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maio 26, 2017

Wishliterária - Junho

| Arquivado em: LANÇAMENTOS.

Olá pessoas, tudo bem com vocês?

Recomendo já deixar a aba do Skoob aberta, por que chegou aquele momento do mês em que nossas definições de desejados são atualizadas. E já aviso que tem muito coisa bacana chegando. Vai ser difícil escolher por qual começar a leitura. 

Confere ai ;)







Sinopse: Um descendente direto de O Guia do Mochileiro das Galáxias escrito por dois dos maiores autores britânicos de fantasia O mundo vai acabar em um sábado. No próximo sábado, e ainda por cima antes do jantar. O que é um grande problema para Crowley, o demônio mais acessível do Inferno, residente na Terra, e sua contraparte e velho amigo Aziraphale, anjo genuíno e dono de livraria em Londres. Depois de quatro mil anos vivendo entre os humanos, eles pegaram um gosto pelo mundo, e o Armagedom lhes parece um evento bastante inconveniente. Então, para evitar o fim do mundo, precisam encontrar a chave de tudo: o jovem Anticristo, agora um menino de 11 anos vivendo tranquilamente em uma cidadezinha inglesa. Em seu caminho, acabarão trombando com uma jovem ocultista, dona do único livro que prevê precisamente os acontecimentos do fim do mundo, caçadores de bruxas ainda na ativa e, quem sabe, até os Quatro Cavaleiros do Apocalipse. Mas eles precisam ser rápidos. Não é só o tempo que está acabando.








Sinopse: O mundo de Gwendolyn Bloom vira de cabeça para baixo quando seu pai desaparece durante uma viagem de trabalho. Ela logo descobre que ele não é o homem que, por dezessete anos, achou que fosse — e essa é só a primeira de muitas revelações que Gwendolyn terá pela frente. Sem poder contar com a ajuda de mais ninguém para encontrá-lo, a garota parte em uma jornada tão perigosa quanto alucinante, seguindo os rastros do pai pela Europa. Porém, para se infiltrar — e sobreviver — em um novo mundo cheio de maldade e perversão, ela precisará deixar toda a sua vida para trás, assumir uma nova identidade e se tornar alguém tão cruel quanto seus piores inimigos.







Sinopse: Os três livros que compõem a Biblioteca Hogwarts, usados pelos alunos da Escola de Magia e Bruxaria na série Harry Potter – Animais fantásticos e onde habitam, Quadribol através dos séculos e Os contos de Beedle, o bardo –, reunidos num box que não pode faltar na estante dos fãs. Além de serem vendidos separadamente, os livros podem ser adquiridos dentro de uma caixa especial, formando a coleção dos sonhos de qualquer Potterhead.


+ Lançamentos


Para os fãs de fantasia esse mês chega com vários lançamentos interessantes como, Belas Maldições, As Tumbas de Atuan e Os Quatro Cavaleiros. Já para quem não abre mão de um bom romance, chega as livrarias o terceiro volume das séries As Modistas, da maravilhosa Loreta Chase e a nova série da Editora Verus, as Noivas da Semana.

Confesso que estou muito curiosa para ler Graça e Maldição e  como amo Vinicius de Moraes, Todo Amor está na minha listinha também (). E vocês, quais desses livros estão em suas listas? Compartilhe nos comentários ;)

Beijos e até o próximo post ;***

maio 23, 2017

A Prisão do Rei por Victoria Aveyard

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9999094163351
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2017
Número de páginas: 552
Classificação: Ótimo
Sinopse: Rainha Vermelha – Livro 03.
Mare Barrow foi capturada e passa os dias presa no palácio, impotente sem seu poder, atormentada por seus erros. Ela está à mercê do garoto por quem um dia se apaixonou, um jovem dissimulado que a enganou e traiu. Agora rei, Maven continua com os planos de sua mãe, fazendo de tudo para manter o controle de Norta — e de sua prisioneira. Enquanto Mare tenta aguentar o peso sufocante das Pedras Silenciosas, o resto da Guarda Escarlate se organiza, treinando e expandindo. Com a rebelião cada vez mais forte, eles param de agir sob as sombras e se preparam para a guerra. Entre eles está Cal, um prateado em meio aos vermelhos. Incapaz de decidir a que lado dedicar sua lealdade, o príncipe exilado só tem uma certeza: ele não vai descansar enquanto não trouxer Mare de volta.

