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setembro 15, 2013

Wild Cards por George R.R. Martin



ISBN: 9788580445107
Editora: LeYa
Ano de Lançamento: 2013
Número de páginas: 480
Classificação: Bom
Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.


Sinopse: O Começo de Tudo - Livro 01.
Ao fim da Segunda Guerra Mundial, a Terra é salva por pouco de um meteoro alienígena. Porém, o vírus que a bomba espacial carrega cai em Nova York e, gradativamente, espalha-se pelo mundo, contaminando parte da população e dotando parte dos sobreviventes com poderes especiais. Alguns foram chamados de Ases, pois receberam habilidades mentais e físicas, alguns foram amaldiçoados com alguma deficiência bizarra e, por isso, batizados de Coringas. Parte desses seres, agora especiais, usava seus poderes a serviço da humanidade, enquanto outros despertaram o pior que havia dentro de si.




Ao começar a leitura de Wild Cards não sabia ao certo o que iria encontrar.  Claro, que o fato do livro ser “escrito” por um dos autores mais aclamados de literatura fantástica dos últimos anos, fez com que minhas expectativas em relação à obra fossem as melhores. Não que elas não tenham sido atendidas, porém o “excesso” de pessoas escrevendo a mesma história e com isso dando a sensação que se tratava de “histórias paralelas” unidas em um livro só, tornou a leitura em determinados momentos confusa.

A história começa em 1946, após o termino da Segunda Guerra Mundial em que metade do mundo está buscando se reerguer das cinzas.  Nos primeiros capítulos conhecemos um pouco os protagonistas da série e temos uma pequena noção de como a guerra interferiu na vida de cada um. Quando parecida que o mundo finalmente teria um pouco de paz, um vírus alienígena poderosíssimo atinge a cidade de Nova Iorque para logo após se espalhar pelo mundo, levando não somente o caos pelo planeta, mas criando também duas novas gerações de “seres humanos”: Os Ases, que possuem “dons” como telepatia, força descomunal, e outros poderes assombrosos, e os Coringas que não foram tão abençoados pelo vírus assim e se tornaram verdadeiras aberrações.

Para tentar trazer a ordem ao planeta novamente, foi criado o Comitê da Câmara sobre Atividades Antiamericanas, que tinha como principal missão prender todos os Ases. Só que o esse Comitê não contava com o fato de que essa “caçada” a todos que foram afetados pelo vírus alienígena saísse de controle por conta das leis aprovadas que "obrigavam" todos os Ases a proteger os Estados Unidos. Se vocês estão achando alguns detalhes levemente parecidos com X-MEN, - sim eles não são meras coincidências. Em muitos momentos durante a leitura eu fiquei esperando aparecer um Professor Xavier ou um Magneto, coisa que logicamente não aconteceu.

Wild Cards não é um livro “comum” e não apenas por ele misturar elementos da literatura fantástica com ficção científica, mas por que durante todo o desenvolvimento da história o leitor tem que lidar com pequenos por menores que fazem com que a leitura dele seja um pouco “travada”. Os capítulos, por exemplo, eles não são contínuos. Na verdade Wild Cards passa mais a sensação que é uma coletânea de contos, que mesmo tendo relação entre si, muitas vezes deixam aquela sensação vaga que nenhum tem muito haver com o outro. É justamente aquilo que eu comentei no começo da resenha. Parece que você está lendo histórias paralelas, dentro de uma realidade paralela em que todo mundo quer deixar a sua marca na história, por assim dizer.

Alguns desses “contos” são muito bons em especial o "Capitão Cátodo e o Ás Secreto", escrito por Michael Cassutt e a “A Garota Fantasma conquista Manhattan”, escrito por Carrie Vaughn que foram os que mais prenderam a minha atenção, enquanto outros não que sejam ruins, mas também não são bons, se é que vocês me entendem (...). Durante toda a leitura eu convivi com certa oscilação no meu ritmo leitura, por conta da forma com que cada autor escrevia. Eu conseguia visualizar os pontos em comuns presentes em cada capitulo, mas a diferença na hora de explanar a história em si deixa um pouco a desejar em minha opinião.

