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março 10, 2016

Volta para Mim por Mila Gray

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788580414875
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2016
Número de páginas: 272
Classificação:
Sinopse: Kit Ryan está de volta à sua amada Califórnia, de folga do serviço militar. Conquistador inveterado, ele só quer aproveitar as quatro semanas livres antes de retornar ao trabalho, mas se vê atraído pela irmã de Riley, seu melhor amigo. Há tempos Jessa Kingsley chama sua atenção, porém a família superprotetora dela sempre foi um obstáculo. Desta vez, contudo, Kit desiste de lutar contra os próprios sentimentos e logo Jessa se rende ao seu charme. O que começa apenas como um romance de verão rapidamente se torna um relacionamento apaixonado. Quando chega a hora de Kit voltar ao serviço com Riley, nem ele nem Jessa estão prontos para se despedir. Ela enfim está seguindo os seus sonhos e ele descobriu alguém por quem sacrificaria tudo. Jessa promete esperá-lo e Kit garante que voltará para ela. Não importa o que aconteça. Mas então uma visita inesperada traz uma notícia trágica: uma das pessoas que ela mais ama morreu em serviço. Quem terá sido? Seu irmão ou seu namorado?

S
abe aquele momento em que você olha para a capa de um livro, lê sua sinopse e já se sente perdidamente apaixonada pela a história? Foi exatamente assim que me senti com Volta para Mim da autora Mila Gray. Um tipo de “amor à primeira vista”, aquela necessidade meio “doida” de ter logo o livro em minhas mãos.  E vou confessar algo para vocês leitores do My Dear Library, - fazia muito, mais muito tempo mesmo que esse tipo de conexão entre essa que vos escreve e um livro não acontecia.

Ao voltar para casa de folga do serviço militar tudo o que o jovem fuzileiro naval Kit Ryan deseja são quatro semanas de tranquilidade. Mas a sua paz é interrompida no momento em que ele e Jessa Kingsley se reencontram. Jessa é a irmã mais nova do seu melhor amigo Riley e se isso já não fosse motivo mais que suficiente para ele manter distancia da moça, o pai dela o odeia. Kit tenta ao máximo resistir a atração que sente por Jessa, mas negar seus próprios sentimentos fica cada vez mais difícil.

Em uma noite Kit decidi correr o risco e se rende ao que sente, sem imaginar que Jessa sempre teve uma queda por ele também.  Logo os dois começam o típico namoro de verão, daqueles que todos sabem que tem prazo de validade. Porém, quando chega o momento de Kit e Riley retornaram o serviço, tanto ele como Jessa já estão perdidamente apaixonados um pelo outro.  A despedida é dolorosa, mas Jessa está disposta a esperar por Kit, e ele está determinado a voltar para ela. Só que a vida tinha outros planos para os dois (...).

Apesar da premissa clichê, Volta para Mim é muito mais do que um romance “gracinha”. Mila Gray construiu uma narrativa emocionante e que acima de tudo fala de amor. Não somente do daquele une duas pessoas, mas principalmente do amor que nos faz lutar por outra pessoa, o amor que nos leva a perdoar. Volta para Mim é muito mais do que a história de Kit e Jessa, ele é a história de uma família marcada por anos de amargura e que só vai encontrar a sua cura através do amor.

Eu diria até que Volta para Mim possui uma trama que foi costura como uma colcha de retalhos. Há principio você só consegue enxergar o ponto central da história, o romance encantador entre Kit e Jessa.  Jessa é uma personagem forte que vai descobrindo a própria força que tem durante a história. Ao mesmo tempo em que Kit que exala autoconfiança vai demonstrando um lado mais frágil. Juntos os dois se completam de tal forma que é impossível não se apaixonar por eles (). Só que conforme o enredo avança você percebe, as histórias paralelas que existem ali e como juntas elas compõem toda a beleza da obra. 

Gosto muito quando um autor cria uma história em que os personagens secundários são tão importantes para o seu desenvolvimento, como os protagonistas. E Mila Gray não apenas conseguiu fazer isso aqui, como também me deixou curiosa para saber quais eram as histórias pessoais dos demais personagens. Aqui mesmo com o coração na mão e como medo de virar a página, afinal à sinopse deixa bem claro que alguém morre, você sente aquela necessidade de seguir em frente. Pois a narrativa é tão envolvente que faz com que você não somente se transporte para a história, mas que ela passe a ser a sua história também.

Nunca tinha lido nada da Mila Gray e fiquei surpresa com a maneira que a autora mesclou o romance com o drama. A autora criou uma narrativa com o equilíbrio perfeito entre momentos açucarados, picantes e aqueles em que a carga emocional é mais forte. Em Volta para Mim, Mila Gray nos leva a viver um romance mágico, a sentir toda dor da perda de alguém que amamos e nos leva a refletir a importância de  perdoar os outros e a si mesmo. Tudo isso com uma suavidade tão grande, que faz com que a história se torne ainda mais inesquecível.

“– O que valeria a pena? – pergunto, sem raciocinar direito, inteiramente concentrada na mão e nos lábios dele, tão próximos aos meus.
– Isto – responde ele e me beija.”

Volta para Mim é aquele típico clichê cheio de surpresas, que nos deixa com o coração apertado e ao mesmo tempo com aquela deliciosa sensação de frio na barriga. Ao final da leitura sinceramente não sabia se ria, chorava ou começava a ler tudo de novo. Na duvida fiquei abraçada com o livro, sabendo que a história que eu tinha acabado de ler, é daquelas que ficará em meu coração por um bom tempo ().

fevereiro 15, 2016

Um Beijo Inesquecível por Julia Quinn

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788576864721
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2016
Número de páginas: 272
Classificação:
Compare os Preços:
Sinopse: Os Bridgertons – Livro 07.
Toda a alta sociedade concorda que não existe ninguém parecido com Hyacinth Bridgerton. Cruelmente inteligente e inesperadamente franca, ela já está em sua quarta temporada na vida social da elite, mas não consegue se impressionar com nenhum pretendente. Num recital, Hyacinth conhece o belo e atraente Gareth St. Clair, neto de sua amiga Lady Danbury. Para sua surpresa, apesar da fama de libertino, ele é capaz de manter uma conversa adequada com ela e, às vezes, até deixá-la sem fala e com um frio na barriga. Porém Hyacinth resiste à sedução do famoso conquistador. Para ela, cada palavra pronunciada por Gareth é um desafio que deve ser respondido à altura. Por isso, quando ele aparece na casa de Lady Danbury com um misterioso diário da avó italiana, ela resolve traduzir o texto, que pode conter segredos decisivos para o futuro dele. Nessa tarefa, primeiro os dois se veem debatendo traduções, depois trocando confidências, até, por fim, quebrarem as regras sociais. E, ao passar o tempo juntos, eles vão descobrir que as respostas que buscam se encontram um no outro... e que não há nada de tão simples – e de tão complicado – quanto um beijo.

Sempre espero com a maior ansiedade pelo lançamento dos livros da série Os Bridgertons, afinal depois de praticamente quatro anos acompanhando as aventuras dessa família já me sinto parte dela também. Em Um Beijo Inesquecível, Julia Quinn não apenas me presenteou com um romance encantador, como nos apresenta personagens fortes e decididos que conquistam nosso coração logo nas primeiras páginas.

Hyacinth Bridgerton a caçula da família se encontra em sua quarta temporada na alta sociedade, e até agora não recebeu nenhuma proposta que se possa considerar digna de casamento. Conhecia por sua franqueza ela não se deixa impressionar por qualquer pretendente. Mas, tudo muda quando durante um recital ela conhece Gareth St. Clair, neto da terrível, porém sua amiga Lady Danbury. Gareth é capaz não de somente manter uma conversa inteligente por mais de cinco minutos, como por incrível que pareça faz com que a jovem Bridgerton fique sem palavras. Algo que qualquer pessoa que a conheça bem sabe que é praticamente impossível.

Hyacinth como quase toda Londres, conhece a terrível fama de libertino de Gareth, por esse motivo a atitude mais sensata é não demonstrar nenhum interesse nele. Porém quando Gareth aparece na casa de Lady Danbury com um misterioso diário da falecida avó paterna do moço, todo escrito em italiano, Hyacinth simplesmente não consegue resistir ao desafio.

