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abril 25, 2021

Brave por Tammara Webber

| Arquivado em: RESENHAS

Brave é o quarto e último livro da série Contornos do Coração, escrita pela autora Tammara Webber. Foi um livro que demorou um tempinho para ser lançado no Brasil e que, por enquanto, só está disponível em e-book. Quem acompanha o blog há mais tempo, sabe que essa série tem um lugar especial em meu coração, porém dessa vez não consegui me envolver tanto com a narrativa e seus personagens.

Acredito que um dos fatores que influenciaram isso, foi o grande intervalo entre a leitura do livro anterior e Brave. Li Sweet há cinco anos e querendo ou não, por mais que eu tenha um carinho especial pela série é “natural”, depois de tanto tempo sentir-se um pouco distante de um universo que até então era familiar.




ISBN: B08VCFKMDS
Editora: Verus
Ano de Lançamento: 2021
Número de páginas: 307
Classificação: Bom
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Sinopse: Contornos do Coração – Livro 04
Coragem significa se levantar para defender seus ideais... Ou, pelo menos, ter coragem para questioná-los. Em Brave, Erin McIntyre é cativante, mas proibida, já que no trabalho ela é a personificação do privilégio imerecido, pois é filha do dono da construtora. Por conta de todos esses fatores, Erin não imagina o que a espera quando começa a trabalhar na empresa do pai. Ao que parece, seu novo chefe, Isaac, não dá a mínima para ela. E isso pode deixar a garota com mais vontade de se aproximar dele. Isaac Maat é impossível de ser decifrado. Inteligente, ambicioso, emocionalmente imparcial, mais quente do que o chefe de alguém deveria ser e dono de uma personalidade sombria e silenciosa, ele já mostra de cara que não está nem um pouco a fim de se aproximar de Erin. Além disso, seu comportamento e suas atitudes levam a crer que ele tem um segredo muito bem escondido. Issac disse a si mesmo que conhecer Erin o ajudaria a derrubar o pai dela. Erin disse a si mesma que provocá-lo iria distrair seu coração despedaçado. E, por conta de todas essas diferenças, nenhum dos dois previu que travariam uma batalha íntima em que o vencedor seria o primeiro a renunciar. Em Brave, Tammara Webber apresenta um romance inter-racial protagonizado por personagens cativantes e verossímeis que vão deixar o leitor louco para conhecer o verdadeiro vencedor desse embate.


Após finalizar a faculdade e não saber ao certo que direção seguir, Erin McIntyre acaba aceitando a única opção que enxerga no momento, ir trabalhar na construtora do pai. Ela já imaginava que muitos iam se “ressentir” com a sua presença na empresa, afinal ao contrário dela muitos lutaram para conquistar uma vaga na famosa construtora JMCH, mas Erin não estava preparada para ser recebida pelo desprezo e antipatia mal disfarçada de seu diretor, Isaac Maat.

Quase tudo em Isaac é um mistério, menos o fato de não querer Erin por perto. Isaac trata Erin com frieza e um leve toque de impaciência que não passa despercebido por ela. Mas ao tentar decifrar o que está por de trás das atitudes de Isaac, Erin acaba se deparando com um grande enigma, e conforme o tempo passa sua curiosidade em relação seu chefe, acaba se tornando algo mais.

O maior problema com Brave em minha opinião, foi o fato da história ser narrada apenas pelo ponto de vista Erin. A narrativa tem uma construção lenta e ao centraliza-la apenas na protagonista tornou o desenvolvimento da histórica como um todo, menos “fluída”.  A sensação que tive, é que a autora tinha uma excelente ideia em mente, mas na hora de passa-la para o papel, ela acabou se “perdendo” um pouco.

Melhor amiga de amiga da Jacqueline, protagonista de Easy e Breakable, Erin sempre foi uma personagem carismática e é justamente, desse carisma que senti falta aqui. A Erin de Brave é um tanto apática, bem diferente da líder valente que conhecemos nos outros livros. Em partes essa mudança na personalidade da personagem é “explicada”, afinal a jovem está atormentada pelo peso da culpa e com dúvidas sobre qual caminho profissional seguir. Mas não há como negar, que foi uma mudança de personalidade um tanto "drástica".

Confesso que em nenhum momento senti que realmente existia química entre Isaac e Erin. Talvez isso tenha acontecido pelo modo como a narrativa é estruturada, mas de verdade não consegui me sentir conectada com o Isaac durante a leitura. De todos os romances que já li, não me recordo de um protagonista tão frio e distante. A narrativa não dá detalhes sobre ele, pois tudo nos é apresentado pela perceptiva da Erin.

São longos capítulos e só na reta final, a autora dá mais destaque para o Isaac na história. E tipo, personagens secundários que não acrescentam em nada na narrativa, tem mais espaço que o próprio protagonista. Gostaria muito de ter conhecido melhor o Isaac, seus sentimentos e sonhos. De ter visto algumas situações por seus olhos, pois até mesmo a “grande revelação” da trama acabou não sendo tão impactante. 

