os meios”, mesmo que esses meios em muitos momentos vão contra a sua consciência.

Gostei do primeiro livro e não gostei tanto assim do segundo. Em meu ponto de vista apesar dos dois seguirem a mesma fórmula, com muitas cenas sensuais e todas bem detalhadas, em Janeiro há uma história propriamente dita. Mesmo ela sendo curta, conseguimos ver todo o desenvolvimento do relacionamento da Mia com Wes dentro e fora do quarto. Temos um vislumbre do passado de Mia, da sua amizade com Gin e do amor incondicional dela pela irmã. Além disso, a família de Wes também desempenha um papel importante no enredo, assim como o trabalho dele como roteirista.

Mas já em Fevereiro, além do fato da relação de Mia com Alec ser apenas física e nada mais, em momento algum eu senti que havia química entre eles. Tudo entre eles me pareceu um pouco “forçado” e de verdade a sensação que tive foi faltou história aqui. O livro todo se passa no loft e no ateliê de Alec, e quando a Mia não está posando para ele, os dois estão na cama. No livro anterior por menor que seja, houve um sentimento, nasceu um certo companheirismo e até mesmo uma amizade entre a Mia e o Wes. Só que entre ela e o Alec tudo foi muito superficial e “seco”.

Em suma a série A Garota do Calendário é uma leitura agradável, desde que claro você não espere algo muito emocionante. Audrey Carlan escreveu uma trama clichê, mais com um plano de fundo interessante que pode ou não reservar algumas surpresas pelo caminho. Afinal em um ano muita coisa pode acontecer e mudar na vida de Mia Saunders.

Beijos até o próximo post ;***

julho 10, 2016

Mangá - Orange

| Arquivado em: MANGÁS

É engraçado como algumas coisas chegam em nossas mãos no momento que mais precisamos. Confesso que passei o mês de junho meio triste com a vida. Muitas vezes me vi pensando como estaria se tivesse feito escolhas diferentes no decorrer dos anos, e que se houvesse a oportunidade de voltar no tempo o que eu mudaria.
Acredito que volta e meia, todo mundo tem esse tipo de pensamento, não é mesmo? Afinal quem nunca quis dar um restart na vida e começar tudo de novo. E é justamente esse o plano de fundo do emocionante mangá Orange. Escrito pela mangaká Ichigo Takano, Orange fala desse desejo de mudar o passado, para que no futuro não exista arrependimentos.


Titulo Original: Orenji
Autor (a): Ichigo Takano
Editora: Shueisha Futabasha (Japão) | JBC (Brasil)
Gênero: Shōjo, Seinen
Ano de Lançamento no Brasil: 2015-2016
Volumes: 5 (completos)
Classificação:
Sinopse: No primeiro dia de aula, Takamiya Naho recebe uma carta misteriosa de si mesma 10 anos no futuro, que a aconselha a não realizar certas ações. Mas ela ignora, os amigos de Naho convidam o novo menino que chega de Tóquio, Kakeru, para sair depois da escola. Mas algo terrível acontece a Kakeru nesse dia. Algo que poderia ter sido evitado se Kakeru regressasse à casa mais cedo. A par disso, Naho decide seguir as instruções recebidas do futuro, onde Kakeru não existe.

“Escrevo essa carta porque não quero que você, o meu eu aos 16 anos, carregue esses arrependimentos pelo resto da vida.”
Imagine-se recebendo uma carta enviada por você mesmo de dez anos no futuro? Agora pense em como seria sua reação se todos os fatos descritos nessa misteriosa carta ocorressem durante o seu dia? É exatamente isso que acontece com a jovem Naho Takamiya. Ela recebe uma carta escrita por ela mesma no futuro, com todos os detalhes de como será o seu primeiro dia de aula. Porém, o mais assustador de tudo isso é a mensagem urgente que essa carta traz. Ela pede para a Naho do presente, fazer o possível e até mesmo o impossível para salvar Kakeru.

