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outubro 24, 2016

Ninguém Vira Adulto de Verdade por Sarah Andersen

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.

ISBN: 9788555340215
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2016
Número de páginas: 120
Classificação:
Sinopse: As tirinhas certeiras de Sarah Andersen, que já contam com mais de 1 milhão de fãs no Facebook, registram lindos fins de semana passados de pernas pro ar na internet, a agonia de andar de mãos dadas com alguém de quem estamos a fim (e se os dedos ficarem suados?!), a longa espera diária para chegar em casa e vestir o pijama, e a eterna dúvida de quando, exatamente, a vida adulta começa. Em outras palavras, este livro é sobre as estranhezas e peculiaridades de ser um jovem adulto na vida moderna. A sinceridade com que Sarah Andersen lida com temas como autoestima, timidez, relacionamentos e a frequência com que lavamos o sutiã torna impossível não se identificar com esses quadrinhos hilários e carismáticos.

Sabe quando você está passando rapidamente pelo seu feed de notícias no Facebook e algo totalmente aleatório chama a sua atenção? Foi exatamente assim que conheci o trabalho da cartunista Sarah Andersen. Então vocês já podem imaginar a minha felicidade quando soube que a Editora Seguinte ia lançar o livro, Ninguém Vira Adulto de Verdade aqui no Brasil.


Aos 24 anos Sarah Andersen se tornou famosa ao compartilha em sua página Sarah's Scribbles, quadrinhos que retratam as peripécias da vida adulta de forma divertida e bem realista, o que faz com que seja praticamente impossível não se identificar com as situações narradas pela autora.

E é justamente esse toque pessoal que me encantou em meu primeiro contato com o trabalho da Sarah Andersen. Tipo, não tenho nenhum problema em me comunicar por e-mail, troca de mensagens ou expressar meus sentimentos através da escrita. Porém quando tenho que apresentar algum trabalho e me vejo no centro das atenções com todo mundo me olhando, eu literalmente travo.  E essa é apenas uma das várias situações descritas pela Sarah com qual me identifiquei.


Afinal já virei várias noites lendo um livro incrível e no outro dia fui para o trabalho que nem figurante de The Walking and Dead. E não sei quando a vocês, mas sempre que estou ouvindo aquela música maravilhosa criou um videoclipe fantástico em minha mente. Tenho e não me desfaço dos meus ursinhos de pelúcia e claro amo cheiro de livros. Tanto que quando comecei a acompanhar a Sarah Andersen pensei, - “Gente eu não estou sozinha nesse mundo!”. E acredito que assim como eu, muitas pessoas que leram ou irão ler os quadrinhos da Sarah vão sentir isso.

Sarah Andersen possui um humor sutil o que torna suas pequenas histórias leves e engraçadas. E um ponto bem interessante e que me chamou bastante a atenção é a maneira como ela aborda temas do cotidiano feminino. Sem precisar levantar à bandeira do feminismo a autora traz para seus quadrinhos assuntos como a igualdade de gêneros e a batalha diária que muitas mulheres enfrentam por muitas vezes não seguir o padrão preestabelecido pela sociedade.


Situações que nos afligem como o primeiro encontro, amizades, comprar a roupa perfeita, mudar o corte de cabelo, aquelas típicas trivialidades que fazem parte dos desafios diários da vida adulta estão registras nessa lindíssima Graphic Novel.  Vou confessar que dei muita risada lendo Ninguém Vira Adulto de Verdade, ao mesmo tempo em que fiquei triste por que a leitura é tão gostosa que quando vi o livro tinha acabado. E sim, fiquei com aquele gostinho de quero mais.



Ninguém Vira Adulto de Verdade é um livro que recomendo para todo mundo que busca uma leitura mais leve, ou que assim como essa que vos escreve se questiona todos os dias do por que a vida adulta é uma aventura constante. #ficaadica.

outubro 20, 2016

Quando o Amor Bater à sua Porta por Samanta Holtz

| Arquivado em: RESENHAS.

