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julho 10, 2017

Nossas Horas Mais Felizes por Gong Ji-Young

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788501096678
Editora: Record
Ano de Lançamento: 2017
Número de páginas: 280
Classificação:
Sinopse: Yujeong é uma jovem da alta sociedade coreana que, indiferente a tudo e a todos é incapaz de se entender com a própria família, não consegue encontrar um sentido para sua vida. Depois de três tentativas frustradas de suicídio, ela acaba definhando entre o álcool e o desespero. Seus familiares, por outro lado, não se esforçam para entendê-la, a não ser sua tia, a irmã Mônica, com quem sempre teve uma ligação especial. Disposta a fazer o que for preciso para que Yujeong volte a sentir vontade de viver, a freira sugere à sobrinha que as duas façam semanalmente uma visita a um preso no corredor da morte. E então elas conhecem Yunsu, um homem que anseia deixar este mundo por acreditar que só assim conseguirá se redimir de seus pecados. Apesar de sua origem humilde, ele e Yujeong têm algo em comum: um triste passado de abusos físicos e psicológicos. Aos poucos, durante os encontros na prisão, os dois jovens atormentados revelam um ao outro seus segredos mais obscuros e seus traumas do passado, criando uma conexão inesperada, que gradualmente desperta nessas duas pobres almas o desejo de viver. Mas as mãos de Yunsu estão sempre algemadas, os guardas estão constantemente por perto, e Yujeong sabe que aquelas horas felizes juntos podem ser tragicamente curtas.

Confesso que a primeira vista Nossas Horas Mais Felizes da autora sul-coreana Gong Ji-Young foi um livro que não me chamou a atenção. Mas, algo me dizia que eu tinha dar uma chance a ele, que a história contida em suas páginas é aquele tipo de história que precisa ser lida.  Quando comecei a leitura não estava preparada para o que encontrei aqui, pois enquanto Gong Ji-Young ia me surpreendendo com uma belíssima narrativa a cada capítulo, a autora também ia aos poucos quebrando o meu coração junto.

Yujeong cresceu em meio a todo o luxo e conforto que uma pessoa nascida na alta sociedade sul-coreana poderia ter. Porém, após um acontecimento traumático a jovem passou a desejar somente uma coisa todos os dias, - morrer. Depois de sua terceira tentativa de suicídio, sua tia Mônica resolve interferir. A freira faz uma proposta à sobrinha, que ela troque a terapia por um mês de visita a um preso que está no corredor da morte. Yujeong não consegue imaginar como isso pode ajuda-la a deixar de querer morrer, mas como não tem muita escolha acaba aceitando o convite da tia.

O jovem Yunsu acredita que só com sua morte vai conseguir se redimir de todos os pecados. O rapaz é arredio no começo, porém conforme o tempo passada uma estranha amizade entre ele e Yujeong surge. Yujeong e Yunsu percebem que apesar dos caminhos diferentes que suas vidas tomaram, eles têm muito em comum. Ambos carregam feridas em suas almas causadas por anos de abandono, abusos e principalmente falta de amor. 

Mesmo com as poucas horas que tem para conversar durante a  semana, todas as quintas-feiras, essa amizade improvável acaba despertando neles a vontade de viver. Mas não é só isso, uma mudança interna e ainda mais profunda, começa naquela pequena sala no presídio. Mudança essa que transformaria suas vidas  para sempre.

Admito que não está sendo nada fácil escrever essa resenha, pois enquanto estou aqui digitando cada palavra, meus olhos estão sem enchendo de lágrimas novamente.  E fazia muito, mais muito tempo mesmo que uma história não causava esse efeito em mim. Gong Ji-Young construiu uma narrativa tão bela como dolorosa, do tipo que por mais que não concordamos com as atitudes de seus protagonistas torcemos por um “impossível”, o tão sonhado final feliz.

Não nego que em muitos momentos fiquei com raiva da Yujeong. Ficava me perguntando como uma pessoa que tinha tudo e que passou por tanto sofrimento, podia ser tão arrogante e julgar tanto as outras pessoas. Eu entendia a dor dela, e "compreendia" o motivo de sua revolta com a mãe, mas pensava; “Por que ela não transforma todos esses sentimentos negativos e destrutivos em algo bom?”.  Só que ai percebi que estava fazendo o mesmo que a Yujeong fazia com o outros, julgando suas atitudes baseadas só naquilo que eu estava vendo. E quantas vezes no dia a dia eu, você, todo mundo não fazemos isso?

