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junho 15, 2014

A Filha do Sangue por Anne Bishop


ISBN: 9788567296104
Editora: Saída de Emergência.
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 432
Classificação: Regular
Onde Comprar: Livraria Cultura, Submarino

Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.







Sinopse: As Joias Negras - Livro 01
O Reino Distorcido se prepara para o cumprimento de uma antiga profecia: a chegada de uma nova Rainha, a Feiticeira que tem mais poder que o próprio Senhor do Inferno. Mas ela ainda é jovem, e por isso pode ser influenciada e corrompida. Quem a controlar terá domínio sobre o mundo. Três homens poderosos, inimigos viscerais - sabem disso. Saetan, Lucivar e Daemon logo percebem o poder que se esconde por trás dos olhos azuis daquela menina inocente. Assim começa um jogo cruel, de política e intriga, magia e traição, no qual as armas são o ódio e o amor. E cujo preço pode ser terrível e inimaginável.


Mesmo após ter lido várias opiniões não “muito positivas” de A Filha do Sangue, resolvi dar uma chance ao livro e conferir por mim mesma do que realmente se tratava a história, já que a sinopse é bastante interessante. Porém confesso a vocês que, ainda não sei ao certo como me sinto em relação ao que li.  Na verdade eu não sei nem como começar a escrever essa resenha, (...) mas vamos lá.

O Reino Distorcido é um lugar sombrio e subdividido em três pequenos reinos; Terreille, Inferno e Kaeleer.  Nele habita diversas raças diferentes, incluindo mestiços que vivem a margem da sociedade, em que os mais poderosos são os “Sangue”. São eles que possuem o poder máximo entre todas as criaturas, supremacia essa que depende da cor da joia do poder que esse ser usa, sendo a branca mais fraca e negra a mais poderosa.

Com uma hierarquia bem definida, para que todos saibam exatamente qual é o seu lugar, os Sangues são divididos em ”Machos de Sangue”, “Príncipes dos Senhores de Guerra”, “Fêmea de Sangue” e a “Rainha”. O resto da população é composta pelos plebeus. A base da sociedade do Reino Distorcido é matriarcal, ou seja, não importa o quão forte e poderoso seja o “macho”, a sua principal função é satisfazer todos os desejos da “fêmea”, mais precisamente a Rainha. 

Os Sangues servem as trevas e suas principais funções são de proteger e defender o reino, porém como o passar do tempo e por conta do poder das joias, eles se tornaram arrogantes e brutais. A atual rainha Dorothea controla tudo e a todos com punhos de ferro e é terrivelmente cruel com quem se coloca em seu caminho. Mas, há anos Reino Distorcido espera pelo cumprimento de uma profecia. Essa profecia diz que uma nova Rainha, a Feiticeira o ser mais poderoso de todos está a caminho. Só que quando essa feiticeira tão poderosa finalmente chega, ela é jovem e ingênua demais para entender quem ela é e qual o seu papel nessa sociedade. 

Para ajudar a pequena Jaenelle Angelline a desenvolver todo o seu poder foi pedido, a Saetan Daemon SaDiablo, o Senhor Supremo do Inferno para ser o tutor e protetor de Jaenelle. Porém ele não contava que sua protegida ia acabar despertando a atenção e o afeto em seus dois filhos, Daemon Sadi e Lucivar Yaslana. Agora esses três seres poderosos, passam a viver e a servir de alguma forma a “criança feiticeira”, em um relacionamento cheio de intrigas, amor e perversidade. Poderá a Jaenelle sobreviver a todos os obstáculos que o caminho lhe reserva, sem se deixar corromper também?

Se vocês estão achando a história toda um pouco confusa, não se sintam os únicos. Eu mesma demorei um pouco para entender com a história era estruturada (e acho que ainda não entendi lá muito bem).  A escrita da autora Anne Bishop é interessante, mas eu tive muita dificuldade de visualizar os lugares relatados e dar “forma” aos personagens, que infelizmente não conseguem ser carismáticos e assim como toda a história, também são um tanto confusos.

O Daemon que tinha tudo para ser um personagem marcante é apático e superficial. Tudo bem que ele coloca um pouco de ação na história, mas é perceptível que ele tem mais potencial como personagem do que mostrado nesse primeiro livro da série.  Só que do Daemon eu ainda consigo relevar algumas atitudes infantis, afinal ele é um “menino rebelde” usado e abusado pela Rainha e suas súditas.  Mas, o Saentan “todo poderoso” do Inferno, que deveria ser o personagem mais forte, mais decidido, tipo “o cara” da história, se comportar de uma forma tão submissa e dependente perante a uma criança, foi demais para mim. A Jaenelle fazia o que bem entendia com ele, e tudo bem (...). Não de verdade, não está tudo bem, e isso não da aceitar. E até mesmo a Jaenelle que deveria ser centro da narrativa não tem de fato uma participação “expressiva” na história, enquanto o Lucivar (...) bem é melhor deixar quieto.

É triste, mas confesso que nenhum dos personagens conseguiu me cativar. Eu tentei gostar deles, tentei entender eles, mas não deu e isso tornou a leitura um pouco lenta e cansativa em alguns momentos. Tipo, apesar de ser uma história muito bem escrita (até por que se não fosse eu não leria até o final), A Filha de Sangue é um livro muito pesado e tudo nele é muito obscuro, amarrado e cheio de detalhes desnecessários. Totalmente desnecessários, diga-se de passagem. A autora ainda tentou dar um toque de erotismo a trama, porém ela foi um tanto infeliz no modo como explorou isso, ao mesmo em meu ponto de vista. Pois, o que era para ser o “algo a mais” do enredo só tornou tudo ainda mais estranho, chocante e “bizarro”.

"Há algumas perguntas que não devem ser feitas até que uma pessoa tenha maturidade suficiente para apreciar as respostas".

Enfim, não consegui curtir a leitura tanto como eu gostaria, mas recomendo a leitura de A Filha do Sangue para quem gosta de fantasias mais adultas e que tenha um estômago forte. Sim, por que aqui você vai precisar.

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