A primeira reação de Naho é não acreditar na carta, achando que ela não passa de uma brincadeira de alguém. Só que conforme se vê vivendo as situações descritas na carta, ela passa não apenas a prestar mais atenção em suas palavras, como se perguntar se é possível mudar o futuro.  Será que ela é capaz de agora no presente fazer as escolhas certas? E se sim, que escolhas são essas e como elas vão afetar a sua eu no futuro? E principalmente como ela poderá salvar Kakeru?
A primeira vista Orange passa a impressão ser mais uma daqueles mangás românticos e super fofos. Só que a sua história é muito mais profunda e tocante do que imaginamos ao começar a sua leitura. Naho é a típica adolescente tímida e insegura, que apesar de todas as suas incertezas e receios resolve agir guiada pelo seu coração. Pois mesmo que agora ela mal conheça o novo aluno da sua sala, Naruse Kakeru, Naho sabe que para sua eu de 10 anos no futuro ele foi uma pessoa muito importante.

Mas não é apenas a Naho que pode desempenhar um papel importante na vida de Kakeru. Seus amigos, Hiroto Suwa, Hagi Saku, Murasaka Azura e Takako China também são peças fundamentais na história.  Pois assim como a Naho, eles no futuro também carregam nos ombros o peso de seus arrependimentos, em especial o Suwa.
Não vou entrar em maiores detalhes sobre a história, para não dar spoilers.  Porém esteja preparado para fortes emoções ao ler esse mangá. Ichigo Takano escreveu uma narrativa que nos emociona ao mesmo tempo em que nos leva a refletir sobre o peso de nossas escolhas. Orange é um mangá muito expressivo não somente em seu traço, mas na forma como ele atinge nosso coração.

O modo como a Ichigo Takano desenvolveu a história intercalando o presente e o futuro nos dá a real dimensão dos sentimentos de seus personagens.  É tudo muito bem amarrado, e a mangaká consegue abordar um tema difícil sem em momento algum deixar a trama confusa ou pesada. Kakeru guarda dentro de si aquele tipo de tristeza profunda. Aquela tristeza que nos faz sentir culpa, dor e arrependimento. 

E a missão de fazer com que Kakeru se salve desses sentimentos destrutivos está nas mãos de Naho e seus amigos.  É tão belo e ao mesmo tempo muito angustiante ver como cada um deles assumiu a missão de fazer Kakeru feliz. Cada um com seu jeito, com seus receios e diferenças e mesmo assim unidos por um mesmo ideal, salvar Kakeru de si mesmo.
Gostei muito da alegria contagiante da Murasaka Azura tão oposta à seriedade sempre presente no Hagi Saku. Juntos eles criam aquele “alivio cômico” na história que em muitos momentos foi bem-vindo. Já a Takako China é uma personagem que tem uma fachada mais “fria”, porém ela é aquele tipo de pessoa que faz de tudo para proteger seus amigos. 

Só que ao mesmo para essa que vos escreve, o melhor personagem no mangá é o Hiroto Suwa. Não apenas por ele estar sempre alegre e incentivando a Naho a ajudar o Kakeru. Mas por ele ser altruísta o suficiente de abrir mão de seus sentimentos e talvez do seu futuro, pela felicidade da Naho e para salvar seu amigo.
Orange foi aquele mangá que veio no momento certo. Pois de um modo muito simples a Ichigo Takano nos mostra que não precisamos carregar o peso de nossas tristezas sozinhos. E que mesmo que seja possível mudar o passado, o futuro sempre será uma folha em branco e imprevisível.  E que escolhas erradas, por mais dolorosas que sejam às vezes são o único modo de encontrar o caminho certo.

Singelo e emocionante, Orange é aquela história que fica em nosso coração por muito tempo (). E antes que eu me esqueça, cada volume conta com uma história bônus chamada Haruiro Astronaut. É uma história bem bobinha e melosa, mas bem divertida.

