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setembro 04, 2019

Vergonha por Brittainy C. Cherry

| Arquivado em: RESENHAS.

A expressão: “Nunca julgue um livro pela capa”, é bem aplicada quando o assunto é o último romance da Brittainy C. Cherry publicado no Brasil, pela editora Record. Vergonha possui uma estrutura narrativa já bastante conhecida para os leitores da autora, porém confesso que assim como a aconteceu em No Ritmo do Amor, fiquei novamente com a sensação que a Brittainy acabou “pecando” um pouco pelo excesso. 

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.

ISBN: 9788501302854
Editora: Record
Ano de Lançamento: 2019
Número de páginas: 420
Classificação: Muito bom
Sinopse: Um amor inesperado que surge de forma inusitada e arrebata a vida de Grace Harris. Grace Harris está perdida e sozinha em sua casa em Atlanta depois que o homem que ela pensou que ficaria a seu lado pelo resto da vida traiu sua confiança, partiu seu coração e saiu de casa, deixando seu casamento em suspenso. Grace resolve, então, passar o verão com a família em Chester, sua cidade natal, para respirar, dar um tempo de tudo. Sua vida está uma bagunça e o que ela precisa no momento é de um pouco de gentileza e compaixão. Por incrível que pareça, Grace encontra isso na pessoa mais improvável de todas: Jackson Emery, a ovelha negra da cidade. Conhecido como a erva daninha de Chester, ele é sinônimo de encrenca, e não faz nada para mudar essa imagem. Tendo perdido na infância o que havia de mais valioso na vida, Jackson se tornou um homem amargurado e não dá a mínima para o que pensam dele. Os caminhos de Grace e Jackson acabam se cruzando de um jeito inusitado e a tristeza profunda que carregam atrai os dois como ímã. Ambos sabem que não foram feitos um para o outro, mas, como tudo vai acabar mesmo com o fim do verão, resolvem deixar rolar e se entregar a uma diversão passageira. Porém, o que Grace não imaginava é que seu coração, já destroçado, seria obrigado a aprender que certos relacionamentos são capazes de causar dores muito profundas, e que é sempre preciso fazer uma escolha.

Pela sinopse fica claro que aqui vamos encontrar aquela velha história clichê, em que a boa moça se envolve com o bad boy da cidade e os dois acabam se apaixonando perdidamente. E por mais batida que essa fórmula possa parecer, ela continua funcionando bem, uma vez que é impossível durante a leitura de Vergonha não torcer por um: “E foram felizes para sempre” de Grace e Jackson.

Grace é o retrato da aparente perfeição. Ela é a boa filha, a boa esposa, tudo em sua vida é previsível e "perfeito", até que ela descobre que o seu marido é infiel. Sozinha e de coração partido, ela resolve voltar para sua cidade natal e passar o verão com a família e assim ter tempo para se curar e decidir qual será o rumo de sua história, agora que ela não tem mais o “homem da sua vida” ao seu lado.

Jackson é o total oposto de Grace. O jovem e seu pai são vistos como párias da pequena cidade. Aquelas pessoas que todo mundo quer que fique a quilômetros de distância de suas vidas de comercial de margarina. Só que por detrás de todo o comportamento hostil de Jackson existe um passado doloroso, que vamos descobrindo no decorrer da narrativa. Assim como, o que levou o seu pai a atual situação em que vive.

Quando Grace e Jackson se encontram ambos sabem que não tem nada em comum. Mas de alguma forma, a tristeza e a desilusão que os dois carregam em seus corações os tornam perfeitos um para o outro. Porém, é claro que essa união não será bem vista por muitas pessoas, especialmente por Loretta, a mãe de Grace. E quando os segredos sombrios são revelados, Grace e Jackson precisam decidir entre o passado que os maltratou ou o futuro que pode os curar.

Indo direto ao ponto o que mais me incomodou em Vergonha é o fato dos personagens serem terrivelmente estereotipados. A Grace é “boazinha” demais, enquanto o Jackson é "cruel" demais. E por mais que a autora busque justificar o jeito: “Não estou nem aí para o que pensam de mim” do protagonista, em muitos momentos a agressividade dele não é justificada. E antes que vocês me achem uma insensível, admito que meu coração em vários momentos ficou em pedaços pela criança que o Jackson foi e pelo adulto que ele acabou se tornando. Só que de verdade, eu não consigo entender o fato de um pessoa tratar mal, alguém que está apenas tentando ajudá-lo.