Porém, essa não é apenas a história de Yujeong, essa é a história de Yunsu. Yunsu que passou a vida toda sem conhecer o amor. Yunsu que cresceu acreditando que a violência era a resposta para tudo. Meu coração se partiu inúmeras vezes pela criança que ele foi e pelo adulto que a violência criou. Partiu-se por que existem milhões de Yunsu no mundo, que cruzam nossos caminhos todos os dias e que ignoramos. Por que ao contrário do que muita gente pode pensar a violência não é um “luxo” das classes mais baixas, e às vezes tudo o que uma pessoa precisa é que alguém estenda a mão e lhe diga; “Ok! Vai ficar tudo bem”.

Nossas Horas Mais Felizes possui uma narrativa que nos faz refletir sobre vários pontos de nossas próprias vidas, só que a sua história é muito mais que isso.  Com uma leveza e sensibilidade enorme, Gong Ji-Young nos mostra o quanto o poder do amor é transformador. E não digo o amor romanceado entre um homem e uma mulher. E sim aquele amor que faz você se importar com o outro, que faz você se preocupar com a felicidade e a segurança de alguém, mas do que se preocupa consigo mesmo.  É você querer de alguma forma curar as feridas do outro, apesar das suas feridas ainda estarem sangrando. Foi lindo ver Yujeong e Yunsu descobrindo esse tipo de amor juntos.

Todo ato gera uma consequência e Nossas Horas Mais Felizes nos mostra exatamente isso. Gong Ji-Young nos presenteia com uma narrativa que nos “machuca”, pois nos faz pensar que nossos atos também geram consequências. Que só quem é amado sabe o que é amor. Que só aquele que foi perdoado sabe perdoar. E que perdoar os outros e a si mesmo é algo extremamente difícil.  E acima de tudo, que quando alguém diz que quer ou que merece morrer, essa pessoa está pedindo ajuda, pois ela está sofrendo tanto que não suporta mais viver daquele jeito.

Terminei a leitura de Nossas Horas Mais Felizes em prantos e enquanto escrevo essa resenha meu coração está se partindo em mil pedacinhos novamente. Gong Ji-Young escreveu uma história que vai ficar comigo por muito, mais muito tempo. E que sim, precisa ser lida e conhecida por todos.

“Existia alguma infelicidade que não tivesse uma história por trás? Uma tristeza que não fosse injusta? Dizer que as pessoas eram dignas de pena significava que a justiça tinha virado as costas para elas.”

Queria muito conseguir através dessa resenha, passar para vocês o quanto esse livro lindo e merece de lido. Porém por mais que me esforce nada que eu diga fará jus à profundidade e beleza de sua história (). Por isso peço a cada um de vocês que abra o seu coração e leia, Nossas Horas Mais Felizes.

julho 06, 2017

A melancolia serena dos trabalhos de Niken Anindita

| Arquivado em: ARTE 

Oi leitores, tudo bem?

Vocês acreditam que esse post está meio que pronto desde o mês passado? Calma que eu explico. Em junho eu cheguei a separar algumas obras da indonésia Niken Anindita para compartilhar com vocês aqui na coluna Arte. Só que ai, eu optei por segurar o post dela um pouquinho para fazer o especial de Dia dos Namorados.  Mas, hoje vocês vão poder conhecer os trabalhos lindos dessa talentosa artista.

sailing home
Conhecida como megatruh no deviantArt, Niken Anindita mescla em suas obras dois estilos que eu particularmente gosto muito, fantasia e surrealismo. Suas ilustrações possuem um traço delicado com uma paleta de cores em que tons de azul estão sempre presentes. Isso dá aos trabalhos dela um toque de serenidade e melancolia ao mesmo tempo, algo que eu acho super bonito.

Outro detalhe que me chamou bastante a atenção nos trabalhos dela é o destaque que ela dá ao céu em suas obras.  Seja destacando o Universo com toda a sua beleza ou as nuvens de forma mais leve, é visível que o céu tem um papel importante na composição de cada ilustração.

Algumas Obras:
the little prince
cast away on the moon
illuminant
weightless and horizontal
the observer's room
island
De todas as obras presentes no post devo confessar que tenho um carinho especial por Island, pois é assim que me sinto quando estou trabalhando em algum projeto especial. Com se estive criando algo mágico ().  The Observer's Room também é lindo assim como a fanart do Pequeno Príncipe.