A Rainha Vermelha foi àquela série que chegou de mansinho, gerando nessa que voz escreve emoções contraditórias até que por fim me vi completamente envolvida pela trama de Victoria Aveyard. E A Prisão do Rei, é visível não somente a evolução da série e de seus personagens, mas principalmente da escrita da autora. Por esse motivo arrisco-me em dizer que esse é o melhor livro da série até aqui.

Quem quiser fugir de spoilers pode pular três parágrafos a partir de agora.

Quando se entregou a rei Maven Calore para salvar seus companheiros da Guarda Escarlate, Mare Barrow esperava por uma morte lenta e dolorosa, só que isso não aconteceu. O rei a trancou numa jaula silenciosa em que todos os dias os erros que cometeu a atormentam, e sem o seu poder pouco a pouco o que resta de suas forças vai sendo drenado. Se isso já não fosse o bastante Mare precisa lidar com a hostilidade de nobres prateados como Samson Merandus e Evangeline Samus, além da estranha obsessão que Maven tem por ela.

Do lado de fora do palácio de Whitefire a Guarda Escarlate continua agindo nas sombras e conquistando mais espaços no reino de Norta, apesar de todas as tentativas do rei de enfraquecer a rebelião. Cal o príncipe exilado é visto pelo Comando como uma peça importante contra a tirania de Maven. Mas a sua lealdade é questionável, principalmente para os vermelhos que ainda o vêm como prateado que por anos escravizou e matou pessoas inocentes. Só que nem os mais desconfiados podem negar que príncipe é indispensável nessa guerra, principalmente por que ele está disposto a fazer o que for preciso para trazer Mare de volta.

Conforme os conflitos vão se intensificando por toda Norta, velhos inimigos se torna aliados e novas alianças são feitas em nome do poder. A guerra finalmente começa e dessa vez os alvos são tanto vermelhos como prateados, e por mais que Mare e Cal queiram a mesma coisa talvez os sentimentos e os ideais que os unem não sejam fortes o suficiente para sobreviver às novas intrigas e conspirações.

Contrariando algumas opiniões que ouvi e li, particularmente gostei muito de A Prisão do Rei. Claro que reconheço que o começo é um pouco “parado”, porém foi justamente esse ritmo mais lento que possibilitou a autora desenvolver melhor tanto alguns personagens como pontos importantes da história. Confesso que fiquei assim como muitos eu espera que a séria A Rainha Vermelha terminasse no terceiro livro, por isso uma das minhas principais dúvidas era se Victoria Aveyard teria “assunto” para um próximo livro. E sim, a ela tem! A verdade é que autora deixou a história totalmente em aberto e dando um gancho incrível para a continuação.

E por mais que o Maven seja visto como o grande vilão da história em especial levando em conta o triângulo amoroso formado por ele, Mare e Cal, eu nunca consegui ver o personagem como sendo “mal”. Manipulável e manipulador talvez? Cretino, com certeza. Porém apesar de todas as sombras que rondam a sua mente e o visível flerte dele com a loucura, uma parte de mim não deixa de ter “pena” pela pessoa que a rainha Elara o tornou. Sem falar que em muitos momentos gosto do sarcasmo do Maven, pois mesmo que ele tenha sido um “fantoche” a vida toda, eu ainda acho que ele um dos personagens senão o mais inteligente, um dos melhores estrategistas da trama.

