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agosto 07, 2014

Fique onde Está e Então Corra por John Boyne

ISBN: 9788565765404
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 224
Classificação: Ótimo
Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.
Onde Comprar: Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Submarino - Compare os Preços.


Sinopse: Em meio às tragédias da Primeira Guerra Mundial, o amor é a única arma de um garoto para curar seu pai. Alfie Summerfield nunca se esqueceu de seu aniversário de cinco anos. Quase nenhum amigo dele pôde ir à festa, e os adultos pareciam preocupados — enquanto alguns tentavam se convencer de que tudo estaria resolvido antes do Natal, sua avó não parava de repetir que eles estavam todos perdidos. Alfie ainda não entendia direito o que estava acontecendo, mas a Primeira Guerra Mundial tinha acabado de começar. Seu pai logo se alistou para o combate, e depois de quatro longos anos Alfie já não recebia mais notícias de seu paradeiro. Até que um dia o garoto descobre uma pista indicando que talvez o pai estivesse mais perto do que ele imaginava. Determinado, Alfie mobilizará todas suas forças para trazê-lo de volta para casa.

Sempre acho admirável a capacidade de um autor transformar um tema pesado e triste, em algo mais leve e tocante. E se tem um autor que consegue fazer isso é o John Boyne.  Com uma escrita simples e repleta de pequenos detalhes que engrandecem a narrativa, Fique Onde Está e Então Corra, é um daqueles livros que nos deixa com coração apertado ao mesmo tempo em que nos mostra de que apesar do seu modo “torto”, a vida sempre se encarrega de fazer com que as coisas acabem de certa forma, - bem.

O dia 28 de julho de 1914, era um dia muito especial para o pequeno Alfie Summerfield. Afinal, não é todo dia que um garotinho completa cinco anos. Porém, enquanto sua pequena festa estava sendo preparada, quis o destino que essa data ficasse para sempre marcada na história como o inicio da Primeira Grande Guerra. Logo todos os homens de Londres e do restante do país começaram a se alistar, incluindo o pai de Alfie, Georgie. Todos acreditavam que a guerra acabaria antes do natal daquele ano, só que o natal chegou e passou e ela não acabou.

Sem a renda do marido a mãe de Alfie, Margie precisou sair de casa e trabalhar como enfermeira, mas o salário que ela recebia no hospital não era o suficiente para afastar o fantasma da miséria de suas vidas. Margie então começou a lavar e costurar para algumas mulheres ricas de Londres durante suas folgas. Porém, nem assim ela não conseguia fugir da ameaça que estava cada vez mais próxima de sua porta. Ao perceber que a sua mãe estava desesperada com a possibilidade de ambos passarem fome, Alfie começa a trabalhar escondido como engraxate na estação de King’s Cross. Essa foi sua maneira silenciosa de ajudar a mãe, enquanto a guerra não acabava.

A essa altura Alfie já tinha nove anos e após dois anos de guerra seu pai tinha parado de dar noticias. Margie dizia a ele que Georgie estava em uma missão secreta, mas algo dizia a Alfie que sua mãe estava mentindo. Um dia enquanto engraxava mais um par de sapatos, ele finalmente descobre uma pista que pode revelar o que aconteceu de fato com o seu pai. Alfie está decidido a descobrir a verdade e faz disso a sua própria missão secreta. Quando ele finalmente encontra suas repostas, ele descobre que as feridas mais profundas deixadas pela guerra não são aquelas que se tornam cicatrizes com o tempo. Mas, sim aquelas que ficam para sempre ocultas em nossas almas.

Confesso que “protelei” ao máximo a leitura desse livro. Sabe quando você tem medo do que o vai acontece no próximo capítulo? Foi exatamente assim que me senti. Tipo, Alfie não sabia o que tinha acontecido com o seu pai, estava vendo a mãe trabalhar que nem uma condenada sem conseguir sustentar a casa e ainda estava tendo a sua infância roubada por causa de uma guerra estúpida. Eu já estava tão “destruída” por conta de toda essa situação que sério, - eu estava morrendo de medo do mais que podia acontecer.

Fazia muito tempo que eu não sofria e não torcia tanto por um personagem, e toda determinação do Alfie só fazia crescer dentro de mim o sentimento de que “eu” precisava fazer com que todo aquele pesadelo acabasse. É incrível como algo tão terrível e cruel como uma narrativa de guerra, pode ficar tão delicada quando vista da perspectiva dos olhos de uma criança. É tão triste e ao mesmo tempo tão bonito, que chegou a partir meu “coração gelado” em mil pedacinhos. De verdade, não sei se fico feliz ou muito brava com o John Boyne, por me fazer chorar tanto como chorei (...).

“Ele tinha feito pela melhor razão do mundo. Por amor”.

Com uma narrativa envolvente do começo ao fim, Fique Onde Está e Então Corra é um livro que emociona ao mesmo tempo em que nos faz refletir a importância do amor e da família em nossas vidas. John Boyne mostrou mais uma vez, que para encontrarmos a beleza da vida precisamos olhar para ela com a mesma sutileza e a inocência dos olhos de uma criança. Mas, já aviso que é melhor deixar os lencinhos preparados.

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