Beijos e uma ótima semana para vocês ;**

julho 07, 2016

Fração de Segundo por Kasie West

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788555340024
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2016
Número de páginas: 320
Classificação: Ótimo
Sinopse: Pivot Point – Livro 02.
Por causa de sua habilidade paranormal, Addie é capaz de Investigar seu futuro sempre que se depara com uma escolha, mas isso não torna sua realidade mais fácil. Depois de ser usada pelo namorado e traída por Laila, sua melhor amiga, ela não hesita em passar as férias com o pai no mundo Normal. Lá ela conhece Trevor, um garoto incrivelmente familiar. Se até pouco tempo ele era um estranho, por que o coração de Addie acelera toda vez que o vê? Enquanto isso, Laila guarda um grande segredo: ela pode Restaurar as memórias de Addie - só falta aprender como. Muita gente poderosa não quer que isso aconteça, e a única pessoa que pode ajudar Laila é Connor, um bad boy que não parece muito disposto a colaborar. Como ela vai ajudar a amiga a alcançar o futuro feliz que merece.

Sabe quando um autor te surpreende tanto, que você não vê a hora de ler outro livro dele? Foi exatamente assim que me senti após ler a Encruzilhada da Kasie West. A autora possui uma narrativa tão envolvente, que essa que vos escreve não via a hora de ter em mãos Fração de Segundo, o livro que encera a duologia Pivot Point. E acreditem quando digo que, a Kasie conseguiu trazer uma trama ainda mais surpreendente aqui.

Pode ter spoilers do primeiro livro, então quem não quiser colocar a sua conta em risco pulando três parágrafos agora.

Depois de investigar seis semanas de seu futuro Addie decide ficar no Complexo Paranormal com sua mãe. Só que antes de pedir para Laila, sua melhor amiga apagar as memórias do que seria sua vida morando com o pai no "mundo normal", Addie deixa uma carta. Laila sabe que precisa entregar essa carta para Addie, mas como medo de seu conteúdo, ela resolve guardar segredo. Porém, Addie começa a se questionar se fez a escolha certa ficando, mesmo sabendo que se decidiu ficar é por que ir embora não tinha se mostrado uma boa ideia.

Quando sai por algumas semanas do Complexo para passar as férias com o pai, Addie conhece Trevor. E por mais estranho que possa parecer algo no garoto “normal”, faz com que o coração de Addie sempre bata mais acelerado quando eles se encontram. Enquanto isso no Complexo, Laila finalmente resolve saber o que está escrito na carta que Addie deixou. Laila então descobre que em um os caminhos investigados pela amiga, ela tinha aprimorado a sua habilidade e além da capacidade de apagar memórias, ela podia restaura-las também. Mas por que Addie iria querer suas memórias de volta? E como ela tinha conseguido isso?

Laila sabe que precisa descobrir como aprimorar sua habilidade logo, pois para Addie querer suas memórias de volta, algo que foi apagado é importante demais para permanecer esquecido. O problema é que o único que pode ter as respostas que Laila procura é o arredio e misterioso Connor, e ele não estão nem um pouco disposto a colaborar com ela. No mundo normal Addie e Trevor continuam se aproximando, o que coloca os dois na mira do Complexo. E quanto mais tempo fica do "lado de fora", mais Addie começa a desconfiar que o talvez o Complexo Paranormal não seja exatamente aquilo em que acreditou a sua vida toda.

Intercalando os pontos de vista entre a Addie e a Laila, Fração de Segundo possui uma história bem amarrada e que nos deixa completamente envolvidos. Kasie West construiu uma narrativa dinâmica e ágil que nos leva assim como os seus personagens a procurar por respostas.  Essa foi a característica que tinha me chamado a atenção na escrita da Kasie no livro anterior e que mais uma vez se destacou.  A forma como a autora trabalha o enredo deixa a história aberta de tal modo, que você fica até o último capítulo sentindo aquela “aflição gostosa“ de não ter a menor ideia de como tudo vai acabar.