Outro detalhe é que para quem estava esperando (tipo eu assim), que o livro era escrito por George R.R Martin logo no começo da história acaba se decepcionando um pouco, pois aqui ele é apenas o editor e colaborador da série Wild Cards. Assim, isso não chegou a ser um grande problema, até por que ainda não li nada dele até agora então não posso fazer nenhum comparativo.  Mas (...).

Eu gostei do livro, apesar da história ter me deixado um pouco confusa e perdida em alguns momentos eu acredito que no decorrer da série, que conta no total com vinte e dois volumes as lacunas presentes nesse primeiro livro serão preenchidas.  Afinal, que a série tem um grande potencial para conquistar leitores apaixonados, isso não resta dúvidas.

“No instante seguinte, ele viu com triste desalento a pele dela escurecer, ficar roxa e então negra. Mais uma das minhas, pensou ele.”

Wild Cards não decepciona quem gosta de histórias de ficção que intercalam com maestria mundos fantásticos e a realidade. A minha dica é: mesmo que um capítulo não seja muito empolgante, não desista no livro, por que com certeza haverá capítulos que irão fazer com que a leitura valha a pena.



setembro 11, 2013

#naplaylist – Década de 90



Oie leitores!

Como vocês já podem perceber a coluna #naplaylist continua no clima de nostalgia e, dessa vez eu vou dividir com vocês algumas músicas que marcaram os meus amados anos 90.

Ai gente, se alguém tivesse me falado que essa fase na minha vida ia passar tão rápido, eu teria aproveitado muito mais muito mais. Saudades do tempo que eu tinha para assistir desenho animado, brincar de boneca, que ser fã de boybands não era visto como algo tão “bobo”.  E principalmente, - saudades quando a minha única preocupação era a nota em matemática no meu boletim. Crescer às vezes é tão chato, não concordam?

A parte boa é que quando bate aquela saudade dos “tempos que eu era feliz e não sabia”, eu sempre posso colocar na minha playlist músicas que foram e ainda são especiais.  Claro que elas não podem fazer o tempo voltar infelizmente, mas de certa forma elas conseguem levantar meu astral e trazer de volta as minhas melhores lembranças.

E vocês querem saber a verdade: Eu acho que é por isso que não vivemos sem música.

Confiram meu TOP 5 de hoje!


: N’SYNC – I Drive Myself Crazy.


Tudo bem que eu não era lá muito fã do N’SYNC, mas essa música é tão lindinha. E cá entre nós, o Justin está nem melhor hoje =P.

4º: Spice Girls – Stop.


Não tem como fazer um playlist dos anos 90 sem elas não é mesmo? Stop right now, thank you very much

3°: Britney Spears – Sometimes.


Sim, eu gostava da tia Britney (me condenem), mas essa música traz boas lembranças.

2º:  Sixpence None The Richer - Kiss Me.

Ai gente! Tem coisa mais fofa do que essa música? *Suspiros*


1º: Backstreet Boys– As Long As You Love Me.

Dispensa comentários! Backstreet Boys é amor eterno! Nick Carter meu primeiro amor !! Lindos! Amo muito! ♥♥♥♥♥♥♥ Ok! Parei!

Bem, eu vou ficando por aqui hoje nesse clima de nostalgia e boas lembranças (...) *Suspiros* .

Espero que vocês tenham gostado!

Beijos e até o próximo post ;D

;***





imagem: Tumblr

setembro 08, 2013

As Regras da Sedução por Madeline Hunter



ISBN: 9788580411416
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2013
Número de páginas: 272
Classificação: Muito Bom
Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.



Sinopse: Rothwell Brothers - Livro 01.
Lorde Hayden Rothwell chega à casa de Alexia Welbourne sem aviso e sem ser convidado – um homem poderoso e sedutor, movido por interesses obscuros. Sua visita anuncia a ruína financeira da família de Alexia e o fim das esperanças da jovem de um dia conseguir um bom casamento. Para se sustentar, a moça recebe a proposta de ser dama de companhia de Lady Henrietta Wallingford e preceptora de sua filha. O problema é que a oferta vem do sobrinho de Henrietta, ninguém menos que lorde Hayden. Morando na casa da tia de Rothwell, Alexia descobre que a proximidade com o homem que destruiu sua família pode ser perigosamente irresistível.



