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março 31, 2013

Manuscrito encontrado em Accra por Paulo Coelho


Manuscrito encontrado em Accra por Paulo Coelho.


ISBN: 9788575428221
Editora: Sextante
Ano: 2012
Número de páginas: 176
Classificação: 4/5
Onde Comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa, Submarino - Compare os Preços





Sinopse: 14 de julho de 1099. Enquanto Jerusalém se prepara para a invasão dos cruzados, um grego conhecido como Copta convoca uma reunião com os jovens e velhos, homens e mulheres da cidade. A multidão formada por cristãos, judeus e muçulmanos chega à praça achando que irá ouvir uma preleção sobre como se preparar para o combate, mas não é isso que Copta tem a lhe dizer.






Não é segredo para ninguém que sou grande fã do autor Paulo Coelho, mas desde que li O Zahir em 2008 eu não tinha pegado mais nenhuma obra do autor para ler. Uns dos motivos foram as minhas mudanças e adaptações às cidades novas que me mantiveram longe das bibliotecas. Também por que eu meio que optei por evitar livros com a temática que ele costuma abordar. Não sei bem ao certo o que me levou a isso, simplesmente resolvi dar um tempo. Porém quando o Manuscrito encontrado em Accra foi lançando, aquela pontinha de curiosidade começou a falar mais alto. Ainda bem que sou uma pessoa curiosa.

Como vocês podem ver o livro em si é bem curtinho e não tem como fazer uma resenha extensa sobre ele, até mesmo por que aqui não é contada uma história com a estrutura a qual estamos acostumados a encontrar nos livros de uma forma geral. Como o próprio nome do livro já diz ele é um Manuscrito, ou seja, ele conta um fato que aconteceu, um pedaço de uma história “real”. Do meu ponto vista ele chega até ser um livro mais “filosófico”, por relatar questões existências que acompanham o ser humano até hoje.

O personagem central desse relato é o grego Copta que era considerado um grande sábio, pelo povo que habitava Jerusalém antes da invasão cruzada.  Na véspera dessa invasão as pessoas se reuniram na praça a espera das sábias palavras do Copta para enfrentar tanto a guerra como a derrota que batia em suas portas. Porém a mensagem que o Copta tinha para eles naquela noite era que: independente do que acontecesse durante e depois da guerra, encontrar a verdadeira felicidade dependeria única e exclusivamente de cada um.

 O que eu mais achei interessante é que algumas das questões levantadas pela população daquela época são tão atuais, que me vi percebendo que mesmo com todos os avanços tecnológicos que temos hoje, nas questões “primárias” infelizmente evoluímos muito pouco. Outro ponto que me chamou bastante a atenção foi o contexto e o período histórico religioso por traz do manuscrito. 

Eu particularmente gostei muito do prefácio onde o autor cita acontecimentos importantes tanto da vida pessoal dele próprio, como fatos que fazem parte da história e que acabaram esquecidos ou se perderam com o tempo. A minha única dúvida é se o nome do sábio grego tem alguma relação com a Igreja Ortodoxa Copta que surgiu no Egito, país de origem do manuscrito ou se só é uma curiosa coincidência.

Por mais complexo que o livro possa parecer ele consegue ser uma leitura leve e bem agradável, o que me surpreendeu bastante, pois eu estava esperando um livro um pouco mais denso por conta da sinopse e do prefácio. Não é um livro que vá agradar a todos e eu tenho pela consciência disso.  Pois como eu mesma comentei acima ele tem um lado filosófico muito forte e algumas pessoas simplesmente não tem paciência para ler algo desse tipo. Mas para quem está buscando leitura mais “zen” ele é uma ótima opção.

Para quem tiver interesse e oportunidade de ler o livro; Leia! Claro sem muitas expectativas e ou “pré-conceitos” já estabelecidos dessa forma mesmo que a leitura não agrade em um todo, também não vai decepcionar.
Fica a dica!




março 27, 2013

Nova Coluna: Crônicas & Poesias




Nova Coluna: Crônicas & Poesias

Quem acompanha o blog há mais tempo já percebeu que eu tenho tendência a divagar sempre que escrevo algum post. Por esse motivo como eu já tinha adiantado no post de final de ano, resolvi criar uma coluna aqui no blog onde vou poder divagar a vontade e também mostrar outro lado meu o de “aspirante à escritora”.

