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abril 07, 2013

Profecia por S.J Parris

Profecia por S.J Parris.

ISBN: 9788580411270
Editora: Arqueiro
Ano: 2013
Número de páginas: 320
Classificação: 3/5 estrelas
Onde Comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa  - Compare os Preços.

Sinopse: Giordano Bruno - Livro 02

Quando uma dama de honra da rainha é misteriosamente assassinada na corte, o filósofo é arrastado para uma trama ainda mais delicada. Símbolos astrológicos gravados no corpo da jovem levantam suspeitas de magia negra, mas é possível que tudo não passe de uma ardilosa encenação com o objetivo de deixar a população em pânico. A morte de mais uma moça lança Bruno numa sinistra perseguição. Alguém parece estar decidido a executar um sofisticado plano de vingança em nome da religião. Mas quem? Cercado de inimigos numa cidade hostil, ele terá que encontrar a resposta se quiser salvar a própria vida.


Acho que já deu para perceber que suspense não é meu gênero literário favorito, não é mesmo? Por esse motivo para que algum livro desse gênero consiga despertar o meu interesse não basta ele ter uma boa sinopse, ele precisa ter um “algo mais” que realmente me chame à atenção, o que no caso dos livros da autora S.J Parris, é evidente que esse algomais tem haver com o período histórico onde a trama se desenrola. Depois de uma longa espera, Profecia é finalmente lançando trazendo novos mistérios e intrigas que embora em alguns momentos tenha sido uma leitura um pouco cansativa, não me decepcionou.

Inglaterra o ano é 1583, um raro evento astrológico está para acontecer e em Londres à atmosfera é de medo, pois muitos acreditam que o alinhamento entre Júpiter e Saturno trará o fim dos tempos. Em meio ao clima de superstição e pavor do povo a dama de companhia da rainha Cecily Ashe, é assassinada e por algum motivo o seu cruel assassino deixa sinais que dão a atender que sua morte com está ligada tanto a profecia como a queda da Rainha Elizabeth Tudor. Mas será que o assassino é partidário dos católicos ingleses que conspiram pelos corredores da monarquia para tirar a rainha do poder?  Ou ele está apenas tentando jogar a autoria do crime nas costas de outra pessoa? Quando mais um assassinato brutal acontece uma certeza assustadora passa a perseguir o monge excomungado e famoso filósofo Giordano Bruno - o assassino vem seguindo seus passos de perto e ele pode ser o próximo nome da lista.

O livro possui uma narrativa bastante agradável e para leitores que assim como eu adoram livros históricos, Profecia possui uma riqueza de detalhes e fatos tão interessantes que fizeram com que após a leitura eu me pegasse pesquisando no tio Google sobre eles. Eu sei que é isso meio estranho e até um pouco NERD demais, só que eu gosto de saber até que ponto o autor se aprofundou em sua pesquisa e quanto de verdade tem os fatos por ele descritos.  E S.J Parris faz um belo trabalho nesse sentido, o que já tinha me agradado bastante desde o seu primeiro livro Heresia.

Em a Profecia são tantos suspeitos que assim como Giordano Bruno, eu fui criando minhas próprias teorias e de alguma forma acreditando nelas.  Teve momentos que eu me surpreendia com o rumo que a história tomava, principalmente por que ela lançava ao vento todas as minhas “deduções”, o que de fato foi muito positivo para o desenvolvimento da trama, já que por não ser um livro nada óbvio a cada capítulo mais intrigada e curiosa para descobrir a verdade eu ficava. Porém embora o enredo seja muito bem construído, em alguns momentos a leitura se tornou um pouco cansativa pela falta de “grandes personagens”.

Giordano Bruno continua sendo o personagem marcante que me conquistou no primeiro livro, porém em Profecia tanto ele como os demais personagens ao longo da leitura foram se tornando um tanto repetitivos.  Várias vezes o próprio Giordano se repete muitas vezes o que me deixava com aquela sensação que eu estava lendo o mesmo parágrafo novamente. Outro ponto que em minha opinião prejudicou levemente a história foi o “excesso” de personagens contidos no livro. Alguns apareciam e sumiam com tanta facilidade que mesmo que tenham agregado alguma coisa à história também colaboraram para deixar outras questões um tanto confusas.

