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abril 17, 2017

Simplesmente o Paraíso por Julia Quinn

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788580416626
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2017
Número de páginas: 272
Classificação: Ótimo
Sinopse: Quarteto Smythe-Smith - Livro 01.
Honoria Smythe-Smith é parte do famoso quarteto musical Smythe-Smith, embora não se engane e saiba que o dito quarteto carece sequer do menor sentido musical e tem esperanças postas que esta seja a última vez que se submeta a semelhante humilhação. Esta será sua temporada e com um pouco de sorte conseguirá um marido. Durante um jantar, põe seus olhos em Gregory Bridgerton, um dos mais jovens da família Bridgerton. Sabe que não está apaixonada, mas ele parece uma opção mais que válida. Marcus Holroyd é o melhor amigo do irmão de Honoria, Daniel, que vive exilado na Italia. Ele prometeu olhar por ela e leva suas responsabilidades muito seriamente. Odeia Londres e durante toda a temporada, permaneceu vigilante e intermediou quando acreditava que o pretendente não era o adequado. Honoria e Marcus compartilham uma amizade, pouco atípica, fruto dos anos que se conhecem e que o torna parte da família. Entretanto, um desafortunado acidente faz que ambos repensem sua relação e encontrem a maneira de confrontar o que surge entre eles, se tiverem coragem suficiente.

Confesso que ainda não “superei” o fim da série Os Bridgertons, afinal depois de tantos anos acompanhando as aventuras dessa família tão linda, é de se esperar que essa blogueira que vos escreve se sinta meio que parte da família também. Por isso admito que comecei a leitura de Simplesmente o Paraíso, primeiro livro da série Quarteto Smythe-Smith com um certo receio. Pensei comigo mesma, “Será que Julia Quinn vai conseguir me encantar com sua narrativa e personagens novamente?”. Porém, não foram necessárias muitas páginas para que eu tivesse certeza que a resposta essa pergunta, seria sim.

Lady Honoria Smythe-Smith ama sua família acima de qualquer coisa. Por isso, mesmo sabendo que é um desastre ao violino, assim como todas as Smythe-Smith que estiveram em seu lugar antes, ela adora o tempo que passa junto com as primas ensaiando para o concerto anual que a família promove. Além disso, ela tem esperanças que nessa temporada conseguirá um marido e dessa forma passar o posto para a próxima Smythe-Smith da fila.  E é durante um jantar ao colocar os olhos em Gregory Bridgerton, que Honoria pensa ter encontrar o “pretendente ideal”. Gregory é de uma boa família e mesmo sabendo que não está apaixonada por ele, Honoria acredita que essa pode ser uma união feliz.

Mas o que a jovem não sabe é que antes de sair correndo do país seu irmão Daniel, o Conde de Winstead pediu ao seu melhor amigo Marcus Holroyd, o Conde de Chatteris ficasse de olho nela. E principalmente, que espantasse qualquer pretendente que não fosse "adequado".  E ao longo dos últimos três anos, Lord Chatteris tem cumprido a promessa que fez ao amigo, protegendo de forma discreta, Lady Honoria dos oportunistas e caças dotes de plantão.

Para Marcus, Honoria sempre foi a irmã intrometida do melhor amigo, até que depois um encontro inusitado que resultou em um resfriado e uma perna ferida algo entre os dois muda. Honoria que sempre gostou de Marcus percebe que seus sentimentos pelo Conde não são mais os mesmos, ele se vê encantado pela bela, delicada e determinada jovem que ela se tornou.  Quanto mais tempo passam juntos, mais forte esse sentimento se torna. O que dirá Daniel se Marcus chegar à conclusão que ele, o Conde de Chatteris é o único homem capaz de fazer Honoria feliz?

Adoro histórias clichês e romances açucarados e nunca escondi isso de ninguém. Então vocês podem imaginar o quanto fiquei  envolvida com a narrativa de Simplesmente o Paraíso. Fazia um bom tempo que não lia um romance tão “bonitinho” e talvez por esse motivo eu tenha lido o livro tão rápido (em um dia). Julia Quinn nos apresenta aqui uma história simples e totalmente previsível, mas com uma narrativa é fluida que intercala o já conhecido toque de humor da autora, com momentos em que o leitor fica mais apreensivo.