Eu escrevo textos, poemas, pensamentos soltos desde os meus doze anos, e olha que isso já faz tempo. No meu primeiro blog, o lá de 2004 eu costumava postar esses textos e quando eu criei o My Dear Library à intenção era de voltar a compartilhar as minhas divagações. Só que aconteceram tantas coisas na minha vida, umas boas outras nem tão boas assim, mas eu meio que engavetei a ideia e comecei a dar ao blog o formato que ele tem hoje.

Não escrevo nada de muito fantástico. São apenas divagações mesmo, mas que traduzem e me ajudam a entender melhor como eu me sinto e também as coisas que acontecem a em minha volta. Vocês já ouviram essa frase?  “Escrever para me entender”. É exatamente isso que acontece comigo.

A coluna não vai ter periodicidade, porém sempre que eu achar que escrevi algo que valha apena ser compartilhado aqui com vocês, vou usar esse cantinho. Espero que vocês tenham gostado da novidade, que futuramente curtam bastante esse novo espaço aqui no blog e principalmente que vocês venham a gostar dos meus humildes textos que vou postar aqui. (vergonha)

Para inaugurar a coluna vou deixar uma frase que reflete bem como ando me sentindo no momento.

“O que torna a vida agonizante é a espera. Quando você não espera nada é que as coisas acontecem”Ariane  Gisele Reis.

Beijos e até o próximo post

março 24, 2013

Pegasus e o Fogo do Olimpo por Kate O’Hearn

Pegasus e o Fogo do Olimpo por Kate O’Hearn

ISBN: 9788580440751
Editora: LeYa
Ano: 2011
Número de páginas: 295
Classificação: 3 estrelas
Onde Comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa, Submarino - Compare os Preços





Sinopse: Olímpo em Guerra - Livro 1.

Quando Pegasus, o majestoso e mitológico cavalo alado, é atingido por um raio e cai em seu terraço durante uma violenta tempestade que deixa Nova York no escuro, a vida da jovem Emily transforma-se em uma lenda. Buscando ajuda para tratar os graves ferimentos de Pegasus, Emily recorre ao garoto estranho da escola, Joel. Trabalhando juntos, eles rapidamente descobrem que o cavalo alado tem mais do que ferimentos da tempestade.


Adoro histórias que tenham como base alguma mitologia antiga e por esse motivo os livros com essa temática mesmo que não tenham um enredo muito “impactante” acabam de certa forma sempre me conquistando, e com Pegasus e  o Fogo do Olímpo não foi diferente. Ele pode até não possuir uma “grande” história, mas justamente por ter um enredo totalmente despretensioso embora com algumas falhas, no final eu até acabei gostando bastante.

O que para os habitantes de Nova York era apenas uma tempestade um pouco forte demais, na verdade se tratava da pior guerra que o Olímpo já enfrentou. Com o fogo que tornar os deuses invencíveis enfraquecido o ataque dos terríveis Nirads foi devastador. No ultimo minuto Júpiter manda Pegasus para uma missão na Terra. Ele precisa encontrar a filha de Vesta e levá-la de volta a morada dos deuses, para que através de seu sacrifício o fogo sagrado renasça salvando assim os dois mundos, porém a missão de Pegasus não vai ser nada fácil. Pegasus precisará lutar para salvar não apenas o seu mundo, mas a vida de seus novos amigos e principalmente manter- se vivo.

Pegasus e  o Fogo do Olímpo possui uma narrativa bem simplista com o predomínio de diálogos em que as descrições tanto dos personagens como dos cenários presentes na história, ficam um pouco a cargo da imaginação de quem lê. Por ser um livro infanto-juvenil ele possui uma escrita muito leve, o que faz com que a história tenha um ritmo bem rápido. 

Emily é uma menina muito meiga que ainda está se recuperando da perda de sua mãe. Mesmo com uma personalidade muito “fofinha”, ela não chega a ser aquele tipo de personagem que de tão “boazinha” começa irritar muito pelo ao contrário, apesar da pouca idade ela é forte, determinada e um pouco teimosa demais também. Já o Joel a principio passa uma imagem de menino encrenqueiro e chato, porém conforme fui conhecendo melhor a sua história, não apenas comecei a entender ele melhor como também, acabei torcendo para ele superar todas as dificuldades pelas quais passava. Claro que alguns fatos que acontecem no decorrer da história chegam há ser um tanto surreais demais, levando em conta que os dois têm treze anos apenas, mas acho eu já me acostumei com esses “prodígios literários”.

