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março 17, 2013

O Nome do Vento por Patrick Rothfuss

O Nome do Vento por Patrick Rothfuss.

• ISBN: 9788599296493
• Editora: Sextante
• Ano: 2009
• Número de páginas: 656
• Classificação: 3 estrelas
Onde Comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa, Submarino - Compare os Preços


Sinopse: A Crônica do Matador do Rei - Primeiro Dia.

Ninguém sabe ao certo quem é o herói ou o vilão desse fascinante universo criado por Patrick Rothfuss. Na realidade, essas duas figuras se concentram em Kote, um homem enigmático que se esconde sob a identidade de proprietário da hospedaria Marco do Percurso. Da infância numa trupe de artistas itinerantes, passando pelos anos vividos numa cidade hostil e pelo esforço para ingressar na escola de magia, O nome do vento acompanha a trajetória de Kote e as duas forças que movem sua vida: o desejo de aprender o mistério por trás da arte de nomear as coisas e a necessidade de reunir informações sobre o Chandriano - os lendários demônios que assassinaram sua família no passado

Pensei que esse momento ia tardar um pouco para acontecer em 2013, mas em fim a primeira resenha “complicada” do ano chegou. Não é segredo para ninguém que um dos meus gêneros literários favoritos é fantasia, motivo pelo qual O Nome de Vento deveria estar na lista dos meus livros favoritos, só que infelizmente ele não está. O livro não é todo ruim, porém deixou muito a desejar quando comparado a tudo que li e ouvi sobre ele.  Sinto em informar que essa não será mais uma resenha apaixonada tecendo inúmeros elogios ao autor e sua obra, mas será uma resenha sincera, onde procurarei passar o meu ponto de vista em relação ao que li.

O personagem central da história é Kvothe, o dono da hospedaria Marco do Percurso que esconde através de sua personalidade enigmática um passado sombrio e cheio de sofrimentos.  Vamos desvendando sua história através da narrativa que ele mesmo faz de sua vida a Devan Lochees, o Cronista e ao seu aprendiz Bast, que em minha opinião é um dos melhores personagens do livro. Em um primeiro momento, Kvothe tinha tudo para ser um personagem emocionante que me cativaria a cada página, mas não foi bem assim. Claro que eu me emocionei com todo o sofrimento e obstáculos pelo qual ele passa. Cheguei a torcer para que ele superasse tudo isso, porém em um determinado ponto da história algumas situações ficaram tão forçadas e sem lógica que sinceramente eu ficava sem entender por que ele agia daquela forma.

O autor reforçar tanto a “perfeição” de Kvothe que alguns trechos me pareceram incoerentes e totalmente fora de contexto. Um exemplo, desse exagero em criar essa imagem de herói para Kvothe por parte do autor é que mesmo o próprio personagem reforçando várias vezes que era um garoto órfão e sem nada, o comportamento dele demonstra uma arrogância que não coincide com o estigma de “pobre menino” excessivamente repetido ao longo de todo o livro.

Para começar Kvothe, mal chega à Universidade e faz questão de criar inimizade não apenas com um dos professores, mas como também com o aluno mais influente e perigoso do local. E tudo isso para quê? Porque Kvothe é simplesmente bom demais para baixar a cabeça para eles.  Além do mais esse “brilhantismo” todo e a forma como que o protagonista resolvia e se safava de algumas situações eram “milagrosas” e heroicas demais se levarmos em conta que no período em que a sua história está sendo narrada, ele só tem quinze anos.

O Nome do Vento é um bom livro para quem busca uma história com um pouco de aventura e mistério. É visível e louvável o esforço de Patrick Rothfuss ao criar todo um cenário fantástico com costumes, línguas e simbologias específicas. O livro é riquíssimo em descrições tanto dos cenários como dos personagens, o grande problema disso é que me pareceu que o autor preocupou-se mais em descrever o ambiente e seus elementos do que com o desenvolvimento da história em si.

A narrativa tem diversas paradas e mudanças bruscas o que fez com que o meu ritmo de leitura oscila-se entre o devagar quase parando e tão rápido quando a velocidade da luz.  Confesso que o me segurou e fez como que eu lesse o livro até o fim, foi a minha curiosidade em relação ao Chandriano e os Amyrs, porém mesmo eles sendo o que fato sustentam toda essa a aura de mistério e fantasia da história, pelo menos nesse primeiro livro não passaram de citações ocasionais que tem como intenção prender a atenção do leitor. Algo que pelo menos comigo deu certo.

Sinceramente eu não estou tão animada para ler a continuação da trilogia como eu esperava ficar após ler esse livro. Na verdade eu estou triste por não ter conseguido gostar tanto da história como todo mundo gosta. Talvez em outro momento eu possa até reler O Nome do Vento como uma forma de tentar mudar minha opinião sobre a obra e acabar me apaixonando pelo livro, porém agora a sensação que eu tenho é que foi um pouco de enrolação demais para desenvolvimento de menos.

Possui uma premissa boa com uma trama bem estruturada e interessante, porém como livro de fantasia é fraco e pouco convincente.

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