“— A coisa mais difícil para se fazer depois de perceber que se desviou do curso é tomar a decisão de voltar atrás. “

Tammara Webber buscou trazer para narrativa temas atuais, só que infelizmente ela acaba pecando pela superficialidade. Afinal, uma obra tem como base um romance inter-racial e que pretende, debater temas como racismo e privilégios da classe mais alta precisa que os dois lados da história sejam ouvidos e mostrados e isso, é algo que não acontece aqui.

O final também é um pouco corrido e a discussão em torno do preconceito em si, acaba meio que sendo “jogada” na narrativa. Acho que a autora podia ter se estendido uns dois ou três capítulos, até porque algumas pontas acabaram ficaram soltas.

Brave em si é um livro bom, mas que não conseguiu me cativar tanto como os livros anteriores da série. A minha maior “frustração” com esse livro é realmente perceber o quanto ele tinha potencial, mas que lamentavelmente os pontos que deviam ter tido uma atenção maior acabaram não tendo o espaço que mereciam.  

ps: Adorei me reencontrar um pouco com a Jacque e saber que, ela e meu Lucas () estão bem e felizes.

Veja Também:
Easy
Breakable
Sweet

setembro 01, 2020

Tarde Demais por Colleen Hoover

| Arquivado em: RESENHAS

Ao iniciar a leitura de Tarde Demais da Colleen Hoover, eu já sabia que não seria uma leitura fácil. Afinal, todas as resenhas que li sobre este livro e até mesmo a contracapa dele, deixam bem claro que os temas abordados pela autora são pesados. Segundo a Colleen, Tarde Demais era um projeto no qual ela trabalhava durante seus bloqueios criativo e que a sua intenção a princípio, não era publicá-lo.

Talvez, justamente por ser um livro que ela escreveu por “diversão” é perceptível a diferença na linha estrutural da história aqui para as outras obras da autora. E apesar de já ter se passado um tempinho desde que finalizei a leitura, confesso que ainda tenho sentimentos muito conflitantes com tudo que encontrei aqui. Tipo, do meu ponto de vista é tanta coisa “errada” que tem nesse livro que fica até difícil definir ele com uma leitura boa ou ruim.

Resenha
ISBN: 9788501115003
Editora: Galera Record
Ano de Lançamento: 2018
Número de páginas: 384
Classificação: Não sei o que pensar, só o que sentir...
Sinopse: Para proteger o irmão, Sloan foi ao inferno e fez dele seu lar. Ela está presa em um relacionamento com Asa Jackson, um perigoso traficante, e quanto mais os dias passam, mais parece impossível enxergar uma saída. Imersa em uma casa incontrolável que mais parece um quartel general, rodeada por homens que ela teme e sem um minuto de silêncio, também parece impossível encontrar qualquer motivo para se sentir bem. Até Carter surgir em sua vida. Sloan é a melhor coisa que já aconteceu a Asa. E se você perguntasse ao rapaz, ele diria que também é a melhor coisa que já aconteceu a Sloan. Apesar de a garota não aprovar seu arriscado estilo de vida, Asa faz o que é preciso para permanecer sempre um passo a frente em seu negócio e proteger sua garota. Até Carter surgir em sua vida.  A chegada de Carter pode afetar o frágil equilíbrio que Sloan lutou tanto para conquistar, mas também pode significar sua única saída de uma situação que está ficando insustentável. Colleen Hoover não tem medo de escrever sobre assuntos delicados e Tarde Demais prova isso. Perpassando as formas mais cotidianas de machismo até as formas mais intensas e cruéis de abuso, a autora mergulha na espiral atordoante que é um relacionamento abusivo.

Não vou entrar em detalhes sobre a história em si, porque acredito que a sinopse já resume bem o que encontramos aqui. Vou tentar compartilhar com vocês mais o que eu senti, durante a leitura. E sem sombra de dúvidas, foi uma leitura densa que em muitos momentos tive que fechar o livro, respirar fundo para conseguir continuar.

A escrita da Colleen Hoover é fantástica, a narrativa é fluida e por mais “doentio” que todo o cenário descrito seja, somos compelidos pela a autora a seguir em frente com a esperança que no próximo capítulo as coisas vão melhorar. Só que elas não melhoram, ao contrário vão ficando cada vez pior.

Tarde Demais não é aquele livro em que podemos separar os mocinhos dos vilões, porque todos, - digo todos em alguma situação agem de forma horrível, mesquinha e imperdoável. Em vários momentos, a pergunta que me vinha a mente era: “Colleen, amiga o que você tomou enquanto escrevia esse livro?”. É sério gente, não dá para defender ou culpar ninguém porque até mesmo a Sloan e o Carter, vulgo os mocinhos tiveram ações extremamente baixas.

“Mas Ane, o Asa bem que mereceu.”. Não gente! Independente do Asa, ser uma pessoa desprezível, pelo menos em minha opinião essa determinada atitude do Carter e da Sloan, não foi somente desnecessária como também, os rebaixou para o mesmo nível do Asa.