Desse momento em diante os dois são sempre visto em meio a cochichos, gerando todo o tipo de mexerico em especulações a respeito do promissor casal. Conforme mais se aproximam Gareth e Hyacinth vão aos poucos desvendando os mistérios da família St. Clair e se tornando mais próximos do que seria aconselhado para a reputação da dama. E depois um beijo que pode ser considerado tudo menos inocente, vai ficar ainda mais difícil para esse jovem casal negar a irresistível atração que sente um pelo outro. 

Pode até parecer exagero, mas Um Beijo Inesquecível foi aquele tipo de leitura que imediatamente roubou o meu coração. Hyacinth é uma daquelas personagens fortes e decididas, que não se deixa intimidar pela opinião dos outros e que junto com o Gareth formou uma dupla divertida e encantadora. Sabe aquele tipo de casal que você se apaixonada por eles, antes mesmo deles perceberem que são perfeitos juntos?   Hyacinth e Gareth são assim. Julia Quinn, mas uma vez me surpreendeu com uma história fofa e super bem humorada com os toques certos de mistério e sensualidade.

E se não bastasse o casal principal ser cativante, a autora dá a narrativa um destaque mais que merecido a maravilhosa Lady Danbury. Desde o inicio da série ela foi uma personagem de quem gostei muito.  Tipo, eu adoro essas personagens que fazem o tipo “megera”, mas que no fundo tem um bom coração. E ninguém se enquadra mais nessa descrição do que Lady Danbury.  O livro conta com participações rápidas da Daphne e do Anthony, ao mesmo tempo em que o caçula dos Bridgertons, Gregory também desempenha um papel maior na trama.

E apesar de uma narrativa totalmente previsível, Julia Quinn construiu novamente uma história doce, leve  e envolvente que ao final conseguiu fugir um pouco dos clichês da própria autora. Na verdade, não imaginaria final melhor e mais inusitado para Hyacinth e Gareth . Apenas muito amor (). Confesso que uma parte de mim já está se sentindo órfã dessa família incrível, visto que agora só falta um livro para finalizar a série.  Saudades (...).

“-Você é uma boa mentirosa, Hyacinth Bridgerton – murmurou ele, tomando-a nos braços -, mas não tão boa quanto pensa ser.”

Com uma narrativa inteligente e personagens cativantes, Um Beijo Inesquecível é uma daquelas histórias que nos deixa com um gostinho de quero mais e um sorriso bobo no rosto. Sem sombra de dúvidas o meu favorito da série Os Bridgertons ().

O Conde Enfeitiçado.

janeiro 18, 2016

O Último dos Canalhas por Loretta Chase

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788580414752
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2015
Número de páginas: 304
Classificação:
Compare os Preços.
Sinopse: Scoundrels - Livro 2
O devasso Vere Mallory, duque de Ainswood, está pronto para sua próxima conquista e já escolheu o alvo: a jornalista Lydia Grenville. Só que desta vez, além de seduzir uma bela mulher, ele deseja também se vingar dela. Ao se envolver numa discussão numa taverna, Vere foi nocauteado por Lydia e se tornou alvo de chacota de toda a sociedade. Agora ele quer dar o troco manchando a reputação da moça. Mas Lydia não está interessada em romance, principalmente com um homem pervertido feito Mallory. Em seus artigos, ela ataca nobres insensatos como ele, a quem considera a principal causa dos problemas sociais. Nesse duelo de vontades, Vere e Lydia se esforçam para provocar a derrota mais humilhante ao mesmo tempo que lutam contra a atração que o adversário lhe desperta. E, nessa divertida batalha de sedução e malícia, resta saber quem será o primeiro a ceder à tentação.

O
que dizer da minha primeira leitura do ano, que já chegou roubando o meu coração ()? E o que dizer de Loretta Chase, essa autora *linda* que escreve histórias apaixonantes com personagens tão maravilhosos? Sim, leitores do My Dear Library, o fangirl dessa que vos escreve está ligado no máximo. Mas posso garantir a vocês que, O Último dos Canalhas merece todo esse amor.

Para muitos, o atual duque de Ainswood não passa de um nobre encrenqueiro que adora chamar a atenção para si mesmo. E com tal fama não é de se admirar que, Vere Mallory seja um alvo fácil para os mexeriqueiros de plantão da alta sociedade londrina. Porém o que a maioria das pessoas não sabe, é Vere nunca desejou o ducado e todas as responsabilidades que o titulo traz junto. E claro, que isso inclui qualquer tipo de relacionamento que possa leva-lo para o altar.

Crente que nenhuma mulher consegue resistir ao charme do último canalha da família Mallory, Vere tenta seduzir a bela jornalista Lydia Grenville. Mas a jovem de mente afiada consegue enganar o duque fazendo com que ele sofra uma terrível humilhação pública. Fato esse que Ainswood não pretende deixar por isso mesmo. Afinal uma coisa é ser o assunto principal das fofocas em Londres por ser um libertino incorrigível, outro é por ter sido nocauteado por uma dama. Mesmo que a dama em questão seja uma beldade com punhos de aço e uma língua venenosa.

Para Lydia, Vere representa tudo àquilo que ela despreza na sociedade. Forte e determinada, tudo o que a jornalista menos deseja no momento é se envolver em um relacionamento romântico. Ainda mais se o pretendente for um pervertido e irresponsável como o duque de Ainswood. Porém como uma verdadeira praga, parece que em todo o lugar que ela vai, lá está o duque com a clara intenção de importuna-la. Só que nos raros momentos em que Lydia é sincera consigo mesma, ela constata uma terrível verdade. A que infelizmente ela não é assim tão imune ao charme de Vere, como demonstra ser.

Lydia e Vere dão inicio a uma verdadeira "batalha de gigantes", em que um tenta infligir ao outro uma humilhação maior. Porém o destino aparentemente tem outros planos para essa dupla de encrenqueiros. E no final dessa batalha quem tropeçar primeiro na armadilha do inimigo corre o risco de perder muito mais do que a sua reputação.  O primeiro cair pode acabar perdendo o seu coração para sempre.

Desde que li O Príncipe dos Canalhas o ponto que mais me chamou a atenção na escrita da Loretta Chase, é o fato dela fugir dos padrões dos livros do gênero. Loretta cria protagonistas fortes e independentes, que não tem medo de enfrentar os desafios e lutar por aquilo que acreditam. Lydia é destemida ao ponto de se colocar em risco em diversas situações, por defender aqueles que a sociedade finge não ver. Ela é corajosa e até mesmo vista como fria e durona por alguns, mas em seu coração Lydia é apenas mais uma pessoa tentando fazer do mundo um lugar melhor para as pessoas menos favorecidas viver.

Já Vere apesar de toda a má fama que o acompanha e da indiferença que aparenta levar a vida, guarda em seu coração uma tristeza profunda. Um sentimento de que não é digno de tudo que tem e isso o mantém afastado do amor e daqueles que o amam. É interessante ver como a autora consegue de certa forma “inverter” os papéis em suas histórias dando aos canalhas convictos personalidades mais frágeis, enquanto suas mocinhas estão longe de serem delicadas e indefesas.

O Último dos Canalhas consegue mesclar com perfeição momentos românticos e sensuais com drama e ação. Os personagens secundários se destacam na narrativa dando a história um ritmo agradável e descontraído. Foi maravilhoso reencontrar com Dain () e a Jéssica, da mesma forma que adorei a maior participação de Bertie na trama.  Outro personagem que se destaca aqui é a Susan, o cão mastim de Lydia. Susan é diva e deixa à narrativa ainda mais solta e divertida.

Adorei o modo como a autora costurou todos os fatos aqui. O enredo é bem amarrado, com cada capitulo revelando uma nova surpresa deixando claro que desde o principio Loretta Chase já sabia por quais caminhos guiaria sua trama. Por que mesmo que a premissa se apresente como mais uma romance de época clichê, a autora consegue inserir pequenos detalhes que fazem toda diferença, tornando sua história única.

“– Você precisaria de mais motivos. Você me odeia.
– Não fique tão lisonjeada. – Ele franziu a testa. – Você é apenas irritante.”

Com uma narrativa deliciosa regada a diálogos inteligentes e personagens cativantes, O Último dos Canalhas é uma daquelas leituras que nos deixa encantados e mais apaixonados pela história a cada capítulo. Loretta Chase sem sombra de dúvidas conquistou um lugar especial em minha estante e no meu coração de leitora. Recomendo ().