Os protagonistas são carismáticos, o que torna a leitura ainda mais envolvente.  Honoria coloca a família em primeiro lugar e se esforça para manter todos juntos, apesar da dor que sente com a ausência do irmão. Já Marcus sempre foi só e encontrou nos Smythe-Smith a família que sempre desejou ter.  É tão bonito acompanhar a forma como o sentimento dos dois vai se transformando. Honoria e Marcus são aquele casal pelo qual você se apaixonada antes mesmo deles perceberem que são perfeitos juntos.

Gostei do modo com a Julia Quinn construiu a história. Ela é leve e doce sem ser adocicada demais. Porém, senti que ela foi muito centralizada e que faltou um pouco mais de “emoção” em determinados momentos. O final também me deixou com a sensação de ter sido “atropelado”. Só que esses são pequenos detalhes que não tiram a beleza da história em si, mas são pontos que se talvez fossem mais trabalhos, teriam a deixando ainda melhor.

“Nem se dera conta de que sentia falta daquela sensação de pertencimento, de estar no lugar certo, com alguém que a conhecia plenamente e, ainda achava que valia a pena rir com ela.”

Simplesmente o Paraíso se apresenta como um começo promissor de uma nova série que tem tudo para conquistar o coração dos fãs de romances de época. É impossível você ler esse livro e não se encantar pelo quarteto mais desafinado da Inglaterra. Por que meu caro leitor, depois de ler Simplesmente o Paraíso você com certeza vai pedir bis.

abril 06, 2017

O Perfume da Folha de Chá por Dinah Jefferies

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788584390465
Editora: Paralela
Ano de Lançamento: 2017
Número de páginas: 432
Classificação: Muito Bom
Sinopse: Em 1925, a jovem Gwendolyn Hooper parte de navio da Escócia para se encontrar com seu marido, Laurence, no exótico Ceilão, do outro lado do mundo. Recém-casados e apaixonados, eles são a definição do casal aristocrático perfeito: a bela dama britânica e o proprietário de uma das fazendas de chás mais prósperas do império. Mas ao chegar à mansão na paradisíaca propriedade Hooper, nada é como Gwendolyn imaginava: os funcionários parecem rancorosos e calados, e os vizinhos, traiçoeiros. Seu marido, apesar de afetuoso, demonstra guardar segredos sombrios do passado e recusa-se a conversar sobre certos assuntos. Ao descobrir que está grávida, a jovem sente-se feliz pela primeira vez desde que chegou ao Ceilão. Mas, no dia de dar à luz, algo inesperado se revela. Agora, é ela quem se vê obrigada a manter em sigilo algo terrível, sob o preço de ver sua família desfeita.

Não sei quanto a vocês, mas às vezes só de ler a sinopse de um livro me sinto conectada com a história. E foi exatamente assim que me senti logo no meu primeiro contato com O Perfume da Folha de Chá da autora Dinah Jefferies. Seja pelo fato da narrativa se passar em um lugar exótico ou por possuir pequenos mistérios, algo me dizia que essa seria uma leitura no mínimo interessante. E para a felicidade dessa blogueira que vos escreve, a intuição dela está certa.

Ao chegar ao exótico e distante Ceilão para se encontrar com marido, a jovem Gwendolyn Hooper acredita que assim como nos contos de fadas, “viverá feliz para sempre”. Afinal eles são o retrato perfeito do que a sociedade espera de um casal feliz. Ela a jovem e recatada dama inglesa e Laurence o proprietário de uma fazenda que além de paradisíaca é uma das mais prosperas do império britânico. Porém o dia-a-dia acaba revelando uma realidade uma pouco diferente das fantasias românticas de Gwen.

Logo que chega ao seu novo lar Gwen começa a perceber que apesar da beleza do local os empregados não parecem muito felizes em trabalhar na fazenda e que a vizinhança não é nem um pouco confiável também.  Mas esses são “problemas” com os quais ela sabe que pode lidar de uma forma ou de outra. O que deixa Gwen, mais intrigada é a mudança no comportamento de Laurence, pois embora ele continue a ser o homem apaixonado com que ela casou, é perceptível que o marido esconde algo dela.

