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março 28, 2021

A Troca por Beth O'Leary

| Arquivado em: RESENHAS

Quem me conhece, sabe que busco evitar a leitura de livros que se tornam os “queridinhos” do momento entre muitos leitores. Já tive experiências não tão boas com livros assim e acabei ficando com a sensação de que a chata da história era eu, afinal todo mundo tinha amado o livro. Só que para minha surpresa, isso não aconteceu em A Troca da autora Beth O’Leary.

Acredito que começar a leitura sem grandes expectativas foi um dos grandes motivos para ao final me ver tão cativada pela narrativa e seus personagens. Beth O’Leary construiu uma história singela e que mesmo apelando para alguns clichês consegue mesclar drama, romance e situações divertidas de um modo encantador.

Resenha

ISBN: 9786555600438
Editora: Intrínseca
Ano de Lançamento: 2020
Número de páginas: 352
Classificação:
Compre Aqui
Sinopse: Leena Cotton tem 29 anos e sente que já não é mais a mesma. Eileen Cotton tem 79 e está em busca de um novo amor. Tudo de que neta e avó precisam no momento é pôr em prática uma mudança radical. Então, para colocar suas respectivas vidas de volta nos trilhos, as duas têm uma ideia inusitada: trocar de lugar uma com a outra. Leena sabe que precisa descansar, mas imagina que a parte mais difícil será se adaptar à calmaria da cidadezinha onde a avó mora. Cadastrada em um site de relacionamentos, Eileen por sua vez embarca na aventura com a qual sonha desde a juventude. Dividindo o apartamento com dois amigos da neta, ela logo percebe que na cidade grande suas ideias mirabolantes não são tão complicadas assim. Ao trocar não só de casas, mas de celulares e computadores, de amigos e rotinas, Leena e Eileen vão descobrir muito mais sobre si mesmas do que imaginam. E se tudo der certo, talvez destrocar não seja a melhor solução.

Quem vê a vida agitada de Leena em Londres, pode deduzir que ela está no auge de sua vida profissional e amorosa. Não que em partes isso não seja verdade, aos 29 anos Leena tem um emprego que adora, um namorado apaixonado e os melhores amigos que alguém gostaria de ter. Porém nos recantos mais escondidos do seu coração, ela sabe que algo não vai tão bem assim.

Quando Eileen tem um novo projeto, nada fica entre ela e seu objetivo. Após ser abandonada pelo marido, a senhora de 79 anos decide que está na hora de sair em busca de um novo amor, porém há um pequeno obstáculo. Todos os senhores solteiros da tranquila e simpática cidade onde Eileen mora, são seus velhos conhecidos e ela não se sente muito atraída por nenhum deles.

Após uma crise de pânico durante uma reunião importante, Leena é afastada por 2 meses do trabalho e durante uma visita a avó, ela descobre seu novo projeto e decide ajudá-la, criando um perfil para Eileen em um site de relacionamento.

Enquanto conversam sobre os rumos que a vida de ambas tomou, avó e neta percebem que precisam de medidas um tanto drásticas para colocar as coisas em ordem e alcançar suas metas. Afinal, Leena sabe que precisa se afastar de Londres para conseguir descansar, do mesmo modo que Eileen tem ciência que para encontrar um novo amor ela vai precisar explorar uma nova vizinhança.

Eis então que uma ideia absurda surge; e se elas trocassem de lugar pelos próximos meses? Eileen vai para Londres ficar no apartamento de Leena e viver uma aventura na cidade grande, e a neta fica em Hamleigh-in-Harksdale na pacata zona rural de Yorkshire cuidando de todos os outros projetos de sua avó. Mas será que elas vão conseguir se adaptar ao universo da outra? Conforme os dias se passam Leena e Eileen vão descobrindo que a felicidade constrói sua morada onde o amor existe.

Uma das reflexões que fiz durante a leitura de A Troca, me remeteu a uma das primeiras conversas que tive com o meu terapeuta, sobre como em alguns momentos de nossa vida para conseguir seguir em frente é necessário dar dois passos para trás. A trajetória que a Leena tem na narrativa em diversas ocasiões me relembrou essa conversa. A personagem se joga no trabalho na tentativa de evitar as lembranças que lhe causavam dor, mas isso apenas prolonga o seu sofrimento pela perda da irmã Carla, além de fragilizar a relação com Marian, sua mãe.

Confesso que demorei um pouco para me conectar com a personagem e ao final uma atitude dela me deixou bem desgostosa, mas em partes entendo as ações da Leena, pois fica muito claro que elas são fruto de suas próprias inseguranças e da necessidade que ela tem de tentar manter tudo sob controle. Foi gratificante ver a evolução da personagem e o modo como ela foi de redescobrindo e curando-se.

Já Eileen é uma personagem maravilhosa! Como alguém que cresceu em meio a pessoas da terceira idade e que por anos foi voluntária em asilos, logo nas primeiras páginas me vi completamente encantada por ela. Eileen é carismática, sábia e tão jovial que é praticamente impossível não desejar ter uma avó como ela.

Acompanhar suas aventuras por Londres, seu romance com Tod e o modo como ela consegue em tão pouco tempo causar mudanças positivas na vida de todos a sua volta, incluindo os amigos da neta Fitz, Martha e Bee sem dúvidas deixou meu coração mais quentinho. Além disso, a Patrulha do Bairro da qual Eileen é presidente em Hamleigh-in-Harksdale é mais um dos pontos altos da narrativa. Ver a sua preocupação com o bem-estar de todos ao mesmo tempo em que tem medo de ser invasiva, a torna ainda mais cativante.

Apesar da história como um todo ter um clima leve, a autora soube como inserir temas mais “pesados” como o luto, relacionamento abusivo, codependência amorosa, os perigos a que todos nós estamos expostos no mundo virtual e o sentimento de solidão e inadequação ao novo muito comum em alguns idosos.

Gostei muito da construção da amizade da Leena com o Arnold e o modo como a autora conduz a relação dela com Jackson. Mesmo que no contexto geral tudo possa parecer bem clichê, Beth O’Leary soube como dar um toque de emoção ao previsível e nos deixar na torcida por um final feliz.

“—Às vezes, é mais fácil ficar com raiva do que ficar triste...”.

Ao começar de forma despretensiosa a leitura de A Troca, esperava apenas encontrar uma leitura leve no melhor estilo Sessão da Tarde e em parte, foi exatamente isso que encontrei. Mas à medida que fui me envolvendo com a história, a cada capítulo me sentia mais conectada com os personagens e seus sentimentos e inseguranças.

Admito com muita alegria que acabei “mordendo a língua”, pois de verdade eu estava com bastante receio de não gostar tanto assim da história e no final simplesmente amei. Tanto que já vou colocar Teto para Dois, da mesma autora na minha lista de futuras leituras.  Não me decepcione viu, dona Beth O’Leary.


julho 14, 2015

Isla e o Final Feliz por Stephanie Perkins

| Arquivado em: Resenhas.

ISBN: 9788580577396
Editora: Intrínseca
Ano de Lançamento: 2015
Número de páginas:
Classificação: Ótimo.
Onde Comprar: Submarino.
Sinopse: Tímida e romântica, Isla tem uma queda pelo introspectivo Josh desde o primeiro ano na SOAP, uma escola americana em Paris. Mas sua timidez nunca permitiu que ela trocasse mais do que uma ou duas palavras com ele, quando muito. Depois de um encontro inesperado em Nova York durante as férias envolvendo sisos retirados e uma quantidade considerável de analgésicos, os dois se aproximam, e o sonho de Isla finalmente se torna realidade. Prestes a se formarem no ensino médio, agora eles terão que enfrentar muitos desafios se quiserem continuar juntos, incluindo dramas familiares, dúvidas quanto ao futuro e a possibilidade cada vez maior de seguirem caminhos diferentes.

C
onfesso que estava muito, mais muito curiosa para ler Isla e o Final Feliz. Há algo na escrita da autora Stephanie Perkins que torna tudo mais leve e colorido. Sem falar que sempre tenho a sensação que cada capítulo contém altas e indicadas doses de açúcar, que deixam tudo ainda melhor.

