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junho 05, 2017

Mulher-Maravilha

| Arquivado em: FILMES.

Oie leitores, tudo bem por aqui?

Quem me acompanha no Instagram já sabe que ontem eu fui ao cinema conferir o filme da Mulher-Maravilha. E por esse motivo, no post de hoje vou compartilhar com vocês o que achei do filme. Mas já adianto que para uma pessoa declaradamente #teamMarvel, Mulher-Maravilha é sem sombra de dúvidas o melhor filme lançando em 2017, até o momento.

imagem: Divulgação.
Que fique claro que não tenho nada contra os personagens da DC Comics, muito pelo contrário adoro o Superman e a Mulher-Maravilha. Porém sendo bem sincera com exceção de Batman: O Cavaleiro das Trevas (2002), todo os filmes produzidos entre a editora e a Warner Bros., ou não me chamaram a atenção ou quando chamaram acabaram se revelando uma decepção. Batman Vs Superman é um bom exemplo disso. Tanto que na minha humilde opinião o que salvou o filme foi justamente a participação da Mulher-Maravilha.

imagem: Divulgação.
Logo de cara o filme já me deixou de queixo caído com a forma belíssima que Temiscira foi projetada. Mesmo que a direção do filme tenha optado por basear o cenário na arquitetura romana e não na grega do qual a história das Amazonas se deriva, tanto a ambientação como as construções ficaram fantásticas.  E por mais que a participação das Amazonas possa ser considerada “pequena” quando olhamos o filme como um todo, é indiscutível que tanto a rainha Hipólita (Connie Nielsen) como a Antiope (Robin Wright) tiveram um papel importante no desenvolvimento do enredo.

imagem: Divulgação.
Porém o que se destaca em Mulher-Maravilha é o fato de que Diana Prince (Gal Gadot) é retratada não somente como mais uma heroína capaz de salvar o mundo. A personagem possui um toque de inocência que em momento algum é tratada de forma leviana.  Diana é forte, mas nem ela mesma sabe o tamanho de sua força e poder, além disso, o desejo dela de querer acabar com a guerra e salvar o inocentes é tão genuíno que enquanto assistia ao filme várias vezes pensei comigo mesma, que o mundo precisa de mais "Dianas Princes".

imagem: Divulgação.
Chris Pine está muito bem no papel do carismático soldado Steve Trevor. Ele e a Gal Gadot possuem uma boa química na tela e juntos protagonizaram não somente ótimas sequências de ação, mas cenas leves e até mesmo emocionantes. E apesar da sua evidente fragilidade quando comparado com a protagonista, Steve também se revela uma peça chave na trama. Além disso, um dos pontos que a meu ver a Marvel vem falhando nos seus últimos filmes é no desenvolvimento do vilão. Por esse motivo fiquei bem feliz pela forma como aqui ele foi bem trabalhado tendo não apenas uma participação digna, mas de fato arrasadora.

imagem: Divulgação.
O filme possui uma bela fotografia e uma palheta de cores sóbria sem ser sombria, o que deu as cenas com um contraste harmonioso. O figurino também é muito bonito com trajes característicos da década de vinte, porém o que eu mais gostei foi que a produção fugiu do clichê ao retratar as Amazonas. Quem esperava as tradições e ornamentadas roupas gregas, teve uma grande surpresa ao se deparar com um figurino digno de grandes guerreias.

imagem: Divulgação.
Como uma trilha sonora maravilhosa, assinada por Rupert Gregson-Williams, Mulher-Maravilha veio para mostrar que um filme de super-herói pode ser muito mais do que boas cenas de ação e alívios cômicos. Patty Jenkins dirigiu um filme que tem alma e em que vemos o crescimento de uma personagem que começou até certo ponto um tanto “ingênua” e idealista, se transformando em uma heroína de verdade.  Nunca o poder feminino foi tão bem representado nas telas como agora.

