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outubro 06, 2019

Precisamos girar a chave

| Arquivado em: CRÔNICAS & POESIAS

imagem: Pixabay

Esses dias eu ouvi a seguinte frase: “Às vezes é preciso girar a chave”.  E por mais enigmática que até mesmo sem sentido que essa frase possa parecer em um primeiro momento, ela me deu um estalo. Ela me fez perceber o quanto, temos a tendência de continuar apegados às situações que vivemos, sejam elas boas ou não.

Sem perceber passamos os nossos dias comparando o hoje com o ontem e esperando, que o amanhã seja melhor. A ironia de tudo isso é que, ontem não estávamos felizes com o que tínhamos. Hoje não estamos felizes com o que temos. E o amanhã? Provavelmente será uma contínua busca pela felicidade que insistimos em buscar do lado de fora e não dentro de nós.

Acreditamos que para ser feliz precisamos de uma vida perfeita. Relacionamento perfeito, trabalho perfeito, amizades perfeitas (...). Crescemos idealizando os contos de fadas, mas o problema é que nunca sabemos o que acontece depois do: “Então foram felizes para sempre”. Essa perfeição que esperamos da vida, do outro é inalcançável, afinal todos somos falhos e imperfeitos.

Assim passamos nossos dias, em parte com a mente no que se foi e em parte no que será, quando, na verdade, o que realmente temos é o hoje, o agora. Por mais que passado tenha trazido coisas boas, deixe ele para trás. Se ele trouxe desafios, também deixe ele para trás. Guarde com você somente aquilo que aprendeu, as experiências pelas quais passou e tudo que te tornou mais forte. O mais deixe para trás.

Precisamos parar de comprar a nossa vida atual com aquela que tínhamos e girar a chave para se dar o direito de recomeçar. Deixar de comparar quem fomos ontem e quem queremos ser amanhã para simplesmente ser a melhor versão de nós mesmos, hoje. Pois, é só o agora que temos, e a felicidade está presente nas coisas mais simples de nosso cotidiano e principalmente dentro de nós.

Estamos preparados para girar a chave e ter o melhor dia de nossas vidas, hoje?

setembro 25, 2019

#naplaylist – Xau Preguiça

| Arquivado em: MÚSICAS.

Olá só quem resolveu dar o ar da graça aqui no blog. Sim a coluna #naplaylist! E como vocês puderam perceber, hoje vamos dar um chega para lá na preguiça. Até, por que confesso que o dia da semana que tenho mais dificuldade de sair da minha cama pela manhã é justamente quarta-feira.

imagem: Shutterstock
Essa playlist é um pouco diferente das que eu costumava a compartilhar no blog com vocês. Além de ter uma quantidade bem maior de músicas, ela é uma lista em constante atualização. Ou seja, conforme eu vou descobrindo novas músicas, a mesma será atualizada.

Resolvi adotar esse novo formato, porque muitas pessoas vieram me falar que as minhas plays eram muito curtas. E acredito que atualizando regularmente a lista de músicas vai meio que deixar a playlist sempre com cara de nova. ()

| naplaylist

Pelas músicas que listei, acho que dá para ter uma ideia que eu busquei mesclar um pouco do pop e do kpop aqui. Ao total essa playlist conta com duas horas e vinte minutos. Isso quer dizer que são quarenta músicas para ajudar eu, você, todo mundo a espantar a preguiça a qualquer hora do dia. 

Vocês podem ouvi-la também durante a faxina. Organizar a minha estante fica mais bem "divertido" com ela de trilha sonora. 

Fica a dica e até o próximo post!

setembro 18, 2019

Meu Outro Lado #01 - A Dra. Chaveirinho

| Arquivado em: CAFÉ LITERÁRIO.

Nada como um projeto novo para deixar a nossa vida mais animada, não é mesmo? E hoje trago para vocês o primeiro post do projeto, Meu Outro Lado. Criado pelos blogs: Eu Insisto, Poesia na Alma, Tudo o que Motiva e o My Dear Library, o Meu Outro Lado é um projeto de postagem coletiva que tem como principalmente objetivo mostrar um lado mais humano de nós blogueiros. Aquele lado, que fica mais no offline e que até então não tinha muito espaço para ser pauta nesta nossa linda e maravilhosa blogosfera. 