Kate O’ Hearn tentou fugir do clichê e baseou sua história na mitologia romana, mas (olha o meu “mas” aqui) além de ter deixando inúmeros furos durante a narrativa, ela não conseguiu transmitir através da sua história toda a aura mística de poder que sempre envolve os Olimpianos. Tudo bem que tem a famosa “licença poética” e que alguns autores recorrem a ela para dar “sentindo a história”, só que o problema aqui foi que esse sentindo não me convenceu.

Bem, se o livro fala dos deuses romanos o irmão de Diana seria Febo e não Apolo, já que Apolo é o nome grego do deus do Sol. Ok! Eu sei que é o mesmo deus e até entendo que Febo não é lá um nome muito bonitinho, mas se você está escrevendo um livro baseado na mitologia romana use os nomes existentes nela. Em minha opinião essa troca dos nomes deixou a história em si um tanto confusa. Outro ponto que me faz pensar que a autora não se deu ao trabalho de pesquisar a fundo sobre o tema que se propôs a escrever, foi explicação no mínimo ridícula que ela deu para a origem de Pegasus. Eu simplesmente não conseguia acreditar no que estava lendo. Eu ainda estou me perguntando de onde ela tirou isso, mas respira fundo Ane afinal tem a bendita da “licença poética” (...).

Por ultimo, mas não menos importante e acredito que esse seja o maior furo de toda a história é o fato dos deuses não saberem quem são os Nirads e de onde eles surgiram. Tipo, eles são deuses como eles não sabem?  Outro fato um pouco confuso é que o deus romano conhecido por suas habilidades de “mão leve” é Mercúrio, e aqui é outro Olimpiano cujo nome eu não encontrei em nenhum livro ou site especializado em mitologia antiga, ou seja, eu realmente não entendi o porquê incluir um personagem novo a história quando ela poderia ter usado um já existente. Digo isso por que no meu ponto de vista tudo que esse personagem agregou na narrativa, Mercúrio também agregaria só que com mais “presença”, se é que vocês me entendem.

Em suma Pegasus e  o Fogo do Olímpo é um bom livro. Apesar desses “pequenos” furos ele possui uma história que flui bem e que me manteve envolvida na narrativa, mesmo eu achando algumas coisas um tanto absurdas e óbvias.  Acredito que para alguns leitores ele acabe sendo um livro muito infantil e até simplório, mas para que gosta do gênero infanto-juvenil ou está procurando um livro mais leve para fugir da rotina, Pegasus é uma ótima opção.

Pode não possuir uma história extraordinária, mas não decepciona quem está em busca de uma boa aventura.


março 21, 2013

Lançamentos – Março

Lançamentos – Março.

Olá leitores!

Vocês já estavam sentindo falta da coluna de lançamentos do blog este mês não é mesmo? Mas posso garantir que a espera valeu apena, afinal em março as editoras estão trazendo lançamentos para todos os gostos. Tem romance, chick-lit, sobrenatural, drama, aventura... Ufa! O difícil é escolher por qual começar!

Cofiram os lançamentos do mês de março e não se esqueçam de deixar nos comentários qual deles já está nas suas wishlists!
Gente será que as editoras combinaram e resolveram fazer dons quentes a mais nova tendência para as capas? Vocês repararam que a grande maioria está em tons de vermelho, laranja e amarelo?

Beijos;***

março 17, 2013

O Nome do Vento por Patrick Rothfuss

O Nome do Vento por Patrick Rothfuss.

• ISBN: 9788599296493
• Editora: Sextante
• Ano: 2009
• Número de páginas: 656
• Classificação: 3 estrelas
Onde Comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa, Submarino - Compare os Preços


Sinopse: A Crônica do Matador do Rei - Primeiro Dia.