Ficha Técnica:
Mulher Maravilha
Título Original: Wonder Woman
Duração: 2h21min
Gênero: Fantasia
Direção: Patty Jenkins
Música: Rupert Gregson-Williams
Produção: Charles Roven, Deborah Snyder, Zack Snyder e Richard Suckle
Elenco: Gal Gadot (Diana Prince / Mulher Maravilha), Chris Pine (Steve Trevor), Connie Nielsen (Hipólita), Robin Wright (Antiope), Danny Huston (Ludendorff), David Thewlis (Sir Patrick), Elena Anaya (Dr. Maru), entre outros.





Sinopse: Treinada desde cedo para ser uma guerreira imbatível, Diana Prince nunca saiu da paradisíaca ilha em que é reconhecida como princesa das Amazonas. Quando o piloto Steve Trevor se acidenta e cai numa praia do local, ela descobre que uma guerra sem precedentes está se espalhando pelo mundo e decide deixar seu lar certa de que pode parar o conflito. Lutando para acabar com todas as lutas, Diana percebe o alcance de seus poderes e sua verdadeira missão na Terra.

Trailer:
Trilha Sonora:

Repito aqui o que disse no começo do post. Até o momento Mulher-Maravilha é o melhor filme de 2017. Confesso que não tinha nenhuma expectativa em relação ao filme, visto minha decepção com as últimas adaptações das histórias em quadrinhos da DC Comics para o cinema. Mas para minha felicidade sai do cinema querendo assistir ao filme de novo. Por isso, fica aqui a minha dica, - Assistam Mulher-Maravilha!

Beijos e até o próximo post;***

junho 01, 2017

A Melodia Feroz por Victoria Schwab

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788555340413
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2017
Número de páginas: 384
Classificação:
Livraria Saraiva | Compare os Preços
Sinopse: Monstros da Violência – Livro 01.
Kate Harker e August Flynn vivem em lados opostos de uma cidade dividida entre Norte e Sul, onde a violência começou a gerar monstros de verdade. Eles são filhos dos líderes desses territórios inimigos e seus objetivos não poderiam ser mais diferentes. Kate sonha em ser tão cruel e impiedosa quanto o pai, que deixa os monstros livres e vende proteção aos humanos. August também quer ser como seu pai: um homem bondoso que defende os inocentes. O problema é que ele é um dos monstros, capaz de roubar a alma das vítimas com apenas uma nota musical. Quando Kate volta à cidade depois de um longo período, August recebe a missão de ficar de olho nela, disfarçado de um garoto comum. Não vai ser fácil para ele esconder sua verdadeira identidade, ainda mais quando uma revolução entre os monstros está prestes a eclodir, obrigando os dois a se unir para conseguir sobreviver.

Confesso que por mais eu tente fugir de séries novas, elas sempre dão um jeitinho de despertar a minha curiosidade e com isso parar na minha lista de desejados. Um bom exemplo disso é A Melodia Feroz, primeiro livro da duologia Monstros da Violência da autora Victoria Schwab. E para minha felicidade não só a leitura se mostrou surpreendente como essa é também uma das melhores distopias tive o prazer de ler até o momento.

Na cidade de Veracidade ou Cidade V como ficou conhecida cada ato de violência gera um monstro, - um monstro de verdade. Corsais, sombras famintas por carne; malchais, seres esqueléticos sedentos por sangue; e sunais, criaturas que se parecem humanas, mas que com uma melodia são capazes de sugar almas. Nessa cidade divida entre o norte o sul onde o terror se esconde a cada esquina, Katherine Harker e August Flynn estão em lados opostos.

Kate Harker é filha do temido Collum Harker, líder da Cidade Norte a parte de Veracidade em que aquele que tem dinheiro para comprar proteção, compra também à ilusão de segurança e normalidade. Os monstros da Cidade Norte obedecem a Collum, e com isso ele permanece no poder ao mesmo tempo em que ele mantém a filha afastada. Só que Kate não quer ficar longe, na verdade tudo o que a jovem deseja é ser tão cruel quanto o pai.