Enquanto Gwen tenta se adaptar a um mundo totalmente diferente daquele em que foi criada, ela precisa também aprender a lidar com as mudanças repentinas de humor de Laurence. Conforme o tempo passa e as pequenas dificuldades no relacionamento dos dois são vencidas, o destino resolve pregar uma peça em Gwen. Ela então terá que decidir entre uma verdade que pode acabar de vez com todos os seus sonhos, ou viver para sempre com a sombra de uma mentira.

Dinah Jefferies criou um enredo consistente e repleto de detalhes que leva o leitor a se sentir realmente dentro da história. E o melhor de tudo isso é que em nenhum momento a narrativa se torna cansativa, já que são justamente esses pequenos detalhes que deixam a trama mais rica e delicada. Outro ponto que me agradou bastante durante a leitura, foi perceber o cuidado com que a autora construiu os personagens. Eles são tão “humanos”, tão cheios de defeitos e qualidades que isso deu a história  um toque ainda mais cativante.

O relacionamento entre Gwen e Laurence é retratado de uma forma muito verdadeira. Em momento algum a autora “floreou” o romance entre eles, e talvez por esse motivo seja que a história dos dois seja tão dolorosa e bonita. Os personagens secundários também desempenham um papel importante na composição do enredo. Confesso que ao longo dos capítulos desenvolvi uma birra enorme por alguns personagens, enquanto por outros meus sentimentos foram bem “bipolares”. Tipo, em um momento o Laurence me conquistava sendo super fofo e no outro ele colocava tudo a perder com atitudes mais rudes.

Só que o grande diferencial de O Perfume da Folha de Chá é o modo como a autora trabalhou questões mais sérias e delicadas. O livro se passa na metade dos anos vinte e começo dos anos trinta, época em o Ceilão, atualmente conhecido como Sri Lanka ainda era colônia do império britânico. Com muita sutileza Dinah Jefferies abordou o preconceito inter-racial e condições precárias de trabalho, algo que infelizmente ainda acontece em muitos lugares do mundo.

O único ponto que me “desapontou” um pouco foi o final. Tipo depois de tanto sofrimento, tantos segredos eu esperava algo menos #heartbreak. Eu li e reli pensando: “Por que ser tão má e cruel Dinah Jefferies? Qual é a necessidade disso...”. Mas a autora foi fiel ao seu propósito de escrever uma história que fosse a mais próxima possível da realidade, que infelizmente às vezes é cruel (...).

“Um único sentimento a dominava, o amor, que parecia de alguma forma ter se condensado naquele instante perfeito.”

O Perfume da Folha de Chá é uma daquelas histórias que nos lembra do peso que as escolhas tem não somente em nossas vidas, mas na vida de quem amamos. É sobre o poder libertador da verdade. E principalmente, sua história reforça o fato que por mais difícil que uma situação pareça, ou por mais obstáculos que a vida coloque em nosso caminho, o amor faz com que tudo valha a pena.  

abril 03, 2017

De Pokémon a Harry Potter, e os trabalhos encantadores de Apolar

| Arquivado em: ARTE 

Nada melhor do que começar a semana com um pouco de arte e inspiração, não é mesmo? E para felicidade dessa blogueira que vos escreve, elas sempre surgem como uma passe de mágica seja no feed do Instagram ou do Facebook. E hoje vou compartilhar com vocês minha ultima descoberta.
Forever Friends (Harry in Winter)
A coluna Arte é sempre aquela dúvida constante. Afinal com tantos artistas e ilustradores talentosos no mundo, sempre fico com uma indecisão enorme sobre o quem postar. Porém, lá estava eu aproveitando meus os últimos minutos do meu horário do almoço, quando me deparado com a Shiny Treasure. Minhas dúvidas sobre o post de abril se acabaram naquele momento.

Arch Arus é um talentoso artista tailandês, conhecido como Apolar em sites como o deviantArt. Suas fanarts são maravilhosas, cheias de luz e cor que me deixaram completamente apaixonada pelo trabalho dele. Aliás, outro ponto forte nas obras do Arch é a riqueza dos detalhes de suas obras. São artes que você se perde no cenário criado por ele e que sempre revela um detalhe novo, algo que tinha passado despercebido em um primeiro olhar.