Esse exagero na caracterização dos personagens não ficou só no protagonistas, já que Loretta por exemplo, lembra aquelas vilãs amarguradas de novela mexicana. E tal como o Jackson, ela também tem seus motivos para ser assim. A Brittainy foi bem o oito ou oitenta. Se um personagem é “bom”, ele é altruísta demais e se ele é “mal”, ele será mesquinho demais. O único parênteses sobre isso que eu abro aqui é em relação ao Mike, pai do Jackson. Acho que a apesar de não ter se aprofundado tanto na questão do alcoolismo, a autora consegue passar um panorama geral do estrago que essa doença causa da vida da pessoa e de todos que estão a sua volta.

Só que mesmo com as minhas ressalvas, Vergonha foi uma leitura que prendeu a minha atenção do começo ao fim. A autora soube como fazer críticas pertinentes a uma sociedade que se esconde atrás da máscara do politicamente correto. O que muitos podem considerar como “hipocrisia religiosa”, ao meu ver soou mais como um lembrete que a realidade, especialmente dentro do meio familiar é muitas vezes bem diferente daquela que nós enxergamos do lado de fora.  E por isso não devemos atirar pedras no telhado do vizinho, afinal o nosso telhado também é de vidro.

Confesso que o final não me surpreendeu tanto assim, pois conforme a narrativa avança e os fatos do passado vão sendo revelados, meio que já dá para ter uma noção da direção que a autora vai seguir. Ou seja, foi previsível não de um jeito ruim, apenas não causou o efeito surpresa que talvez a Brittainy esperava causar quando teceu o enredo.

“O amor de verdade significava uma compreensão mútua. Um respeito pelos sonhos, pela esperança, pelos desejos e pelos medos.”

Mesmo que a narrativa de Vergonha, tenha se mostrado envolvente, confesso que infelizmente não consegui me sentir arrebatada pela história. Li diversas resenhas em que as pessoas enaltecem a obra e além de achar essa diversidade de opiniões algo positivo, é muito legal ver como cada leitor vivencia e tem suas próprias impressões sobre o livro. A escrita da Brittainy C. Cherry é fluida e possui uma beleza muito singela, porém o fato de eu não ter criado uma forte conexão com os protagonistas pelos motivos que citei acima, fez com que no geral a história não me cativasse tanto.

Claro, que ao final me vi com sorriso bobo no rosto por Grace e Jackson terem curado seus corações através do amor. O ponto é que eu esperava um toque a mais de leveza e romance aqui e não uma carga dramática tão forte. Talvez, essa que vos escreve tenha lido Vergonha, na época “errada” de sua vida.  E antes que eu me esqueça, o Tuck é o melhor personagem.

dezembro 13, 2018

No Ritmo do Amor por Brittainy C. Cherry

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.



ISBN: 9788501113399
Editora: Record
Ano de Lançamento: 2018
Número de páginas: 336
Classificação: Bom
Sinopse: A linda e encantadora Jasmine Greene nasceu para brilhar. Cantora nata, ela cresceu sabendo que tinha vindo ao mundo para ser famosa, pois sua mãe — uma artista frustrada que concentrava na filha todas as suas expectativas — não a deixava se esquecer disso um minuto sequer. A vida da jovem de 16 anos se resume a estúdios, aulas de dança e canto e a inúmeros testes para ser o grande nome da música pop. Ela não tem tempo nem de ir à escola, é educada em casa e sofre com a rotina atribulada. Para Jasmine, o pior de tudo é não poder cantar soul, sua paixão. Mas ela não reclama, porque, na verdade, seu maior sonho é fazer com que a mãe tenha orgulho dela. Elliott Adams é uma alma atormentada. Para ele, cada dia é uma batalha a ser vencida. O rapaz tímido, humilde e franzino sofre bullying na escola por causa de sua aparência e por ser gago. Mas ele é mais forte do que imagina e encontrou em seu saxofone uma válvula de escape. Tira todas as suas forças dos acordes de Duke Ellington, Charlie Parker e Ella Fitzgerald, seus maiores ídolos. Quando Jasmine finalmente consegue a permissão da mãe para frequentar a escola pela primeira vez na vida, sente que ganhou na loteria. Adora estar cercada de pessoas da sua idade, que vivem os mesmos dilemas e questionamentos... ela só odeia ver o garoto mais encantador que já conheceu na vida sofrer na mão dos valentões e fará tudo o que estiver ao seu alcance para mostrar a Elliott que ele não está sozinho. Aos poucos, esses dois jovens sofredores irão descobrir que têm muito mais em comum do que o amor pela música. Mas será que vão superar as reviravoltas que o destino preparou para eles?