Isla é aquela típica menina tímida que logo em seu primeiro ano desenvolve uma paixão platônica por Josh. E apesar de fazer parte do “grupinho popular” da SOAP (Escola Americana em Paris), Josh sempre foi um rapaz introspectivo preferindo a companhia dos seus desenhos a de outras pessoas.  Quando por um daqueles maravilhosos acasos de destino Isla e Josh se encontram durante as férias em Nova York, ela não pode imaginar o quanto seus sonhos podem estar perto de se tornaram realidade. Ao retornarem para as aulas em Paris, Isla começa a perceber que nem sempre foi tão “invisível” assim, e que o jeito indiferente de Josh é só uma fachada para que ele esconda os seus verdadeiros sentimentos.

Juntos eles vivem um romance digno de conto de fadas. Mas, o mesmo destino que aparentemente tinha colocado as coisas no caminho certo, resolve bagunçar tudo novamente. Isla e Josh terão que enfrentar não apenas os desafios e as responsabilidades que vem com a vida adulta. Como também precisarão principalmente confiar no relacionamento que construíram e no que sentem, se quiserem ter o seu tão sonhado final feliz.

Desde que li Lola e o Garoto da Casa ao Lado, (não li os livros na “ordem” correta ) me encantei pela narrativa da Stephanie Perkins. Os livros dela tem aquele dom de fazer com que eu tenha a sensação que é a minha própria história que está sendo contada ali. Seus personagens são incrivelmente humanos, com sonhos e medos que todo mundo tem ou um dia teve. Me vi na Lola, na Anna e dessa vez me vi na Isla em muitos momentos. Talvez por ter um pouquinho de cada uma, sinto como se elas fossem minhas amigas.

E é esse sentimento que torna os livros da Stephanie Perkins, tão incríveis. Em muitos momentos eu ri, passei raiva e me emocionei, por que ali naqueles capítulos em cada palavra era a vida em sua total beleza e complexidade que estava sendo retratada.  Isla e Josh são aquele típico casal que faz com que você se apaixone por eles antes mesmo deles admitirem o que sente um pelo outro.

E por mais que em uma determinada situação as inseguranças da Isla tenham me incomodado um pouco, eu não apenas sabia do porquê dela agir daquela forma, como também entendia as razões dela. Já o Josh é um personagem que me chamava atenção desde que li Anna e o Beijo Francês, e foi maravilhoso  finalmente conhecer ele “de verdade” aqui. O Josh que não queria ficar sozinho. O Josh que tinha problemas em casa e que usava a sua arte para dizer tudo aquilo que não conseguia expressar com palavras.

O grande diferencial de Isla e o Final Feliz é que ele não fica só focado no casal. Pois, acima de tudo ele é um livro que nos mostra a importância da família e das amizades em nossa vida. Por esse motivo a narrativa dá um bom destaque aos personagens secundários, fazendo com que eles inclusive desempenhem um papel importante no contexto geral da história. Adorei reencontrar com personagens tão queridos como a Lola e o Cricket, a Meredith e claro a Anna e Éttienne (). De verdade já estou morrendo de saudades dessa turma. E já aviso aos manteigas derretidas como eu, que é bom deixar os lencinhos preparados.

“ Eu queria que o mundo nos engolisse aqui, agora, por inteiro, nesse exato momento. E é ai que a ficha cai, que me dou conta de que isso – isso – é se apaixonar.”

Isla e o Final Feliz reúne todos os clichês já conhecidos e justamente por isso ele é aquele tipo de leitura que aquece nosso coração e nos deixa como aquele sorriso bobo no rosto.  É muito amor envolvido aqui gente ()!


abril 04, 2014

Os Ladrões de Cisne por Elizabeth Kostova

ISBN: 9788580570434
Editora: Intrínseca
Ano de Lançamento: 2011
Número de páginas: 536
Classificação: Bom
Onde Comprar: Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Submarino - Compare os Preços.







Sinopse: Neste livro, a autora conta a história do universo de um pintor - a paixão, a criatividade, os segredos e a loucura. O livro conta sobre um ataque brutal, que Oliver teve contra uma tela na National Gallery of Art. O que levaria um artista a destruir algo que ele valorizaria acima de tudo? Agora, ele se encontra confinado no quarto de um hospital psiquiátrico guardando um silêncio obstinado.

Vocês lembram que no ultimo Café Literário eu tinha comentado que esse livro tinha me chamado a atenção em especial pela capa?  Então, agora chegou a hora de saber se a leitura valeu, ou não a pena. Pois bem (...), isso é algo que até agora estou tentando descobrir, para falar a verdade. Quem sabe, ao finalizar essa resenha eu consiga uma resposta, afinal quando temos em mãos uma obra tão complexa, definir como nos sentimos em relação a ela não é uma tarefa simples.

O  psiquiatra Andrew Marlow, leva uma vida tranquila e organizada até que na manhã de abril de 1999, o seu amigo e também psiquiatra, John Garcia o surpreende com um telefonema. John está trabalhando com um paciente difícil, que em sua opinião exige o talento natural de Marlow. O paciente em questão é o pintor Robert Oliver, detido por atacar a faca, um quadro em especial que faz parte da coleção permanente das obras do século XIX da National Gallery em Washington.

Marlow aceita o caso, mas logo percebe que assim como John, conseguir com que Robert revele os motivos por que atacou a obra não será tão simples assim. O único avanço que ele tem é o acesso ao maço de cartas antigas, escritas em francês que o pintor leva consigo e relê constantemente. Tais cartas eram trocadas entre Bèatrice de Clerval e o tio de seu marido, Olivier Vignon e são datas de 1879, mais de 100 anos atrás. O motivo pelo qual Robert tem essas cartas em seu poder e a sua negativa em falar sobre o ocorrido na National Gallery, fazem Marlow abandone a sua ética profissional para embarcar nos segredos da vida pessoal do seu paciente.

Enquanto Robert Oliver passa seus dias no hospital psiquiátrico, pintado seus quadros em um estado de melancolia profunda, Marlow vai atrás das respostas que seu paciente não dá. Em sua busca ele conhece as mulheres que fizeram parte da vida de Robert, e através delas ele descobre alguns fatos importantes da vida do pintor. O problema é que sem perceber Marlow, acaba vivendo a vida do seu paciente, e fica completamente obcecado em descobrir a verdade não apenas por Robert, mas por si mesmo.

O livro é narrado por Marlow, Kate e Mary, uma a esposa e outra a amante de Robert Oliver. Porém no decorrer dos capítulos vamos conhecendo também um pouco mais da história dos personagens das misteriosas cartas que Robert tem em seu poder. Todas as cartas trocadas entre Bèatrice e Olivier são descritas no livro, e conforme a trama vai se desenvolvendo, cada uma delas se mostra uma peça fundamental para solucionar o caso de Robert.

A escrita de Elizabeth Kostova é extremamente detalhista, ao ponto de que em muitos momentos a narrativa se torna densa e até um pouco cansativa.  Os Ladrões de Cisne não é uma leitura para quem busca ação e grandes aventuras.  Por ser livro intenso com uma história bem construída, esse excesso de detalhes acabam sendo um pouco desnecessários na narrativa. Eu diria até que, Os Ladrões de Cisne é um livro muito mais histórico e um verdadeiro presente, para os que assim como eu amam história da arte, já que ele conta com várias referencias a pintura. Porém como romance ele deixa a desejar, e peca pelo fato de seus personagens serem um pouco “monótonos”.

A narrativa se segura por conta do mistério que envolve a vida e mente perturbada de Robert Oliver. Durante os capítulos você acompanha a busca angustiante de Marlow, para encontrar uma forma de ajudar o seu paciente e acaba envolvido com isso. Mas, o final embora surpreendente mostrou-se bem longe da perfeição esperada pela grandeza da obra que Elizabeth Kostova se propões a escrever.Os acontecimentos finais foram muito rápidos, passando a sensação que a própria autora estava cansada de todo suspense de sua história que resolveu revelar tudo de uma vez só.