Talvez a autora “pecou“ um pouco na construção dos personagens, mas em contra partida ela foi muito feliz na construção dos ambientes e descrições das situações narradas. Eu realmente conseguia me imaginar no outono chuvoso e frio de Londres, como também senti um pouco medo nos momentos cruciais da história.  O final embora um tanto corrido, é bastante surpreendente também.  Você realmente só descobre quem é o assassino e quais são seus motivos nos últimos capítulos do livro, os quais estão reservados também os melhores momentos da história. Confesso que S.J Parris fez de “boba”, pois suspeitei da pessoa errada o tempo todo, mas como adoro finais nada óbvios, eu a perdoei por isso.

Para quem gosta de um bom suspense histórico ou não, Profecia é uma ótima opção. Mesmo com um ritmo um pouco lento comparado a outros livros e não ter lá personagens muito cativantes, ele possui uma narrativa inteligente que vai desafiar sua lógica pondo a prova o seu melhor lado detetive. 

Pode não ser o melhor livro que você vai ler na sua vida, mas também não vai decepcionar.

abril 02, 2013

Post Extra - Pesquisa de Opinião

Post Extra - Pesquisa de Opinião.

Boa noite leitores!

Bem no próximo mês o blog completa três anos e claro que além de estar pensando em algumas mudanças básicas como layout, estrutura das postagens, colunas, entre outras coisinhas a opinião de vocês é super importante para essa que vos escreve.

Por isso resolvi que está mais do que na hora de fazer a primeira Pesquisa de Opinião do blog. Afinal para fazer um trabalho cada vez melhor eu preciso do FEEDBACK de vocês.  Quais os pontos positivos e negativos do blog? O que vocês acham que pode ser melhorado?  Podem abrir seus coraçõezinhos sem medo de ser feliz!

A Pesquisa de Opinião do blog é curtinha e vocês não vão levar mais do que 5 minutos para respondê-la. E podem ficar tranquilos por que é tudo anônimo. Quem preferir pode responder o questionário diretamente no Google Docs.

Obrigada!

março 31, 2013

Manuscrito encontrado em Accra por Paulo Coelho


Manuscrito encontrado em Accra por Paulo Coelho.


ISBN: 9788575428221
Editora: Sextante
Ano: 2012
Número de páginas: 176
Classificação: 4/5
Onde Comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa, Submarino - Compare os Preços





Sinopse: 14 de julho de 1099. Enquanto Jerusalém se prepara para a invasão dos cruzados, um grego conhecido como Copta convoca uma reunião com os jovens e velhos, homens e mulheres da cidade. A multidão formada por cristãos, judeus e muçulmanos chega à praça achando que irá ouvir uma preleção sobre como se preparar para o combate, mas não é isso que Copta tem a lhe dizer.






Não é segredo para ninguém que sou grande fã do autor Paulo Coelho, mas desde que li O Zahir em 2008 eu não tinha pegado mais nenhuma obra do autor para ler. Uns dos motivos foram as minhas mudanças e adaptações às cidades novas que me mantiveram longe das bibliotecas. Também por que eu meio que optei por evitar livros com a temática que ele costuma abordar. Não sei bem ao certo o que me levou a isso, simplesmente resolvi dar um tempo. Porém quando o Manuscrito encontrado em Accra foi lançando, aquela pontinha de curiosidade começou a falar mais alto. Ainda bem que sou uma pessoa curiosa.

Como vocês podem ver o livro em si é bem curtinho e não tem como fazer uma resenha extensa sobre ele, até mesmo por que aqui não é contada uma história com a estrutura a qual estamos acostumados a encontrar nos livros de uma forma geral. Como o próprio nome do livro já diz ele é um Manuscrito, ou seja, ele conta um fato que aconteceu, um pedaço de uma história “real”. Do meu ponto vista ele chega até ser um livro mais “filosófico”, por relatar questões existências que acompanham o ser humano até hoje.

O personagem central desse relato é o grego Copta que era considerado um grande sábio, pelo povo que habitava Jerusalém antes da invasão cruzada.  Na véspera dessa invasão as pessoas se reuniram na praça a espera das sábias palavras do Copta para enfrentar tanto a guerra como a derrota que batia em suas portas. Porém a mensagem que o Copta tinha para eles naquela noite era que: independente do que acontecesse durante e depois da guerra, encontrar a verdadeira felicidade dependeria única e exclusivamente de cada um.

 O que eu mais achei interessante é que algumas das questões levantadas pela população daquela época são tão atuais, que me vi percebendo que mesmo com todos os avanços tecnológicos que temos hoje, nas questões “primárias” infelizmente evoluímos muito pouco. Outro ponto que me chamou bastante a atenção foi o contexto e o período histórico religioso por traz do manuscrito. 