Nada como um bom romance água com açúcar para deixar nosso coração mais quentinho. E se tem uma autora que sabe como escrever histórias que nos deixam com um sorriso bobo no rosto, essa é a Brittainy C. Cherry. No Ritmo do Amor, possui todos os ingredientes que um bom fã de romance adora encontrar nos livros do gênero. Porém, o excesso de clichês e a falta de personagens bem desenvolvidos, fazem com que o livro tenha uma narrativa carregada de exageros e superficial.

Jasmine Greene passou a vida toda sendo preparada para o estrelato. Mesmo com a rotina puxada de aula de canto, dança e testes ela nunca se queixou da vida que tinha, afinal o seu maior sonho era que sua mãe se orgulhe dela. Depois de anos sendo educada em casa, Jasmine finalmente recebe a permissão para frequentar as aulas em um colégio como uma adolescente comum. Logo ela se torna uma das garotas mais populares atraindo a atenção de todos, incluindo a do tímido Elliott Adams.

Elliott ao contrário de Jasmine não é nada popular. Franzino e taxado como o esquisito do colégio, o humilde garoto é vítima constante de bullying, não somente por conta de sua aparência mas por ser gago. Só que o que poucas pessoas sabem que Elliott é um exímio saxofonistas, que tira de cada nota a força que precisa para superar seus dias difíceis no colégio. Quando Jasmine e Elliott se conhecem uma conexão quase que instantânea surge entre eles. Mas como duas pessoas tão diferentes podem ter tanto em comum?

Entre notas e melodias de jazz e soul, Jasmine e Elliott vão compondo a própria canção ao mesmo tempo em que a amizade juvenil dá espaço para o amor. Só que a vida tinha outros planos para os dois e uma mudança abrupta seguida de uma tragédia vai transformar suas vidas e seu relacionamento para sempre.

Em meu ponto de vista a grande falha em No Ritmo do Amor é o excesso de clichês que a narrativa possui. Fiquei com a sensação que a Brittainy C. Cherry quis dar a história um peso dramático trabalhando diversos elementos como: bullying, narcisismo materno, abuso sexual e violência, só que ao invés de se aprofundar nesses temas ela trabalhou tudo de modo muito apressado e vago. O que deixou a narrativa destoante em muitos momentos.

Jasmine é uma personagem que infelizmente não diz para o que veio na história. Desde o princípio é visível ver como ela permite que a mãe manipule cada aspecto de sua vida. Em diversas situações a garota age como se fosse somente uma “bonequinha de luxo” deixando com que a mãe e outras pessoas assumirem as rédeas de sua vida. De verdade eu estava esperando a grande reviravolta da personagem na história, pois em muitos momentos era perceptível que a autora estava preparando uma “grande mudança”. Só que o problema é que quando isso aconteceu, novamente foi de forma apressada e vaga. E sendo bem sincera, eu ao menos não consegui enxergar nenhuma evolução na personagem.

Gostei do Elliot e lamento muito, o fraco desenvolvimento do personagem e a forma com que as histórias que giram em torno dele foram mal aproveitadas. A trajetória dele tem toda uma base comovente e um acontecimento trágico que muda a sua vida para sempre. Porém, o modo como a autora descaracterizou a personalidade do personagem após esse acontecimento vez com a história ficasse meio sem sentido. O que é realmente um pena.

Brittainy C. Cherry é uma das minhas autoras favoritas, mas confesso que senti que em No Ritmo do Amor, ela “perdeu a mão” na hora de colocar suas ideias no papel. A história ficou tão exagerada e carregada de dramas que os personagens chegam a ser irritantes. O que sempre amei nos protagonistas da autora é o quão fortes e determinados eles são, mesmo nos piores momentos. Mas aqui, suas inseguranças deles chegam ao cúmulo do absurdo que só faz com que algumas situações forçadas e “ridículas”.

O que mais gostei em No Ritmo do Amor foi dos personagens secundários. TJ e Ray são aqueles personagens que se fossem pessoas reais eu ia querer guardar em um potinho de tão precisos. Laura a mãe de Elliot também é uma personagem incrível e que apesar de ter ganhado mais destaque no final da história, conseguiu me comover e me encantar com o seu imenso amor e bondade.

Ao final da leitura de No Ritmo do Amor, fiquei “satisfeita” o que encontrei, mas não nego que uma parte de mim ficou bem desapontada. Espero ter mais sorte com os próximos livros da autora.

“Você é a música em um mundo mudo, e meu coração bate porque você está aqui.”

Apesar de pecar em vários aspectos e ter sérios problemas em seu desenvolvimento, não posso negar que a escrita de Brittainy C. Cherry conseguiu me envolver e emocionar em alguns momentos. No Ritmo do Amor pode até não ser o melhor livro da autora, mas sem sombra de dúvidas mesmo com seus exageros entrega o que promete, - o típico romance água com açúcar.

maio 24, 2018

A Força que nos Atrai por Brittainy C. Cherry

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.


