| Arquivado em: CAFÉ LITERÁRIO.
Sei que dei uma sumida geral, mas para quem me acompanha no Twitter sabe que recentemente eu me mudei. Então como vocês podem imaginar, as últimas semanas foram bem tumultuadas e somente agora estou conseguindo sentar com calma na frente do notebook e começar a colocar as coisas aqui no blog em ordem.
E o tema de setembro do SoSeLit (sim, estou bem atrasada), tem tudo a ver com esse momento pelo qual estou passando, até porque o My Dear Library nasceu em um período de grandes e significativas mudanças em minha vida.
Porém, a minha adaptação não foi nenhum pouco fácil, afinal eu tinha passado praticamente a vida toda no mesmo lugar, convivendo com as mesmas pessoas tendo uma rotina definida. Eu passei por um longo período de depressão no qual nem de casa saía. Minha única comunicação com o mundo era a minha mãe e com pessoas que eu mantinha contato pela internet.
E como não vivo sem música, eu tinha o hábito de compartilhar no Twitter as músicas que não saiam da minha playlist. Só que ai essa blogueira que vos escreve, percebeu que ninguém conhecia os grupos, cantores ou projetos pessoais que ela ouvia. Foi aí que ela pensou: “Porque eu não criar um blog para falar sobre as minhas músicas favoritas?”, e assim nasceu o My Dear Library. Por isso, que sempre brinco que a coluna #naplaylist é a mãe do blog, pois foi ela que iniciou tudo isso há quase nove anos.
O blog me trouxe coisas maravilhosas, entre elas amizades que vou levar comigo para sempre. E por um bom tempo, eu diria por uns sete anos o blog foi uma das prioridades na minha vida. Até que graças a um amigo comecei a perceber que ao invés de ser um hobby, algo que eu mantinha por passatempo o meu foco era tanto em estar presente aqui que acabei ficando ausente de onde eu era realmente necessária, - a vida real.
Com isso, vocês devem ter percebido que o número de postagens aqui no blog caiu consideravelmente do meio do ano passado para cá. Por que a partir do momento que me dei conta disso, eu parei de ficar tipo: “Meu Deus, eu preciso ler tantos livros por mês para postar resenhas.” ou “Vou ter que passar o final de semana inteiro preparando posts para o blog.”. Tanto que esse ano acabei optando por não ter parcerias fixas com nenhuma editora, até porque com toda essa auto análise que fiz comecei a ver que até mesmo ler estava se tornando uma “obrigação” e não algo que eu fazia por que queria.
Foi um período bem crítico mesmo, em que pensei seriamente em parar com o blog e ficar só com o Instagram. Porém, na hora que coloquei tudo na balança e pesei os prós e contras de manter o My Dear Library, o fato de amar escrever falou mais alto. Tanto que no dia que Deus e o Universo me ajudarem a viver só da escrita sem sombra de dúvidas eu vou ser uma das pessoas mais felizes do mundo.
E é por isso que eu estou aqui ainda, apesar dos meus longos períodos distantes, saber que tenho esse cantinho onde posso compartilhar minhas leituras, músicas favoritas, minhas descobertas e principalmente meus sentimentos me traz um sensação de segurança e conforto muito grande. Sei que ainda falta bastante para eu encontrar um ponto de equilíbrio entre minha vida pessoal, meus projetos e o blog. Eu estou tentando organizar tudo, buscando me cobrar menos, e assim encontrar uma forma em que eu não me sinta sobrecarregada e nem fique tão ausente daqui.
E lembrem-se que por mais que às vezes eu suma, quero que vocês tenham isso muito em mente: Eu sempre volto.
Beijos e até o próximo post!
Olá pessoas!
Sei que dei uma sumida geral, mas para quem me acompanha no Twitter sabe que recentemente eu me mudei. Então como vocês podem imaginar, as últimas semanas foram bem tumultuadas e somente agora estou conseguindo sentar com calma na frente do notebook e começar a colocar as coisas aqui no blog em ordem.
E o tema de setembro do SoSeLit (sim, estou bem atrasada), tem tudo a ver com esse momento pelo qual estou passando, até porque o My Dear Library nasceu em um período de grandes e significativas mudanças em minha vida.
imagem: Shutterstock |
No final de 2008, minha mãe e eu resolvemos fazer uma grande mudança em nossas vidas. Após quase vinte anos morando em Joinville (SC), nós decidimos nos mudar para São Paulo. Fazia um ano que meu pai tinha se tornado uma estrelinha, e como toda a nossa família mora no interior de São Paulo, achamos que não fazia mais sentido nós duas continuarmos lá “sozinhas”.