Veja Também:
O Príncipe dos Canalhas.

dezembro 24, 2015

Magia do Sangue por Nora Roberts

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788580414714
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2015
Número de páginas: 288
Classificação: Bom
Onde Comprar: Submarino.
Sinopse: Primos O'Dwyer - Livro 03
Há muitos anos, Branna O’Dwyer entregou seu amor a Finbar Burke. No entanto, o romance durou pouco. Uma maldição ligada ao sangue de suas famílias os proibiu de ficar juntos.  Branna tentou preencher esse vazio com amigos e familiares, mas sabe que, sem Fin, sua vida nunca estará completa. Ele, por sua vez, passou os últimos doze anos viajando pelo mundo, focado exclusivamente no trabalho. Atormentados pela forte atração que nem a distância pôde aplacar, nenhum dos dois acha que um dia se entregará de novo ao amor. Entretanto, em meio às sombras que ameaçam destruir tudo o que eles consideram mais precioso, esse relacionamento sem futuro pode ser também a última esperança que lhes resta.

Mesmo a leitura dos livros anteriores da trilogia Primos O'Dwyer, da Nora Roberts tento deixando em mim aquele gostinho de que faltou alguma coisa, confesso que estava apostando todas as minhas fichas em Magia do Sangue. Esperava finalmente reencontrar com a escrita que há alguns anos me tornou mais uma fã apaixonada pelas histórias da Nora Roberts. Mas apesar da narrativa aqui possuir bons momentos, infelizmente ainda fiquei com a sensação de que poderia ter sido melhor.

Branna O’Dwyer uma das descendentes da  primeira Bruxa da Noite, Sorcha, pressente  que a cada dia a última batalha contra Cabhan o terrível feiticeiro das trevas está  cada vez  mais próxima. E para isso não só ela, mas todos do seu circulo mágico incluindo Finbar Burke precisam estar preparados. Porém durante longos doze anos Branna fez tudo que pode para manter Fin o mais distante possível de si mesma e principalmente do seu coração. Afinal a paixão que surgiu ainda na adolescência sofreu um grande golpe, pois a maldição que assombra suas famílias tornou o relacionamento deles impossível.

Mas conforme Cabhan vai fica mais ousado e a batalha final se aproxima, as barreiras que Branna e Fin construíram para se manterem afastados começam a ruir. Fica cada vez mais difícil resistir à atração que sentem um pelo outro e a paixão que passou anos sendo reprimida, surge com força total. Motivados pelo desespero com a possibilidade de perder tudo pelo o qual lutaram anos para proteger, eles se entregam a um relacionamento sem promessas, em que apenas o hoje é o que importa. 

Serão os descendentes de Sorcha fortes os suficientes para derrotar as trevas e acabar de uma vez por todas com a ameaça que Cabhan representa, quando ela mesma não foi capaz disso no passado?  Poderá o destino estar reservando um final feliz para Branna e Fin? A última batalha está prestes a acontecer e eles terão que aprender a usar algo mais forte que a magia, uma força totalmente desconhecia por Cabhan, - o amor.

Magia do Sangue tinha tudo para ser “o livro”, porém não é exatamente isso que acontece. O problema é que mesmo ele possuindo uma boa história, sua narrativa não apresenta nenhum “grande acontecimento” ou algo surpreendente.   Na verdade em alguns momentos a narrativa se torna repetitiva, como se a autora não soubesse direito para qual direção guiar a história e seus personagens. E se tratando de Nora Roberts isso sim, é um pouco “frustrante”. Magia do Sangue é aquele típico livro em que temos a sensação que o autor “enrolou” por quase toda a história e nas últimas páginas resolveu simplesmente acelerar tudo, jogar o fatos e pronto, - fim.

Claro que eu desde o começo já meio que sabia como tudo iria terminar, já que assim como os livros anteriores esse também apresenta aquela premissa clichê com um romance “bonitinho” que nos deixa suspirando. Porém, eu realmente estava esperando que o relacionamento da Branna com o Fin fosse uma espécie de “cão e gata”, algo que não acontece e que deixa sem justificativa as atitudes de ambos nos livros anteriores.  Eles passam dois livros se evitando e trocando “farpas” para do nada resolverem que construir uma relação baseada apenas em sexo casual não é problema. “Como assim?”. Tipo desde o principio os dois foram os melhores personagens da trilogia, e a sensação que tive é que tanto a suas histórias como eles não foram bem aproveitados.

Mas para contrabalançar os pontos não tão positivos, Magia do Sangue conta com algumas revelações que mesmo não sendo bombásticas, contribuem para deixar a trama mais interessante. Os demais personagens na história também se destacam em especial Iona e Boyle que começaram como personagens totalmente se graça e apagados e aqui se tornam mais presentes e cativantes. Meera e Connor são definitivamente meu casal favorito da trilogia, já que ambos com suas personalidades fortes deixam a narrativa mais rica e atraente.

Em suma eu gostei da trilogia, apesar de que em minha humilde opinião de leitora ela deixar um pouco a desejar quando comparada a outras histórias da Nora Roberts. Queria ter gostado mais. Queria ter me envolvido mais com seus personagens e  suas histórias, porém termino a trilogia Primos O'Dwyer com aquela terrível sensação que ficou faltando alguma coisa (...).

“– Hoje é o mundo para mim, como você é. Talvez isso nunca seja o suficiente e ainda assim ... – É tudo.”

Magia do Sangue é o tipo de história ideal para quem busca narrativas leves e clichês. Pode até não ser o melhor livro que você lerá na sua vida, mais ainda assim ela possui pequenos detalhes que tornam a leitura envolvente. 

Veja Também:
A Bruxa da Noite.
Feitiço da Sombra.

outubro 23, 2015

Ligeiramente Escandalosos por Mary Balogh

| Arquivado em: Resenhas.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788580414547
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2015
Número de páginas: 288
Classificação: Ótimo
Onde Comprar: Submarino.
Sinopse: Os Bedwyn: Livro – 03.
Freyja Bedwyn é uma mulher diferente das outras damas da alta sociedade: impetuosa e decidida, ela preza a independência e a liberdade acima de qualquer coisa – até mesmo do amor. Até que o destino lhe apresenta Joshua Moore, o marquês de Hallmare, um homem cheio de charme e mistério, dono de uma beleza estonteante e de uma reputação terrível. Quando ambos se encontram a caminho da pacata cidade de Bath, a química entre os dois é imediata. Entre encontros e desencontros, conflitos e provocações, Joshua faz uma proposta inusitada: pede que Freyja finja ser sua noiva, para evitar que uma artimanha de sua tia o leve a se casar com a própria prima. Para uma dupla que acha graça das convenções sociais, esta parece ser a oportunidade perfeita para se divertir. Mas a brincadeira acaba trazendo consequências inesperadas. Aos poucos, suas máscaras vão caindo e ambos se revelam pessoas bem diferentes do que aparentam.

Que sou uma apaixonada por romances históricos, não é segredo para ninguém que acompanha o blog há mais tempo. E se tem uma autora que está conquistando um espaço especial nesse meu coração de leitora a cada novo livro é a Mary Balogh. Ligeiramente Escandalosos é uma daquelas histórias que chegam de mansinho e quando nos damos conta, estamos completamente apaixonados por ela.

Lady Freyja Bedwyn está longe de ser uma dama convencional. A irmã do poderoso Wulfric Bedwyn, duque de Bewcastle preza acima de tudo a sua independência e liberdade, e desde que teve o seu coração partido se fechou para o amor. Joshua Moore, o marquês de Hallmare não está em busca relacionamento sério e gosta do estilo de vida descompromissado que leva. Ao se conhecerem pela primeira vez em uma hospedaria de beira de estrada, a atração entre os dois a imediata. Porém sendo uma moça de personalidade forte e um tanto arrogante como todo Bedwyn, Freyja não está disposta a se render tão facilmente ao charme de qualquer um, - mesmo ele sendo um belo homem.

Com encontros explosivos que logo se tornam o principal assunto da pacata cidade de Bath, Freyja e Joshua começam uma “estranha” amizade até que por uma manobra ardilosa do destino, ou melhor, dizendo de sua tia, ele se vê obrigado a fazer um pedido inusitado a Freyja. Josh pede que ela finja ser sua noiva, dessa forma frustrando os planos da megera de casa-lo com sua prima. Mas, a divertida “brincadeira” acaba tendo desdobramentos inesperados, e agora Freyja e Josh correm o sério risco de terem de subir ao altar de verdade.  Poderá um relacionamento que começou com tanto tumulto e mentiras, transformar- se em algo sereno, como o amor?

