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agosto 30, 2016

O Menino no Alto da Montanha por John Boyne

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788555340123
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2016
Número de páginas: 288
Classificação: Ótimo
Sinopse: Quando Pierrot fica órfão, precisa ir embora de sua casa em Paris para começar uma nova vida com sua tia Beatrix, governanta de um casarão no topo das montanhas alemãs. Mas essa não é uma época qualquer: estamos em 1935, e a Segunda Guerra Mundial se aproxima. E esse não é um casarão qualquer, mas a casa de Adolf Hitler. Logo Pierrot se torna um dos protegidos do Führer e se junta à Juventude Hitlerista. O novo mundo que se abre ao garoto é cada vez mais perigoso, repleto de medo, segredos e traição. E pode ser que Pierrot nunca consiga escapar.

Sempre acreditei que há algo de poético e até mesmo belo na tristeza. E se tem um autor que consegue trabalhar bem isso, ele se chama John Boyne. Minha confiança no talento do autor é tanta, que nem leio a sinopse de seus livros antes de adiciona-los na minha lista de desejados. Claro que corro o risco de uma hora acabar me decepcionando com esse meu "excesso" de expectativas em relação às obras do Boyne. Mas para minha felicidade, isso não aconteceu aqui. Muito pelo contrário, o autor conseguiu mais uma vez me emocionar com uma narrativa singela e envolvente.

Desde muito cedo, Pierrot precisou aprender a lidar com os efeitos da guerra. Filho de um ex-soldado alemão e uma francesa, Pierrot convive com os traumas e as cicatrizes que a Primeira Guerra deixou em seu pai. E apesar disso e das dificuldades financeiras pelas quais sua família passa, ele tem uma infância feliz. Ele vai à escola, tem um melhor amigo judeu e um cachorro de estimação.  Até que um dia tudo isso muda e ele se vê sozinho no mundo.

Pouco tempo depois de ir para o orfanato ele recebe a notícia que terá que deixar a França, para morar com a irmã de seu pai, sua tia Beatrix na Alemanha.  Pierrot então embarca rumo ao desconhecido para viver com uma tia que ele nunca conheceu, mas que é a única família que lhe restou. Só que uma nova guerra se aproxima, e mesmo que Pierrot não saiba, ele está prestes a fazer parte dela, mesmo que indiretamente.

Sua tia Beatrix trabalha como governanta em um casarão no alto das montanhas alemãs. Casarão esse que pertencem a ninguém menos do que Adolf Hitler. Porém, com o tempo o pequeno órfão conquista a simpatia do Führer e se torna um de seus protegidos. Os anos passam e a Segunda Guerra avança, e quando Pierrot cresce, ele se junta a Juventude Hitlerista. Um caminho que se revela sombrio e perigoso e que o leva a fazer escolhas difíceis e irreparáveis. 

Embora a primeira impressão que temos de O Menino no Alto da Montanha, é que o John Boyne seguiu sua fórmula “padrão” ela se dissipa, pois fica perceptível logo nos primeiro capítulos que o autor buscou uma abordagem um pouco diferente. Aqui o autor não “apela” tanto para lado emocional das coisas. Eu diria até que nesse livro, ele decidiu dar a trama uma roupagem mais "crua", o que torna tudo mais doloroso e verdadeiro.

Dividida em três partes a narrativa é intrigante e nos apresenta a trajetória de um personagem que começa inocente, sozinho e confuso, e que com passar dos anos tem toda a sua personalidade transformada pela guerra e principalmente por causa das escolhas que fez. Ao contrário dos outros livros que li do autor, em que senti um tipo de “extinto protetor” pelo protagonista, aqui em diversos momentos os meus sentimentos em relação ao Pierrot foram conflitantes. 

Sabe aquela famosa frase de Maquiavel que diz; “Dê o poder ao homem, e descobrirá quem ele realmente é”? É exatamente essa a essência da história. Através de um enredo simples, John Boyne mostra como algumas escolhas podem devastar a vida de uma pessoa e principalmente, que a ambição pelo poder é corrosiva.  E tudo isso com a delicadeza que já se tornou marca registrada do autor.