Ninguém sabe ao certo quem é o herói ou o vilão desse fascinante universo criado por Patrick Rothfuss. Na realidade, essas duas figuras se concentram em Kote, um homem enigmático que se esconde sob a identidade de proprietário da hospedaria Marco do Percurso. Da infância numa trupe de artistas itinerantes, passando pelos anos vividos numa cidade hostil e pelo esforço para ingressar na escola de magia, O nome do vento acompanha a trajetória de Kote e as duas forças que movem sua vida: o desejo de aprender o mistério por trás da arte de nomear as coisas e a necessidade de reunir informações sobre o Chandriano - os lendários demônios que assassinaram sua família no passado

Pensei que esse momento ia tardar um pouco para acontecer em 2013, mas em fim a primeira resenha “complicada” do ano chegou. Não é segredo para ninguém que um dos meus gêneros literários favoritos é fantasia, motivo pelo qual O Nome de Vento deveria estar na lista dos meus livros favoritos, só que infelizmente ele não está. O livro não é todo ruim, porém deixou muito a desejar quando comparado a tudo que li e ouvi sobre ele.  Sinto em informar que essa não será mais uma resenha apaixonada tecendo inúmeros elogios ao autor e sua obra, mas será uma resenha sincera, onde procurarei passar o meu ponto de vista em relação ao que li.

O personagem central da história é Kvothe, o dono da hospedaria Marco do Percurso que esconde através de sua personalidade enigmática um passado sombrio e cheio de sofrimentos.  Vamos desvendando sua história através da narrativa que ele mesmo faz de sua vida a Devan Lochees, o Cronista e ao seu aprendiz Bast, que em minha opinião é um dos melhores personagens do livro. Em um primeiro momento, Kvothe tinha tudo para ser um personagem emocionante que me cativaria a cada página, mas não foi bem assim. Claro que eu me emocionei com todo o sofrimento e obstáculos pelo qual ele passa. Cheguei a torcer para que ele superasse tudo isso, porém em um determinado ponto da história algumas situações ficaram tão forçadas e sem lógica que sinceramente eu ficava sem entender por que ele agia daquela forma.

O autor reforçar tanto a “perfeição” de Kvothe que alguns trechos me pareceram incoerentes e totalmente fora de contexto. Um exemplo, desse exagero em criar essa imagem de herói para Kvothe por parte do autor é que mesmo o próprio personagem reforçando várias vezes que era um garoto órfão e sem nada, o comportamento dele demonstra uma arrogância que não coincide com o estigma de “pobre menino” excessivamente repetido ao longo de todo o livro.

Para começar Kvothe, mal chega à Universidade e faz questão de criar inimizade não apenas com um dos professores, mas como também com o aluno mais influente e perigoso do local. E tudo isso para quê? Porque Kvothe é simplesmente bom demais para baixar a cabeça para eles.  Além do mais esse “brilhantismo” todo e a forma como que o protagonista resolvia e se safava de algumas situações eram “milagrosas” e heroicas demais se levarmos em conta que no período em que a sua história está sendo narrada, ele só tem quinze anos.

O Nome do Vento é um bom livro para quem busca uma história com um pouco de aventura e mistério. É visível e louvável o esforço de Patrick Rothfuss ao criar todo um cenário fantástico com costumes, línguas e simbologias específicas. O livro é riquíssimo em descrições tanto dos cenários como dos personagens, o grande problema disso é que me pareceu que o autor preocupou-se mais em descrever o ambiente e seus elementos do que com o desenvolvimento da história em si.

A narrativa tem diversas paradas e mudanças bruscas o que fez com que o meu ritmo de leitura oscila-se entre o devagar quase parando e tão rápido quando a velocidade da luz.  Confesso que o me segurou e fez como que eu lesse o livro até o fim, foi a minha curiosidade em relação ao Chandriano e os Amyrs, porém mesmo eles sendo o que fato sustentam toda essa a aura de mistério e fantasia da história, pelo menos nesse primeiro livro não passaram de citações ocasionais que tem como intenção prender a atenção do leitor. Algo que pelo menos comigo deu certo.

Sinceramente eu não estou tão animada para ler a continuação da trilogia como eu esperava ficar após ler esse livro. Na verdade eu estou triste por não ter conseguido gostar tanto da história como todo mundo gosta. Talvez em outro momento eu possa até reler O Nome do Vento como uma forma de tentar mudar minha opinião sobre a obra e acabar me apaixonando pelo livro, porém agora a sensação que eu tenho é que foi um pouco de enrolação demais para desenvolvimento de menos.

Possui uma premissa boa com uma trama bem estruturada e interessante, porém como livro de fantasia é fraco e pouco convincente.

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