Algumas Obras:
Belle
Hold my hand
Shiny Treasure
Sudsakorn
Cat Avengers
Butterfly fly
Confesso que dessa vez quase salvei a galeria completa do Arch Arus para compor o post. Fiquei morrendo de dó de ter que fazer o velho e sempre injusto “minha mãe mandou”. Mas como sou uma filha obediente, mesmo com o coração apertado selecionei os trabalhos que foram os meus favoritos, por assim dizer.

Não encontrei muitas informações sobre o Arch, mas no final do post estão os links de onde vocês podem visualizar outras obras dele. Espero que tenham gostado do post de hoje().

Uma linda semana para vocês e até o próximo post!

Beijos;***

+ Apolar.
deviantArt | Facebook

março 30, 2017

Wishliterária - Abril

| Arquivado em: LANÇAMENTOS.

Oie pessoas, tudo bem com vocês?

Abril chegando e com ele a Páscoa e eu fico pesando; “Senhor ontem foi Natal!”. Sim leitores, 2017 mal começou e já está passando mais rápido do que carro de Fórmula 1. Mas que nessa Páscoa a quem prefira livros a chocolates, ou melhor, os dois!

Então nada como dar aquele conferida nos próximos lançamentos para acrescentar junto ao pedido de uma barrada de KitKat. Até por que ovo está muito caro e entre ele que engorda e um livrinho que pode me levar por uma viagem incrível, vou fazer a fitness esse ano =D








Sinopse: Queda dos Reinos – Livro 05.
MAGNUS e CLEO são forçados a testar a força de seu amor quando Gaius retorna à Mítica dizendo não mais ser o Rei Sanguinário, mas, sim, um homem mudado buscando rendenção.
LUCIA, grávida do filho de um Vigilante, escapou das garras do Deus do Fogo. Seus poderes estão enfraquecendo enquanto ela segue em frente para completar a profecia que manterá seu bebê a salvo...
JONAS volta para Mítica com um plano para tirar Amara do poder, mas o destino toma às rédeas quando ele vai em direção à bela princesa Lucia e se junta a ela em sua perigosa jornada.
AMARA tomou o trono de Mítica, mas sem uma forma de liberar a magia da água presa em seu cristal roubado, ela nunca será capaz de encontrar glória e conseguir sua doce vingança.
E qual tipo de escuridão cairá - e quem estará salvo - depois que o Príncipe Ashur revelar o perigoso preço que ele pagou para enganar a morte?






Sinopse: Os Bedwyns – Livro 06.
Aos 35 anos, Wulfric Bedwyn, o recluso e frio duque de Bewcastle, está ávido por encontrar uma nova amante. Quando chega a Londres, os boatos que correm são os de que ele é tão reservado que nem a maior beldade seria capaz de capturar sua atenção. Durante o evento social mais badalado da temporada, uma dama desperta seu interesse: a única que não tinha essa intenção. Christine é impulsiva, independente e altiva – uma mulher totalmente inadequada para se tornar a companheira de um duque. Ao mesmo tempo, é linda e muito, muito atraente.Mas ela rejeita os galanteios de todos os pretendentes, pois ainda sofre para superar as circunstâncias pavorosas da perda do marido. No entanto, quando o lobo solitário do clã Bedwyn jura seduzi-la, alguma coisa estranha e maravilhosa acontece. Enquanto a atração dela pelo sisudo duque começa a se revelar irresistível, Wulfric descobre que, ao contrário do que sempre pensou, pode ser capaz de deixar o coração ditar o rumo de sua vida. Em Ligeiramente Perigosos, o sexto e último livro da série Os Bedwyns, Mary Balogh conclui a saga desta encantadora família em uma trama repleta de cenas sensuais, tiradas espirituosas e personagens à frente de seu tempo. Ao unir um homem e uma mulher tão diferentes, ela mostra que o resultado só poderia ser um par perfeito.






Sinopse: Uma Chama Entre as Cinzas – Livro 02.