ISBN: 9788501301529
Editora: Record
Ano de Lançamento: 2017
Número de páginas: 308
Classificação:
Sinopse: Série Elementos – Livro 04.
Graham e Lucy não foram feitos um para o outro. Mas é impossível resistir à atração que os une. Graham Russel é um escritor atormentado, com o coração fechado para o mundo. Casado com Jane, um relacionamento sem amor, ele vê sua vida virar de cabeça para baixo quando Talon, sua filha, nasce prematura e corre risco de morte. Abandonado pela esposa, ele agora precisa abrir seu frio coração para o desafio de ser pai solteiro. A única pessoa que se oferece para ajudá-lo é Lucy, a irmã quase desconhecida de Jane. Apaixonada pela vida, falante e intensa, ela é o completo oposto de Graham. Os cuidados com a bebê acabam aproximando os dois, e Lucy aos poucos consegue derreter o gelo no coração de Graham. Juntos, eles descobrirão o amor, mas os fantasmas do passado podem pôr tudo a perder.

Estou há alguns minutos olhando para a tela de meu notebook sem saber ao certo como começar essa resenha. A série Elementos da autora Brittainy C. Cherry terá sempre um lugar especial em meu coração, pois cada uma de suas história me tocou e emocionou de uma forma diferente. E ouso fizer que a autora deixou o melhor para o final, por que A Força que nos Atrai é sem dúvidas, um dos romances mais doces e lindos que já li em minha vida.

Graham Russell é um escritor de inúmeros best-sellers de terror, e assim como as histórias que escreve tem um alma atormentada pelos fantasmas de um passado sombrio. Para o mundo exterior a vida de Graham é perfeita, mas a verdade é que quase tudo em sua vida é uma fraude incluindo que seu casamento por conveniência com Jane.  Quando a bebê do casal, Talon nasce prematura e fica entre a vida e a morte, Jane abandona a família deixando Graham desesperado.

Porém é nesse momento tão conturbado que Lucille, ou Lucy a irmã que Jane sempre fez questão de manter longe de sua vida aparece. Lucy é o extremo oposto da irmã e de Graham, pois enquanto os dois são frios e fechados para o mundo, ela é um espírito livre e vive cada minuto de forma apaixonada. A princípio Graham faz de tudo para mantê-la distante, mas ela não se deixa abalar pelo modo rude dele, ao contrário sem ele perceber Lucy começar a fazer parte do seu dia a dia.

Conforme o tempo passa, o amor por Talon e a convivência faz com que surja uma amizade e um companheirismo até então improvável para alguém como Graham. Afinal, ele é a pessoa que não se permiti a sentir nada, enquanto Lucy sente tudo. E aos poucos a hippie esquisita acaba preenchendo todos os espaços vazios de sua vida e principalmente de seu coração.

E mesmo sabendo que estão apaixonados um pelo outro, tanto Graham como Lucy tem medo de assumirem esse sentimento, pois embora Jane tenha partido a presença dela ainda está entre eles. Mas, será que eles vão conseguir negar o que sentem um pelo outro por muito tempo? Graham e Lucy vão descobrir a força que o verdadeiro amor tem, e que quando ele surgi ninguém consegue nega-lo e fugir dele.

Confesso que ao escolher A Força que nos Atraí para ler em uma noite de sábado, esperava encontrar um romance com uma boa carga dramática e clichê que encontrei nos livros anteriores da autora. Em partes a narrativa possui todos esses elementos, porém o que torna esse livro tão incrível e emocionante é o modo como Brittainy C. Cherry construiu toda a história.

O romance entre Graham e Lucy não é fast, não é aquela paixão rompante que surgiu do dia para noite, e sim um relacionamento que foi construído aos poucos. E acompanhar a trajetória deles e ver como os sentimentos deles se transformam da “necessidade” de ter um apoio por conta da Talon para o amor é lindo. E toda a carga dramática é desenvolvida com muita leveza e suavidade o que nos torna ainda mais próximos dos personagens.

Além disso, Brittainy conseguiu trabalhar muito bem os personagens secundários. Aqui eles não são meros coadjuvantes, mas peças fundamentais para torna a narrativa ainda mais fluida e envolvente. Adorei o Ollie e a Mary, do mesmo modo que fiquei com muita raiva da Mari e principalmente da Jane em alguns momentos. Tudo bem que algumas atitudes egoístas delas são “compreensíveis”, mas no caso da Jane isso não justifica abandonar a filha (...).