Eu sei que escolher uma só é difícil, mas compartilhe nos comentários quais ilustrações deixaram vocês com o coração mais quentinho, por assim dizer (). No final do post estou deixando todos os links de onde vocês podem encontra mais trabalhos da Niken Anindita.

Beijos e até o próximo post!

+ megatruh.
deviantArt | Instagram | Tumbrl

julho 03, 2017

A Conquista por Elle Kennedy

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788584390663
Editora: Paralela
Ano de Lançamento: 2017
Número de páginas: 296
Classificação: Ótimo
Sinopse: Amores Improváveis – Livro 04.
De todos os jogadores do time de Hóquei da universidade de Briar, John Tucker se destaca por ser o mais sensato, gentil e amável. Diferente de seus amigos mulherengos, ele sonha mesmo é com uma vida tranquila- esposa, filhos e, quem sabe um dia, abrir um negócio próprio. Mas nem mesmo o cara mais calmo do mundo estaria preparado para o turbilhão de emoções que ele está prestes a enfrentar. Sabrina James é a pessoa mais ambiciosa, dedicada e batalhadora do campus. Seu jeito sério e objetivo é interpretado por muitos como frieza, mas ela não está nem aí para sua fama de antipática. Tudo o que ela quer é passar em Harvard, tirar ótimas notas e conquistar a tão sonhada carreira como advogada. Só assim ela conseguirá escapar de seu passado difícil e de sua família terrível. Um acontecimento inesperado vai desses jovens de cabeça para baixo. Tucker e Sabrina vão precisar se unir e rever seus planos para o futuro. Juntos, eles aprenderão que a vida é cheia de surpresas, e que o amor é a maior conquista de todas.

Sempre sinto aquele misto de felicidade e tristeza quando uma série que acompanho chega ao fim. E é justamente essa foi a sensação que tive ao ler as últimas frases de A Conquista, quarto livro da série Amores Improváveis da autora Elle Kennedy. Ao mesmo tempo em que tinha um sorriso bobo no rosto, uma parte de mim estava triste por me despedir de personagens que ao longo de quatro livros conquistaram um lugarzinho especial em meu coração.

Sabrina James já se acostumou a ser taxada de bruxa do campus da Universidade de Briar. Em especial por que Dean Di Laurentis fez questão de espalhar para quem quisesse ouvir que ela é uma pessoa fria e calculista. Só quem conhece Sabrina de verdade, sabe que por debaixo de sua aparente “antipatia” e de sua personalidade ambiciosa, a vida da jovem não é nada fácil. Ao contrário de muitos dos seus colegas, Sabrina sempre precisou batalhar muito para chegar aonde chegou.

Sabrina não tem tempo para relacionamentos, à verdade é que apesar de curtir uma noite ou outra de sexo casual, ela não quer as complicações que um namoro pode trazer. Tudo o que ela mais deseja é se formar em Havard e deixar seu passado sombrio para trás. Só que depois de uma noite com John Tucker, ela se vê encantada com o jeito carinhoso e gentil do jogador de hóquei. O mesmo acontece com Tucker, que percebe que apesar da fachada de durona Sabrina é doce e frágil.

Tucker se apaixona perdidamente por Sabrina e por mais que ela tente manter o rapaz afastado, com o tempo à atração que um sente por ele acaba falando mais alto. Eles então começam um relacionamento que está praticamente fadado a terminar, deixando ambos com o coração partido após a formatura. Afinal ela vai continuar em Boston enquanto Tucker voltará para sua cidade natal no Texas. Mas o destino tinha outros planos, e o que começou com uma noite de sexo casual transformará a vida deles para sempre.

Talvez soe "exagerado" de minha parte dizer que Elle Kennedy deixou o melhor para o final. Porém quando penso no desenvolvimento de toda a série é exatamente essa a impressão que tenho. A Conquista, além de trazer uma visível evolução da escrita da autora nos apresenta também uma história mais sensível e madura quando comparada aos livros anteriores. E grande parte disso se dá por conta de seus protagonistas.