ISBN: 9788580415971
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2016
Número de páginas: 304
Classificação:
Sinopse: Ele tem um passado do qual não se lembra. Ela precisa esquecer o seu. Malu Rocha é uma escritora de 29 anos independente, confiante e bem-sucedida. Mora sozinha em São José dos Pinhais, perto de Curitiba, onde mantém uma rotina regrada de pedalar todas as manhãs, escrever e, semanalmente, visitar o avô de 98 anos em uma casa de repouso. Porém sua vida toda controlada sai do eixo quando um homem bate à sua porta e se apresenta como Luiz Otávio Veronezzi, dizendo ter perdido uma reunião marcada com ela. Malu não se lembra do compromisso e sua primeira reação é dispensá-lo. Mas o belo desconhecido insiste, explicando que sofreu um acidente de carro, ficou em coma e perdeu a memória, assim como seus documentos. As únicas coisas que restaram foram um pouco de dinheiro e um papel com o nome e o endereço de Malu, o nome dele e a data da reunião. Luiz confessa que a escritora era sua última esperança para descobrir a própria identidade. O problema é que ela não tem a menor ideia de quem ele seja. Desconfiada, mas sentindo-se responsável pelo acontecido, Malu decide ajudá-lo e embarca em uma jornada para descobrir quem ele é – o que acaba trazendo à tona muitos fatos sobre si mesma, seus medos e segredos mais bem guardados, além de um passado que preferia esquecer. A bela narrativa e a trama que prende do começo ao fim nos convidam a acompanhar Malu e Luiz nessa busca que se transforma em uma história de amor de tirar o fôlego.

Confesso que sempre tenho uma dificuldade enorme em resenhar um livro do qual gostei muito. E é justamente nesse dilema que me encontro agora. Como resenhar um livro que com uma história tão singela e que ao mesmo tempo deixou uma mensagem tão importante em meu coração? Novamente Samanta Holtz me surpreendeu com o seu talento de escrever histórias cativantes e que nos emocionam profundamente.

Malu Rocha é uma jovem e conceituada autora de romances, o que não deixa de ser uma grande ironia já que ela própria diz não acreditar no tipo de amor que descreve em seus livros.  Malu tem uma rotina simples, porém regrada e ela gosta de como as coisas parecem funcionar em um ritmo perfeito, apesar das constantes trapalhadas de Rebeca, sua assessora. Mas, quis o destino que a vida de Malu saísse um pouco dos eixos.  Em um dia como qualquer outro um desconhecido bate em sua porta revelando que sofreu um terrível acidente e que a única coisa de que se lembra, é que tinha uma reunião agendada com ela.

Por sua vez a escritora não tem recordação nenhuma de ter uma reunião marcada com alguém chamado Luiz Otávio Veronezzi, tanto que a sua primeira reação é achar que tudo não passa de uma farsa. Só que conforme os dias passam e Malu encontra com Luiz vagando sem rumo pela cidade, ela começa a acreditar que o charmoso desconhecido pode estar falando a verdade.

Malu movida por um estranho sentimento de culpa, decide ajuda-lo a recuperar a memória e a voltar para casa, afinal Luiz Otávio tinha sofrido o acidente a caminho de uma reunião agendada com ela. Mas Malu não imagina que ao abrir a porta de sua casa para esse homem misterioso, corre o risco de acabar deixando aberta também a porta do seu coração. E com isso trazer de volta os fantasmas do passado que há anos ela evita enfrentar.

Fazia muito tempo que não me identificava tanto com a protagonista como me identifiquei com a Malu. Talvez por que mesmo eu sendo uma leitora ávida de romances, não tenho uma visão romântica da vida. Adoro ler histórias açucaradas e clichês, mas na minha vida pessoal sou bem “pseudo realista” e admito até um pouco fria. Por esse motivo em vários momentos senti que a Samanta Holtz estava de certa forma falando comigo.  É como se  Quando o Amor Bater à sua Porta tivesse vindo parar em minha mãos no momento que eu mais precisa ler ele, e talvez por isso ele me emocionou tanto.

Os personagens são todos muito bem construídos e não tem como você não se encantar pelo Luiz Otávio (). Ele possui uma serenidade rara de se encontrar hoje em dia, e o modo como o Luiz lida com toda a sua situação é surpreendente. É lindo ver ele e a Malu se ajudando mutuamente. Perceber que as defesas de ambos caindo aos poucos e com isso cada um ao seu modo se reencontrando com si mesmo e de certa forma se tornando alguém melhor.  O relacionamento deles é algo que evolui naturalmente e isso fez com que a cada capítulo eu torcesse ainda mais pelo tão esperado “e foram felizes para sempre”. Como falei acima posso não ser romântica, mas isso não me impede de adorar um bom e velho clichê.