August Flynn é um sunai, a mais perigosa de todas as espécies de monstros que a violência pode gerar. Ele foi adotado por Henry Flynn o sensato líder da Cidade Sul. Com Flynn, August por alguns anos teve uma vida quase humana, apesar da disputa constante na Fenda que separa Veracidade entre o norte e o sul.  August não que ser um monstro, mesmo que a sua natureza e necessidades façam dele um.

Quando a trégua entre os dois lados da cidade ameaça a ruir Kate volta a Veracidade e o lado sul precisa que August se passe por um garoto normal e fique de olho nela no colégio. O plano poderia dar certo, mas logo fica claro para August que manter sua verdadeira identidade em segredo não será uma tarefa tão fácil como todos imaginavam. Até por que Kate é uma garota esperta, afinal ela é uma Harker.

O desejo de Kate agradar e conquistar a confiança do pai é forte e ela está disposta a fazer o que for preciso para isso. Porém quando a sua vida passa correr risco e não há mais ninguém em que posso confiar à única forma de permanecer viva e descobrir a verdade é justamente se aliando a August, o monstro. Conseguirá Kate se salvar da revolução dos monstros que a querem ver morta? E por quanto tempo August conseguirá manter a trevas afastadas do seu coração antes de sucumbir?

Admito que A Melodia Feroz não foi aquele livro que me conquistou logo no começo. Ele está mais para  aquele tipo de narrativa que aos poucos foi me envolvendo, até que em um determinado momento, eu já estava completamente imersa no mundo caótico e sombrio criado pela Victoria Schwab. Uma história cadenciada em que todas as peças vão se encaixando a cada capítulo, o que tornou tudo ainda mais interessante de se acompanhar.

Não nego que incomodei um pouco com a dupla de protagonistas no inicio, afinal é visível que ambos estão tentando ser aquilo que não são. August é um doce de monstro (se é que um monstro pode ser doce), porém por mais as atitudes dele até certo ponto possam ser vistas como “nobres”, é perceptível que uma hora a coisa toda vai desandar e não vai acabar nada bem. Já com a Kate a minha dificuldade foi entender o porquê ela se esforçar tanto para ter o “amor” de uma pessoa que é mais monstruosa do que os monstros de verdade que habitam a cidade.

O modo com a autora desenvolveu os protagonistas e trabalhou com os dramas pessoais de cada um é um dos fatores que contribuem para que A Melodia Feroz seja tão incrível.  Normalmente esse tipo de evolução nos personagens em séries só acontece de um livro para o outro, já aqui é perceptível o quanto as situações pelas quais Kate e August passam os transformam.  Os personagens secundários também desempenham um papel importante na narrativa, especialmente o Sloan e o Leo. Gostei muito da Ilsa e por mais que a autora tenha dado umas "pinceladas" sobre o passado dela nesse primeiro livro, ainda sinto que tem muito mais a ser revelado.

Quando comecei a leitura esperava encontrar uma história com a mesma receita de sucesso dos livros jovens atuais. Mas me surpreendi de uma forma que até então não pensava ser possível. Esqueça o romance óbvio, o triangulo amoroso desnecessário com personagens frágeis e “bonzinhos” demais. Em A Melodia Feroz, Victoria Schwab apresenta uma distopia original, em que seus personagens são falhos, nem bons e nem maus somente humanos ou monstros. Tudo isso com uma narrativa repleta de intrigas e reviravoltas que me deixaram de queixo caído e querendo mais. 

“Por que todos tinham de estragar o silêncio com perguntas? A verdade era uma coisa desastrosa.”

A Melodia Feroz é uma sinfonia que começa com uma nota triste e sombria e que aos poucos nos envolve com suas matizes escuras e seus segredos. Esse é aquele livro para quem está buscando uma história com os toques certos de ação, mistério e fantasia. Aqui esses três elementos se unem em um ritmo perfeito deixando tudo ainda mais trágico, cruel e surpreendente.

[Encerrada] Promoção - Aniversário do Blog Resenhando Sonhos

| Arquivado em: PROMOÇÕES

O Resenhando Sonhos está completando 03 anos e se uniu a vários blogs legais para trazer um super sorteio pra vocês!