Eu particularmente gostei muito do prefácio onde o autor cita acontecimentos importantes tanto da vida pessoal dele próprio, como fatos que fazem parte da história e que acabaram esquecidos ou se perderam com o tempo. A minha única dúvida é se o nome do sábio grego tem alguma relação com a Igreja Ortodoxa Copta que surgiu no Egito, país de origem do manuscrito ou se só é uma curiosa coincidência.

Por mais complexo que o livro possa parecer ele consegue ser uma leitura leve e bem agradável, o que me surpreendeu bastante, pois eu estava esperando um livro um pouco mais denso por conta da sinopse e do prefácio. Não é um livro que vá agradar a todos e eu tenho pela consciência disso.  Pois como eu mesma comentei acima ele tem um lado filosófico muito forte e algumas pessoas simplesmente não tem paciência para ler algo desse tipo. Mas para quem está buscando leitura mais “zen” ele é uma ótima opção.

Para quem tiver interesse e oportunidade de ler o livro; Leia! Claro sem muitas expectativas e ou “pré-conceitos” já estabelecidos dessa forma mesmo que a leitura não agrade em um todo, também não vai decepcionar.
Fica a dica!




março 27, 2013

Nova Coluna: Crônicas & Poesias




Nova Coluna: Crônicas & Poesias

Quem acompanha o blog há mais tempo já percebeu que eu tenho tendência a divagar sempre que escrevo algum post. Por esse motivo como eu já tinha adiantado no post de final de ano, resolvi criar uma coluna aqui no blog onde vou poder divagar a vontade e também mostrar outro lado meu o de “aspirante à escritora”.

Eu escrevo textos, poemas, pensamentos soltos desde os meus doze anos, e olha que isso já faz tempo. No meu primeiro blog, o lá de 2004 eu costumava postar esses textos e quando eu criei o My Dear Library à intenção era de voltar a compartilhar as minhas divagações. Só que aconteceram tantas coisas na minha vida, umas boas outras nem tão boas assim, mas eu meio que engavetei a ideia e comecei a dar ao blog o formato que ele tem hoje.

Não escrevo nada de muito fantástico. São apenas divagações mesmo, mas que traduzem e me ajudam a entender melhor como eu me sinto e também as coisas que acontecem a em minha volta. Vocês já ouviram essa frase?  “Escrever para me entender”. É exatamente isso que acontece comigo.

A coluna não vai ter periodicidade, porém sempre que eu achar que escrevi algo que valha apena ser compartilhado aqui com vocês, vou usar esse cantinho. Espero que vocês tenham gostado da novidade, que futuramente curtam bastante esse novo espaço aqui no blog e principalmente que vocês venham a gostar dos meus humildes textos que vou postar aqui. (vergonha)

Para inaugurar a coluna vou deixar uma frase que reflete bem como ando me sentindo no momento.

“O que torna a vida agonizante é a espera. Quando você não espera nada é que as coisas acontecem”Ariane  Gisele Reis.

Beijos e até o próximo post

março 24, 2013

Pegasus e o Fogo do Olimpo por Kate O’Hearn

Pegasus e o Fogo do Olimpo por Kate O’Hearn

ISBN: 9788580440751
Editora: LeYa
Ano: 2011
Número de páginas: 295
Classificação: 3 estrelas
Onde Comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa, Submarino - Compare os Preços





Sinopse: Olímpo em Guerra - Livro 1.

Quando Pegasus, o majestoso e mitológico cavalo alado, é atingido por um raio e cai em seu terraço durante uma violenta tempestade que deixa Nova York no escuro, a vida da jovem Emily transforma-se em uma lenda. Buscando ajuda para tratar os graves ferimentos de Pegasus, Emily recorre ao garoto estranho da escola, Joel. Trabalhando juntos, eles rapidamente descobrem que o cavalo alado tem mais do que ferimentos da tempestade.


Adoro histórias que tenham como base alguma mitologia antiga e por esse motivo os livros com essa temática mesmo que não tenham um enredo muito “impactante” acabam de certa forma sempre me conquistando, e com Pegasus e  o Fogo do Olímpo não foi diferente. Ele pode até não possuir uma “grande” história, mas justamente por ter um enredo totalmente despretensioso embora com algumas falhas, no final eu até acabei gostando bastante.