Sabrina é aquele tipo de pessoa que nunca conheceu o amor em seu meio familiar e que cresceu decidida a mudar sua história e principalmente a fugir do seu passado. Não que ela tenha “vergonha” de suas origens, ao contrário, Sabrina se orgulha de conquistar as coisas com o suor de seu trabalho e claro, seu intelecto. Só que ela não gosta que as pessoas sintam pena dela e por isso faz de tudo para que os outros não descubram de onde ela vem.

E mesmo que Tucker não tenha tanto dinheiro como seus amigos de república, ele cresceu com certo conforto e principalmente com todo o amor que faltou na vida de Sabrina. É muito bonito ver como a relação deles vai sendo construída e causando mudanças e transformações profundas nos dois, apesar de todos os obstáculos que enfrentam.  E mesmo o Dean () sendo o meu amorzinho, não nego que com seu jeito carinhoso e dedicado o Tucker me conquistou também.

Em A Conquista temos uma narrativa que nos encanta e nos emociona de uma forma muito leve e fluida. Elle Kennedy nos presenteia com uma história cheia de imprevistos e surpresas, mostrando o quanto os elos de amor e amizade são importantes em nossas vidas. Sorri e chorei ao acompanhar a trajetória de Sabrina e Tucker e torci a cada capítulo para que em meio a todas as dificuldades, eles tivessem seu final feliz.

Confesso que quando li o primeiro livro da série,  O Acordo não imaginava que ai acabar me apegando tanto aos seus personagens e suas histórias. Terminei a leitura de A Conquista, com o coração quentinho e já morrendo de saudades de Hannah e Garret, Grace e Logan, Allie e Dean, Sabrina e Tucker.  Mal posso esperar pelas próximas histórias da Elle Kennedy, por que assim como seus personagens, ela também tem um lugar especial no coração dessa leitora aqui ().

“Somos iguais. E seu passado, com quem mora, de onde veio, isso não importa. Você está criando seu próprio futuro, e quero ver onde a estrada via te levar.”

A série Amores Improváveis pode até ser clichê. Mas é aquele clichê irresistível que aos poucos nos conquista e nos deixando completamente apaixonados por suas histórias em personagens. Com uma narrativa envolvente e um romance super gracinha, sem sombra de duvidas A Conquista fechou com chave de ouro a série ().

Veja Também:

junho 29, 2017

O Ceifador por Neal Shusterman

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788555340352
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2017
Número de páginas: 448
Classificação:
Sinopse: Scythe – Livro 01.
Primeiro mandamento: matarás.
A humanidade venceu todas as barreiras: fome, doenças, guerras, miséria... Até mesmo a morte. Agora os ceifadores são os únicos que podem pôr fim a uma vida, impedindo que o crescimento populacional vá além do limite e a Terra deixe de comportar a população por toda a eternidade. Citra e Rowan são adolescentes escolhidos como aprendizes de ceifador - papel que nenhum dos dois quer desempenhar. Para receberem o anel e o manto da Ceifa, os adolescentes precisam dominar a arte da coleta, ou seja, precisam aprender a matar. Porém, se falharem em sua missão ou se a cumplicidade no treinamento se tornar algo mais, podem colocar a própria vida em risco.

Do mesmo modo que adoro de uma leitura leve e singela, não abro mão de livros com uma narrativa um pouco mais "ambiciosa" e principalmente inteligente. Assim que comecei a leitura de O Ceifador, estava preparada para me deparar com uma história de certa forma "pesada", escrita com a pretensão de impactar o leitor. Porém para minha surpresa, o autor Neal Shusterman nos apresenta aqui uma narrativa instigante que mesmo causando o impacto desejado, consegue ser envolvente e despretensiosa.

A humanidade finalmente atingiu o nível de  perfeição. A violência, fome, doenças e a morte são coisas do passado. Graças a Nimbo-Cúmulo, a inteligência artificial que evoluiu de uma simples nuvem de dados para se tornar a maior autoridade do planeta, a paz e a imortalidade foram finalmente alcançadas. Porém, para que o perfeito equilibro entre homem e recursos naturais exista algumas pessoas ainda precisam morrer e os únicos que podem pôr fim a uma vida são os ceifadores. Eles estão acima de qualquer lei, e até mesmo a Nimbo-Cúmulo se mantém afastada dos assuntos referentes à Ceifa, a grande organização dos ceifadores.