Sabe aquele livro que vai te conquistando aos poucos a cada capítulo? Sabe aquela narrativa que por mais clichê que seja, consegue te surpreender nos momentos certos? E melhor, sabe aqueles típicos personagens irritantes que de tão teimosos conseguem ser apaixonantes? Pois, para minha felicidade As Regras da Sedução tem um pouco de tudo isso, o que faz dele um romance cativante que conseguiu me encantar do começo ao fim da leitura.

A vida não foi muito boa com a jovem Alexia Welbourne. Após o falecimento de seu pai, ela se vê sozinha, sem família, sem dinheiro e “obrigada” a morar de favor na casa de seus primos por lado de mãe, os Longworths. Com as poucas economias vindas dos rendimentos deixados pelo seu pai e sabendo que jamais chamaria a atenção de nenhum bom pretendente, Alexia se apega a segurança do lar que construiu com seus primos. Porém, quando Lorde Hayden Rothwell parece na casa dos Longworths com a notícia que eles estão falidos e irão ter que deixar a bela residência onde vivem em Londres e se mudarem para a modesta propriedade e Oxfordshire, Alexia sabe muito bem o que isso significa. Ela está mais uma vez, sem ter onde morar, sem família e como sobreviver.

No momento em que Alexia analisa desesperadamente as suas oportunidades de sobrevivência, ela recebe uma proposta que pode salvar a sua vida vinda justamente da pessoa que acabou de destrui-la, Lorde Hayden Rothwell.   Hayden oferece a ela o emprego de dama de companhia e preceptora na casa de Lady Henrietta, sua tia. Dividida pela gratidão que tem pelos primos e a mágoa que sente por todo mau que Lorde Rothwell os causou, Alexia se vê obrigada a conviver com a presença constante de Hayden na casa de Lady Henrietta. Mas, até quando ela conseguirá negar a forte atração que sente pelo homem que destruiu a sua vida?

Lorde Hayden Rothwell, guarda muitos segredos, entre eles verdades que deixariam Alexia completamente arrasada, isso se ela acreditasse nele. Acostumado a recorrer à lógica dos números para tudo em sua vida, Hayden não estava preparado para o forte desejo e os sentimentos mais profundos que Alexia despertam nele. No momento em que deixa suas emoções falarem mais altos, ele rompe com todas as regras de comportamento de um cavalheiro e a única alternativa para se redimir desse erro, pode não ser a melhor solução. Ou será que é?

Mesmo com toda a atmosfera de romance e sedução criada pela autora Madeline Hunter, é perceptível que a mesma buscou dar certa profundidade a história. Os personagens passam por diversos conflitos, não apenas na relação um com o outro, mas também por conflitos internos que são mais visíveis em Hayden. Embora para uma mulher na sociedade londrina século XIX as opções para se viver de maneira confortável e “digna” fosse única e exclusivamente o casamento, Alexia consegue pensar em formas de sobreviver que não manchem a sua reputação. Já Hayden tem que conviver com o fato de passar para os outros a imagem que é um "monstro" insensível e sem coração. Tudo isso ao mesmo tempo em que ele tem que cuidar do bem estar da sua família, lidar com o ódio que os Longworths sentem por ele, e claro com os sentimentos confusos da Alexia.

Madeline Hunter conseguiu retratar a realidade da aristocracia inglesa de uma maneira muito delicada, envolvente e ao mesmo tempo dramática. Ao contrário dos personagens que habitualmente estamos acostumados a encontrar nos romances de época, que passam aquela sensação de quase “conto de fadas”, aqui eles são mais maduros e com isso a narrativa tem um toque mais sério e em que apesar do romance não ter sido deixado completamente de lado, ele também não está em primeiro plano. 

Outro ponto que me chamou a atenção nesse primeiro livro da série Rothwell Brothers, foi que mesmo a história tendo com personagem principal o irmão do meio, Hayden a autora consegui dar um destaque aos outros membros da família, como Christian (suspiros) o Marquês de Easterbrook e irmão mais velho e ao fofo do Elliot o mais novo da turma. Confesso que mesmo o Hayden sendo uma graça, eu fiquei completamente apaixonada pelo Christian. Por menor que a participação dele seja aqui, é visível que ele tem uma personalidade enigmática, forte e um tanto excêntrica (novidade). Espero não me decepcionar, quando chegar à vez de conhecer a história dele.