As últimas cem páginas li com lágrimas nos olhos, e ao final fiquei com um sorriso bobo no rosto e com o coração mais quentinho. De todos os livros da série, O Ar que Ele Respira até então era o meu favorito, porém depois de ler A Força que nos Atrai isso mudou um pouquinho. É impossível não se apaixonar perdidamente pela história de Graham e Lucy e não desejar para si um relacionamento construído através de uma amizade, que é forte o suficiente para passar por todos os obstáculos que tanto a vida como nós mesmo colocamos em nosso caminho.

“Chegará um momento em que vou decepcioná-la. Não quero que isso aconteça, mas acho que, quando as pessoas se amam, às vezes elas decepcionam umas as outras.”

Fechando a série com chave de ouro, Brittainy C. Cherry ao longo de quatro belas narrativas, nos presenteou com personagens fortes e cativantes que nos encantam com suas histórias de superação e amor. Mas posso esperar para ler o próximo livro da autora ().

Veja Também:

fevereiro 12, 2018

O Silêncio das Águas por Brittainy C. Cherry

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.


ISBN: 9788501109644
Editora: Record
Ano de Lançamento: 2017
Número de páginas: 364
Classificação: Ótimo
Sinopse: Elementos – Livro 03.
Quando a pequena Maggie May presencia uma cena terrível à margem de um rio, sua vida muda por completo. A menina alegre que vive saltitando de um lado para o outro e tem uma paixonite por Brooks Griffin, o melhor amigo de seu irmão, sofre um trauma tão grande que acaba perdendo a voz. Sem saber como lidar com o problema, sua família se vê em uma posição difícil e tenta procurar ajuda, mas nenhum tratamento vai adiante. Ao longo dos anos, Maggie aprende sozinha a conviver com os ataques de pânico e, sem conseguir sair de casa, encontra refúgio nos livros. A única pessoa capaz de compreendê-la é Brooks, que permanece sempre ao seu lado. A cumplicidade na infância se transforma em amizade na adolescência, até que um dia eles não conseguem mais negar o amor que sentem um pelo outro. Mas será que o forte sentimento que os une poderá resistir aos fantasmas do passado e a um acontecimento inesperado, que os forçará a navegar por caminhos diferentes?

Nada é mais gratificante para um leitor do que encontrar um livro que o cativa e emociona do começo ao fim. E foi exatamente este sentimento que esteve presente durante a minha leitura de O Silêncio das Águas, o terceiro livro da série Elementos da autora Brittainy C. Cherry. Esse foi aquele livro que logo nas primeiras páginas aqueceu meu coração, e que ao final meu deixou com um sorriso bobo no rosto.

Maggie May é uma menina alegre que vive atrás do seu irmão Calvin e seu melhor amigo Brooks Griffin. E mesmo que a presença dela seja uma chateação para os garotos, nada pode afastar Maggie de Brooks, - a sua grande paixonite. Porém, após presenciar uma terrível cena, Maggie deixa de ser  menininha que contagia a todos com sua alegria. Algo naquele dia a quebrou por dentro, levanto junto a sua voz.

A sombra do que aconteceu naquele dia se estendeu por anos sobre toda a sua família, que do dia para noite teve que se acostumar com a ausência da voz de Maggie.  Ela própria aprendeu sozinha a lidar com seus ataques de pânicos e ver a vida passar através das janelas do seu quarto, e nas páginas dos livros que lê.  A única pessoa depois de seu pai que parece capaz de ouvir o seu silêncio é Brooks.

Brooks sempre permaneceu ao seu lado e conforme o tempo passou a amizade e a cumplicidade da infância se transformou em algo maior. Mas será que esse sentimento forte o bastante para curar Maggie do trauma que sofreu? Ou a maré da vida os guiará por caminhos diferentes em que ambos ao seu modo vão precisar encontrar a sua voz.

O Silêncio das Águas possui uma narrativa tocante que logo nas primeiras páginas nos conecta com seus personagens. Brittainy C. Cherry escreveu uma história com uma forte carga dramática, porém isso em nenhum momento deixa o enredo “pesado”. Aqui é tudo muito sutil e leve, e talvez por esse motivo emocione tanto.

Uma das coisas que mais me encantou durante a leitura foi ver o modo como à relação de Maggie e Brooks é construída. Aqui não temos aquela paixão ou desejo rompante que surgiu do “nada”. O que torna o relacionamento deles bonito é justamente a amizade que existe e se sobressai à paixão. É aquele tipo de companheirismo que mesmo com as reviravoltas da vida e das decisões “erradas” que muitas vezes tomamos continua existindo.