Confesso que desde Ligeiramente Casados, primeiro livro da série Os Bedwyn, a Freyja sempre foi aquela personagem que me deixava intrigada. Longe de ser o estereótipo da mocinha frágil e indefesa, Freyja sempre demonstrou o quanto é "mal-humorada" e determina. Ela foi criada sabendo qual é o seu lugar no mundo, afinal ela é uma Bedwyn e só isso é capaz de fazer com que muitas pessoas a temam.  Por outro lado Joshua Moore, o novo marquês de Hallmare teve uma infância sem tantos luxos e solitária, que fizeram dele um homem leal e integro. Enquanto Freyja está acostumada a desfilar com toda a sua altivez pelos nobres salões de baile, Josh não perdeu sua simplicidade vem adiando o máximo possível assumir o título que herdou com a morte do tio.

Os dois possuem personalidades totalmente diferentes e esse embate de temperamentos, é o que torna a história tão interessante. A evolução do relacionamento dos dois é ao mesmo tempo encantadora e divertida. A troca de fartas e ironias entre Freyja e Josh, foi a responsável por dar a narrativa o toque de humor, que até então não tinha aparecido nos livros da Mary Balogh. Embora aqui mais uma vez encontramos uma história e personagens maduros, a inserção desse novo elemento entre os diálogos deixou a narrativa mais leve e com os contornos dos tradicionais “romances gracinhas”.

Uma das coisas que mais gosto da escrita da Mary Balogh é  forma como a autora constrói suas historias em especial como ela traça a personalidade dos personagens, transformando suas fraquezas e defeitos em suas melhores qualidades. E em Ligeiramente Escandalosos não foi diferente. Conforme a narrativa avança os personagens vão de despindo das muitas camadas que usam para encobrir suas verdadeiras personalidades, mostrando todos os medos e sonhos que mantinham escondidos por baixo de suas máscaras. A autora soube trabalhar com maestria os conflitos pessoais, como também os obstáculos pelos quais a relação deles passa.

A participação da família Bedwyn, aqui é mais expressiva quando comparada ao livro anterior, o que fez com que o ritmo da narrativa fosse fluido e não “exageradamente” tão focado no casal. E esse é mais um ponto a favor para a autora, já que mais uma vez ela conseguiu inserir pequenos detalhes que além de aguçar a curiosidade durante a leitura, colaboram para que a história fique ainda mais rica. Detalhes esses que em sua soma tornaram Ligeiramente Escandalosos o meu livro favorito da série até aqui.

“- Coração - disse ele, baixinho -, você é uma fraude. (...) Mas, não precisa temer. Seu segredo está seguro comigo.”

Com personagens cativantes e diálogos inteligentes, Ligeiramente Escandalosos nos traz uma história que mescla com perfeição, humor, grandes reviravoltas com um romance que aquece nossos corações. Mary Balogh me surpreendeu mais uma vez. Recomendo!

Veja também:

outubro 02, 2015

O Despertar do Príncipe por Colleen Houck

| Arquivado em: Resenhas.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788580414363
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2015
Número de páginas: 384
Classificação: Muito Bom
Onde Comprar: Submarino.
Sinopse: Deuses do Egito – Livro 01.
Quando a jovem de dezessete anos, Lilliana Young, entra no Museu Metropolitano de Arte certa manhã, durante as férias de primavera, a última coisa que esperava encontrar é um príncipe egípcio ao vivo com poderes divinos, que teria despertado após mil anos de mumificação. E ela realmente não poderia imaginar ser escolhida para ajudá-lo em uma jornada épica que irá levá-los por todo globo para encontrar seus irmãos e completar uma grande cerimônia que salvará a humanidade. Mas o destino tem tomado conta de Lily, e ela, juntamente com seu príncipe sol, Amon, deverá viajar para o Vale dos Reis, despertar seus irmãos e impedir um mal em forma de um deus chamado Seth, de dominar o mundo.

Mesmo estando super ansiosa para conhecer a nova série escrita pela autora Colleen Houck, Deuses do Egito confesso que “travei” na leitura desse primeiro capitulo. Sabe quando você espera devorar um livro, mas acaba meio que protelando ao máximo possível a leitura dele? Foi mais ou menos isso que aconteceu comigo. E entendam isso não quer dizer que não gostei de O Despertar da Príncipe, a verdade é que gostei e muito. Porém foi praticamente impossível não fazer “pequenas comparações” com a Saga do Tigre, - e sim isso me incomodou um pouco.

Lilliana Young tem uma vida praticamente invejável. Aos dezessete anos ela mora com os pais em um luxuoso hotel com vista para o Central Park, e desfruta de todo o conforto e privilégios que o dinheiro pode oferecer. Mas, ao contrário do que se imagina Lilliana não é feliz. No fundo ela gosta das coisas mais simples da vida, e seu maior desejo é que seu mundo tão certinho tenha um pouco de aventura e desordem. Tudo em sua vida é controlado, rígido e previsível, até que em uma manhã na sessão dedicada ao Egito no Museu Metropolitano de Arte muda tudo isso. Ela presencia o renascimento de uma múmia, ou melhor dizendo, do príncipe egípcio Amon. E graças a esse encontro inusitado a sua vida vira de ponta cabeça.

Amon assim como seus irmãos recebeu poderes dos deuses para cumprir a divina missão de a cada milênio salvar a Terra das trevas trazidas pelo o temível deus Seth. Só que algo estranho aconteceu dessa vez. Amon despertou muito longe de casa e agora vai precisar da ajuda de Lily para chegar ao Egito e encontrar as tumbas de seus irmãos Asten e Ahmose, a tempo de acorda-los para a cerimônia sagrada. 

Há principio Lily fica hesitante em atravessar oceano rumo ao desconhecido com um total estranho. Mas, ela não consegue evitar a atração inexplicável que sente pelo príncipe e principalmente a necessidade de viver finalmente uma aventura.  Ao partir para Egito com Amon em uma corrida contra as areias do tempo para salvar a Terra, Lily não pode imaginar os inúmeros perigos ao qual sua frágil vida mortal será exposta. E muito menos que uma múmia com milhares de anos pode ser capaz de roubar seu coração.

Sou fã da Colleen Houck, mesmo ainda não tendo perdoado ela pelo final da Saga do Tigre, que isso fique bem claro. Colleen é uma daquelas autoras que tem “dom” de não apenas me deixar curiosa em relação à trama, mas também de me transportar para dentro dela.  E não tem mitologia que eu ame mais depois da grega do que a egípcia, e só esse fato já me fez desejar o Despertar do Príncipe desde o seu lançamento lá fora.  Afinal é do Egito antigo que estamos falando aqui ().

O Despertar do Príncipe se apresenta como um prelúdio promissor de uma nova saga que tem tudo para ser melhor que anterior. Porém, alguns pequenos ajustes precisam ser feitos. Tipo por mais que a protagonista aqui tenha uma personalidade forte e não se comporte como a “rainha do drama”, foi inevitável em alguns momentos não comparar as atitudes da Lily com as da Kelsey. Do mesmo modo que em muitas situações o Amon agiu de forma muitíssimo parecida ao Ren. E foi por isso que travei um pouco durante a leitura (...).

Não que as sagas ou as personalidades dos personagens sejam idênticas, porém as estruturas de ambas são muito semelhantes. A principal diferença é que a autora focou mais na missão dos príncipes e deixou o romance meio que de lado nesse primeiro livro. Outro ponto é que senti a falta daquele “toque mágico” presente na escrita da Colleen que sempre deixa a leitura mais interessante. Algumas passagens são carregadas de muitos detalhes desnecessários, e por esse motivo a narrativa ficou morna sem tanta emoção.

Gostei especialmente dos príncipes Asten () e Ahmose, assim como o Dr. Hassan, o arqueólogo e Grão-Vizir encarregado de ajudar os príncipes em sua missão. E sim, qualquer semelhança entre o Dr. Hassan, e o meu amado e inesquecível Sr. Kadam () não é tão mera coincidência.  O problema é que como a narrativa fica muito focada no Amon e na Lily, não foi possível conhecer melhor os demais personagens que compõem a história.  Por isso, espero que eles ganhem um maior destaque nos próximos livros, pois potenciais para isso ambos têm. E por favor, Colleen sem triângulo amoroso dessa vez.

O Despertar do Príncipe terminou com aquele típico final “cretino”, que me deixou completamente desesperada para saber o que vai acontecer. E mesmo que a presença de alguns elementos presentes da Saga do Tigre tenha me incomodado um pouco, gostei muito do li. Sim, ficou faltando alguma coisa, mas esse foi apenas o primeiro capitulo.

“- A eternidade é um tempo longo demais para não se ter alguma coisa para lembrar.”

