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novembro 04, 2012

Necrópolis por Douglar MCT

Necrópolis por Douglar MCT.

ISBN: 9788565383684
Editora: Gutenberg
Ano: 2012
Número de páginas: 296
Classificação: 2/5 estrelas
Onde Comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa - Compare os Preços


Sinopse:
Livro I - A Fronteira das Almas

Verne e seus aliados – um monge renegado, um ladrão velocista, uma mercenária deslumbrante e um homem-pássaro suspeito – rumarão até Necrópolis e conhecerão um novo mundo e novas criaturas, em uma aventura emocionante e assustadora. Com personagens instigantes e uma história fantástica recheada de emoções e terror, o leitor se sentirá na companhia de Verne, adentrando e desbravando um mundo fantástico cheio de batalhas e de um perigo sobrenatural.


Já não é novidade nenhuma que livros no estilo da literatura fantástica são os meus favoritos, por essa razão não pensei duas vezes quando a editora Gutenberg me sugeriu Necrópolis para ler e resenhar aqui no blog. A sinopse do livro me deixou bastante intrigada, afinal por ela é bem perceptível que o livro possui elementos que faz com que, qualquer leitor que goste deste estilo de leitura fique no mínimo bastante curioso. Porém apesar de ter gostado bastante do livro eu senti que faltou alguma coisa.

Para quem foge de histórias de terror e exorcismo assim como essa que vos escreve, o livro começa com um prólogo de dar arrepios.  Confesso que na noite que comecei a lê-lo tive dificuldades de dormir, tanto que acabei deixando ele de lado por uma semana. Sim eu sou medrosa, podem rir de mim eu não ligo. Passado o medo inicial do livro, percebi que a leitura não seria tão macabra quanto os primeiros capítulos me fizeram acreditar. Claro foi um alívio, mas infelizmente era até “preferível” eu ter que dormir com a luz do meu quarto acessa por uma semana e o livro ter de fato provocado algum tipo de emoção em mim, do que depois de um “bom” começou a leitura cair em uma espécie de mesmice que não dava nem medo e não empolgava também.

Para começar o enredo gera um monte de pontos de interrogação na cara do leitor. Algumas dessas dúvidas chegam a ser respondidas outras, porém continuam a pairar a espera de respostas. Tudo bem é normal esse tipo de coisa se tratando de uma série, mas algumas coisas você fica se perguntando no que aquele elemento agrega no enredo. Vou dar um exemplo bem simples para vocês entenderam o que quero dizer. No livro tanto o personagem principal Verne Vipero, como seu irmão Victor e outras crianças possuem amigos imaginários, os “AIs “ que sinceramente em meu ponto de vista não acrescentam nada, absolutamente nada na história.

Outro ponto que ficou um tanto confuso para mim foi que a sinopse nos leva acreditar que Verne é um cético de carteirinha, algo que nos primeiros capítulos se mostra um traço bem forte da sua personalidade. Só que ai bastou seu irmão morrer, e um estranho aparecer  do nada e falar para ele, que existia uma forma de ele salvar a alma do irmão, e pronto todo o ceticismo dele acaba. Claro que durante alguns trechos do livro o autor ainda tenta reforçar esse lado em Verne, porém não convence por que tipo, ele aceitou as coisas fáceis demais Elói, o monge renegado não precisou de muito esforço para convencer ele a ir se aventurar em Necrópolis. Cadê o ceticismo ai?

O livro embora em alguns pontos seja bem estruturado o enredo em si é um tanto confuso.  Fiquei com a sensação que talvez o autor se empolgou um pouquinho demais e acabou misturando muitos elementos  que por mais legais que sejam quando os vemos em outros livros do estilo, juntos eles não funcionaram muito bem.

A parte eu mais gostei da história foi lenda que envolve o clã dos Ladrões, por que pelo menos esse núcleo da trama foi mais bem desenvolvido e explicado em minha opinião. Simas, o ladrão velocista consegue ser um personagem que se destaca muito mais do que o protagonista Verne, por dar um “q” de descontração na narrativa que a torna leve e faz com que você acabe se envolvendo mais com a história.

Quando Karolina, a mercenária deslumbrante e Ícaro, o homem-pássaro chamado na história de “O corujeiro”surgem, você passa ter uma visão mais ampla de Necrópolis e de como as coisas funcionam por lá. O livro fica interessante e a narrativa começa a prender a sua atenção, até que o autor quase põe tudo isso a perder. O que já era uma miscelânea de elementos da literatura fantástica surpreende ainda mais com a presença do Minotauro, de uma Oria, de um Lord Vampiro “bonzinho” e de um Rei Serpente que aparentemente é o senhor todo poderoso do mal ali. Ou seja, os pontos de interrogação se multiplicaram. Felizmente esses personagens até tiveram e acredito terão um papel importante na história. Só que cá entre nós é muita informação ao mesmo tempo.

Douglas MCT
é um autor bem criativo e é visível que ele tem o mundo de Necrópolis muito bem estruturado na sua mente e por mais que a sua história tenha algumas falhas e alguns “exageros” o que mais em incomodou durante toda a leitura, foram os inúmeros erros de revisão do livro. Erros de conjugação verbal, crases usadas sem necessidade e a falta de separação das palavras em algumas frases me forçavam reler o mesmo parágrafo mais de uma vez para entender o contexto do que estava acontecendo. Isso sim foi frustrante.

Necrópolis é uma leitura válida e como eu mesma falei logo no começo da resenha, no geral gostei bastante da história. Mas sinto que por mais elementos e personagens que o autor tenha colocado na narrativa, faltou algo, ou melhor dizendo, respostas que eram necessárias neste primeiro livro. Pode não ter sido um livro surpreendente, mas rendeu uma boa leitura, em que apesar dos pesares valeu apena se arriscar.

Fica a dica!






ps: O resultado da promoção O Clã dos Magos já saiu (basta logar no rafflecopter). Muito obrigada a todos que participaram, e se preparem por que o final de ano promente \o/

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