O segundo livro da história épica e eletrizante sobre liberdade, coragem e esperança. Ambientado em um mundo brutal inspirado na Roma Antiga, "Uma Chama Entre as Cinzas" contou a história de Laia, uma escrava lutando por sua família, e Elias, um soldado lutando pela liberdade. Agora, em "Uma Tocha Na Escuridão", ambos estão em fuga, lutando pela vida. Após os eventos da quarta Eliminatória, os soldados marciais saem à caça de Laia e Elias enquanto eles escapam de Serra e partem numa arriscada jornada pelo coração do Império. Laia está determinada a invadir Kauf, a prisão mais segura e perigosa do Império, para salvar seu irmão, cujo conhecimento do aço sérrico é a chave para o futuro dos Eruditos. E Elias está determinado a ficar ao lado dela - mesmo que isso signifique abrir mão da própria liberdade. Mas forças sombrias, tanto humanas quanto sobrenaturais, estão trabalhando contra eles. Elias e Laia terão de lutar a cada passo do caminho se quiserem derrotar seus inimigos: o sanguinário imperador Marcus, a cruel comandante, o sádico diretor de Kauf e, o mais doloroso de todos, Helene - a ex-melhor amiga de Elias e nova Águia de Sangue do Império. A missão de Helene é terrível, porém clara: encontrar o traidor Elias Veturius e a escrava erudita que o ajudou a escapar... e acabar com os dois. Mas como matar alguém que você ama desesperadamente?


+ Lançamentos

Esse mês traz algumas continuações de séries e o fim de algumas. Confesso que meu coração está apertado com o fim da série Os Bedwyns. Essa foi mais uma família linda que ao longo de cinco livros aprendi a amar e me sentir parte dela. Não será nada fácil dizer adeus (...).

Outra série que amo e que está entrando na reta final com o lançamento do quinto e penúltimo livro é A Queda dos Reinos (). Sério estou sofrendo muito de ansiedade para ler esse livro e se a Morgan Rhodes ousar matar algum personagem favorito meu, vou ficar muito mais muito brava. (Ane sendo dramática).

A Editora Seguinte ainda traz a sequência da série Echo e o lançamento O Ceifador, que promete ser uma trilogia incrível. Já os fãs de Harry Potter tem o lançamento do roteiro do filme Animais Fantásticos e Onde Habitam em uma edição lindíssima *-*

Tem romance, aventura e muitas histórias boas chegando. O difícil é decidir por qual delas começar. Só quero saber entre vocês que vai preferir ser fitness nessa Páscoa.

Beijos e até o próximo post!

março 27, 2017

Meio Mundo por Joe Abercrombie

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788580416411
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2017
Número de páginas: 368
Classificação: Ótimo
Sinopse: Mar Despedaçado – Livro 02.

Os tolos alardeiam o que vão fazer. Os heróis fazem.

Thorn Bathu não é uma garota comum. Mesmo tendo sido criada numa sociedade machista, ela vive para lutar e treina arduamente há anos. Porém, após uma fatalidade, ela é declarada assassina pelo mesmo mestre de armas que deveria prepará-la para as batalhas. Para fugir à sentença de morte, Thorn se vê obrigada a participar de um esquema do ardiloso pai Yarvi, ministro de Gettland. Ao lado dela se encontra Brand, um guerreiro que odeia matar, mas encara a jornada como uma chance de sustentar a irmã e conquistar o respeito de seu povo. A missão dos dois é cruzar meio mundo a bordo de um navio e buscar aliados contra o Rei Supremo, que pretende subjugar todo o Mar Despedaçado. É uma viagem desafiadora, em que Brand precisa provar seu valor e Thorn fará o necessário para honrar a memória do pai e se tornar uma verdadeira guerreira.

Comecei a leitura de Meio Mundo, segundo livro da trilogia Mar Despedaçado do autor Joe Abercrombie, com aquele misto de ansiedade e apreensão. Afinal, nada é mais desanimador do que a famosa e temida “maldição do segundo livro”. Mas, para minha surpresa novamente me vi envolvida pelo sedutor jogo de intrigas e conspirações criado pelo o autor. Até por que desde Meio Rei ficou claro que nessa história quem vence é o mais inteligente e não o mais forte.