São mais de 30 livros distribuídos em kits por aqui e pelas redes sociais. Só nesse sorteio coletivo com outros blogs e canais lindos, são 31 livros para 8 ganhadores, mas muito mais coisa vai pipocar pelas redes do Resenhando Sonhos durante o mês, então aproveita pra já seguir todas elas e ficar de olho. Confira as regras e participe!

Regulamento:

- 8 ganhadores (Kit 01: 1 ganhador | kit 02: 1 ganhador | kit 03: 2 ganhadores | kit 04: 2 ganhadores | kit 05: 2 ganhadores | Para os de dois ganhadores: o primeiro escolhe 4 e o segundo fica com os restantes).
- Residir em território brasileiro;
- Cumprir com todas as regras obrigatórias de cada formulário;
- Cada blog ficará responsável pelo envio do seu prêmio;
- Os blogs não tem responsabilidade por extravio ou perda por conta dos correios;
- O sorteio terá início em 01 de junho e término em 30 de junho de 2017;
- O resultado será divulgado em até 07 dias neste mesmo post;
- Os ganhadores deverão responder o e-mail de contato em até 48 horas, ou o sorteio será refeito;
- Os blogs terão um prazo de 60 dias para o envio do prêmio;
- Perfis fakes ou promocionais serão desclassificados;
- Perfis do Facebook restritos também serão desclassificados.

 Prêmios:
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E ai, gostaram dos kits? Eu espero que sim! Aproveitem para compartilhar a promoção com os amigos e ficar atento a todos os outros sorteios que vão rolar ao longo do mês  ;)
Boa sorte!

maio 26, 2017

Wishliterária - Junho

| Arquivado em: LANÇAMENTOS.

Olá pessoas, tudo bem com vocês?

Recomendo já deixar a aba do Skoob aberta, por que chegou aquele momento do mês em que nossas definições de desejados são atualizadas. E já aviso que tem muito coisa bacana chegando. Vai ser difícil escolher por qual começar a leitura. 

Confere ai ;)







Sinopse: Um descendente direto de O Guia do Mochileiro das Galáxias escrito por dois dos maiores autores britânicos de fantasia O mundo vai acabar em um sábado. No próximo sábado, e ainda por cima antes do jantar. O que é um grande problema para Crowley, o demônio mais acessível do Inferno, residente na Terra, e sua contraparte e velho amigo Aziraphale, anjo genuíno e dono de livraria em Londres. Depois de quatro mil anos vivendo entre os humanos, eles pegaram um gosto pelo mundo, e o Armagedom lhes parece um evento bastante inconveniente. Então, para evitar o fim do mundo, precisam encontrar a chave de tudo: o jovem Anticristo, agora um menino de 11 anos vivendo tranquilamente em uma cidadezinha inglesa. Em seu caminho, acabarão trombando com uma jovem ocultista, dona do único livro que prevê precisamente os acontecimentos do fim do mundo, caçadores de bruxas ainda na ativa e, quem sabe, até os Quatro Cavaleiros do Apocalipse. Mas eles precisam ser rápidos. Não é só o tempo que está acabando.








Sinopse: O mundo de Gwendolyn Bloom vira de cabeça para baixo quando seu pai desaparece durante uma viagem de trabalho. Ela logo descobre que ele não é o homem que, por dezessete anos, achou que fosse — e essa é só a primeira de muitas revelações que Gwendolyn terá pela frente. Sem poder contar com a ajuda de mais ninguém para encontrá-lo, a garota parte em uma jornada tão perigosa quanto alucinante, seguindo os rastros do pai pela Europa. Porém, para se infiltrar — e sobreviver — em um novo mundo cheio de maldade e perversão, ela precisará deixar toda a sua vida para trás, assumir uma nova identidade e se tornar alguém tão cruel quanto seus piores inimigos.