Gostei de muitos pontos do livro, em especial por ser uma leitura mais madura em relação aos últimos livros que li. Talvez o que me incomodou foi à falta de dinamismo na narrativa e de um personagem que me cativasse.  É um bom livro, mas infelizmente a sensação que eu tenho é que a história poderia ter sido infinitamente muito melhor. Viram? Não é que eu cheguei a uma conclusão.

“Ele andara se sentindo solitário. Apaixonara-se espiritualmente.”

Apesar dos pesares, Os Ladrões de Cisne nos presenteia com uma história complexa e emocionante.  Aos que estão em busca de narrativas mais adultas e profundas, fica a dica.

fevereiro 03, 2014

Filme – A Menina que Roubava Livros

Olá leitores,

Hoje estou aqui para compartilhar com vocês as minhas impressões sobre uma das adaptações mais esperadas por mim nos últimos tempos, o filme A Menina que Roubava Livros. Sem sombra de dúvidas esse foi um dos melhores livros que li em minha vida, embora eu reconheça que ele não é uma leitura fácil.

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Como livro, A Menina que Roubava Livros, possui um ritmo lento e denso. Eu ao menos levei umas boas 150 páginas para me envolver por completo com a história. Por isso eu não critico que abandonou a leitura pelo caminho, ou não curtiu o livro tanto assim, pois até eu mesma demorei um pouco para cair de amores pela narrativa do “senhor” Markus Zusak. Porém, depois que cai foi bem difícil voltar atrás, por que eu já estava completamente envolvida no mundo de Liesel.

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Quando soube que o livro ia ser finalmente adaptado para os cinemas senti uma mistura de felicidade e receio. Felicidade por que é sempre bom ver um livro tão querido por você virar filme e receio por os roteiristas não conseguirem captar toda a real atmosfera do livro, transformando a obra em mais um filme clichê de guerra. Por quem leu o livro sabe, que ele não é nada clichê, na verdade ele é um dos livros mais tristes que li na minha vida.
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Um dos meus maiores medos era que a narradora da história não estivesse presente.  E acho que esse era o maior medo de todo mundo que leu o livro antes, pois se a “dona” Morte não estivesse presente à história em si teria perdido não toda a sua essência, mas grande parte dela. No meu caso na época o que me levou a ler o livro, foi à enigmática frase da contra capa; “Quando a Morte conta uma história, você deve parar para ler”, por esse motivo fiquei muito feliz por esse personagem tão importante ter sido mantido no enredo do filme.
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Claro como em toda a adaptação, houve muitas cenas que em minha opinião era importantes que foram cortadas, mas em resumo o principal da história foi mantido.  Os atores se aproximaram bastante do que eu tinha imaginado quando li o livro, e a atriz Sophie Nélisse simplesmente brilhou como a Liesel. Ela conseguiu passar todas as emoções e conflitos da personagem de tal forma que, em vários momentos os meus olhos se encheram de lágrimas (Sai parecendo um urso panda do cinema).
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Também merecem destaque a interpretações de Geoffrey Rush (Hans), Emily Watson (Rosa), Ben Schnetzer (Max) e Nico Liersch (Rudy). A interpretação deles foi emocionante, é como se o autor tivesse escrito os personagens para eles mesmos. Geoffrey Rush foi um Hans tão adorável como o personagem é no livro, da mesma forma que Emily Watson foi perfeita como Rosa, que a principio era uma personagem que eu não gostava muito no livro e que ao final me cativou. Ben Schnetzer transmita a emoção e todo o sofrimento do seu personagem no olhar, foi uma das interpretações mais lindas que vi. E o que falar de Nico Liersch como Rudy? Gente eu estou apaixonada *-* Que menino fofo. De verdade eu não imagino o Rudy melhor.

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Acredito que o autor Markus Zusak esteja imensamente feliz com o resultado final do filme. Assim como o livro, o filme está entre um dos melhores e mais lindos que já assisti. Sai do cinema aos prantos, destruída e com o meu coração apertado. Sentimento esse que sei que vai levar alguns dias para passar ainda.

Singelo, impactante, emocionante (...) lindo! Prepare os lencinhos por que você vai precisar.

Ficha Técnica.

A Menina que Roubava Livros – 2014
Título Original: The Book Thief
Diretor: Brian Percival
Duração: 2h11min
Gênero: Drama

Sinopse: Durante a Segunda Guerra Mundial, uma jovem garota chamada Liesel Meminger (Sophie Nélisse) sobrevive fora de Munique através dos livros que ela rouba. Ajudada por seu pai adotivo (Geoffrey Rush), ela aprende a ler e partilhar livros com seus amigos, incluindo um homem judeu (Ben Schnetzer) que vive na clandestinidade em sua casa. Enquanto não está lendo ou estudando, ela realiza algumas tarefas para a mãe (Emily Watson) e brinca com amigo Rudy (Nico Liersch).

Trailer.



“Com absoluta sinceridade, tento ser otimista a respeito de todo esse assunto, embora a maioria das pessoas sinta-se impedida de acreditar em mim, sejam quais forem meus protestos. Por favor, confie em mim. Decididamente, eu sei ser animada, sei ser amável. Agradável. Afável. E esses são apenas os As. Só não me peça para ser simpática. Simpatia não tem nada a ver comigo.”

Beijos e até o próximo post;***

novembro 07, 2013

Extraordinário por R.J Palacio



ISBN: 9788580573015
Editora: Intrínseca
Ano de Lançamento: 2012
Número de páginas: 320
Classificação:
Onde Comprar: Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Submarino - Compare os Preços.






Sinopse: August Pullman, o Auggie, nasceu com uma síndrome genética cuja sequela é uma severa deformidade facial, que lhe impôs diversas cirurgias e complicações médicas. Por isso ele nunca frequentou uma escola de verdade... até agora. Todo mundo sabe que é difícil ser um aluno novo, mais ainda quando se tem um rosto tão diferente. Prestes a começar o quinto ano em um colégio particular de Nova York, Auggie tem uma missão nada fácil pela frente: convencer os colegas de que, apesar da aparência incomum, ele é um menino igual a todos os outros.

Passei longos minutos olhando para a tela do computador sem saber como começar essa resenha. Embora escrever seja algo tão natural como respirar para mim, alguns livros conseguem a façanha de me deixar sem saber como usar as palavras, e Extraordinário é uma dessas raras e maravilhosas exceções. Ao começar a leitura, jamais imaginei que ao final ficaria tão encantada com a história como fiquei.

Por não se tratar de um “livro novo”, acredito que a maioria de vocês já leram várias resenhas descrevendo toda a história de Extraordinário, por esse motivo nessa minha resenha vou apenas comentar um pouco como foi a minha experiência com ele durante a leitura.

Pode até soar muito clichê, mas só posso definir Extraordinário como “um livro realmente extraordinário”. Confesso que nos primeiros capítulos eu várias vezes me perguntei, o que esse livro tinha de tão especial que fez com que tantas pessoas se encantassem por ele.  O que descobri conforme minha leitura avançava é que o livro em si, não tem nada demais. Porém, ele é escrito de forma tão primorosa e com uma delicadeza incrível, que ao decorrer dos capítulos a narrativa não foi apenas me deixando apaixonada por Auggie, mas também me fez refletir sobre muitos aspectos de minha vida também.

Sempre acho incrível como coisas simples e tão corriqueiras como ler um livro, conseguem me emocionar.  Talvez isso aconteça pelo fato de que alguns problemas passados pelos personagens se aproximem um pouco na nossa não “tão bela” realidade diária, mas a verdade é que livros como esse nos fazem ter esperança. Auggie apesar de ser uma criança que passou por tantas dificuldades no decorrer da vida, nos ensina com uma sutiliza enorme que não existe um problema grande o bastante que você não pode superar.