O Despertar do Príncipe é aquele tipo de leitura que vai te deixar com vontade de desbravar o Egito atrás de escaravelhos e belos príncipes adormecidos. Misteriosa, mágica e surpreendente. Mal posso esperar por O Coração da Esfinge.

setembro 17, 2015

O Conde Enfeitiçado por Julia Quinn

| Arquivado em: Resenhas.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788580414400
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2015
Número de páginas: 304
Classificação: Ótimo
Onde Comprar: Amazon | Saraiva
Sinopse: Os Bridgertons - Livro 06.
Toda vida tem um divisor de águas, um momento súbito, empolgante e extraordinário que muda a pessoa para sempre. Para Michael Stirling, esse instante ocorreu na primeira vez em que pôs os olhos em Francesca Bridgerton. Depois de anos colecionando conquistas amorosas sem nunca entregar seu coração, o libertino mais famoso de Londres enfim se apaixonou. Infelizmente, conheceu a mulher de seus sonhos no jantar de ensaio do casamento dela. Em 36 horas, Francesca se tornaria esposa do primo dele. Mas isso foi no passado. Quatro anos depois, Francesca está livre, embora só pense em Michael como amigo e confidente. E ele não ousa falar com ela sobre seus sentimentos – a culpa por amar a viúva de John, praticamente um irmão para ele, não permite. Em um encontro inesperado, porém, Francesca começa a ver Michael de outro modo. Quando ela cai nos braços dele, a paixão e o desejo provam ser mais fortes do que a culpa. Agora o ex-devasso precisa convencê-la de que nenhum homem além dele a fará mais feliz.

Acredito que não preciso comentar que de todas as séries que acompanho no momento Os Bridgertons tem um lugar mais que especial em meu coração. Por esse motivo sempre que um novo volume é lançado fico na expectativa de ter ele logo em minhas mãos, e assim passar um tempo maravilhoso e divertido ao lado dessa família tão querida. E confesso leitores que eu mal terminei a leitura de O Conde Enfeitiçado e já estou com saudades de seus personagens.

Francesca Bridgerton conheceu a alegria de ter encontrado o verdadeiro amor e a tristeza de perdê-lo ainda muito jovem. A Condessa de Kilmartin ficou viúva de John no segundo ano de seu casamento e a dor de perder o amado marido tão cedo a desestabilizou por completo. Se a situação já não fosse dolorosa o bastante Michael Stirling primo John e melhor amigo do casal escolhe justamente esse momento para se afastar dela, deixando Francesca ainda mais arrasada. Mas o que Francesca não podia imaginar é que Michael estava perdidamente apaixonado por ela.

Sentindo-se culpado pelas reviravoltas do destino que do dia para a noite o fizeram não somente herdar o titulo e a riqueza de John, Michael não consegue lidar com uma realidade ainda mais cruel. Finalmente a mulher que ele tanto ama está livre, graças à morte prematura do primo. Ele nunca desejou isso e ficar tão próximo a Francesca faz com que ele se senta o pior dos homens. Ele então foge para a Índia na tentativa de esquecê-la.

Quatro anos se passam e quando os dois se reencontram Michael percebe que seus sentimentos continuam os mesmos. Ele faz de tudo para disfarçar o amor que ainda sente e tenta reatar os laços de amizade que ele e a condessa viúva tinham antes de tudo mudar.  Porém, o retorno de novo Conde de Kilmartin vai mexer com os sentimentos de Francesca também. Ela começa a olhar para Michael de uma maneira nova e a sentir coisas que ela jamais imaginou que sentiria por outro homem depois da morte de John.  Conseguirá Michael agora esconder seus reais sentimentos por Francesca? E ela será forte o suficiente para resistir ao charme desse conde devasso?

Estava bem curiosa para ler O Conde Enfeitiçado, pelo fato da Francesca ter sido a Bridgerton que menos tinha aparecido nos livros da série até aqui. E apesar de ter demorado um pouco para me “simpatizar” com a “misteriosa” Francesca, admito que depois de O Perfeito Cavalheiro esse é o meu livro favorito da série por vários pequenos detalhes presentes em sua narrativa. Gostei especialmente do Michael, pois além de ser um personagem carismático ele possui uma personalidade forte e marcante. Não que a Francesca seja uma personagem apatia, na verdade ela evolui bastante conforme a história avança. E se levarmos em conta tudo pelo qual ela passou na vida, algumas atitudes dela são compreensíveis.

Michael e Francesca formam aquele casal que faz a gente sofrer e a torcer por eles o tempo todo, por que é visível desde o começo que eles são perfeitos juntos. A escrita da Julia Quinn é maravilhosa com uma riqueza de detalhes que nos transportam para as paginas do livro.  Talvez a grande diferença entre esse livro e os anteriores é que a relação do casal é mais “madura”, o que deixou a narrativa um pouquinho mais sensual. Mas sem deixar de lado é claro, a leveza e o romantismo na história.

Outro detalhe que me agradou muito foi à maneira como a autora conseguiu interligar os as histórias do quarto e quinto livro aqui. Julia Quinn apresenta os acontecimentos de ambos os livros com naturalidade, não apenas confirmando que as três histórias se passavam no mesmo período, como também deixando claro o quão forte são os laços que unem essa família. Simplesmente adorei ver o meu amado Colin Bridgerton () por aqui.  Até por que me desculpem os outros membros masculinos da família, mas não tem como não amar Colin Bridgerton.

Minha única queixa é o fato da editora não ter inserido o segundo epílogo ao final do livro. Mesmo dando alguns spoliers dos livros que ainda não foram lançados, esse epílogo simplesmente faz toda diferença no contexto geral da história, além de que fecha-la com chave de ouro. Sim, fiquei muito, mais muito chateada com isso.

“- Se é para isso terminar, você terá que fazê-lo. Terá de ir Francesca. Por que agora...depois de tudo...Eu não sou forte o suficiente para dizer adeus.”

Com uma narrativa envolvente e um romance encantador, O Conde Enfeitiçado é um daqueles livros que aquece nosso coração e nos faz ficar com um sorriso bobo no rosto. Recomendo!

Veja Mais.

agosto 06, 2015

Feitiço da Sombra por Nora Roberts

| Arquivado em: Resenhas.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788580414189
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2015
Número de páginas: 288
Classificação: Bom
Onde Comprar: Submarino.
Sinopse: Primos O'Dwyer - Livro 02.
Connor O’Dwyer se orgulha de chamar o Condado de Mayo de seu lar. É lá que Branna, sua irmã, mora e trabalha e onde Iona, sua prima, encontrou o verdadeiro amor. Foi nessa terra que seus parentes e amigos formaram um círculo de proteção que nunca poderá ser rompido... Até que um beijo põe em risco a segurança de todos. Depois de um breve encontro com a morte, Connor e a melhor amiga de sua irmã se entregam um ao outro. Eles se dão bem desde a infância e, depois do tórrido encontro, o rapaz tem esperança de que esse relacionamento evolua. Para frustração dele, no entanto, Meara se contenta apenas com o prazer do momento, temendo se perder – e perder a amizade dele. Essa mudança em sua relação pode abalar o círculo e permitir que uma perigosa ameaça ressurja aos poucos, como uma névoa. Para detê-la, Connor precisará novamente da família e dos amigos para despertar a força e a fúria que correm em seu sangue. Quem sabe pela última vez.

A
pesar de não ter "morrido de amores" pelo primeiro livro da série Primos O'Dwyer, confesso que estava um tanto curiosa para ler o Feitiço da Sombra.  Afinal em meu coração de leitora e fã da autora Nora Roberts, eu tinha a esperança que aquilo que tinha faltado em A Bruxa da Noite fosse suprido aqui. Para minha felicidade a narrativa melhorou consideravelmente, mas ainda sinto que tem algo que ficou faltando (...).

Connor O’Dwyer sempre soube qual era seu lugar no mundo. Assim como sua irmã Branna ele cresceu em um lar repleto de amor, o que deu a ele a confiança necessária para encarar os obstáculos da vida. Afinal assim como sua irmã e Iona, sua prima ele é um dos descendentes de Sorcha, a primeira bruxa da noite e juntos eles precisam encontrar uma forma de derrotar o terrível feiticeiro das trevas Cabhan. Quando Connor passa a ter sonhos misteriosos com um de seus antepassados ele acaba atraindo a ira de Cabhan para si, e esse feito pode terminar muito mal para o jovem falcoeiro.