Sinopse: Os três livros que compõem a Biblioteca Hogwarts, usados pelos alunos da Escola de Magia e Bruxaria na série Harry Potter – Animais fantásticos e onde habitam, Quadribol através dos séculos e Os contos de Beedle, o bardo –, reunidos num box que não pode faltar na estante dos fãs. Além de serem vendidos separadamente, os livros podem ser adquiridos dentro de uma caixa especial, formando a coleção dos sonhos de qualquer Potterhead.


+ Lançamentos


Para os fãs de fantasia esse mês chega com vários lançamentos interessantes como, Belas Maldições, As Tumbas de Atuan e Os Quatro Cavaleiros. Já para quem não abre mão de um bom romance, chega as livrarias o terceiro volume das séries As Modistas, da maravilhosa Loreta Chase e a nova série da Editora Verus, as Noivas da Semana.

Confesso que estou muito curiosa para ler Graça e Maldição e  como amo Vinicius de Moraes, Todo Amor está na minha listinha também (). E vocês, quais desses livros estão em suas listas? Compartilhe nos comentários ;)

Beijos e até o próximo post ;***

maio 23, 2017

A Prisão do Rei por Victoria Aveyard

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9999094163351
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2017
Número de páginas: 552
Classificação: Ótimo
Sinopse: Rainha Vermelha – Livro 03.
Mare Barrow foi capturada e passa os dias presa no palácio, impotente sem seu poder, atormentada por seus erros. Ela está à mercê do garoto por quem um dia se apaixonou, um jovem dissimulado que a enganou e traiu. Agora rei, Maven continua com os planos de sua mãe, fazendo de tudo para manter o controle de Norta — e de sua prisioneira. Enquanto Mare tenta aguentar o peso sufocante das Pedras Silenciosas, o resto da Guarda Escarlate se organiza, treinando e expandindo. Com a rebelião cada vez mais forte, eles param de agir sob as sombras e se preparam para a guerra. Entre eles está Cal, um prateado em meio aos vermelhos. Incapaz de decidir a que lado dedicar sua lealdade, o príncipe exilado só tem uma certeza: ele não vai descansar enquanto não trouxer Mare de volta.

A Rainha Vermelha foi àquela série que chegou de mansinho, gerando nessa que voz escreve emoções contraditórias até que por fim me vi completamente envolvida pela trama de Victoria Aveyard. E A Prisão do Rei, é visível não somente a evolução da série e de seus personagens, mas principalmente da escrita da autora. Por esse motivo arrisco-me em dizer que esse é o melhor livro da série até aqui.

Quem quiser fugir de spoilers pode pular três parágrafos a partir de agora.

Quando se entregou a rei Maven Calore para salvar seus companheiros da Guarda Escarlate, Mare Barrow esperava por uma morte lenta e dolorosa, só que isso não aconteceu. O rei a trancou numa jaula silenciosa em que todos os dias os erros que cometeu a atormentam, e sem o seu poder pouco a pouco o que resta de suas forças vai sendo drenado. Se isso já não fosse o bastante Mare precisa lidar com a hostilidade de nobres prateados como Samson Merandus e Evangeline Samus, além da estranha obsessão que Maven tem por ela.

Do lado de fora do palácio de Whitefire a Guarda Escarlate continua agindo nas sombras e conquistando mais espaços no reino de Norta, apesar de todas as tentativas do rei de enfraquecer a rebelião. Cal o príncipe exilado é visto pelo Comando como uma peça importante contra a tirania de Maven. Mas a sua lealdade é questionável, principalmente para os vermelhos que ainda o vêm como prateado que por anos escravizou e matou pessoas inocentes. Só que nem os mais desconfiados podem negar que príncipe é indispensável nessa guerra, principalmente por que ele está disposto a fazer o que for preciso para trazer Mare de volta.

Conforme os conflitos vão se intensificando por toda Norta, velhos inimigos se torna aliados e novas alianças são feitas em nome do poder. A guerra finalmente começa e dessa vez os alvos são tanto vermelhos como prateados, e por mais que Mare e Cal queiram a mesma coisa talvez os sentimentos e os ideais que os unem não sejam fortes o suficiente para sobreviver às novas intrigas e conspirações.