Maggie é uma personagem incrível e está longe de ser considerada uma garota frágil. E apesar do trauma e das consequências dele a impedirem de viver uma vida “normal”, ela nunca deixou de sonhar e principalmente de apoiar aqueles que ama. O Brooks pode até passar aquela imagem de príncipe encantado perfeitinho, porém a autora soube como explorar as fraquezas do personagem e isso o tornou ainda mais apaixonante ().

Além disso, O Silêncio das Águas é muito mais do que apenas a história de amor entre duas pessoas. Brittainy C. Cherry apresenta aqui de um modo doloroso e real não apenas os impactos que um trauma causa na vida da pessoa e, mas também em que é próximo a ela.  Com maestria a autora mostra como a família de Maggie foi atingida mesmo que indiretamente pelo o que aconteceu naquela tarde fatídica. E por mais que algumas atitudes da mãe de Maggie, Katie e de sua irmã Cheryl tenham me incomodado e até me deixado com raiva em determinados momentos, é impossível não “entender” os motivos que elas tinham para agir daquele modo.

O Ar que Ele Respira, continua sendo o meu livro favorito da série, mas não nego que O Silêncio das Águas ficou ali de mudar isso. Pois a minha única ressalva em relação a ele é que senti que o final além de corrido, deixou um pouco a desejar. Tipo por tudo o que a narrativa abordou e pela forma que autora estava conduzindo a trama, o desfecho embora emocionante ficou “simplista” demais em minha opinião.

“E aqueles que acreditam em você quando nem mesmo você acredita mais são justamente aqueles que você precisa manter por perto.”

O Silêncio das Águas possui um ritmo suave, do tipo que nem percebemos a hora passar de tão envolvente que é a sua história. Brittainy C. Cherry nos presenteia com uma narrativa que fala de amor na sua forma mais sublime. Àquela que navega por águas calmas em alguns dias e tempestuosas em outros, mas que mesmo assim permanece forte.

Veja Também:
O Ar que Ele Respira.  
A Chama Dentro de Nós.

maio 15, 2017

A Chama Dentro de Nós por Brittainy C. Cherry

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788501109484
Editora: Record
Ano de Lançamento: 2017
Número de páginas: 350
Classificação: Muito Bom
Sinopse: Elementos – Livro 02.
Logan Silverstone e Alyssa Walters não têm nada em comum. Ele passa os dias contando centavos para pagar o aluguel, sofrendo com a rejeição dos pais e tentando encontrar um rumo para sua vida caótica. Ela, por outro lado, parece ter um futuro brilhante pela frente. Um dia, porém, um simples gesto dá origem a uma improvável amizade. Ao longo dos anos, o sentimento que os une se transforma em algo até então desconhecido para os dois. Alyssa e Logan não conseguem resistir à atração que sempre sentiram um pelo outro e finalmente descobrem o amor. Mas uma tragédia promete separá-los para sempre. Ou pelo menos é isso que eles pensam. Seriam as reviravoltas do destino e as feridas do coração capazes de apagar para sempre a chama que há dentro deles.

Adoro quando me percebo que fiquei tão envolvida com uma história que nem vi o tempo e as páginas passarem. E confesso que no caso de A Chama Dentro de Nós, segundo livro da série Elementos da autora Brittainy C. Cherry, acabei “lamentando” um pouco o fato de ter lido o livro rápido demais. Porém, logo nas primeiras páginas a narrativa me conquistou de tal modo que eu precisava seguir em frente. Como uma chama forte que quando acesa não se apaga tão facilmente.

A amizade de Logan Silverstone e Alyssa Walters é um verdadeiro mistério para todos que os conhecem, afinal os dois não tem nada em comum. Logan assim como a sua vida é um verdadeiro caos, e seu futuro parece tudo menos promissor. Já Alyssa nunca soube o que foi passar dificuldades na vida e ao contrário de Logan, ela parece destinada a grandeza. Mas por um daqueles acasos do destino eles acabam se tornando amigos e descobrindo que através das diferenças visíveis, tinham muitas coisas em comum.

Logan é a pessoa que Alyssa procura quando se sente sozinha. Alyssa é a âncora de Logan quando tudo a sua volta parece afundar. Conforme os anos passam os sentimentos mudam e juntos eles descobrem o amor. Tudo ia bem, até que o caos da vida de Logan o leva para o fundo do poço e um desentendimento o afasta de Alyssa. Quando uma série de decisões erradas acaba em tragédia ambos acreditam que é o fim definitivo não só para o amor que sente, mas para amizade que os uniu.

Só que o destino tinha algo a mais reservado para os dois, agora só resta saber se o tempo foi capaz de curar as feridas que o passado doloroso deixou nos dois. Será possível recuperar a amizade e o amor depois de tanto sofrimento? Ou a chama que sempre existiu entre Alyssa e Logan mesmo baixa continua a queimar?