Após um grande susto sua amiga de infância Meara age por impulso e o beija de forma apaixonada. E é nesse momento que os sentimentos que até então estavam escondidos, surgem com força total. Porém ao contrário de Connor, Meara cresceu em um lar desestabilizado, o que faz com que ela tenha medo de se entregar ao amor. Mas assim como Connor, Branna, Iona, Boyle e Fin (), ela também faz parte do circulo mágico destinado a destruir Cabhan. E o implacável feiticeiro poderá usar as inseguranças de Meara contra todos.

Será que o amor que surgiu na infância é forte o suficiente para vencer as sombras?  Quanto mais o momento decisivo se aproxima, os sentimentos que unem todos do pequeno círculo são testados. Connor e Meara vão precisar ter fé no que sentem se quiserem salvar e proteger aqueles que amam e a si mesmos.

O Feitiço da Sombra é aquele típico de livro que você começa a ler já sabendo o que vai acontecer, e mesmo assim torce pelo final feliz.  Porém ao contrário do livro anterior onde temos um romance arrebatador, aqui a história é mais madura. O fato de o Connor ser um personagem que se destaca na narrativa, faz com que o romance entre ele e a Meara consiga ser mais envolvente e cativante. Afinal, nada mais clichê do que dois amigos de infância descobrindo que são perdidamente apaixonados um pelo outro. Mas, admito que esperava um “pouco” mais dos dois (...).

Tipo, desde do primeiro livro ficou bem perceptível que o ponto forte da série Primos O'Dwyer é mais os personagens do que a história em si.  Em especial a Branna e o Fin, que mesmo não sendo os protagonistas conseguem roubar a cena sempre que aparecem.  Por esse motivo, não nego que estou bastante ansiosa para ler Magia do Sangue, o ultimo livro da série em que a narrativa será focada nos dois. Ou seja, é um livro que promete várias emoções e espero não se decepcionar.

A minha única ressalva aqui são várias falhas de revisão que o livro contém. Sou fã dos livros da editora e o que encontrei em Feitiço da Sombra, me deixou bastante incomodada. São desde erros bobos de digitação até erros mais sérios como troca de pronomes e frases totalmente fora do contexto.  Eu gostei bastante do livro e como mencionei logo no começo da resenha, senti que a história deu uma boa melhorada. Mas, infelizmente a revisão deixou um pouco a desejar (...).

“Enquanto há escolha, o fim nunca é determinado.”

Feitiço da Sombra assim como o seu antecessor possui altos e baixos e deixa aquela sensação não muito doce de que faltou alguma coisa. É uma leitura leve e agradável, desde que claro você não crie muitas expectativas.

Veja Também:
A Bruxa da Noite.

julho 08, 2015

Ligeiramente Maliciosos por Mary Baloch

| Arquivado em: Resenhas.

ISBN: 9788580413939
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2015
Número de páginas: 288
Classificação: Muito Bom.
Onde Comprar: Submarino.
Sinopse: Os Bedwyns - Livro 02. Após sofrer um acidente com a diligência em que viajava, Judith Law fica presa à beira da estrada no que parece ser o pior dia de sua vida. No entanto, sua sorte muda quando é resgatada por Ralf Bedard, um atraente cavaleiro de sorriso zombeteiro que se prontifica a levá-la até a estalagem mais próxima. Filha de um rigoroso pastor, Judith vê no convite do Sr. Bedard a chance de experimentar uma aventura e se apresenta como Claire Campbell, uma atriz independente e confiante, a caminho de York para interpretar um novo papel. A atração entre o casal é instantânea e, num jogo de sedução e mentiras, a jovem dama se entrega a uma tórrida e inesquecível noite de amor. Judith só não desconfia de que não é a única a usar uma identidade falsa. Ralf Bedard é ninguém menos do que lorde Rannulf Bedwyn, irmão do duque de Bewcastle, que partia para Grandmaison Park a fim de cortejar sua futura noiva: a Srta. Julianne Effingham, prima de Judith. Quando os dois se reencontram e as máscaras caem, eles precisam tomar uma decisão: seguir com seus papéis de acordo com o que todos consideram socialmente aceitável ou se entregar a uma paixão avassaladora?

Como vocês podem perceber ando lendo muitos romances de época, e na verdade venho dando preferência a esse tipo de história do que aos romances contemporâneos. Por isso, quando me perguntaram que livro eu queria ganhar de aniversário pensei imediatamente em Ligeiramente Maliciosos da autora Mary Baloch. A escolha desse livro em especial, dentre tantos livros que quero se deu não apenas pelo fato da narrativa da autora ter me cativado bastante no primeiro, e sim mais pela minha curiosidade de conhecer um pouco mais da enigmática família Bedwyn. E posso garantir a vocês que acertei no presente viu.

A jovem Judith Law passou a vida toda desejando viver uma grande aventura.  Filha de um pároco conservador para ela o futuro sempre se apresentou de forma nebulosa. Afinal como a filha do meio, sem nenhum “atributo” que lhe garantisse um bom casamento, ela não tinha muita serventia na casa da família. Por esse motivo seu pai a manda morar com Lady Effingham, sua tia distante de modo que não apenas as despesas da casa diminuam como também para ela livrar Lady Effingham do incomodo de cuidar da própria mãe, avó de Judith.

No caminho para Harewood Grange a diligencia em que ela viaja sofre um pequeno acidente, deixando a viagem que já não estava sendo nada agradável ainda mais terrível. Porém quando Judith pensa que não tem como as coisas ficarem piores, um misterioso cavaleiro aparece. Ralf Bedard ao se deparar com a jovem em um cenário caótico se oferece para leva-la até a próxima estalagem em segurança.

Por um minuto Judith pensa em recusar a oferta, mas ela percebe que essa pode ser sua ultima oportunidade de viver uma grande aventura.  Agora no papel da sedutora e independente atriz, Claire Campbell ela tem a oportunidade de ser livre como nunca sonhou em ser. Ao mesmo tempo em que espera que as lembranças dessa noite inesquecível tornem seus longos e entediantes dias na casa de Lady Effingham suportáveis. E assim depois de viver o seu sonho por uma noite, Judith foge conformada para encarar de uma vez por todas o seu destino.

Só que Judith não imagina que o “nobre” Sr. Bedard é na verdade Rannulf Bedwyn, irmão do duque de Bewcastle. Rannulf estava a caminho da imponente Grandmaison Park, a pedido de sua avó para que ele conheça e faça a corte a uma donzela em potencial quando encontrou Judith na estrada. Porém o que nenhum dos dois espera, é que a jovem dama que Rannulf deve cortejar é a Srta. Julianne Effingham, a prima de Judith. No instante em que os amantes se reencontram, não apenas as suas verdadeiras identidades são descobertas. Mas algo que eles jamais imaginaram um dia sentir, - uma paixão avassaladora.

A característica que mais gosto na narrativa da Mary Baloch é a maturidade dos personagens e da história em si. Tudo bem que suas tramas não possuem aqueles momentos leves de humor e que diferente de muitos livros do gênero suas obras não podem ser classificadas como “romance gracinha”. Só que esse toque um pouco mais “sério” tão marcante na escrita da autora é o que justamente torna as seus personagens interessantes e o enredo envolvente. 

Também gosto muito do fato da autora não criar personagens maravilhosamente “belos”. Todos eles são bem “comuns” sem aquele tipo de “endeusamento” que muitas vezes encontramos em algumas histórias, e isso faz com que durante a leitura você se sinta mais próximo deles. A narrativa é rápida, repleta de clichês e em certos momentos até óbvia demais. Porém mesmo que você já “imagine” o final, é impossível não sentir aquele sentimento de contentamento à medida que a história avança.

O único ponto que não me agradou foi que a Judith nos capítulos finais começou a “exagerar” um pouco no drama. Não que eu não tenha entendido as razões dela e tudo mais. Só que como vocês já sabem que essa que vos escreve tem uma certa “birra” com mocinhas dramáticas demais. Já o Rannulf é um bom personagem embora ele acabe um tanto ofuscado pela presença marcante de seus irmãos o duque de Bewcastle e o Alleyne (). Talvez tenha faltado um pouco mais de carisma para Rannulf me conquistar.  Ou eu só esteja sendo chata para variar mesmo. O que não é nenhuma novidade(...).

“Insegurança, duvida e ansiedade eram emoções totalmente novas para um homem que cultivara o tédio e o cinismo por toda a vida adulta.”

Ligeiramente Maliciosos é uma leitora deliciosa com uma história delicada e ao mesmo tempo sedutora, do tipo que deixa os românticos de plantão completamente encantados.Recomendo!