E para começar com o pé direto o projeto aqui no blog, escolhi compartilhar com vocês um pouco do meu trabalho voluntário na ONG, Cia Anjos da Alegria.

imagem: Cia Anjos da Alegria.
Sei que parece clichê, mas realmente acredito que todos nós precisamos ter um propósito de vida. Em tempos sombrios, onde parece que as pessoas simplesmente se esqueceram do que é ter empatia, poder levar um pouco de amor, luz e alegria para quem mais precisa foi o que motivou a ser voluntária.

Fundada em 2006 a Cia Anjos da Alegria, realiza visitas em vários hospitais de Sorocaba e região, além de UPHs, entidades assistenciais, asilos e entre outros. Em dezembro vai fazer três anos que participo da ONG e posso garantir para vocês que, os meus melhores domingos são aqueles que coloco meu nariz vermelho e me transformo na Dra. Chaveirinho.

imagem: Cia Anjos da Alegria.
Ser voluntária é um aprendizado constante. É sair da sua zona de conforto, da bolha em que vivemos e olhar de verdade para o nosso próximo. Quando você vê uma pessoa no hospital lutando pela vida, se dá conta de como seus problemas são pequenos e insignificantes. Quando você vê no olhar de um idoso o quanto ele está feliz por receber uma visita, se dá conta de como a família é importante em nossas vidas. Ser voluntária me mostrou que de fato, não somos autossuficientes como na maioria das vezes gostamos de pensar.

São duas horas do mês, apenas duas horas. Porém, no decorrer desses anos elas contribuíram para que eu me tornasse uma pessoa melhor. Menos egoísta e apegada, mais consciente e grata. A cada história que escuto, a cada abraço que recebo me sinto abençoada por tudo o que tenho.

imagem: Cia Anjos da Alegria.
Há um ano sou voluntária fixa na Vila dos Velhinhos, e eu recebo tanto mais tanto amor quando vou lá, que meu coração volta transbordando para casa.

Como fui criada longe de meus avós é como se cada idoso (a) com quem converso na Vila, acabasse meio que se tornando minha avó ou avô "postiço". É uma verdadeira festa quando tocamos uma boa e velha moda de viola e eles cantam e dançam junto conosco. Me divirto com os bingos e aprendo muito com suas histórias.

imagem: Cia Anjos da Alegria.
Entrar para a Cia Anjos da Alegria, foi a forma que encontrei para seguir o meu propósito e assim tentar nem que seja um pouquinho, fazer a diferença no meio onde vivo. Doar meu tempo e principalmente meu amor ao próximo, me traz felicidade e deixa meu coração quentinho em paz. E se vocês pararem para pensar, cada um de nós pode ajudar a transformar o mundo de alguma forma. Só é preciso dar o primeiro passo.

Espero que vocês tenham gostado, desse primeiro post do projeto Meu Outro Lado e principalmente, que de algum modo ele tenha inspirado vocês a participar de algum voluntariado em sua cidade. Agora se você já é voluntário, compartilha aqui nos comentários a sua experiência.

Vamos espalhar amor, luz e alegria pelo mundo? Juntos somos mais fortes!



setembro 11, 2019

Enigma

| Arquivado em: CRÔNICAS & POESIAS

imagem: Shutterstock

Você diz não entender como se apaixonou por alguém que vive tão fora da realidade. Com a mente que está sempre nas nuvens, ou em algum lugar acima delas.

E enquanto o vejo andando de um lado para o outro, enumerando todas as razões porque não combinamos me pergunto: Como você não percebe...

Que a minha alma é poesia.
Que meus passos seguem seu ritmo próprio, minha melodia.
Que não preciso de dados, ou fatos para explicar meus sentimentos. Eu apenas sinto.
Eu apenas sinto ...