Auggie é um personagem especial não por causa das suas deficiências, mas por toda a sua determinação em vencer cada uma delas. Se não bastasse essa lição de superação que ele nos dá durante a narrativa, Auggie ainda consegue tocar e mudar de forma indireta a vida de outras pessoas também. Embora sua aparência pudesse incomodar algumas pessoas como o mimado e egoísta do Julian, ela era simplesmente um pequeno detalhe para Summer. Até mesmo o Jack que a principio se deixou influenciar pelas atitudes negativas de alguns alunos, ao final percebeu que quando a amizade é verdadeira, o que menos importa é a aparência e sim os bons momentos compartilhados.

Percebemos no decorrer da história também a importância da família em nossas vidas, por que não é apenas Auggie que sofre com o preconceito ridículo das pessoas, e sim sua família inteira. A que passa por isso de uma forma mais evidente é a Olívia, irmã mais velha de Auggie. Por um lado ela se sente na “obrigação” de defender o seu irmãzinho de todo o tipo cruel e discriminação, só que por outro lado ela acaba se sentindo deixada de lado pelos pais que sempre inconscientemente dão mais atenção para Auggie, do que para ela. O que pode parecer para alguns um comportamento infantil e até mesmo egoísta, na verdade foi à forma dela dizer aos pais que também “existia” e que assim como Auggie precisava de atenção e claro, carinho e amor.

Eu gostei muito da maneira como a autora R.J Palacio trabalhou com esse “pequeno drama familiar”. Do mesmo modo, R.J Palacio retratou situações do dia a dia de uma forma tão bela que até inclusive os momentos que tinham aquela certa tensão emocional a autora conseguiu deixa-los mais leves tornando a narrativa tão cativante que a cada obstáculo ultrapassado tanto por Auggie, como pelos demais personagens me fizeram sentir como se fosse eu que estivesse ultrapassando esses obstáculos também.

Extraordinário não é apenas um livro para ser lido, e sim um livro para ser vivenciado. Você tem que se entregar a história, e se imaginar no lugar de cada um dos personagens para conseguir entender e principalmente sentir toda a grandeza do livro. Ao final eu estava não apenas como os olhos cheios de lágrimas, mas me senti tão orgulhosa de Auggie que se fosse possível eu teria dado um forte abraço e dito a ele, o quanto eu o amava e estava orgulhosa dele. Bem, pelo menos sei que em meu coração eu fiz isso e me sinto imensamente feliz.

“Toda pessoa deveria ser aplaudida de pé pelo menos uma vez na vida, porque todos nós vencemos o mundo.”

Uma história linda e cativante que todos deveriam ao menos uma vez na vida ler, Extraordinário fala de amor, amizade, respeito e principalmente esperança. Recomendo!


setembro 01, 2013

O Mar de Monstros por Rick Riordan



ISBN: 9788598078441
Editora: Intrínseca
Ano de Lançamento: 2009
Número de páginas: 304
Classificação: Bom


Sinopse: Percy Jackson & Os Olimpianos - Livro Dois.
Nessa nova aventura, Percy e seus amigos estão em busca do Velocino de Ouro, único artefato mágico capaz de proteger da destruição seu lugar predileto e, até então, o mais seguro do mundo: o Acampamento Meio-Sangue. Com o envenenamento da árvore de Thalia por um inimigo misterioso, as fronteiras mágicas que protegem o Acampamento estão ameaçadas, e é preciso buscar o antídoto.




Não é segredo para ninguém que sou completamente apaixonada por mitologia grega, porém confesso que ainda não me apaixonei completamente pela saga Percy Jackson & Os Olimpianos. Eu gostei bastante do primeiro livro e para minha alegria esse não sofreu da terrível “maldição do segundo livro”, só que muitos de vocês podem até achar que é “bobagem” de minha parte, mas infelizmente eu não consigo ler Percy Jackson sem automaticamente comparar alguns fatos com Harry Potter.

Ok! No geral uma história não tem nada haver uma com a outra mesmo, mas não sei se essa sensação que eu tenho se dá por conta da forma como os personagens foram construídos, ou se é algum detalhe presente nas entrelinhas, - não sei. O fato é que por mais que eu tente em alguns momentos a comparação é inevitável. Não que isso seja algo negativo, de maneira alguma. O único problema mesmo, é que eu fico esperando um “algo a mais” que não acontece (...), isso sim é triste.

Bem, acredito que vocês já estejam “cansados” de ler resenhas desse livro em especial quem já foi assistir ao filme. Então vou “tentar” dar uma resumida geral sobre o que achei da história, para não parecer repetitiva em nem acabar dando algum spoiler sem querer.

O Mar de Monstros não chega a ser uma leitura surpreendente. Embora seja visível o amadurecimento dos personagens e da história em si, ele não foi um livro que fez mergulhar de cabeça na narrativa e viver uma grande aventura.  Comparando O Mar de Monstros como O Ladrão de Raios, senti que nesse segundo livro a narrativa foi um pouco superficial e óbvia demais.  Em nenhum momento houve um “grande” acontecimento ou uma revelação bombástica, na verdade conforme a minha leitura evoluía eu fui meio que deduzindo como o livro iria acabar.

A partir daqui algumas respostas começam a ser dadas e você convive mais com detalhes da mitologia que muitas vezes passam despercebidos nas histórias em geral. Sim o livro é legal de ler e possui uma narrativa leve o que tornar a história envolvente, porém em minha opinião ele poderia ser infinitamente melhor.  Tudo bem que aqui o Percy e Annabeth partem em uma busca arriscada para encontrar o antídoto que salvará a árvore da Thalia, e durante essa jornada eles passam por vários apuros, e tudo mais.  Mas, sabe quando falta alguma coisa?

Bem, faltou aquele toque mágico e despretensioso que me encantou no primeiro livro, como também aquela atmosfera de mistério e aventura é quase invisível aqui. É tudo muito tão “fácil” e rápido demais, que inclusive as partes que tem um pouco mais de ação não chegam lá a ser muito empolgantes.  Tipo, eu não consegui me envolver de verdade com a história, por que apesar do livro não sofrer da maldição, ele é realmente um pouco mais “fraco” em relação ao O Ladrão de Raios. Pelo menos essa é a impressão que eu tive.

Outro ponto que me incomodou em O Ladrão e Raios e continua me incomodando aqui, é a forma como os deuses são apresentados. Não que eu espere que o autor siga os tradicionais livros de história sobre mitologia grega a risca, porém eu gostaria de conseguir identificar alguns traços das personalidades “originais” deles nos livros da saga. Eu entendo o fato do autor querer dar uma amenizada nos “gênios ruins” de alguns deuses e isso até acaba dando um diferencial legal para o enredo dependendo do ponto de vista, desde que não os transformem em seres “bonzinhos demais”. Até por que se isso acontecer à história vai ficar completamente sem graça.

Não que eu não tenha gostado do livro. No geral para quem não tinha lá muitas expectativas em relação à leitura, até que gostei da forma como a história se desenvolveu. Óbvio, não foi bem da maneira como eu esperava e gostaria, mas não chegou a ser uma grande decepção também. Diria que O Mar de Monstros é um livro bom, na medida certa que não traz grandes surpresas, mas é um livro gostoso de ler.

“Não importava para que lado nos virássemos, o sol parecia incidir bem nos meus olhos. Nós nos revezamos dando goles no refrigerante, tentando, do jeito que dava, ficar à sombra da vela. E conversamos sobre meu último sonho com Grover.”

Pode não ser o livro mais fantástico que você vai ler na sua vida, mas é uma ótima opção para quem busca uma leitura leve e divertida. Fica a dica!

junho 16, 2013

Um Dia por David Nicholls



ISBN: 9788580570960
Editora: Intrinseca
Ano de Lançamento: 2011
Número de páginas: 411
Classificação: Regular
Onde Comprar: Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Submarino - Compare os Preços.