Em muitos aspectos a história de A Chama Dentro de Nós é previsível, porém é o modo como a autora desenvolveu toda a narrativa, que torna o que encontramos aqui tão especial. Esse não é somente mais um romance, e com certeza essa não é uma história que vai aquecer seu coração. Muito pelo contrário, Brittainy C. Cherry vai quebra-lo em mil pedacinhos.

A Chama Dentro de Nós aborda vários temas delicados como: drogas, relacionamentos abusivos, ausência e negligência familiar, transtornos emocionais e pressão social. Esse é aquele livro que em um determinado ponto você vai se perguntar como a autora consegue ser tão “cruel” com seus personagens.  Sério, meu coração se partiu em muitos momentos pelo Logan, até por que embora a história seja sobre ele e  Alyssa, é dele os maiores fardos e dores aqui.

Alyssa é uma personagem cativante que mesmo nos piores momentos consegue de alguma forma manter a esperança e a fé em Logan. Ela não desiste do que existe entre eles, não desisti dele, apesar tudo e todos serem contra isso. A força dela é o que mantém Logan em pé, e ele precisa ficar em pé por ele e por aqueles que ama.  Fiquei arrasada em acompanhar o sofrimento dele e o quão fundo Logan foi na tentativa de se autodestruir. Foi difícil e doloroso ver o caminho que ele percorreu, e a cada capítulo eu torcia para que Logan tivesse uma segunda chance. A chance de ser o que ele sonhou um dia em ser, a chance de finalmente ser livre e feliz.

Os irmãos de Alyssa e Logan que forma o segundo casal da história também desempenham um papel importante na trama. Kellan e Erika protagonizam algumas das cenas mais emocionantes da história. E o modo com a autora conseguiu intercalar duas histórias paralelas tornado-as única e emocionante, foi um dos pontos que mais gostei no desenvolvimento da narrativa em A Chama Dentro de Nós.

Durante a leitura meu coração se partiu várias vezes, por Logan e Alyssa, e por Kellan e Erika. Partiu-se por uma triste realidade que existe fora das páginas e que pode estar acontecendo agora em algum lugar no mundo.  Brittainy C. Cherry por até ter “exagerado” na dose de sofrimento que infligiu aos seus personagens, porém sem sombra de dúvidas ela nos entregou uma história dolorosa e linda, que transborda esperança e principalmente amor.

“Quero suas cicatrizes. As feridas do passado. Eu quero seu caos. Tudo isso já faz parte de meu coração.”

Não se engane com a premissa clichê de A Chama Dentro de Nós, pois mesmo que ela prometa um romance ardente e esse de certa forma exista, Brittainy C. Cherry consegue surpreender com uma narrativa madura e lindamente cruel. Prepare seu coração para passar por momentos solitários e sombrios, onde apenas a chama do verdadeiro amor pode toca-lo e curar todas as feridas que a alma carrega.

Veja Também:
O Ar que Ele Respira. 

agosto 15, 2016

O Ar que Ele Respira por Brittainy C. Cherry

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788501075666
Editora: Record
Ano de Lançamento: 2016
Número de páginas: 308
Classificação:
Sinopse: Elementos – Livro 01. Como superar a dor de uma perda irreparável? Elizabeth está tentando seguir em frente. Depois da morte do marido e de ter passado um ano na casa da mãe, ela decide voltar a seu antigo lar e enfrentar as lembranças de seu casamento feliz com Steven. Porém, ao retornar à pequena Meadows Creek, ela se depara com um novo vizinho, Tristan Cole. Grosseiro, solitário, o olhar sempre agressivo e triste, ele parece fugir do passado. Mas Elizabeth logo descobre que, por trás do ser intratável, há um homem devastado pela morte das pessoas que mais amava. Elizabeth tenta se aproximar dele, mas Tristan tenta de todas as formas impedir que ela entre em sua vida. Em seu coração despedaçado parece não haver espaço para um novo começo. Ou talvez sim.

Ao finalizar a leitura de O Ar que Ele Respira, essa que vos escreve não sabia de enxugava as lágrimas ou abraçava o livro. E na dúvida fiz os dois. Brittainy C. Cherry escreveu uma história que nos conquista logo nas primeiras páginas, com uma narrativa intensa e envolvente. Daquelas que aquece e ao mesmo tempo deixa o nosso coração em pedaços.

