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dezembro 19, 2016

Chapeuzinho Esfarrapado e Outros Contos Feministas do Folclore Mundial

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788555340208
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2016
Número de páginas: 248
Classificação: Muito Bom
Sinopse: Quem disse que as mulheres nos contos de fadas são sempre donzelas indefesas, esperando para ser salvas pelo príncipe encantado? Esta coletânea reúne narrativas folclóricas do mundo inteiro — do Peru à África do Sul, da Escócia ao Japão — em que as mulheres são as heroínas das histórias e vencem os desafios com esforço, coragem e muita inteligência. Este livro é para todo mundo que não se identifica com as princesas típicas dos contos de fadas. É para garotas e garotos, para que todos possam aprender que as maiores virtudes de um herói não são exclusivas a um só gênero. Enriquecida com textos de apoio e ilustrações modernas, esta edição é uma fonte inestimável de heroínas multiculturais — e indispensável para qualquer estante.

Como vocês sabem não tenho o costume de ler contos, porém volta e meia acabo dando uma chance a livros do estilo e me deparando com boas surpresas. A mais recente foi à leitura de o Chapeuzinho Esfarrapado e Outros Contos Feministas do Folclore Mundial. Lançada em 1978 pela The Feminist Press e organizada pela estudiosa em literatura medieval Ethel Johnston Phelps, essa coletânea reúne vinte e cinco contos folclóricos de todos os cantos do mundo.

Contos, lendas e fábulas fazem parte da história humana, afinal por muitos séculos eles eram o modo que as pessoas encontravam para explicar aquilo que para elas não tinha explicação. Porém não podemos negar que durante gerações as mulheres vêm sendo retratadas de forma “passiva” como princesas e donzelas frágeis e indefesas que ficam a espera de algo ou que alguém resolva seus problemas por elas. Mulheres que se apaixonam perdidamente pelo príncipe que a desperta com um beijo, ou que abandonam tudo o que é importante em sua vida por causa do “amor”.

Esse “Feliz para sempre”, que ao longo dos anos a literatura e os clássicos da Disney vêm nos apresentando, como algo que todo mundo deve almejar é tão distante da realidade em que vivemos que acredito que todo mundo, já deve ter se decepcionando quando descobriu que Contos de Fadas e a pessoa perfeita não existem na vida real.

Aqui encontramos personagens fortes que não ficam sentadas esperando pelo famoso príncipe encantado ou que uma fada madrinha apareça e salve o dia. Essas heroínas são astutas, corajosas e vão à luta pelo o que querem. Usando de sua inteligência e às vezes até mesmo de força bruta elas cuidam de suas famílias, salvam príncipes do perigo ou resolvem simplesmente não se casar.

É incrível como uma obra com histórias despretensiosas e curtas consegue ser tão riquíssima e atual. Chapeuzinho Esfarrapado não é um livro sobre o feminismo, embora o mesmo esteja presente no subtítulo. Ele é uma obra que nos mostra através de uma linguagem simples a importância da igualdade de gênero. Que tanto meninos e meninas são capazes de fazer coisas fantásticas. Ele quebra aquele estereótipo da donzela em apuros e do padrão de beleza perfeito. Em vinte cinco contos temos diversidade e representatividade tudo mostrado de uma forma tão modesta que deixa o livro ainda mais encantador.

Chapeuzinho Esfarrapado e Outros Contos Feministas do Folclore Mundial foi uma leitura que me surpreendeu da maneira mais positiva possível. E as ilustrações da Bárbara Malagoli deram um toque ainda mais especial ao livro. Gostaria de ter fotografado algumas para compor a resenha, mas infelizmente não tive tempo. Prometo que mostro lá no Instagram para vocês ().

Com prefácio escrito pela autora Gayle Forman, Chapeuzinho Esfarrapado e Outros Contos Feministas do Folclore Mundial é um livro indicado para toda família e que pelo menos em meu ponto de vista devia ser introduzido nas escolas também. Até por que quanto mais cedo nossos pequenos aprenderem que meninos e meninas são e tem direitos iguais, no futuro teremos uma sociedade que vai saber conviver em paz com as diferenças sem tanta intolerância. Recomendo!

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