Sinopse: Dexter Mayhew e Emma Morley se conheceram em 1988. Ambos sabem que no dia seguinte, após a formatura na universidade, deverão trilhar caminhos diferentes. Mas, depois de apenas um dia juntos, não conseguem parar de pensar um no outro. Os anos se passam e Dex e Em levam vidas isoladas - vidas muito diferentes daquelas que eles sonhavam ter. Porém, incapazes de esquecer o sentimento muito especial que os arrebatou naquela primeira noite, surge uma extraordinária relação entre os dois. Ao longo dos vinte anos seguintes, flashes do relacionamento deles são narrados, um por ano, todos no mesmo dia: 15 de julho. Dexter e Emma enfrentam disputas e brigas, esperanças e oportunidades perdidas, risos e lágrimas. E, conforme o verdadeiro significado desse dia crucial é desvendado, eles precisam acertar contas com a essência do amor e da própria vida.


Acho que nesses três anos de blog nunca passei por uma situação como essa. Eu esperei praticamente dois meses para ter coragem de escrever essa resenha. Sabe quando você tem aquela esperança que com o tempo você vai acabar gostando da história e que a primeira impressão negativa vai passar? Era exatamente isso que eu esperava que acontecesse comigo, só que infelizmente, Um Dia é sem sombras de dúvidas uma das minhas maiores decepções literárias.

Eu sei que muitos de vocês já devem ter lido inúmeras resenhas elogiando o livro e dizendo o quanto tudo nele é lindo e maravilhoso. Porém para mim, Ariane Reis nada nele foi lindo e tão pouco maravilhoso. Na verdade ao terminar a leitura eu estava completamente esgotada mentalmente e emocionalmente.  Isso nunca tinha me acontecido. Bem, como acredito que a grande maioria já deve conhecer um pouco a história, eu vou direto ao ponto. 

Que eu gosto de romances gracinhas e fofinhos é fato, mas nunca tive problema algum com romances mais realistas. Afinal eu sei que o mundo não é cor de rosa e bonitinho como o mundo The My Little Poney. Só que por mais realista e triste que seja uma história, eu gosto quando o autor cria personagens que tentam ser pessoas melhores, ou que ao menos tentam encontrar algo de bom em si mesmo.  Algo que passou muito longe de acontecer em Um Dia.

Eu até entendi a proposta do autor de tentar levar para a literatura uma história mais “real” do tipo que os personagens apanham um pouco da vida e tudo mais. Porém a forma com que ele construiu a narrativa deixou tudo muito chato e cansativo demais. O casal protagonista foi retratado com uma dupla de fracassados e derrotistas que em nenhum momento demonstram algum “desconforto” pela forma como levam a vida. Tudo bem cada um faz o que bem entende com a sua vida, mas ler a história de dois jovens jogando a sua vida pela janela deixou- me realmente deprimida.

E tipo cadê o romance no livro? Eu vi tudo menos isso. Dexter é um dos personagens mais desprezíveis que já encontrei na literatura. Por mais que eu tente enxergar uma pequena qualidade nele, simplesmente não consigo. E a Emma? Ai gente, muitas vezes eu tive vontade de dar uns tapas nela, para ver se ela reagia. A pessoa fica dez anos vendo a dona vida passar para depois se casar com um cara que ela mesma não suporta. Tudo isso para que? Para continuar apaixonada por um cara que praticamente a “desprezou” a vida toda. De verdade é muito drama para minha cabeça. Se ainda fosse um drama emocionante teria valido a pena, mas nem me emocionar eu consegui.  Vocês tem noção? Nenhuma lágrima, nada (...). Só não abandonei o livro na metade por que eu tinha um fiozinho de esperança que no final ia me surpreender e descobrir o que fez todo mundo amar esse livro. Fato esse que é óbvio não aconteceu.

No final quando parecia que o autor ia dar um final digno ao livro, ele dá uns cem passos para trás deixando a história ainda mais deprimente. Foi uma boa tentativa de final sparkiano*, mas acho que no dia eu estava com uma estranha insensibilidade literária, por que realmente o que era para ser comovente me deixou ainda mais revoltada. Ou seja, se a intenção do autor David Nicholls era me deixar com raiva e deprimida, ele realmente conseguiu. E isso não foi legal, só para deixar registrado.

Vocês não podem imaginar como estou me sentido péssima e ao mesmo tempo aliviada por escrever essa resenha. Sei que ela mais está parecendo um desabafo, mas eu fiquei tão decepcionada com esse livro. Acho que deu para perceber (...). Tipo mesmo quando não curto muito uma história eu consigo encontrar alguma coisa positiva, algo que faça a leitura no final ter valido a pena, mas depois de quase dois meses por mais que eu tente não consigo encontrar esse “algo” em Um Dia. Talvez algum dia (trocadilho) eu releia o livro para ver se a minha opinião muda. Quem sabe (...).

 “Às vezes você percebe quando os seus grandes momentos estão acontecendo, às vezes eles surgem do passado”.

Bem é isso (...) me desculpem se pareci muito negativa e revoltada em relação ao livro, só que infelizmente não tinha como essa resenha ser diferente. E, por favor, quem ainda não leu o livro não desanime só por que EU não gostei. Ele pode não funcionado comigo, mas pode acabar se tornando um dos seus livros favoritos. Vale a pena ler nem que seja para tirar suas próprias conclusões.



*sparkiano: Termo que eu crie para explicar quando um autor recorre ao estilo do autor Nicholas Sparks para dar emoção à história. =D

fevereiro 25, 2013

Finale por Becca Fritzpatrick

Finale por Becca Fritzpatrick.

ISBN: 9788580572827
Editora: Intrínseca
Ano: 2013
Número de páginas: 304
Classificação: 4/5 estrelas
Onde Comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa, Submarino - Compare os Preços

Sinopse: Hush, Hush - Livro 4

Nora e Patch pensavam que seus problemas tinham ficado para trás. Hank estava morto, e seu desejo de vingança não precisava ser levado adiante. Na ausência do Mão Negra, porém, Nora foi forçada a se tornar líder do exército nefilim, e era seu dever terminar o que o pai começara — o que, essencialmente, significava destruir a raça dos anjos caídos. Destruir Patch. Nora nunca deixaria isso acontecer, então ela e Patch bolam um plano: os dois farão com que todo mundo acredite que não estão mais juntos, manipulando, dessa forma, seus respectivos grupos. Nora pretende convencer os nefilins de que a luta contra os anjos caídos é um erro, e Patch tentará descobrir tudo o que puder sobre o lado oposto. O objetivo deles é encerrar a guerra antes mesmo que ela venha a eclodir. Mas até mesmo os melhores planos podem dar errado. Quando as linhas do combate são finalmente traçadas, Nora e Patch precisam encarar suas diferenças ancestrais e decidir entre ignorá-las ou deixá-las destruir o amor pelo qual sempre lutaram.

 Quem acompanha o blog há algum tempo deve imaginar o quanto está sendo difícil eu começar a escrever essa resenha. Faz quase um mês que terminei de ler Finale, porém só agora me sinto preparada para escrever sobre o livro. Afinal é sempre difícil se “despedir” de alguém ou algo que gostamos muito. Escrevo essa resenha já com saudades e imaginando quando terei a oportunidade de reviver todas essas emoções novamente.

Finale começa um pouco morno, tanto que cheguei até a pensar que tinha nutrido expectativas demais em relação à história. Mas quando eu estava começando a desanimar achando tudo um pouco enrolado demais, Becca Fitzpatrick surpreende novamente, mostrando que quando ela está no comando tudo pode acontecer.

Confesso que algumas atitudes da Nora me incomodaram um pouco principalmente o ciúme infantil dela em relação à Dadria, mas fora esse pequeno detalhe é muito perceptível para o leitor, o amadurecimento da personagem. Mesmo com todos os acontecimentos que fizeram a vida da Nora virar de cabeça para baixo ao longo de cada livro, a essência da personagem foi mantida. Por mais que alguns momentos ela tomasse atitudes “idiotas” você não consegue sentir raiva dela, por que você consegue entender os motivos que leva ela a fazer aquilo.