Os diálogos dele com a Mare são um dos pontos altos da narrativa, pois através deles vemos toda a dor do rei. A Mare teve uma boa evolução aqui e foi gratificante ver um lado mais “humilde” da personagem.  Ela reconheceu seus erros e de certo modo está disposta não a repara-los, mas evitar que suas ações prejudiquem o Guarda e sua família novamente. Só que é visível o quando o coração dela é divido em amor e ódio pelo rei e o príncipe.

O Cal aqui teve não somente uma participação menor, como “reduzida” dando a impressão que ele que não consegue tomar decisões importantes por si mesmo,  e esse foi algo que me incomodou um pouco.  Sempre fui a favor de a narrativa ser dividida entre os pontos de vista de vários personagens para termos uma visão mais ampla da história. Isso de fato acontece aqui, porém ao invés de um desses pontos de vista ser do Cal é de uma outra personagem que sinceramente não tem tanto peso na trama como o príncipe.

Gosto quando o autor abre espaço para os personagens secundários, mas de todos os personagens que podiam ter um maior destaque em A Prisão do Rei, a autora escolheu alguém com uma personalidade muito parecida com a da Mare o que deixou tudo meio elas por elas, se que vocês me entendem. Adorei as partes narradas pela peste da Evangeline, não só por que elas foram importantes no contexto da história, mas especialmente por ver quem realmente é a Evangeline. E admito que me algumas revelações sobre ela foram bem surpreendentes.

Em A Prisão do Rei, Victoria Aveyard apresentou uma narrativa bem amarrada com uma boa dose de ação. Além disso, a autora expandiu o universo de A Rainha Vermelha ao mesmo tempo em que deixou o desfecho da série em aberto criando assim várias possibilidades. Ou seja, podemos começar a fazer nossas apostas e criar as nossas teorias da conspiração, por que a partir de agora o jogo pode mudar a qualquer momento.

“Nossos poderes vieram da corrupção, de uma praga que matou a maioria. Não fomos escolhidos, mas amaldiçoados.”

Com um final que deixa qualquer leitor com o coração na mão e ansioso pelo próximo capítulo da série, A Prisão do Rei é um livro cheio de reviravoltas e intrigas políticas em que o medo de perder o poder e o desejo de conquista-lo ditam o ritmo de uma guerra que apenas começou. Mal posso esperar para ver quem vai se sair vencedor, embora acredite que independente do lado que ganhar essa batalha, ambos tem muito mais a perder do que a ganhar com ela.

Veja Também:
A Rainha Vermelha.

maio 21, 2017

My Dear Library | Ano 07

| Arquivado em: CAFÉ LITERÁRIO

Olá pessoas, tudo bem com vocês?

Esse é o post de número 711 e há exatos sete anos nascia o My Dear Library. Jamais imaginei que o blog chegaria aonde chegou, e confesso que às vezes eu mesma não acredito que depois de todo esse tempo ainda estou aqui, escrevendo sobre livros e compartilhando um pouquinho do meu mundo com vocês. 

imagem: Shutterstock
O My Dear Library me trouxe muitas conquistas e realizações. Foi através do blog que conhecia as minhas melhores amigas da vida e que fiz amizades lindas na blogosfera. Porém, não nego que já pensei em parar de blogar inúmeras vezes, principalmente quando me dou conta que muitas pessoas que começaram comigo, migraram para o YouTube, Instagram ou simplesmente ficaram no meio do caminho.

Sim, nesses sete anos muita coisa mudou e apesar de não viver de blog, esse meu espacinho se tornou uma parte importante da minha vida. Sou muito grata a cada um de vocês, por não me deixarem desistir dele. Mesmo quando eu estou cansada ou chateada com a alguma coisa, o fato de me sentar em frente ao notebook e escrever algo para vocês sempre aquece meu coração .

