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outubro 29, 2015

O Diário de Rywka por Rywka Lipszyc

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788565765671
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2015
Número de páginas: 216
Classificação: Bom
Onde Comprar: Submarino.
Sinopse: Diário comovente de uma jovem judia em edição enriquecida com textos que ajudam a compreender um dos períodos mais sombrios da história da humanidade No final da Segunda Guerra Mundial, foi encontrado um diário perto das ruínas dos crematórios de Auschwitz-Birkenau. Este diário pertencia a Rywka Lipszyc, uma adolescente judia que viveu com sua família no gueto de Lodz, na Polônia. Seu relato só veio a público setenta anos depois, e logo se tornou um documento importante por registrar a vida dos judeus em Lodz — o medo constante da deportação, o trabalho forçado nas oficinas, a fome e a miséria. Mas, acima de tudo, os escritos de Rywka eram sua forma de resistir e de protestar, numa tentativa de dar sentido ao mundo ao seu redor.

Confesso que a historiadora que existe em mim, tem certo fascínio por histórias que se passam durante a Segunda Guerra Mundial. Por esse motivo assim que soube da existência de O Diário de Rywka, senti aquela necessidade imediata conhecer a história dessa jovem judia, que viveu no último gueto na Polônia a ser liquidado. Porém, talvez o meu excesso de expectativas tenha atrapalhado um pouco as coisas, pois logo nas primeiras páginas percebi que encontraria algo um pouco diferente daquilo que eu estava esperando.

Escrito entre outubro de 1943 a abril de 1944, o diário de Rywka Lipszyc narra desde acontecimentos cotidianos do gueto de Lodz, com também transmite através de seus relatos muitas vezes um tanto confusos todo o sofrimento pelo qual ela passava. Sofrimento esse que chegava a ser mais psicológico do que físico, pois mesmo tendo uma fé inabalável, o medo e a pressão do ambiente em que Rywka vivia eram constantes. Rywka encontrou na escrita uma maneira de expor suas reflexões sobre as pessoas e a vida. Escrever se transformou em uma necessidade para ela. Escrever era sua forma de organizar seus pensamentos deixando assim sua mente e seu coração mais leves.

Dividido em quatro partes, O Diário de Rywka funciona mais como um livro de História, do que como “leitura de final de semana”. O livro começa com uma breve introdução sobre a obra e a grande importância histórica que ela tem. Já na segunda parte temos o diário propriamente dito, enquanto na terceira conhecemos um pouco mais sobre o gueto de Lodz, e a sua dinâmica funcionamento antes e durante a guerra.  E por ultimo na quarta parte ficamos sabendo da intensa pesquisa realizada para descobrir o destino final de Rywka Lipszyc.

Esse foi sem sombra de duvidas  um dos livros mais complexos que li nos últimos tempos. Não apenas pela forma como seu conteúdo é dividido, mas pela quantidade de informação que se encontra nele. Ele é tão minuciosamente detalho que admito que em um determinando momento, esse “excesso” de informação tornou a leitura um pouco maçante.

Outro ponto que dificultou o meu envolvimento com a história, foi o próprio conteúdo do diário. A narrativa do diário de Rywka  é muito mais factual do que uma narrativa que transmite os sentimentos da autora. Em algumas partes ela até tenta passar para o papel o que está sentindo, porém a sensação que eu tive pelo menos, é que a Rywka se sentia um pouco culpada ao fazer isso. Culpa em expor o que ela sentia, culpa por expor as necessidades dela.

E apesar da história da Rywka ser comovente, eu não consegui criar uma conexão com ela.  Ao contrário do que aconteceu quando li, O Diário de Anne Frank e O Diário de Zlata em que não apenas criei empatia por suas autoras, como também me senti verdadeiramente envolvida com suas histórias.  Algo que infelizmente não aconteceu aqui.

28 de janeiro de 1944:
“Estou esperando que a guerra acabe. Ah, e essa esperança é trágica também!”.

O Diário de Rywka foi uma leitura interessante do ponto de vista histórico, mas do ponto de vista pessoal, foi uma história que não me cativou tanto como eu espera. Uma pena realmente (...).

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