O Menino no Alto da Montanha não foi aquele livro que me deixou aos prantos. Ok! Confesso que chorei no final (por que sou manteiga derretida mesmo).  Porém, essa obra do Boyne mexeu comigo de uma maneira diferente. Ela me fez pensar em diversos momentos, que só prestamos atenção no que é "conveniente" para gente e ignoramos todo o resto. Quando na verdade é justamente o que estamos deixam de ver que é importante em nossa vida. E assim como acontece com Pierrot, às vezes só nos damos conta disso quando é tarde demais.

“– Mas não é um pesadelo – Pierrot ouviu o pai dizer uma certa vez, com a voz embargada pelo nervosismo. – É pior. É uma lembrança.”

Essa é uma daquelas histórias que fica com a gente por muito tempo. John Boyne nos presenteia com uma mais uma bela narrativa, que conta a história de um garoto comum que perdeu tudo para guerra.  E que talvez (...), através dela e por meio dela se encontrou. Recomendo!

agosto 07, 2014

Fique onde Está e Então Corra por John Boyne

ISBN: 9788565765404
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 224
Classificação: Ótimo
Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.
Onde Comprar: Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Submarino - Compare os Preços.


Sinopse: Em meio às tragédias da Primeira Guerra Mundial, o amor é a única arma de um garoto para curar seu pai. Alfie Summerfield nunca se esqueceu de seu aniversário de cinco anos. Quase nenhum amigo dele pôde ir à festa, e os adultos pareciam preocupados — enquanto alguns tentavam se convencer de que tudo estaria resolvido antes do Natal, sua avó não parava de repetir que eles estavam todos perdidos. Alfie ainda não entendia direito o que estava acontecendo, mas a Primeira Guerra Mundial tinha acabado de começar. Seu pai logo se alistou para o combate, e depois de quatro longos anos Alfie já não recebia mais notícias de seu paradeiro. Até que um dia o garoto descobre uma pista indicando que talvez o pai estivesse mais perto do que ele imaginava. Determinado, Alfie mobilizará todas suas forças para trazê-lo de volta para casa.

Sempre acho admirável a capacidade de um autor transformar um tema pesado e triste, em algo mais leve e tocante. E se tem um autor que consegue fazer isso é o John Boyne.  Com uma escrita simples e repleta de pequenos detalhes que engrandecem a narrativa, Fique Onde Está e Então Corra, é um daqueles livros que nos deixa com coração apertado ao mesmo tempo em que nos mostra de que apesar do seu modo “torto”, a vida sempre se encarrega de fazer com que as coisas acabem de certa forma, - bem.

O dia 28 de julho de 1914, era um dia muito especial para o pequeno Alfie Summerfield. Afinal, não é todo dia que um garotinho completa cinco anos. Porém, enquanto sua pequena festa estava sendo preparada, quis o destino que essa data ficasse para sempre marcada na história como o inicio da Primeira Grande Guerra. Logo todos os homens de Londres e do restante do país começaram a se alistar, incluindo o pai de Alfie, Georgie. Todos acreditavam que a guerra acabaria antes do natal daquele ano, só que o natal chegou e passou e ela não acabou.

Sem a renda do marido a mãe de Alfie, Margie precisou sair de casa e trabalhar como enfermeira, mas o salário que ela recebia no hospital não era o suficiente para afastar o fantasma da miséria de suas vidas. Margie então começou a lavar e costurar para algumas mulheres ricas de Londres durante suas folgas. Porém, nem assim ela não conseguia fugir da ameaça que estava cada vez mais próxima de sua porta. Ao perceber que a sua mãe estava desesperada com a possibilidade de ambos passarem fome, Alfie começa a trabalhar escondido como engraxate na estação de King’s Cross. Essa foi sua maneira silenciosa de ajudar a mãe, enquanto a guerra não acabava.

A essa altura Alfie já tinha nove anos e após dois anos de guerra seu pai tinha parado de dar noticias. Margie dizia a ele que Georgie estava em uma missão secreta, mas algo dizia a Alfie que sua mãe estava mentindo. Um dia enquanto engraxava mais um par de sapatos, ele finalmente descobre uma pista que pode revelar o que aconteceu de fato com o seu pai. Alfie está decidido a descobrir a verdade e faz disso a sua própria missão secreta. Quando ele finalmente encontra suas repostas, ele descobre que as feridas mais profundas deixadas pela guerra não são aquelas que se tornam cicatrizes com o tempo. Mas, sim aquelas que ficam para sempre ocultas em nossas almas.