Outro ponto bem legal é perceber a evolução dos personagens na trama. Confesso que tinha achado a Addie meio “chatinha” em a Encruzilhada. Porém aqui ela começa a questionar a sociedade na qual sempre viveu. E mesmo quando esses questionamentos a levam a quebrar algumas regras, ela faz o que é necessário para descobrir a verdade e proteger aqueles que ama. Eu tinha gostado bastante da personalidade da Laila no primeiro livro, e graças a narrativa intercalada, foi possível conhecer melhor a personagem. Tudo bem que em alguns momentos suas atitudes soam um pouco "arrogantes", mas ao contrário da amiga que sempre procura agir com cautela, a Laila já age movida por seus sentimentos, apesar de seus esforços para esconde-los.

Claro que aqui também temos um pouco do velho e bom clichê e do “drama adolescente”.  Só que grande diferencial em Fração de Segundos é que esses são elementos não incomodam no desenvolvimento da história, pois ela é tão cheia de ação e mistério que eles ficam em um segundo plano.  Gostei muito da participação do Connor na trama e lamento o fato da autora ter inserido ele somente agora. Ele é aquele personagem intrigante e bem construído que trouxe para a narrativa um bom equilíbrio. Tanto que sou obrigada a admitir que infelizmente, ou não, ele roubou meu coração do Trevor.

Fração de Segundos se mostrou um livro superior ao primeiro em muitos sentidos, só que assim como aconteceu em a Encruzilhada achei o final abrupto demais.  Tipo, mesmo que a autora tenha fechado bem a história, fiquei com aquela sensação que ficou “faltando” alguma coisa. De verdade eu não teria me importado com algumas páginas a mais.

“ – Porque você precisa de mim, e nunca precisei tanto de alguém quanto preciso de você.”

A primeira vista a duologia Pivot Point pode até passar um pouco despercebia, mas assim que você dá uma chance para a sua história é praticamente impossível largar os livros. Como uma maestria incrível Kasie West consegue nos apresentar uma narrativa com a mistura perfeita de distopia e sobrenatural, além das doses certas de ação e romance. Sem sombra de dúvidas essa é uma história que vale a pena conferir.

Veja Também:
Encruzilhada.

julho 04, 2016

O mundo mágico de Selina Fenech

| Arquivado em: ARTE

Se houve uma época totalmente mágica na vida, essa foi quando cursei a minha primeira faculdade.  Sabe quando você passa por uma fase em que tudo parece dar errado e de repente as coisas se acalmam e começam a dar certo? É essa a sensação que tenho quando me recordo desse período.  E foi justamente nessa fase linda de minha vida, que conheci a talentosa Selina Fenech.

Beloved.
Quem me apresentou as artes incríveis da Selina Fenech, foi a minha diva Nene Thomas. Porém embora suas obras tenham vários pontos em comum, as da Selina se destacam por possuírem um traço mais leve e cores mais suaves. Além disso, a artista gosta de mesclar vários estilos e por isso em sua galeria é possível encontrar trabalhos bem diversificados. Têm fadas, anjos, sereias e até mesmo artes em tons e elementos mais sombrios que remetem a cultura gótica.

Quando comecei na blogosfera, lá no finalzinho de 2004 eu usei muitas obras da Selina Fenech como header (topo) de layout. Justamente por que o modo como ela trabalha as cores e os elementos, consegue deixar até as artes mais “escuras” com uma certa leveza, que até hoje me deixa completamente encantada pelos por seus trabalhos ().

Algumas Obras:
Storykeeper
Holding Magic
Queen of Wands
Dreamlike
Fireflys Song
Catch me
Além dessas belíssimas obras mais recentes da Selina, que tive a enorme dificuldade de selecionar para trazer para vocês. Decidi de última hora acrescentar uma que usei em um dos meus layouts antigos. Não me perguntem o porquê, mas na época achei que essa ilustração era perfeita para se usar no layout de um blog de poesias que se chamava Prelude – The Heart of the Ocean (Ane em sua fase gótica suave) =D

Frog
Espero que tenham gostado da coluna Arte desse mês. Mais informações sobre a Selina Fenech estão no final do post. Beijos e uma ótima semana para todos vocês ;***

+ Selina Fenech.

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