Veja Também.
Ligeiramente Casados.

junho 03, 2015

O Príncipe dos Canalhas por Loretta Chase

| Arquivado em: Resenhas.

Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788580413991
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2015
Número de páginas: 288
Classificação:
Onde Comprar: Submarino.

Sinopse: Scoundrels - Livro 1. Sebastian Ballister é o grande e perigoso marquês de Dain, conhecido como lorde Belzebu: um homem com quem nenhuma dama respeitável deseja qualquer tipo de compromisso. Rejeitado pelo pai e humilhado pelos colegas de escola, ele nunca fez sucesso com as mulheres. E, a bem da verdade, está determinado a continuar desfrutando de sua vida depravada e pecadora, livre dos olhares traiçoeiros da conservadora sociedade parisiense. Até que um dia ele conhece Jessica Trent... Acostumado à repulsa das pessoas, Dain fica confuso ao deparar com aquela mulher tão independente e segura de si. Recém-chegada a Paris, sua única intenção é resgatar o irmão Bertie da má influência do arrogante lorde Belzebu. Liberal para sua época, Jessica não se deixa abater por escândalos e pelos tabus impostos pela sociedade – muito menos pela ameaça do diabo em pessoa. O que nenhum dos dois poderia imaginar é que esse encontro seria capaz de despertar em Dain sentimentos há muito esquecidos. Tampouco que a inteligência e a virilidade dele pudessem desviar Jessica de seu caminho. Agora, com ambas as reputações na boca dos fofoqueiros e nas mãos dos apostadores, os dois começam um jogo de gato e rato recheado de intrigas, equívocos, armadilhas, paixões e desejos ardentes.

O que dizer da autora Loretta Chase que acabei de conhecer e já quero ter como melhor amiga? Com uma narrativa escandalosamente envolvente Loretta Chase, escreveu um dos melhores romances históricos que li em minha vida até hoje. O Príncipe dos Canalhas é aquele livro que faz você virar a noite lendo, por que não aguenta esperar até o dia seguinte para saber o que vai acontecer. E sim, - fazia muito tempo que um livro não tinha esse efeito sobre mim ().

Quem olha o marquês de Dain, Sebastian Ballister, ou como é mais “carinhosamente” conhecido Lorde Belzebu, não é capaz de imaginar que por de traz de seus perigosos olhos escuros e da sua insuportável arrogância o passado sombrio que ele esconde. Dain está acostumado a usar todo o poder que seu nome e o dinheiro lhe dão para viver da forma mais depravada possível. E se isso deixar alguns corações partidos e inimigos pelo caminho não tem importância. Afinal, ele é Sebastian Ballister.

Quando chega à Paris determinada a livrar o seu irmão Bertie da influência pecaminosa e desastrosa do Lorde Belzebu, Jessica Trent está preparada para tudo. Com uma criação liberal para sua época, poucas coisas abalam o espírito livre e a astúcia da jovem. Por esse motivo nem mesmo a ameaça de enfrentar próprio “diabo” é forte o suficiente para fazer com que Jessica desista de resgatar o seu tolo irmão das terríveis garras de que Lorde Dain. Porém nenhum dos avisos que recebeu tinha preparado Jéssica para o que de fato encontrou na capital francesa. 

Dain é a mistura perfeita e perigosa de inteligência, sarcasmo e virilidade que ela nunca encontrou em nenhum de seus pretendentes. Já para Dain a sagacidade da jovem “solteirona” também foi uma surpresa e tanto. Pois entre tantas pessoas do mundo, Jessica foi a única pessoa que não demonstrou sentir nenhum tipo repulsa por ele. Ao contrário, desde que se encontraram pela primeira vez vida de ambos virou de ponta cabeça. Sentimentos há muito tempo esquecidos por Dain, e ainda desconhecidos por Jessica surgem. Sentimentos esses que podem ser fortes o bastante para mudar a vida de ambos para sempre.

De verdade eu podia resumir essa resenha em uma única frase: “Leiam esse livro, por que ele é maravilhoso!”.   A escrita de Loretta Chase é regada de diálogos inteligentes protagonizados por personagens incrivelmente fortes e cativantes. Tipo por mais que eles às vezes sejam um pouco teimosos, é impossível você não apaixonar pelos dois ().

Eu adorei a personalidade determinada da Jessica, por que ela é antítese de todas as heroínas que encontramos nas histórias românticas. Ela não precisa que nenhum príncipe a salve, e não está preocupada se seus modos são ou não os corretos para uma boa moça. Ela quer simplesmente viver a vida dela de acordo com os desejos do seu coração. Jessica não tem vergonha de dizer o que sente e nem de lutar por quem ela ama. E o Dain (...) o que falar de Lorde Belzebu (...). É apenas muito amor envolvido aqui leitores. Sério, não tenho palavras ().

Por mais clichê que a premissa dele se apresente, a autora consegue surpreender nos pequenos detalhes, que compõem a história. A narrativa da autora Loretta Chase é tão bem trabalhada, que O Príncipe dos Canalhas é aquele tipo de livro que a cada capítulo nos reserva uma reviravolta, uma emoção diferente.

“- Ele se inclinou. – Posso destruir a sua reputação em menos de trinta segundos. Em três minutos posso reduzi-la a pó. Nós dois sabemos, que sendo quem sou, não preciso me esforçar muito. (...) – Pois eu gostaria de vê-lo tentar – declarou ela.”

Com as doses perfeitas de sensualidade, aventura, mistério, drama e humor, O Príncipe dos Canalhas é um romance daqueles que aquece nossos corações e nos deixa com um sorriso bobo no rosto.  Simplesmente apaixonante e encantador ().

maio 15, 2015

A Bruxa da Noite por Nora Roberts

| Arquivado em: Resenhas.

Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788580413847
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2015
Número de páginas: 320
Classificação: Bom
Onde Comprar: Submarino.
Sinopse: Primos O'Dwyer - Livro 01.
Com pais indiferentes, Iona Sheehan cresceu ansiando por carinho e aceitação. Com a avó materna, descobriu onde encontrar as duas coisas: numa terra de florestas exuberantes, lagos deslumbrantes e lendas centenárias – a Irlanda. Mais precisamente no Condado de Mayo, onde o sangue e a magia de seus ancestrais atravessam gerações – e onde seu destino a espera. Iona chega à Irlanda sem nada além das orientações da avó, um otimismo sem fim e um talento inato para lidar com cavalos. Perto do encantador castelo onde ficará hospedada por uma semana, encontra a casa de seus primos Branna e Connor O’Dwyer, que a recebem de braços abertos em sua vida e em seu lar. Quando arruma emprego nos estábulos locais, Iona conhece o dono do lugar, Boyle McGrath. Uma mistura de caubói, pirata e cavaleiro tribal, ele reúne três de suas maiores fantasias num único pacote. Iona logo percebe que ali pode construir seu lar e ter a vida que sempre quis, mesmo que isso implique se apaixonar perdidamente pelo chefe. Mas as coisas não são tão perfeitas quanto parecem. Um antigo demônio que há muitos séculos ronda a família de Iona precisa ser derrotado. Agora parentes e amigos vão brigar uns com os outros – e uns pelos outros – para manter viva a chama da esperança e do amor.

S
empre fui grande fã dos livros da autora Nora Roberts, e toda vez que me pedem uma lista com meus autores favoritos o nome dela é presença certa. Em A Bruxa da Noite encontrei o cenário perfeito para uma história inesquecível. Mas embora essa possua uma narrativa fluida, por algum motivo que não consigo explicar direito, assim como em A Villa, terminei a leitura com aquela sensação não muito "doce" de faltou alguma coisa (...).

Todos nós em algum momento de nossas vidas sentimos a necessidade de uma grande mudança. E foi movida por esse desejo que Iona Sheehan, resolveu deixar tudo para traz nos Estados Unidos, em busca de um lugar para chamar de seu na distante Irlanda.  Ao chegar ao condado de Mayo ela encontra com seus primos Branna e Connor O’Dwyer,  sem ao menos imaginar o quanto a sua vida estava prestes a mudar. 

Iona é apaixonada por cavalos. E seu talento nato em lidar com eles, acaba garantindo a ela o trabalho de seus sonhos, nos estábulos comandados por Fin e pelo irresistível Boyle McGrath. Ao lado de seus familiares e com a amizade de Meara, Iona finalmente encontra aquilo que desejou a vida toda, - um lar e o amor verdadeiro nos braços de Boyle. Porém, assim como seus primos Iona é uma bruxa e agora que os três descendentes de Sorcha a primeira Bruxa da Noite estão finalmente reunidos, Cabhan um terrível bruxo das trevas não mediará esforços para destrui-los.  Iona precisará correr contra o tempo para aprender controlar e usar o seu poder com Branna e Connor antes que a grande batalha entre o bem e o mal se inicie. 