Os personagens secundários também desempenham um papel importante na narrativa, e o fato da história não girar em torno somente da Malu e o Luiz foi uma surpresa agradabilíssima. Adorei as confusões da Rebeca, do mesmo modo que a personalidade meiga e gentil da Hanita fez com que eu quisesse ser amiga dela também. Mas, quem realmente ganhou um lugar especial em meu coração, o Sargento, ou melhor, dizendo o Senhor Ignácio o avô da Malu. É incrível como um personagem que às vezes pode parecer “pequeno” ou até sem "importância" no começo da história se torna tão especial para a gente.

É perceptível evolução na escrita da Samanta Holtz aqui. E apesar de Renascer de um Outono () continuar sendo o meu livro favorito da autora, arrisco-me a dizer que essa é a história mais completa que ela já escreveu. Aqui temos uma narrativa que mescla com maestria drama, leveza, superação e um “romance gracinha”. É um livro que nos faz sonhar e refletir sobre nós mesmos e sobre coisas amamos e que acabamos “abandonando” muitas vezes por causa dos outros.

 Quando o Amor Bater à sua Porta reacendeu em mim o desejo de concretizar sonhos e de voltar a me dedicar a projetos que eu praticamente já tinha desistido de levar em frente. Essa foi uma leitura especial de várias maneiras para essa que vos escreve. Samanta Holtz me deixou com lágrimas nos olhos e ao mesmo tempo com o coração quentinho. E admito que ultimamente são poucas histórias que andam conseguindo fazer isso.

"Porque o amor não foi feito para ser entendido, estudado ou explicado; o amor foi feito para ser sentido."

Esse é um daqueles livros que vai chegar de mansinho em sua vida e quando você se der conta já não vai mais conseguir parar de ler ele. Delicada e despretensiosa a típica história clichê irresistível, que conquista nosso coração e nos deixa com um sorriso bobo no rosto. Perfeito para os românticos de plantão e para os não tão românticos assim como eu. Afinal são histórias assim que nos fazem desejar viver um grande amor ().

outubro 18, 2016

#naplaylist – Hit Parede

| Arquivado em: MÚSICAS.

Olá pessoas =)

Sei que estou um pouco distante do blog ultimamente e que as postagens andam um pouco “bagunçadas”. Mas acredito que todo mundo passa por uma fase de desanimo aka preguiça de vez em quando. Estou tentando me redimir *juro*, por isso me perdoem se as vezes só eu só aparecer uma vez por semana por aqui. É que tia Ane anda com muita coisa para fazer e livros para ler ().

imagem: Shutterstock
Mas vamos falar de coisas boas, e como vocês já sabem sou movida a música.  Agora mesmo enquanto escrevo esse post estou ouvindo Maybe It Be na versão do Celtic Woman.  E tudo bem que ela não tem nada haver com a playlist desse mês e não é a melhor opção para quem está com sono, mas precisando deixar mil coisas em ordem. Porém esse é o tipo de coisa que acontece quando se deixa a playlist no modo aleatório.

Como não vivo sem música e minha playlist andava um pouco desatualizada, resolvi dar uma chance as playlist sugeridas pelo Spotify. E gente, como descobri maravilhosas! Claro que tem algumas coisas que não fazem muito o meu estilo, mas dessas minhas descobertas no Spotify surgiu o #naplaylist desse mês.  E confesso que algumas dessas músicas andam tocando em modo repeat por aqui.

Por isso aumentem o som e confiram o Hit Parede do My Dear Library.

#naplaylist
Closer do The Chainsmokers é a minha nova música favorita. Tudo bem que a letra não é “aquilo” tudo, só que ela tem um ritmo tão gostosinho que simplesmente estou viciada nela. Quero agradecer o blog (não lembro qual foi #sorry) que fez um post lindo falando da Megan Davies. Sério eu amei! E ela não sai mais da minha playlist ().