Porém, a minha adaptação não foi nenhum pouco fácil, afinal eu tinha passado praticamente a vida toda no mesmo lugar, convivendo com as mesmas pessoas tendo uma rotina definida. Eu passei por um longo período de depressão no qual nem de casa saía. Minha única comunicação com o mundo era a minha mãe e com pessoas que eu mantinha contato pela internet.
E como não vivo sem música, eu tinha o hábito de compartilhar no Twitter as músicas que não saiam da minha playlist. Só que ai essa blogueira que vos escreve, percebeu que ninguém conhecia os grupos, cantores ou projetos pessoais que ela ouvia. Foi aí que ela pensou: “Porque eu não criar um blog para falar sobre as minhas músicas favoritas?”, e assim nasceu o My Dear Library. Por isso, que sempre brinco que a coluna #naplaylist é a mãe do blog, pois foi ela que iniciou tudo isso há quase nove anos.
O blog me trouxe coisas maravilhosas, entre elas amizades que vou levar comigo para sempre. E por um bom tempo, eu diria por uns sete anos o blog foi uma das prioridades na minha vida. Até que graças a um amigo comecei a perceber que ao invés de ser um hobby, algo que eu mantinha por passatempo o meu foco era tanto em estar presente aqui que acabei ficando ausente de onde eu era realmente necessária, - a vida real.
Com isso, vocês devem ter percebido que o número de postagens aqui no blog caiu consideravelmente do meio do ano passado para cá. Por que a partir do momento que me dei conta disso, eu parei de ficar tipo: “Meu Deus, eu preciso ler tantos livros por mês para postar resenhas.” ou “Vou ter que passar o final de semana inteiro preparando posts para o blog.”. Tanto que esse ano acabei optando por não ter parcerias fixas com nenhuma editora, até porque com toda essa auto análise que fiz comecei a ver que até mesmo ler estava se tornando uma “obrigação” e não algo que eu fazia por que queria.
Foi um período bem crítico mesmo, em que pensei seriamente em parar com o blog e ficar só com o Instagram. Porém, na hora que coloquei tudo na balança e pesei os prós e contras de manter o My Dear Library, o fato de amar escrever falou mais alto. Tanto que no dia que Deus e o Universo me ajudarem a viver só da escrita sem sombra de dúvidas eu vou ser uma das pessoas mais felizes do mundo.
E é por isso que eu estou aqui ainda, apesar dos meus longos períodos distantes, saber que tenho esse cantinho onde posso compartilhar minhas leituras, músicas favoritas, minhas descobertas e principalmente meus sentimentos me traz um sensação de segurança e conforto muito grande. Sei que ainda falta bastante para eu encontrar um ponto de equilíbrio entre minha vida pessoal, meus projetos e o blog. Eu estou tentando organizar tudo, buscando me cobrar menos, e assim encontrar uma forma em que eu não me sinta sobrecarregada e nem fique tão ausente daqui.
É difícil? Sim e muito, mas eu quis compartilhar isso com vocês para que sem perceber ninguém cometa o mesmo erro que eu. O de usar o blog como um ponto de fuga da vida real. Infelizmente a perda do meu pai, a mudança de estado e as decepções e frustrações que sofri entre 2007 e 2009 contribuíram para que eu me fechasse na minha bolha. Só que aí aquilo que era para ser algo saudável acabou se tornando prejudicial também. Busquem sempre equilibrar a vida pessoal de vocês com a vida na blogosfera.
E lembrem-se que por mais que às vezes eu suma, quero que vocês tenham isso muito em mente: Eu sempre volto.
Beijos e até o próximo post!
A Sociedade Secreta Literária é formada pelos blogs: Barba Literária , Diário de uma Leitora Compulsiva, Eu Insisto, La Oliphant, LivrosLab, Macchiato, Pétalas de Liberdade, Um metro e meio de Livros e o My Dear Library. A nossa intenção ao criar o grupo é falar de assuntos bons e “ruins”, e que normalmente as pessoas não falam abertamente na blogosfera.