Contrariando algumas opiniões que ouvi e li, particularmente gostei muito de A Prisão do Rei. Claro que reconheço que o começo é um pouco “parado”, porém foi justamente esse ritmo mais lento que possibilitou a autora desenvolver melhor tanto alguns personagens como pontos importantes da história. Confesso que fiquei assim como muitos eu espera que a séria A Rainha Vermelha terminasse no terceiro livro, por isso uma das minhas principais dúvidas era se Victoria Aveyard teria “assunto” para um próximo livro. E sim, a ela tem! A verdade é que autora deixou a história totalmente em aberto e dando um gancho incrível para a continuação.

E por mais que o Maven seja visto como o grande vilão da história em especial levando em conta o triângulo amoroso formado por ele, Mare e Cal, eu nunca consegui ver o personagem como sendo “mal”. Manipulável e manipulador talvez? Cretino, com certeza. Porém apesar de todas as sombras que rondam a sua mente e o visível flerte dele com a loucura, uma parte de mim não deixa de ter “pena” pela pessoa que a rainha Elara o tornou. Sem falar que em muitos momentos gosto do sarcasmo do Maven, pois mesmo que ele tenha sido um “fantoche” a vida toda, eu ainda acho que ele um dos personagens senão o mais inteligente, um dos melhores estrategistas da trama.

Os diálogos dele com a Mare são um dos pontos altos da narrativa, pois através deles vemos toda a dor do rei. A Mare teve uma boa evolução aqui e foi gratificante ver um lado mais “humilde” da personagem.  Ela reconheceu seus erros e de certo modo está disposta não a repara-los, mas evitar que suas ações prejudiquem o Guarda e sua família novamente. Só que é visível o quando o coração dela é divido em amor e ódio pelo rei e o príncipe.

O Cal aqui teve não somente uma participação menor, como “reduzida” dando a impressão que ele que não consegue tomar decisões importantes por si mesmo,  e esse foi algo que me incomodou um pouco.  Sempre fui a favor de a narrativa ser dividida entre os pontos de vista de vários personagens para termos uma visão mais ampla da história. Isso de fato acontece aqui, porém ao invés de um desses pontos de vista ser do Cal é de uma outra personagem que sinceramente não tem tanto peso na trama como o príncipe.

Gosto quando o autor abre espaço para os personagens secundários, mas de todos os personagens que podiam ter um maior destaque em A Prisão do Rei, a autora escolheu alguém com uma personalidade muito parecida com a da Mare o que deixou tudo meio elas por elas, se que vocês me entendem. Adorei as partes narradas pela peste da Evangeline, não só por que elas foram importantes no contexto da história, mas especialmente por ver quem realmente é a Evangeline. E admito que me algumas revelações sobre ela foram bem surpreendentes.

Em A Prisão do Rei, Victoria Aveyard apresentou uma narrativa bem amarrada com uma boa dose de ação. Além disso, a autora expandiu o universo de A Rainha Vermelha ao mesmo tempo em que deixou o desfecho da série em aberto criando assim várias possibilidades. Ou seja, podemos começar a fazer nossas apostas e criar as nossas teorias da conspiração, por que a partir de agora o jogo pode mudar a qualquer momento.

“Nossos poderes vieram da corrupção, de uma praga que matou a maioria. Não fomos escolhidos, mas amaldiçoados.”

Com um final que deixa qualquer leitor com o coração na mão e ansioso pelo próximo capítulo da série, A Prisão do Rei é um livro cheio de reviravoltas e intrigas políticas em que o medo de perder o poder e o desejo de conquista-lo ditam o ritmo de uma guerra que apenas começou. Mal posso esperar para ver quem vai se sair vencedor, embora acredite que independente do lado que ganhar essa batalha, ambos tem muito mais a perder do que a ganhar com ela.

Veja Também:
A Rainha Vermelha.

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