Como seguir em frente, quando o mundo que você conhecia não existe mais? Essa é a pergunta que Elizabeth se faz todos os dias, desde que perdeu o marido em um trágico acidente um ano atrás. Ela sabe que terá que aprender a lidar com a ausência de Steven, e que cedo ou tarde ela vai precisar voltar para casa. Quando o momento chega e Elizabeth decide retornar para Meadows Creek com sua filha Emma, ela percebe que quase nada mudou na pequena cidade. Os mesmo lugares, as mesmas pessoas tudo igual, exatamente como Elizabeth deixou, - ou quase. Meadows Creek tem um novo morador, o arredio e solitário Tristan Cole.

Tristan Cole é um verdadeiro enigma para os moradores da pacata cidadezinha, o que claro logo o torna alvo de todo tipo de comentário negativo. Tristan é visto com uma pessoa perigosa por todos, mas por algum motivo que nem Elizabeth mesmo entende, ela não tem medo dele. Há algo em Tristan que a deixa atraída, é como se ele soubesse e sentisse a mesma dor que ela sente. Quando as barreiras aos poucos são derrubadas, Elizabeth descobre que por baixo da fachada de um ser grosseiro e intratável, Tristan não é muito diferente dela.

Eles são duas almas devastadas pela dor, tentando cada um a sua maneira encontrar um modo de sobreviver a mais um dia.  Tristan e Elizabeth são bombas relógio prestes a explodir a qualquer momento.  Eles sabem que não estão prontos para um novo relacionamento e que se envolver um com o outro agora será um verdadeiro desastre.  Mas, como evitar a atração que sentem, quando o simples fato de estarem  juntos faz com que respirar seja mais fácil.  Será que em meio a tanto sofrimento ambos encontraram a força que precisam para recomeçar?

Talvez a frase “prepare os lencinhos” precise se inserida na sinopse dessa história. O Ar que Ele Respira foi aquele livro que me levou as lágrimas em diversos momentos. Brittainy C. Cherry escreveu uma trama completamente clichê, mas que consegue nos surpreender pelo modo como que a autora trabalhou as emoções e os sentimentos de seus personagens. É tudo tão doloroso e real que em diversas situações me coloquei no lugar do Tristan e da Elizabeth, e me perguntei se eu conseguiria superar tudo aquilo pelo qual eles estavam passando. E claro que a resposta, foi um enorme “não sei”.

Brittainy C. Cherry construiu um enredo em que temos muito drama, romance, sensualidade e um pouco de ação para dar ritmo a história. Só que não nego que me incomodei com a linguagem “chula” que a autora usou em algumas ocasiões.  Não que eu seja puritana, só que em minha opinião ficou vulgar e a história em si já é tão bonita, que realmente não precisava disso. 

Os personagens são maravilhosos e embora eu tenha sentindo uma empatia enorme pela Elizabeth, foi o Tristan que conquistou cada centímetro do meu coração. Ele está completamente destruído e não faz a menor questão de disfarçar isso. Tristan é fúria, paixão, dor e amor tudo ao mesmo tempo. E ele vive todas essas emoções com tanta intensidade que o sofrimento dele “machuca” a gente também. Eu chorei muito pelo Tristan e torci ainda mais para ele se perdoar e ficar em paz com consigo mesmo. Por que acredito que um dos piores sentimento que existe para se conviver na vida é a culpa, principalmente quando não se tem culpa de nada.

A narrativa também abre um bom espaço para os personagens secundários, sendo os destaques aqui a pequena Emma e a Faye, melhor amiga da Elizabeth e o Sr. Henson dono de uma loja de artigos esotéricos que eu fiquei morrendo de vontade de conhecer. Eles são os responsáveis por deixar a narrativa mais leve, já que aqui o foco central da história é a perda de alguém que amamos.

Brittainy C. Cherry pode até não soar muito “original”, afinal já vimos muitas tramas com os mesmos “ingredientes” de O Ar que Ele Respira em livros e filmes. Porém o que faz esse livro ser especial é que a dor dos personagens não é romantizada na tentativa de deixar tudo “bonitinho”. Muito pelo contrário ela é direta, crua e sem qualquer maquiagem, como é na vida mesmo. E talvez justamente por causa disso, dessa verdade que a autora consegue passar a cada capítulo é que O Ar que Ele Respira tenha me encantado e emocionado tanto. Por que de certa forma o que está ali é real e isso tornou tudo ainda mais bonito.

“Nenhuma alma gêmea deixa o mundo sozinha. Ela sempre leva consigo um pedaço de sua outra metade.”

O Ar que Ele Respira é aquele livro que vai quebrar seu coração em mil pedacinhos, te levar as lágrimas em muitos momentos, mas que mesmo assim vai fazer você se apaixonar por ele. Brittainy C. Cherry nos presenteou com uma bela e melancólica história sobre perdas e culpas e acima de tudo sobre paciência e amor. Por que em alguns casos nem sempre o tempo sozinho consegue curar todas as feridas.

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