Os ceifadores são temidos e quando os caminhos de Citra e Rowan se cruzam com os do ceifador Faraday a vida dos dois adolescentes muda para sempre. Embora nenhum dos dois deseje aprender a arte de matar, eles acabam se tornando aprendizes do ceifador. Mas apesar de sua missão macabra, Faraday acredita que o ato de coletar uma vida deve ser feito com compaixão e não por prazer. Só que a Ceifa está cada vez mais dividida e muitos estão dispostos a quebrar as leis da organização e assim trazer ao mundo uma nova era sangrenta.

O treinamento para se tornar um ceifador é pesado e a convivência faz como que uma cumplicidade e outro tipo de sentimento surjam entre Citra e Rowan e isso não passa despercebido a Ceifa. Graças a uma intrincada rede de intrigas e conspirações, Citra e Rowan acabam em lados opostos e ao final do treinamento, somente um deles irá receber o manto sagrado e o anel de ceifador o outro terá que morrer. Mas será que eles vão de capazes de cumprir o decreto da Ceifa?

O Ceifador nos leva por uma viagem ao um mundo futurista em que a ciência e a tecnologia conseguiram resolver os grandes dilemas da humanidade, incluindo a morte. Por esse motivo acredito que mesmo contando com personagens bem construídos e protagonistas fortes, a Morte é de fato o personagem central aqui.  De uma maneira bastante perspicaz Neal Shusterman inseriu várias reflexões sobre o tema, além de duras críticas a sistemas corruptos e ao estilo de vida mais “fácil”. Foram justamente esses pontos e a forma como eles são trabalhados na narrativa que tornam o livro tão incrível em minha opinião.

Gostei muito do modo como o autor construiu a personalidade da Citra e do Rowan. Os dois tiveram criações diferentes e são quase como água e vinho. Seus caminhos provavelmente nunca teriam se cruzado se não fosse pelo fato de Faraday os ter escolhido como aprendizes. Ambos possuem um principio moral e éticos muito fortes, que se tornam ainda mais visíveis nos momentos que a sombra do significado de ser um ceifador e o poder que isso traz, os faz questionar suas motivações e a si mesmos.

Tanto o ceifador Faraday como a ceifadora Curie desempenham um papel importante no desenvolvimento da história. São eles que dão a voz as reflexões que o autor inseriu na narrativa, e como ceifadores da “velha guarda” Faraday e Curie demonstraram através de suas ações uma compaixão e empatia pelo próximo enorme, especialmente se levarmos em conta que eles são os responsáveis por trazer dor e sofrimento as pessoas.

Neal Shusterman ainda nos presenteia com o vilão caricato é verdade, mas que apesar da sua prepotência e desejo por sangue e poder consegue ser carismático. E mesmo que eu não goste muito dessa separação explicita entre o bem e o mal em narrativas, eu consegui entender os motivos do autor para deixar isso tão claro na história. Afinal a humanidade conseguiu chegar a um nível de evolução científica e tecnológica em que a única coisa que nos espera é uma vida eterna, agradável e feliz. Mas será que a ciência e a tecnologia são capazes de eliminar o que de pior existe no instinto humano?

Outro ponto positivo é o fato do autor ter focado na evolução da história como um todo deixando o suposto romance entre os protagonistas como plano de fundo. Isso faz com que a narrativa fique mais interesse e gostosa de acompanhar, pois quanto mais o autor revela os segredos da Ceifa e a forma como esse mundo utópico funciona, mais sobre eles queremos saber.

O Ceifador uma foi grata surpresa e sem sombra de dúvidas é uma das minhas melhores leituras do ano até o momento. Sua narrativa é repleta de mistérios e reviravoltas que me deixaram simplesmente chocada em alguns capítulos. Além disso, Neal Shusterman soube como deixar pontas soltas e perguntas para serem respondidas no próximo livro da série. De minha parte só posso adiantar que estou bem curiosa para saber o que o futuro reserva para Citra e Rowan.

“Remorso. Arrependimento. Sofrimentos grandes demais para suportarmos. Porque, se não sentíssemos nada, que espécie de monstros seríamos?“

Confesso que ao iniciar a leitura de O Ceifador esperava uma história completamente diferente e acabei surpreendida da melhor forma possível. Mesmo com os ares futuristas, Neal Shusterman aborda aqui questões atuais em uma narrativa inteligente marcada por reflexões sobre o caráter humano, vida e a morte. Tudo isso com uma escrita fluida e envolvente que vai fazer você perder algumas horas de sono para descobrir o que te espera no próximo capítulo.

junho 26, 2017

Wishliterária - Julho

| Arquivado em: LANÇAMENTOS.