Patch é óbvio continua sendo o melhor personagem do livro, mesmo eu tento a sensação que desde Crescendo ele foi se tornando mais um personagem coadjuvante na história do que de fato um dos personagens principais. Os longos sumiços dele durante a narrativa deixam bem claro que o foco da autora é a Nora, uma humana aparentemente “normal” e não anjo caído e tudo que estar por traz disso. Claro que temos aqui a eterna luta do bem contra o mal e tudo que o tema sempre envolve, mas eu confesso que esperava algo mais épico nesse sentido, ou que a participação do Patch fosse “mais” significativa em algumas partes.

Finale tem novos e enigmáticos personagens. Dante o nefilim braço direito do temível Mão Negra e o Arcanjo corrupto e um tanto medroso Pepper, foram personagens que embora tenham entrado no ultimo livro da saga causaram alguns problemas para Nora e Patch, sendo os responsáveis por grande parte da ação e mistério durante toda a história.

E já que estou falando dos personagens, não tem como falar de Finale sem mencionar a evolução de Vee e Scott nesse ultimo livro. Eu se sempre tive uma pequena “birra” com a Vee, por que nos primeiros livros ela sempre me pareceu fútil e egoísta demais. Porém desde Silêncio ela já vinha demonstrando que por de trás de toda a sua “superficialidade”, existia algo mais e que ela seria uma das peças importantes na trama que Becca criou algo que foi confirmado em Finale. O mesmo aconteceu com Scott que já vinha crescendo como personagem nos livros anteriores e que em Finale foi um dos personagens fundamentais na guerra entre anjos caídos e nefilins.  O mesmo não se pode dizer de Marcie Miller, afinal uma vez insuportável sempre insuportável. E acredite, se você já tem raiva dela, nesse livro ficará com mais raiva ainda.

Becca Fitzpatrick guia o leitor por uma narrativa cheia de revelações chocantes, fazendo com que a tarefa de largar o livro seja quase impossível. Particularmente eu achei o final corrido demais e não teria achado ruim se a autora tivesse se prolongado um pouco mais. Ok! O final foi “bonitinho”, mas eu fiquei com a sensação que faltou alguma coisa. Tudo bem que a autora fugiu bem do final “clichê” e açucarado, só que ela podia ter incrementado um pouquinho mais. Foi bom, mas poderia ter sido muito melhor.

Bem, eu pensei que jamais sentiria o peso de dar adeus a uma saga depois que terminei de ler Harry Potter e As Relíquias da Morte. Pensei seria a primeira e ultima vez que eu ia ficar com essa sensação de vazio. Ano que vem não sentirei mais a ansiedade de esperar por Patch e Nora nas livrarias, embora a espera seja agora por ver a adaptação da saga para o cinema o sentimento não é o mesmo, de certa forma eu sei que acabou. 

Porém olhar para minha estante e ver os livros ali quietinhos esperando um pequeno momento de distração meu, para ir lá e folhea-los e matar um pouco a saudade que já sinto, faz tudo valer apena.

janeiro 13, 2013

Deslembrança por Cat Patrick

Deslembrança por Cat Patrick.

• ISBN: 9788580571622
Editora: Intrínseca
Ano: 2012
Número de páginas: 256
• Classificação: 3 estrelas
Onde Comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa, Submarino - Compare os Preços

Sinopse: “Não tenho passado. Minhas únicas lembranças estão no futuro”.
Toda noite, quando London Lane recosta a cabeça no travesseiro e dorme, cada mínimo detalhe do dia que viveu desaparece de sua memória. Pela manhã, restam-lhe apenas lembranças do futuro: pessoas e acontecimentos que ainda estão por vir. Para conseguir manter uma rotina minimamente normal, London escreve bilhetes para si própria e recorre à sempre fiel melhor amiga. Já acostumada a tudo isso, ela tenta encarar a perda de memória mais como uma fatalidade que como uma limitação. Mas, quando imagens perturbadoras começam a surgir em suas lembranças e London precisa, de algum modo, escapar delas, fica claro que para entender o presente e o futuro ela terá que decifrar o que ficou esquecido no passado.

Sabe quando você está procurando um livro curto com uma história que, ao mesmo tempo em que se mostra interessante é bonitinha e fofinha? Foram justamente esses os motivos que me levaram a ler Deslembrança no fim de 2012. Embora o livro tenha cumprido bem o objetivo de ser uma leitura agradável para os meus curtos dias de férias, eu senti falta daqueles pequenos detalhes que diferenciam um livro do outro o tornando inesquecível.

A primeira impressão que o livro passa é que ele tipo uma adaptação literária do filme “Como se você a Primeira Vez”, mas conforme você vai se adiantando na leitura as sutis diferenças entre os dois, vão se mostrando. Deslembrança começa como mais um livro de romance adolescente em que, a personagem principal aparentemente sem graça cai de amores por um garoto recém-chegado ao colégio que é óbvio também cai de amores por ela. Até aqui o livro não traz nada muito diferente do que já conhecemos, porém o grande diferencial em Deslembrança é o enredo.

Toda noite, exatamente às 4h33min a mente de London Lane se apaga, fazendo com ela se esqueça de todas as suas lembranças do dia anterior. Mas o que até então parece ser uma coisa “normal” muda de contexto quando que por alguma razão estranha, não explicada no livro, ela consegue se lembrar de fatos que vão acontecer. Ou seja, London pode não se lembrar do que almoçou ontem, mas sabe o que vai almoçar amanhã. Isso em minha opinião deixou a narrativa muito confusa, além de passar uma imagem que a história tem algo de sobrenatural de plano de fundo, algo que logicamente não tem, ou se tem não foi suficientemente convincente.

A narrativa do livro é muito fluida o que faz com que a leitura seja fácil e bem rápida. London é uma personagem que foge bem dos estereótipos das mocinhas dos livros do gênero, o que foi uma grande surpresa em virtude do começo um pouco clichê que a história teve.  Todas as noites ela deixa bilhetes para sim mesma, dessa forma quando acorda, London consegue saber os acontecimentos que sua mente apagou. Muitos podem até achar bonitinho que por um longo tempo, o namoro de London com o irresistível Luke tenha sobrevivido através das anotações dela e das fotos do casal espalhadas por seu quarto, porém eu confesso que achei essa situação um tanto forçada. Tipo assim: "Você acorda sem nem ter a noção que você tem um namorado, lê o que deixou anotado para sim mesma na noite anterior, vê algumas fotos de vocês dois juntos, e pronto se apaixonada novamente." Ok. Luke é atencioso, carinhoso e lindo, mas mesmo assim eu ainda continuo achando isso um tanto sem nexo.

Até certo ponto a história consegue prender o leitor por que ela tem todo um clima típico de suspense, como várias perguntas que ficam pairando no ar como; o porquê em suas “visões” do futuro London não consegue ver Luke, algo que até então nunca tinha acontecido? Ou por que as suas lembranças começam a ficar tão perturbadoras desde que ele entrou na sua vida? Qual verdade tão dolorosa que a mãe de London esconde dela? E por que suas lembranças são apagadas todos os dias precisamente às 4h33min? Tenho que admitir que mesmo não gostando muito suspense, a busca por essas respostas não me deixavam desgrudar do livro, mas foi justamente ai que a autora deu não apenas um pequeno tropeço. Ela caiu e caiu bem feio.

Que eu gosto de autores objetivos que não ficam enrolando capítulos e capítulos para desenvolver a história, não é segredo para ninguém. Só que o problema de Cat Patrick é que ela foi objetiva demais, como se ao invés de tentar prolongar mais um pouco a história desenvolvendo e explorando todo o enredo da melhor forma possível, ela simplesmente achou conveniente dar meias respostas e pronto acabou o livro.

Tudo bem, as “meias” respostas dadas pela autora são até aceitáveis dentro do contexto geral da história, e uma meia resposta é sempre melhor do que resposta alguma. Mas a forma como os personagens resolvem essas questões são simplórias demais e deixam aquela sensação de vazio quando o livro acaba. Infelizmente nem mesmo o romance entre London e Luke foi suficientemente marcante para sustentar o bom ritmo do livro até o final também.  De verdade, chega até ser uma “judiação” com uma história que tinha tudo para ser incrível, ir perdendo todo seu brilho enquanto se aproximava das páginas finais. Foi muito triste, para não dizer decepcionante.