O que para os habitantes de Nova York era apenas uma tempestade um pouco forte demais, na verdade se tratava da pior guerra que o Olímpo já enfrentou. Com o fogo que tornar os deuses invencíveis enfraquecido o ataque dos terríveis Nirads foi devastador. No ultimo minuto Júpiter manda Pegasus para uma missão na Terra. Ele precisa encontrar a filha de Vesta e levá-la de volta a morada dos deuses, para que através de seu sacrifício o fogo sagrado renasça salvando assim os dois mundos, porém a missão de Pegasus não vai ser nada fácil. Pegasus precisará lutar para salvar não apenas o seu mundo, mas a vida de seus novos amigos e principalmente manter- se vivo.

Pegasus e  o Fogo do Olímpo possui uma narrativa bem simplista com o predomínio de diálogos em que as descrições tanto dos personagens como dos cenários presentes na história, ficam um pouco a cargo da imaginação de quem lê. Por ser um livro infanto-juvenil ele possui uma escrita muito leve, o que faz com que a história tenha um ritmo bem rápido. 

Emily é uma menina muito meiga que ainda está se recuperando da perda de sua mãe. Mesmo com uma personalidade muito “fofinha”, ela não chega a ser aquele tipo de personagem que de tão “boazinha” começa irritar muito pelo ao contrário, apesar da pouca idade ela é forte, determinada e um pouco teimosa demais também. Já o Joel a principio passa uma imagem de menino encrenqueiro e chato, porém conforme fui conhecendo melhor a sua história, não apenas comecei a entender ele melhor como também, acabei torcendo para ele superar todas as dificuldades pelas quais passava. Claro que alguns fatos que acontecem no decorrer da história chegam há ser um tanto surreais demais, levando em conta que os dois têm treze anos apenas, mas acho eu já me acostumei com esses “prodígios literários”.

Kate O’ Hearn tentou fugir do clichê e baseou sua história na mitologia romana, mas (olha o meu “mas” aqui) além de ter deixando inúmeros furos durante a narrativa, ela não conseguiu transmitir através da sua história toda a aura mística de poder que sempre envolve os Olimpianos. Tudo bem que tem a famosa “licença poética” e que alguns autores recorrem a ela para dar “sentindo a história”, só que o problema aqui foi que esse sentindo não me convenceu.

Bem, se o livro fala dos deuses romanos o irmão de Diana seria Febo e não Apolo, já que Apolo é o nome grego do deus do Sol. Ok! Eu sei que é o mesmo deus e até entendo que Febo não é lá um nome muito bonitinho, mas se você está escrevendo um livro baseado na mitologia romana use os nomes existentes nela. Em minha opinião essa troca dos nomes deixou a história em si um tanto confusa. Outro ponto que me faz pensar que a autora não se deu ao trabalho de pesquisar a fundo sobre o tema que se propôs a escrever, foi explicação no mínimo ridícula que ela deu para a origem de Pegasus. Eu simplesmente não conseguia acreditar no que estava lendo. Eu ainda estou me perguntando de onde ela tirou isso, mas respira fundo Ane afinal tem a bendita da “licença poética” (...).

Por ultimo, mas não menos importante e acredito que esse seja o maior furo de toda a história é o fato dos deuses não saberem quem são os Nirads e de onde eles surgiram. Tipo, eles são deuses como eles não sabem?  Outro fato um pouco confuso é que o deus romano conhecido por suas habilidades de “mão leve” é Mercúrio, e aqui é outro Olimpiano cujo nome eu não encontrei em nenhum livro ou site especializado em mitologia antiga, ou seja, eu realmente não entendi o porquê incluir um personagem novo a história quando ela poderia ter usado um já existente. Digo isso por que no meu ponto de vista tudo que esse personagem agregou na narrativa, Mercúrio também agregaria só que com mais “presença”, se é que vocês me entendem.

Em suma Pegasus e  o Fogo do Olímpo é um bom livro. Apesar desses “pequenos” furos ele possui uma história que flui bem e que me manteve envolvida na narrativa, mesmo eu achando algumas coisas um tanto absurdas e óbvias.  Acredito que para alguns leitores ele acabe sendo um livro muito infantil e até simplório, mas para que gosta do gênero infanto-juvenil ou está procurando um livro mais leve para fugir da rotina, Pegasus é uma ótima opção.

Pode não possuir uma história extraordinária, mas não decepciona quem está em busca de uma boa aventura.


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