Você tenta encontrar uma explicação racional para tudo. Eu apenas vejo a beleza da vida em cada pequeno detalhe que você ignora, pois seus passos são sempre apressados.

Em sua corrida contra o tempo, você não percebe...

Como fica lindo ao sorrir.
Que seus olhos brilham quando não está tentando entender, os seus e os meus sentimentos.
Quando abaixa todas as suas defesas e apenas sente.

Apenas sinta meu coração bater no mesmo ritmo do seu coração.
Sem razões, explicações, porquês ou enigmas para serem decifrados.
Apenas sinta.

E deixe que a minha poesia o abrace.
Sinta em cada toque o meu ritmo e minha melodia.
E perceba que, amor é um belo enigma que a sua lógica perfeita nunca vai conseguir decifrar. 

texto escrito por: Ariane Gisele Reis.  ©  Todos os Direitos Reservados.

setembro 04, 2019

Vergonha por Brittainy C. Cherry

| Arquivado em: RESENHAS.

A expressão: “Nunca julgue um livro pela capa”, é bem aplicada quando o assunto é o último romance da Brittainy C. Cherry publicado no Brasil, pela editora Record. Vergonha possui uma estrutura narrativa já bastante conhecida para os leitores da autora, porém confesso que assim como a aconteceu em No Ritmo do Amor, fiquei novamente com a sensação que a Brittainy acabou “pecando” um pouco pelo excesso. 

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.

ISBN: 9788501302854
Editora: Record
Ano de Lançamento: 2019
Número de páginas: 420
Classificação: Muito bom
Sinopse: Um amor inesperado que surge de forma inusitada e arrebata a vida de Grace Harris. Grace Harris está perdida e sozinha em sua casa em Atlanta depois que o homem que ela pensou que ficaria a seu lado pelo resto da vida traiu sua confiança, partiu seu coração e saiu de casa, deixando seu casamento em suspenso. Grace resolve, então, passar o verão com a família em Chester, sua cidade natal, para respirar, dar um tempo de tudo. Sua vida está uma bagunça e o que ela precisa no momento é de um pouco de gentileza e compaixão. Por incrível que pareça, Grace encontra isso na pessoa mais improvável de todas: Jackson Emery, a ovelha negra da cidade. Conhecido como a erva daninha de Chester, ele é sinônimo de encrenca, e não faz nada para mudar essa imagem. Tendo perdido na infância o que havia de mais valioso na vida, Jackson se tornou um homem amargurado e não dá a mínima para o que pensam dele. Os caminhos de Grace e Jackson acabam se cruzando de um jeito inusitado e a tristeza profunda que carregam atrai os dois como ímã. Ambos sabem que não foram feitos um para o outro, mas, como tudo vai acabar mesmo com o fim do verão, resolvem deixar rolar e se entregar a uma diversão passageira. Porém, o que Grace não imaginava é que seu coração, já destroçado, seria obrigado a aprender que certos relacionamentos são capazes de causar dores muito profundas, e que é sempre preciso fazer uma escolha.

Pela sinopse fica claro que aqui vamos encontrar aquela velha história clichê, em que a boa moça se envolve com o bad boy da cidade e os dois acabam se apaixonando perdidamente. E por mais batida que essa fórmula possa parecer, ela continua funcionando bem, uma vez que é impossível durante a leitura de Vergonha não torcer por um: “E foram felizes para sempre” de Grace e Jackson.

Grace é o retrato da aparente perfeição. Ela é a boa filha, a boa esposa, tudo em sua vida é previsível e "perfeito", até que ela descobre que o seu marido é infiel. Sozinha e de coração partido, ela resolve voltar para sua cidade natal e passar o verão com a família e assim ter tempo para se curar e decidir qual será o rumo de sua história, agora que ela não tem mais o “homem da sua vida” ao seu lado.