Bem, com uma história bonitinha e leve, Deslembrança é um livro que mesmo não surpreendendo consegue ser uma leitura agradável. A minha dica é não esperar muito dos momentos de ação e focar mais no romance da história do que no suspense em si, caso contrário você pode se decepcionar.


setembro 18, 2012

A Culpa é das Estrelas por John Green

A Culpa é das Estrelas por John Green.

ISBN: 9788580572261
Editora: Intrínseca
Ano: 2012
Número de páginas: 283
Classificação: 5 estrelas
Onde Comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa, Submarino - Compare os Preços

Sinopse:

Hazel é uma paciente terminal de 16 anos que tem câncer desde os 13. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido bastante — o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos —, o último capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico. Mas em todo bom enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas.



Não se serei capaz de descrever através de uma simples resenha tudo o que este livro me passou. Lágrimas me vêm aos olhos e sinto um aperto em meu coração. Sei que nada que eu vá escrever aqui estará à altura de algo tão dramaticamente belo.  Por isso me perdoem se algo parecer desconexo nesta resenha. Estou brigando com as minhas próprias emoções enquanto a escrevo.

A Culpa é das Estrelas não é um livro que encanta logo de cara. Assim como os seus personagens a história vai encantando aos poucos, e quando você se dá conta é tarde demais, você já foi completamente conquistado.  O autor John Green conseguiu trabalhar o drama de uma forma leve, delicada e ao mesmo tempo divertida. A sutileza que o autor usou durante toda a narrativa é de uma beleza gigantesca que me envolveu em um turbilhão de emoções que simplesmente é impossível eu conseguir traduzir este sentimento em palavras.

Hazel Grace é uma pessoa fantástica! Não só por ser uma verdadeira guerreira e lidar com a sua doença de uma forma tão lúcida e madura, chegando muitas vezes a ser mais madura que seus próprios pais. É o seu senso de humor inteligente e irônico aliado a urgência de se viver o hoje que a tornam tão especial. Por mais que ela seja “apenas” uma personagem de um livro de ficção, Hazel é o tipo de pessoa que passa pelas nossas vidas e deixa um pouco da sua força, da sua maturidade, de seu sendo de humor peculiar e por que não, da sua esperança.

Augustus, (...) como vai ser difícil falar deste menino gente, mas vamos lá. Eu quero muito um dia conhecer de verdade alguém com uma alma tão boa, tão desprendida de egoísmo e com tanto amor, carinho e fé para doar aos outros. Pense em um menino lindo, como uma enorme vontade de viver e ao mesmo tempo com um medo enorme de ser esquecido.  Imagine uma pessoa capaz de abrir mão de seu único desejo por amor. Capaz de sacrificar suas conquistas para consolar um amigo, alguém capaz de enfrentar seus maiores medos e toda dor com um sorriso estampado no rosto. Esta pessoa é o Augustus.

Agora junte esses dois seres especiais; Hazel e Augustus, o que você tem a uma linda história de amizade, companheirismo, entrega, perseverança e claro Amor. Junto estes dois jovens nos ensinam a importância de vários sentimentos e valores que hoje parecem esquecidos.  Eles nos mostram o quão precioso é um único momento em nossas vidas.

Isaac completa o time sendo mais um daqueles personagens secundários que conquista nosso coração meio que sem querer e se torna especial. Não por tudo que passa no decorrer da história, mas por não perder sua essência e se deixar abater por tudo que a doença lhe tirou.

A Culpa é das Estrelas “destruiu” com minha vida. Tanto que hoje fazendo mais de uma semana que eu terminei a sua leitura, me sinto triste por que a dor que eu senti em meu coração enquanto eu lia o livro continua aqui. E dói gente só quem leu sabe como as últimas páginas deste livro doem.  Hazel, Augustus e Isaac são personagens surpreendentes, apaixonantes e tão vivos, que a minha vontade era de poder torná-los reais para abraçar um a um, e dizer o quanto eu os admiro e me orgulho deles.

Por favor, leiam A Culpa é das Estrelas! Sei que a afirmação que fiz ai em cima pode assustar um pouco, mas muitas na vida muitas vezes é preciso destruir o que existe para reconstruir algo mais forte no lugar. A Culpa é das Estrelas é fantástico, dolorosamente triste, mas de uma pureza e beleza tão grande que todo mundo deveria ler este livro pelo menos uma vez na vida.

De todo meu coração eu espero ter conseguido passar senão tudo, mas ao menos um pouco de tudo o que senti durante a leitura deste livro. Espero que pelo menos uma parte da emoção que estou sentido agora consiga chegar até vocês através destas palavras.

Por favor, leiam A Culpa é das Estrelas!

setembro 09, 2012

O Ladrão de Raios por Rick Riordan


O Ladrão de Raios por Rick Riordan. - Percy Jackson & os Olimpianos (Livro I)

ISBN: 9788598078397
Editora: Intrínseca
Ano: 2008
Número de páginas: 385
Classificação: 4 estrelas


Sinopse:
O garoto-problema Percy Jackson é um deles. Tem experiências estranhas em que deuses e monstros mitológicos parecem saltar das páginas dos livros direto para a sua vida. Pior que isso: algumas dessas criaturas estão bastante irritadas. Um artefato precioso foi roubado do Monte Olimpo e Percy é o principal suspeito. Para restaurar a paz, ele e seus amigos - jovens heróis modernos - terão de fazer mais do que capturar o verdadeiro ladrão.





Sabe quando você tem aquele livro na estante a um bom tempo, mas nunca consegue arrumar um espaço para ele na sua fila de leitura? Pois, O Ladrão de Raios se enquadra bem nesta descrição. Depois de quase dois anos em minha estante esperando uma chance para ser lido, eis que finalmente chegou à vez dele.

Como vocês podem imaginar, principalmente quem leu a resenha anterior de Helena de Troia, o que me chamou a atenção para esta série foi o fato de ela ter como base a minha adorada mitologia grega. Confesso que vi o filme antes de ler o livro e achei bem fraquinho por sinal. Mas como sei que os livros são em sua grande maioria bem melhores que as suas adaptações para o cinema, eu mantive as minhas expectativas em relação à leitura.

Para minha alegria grande parte delas foi correspondida, só que infelizmente a história tem algumas falhas que não chegam a serem de todo negativas, mas acabam prejudicando um pouco a história. Como por exemplo, algumas situações vividas por Percy Jackson eram de uma complexidade tão grande, porém resolvidas com uma facilidade tão incrível que chegam a ser incompatíveis com o que estava sendo narrado. Em meu ponto de vista mesmo estas partes sendo de grande importância para a continuidade da história elas pareceram um pouco forçadas.

Rick Riordan foi muito feliz em escolher a mitologia grega como plano de fundo para a série, só que senti falta do autor ter se aprofundado um pouco mais nesta escolha. Algumas partes ficaram simplistas demais e um pouco distantes do que a mitologia grega representou e representa até hoje.  Não me entendem mal, eu realmente adorei o livro. Porém mesmo com uma narração que conseguiu prender a minha atenção do começo ao fim do livro, não pude deixar de sentir aquela sensação chata de que ficou faltando alguma coisa. Tudo bem que o livro é voltado mais para o público infanto-juvenil, com tudo a forma com que o autor personificou alguns deuses não fez jus à imagem já conhecida deles. Tipo eu achei Hades e Posseidon muito “bonzinhos” se é que vocês me entendem.

Uma das coisas que mais gostei do livro foi o fato de que a história não é focada em Zeus ou em um de seus filhos. Quem costuma ler muito sobre mitologia grega sabe que a grande maioria das histórias e adaptações que temos por ai hoje tem como personagens centrais o todo poderoso senhor do Olimpo e um dos seus filhos. E cá entre nós Posseidon, Hades e Ares sempre são mais divertidos.