Pode conter spoiler do livro anterior, por isso quem não quiser correr o risco pode pular quatro parágrafos agora.

Thorn Bathu pode ser chamada de muitas coisas, menos de mocinha frágil e delicada. E apesar de ter sido criada em uma sociedade regida pelo patriarcado, Thorn sabe que nasceu para lutar e principalmente, que é melhor que do que muitos homens nisso. Após anos treinando para ser uma guerreira do rei, ela vê seus sonhos ruírem quando depois de uma fatalidade é declarada assassina pelo mestre de armas e condenada à morte.

Mas enquanto na cela ela lamenta o seu terrível destino, uma nova oportunidade surgi. Pai Yarvi, ministro de Gettland lhe oferece a liberdade em troca da sua força e lealdade. Yarvi é conhecido por ser ardiloso e inteligente. E embora o ministro não seja um grande guerreiro, muitos sabem que ele é mais perigoso em um jogo de palavras do que segurando uma espada.

A sombra da guerra está cada vez mais próxima de Gettland, e o Rei Supremo e sua ministra estão dispostos a tudo para esmagar o pequeno país. Yarvi então parte a bordo do Vento Sul em uma viagem cheia de perigos cruzando meio mundo em busca de aliados. Thorn que sonhava em ser uma guerreira e ter canções compostas sobre seus corajosos atos, se vê presa em meio a nada ao lado estranhos e de Brand, um jovem com o qual ela tem um passado.

E nessa jornada árdua e cheia de acontecimentos inesperados, Thorn se vê cada vez mais enredada em intrigas políticas que a fazem questionar seu desejo de ser guerreira, ao mesmo tempo em que sem perceber vai sendo moldada para se tornar a arma mais mortal de Yarvi contra os inimigos de Gettland.

Confesso que ao contrário de Meio Rei que me fisgou logo nas primeiras páginas, aqui demorei um pouco mais para me envolver com a história. Achei interessante o autor ter deixado Yarvi o protagonista do primeiro livro em um papel mais "secundário", só que o problema é que a Thorn não é uma personagem “fácil”

O que mais me cativou na leitura do primeiro livro, foi justamente o fato de Joe Abercrombie fugir dos estereótipos com os quais estamos acostumados nos livros de fantasia. E nesse segundo livro o autor nos apresentou uma personagem feminina forte e decidida, mas que em algumas situações consegue ser arrogante e infantil. Algo que me incomodou bastante em vários momentos. E talvez por isso, eu tenha me apegado mais ao Brand do que a Thorn.

Brand é aquele personagem que vai se revelando aos poucos, camada por camada e que apesar do seu jeito mais calado é aquele que presta atenção nos detalhes e sabe a hora certa de agir. Joe Abercrombie trouxe novos e complexos personagens a sua obra, ao mesmo tempo em que antigos conhecidos desempenham mais uma vez um papel importante no desenvolvimento da trama, como a naja da Isrium e o imponente rainha Laithlin.

Yarvi mais uma vez me surpreendeu com sua sagacidade e inteligência. Ele pode até ter perdido o posto de "grande" protagonista da história em Meio Mundo, mas seu papel não ficou nem um pouco menor por isso. Sem sombra de dúvidas ele é a engrenagem mestre dessa obra e não duvido que até o final da trilogia ele esteja dominando todo o mar despedaçado.

O único ponto “negativo“ que Meio Mundo tem em minha opinião, é que senti o que o autor se estendeu muito em alguns momentos, em especial na batalha final.  Mas fora esse pequeno detalhe Joe Abercrombie conseguiu manter o ritmo surpreendente da série, me deixando ainda mais curiosa para saber como ela vai terminar. A Meia Guerra se aproxima, e tenho minhas dúvidas se ela será decidida no campo de batalha.

“– Às vezes grandes coisas certas precisam ser costuradas a partir de pequenas coisas erradas.”

Em uma narrativa com diálogos inteligentes, personagens fortes e um toque de romance, Joe Abercombrie faz com o que leitor embarque em uma aventura cheia de reviravoltas políticas e inimigos perigosos. Só não se esqueçam da dica que dei no começo da resenha, aqui nem sempre o mais forte e corajoso vence.

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