Mas uma vez peço desculpas pela ausência aqui no blog e espero que vocês tenham gostado do post de hoje. Lembrando que vocês podem conversar comigo sempre pelo Twitter, Instagram e Facebook. Sou saturnina, pareço chata, mas sou super legal, - garanto viu.

Beijos e até o próximo post ;***

[Encerrada] Promoção - 6 Anos do No Mundo dos Livros

| Arquivado em: PROMOÇÕES


Bom dia pessoas =)

No Mundo dos Livros está completando 6 anos este mês e para comemorar, 10 blogs se reuniram para presentear você!

São 10 livros para 2 ganhadores! Não tem como ficar de fora não é mesmo? Olha só os livros que você poderá ganhar:

Prêmios:
Muita coisa boa né? O sorteio vai funcionar assim: o primeiro ganhador terá direito a escolher 6 livros dentre as opções acima, e o segundo ganhador fica com os 4 livros restantes.

Para participar está muito fácil, basta preencher as opções no formulário abaixo:

a Rafflecopter giveaway
Regulamento:
  • As primeiras entradas do formulário são obrigatórias
  • Cumprindo as entradas obrigatórias você libera chances extras. Quanto mais participar, mais chances terá de ganhar
  • O sorteio começa hoje, dia 18/10 e termina no dia 11/11.
  • O ganhador será anunciado neste mesmo post e redes sociais (twitter, post do sorteio no face, histórias do instagram), no dia 12/11
  • Os ganhadores terão um prazo de 48 hrs para responder ao e-mail que lhe será enviado, caso não dêem retorno dentro do prazo estipulado, realizarei novo sorteio.
  • Não nos responsabilizamos por extravios do Correios, nem por dados informados erroneamente pelo destinatário
  • Os livros serão enviados separadamente, por cada blog
  • Sorteio válido em território nacional

Boa sorte!

outubro 16, 2016

Boa Noite por Pam Gonçalves

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788501106698
Editora: Galera Record
Ano de Lançamento: 2016
Número de páginas: 240
Classificação: Muito Bom
Sinopse: Alina quer deixar seu passado para trás. Boa aluna, boa filha, boa menina. Não que tudo isso seja ruim, mas também não faz dela a mais popular da escola. Agora, na universidade, ela quer finalmente ser legal, pertencer, começar de novo. O curso de Engenharia da Computação - em uma turma repleta de garotos que não acreditam que mulheres podem entender de números -, a vida em uma república e novos amigos parecem oferecer tudo que Alina quer. Ela só não contava que os desafios estariam muito além da sua vida social. Quando Alina decide deixar de vez o rótulo de nerd esquisitona para trás, tudo se complica. Além de festas, bebida e azaração, uma página de fofocas é criada na internet, e mensagens sobre abusos e drogas começam a pipocar. Alina não tinha como prever que seria tragada para o meio de tudo aquilo nem que teria a chance de fazer alguma diferença. De uma hora para outra, parece que o que ela mais quer é voltar para casa.

Uma das metas que essa que vos escreve estabeleceu para 2016 é ler mais livros nacionais. E a oportunidade de não apenas alcançar essa meta, mas também de conhecer uma nova autora surgiu com Boa Noite da Pam Gonçalves. Já conhecia a Pam blogueira e booktuber, e claro que estava com aquela pontinha de curiosidade para conhecer a Pam escritora. Com uma história quase  clichê, Boa Noite se revelou uma leitura envolvente que consegue se destacar por abordar temas atuais de forma leve e ao mesmo tempo realista.

A boa filha, boa aluna, boa menina a nerd esquisitona, esses foram os rótulos que durante toda a adolescência acompanharam Alina. Porém agora prestes a começar o curso de Engenharia da Computação em uma cidade nova, morando em uma república com pessoas que não conhecem o seu passado, Alina vê a oportunidade perfeita de deixar todos os rótulos para trás e começar de novo. Não que ela tivesse algo para esconder ou se envergonhar,  mas ser sempre a boazinha nunca fez dela a garota mais popular do colégio e no fundo Alina sempre quis ser descolada e sentir que pertencia a um grupo.