Acredito que para quem esteja buscando um romance “super gracinha” pode acabar ficando um pouco desapontado com a história, mas em minha opinião romances mais “verdadeiros” conseguem ser belíssimos também. Principalmente quando a autora usa os ingredientes certos para escrever uma boa história e, posso garantir que Madeline Hunter acertou aqui. Assim vamos supor que ao final meus olhos marejaram um pouquinho. Mas, só um pouquinho mesmo.

“Hayden deu mais um passo em direção a ela. Alexia não percebera sua aproximação antes, mas ele estava muito perto. Perto demais. Olhou nos olhos dele. Era ela a hipnotizada agora.”

Com uma história marcada por dramas pessoais fortes As Regras da Sedução, conquista leitores ávidos por romances mais realistas que consegue emocionar de forma simples, doce e apaixonante.  Recomendo!




setembro 04, 2013

Café Literário – Meu Malvado Favorito



Não, não é o filme! Mas, vai dizer que você nunca torceu pelo Frajola ou para Tom, e claro pelo pobre coitado do Coiote? Uma coisa é certa, - muitas vezes os “vilões” sejam eles nos livros, filmes, séries ou desenhos animados conseguem ser tão e em muitos acasos até mais carismáticos que os mocinhos.

Claro que tem vilões que são realmente muito maus, mas tem uns que acabam conquistando o coração da gente e se tornando muitas vezes os nossos personagens favoritos.  Não sei quanto vocês, só que sempre que isso acontece comigo eu fico com aquele “pesinho na consciência”.  Que passa rápido, mas fico.


Um exemplo prático é a série Once Upon a Time, em que simplesmente não suporto o Casal Encantado. Ai gente, a Snow é chata demais e o príncipe pode até ser bonitinho, mas é tão chato quanto ela. Eu gosto mesmo é do Rumplestiltskin, que mesmo sendo uma peste, a maldade em pessoa, o todo poderoso Senhor das Trevas me conquistou justamente por causa do seu humor negro e sua adorável ironia. Rumple é muito amor, fato!

Assim como Tom Marvolo Riddle, meu querido e amado Lord Voldemort. Claro que eu amo o Harry, como também o Dumbledor e o Snape, só que não tem como negar que titio Voldénho (se acha a intima) tem certo carisma, e que nenhum vilão foi tão marcante na literatura/ cinema como ele nos últimos anos. Não tem um fã de Harry Potter que lá no fundo (nem que seja bem no fundo do coração mesmo), que não goste nem que seja um pouquinho do Lord Voldemort.

Outro “vilão” que tem o seu lado “encantador” é o Gollum/ Sméagol de O Hobbit e Senhor dos Anéis. Ele é outro tipo de personagem que por mais “mau” que seja em determinados momentos, possui algo que faz você gostar dele (mesmo ele dando medo às vezes). Sim, eu tenho um pouco de medo do Sméagol, mas eu tinha medo do Vingador de A Caverna do Dragão quando eu era criança, então disfarçar (...).

E se eu parar para pensar tem vários vilões que ”são legais”.  Tem a diva Belatrix Lestrange de Harry Potter, Regina Mills de Once Upon a Time, -A de Pretty Little Liars, o Warner de Estilhaça-me, Loki de Thor, Jafar do Aladin, O Capitão Gancho, O Clã Volturi de Twilght,  (...), bem a minha lista de “Malvados Favoritos” até que é grandinha, mas aqui entre nós – eles não são tão maus assim. São?

E vocês tem algum Malvado Favorito? Então não deixem de compartilhar aqui com os demais leitores do blog.

Ah! Se você está pensando que a minha casa em Hogwarts é Sonserina, acertou!  Mas eu juro que sou boazinha.

Beijos;***



imagem: Suzzannnn.



setembro 01, 2013

O Mar de Monstros por Rick Riordan



ISBN: 9788598078441
Editora: Intrínseca
Ano de Lançamento: 2009
Número de páginas: 304
Classificação: Bom


Sinopse: Percy Jackson & Os Olimpianos - Livro Dois.
Nessa nova aventura, Percy e seus amigos estão em busca do Velocino de Ouro, único artefato mágico capaz de proteger da destruição seu lugar predileto e, até então, o mais seguro do mundo: o Acampamento Meio-Sangue. Com o envenenamento da árvore de Thalia por um inimigo misterioso, as fronteiras mágicas que protegem o Acampamento estão ameaçadas, e é preciso buscar o antídoto.