Outro ponto bem legal é que mesmo os deuses que não participaram de fato neste primeiro livro foram citados e ajudaram a compor de forma indireta todo o enredo. O autor aproveitou todas as oportunidades que teve para trabalhar de forma inteligente os mitos e lendas gregas, em um contexto mais atual o que o permitiu contornar bem as pequenas falhas que apontei a cima.

Li em muitas resenhas algumas pessoas comentando que os personagens principais e o enredo são fracos.  Em minha opinião por ser o primeiro livro é um tanto normal que tanto os personagens como a história não sejam assim tão espetaculares, até por que acredito que no decorrer dos próximos livros, ambas as coisas tende a amadurecer e se aprofundar mais.  Pelo menos é o que se espera e, o que normalmente acontece.

Para quem ainda não leu O Ladrão de Raios, fica a dica de uma leitura divertida que consegue levar o leitor a uma viagem incrível pelo mundo fantástico de deuses, mitos e lendas gregas. Tornei-me fã do autor Rick Riordan e recomendo. Só me arrependo de não ter lido O Ladrão de Raios antes. 

junho 10, 2012

Silêncio por Becca Fitzpatrick


Silêncio por Becca Fitzpatrick.

ISBN: 9788580571318
• Editora: Intrínseca
Ano: 2012
Número de páginas: 301
Classificação: 5 estrelas
Onde Comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa, Submarino - Compare os Preços.


Sinopse:
Nora Grey não consegue se lembrar dos últimos cinco meses. Depois do choque inicial de acordar em um cemitério e descobrir que ficou desaparecida por semanas, ela precisa retomar sua rotina, voltar à escola, reencontrar a melhor amiga, Vee, e ainda aprender a conviver com o novo namorado da mãe. Em meio a tudo isso, Nora é assombrada por constantes pensamentos com a cor preta, que surge em sua mente nos momentos mais improváveis e parece conversar com ela. Alucinações, visões de anjos, criaturas sobrenaturais. Aparentemente, nada disso tem a ver com sua antiga vida. A sensação é de que parte dela se perdeu. É então que o caminho de Nora cruza o de um sexy desconhecido, a quem ela se sente estranhamente ligada. Ele parece saber todas as respostas… e também o caminho até o coração de Nora. Cada minuto a seu lado confirma isso, até que Nora se dá conta de que pode estar apaixonada. De novo.


Quem acompanha o blog há mais tempo sabe que a saga Hush, Hush é uma das minhas preferidas, então não é espanto nenhum o terceiro livro da série ser um dos mais aguardados por mim este ano.  Embora a continuação tenha um começo levemente monótono e a história em si não tenha trazido grandes emoções ou surpresas, sua leitura foi bem mais envolvente comparada ao segundo livro da série, Crescendo.

O grande mistério envolvendo o sumiço de Nora, como a sua perda de memória são o plano de fundo de Silêncio. Quem sequestraria Nora, e por quê? O que de tão terrível aconteceu para que seu subconsciente bloqueasse não só os três meses em que ficou desaparecida e sim os últimos cinco meses de sua vida?  Atrás destas respostas Nora guia o leitor a redescobrir seu passado e há encarar verdades que talvez, devessem ficar esquecidas para sempre.

Gostei ver a antiga Nora de volta, já que a mudança de personalidade e as crises de insegurança dela em Crescendo realmente tinham me incomodado um pouco. Apesar de tudo o que aconteceu e de ter a sensação que está completamente no escuro ela volta a ser aquela pessoa determinada, que conhecemos no primeiro livro. Nora não se contenta com resposta vagas ao contrário, ela busca a verdade mesmo sabendo que isso pode acabar por colocar a sua vida em risco novamente. Nora pode não se lembrar do que aconteceu, porém ela sente que as pessoas a sua volta estão escondendo algo dela, algo que é importante demais para permanecer esquecido.

Silêncio consegue manter a curiosidade do leitor durante o livro inteiro. A narrativa é rápida do tipo que você tem que prestar muita atenção a alguns detalhes, pois no final eles se tornam peças importantes para se entender a história, e o melhor a autora começa a preencher aquelas lacunas que ficaram nos dois primeiros livros. Alguns personagens que até então pareciam secundários se tornam essenciais, ganhando inclusive um papel fundamental no desfecho da trama.

Hank Millar
o pai de Marcie é um bom exemplo disso. Ele finalmente revela quem é o que pretende e, posso garantir a vocês que não é coisa boa. Quando mais se descobre sobre ele, mas frio, calculista Hank se mostra ser. Ele não se importa em passar por cima dos sentimentos das pessoas para conseguir o que deseja e muito menos de colocar a vida da própria filha em risco, se isso for garantia que seu plano dará certo no final. Posso continuar não gostando de Marcie, mas consegui sentir pena dela. Afinal ninguém gosta da sensação de ser enganado, e a vida de Marcie em grande parte é uma mentira.

Vee
ficou meio que para escanteio em Silêncio, mas quando surgia, ela parecia um pouco descontrolada.  Desde Sussurro não gosto de algumas atitudes dela, mas em Crescendo ela até que tinha subido alguns degraus no meu conceito. Vee é pouco fútil às vezes e não concordei com o fato de que ela ajudou Blythe, mãe de Nora a ocultar Patch da história. Mesmo que a intenção fosse boa, ninguém tem o direito de omitir a verdade de alguém, principalmente quando este alguém é sua melhor amiga. Por mais clichê que seja, mas a frase: “Me magoe com a pior verdade, mas não me iluda com a melhor mentira” se aplica bem aqui.

Scott
volta e quem estava jurando que a partir da volta dele, o que parece inevitável em livros sobrenaturais (o triângulo amoroso) aconteceria, acabou tendo uma boa surpresa. Está certo que Scott até arrasta uma asa para Nora, mas você percebe que entre conquistar o seu coração e manter a amizade ele prefere a segunda alternativa. Scott é uma das peças chaves deste terceiro livro, já que graças a ele a neblina que cobria as memórias de Nora começa a se dissipar.

Nora mergulha mais uma vez na história sombria dos arcanjos, anjos caídos e nefilins acabando por descobrir que uma guerra entre eles está prestes a acontecer e que ela direta ou indiretamente fará parte disso. Afinal quem pode deixar de cumprir um juramento de sangue, quando a vida das pessoas que você ama está em jogo?

Falando em anjos caídos, Patch mudou. Ele continua com aquele ar cínico e misterioso que tanto adoro, mas percebi que Patch está mais “humano” em Silêncio. É como se houvesse um lado dele que a autora ainda não revelou por completo, como se ela estivesse guardando o melhor de Patch para o final. Eu sei pode ser só impressão minha, porém senti que tinha algo a mais de diferente em Patch neste livro. Se o amor muda as pessoas, talvez a mesma regra valha para os anjos caídos. Quem sabe?

O que mais gostei em Silêncio é que ele ficou um livro bem original, tanto em Sussurro como em Crescendo alguns fatos pareciam remeter a outros livros do estilo, mas desta vez essas comparações automáticas não aconteceram. Becca Fitzpatrick me surpreendeu com um livro que tem como ingredientes uma boa dose ação e suspense. Claro que muitas perguntas continuam pairando no ar, aumentando a minha ansiedade para o gran finale da saga, e a julgar pela forma com que Silêncio acaba tudo é possível.

Para os que tinham se decepcionado um pouco com a saga em Crescendo, podem ficar tranquilos por que Silêncio é muito melhor. Meu livro favorito da série continua sendo o primeiro, Sussurro, porém aquela atmosfera sombria e cheia mistério que ficou faltando no segundo livro voltou e isso para mim valeu muito, pois tinha muito medo de isso não acontecer.

Quem ainda não leu nenhum dos livros da série, leia! Por mais que Crescendo seja um pouco “morno” ele é essencial para a continuação perfeita que foi Silêncio, pois algumas coisas começam a ficar meio claras nele. Agora quem assim como eu já leu os três livros da série a contagem regressiva para o lançamento de Finale já começou.

Ansiosos?


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