O inicio dessa nova vida se mostra promissor para Alina, e nem mesmo o preconceito e as piadinhas sem graça dos rapazes do seu curso conseguem desmotiva-la. Muito pelo contrário fazem com que Alina se sinta desafia a mostrar que eles estão errados. Seus companheiros de república são maravilhosos, e logo ela está indo para as festas mais badaladas da Universidade com Manu, Talita, Bernardo e Gustavo. Nesse ambiente de festas, bebidas e romances curtos uma página de fofocas surge. Nela são postadas todo o tipo de fofocas sobre os universitários, mas são as mensagens de abusos e uso de drogas que realmente tornam a página popular.

De repente o sonho de ser uma pessoa diferente se torna um pesadelo para Alina, e ela se vê tragada para um lado não tão glamouroso da vida universitária. E mesmo que sua vontade seja voltar para casa e sua rotina tranquila de antes, Alina percebe que lá não é mais o seu lugar. E que agora é a sua chance de realmente fazer a diferença.

Com um plano de fundo que aborda temas como, abuso sexual e o uso de drogas nas universidades, preconceito racial, homofobia e o machismo que infelizmente ainda está muito presente em nossa sociedade, Boa Noite é uma leitura que prende nossa atenção logo nos primeiros capítulos. Pam Gonçalves trabalha bem como esses elementos, embora em minha opinião tenha faltado um aprofundamento maior em alguns. E o fato de tudo se desenvolver rápido demais na história foi algo que infelizmente me incomodou um pouco também.

Além disso, fiquei com a impressão que a personagem principal não tinha muita “personalidade” e que se deixava levar muito pelos outros.  Sabe aquela típica pessoa “Maria vai com as outras”? Foi exatamente essa a visão que tive da Alina. Ela tem uma necessidade tão grande de fazer amigos e se enturmar que acaba se permitindo ser arrastada para lugares e situações que no fundo a própria Alina sentia que não combinavam com ela. Igual quando você sabe que uma coisa não vai dar certo e faz mesmo assim (quem nunca?). E tudo bem, entendo que para ela é tudo novo e que de certa forma ela buscava esse novo começo.

O problema é que as coisas não acontecem de forma gradativa e sim em um intervalo relativamente pequeno, o que acaba reforçando ainda mais a sensação que a Alina deixa-se levar muito facilmente pelas outras pessoas. Tanto que os personagens secundários conseguem se destacar mais do que a própria protagonista na história, mesmo ela se “redimindo” um pouco no final.

Gostei especialmente da Manu e fiquei bastante curiosa para saber mais sobre ela. A Manu possui aquele tipo de personalidade intrigante em que é visível que tem muito do seu passado que ela busca esconder. Outro personagem que me chamou atenção é Gustavo, que além de ser um fofo tem uma história própria bem interessante. A Talita e o Bernardo também desempenham um papel importante na trama, apesar de ambos ficaram mais em segundo plano na narrativa.

Boa Noite foi um livro que me surpreendeu, pela forma leve como a autora abordou temas tão complexos e pesados. No contexto geral gostei bastante do que encontrei aqui, porém não posso negar que senti uma certa superficialidade e que teria gostado mais se alguns pontos tivessem tido um aprofundamento maior. As coisas vão evoluindo de forma muita acelerada e quando você se prepara para o grande clímax a história acaba. E isso me deixou um pouquinho frustrada, afinal sou aquele tipo de leitora que adora reviravoltas impactantes, momentos de tensão e cenas emocionantes.

Pam Gonçalves soube aproveitar o cenário atual para escrever uma história que mesmo possuindo um final bem clichê, nos deixa com aquele sorriso bobo no rosto. Só que o mais importante aqui é a mensagem que a autora passa, sobre a igualdade de gênero, você ser você mesmo e que no mundo não há mais espaço para nenhum tipo de preconceito. A caminhada é longa e ainda estamos andando devagar e a passos curtos, mas o importante é que essa mudança já começou.

“Sentirei saudade, mas ali realmente não é mais o meu lugar. Eu preciso encarar a situação. Não vou deixar que outras pessoas definam que sou.”

Com uma narrativa fluida, Boa Noite é um livro que traz reflexões importante e ao mesmo tempo que agrada quem está em busca de uma leitura rápida e despretensiosa. Um começo realmente promissor para uma jovem autora nacional. Recomendo!

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