Não é segredo para ninguém que sou completamente apaixonada por mitologia grega, porém confesso que ainda não me apaixonei completamente pela saga Percy Jackson & Os Olimpianos. Eu gostei bastante do primeiro livro e para minha alegria esse não sofreu da terrível “maldição do segundo livro”, só que muitos de vocês podem até achar que é “bobagem” de minha parte, mas infelizmente eu não consigo ler Percy Jackson sem automaticamente comparar alguns fatos com Harry Potter.

Ok! No geral uma história não tem nada haver uma com a outra mesmo, mas não sei se essa sensação que eu tenho se dá por conta da forma como os personagens foram construídos, ou se é algum detalhe presente nas entrelinhas, - não sei. O fato é que por mais que eu tente em alguns momentos a comparação é inevitável. Não que isso seja algo negativo, de maneira alguma. O único problema mesmo, é que eu fico esperando um “algo a mais” que não acontece (...), isso sim é triste.

Bem, acredito que vocês já estejam “cansados” de ler resenhas desse livro em especial quem já foi assistir ao filme. Então vou “tentar” dar uma resumida geral sobre o que achei da história, para não parecer repetitiva em nem acabar dando algum spoiler sem querer.

O Mar de Monstros não chega a ser uma leitura surpreendente. Embora seja visível o amadurecimento dos personagens e da história em si, ele não foi um livro que fez mergulhar de cabeça na narrativa e viver uma grande aventura.  Comparando O Mar de Monstros como O Ladrão de Raios, senti que nesse segundo livro a narrativa foi um pouco superficial e óbvia demais.  Em nenhum momento houve um “grande” acontecimento ou uma revelação bombástica, na verdade conforme a minha leitura evoluía eu fui meio que deduzindo como o livro iria acabar.

A partir daqui algumas respostas começam a ser dadas e você convive mais com detalhes da mitologia que muitas vezes passam despercebidos nas histórias em geral. Sim o livro é legal de ler e possui uma narrativa leve o que tornar a história envolvente, porém em minha opinião ele poderia ser infinitamente melhor.  Tudo bem que aqui o Percy e Annabeth partem em uma busca arriscada para encontrar o antídoto que salvará a árvore da Thalia, e durante essa jornada eles passam por vários apuros, e tudo mais.  Mas, sabe quando falta alguma coisa?

Bem, faltou aquele toque mágico e despretensioso que me encantou no primeiro livro, como também aquela atmosfera de mistério e aventura é quase invisível aqui. É tudo muito tão “fácil” e rápido demais, que inclusive as partes que tem um pouco mais de ação não chegam lá a ser muito empolgantes.  Tipo, eu não consegui me envolver de verdade com a história, por que apesar do livro não sofrer da maldição, ele é realmente um pouco mais “fraco” em relação ao O Ladrão de Raios. Pelo menos essa é a impressão que eu tive.

Outro ponto que me incomodou em O Ladrão e Raios e continua me incomodando aqui, é a forma como os deuses são apresentados. Não que eu espere que o autor siga os tradicionais livros de história sobre mitologia grega a risca, porém eu gostaria de conseguir identificar alguns traços das personalidades “originais” deles nos livros da saga. Eu entendo o fato do autor querer dar uma amenizada nos “gênios ruins” de alguns deuses e isso até acaba dando um diferencial legal para o enredo dependendo do ponto de vista, desde que não os transformem em seres “bonzinhos demais”. Até por que se isso acontecer à história vai ficar completamente sem graça.

Não que eu não tenha gostado do livro. No geral para quem não tinha lá muitas expectativas em relação à leitura, até que gostei da forma como a história se desenvolveu. Óbvio, não foi bem da maneira como eu esperava e gostaria, mas não chegou a ser uma grande decepção também. Diria que O Mar de Monstros é um livro bom, na medida certa que não traz grandes surpresas, mas é um livro gostoso de ler.

“Não importava para que lado nos virássemos, o sol parecia incidir bem nos meus olhos. Nós nos revezamos dando goles no refrigerante, tentando, do jeito que dava, ficar à sombra da vela. E conversamos sobre meu último sonho com Grover.”

Pode não ser o livro mais fantástico que você vai ler na sua vida, mas é uma ótima opção para quem busca uma leitura leve e divertida. Fica a dica!

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