Obrigada por não me abandonarem quando eu fico meio ausente do blog ou nas redes sociais e especialmente por todo o carinho que recebo de cada um seja aqui nessa nossa blogosfera ou quando nos encontramos pessoalmente().

imagem: Tumblr.
A coluna #naplaylist anda meio sumida do blog nos últimos meses, até por que estou buscando trazer mais textos meus, que é algo que tenho percebido que vocês gostam bastante quando posto aqui no My Dear Library. Mas para comemorar  os sete anos do blog em grande estilo criei uma playlist especial lá no Spotify, e compartilho ela agora com vocês. Dá play ai ;)

#naplaylist

Muito, muito, mais muito obrigada por esses sete anos lindos que vocês me deram de presente. Direta ou indiretamente vocês foram responsáveis por muitos sorrisos e de certa forma por me manter em pé alguns dias.  Muito obrigada de coração ().

Até o próximo post!

maio 15, 2017

A Chama Dentro de Nós por Brittainy C. Cherry

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788501109484
Editora: Record
Ano de Lançamento: 2017
Número de páginas: 350
Classificação: Muito Bom
Sinopse: Elementos – Livro 02.
Logan Silverstone e Alyssa Walters não têm nada em comum. Ele passa os dias contando centavos para pagar o aluguel, sofrendo com a rejeição dos pais e tentando encontrar um rumo para sua vida caótica. Ela, por outro lado, parece ter um futuro brilhante pela frente. Um dia, porém, um simples gesto dá origem a uma improvável amizade. Ao longo dos anos, o sentimento que os une se transforma em algo até então desconhecido para os dois. Alyssa e Logan não conseguem resistir à atração que sempre sentiram um pelo outro e finalmente descobrem o amor. Mas uma tragédia promete separá-los para sempre. Ou pelo menos é isso que eles pensam. Seriam as reviravoltas do destino e as feridas do coração capazes de apagar para sempre a chama que há dentro deles.

Adoro quando me percebo que fiquei tão envolvida com uma história que nem vi o tempo e as páginas passarem. E confesso que no caso de A Chama Dentro de Nós, segundo livro da série Elementos da autora Brittainy C. Cherry, acabei “lamentando” um pouco o fato de ter lido o livro rápido demais. Porém, logo nas primeiras páginas a narrativa me conquistou de tal modo que eu precisava seguir em frente. Como uma chama forte que quando acesa não se apaga tão facilmente.

A amizade de Logan Silverstone e Alyssa Walters é um verdadeiro mistério para todos que os conhecem, afinal os dois não tem nada em comum. Logan assim como a sua vida é um verdadeiro caos, e seu futuro parece tudo menos promissor. Já Alyssa nunca soube o que foi passar dificuldades na vida e ao contrário de Logan, ela parece destinada a grandeza. Mas por um daqueles acasos do destino eles acabam se tornando amigos e descobrindo que através das diferenças visíveis, tinham muitas coisas em comum.

Logan é a pessoa que Alyssa procura quando se sente sozinha. Alyssa é a âncora de Logan quando tudo a sua volta parece afundar. Conforme os anos passam os sentimentos mudam e juntos eles descobrem o amor. Tudo ia bem, até que o caos da vida de Logan o leva para o fundo do poço e um desentendimento o afasta de Alyssa. Quando uma série de decisões erradas acaba em tragédia ambos acreditam que é o fim definitivo não só para o amor que sente, mas para amizade que os uniu.

Só que o destino tinha algo a mais reservado para os dois, agora só resta saber se o tempo foi capaz de curar as feridas que o passado doloroso deixou nos dois. Será possível recuperar a amizade e o amor depois de tanto sofrimento? Ou a chama que sempre existiu entre Alyssa e Logan mesmo baixa continua a queimar?

Em muitos aspectos a história de A Chama Dentro de Nós é previsível, porém é o modo como a autora desenvolveu toda a narrativa, que torna o que encontramos aqui tão especial. Esse não é somente mais um romance, e com certeza essa não é uma história que vai aquecer seu coração. Muito pelo contrário, Brittainy C. Cherry vai quebra-lo em mil pedacinhos.