Jackson é o total oposto de Grace. O jovem e seu pai são vistos como párias da pequena cidade. Aquelas pessoas que todo mundo quer que fique a quilômetros de distância de suas vidas de comercial de margarina. Só que por detrás de todo o comportamento hostil de Jackson existe um passado doloroso, que vamos descobrindo no decorrer da narrativa. Assim como, o que levou o seu pai a atual situação em que vive.

Quando Grace e Jackson se encontram ambos sabem que não tem nada em comum. Mas de alguma forma, a tristeza e a desilusão que os dois carregam em seus corações os tornam perfeitos um para o outro. Porém, é claro que essa união não será bem vista por muitas pessoas, especialmente por Loretta, a mãe de Grace. E quando os segredos sombrios são revelados, Grace e Jackson precisam decidir entre o passado que os maltratou ou o futuro que pode os curar.

Indo direto ao ponto o que mais me incomodou em Vergonha é o fato dos personagens serem terrivelmente estereotipados. A Grace é “boazinha” demais, enquanto o Jackson é "cruel" demais. E por mais que a autora busque justificar o jeito: “Não estou nem aí para o que pensam de mim” do protagonista, em muitos momentos a agressividade dele não é justificada. E antes que vocês me achem uma insensível, admito que meu coração em vários momentos ficou em pedaços pela criança que o Jackson foi e pelo adulto que ele acabou se tornando. Só que de verdade, eu não consigo entender o fato de um pessoa tratar mal, alguém que está apenas tentando ajudá-lo.

Esse exagero na caracterização dos personagens não ficou só no protagonistas, já que Loretta por exemplo, lembra aquelas vilãs amarguradas de novela mexicana. E tal como o Jackson, ela também tem seus motivos para ser assim. A Brittainy foi bem o oito ou oitenta. Se um personagem é “bom”, ele é altruísta demais e se ele é “mal”, ele será mesquinho demais. O único parênteses sobre isso que eu abro aqui é em relação ao Mike, pai do Jackson. Acho que a apesar de não ter se aprofundado tanto na questão do alcoolismo, a autora consegue passar um panorama geral do estrago que essa doença causa da vida da pessoa e de todos que estão a sua volta.

Só que mesmo com as minhas ressalvas, Vergonha foi uma leitura que prendeu a minha atenção do começo ao fim. A autora soube como fazer críticas pertinentes a uma sociedade que se esconde atrás da máscara do politicamente correto. O que muitos podem considerar como “hipocrisia religiosa”, ao meu ver soou mais como um lembrete que a realidade, especialmente dentro do meio familiar é muitas vezes bem diferente daquela que nós enxergamos do lado de fora.  E por isso não devemos atirar pedras no telhado do vizinho, afinal o nosso telhado também é de vidro.

Confesso que o final não me surpreendeu tanto assim, pois conforme a narrativa avança e os fatos do passado vão sendo revelados, meio que já dá para ter uma noção da direção que a autora vai seguir. Ou seja, foi previsível não de um jeito ruim, apenas não causou o efeito surpresa que talvez a Brittainy esperava causar quando teceu o enredo.

“O amor de verdade significava uma compreensão mútua. Um respeito pelos sonhos, pela esperança, pelos desejos e pelos medos.”

Mesmo que a narrativa de Vergonha, tenha se mostrado envolvente, confesso que infelizmente não consegui me sentir arrebatada pela história. Li diversas resenhas em que as pessoas enaltecem a obra e além de achar essa diversidade de opiniões algo positivo, é muito legal ver como cada leitor vivencia e tem suas próprias impressões sobre o livro. A escrita da Brittainy C. Cherry é fluida e possui uma beleza muito singela, porém o fato de eu não ter criado uma forte conexão com os protagonistas pelos motivos que citei acima, fez com que no geral a história não me cativasse tanto.

Claro, que ao final me vi com sorriso bobo no rosto por Grace e Jackson terem curado seus corações através do amor. O ponto é que eu esperava um toque a mais de leveza e romance aqui e não uma carga dramática tão forte. Talvez, essa que vos escreve tenha lido Vergonha, na época “errada” de sua vida.  E antes que eu me esqueça, o Tuck é o melhor personagem.

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