Não vou negar que me encantei com a narrativa cheia de pequenos detalhes e que deixaram a história mais envolvente. Simplesmente adoro essa mistura de romance e magia, e nesse livro a magia presente é tão antiga e forte que chega a ser palpável durante a leitura. E talvez seja justamente por esse motivo, que em minha opinião o romance aqui acabe não se destacando tanto. Nora Roberts consegue como ninguém criar casais inesquecíveis, daqueles que nos deixam apaixonados antes mesmos deles se apaixonarem. Só que nesse livro o casal principal chega a ficar completamente “apagado”, quando olhamos para a história como um todo.

Ok! Confesso que não consegui sentir em nenhum momento empatia pela Iona, e se for para ser mais sincera ainda admito que em diversas situações as atitudes dela me incomodaram muito. Não estou sendo insensível e entendo que ela não teve uma criação muito “amorosa” e tudo mais. E sim, ela consegue dar a “volta por cima” e melhorar, mas a essa altura eu já tinha pegado birra dela então (...).  O Boyle também não chega a ser um mocinho dos mais cativantes, o que faz com que os dois juntos formem um casal um tanto “sem emoção”. Eu juro que tentei focar na Iona e no Boyle como o “casal da vez”. Mas, infelizmente os outros personagens acabavam chamando mais a minha atenção em especial o Fin e o Connor (). Sorry Ionyle.

Tipo, não é que eu não tenha gostado da história. Achei o plano de fundo e os elementos presentes maravilhosos. Mas, algumas características tão marcantes dos livros mais antigos da autora não estão presentes aqui. A Bruxa da Noite possui uma ótima premissa, bons personagens e um enredo cheio de mistérios e magia, só que faltou alguma coisa (...). Gostei, porém queria ter gostado mais. Queria ter me surpreendido mais, ou que pelo menos o clichê esperado fosse aquele que aquece o nosso coração. Porém, não foi dessa vez (...).

“- Acho que você está errada. Acho que deveria ser a coisa mais difícil que há, porque aí não seria tão facilmente dado, tirado ou apenas perdido.”

A Bruxa da Noite funciona bem com um livro introdutório para a série Primos O'Dwyer, pois nos apresenta uma boa perspectiva do que virá pela frente. E apesar de não ser um dos melhores livros da autora, ainda sim consegue nos deixar curiosos pelo que está por vir.  Afinal, temos as histórias do Connor e do Fin para conhecer e um vilão para derrotar.  Fica a dica!

maio 08, 2015

Para Sir Phillip, Com Amor por Julia Quinn.

| Arquivado em: Resenhas.

Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788580413625
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2015
Número de páginas: 288
Classificação: Ótimo
Sinopse: Os Bridgertons 05. Eloise Bridgerton é uma jovem simpática e extrovertida, cuja forma preferida de comunicação sempre foram as cartas, nas quais sua personalidade se torna ainda mais cativante. Quando uma prima distante morre, ela decide escrever para o viúvo e oferecer as condolências. Ao ser surpreendido por um gesto tão amável vindo de uma desconhecida, Sir Phillip resolve retribuir a atenção e responder. Assim, os dois começam uma instigante troca de correspondências. Ele logo descobre que Eloise, além de uma solteirona que nunca encontrou o par perfeito, é uma confidente de rara inteligência. E ela fica sabendo que Sir Phillip é um cavalheiro honrado que quer encontrar uma esposa para ajudá-lo na criação de seus dois filhos órfãos. Após alguns meses, uma das cartas traz uma proposta peculiar: o que Eloise acharia de passar uma temporada com Sir Phillip para os dois se conhecerem melhor e, caso se deem bem, pensarem em se casar? Ela aceita o convite, mas em pouco tempo eles se dão conta de que, ao vivo, não são bem como imaginaram. Ela é voluntariosa e não para de falar, e ele é temperamental e rude, com um comportamento bem diferente dos homens da alta sociedade londrina. Apesar disso, nos raros momentos em que Eloise fecha a boca, Phillip só pensa em beijá-la. E cada vez que ele sorri, o resto do mundo desaparece e ela só quer se jogar em seus braços. Agora os dois precisam descobrir se, mesmo com todas as suas imperfeições, foram feitos um para o outro

D
esde que li o primeiro livro da série Os Bridgertons, me encantei pela narrativa leve e divertida da Julia Quinn. Por esse motivo, acho que não é segredo para ninguém que os livros da autora sempre estão na minha lista de desejados. E mesmo que a espera entre um livro e outro seja digamos um pouco “longa”, ela acaba sendo recompensada com lindas e apaixonantes histórias. E claro que Para Sir Phillip, Com Amor não foi diferente.

A jovem Eloise não era apenas conhecida pela sociedade londrina por ser uma Bridgerton, e sim pela quantidade de boas propostas de casamento que recusou. Mas, algo que poucas pessoas sabem é que Eloise Bridgerton adora se comunicar através de cartas. E graças a esse seu curioso “passatempo” ela acaba conhecendo Sir Phillip, o jovem viúvo de uma prima distante.  Para Eloise ser uma “solteirona” nunca foi um problema, até a sua melhor amiga Penelope Featherington ficar noiva do seu irmão Colin.

Eloise estava feliz por Penelope e Colin, mas ao mesmo tempo ela não conseguia evitar o sentimento que a partir de agora tudo na sua vida seria diferente. Por esse motivo ela aceita o inesperado convite de Sir Phillip para que os dois se conhecerem melhor. Eloise então parte em direção ao próprio destino deixando apenas um bilhete para a família.

A primeira vista a decisão impulsiva tem tudo para dar errado, pois pessoalmente ambos são muito diferentes do que as cartas deixavam passar. E para completar Sir Phillip tem dois filhos pequenos e indisciplinados, que estão dispostos a fazer com que Eloise vá embora o mais rápido possível.  Porém, mesmo com toda a confusão que a chegada da jovem Bridgerton traz a já tumultuada vida de Sir Phillip, uma forte atração nasce entre os dois. Provando que o amor surge quando menos esperamos.

Julia Quinn construiu uma narrativa harmoniosa, com personagens cativantes em um cenário encantador. Adorei a personalidade forte e determinada da Eloise. Afinal em uma época na qual as mulheres tinham que ficar esperando o “príncipe encantado”, ela fugiu de todas as regras e foi em busca da sua felicidade. Já Philip apesar do jeito mais reservado é aquele típico personagem que vai se revelando aos poucos no decorrer da trama. E são justamente as diferenças de personalidade entre os dois, que fazem com que Eloise de Philip sejam tão perfeitos juntos.  

Mesmo Para Sir Phillip, Com Amor possuindo todos os ingredientes de um típico romance clichê, alguns elementos que a autora colocou deixaram o enredo mais maduro. Sempre gosto de narrativas que tenham uma estrutura em que a história não fique tão “centralizada” no casal. Por esse motivo me agradou muito à presença dos filhos do Philip.  E apesar de Oliver e a Amanda serem um tanto “traquinas”, os irmãos ajudaram a dar um toque muito especial a história. Sério me apaixonei por eles ().

Outro ponto alto foi à participação do clã masculino da família (Anthony, Benedict, Colin e Gregory). Principalmente por que pude matar um pouco as saudades do meu casal favorito, Sophie e Benedict. Muito amor esses dois viu (). Colin também é muito amor e o Anthony, - bem continua o velho, bom e adorável Anthony Bridgerton. E o que falar do Gregory? Acho que esse personagem promete gente *-*.

O grande problema agora vai ser esperar pelo próximo livro da série, até por que depois de cinco livros já me sinto como parte da família Bridgerton. Afinal é impossível não se sentir cativada com essa família após a leitura dos livros da Julia Quinn. De verdade uma das melhores séries que acompanho no momento ().

“Eu não poderia escolher um dia só. Qualquer dia com você é perfeito (...). Qualquer um.”

Para Sir Phillip, Com Amor é um daqueles livros que aquecem nosso coração.  Delicado, doce e leve. Recomendo!

Veja Mais.
O Duque e Eu.
O Visconde que me Amava.
Um Perfeito Cavalheiro.
Os Segredos de Colin Bridgerton.

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