Oie gente =)

Finalzinho de mês e nada melhor do que dar aquela espiada nos próximos lançamentos literários.  E já adiando que a wishliterária desse mês está linda ()!

Prepare-se para aquele sentimento delicioso de indecisão na hora de escolher qual será sua próxima leitura. Confere ai!







Sinopse: Os Príncipes – Livro 01.
Ao descobrir que o conde de Swartingham visita um bordel para atender suas “necessidades masculinas”, Anna Wren decide satisfazer seus desejos femininos... com o conde como seu amante . Chega uma hora na vida de uma dama... Anna Wren está tendo um dia difícil. Depois de quase ser atropelada por um cavaleiro arrogante, ela volta para casa e descobre que as finanças da família, que não iam bem desde a morte do marido, estão em situação difícil.  Em que ela deve fazer o inimaginável... O conde de Swartingham não sabe o que fazer depois que dois secretários vão embora na calada da noite. Edward de Raaf precisa de alguém que consiga lidar com seu mau humor e comportamento rude. E encontrar um emprego. Quando Anna começa a trabalhar para o conde, parece que ambos resolveram seus problemas. Então ela descobre que ele planeja visitar o mais famoso bordel em Londres para atender a suas necessidades “masculinas”. Ora! Anna fica furiosa — e decide satisfazer seus desejos femininos… com o conde como seu desavisado amante.







Sinopse: Lobo por Lobo – Livro 02.
Para o Terceiro Reich, a Segunda Guerra Mundial pode ter acabado, mas para a resistência a luta está apenas começando. Yael é sobrevivente de um campo de extermínio e tem uma habilidade especial é uma metamorfa, capaz de mudar a aparência física e assumir a forma de qualquer pessoa. Ela também é uma garota em fuga o mundo acabou de vê-la atirar e matar Adolf Hitler. Yael é a inimiga número 1 da Germânia e de seus aliados, e vai precisar se infiltrar no território inimigo mais uma vez se não quiser pagar com o seu próprio sangue. Em meio a segredos sombrios acompanhados por verdades obscuras, apenas uma pergunta paira na mente de todos do grupo de Yael o quão longe você iria por aqueles que você ama.







Sinopse: Deuses do Egito – Conto.
Quem são os deuses que regem os caminhos e descaminhos de Amon e Lily, os corajosos heróis da série Deuses do Egito? Por que esses deuses tramam conquistas e vinganças, envolvendo a humanidade em suas maquinações? E por que deixam nos ombros de alguns jovens mortais a responsabilidade pela salvação do mundo? Antes que Lily e Amon se encontrassem, antes mesmo que o caos dominasse o cosmos e os deuses precisassem de três irmãos corajosos para combater o mal, muita coisa já estava em jogo. Em O duelo dos imortais, vamos conhecer a história dos quatro irmãos que assistiam, com seus poderes especiais, o grande Amon-Rá no governo da Terra. Romance, traição e vingança são os fios que tecem esta trama surpreendente, cujos personagens imortais despertam em nós os mais profundos sentimentos.






Sinopse: Um romance sobre arriscar tudo pelo amor — e sobre encontrar seu coração entre a verdade e a mentira. Da autora das séries Slammed e Hopeless. Auburn Reed perdeu tudo que era importante para ela. Na luta para reconstruir a vida destruída, ela se mantém focada em seus objetivos e não pode cometer nenhum erro. Mas ao entrar num estúdio de arte em Dallas à procura de emprego, Auburn não esperava encontrar o enigmático Owen Gentry, que lhe desperta uma intensa atração. Pela primeira vez, Auburn se vê correndo riscos e deixa o coração falar mais alto, até descobrir que Owen está encobrindo um enorme segredo. A importância do passado do artista ameaça acabar com tudo que Auburn mais ama, e a única maneira de reconstituir sua vida é mantendo Owen afastado.


+ Lançamentos

Não falei que esse mês estava difícil escolher? Ok, que todo mês é difícil, mas cá entre nós que Julho está vindo com tudo.  Desde continuações de séries que amamos a novas histórias que prometem conquistar nossos corações ().

É muito pouco tempo para tanto livro bom! Vocês conseguiram se decidir? Por que eu sinceramente ainda não =D

Beijos e uma ótima semana para vocês ;***


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