A Chama Dentro de Nós aborda vários temas delicados como: drogas, relacionamentos abusivos, ausência e negligência familiar, transtornos emocionais e pressão social. Esse é aquele livro que em um determinado ponto você vai se perguntar como a autora consegue ser tão “cruel” com seus personagens.  Sério, meu coração se partiu em muitos momentos pelo Logan, até por que embora a história seja sobre ele e  Alyssa, é dele os maiores fardos e dores aqui.

Alyssa é uma personagem cativante que mesmo nos piores momentos consegue de alguma forma manter a esperança e a fé em Logan. Ela não desiste do que existe entre eles, não desisti dele, apesar tudo e todos serem contra isso. A força dela é o que mantém Logan em pé, e ele precisa ficar em pé por ele e por aqueles que ama.  Fiquei arrasada em acompanhar o sofrimento dele e o quão fundo Logan foi na tentativa de se autodestruir. Foi difícil e doloroso ver o caminho que ele percorreu, e a cada capítulo eu torcia para que Logan tivesse uma segunda chance. A chance de ser o que ele sonhou um dia em ser, a chance de finalmente ser livre e feliz.

Os irmãos de Alyssa e Logan que forma o segundo casal da história também desempenham um papel importante na trama. Kellan e Erika protagonizam algumas das cenas mais emocionantes da história. E o modo com a autora conseguiu intercalar duas histórias paralelas tornado-as única e emocionante, foi um dos pontos que mais gostei no desenvolvimento da narrativa em A Chama Dentro de Nós.

Durante a leitura meu coração se partiu várias vezes, por Logan e Alyssa, e por Kellan e Erika. Partiu-se por uma triste realidade que existe fora das páginas e que pode estar acontecendo agora em algum lugar no mundo.  Brittainy C. Cherry por até ter “exagerado” na dose de sofrimento que infligiu aos seus personagens, porém sem sombra de dúvidas ela nos entregou uma história dolorosa e linda, que transborda esperança e principalmente amor.

“Quero suas cicatrizes. As feridas do passado. Eu quero seu caos. Tudo isso já faz parte de meu coração.”

Não se engane com a premissa clichê de A Chama Dentro de Nós, pois mesmo que ela prometa um romance ardente e esse de certa forma exista, Brittainy C. Cherry consegue surpreender com uma narrativa madura e lindamente cruel. Prepare seu coração para passar por momentos solitários e sombrios, onde apenas a chama do verdadeiro amor pode toca-lo e curar todas as feridas que a alma carrega.

Veja Também:
O Ar que Ele Respira. 

maio 11, 2017

O Sol Também é uma Estrela por Nicola Yoon

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788580416589
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2017
Número de páginas: 288
Classificação: Muito Bom
Sinopse:
Natasha: Sou uma garota que acredita na ciência e nos fatos. Não acredito na sorte. Nem no destino. Muito menos em sonhos que nunca se tornarão realidade. Não sou o tipo de garota que se apaixona perdidamente por um garoto bonito que encontra numa rua movimentada de Nova York. Não quando minha família está a 12 horas de ser deportada para a Jamaica. Apaixonar-me por ele não pode ser a minha história.
Daniel: Sou um bom filho e um bom aluno. Sempre estive à altura das grandes expectativas dos meus pais. Nunca me permiti ser o poeta. Nem o sonhador. Mas, quando a vi, esqueci de tudo isso. Há alguma coisa em Natasha que me faz pensar que o destino tem algo extraordinário reservado para nós dois.
O Universo: Cada momento de nossas vidas nos trouxe a este instante único. Há um milhão de futuros diante de nós. Qual deles se tornará realidade?