Confesso que “protelei” ao máximo a leitura desse livro. Sabe quando você tem medo do que o vai acontece no próximo capítulo? Foi exatamente assim que me senti. Tipo, Alfie não sabia o que tinha acontecido com o seu pai, estava vendo a mãe trabalhar que nem uma condenada sem conseguir sustentar a casa e ainda estava tendo a sua infância roubada por causa de uma guerra estúpida. Eu já estava tão “destruída” por conta de toda essa situação que sério, - eu estava morrendo de medo do mais que podia acontecer.

Fazia muito tempo que eu não sofria e não torcia tanto por um personagem, e toda determinação do Alfie só fazia crescer dentro de mim o sentimento de que “eu” precisava fazer com que todo aquele pesadelo acabasse. É incrível como algo tão terrível e cruel como uma narrativa de guerra, pode ficar tão delicada quando vista da perspectiva dos olhos de uma criança. É tão triste e ao mesmo tempo tão bonito, que chegou a partir meu “coração gelado” em mil pedacinhos. De verdade, não sei se fico feliz ou muito brava com o John Boyne, por me fazer chorar tanto como chorei (...).

“Ele tinha feito pela melhor razão do mundo. Por amor”.

Com uma narrativa envolvente do começo ao fim, Fique Onde Está e Então Corra é um livro que emociona ao mesmo tempo em que nos faz refletir a importância do amor e da família em nossas vidas. John Boyne mostrou mais uma vez, que para encontrarmos a beleza da vida precisamos olhar para ela com a mesma sutileza e a inocência dos olhos de uma criança. Mas, já aviso que é melhor deixar os lencinhos preparados.

agosto 25, 2010

O Menino do Pijama Listrado por John Boyne


O Menino do Pijama Listrado por John Boyne

Ficha Técnica:

• Editora: Companhia das Letras
• Autor: JOHN BOYNE
• Origem: Nacional
• Ano: 2007
• Edição: 1
• Número de páginas: 200
• Acabamento: Brochura
• Formato: Médio


Bruno tem nove anos e não sabe nada sobre o Holocausto e a Solução Final contra os Judeus. Também não faz idéia de que seu país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos de que sua família está envolvida no conflito. Na verdade, Bruno sabe apenas que foi obrigado a abandonar a espaçosa casa em que vivia em Berlim e mudar-se para uma região desolada, onde ele não tem ninguém para brincar nem nada para fazer. Da janela do quarto, Bruno pode ver uma cerca, e, para além dela, centenas de pessoas de pijama, que sempre o deixam com um frio na barriga. Em uma de suas andanças Bruno conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca que curiosamente nasceu no mesmo dia que ele. Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno vai aos poucos tentando elucidar o mistério que ronda as atividades de seu pai. "O Menino do Pijama Listrado" é uma fábula sobre amizade em tempos de guerra, e sobre o que acontece quando a inocência é colocada diante de um monstro terrível e inimaginável.




O que mais me chamou a atenção nesse livro, não foi o fato de eu ter lido ele inteiro em uma tarde de domingo. Ou da história ser pesada e com um final dramático, emocionante como a maioria dos livros de ficção que falam da 2° Guerra Mundial.
E sim a simplicidade com, que ele foi escrito. A história de uma amizade verdadeira, que somente duas crianças podem ter uma pela outra.
Crianças que viviam em muitos diferentes, em realidades contrastantes sem entender o porquê daquela cerca que os separava e mesmo assim foram amigos.
A narrativa do livro é bastante infantil, mas pelo fato de que o autor relata a guerra pelos olhos inocentes de uma criança. Isso não seria possível se o personagem central fosse um adulto.
Justamente por esse motivo, que o “O Menino do Pijama Listrado”, se torna uma história bonita e comovente – apesar da tristeza que a cerca.
Fiquei surpresa e muito triste com o final do livro. Eu jamais imaginaria o final que ele teve, e confesso que chorei muito. Doeu em mim.
Pela lição de vida que ele passa isso com muita delicadeza e suavidade, eu recomendo esse livro que entro para minha lista de favoritos.

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