Ao começar a leitura de O Sol Também é uma Estrela da autora Nicola Yoon esperava encontrar uma narrativa despretensiosa e leve. Daquelas que mesmo, que a história seja previsível ainda consegue nos surpreender e principalmente, deixar um sorriso bobo em nosso rosto. Porém, apesar de ter encontrado exatamente aquilo que eu procurava ao começar a leitura, não nego que esperava um pouco mais.

A jovem Natasha Kingsley chegou aos Estados Unidos quanto tinha oito anos e desde então ela a sua família vivem no país como imigrantes ilegais. Natasha nunca se imaginou partindo da América, deixando para trás seus amigos, sonhos e vida que construiu ali. Só que em poucas horas ela terá que dizer adeus a tudo isso e voltar com sua família para Jamaica, o país onde ela nasceu e do qual não tem nenhuma lembrança.

Enquanto corre contra o tempo para evitar a deportação, Natasha encontra com Daniel Jae Ho Bae. Daniel é filho de imigrantes sul-coreanos e quer ser poeta, porém por insistência dos pais, que sonham em ter um médico na família, está a caminho de uma entrevista para a Universidade de Yale. Dificilmente os caminhos de Natasha e Daniel se cruzariam em uma cidade do tamanho de Nova Iorque, só que naquele dia em especial, o Universo resolveu conspirar para que os dois se encontrassem. Pelo menos é isso que Daniel acha.

Ele e Natasha são extremos opostos e justamente por isso se sente tão atraídos um pelo o outro. Para Daniel os dois estavam destinados a se conhecer, enquanto para Natasha tudo não passa de uma mera coincidência. Daniel acredita que depois de passarem um dia juntos, Natasha também se apaixonará por ele. Só que problema é que Natasha está indo embora e os dois podem não ter tempo de viver esse amor.

O Sol Também é uma Estrela possui uma narrativa singela que em poucos capítulos nos envolve. Nicola Yoon construiu um enredo simples e que através de personagens cativantes consegue passear por vários temas sem que a essência da história se perca em algum momento. Gostei do modo com a narrativa foi estruturada intercalando não somente os pontos de vista da Natasha e do Daniel, mas também contanto um pouco da história dos personagens secundários.

Gostei do casal protagonista, só que não nego que eu me incomodei com a diferença gritante de personalidade dos dois. Enquanto Daniel é um sonhador nato, Natasha é a típica cética que só acredita naquilo que pode ser comprovado. E tudo bem que tem aquela teoria que “os opostos se atraem” e tudo mais. Só que não sei se pelo fato de eu como pessoa não acredito nem a teoria dos opostos e muito menos em paixões rompantes de um dia, mas de verdade achei tanto o relacionamento com os sentimentos dos personagens um pouco “exagerados”.

E sério, não estou sendo insensível. No contexto geral achei a história super fofa e cheia de reflexões que servem para cada um de nós, independente do momento que estamos passando na vida. Pois, O Sol Também é uma Estrela é um livro que fala sobre se ter esperança, mesmo quando tudo está demorando a nossa volta. Sua narrativa nos mostra como pequenas atitudes que temos no dia a dia interferem de modo direto ou indireto da vida de alguém.

Talvez se a Nicola Yoon tivesse dado um foco maior transformação pessoal que cada personagem causou na vida do outro, ao invés do romance clichê eu teria curtido mais história. Sem falar que de verdade, dona Nicola tem um sério problema para escrever finais. É aquele típico final que fecha, mais não fecha a história. Ok! Entendo que a intenção da autora é deixar o que aconteceu depois daquele ponto para a imaginação do leitor. Mas isso não torna o final menos “frustrante”.

“Talvez parte de se apaixonar por alguém seja se apaixonar por si mesmo.”

Para quem está em busca de uma leitura leve, O Sol Também é uma Estrela possui uma narrativa doce sem ser enjoativa, e que nos mostra que mesmo nos dias ruins coisas boas podem acontecer. Nicola Yoon pode ter “pecado” em alguns pontos, porém sem sombra de dúvidas essa é aquele tipo de história que cativa o nosso coração.

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