Além disso a forma como a história evolui é rápida demais. A sensação que tive, é que tudo acontece em um intervalo de quinze dias, ou menos até. Agora me respondam como toda a sinceridade: Como uma pessoa que está presa em um relacionamento abusivo com um traficante perigoso, do dia para noite passa a amar um desconhecido que surgiu do nada? Não tem coerência nenhuma nisso. É como se a autora tivesse tirado a Sloan dos braços do Asa e jogado nos braços do Carter, com a simples justificativa que o Carter é o “salvador” dela. 

Entendam, não estou criticando o romance entre a Sloan e o Carter e sim, a forma como ele foi mal desenvolvido. Uma pessoa que passa pelas as experiências retratadas no livro precisa de ajuda séria, e o modo como a Colleen coloca, é que bastou ela conhecer um cara legal que o problema está resolvido. Claro que o amor tem seu poder curativo, mas isso não diminui a importância de um acompanhamento psicológico sério para a superação dos traumas.

Acredito que se a linha temporal da história fosse maior, isso teria deixado a narrativa mais coerente. Só que infelizmente nesse sentindo, Tarde Demais é um show de incoerência, principalmente quando levamos em conta que a história em si acaba na página 251 e temos uma sequência de epílogos do epílogo que parecem intermináveis. 

Para um livro que foi escrito como forma de lidar com um bloqueio criativo, Tarde Demais apresenta temas reais e que realmente nos incomodam durante a leitura. Não concordei em muitas situações e com a postura dos personagens, mas sei que o mundo está cheio de homens asquerosos como o Asas e mulheres que não conseguem sair desses relacionamentos abusivos como a Sloan.

Minha maior “queixa”, se é que posso chamá-la assim é o fato de a Colleen não ter trabalhado a superação da protagonista de outra forma. Gostaria de ter visto a personagem superando as dificuldades de um jeito diferente, e não embarcando em um outro relacionamento com alguém que ela mal conhecia. Quem sabe um dia, eu deixe de me incomodar com as relações fast dos livros do gênero. Quem sabe (...).

Resenha
© Ariane Gisele Reis.


“– E este beijo é apenas o começo de um livro totalmente novo. Um livro em talvez milagres não sejam tão impossíveis assim.”

Mesmo com todo os problemas presentes na história, e olha que não são poucos, a autora Colleen Hoover consegue nos manter envolvidos em turbilhão de sentimentos e emoções conflituosas. Tarde Demais é sem dúvidas um livro pesado e até um pouco "mórbido", porém que traz uma realidade nua, crua e dolorosa e que precisa ser debatida com muita consciência por todos nós.

abril 24, 2019

The Chase - A Busca de Summer e Fitz por Elle Kennedy

| Arquivado em: RESENHAS.

The Chase é o primeiro livro da nova série da autora Elle Kennedy, a Briar U. Spin-off da minha outra série queridinha, Amores Improváveis tem uma proposta muito clara, - nos levar de volta ao universo dos jogos de hóquei, com personagens cativantes e romances gracinhas. Porém, não sei se sou eu que estou passando por uma fase de chatice literária muito grande, ou esse snip-off que foi lançado um pouco “cedo” demais.  Mas, infelizmente não consegui me sentir tão conectada com a narrativa e seus personagens aqui.  A verdade é que ao finalizar a leitura fiquei com aquela terrível sensação que ficou faltando alguma coisa.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.





ISBN: 9788584391363
Editora: Paralela
Ano de Lançamento: 2019
Número de páginas: 320
Classificação: Bom
Sinopse: Briar U – Livro 01.
Spin-off da série Amores Improváveis.
Todo mundo diz que os opostos se atraem. E deve ser verdade, porque não tem nada que explique minha atração por Colin Fitzgerald. Ele não faz meu tipo e, o pior de tudo, me acha superficial. Essa visão distorcida que ele tem de mim é o primeiro ponto contra. Também não ajuda que ele seja amigo do meu irmão. E que o cara que mora com ele tenha uma queda por mim. E que eu tenha acabado de me mudar para a casa deles. Mas isso não importa. Estou ocupada o bastante com uma faculdade nova, um professor que não larga do meu pé e um futuro incerto. Além do mais, Fitz deixou bem claro que não quer nada comigo, embora tenhamos uma química de dar inveja a qualquer casal. Nunca fui de correr atrás de homem, e não vou começar agora. Então, se o meu roommate gato finalmente acordar e perceber o que está perdendo… Ele sabe onde me encontrar.

Após ser convidada a se retirar da Universidade de Brown por supostamente ter colocado fogo na casa da fraternidade em que morava, Summer Di-Laurentis acaba sendo aceita na Universidade de Briar graças a influência do pai. Porém, seus problemas ainda não estão totalmente resolvidos, Summer precisa encontrar um lugar para morar e aparentemente sua fama de incendiária já chegou a Briar e nenhum fraternidade quer aceitá-la.

Triste e sem ter para onde ir, ela acaba aceitando o convite do irmão, Dean para uma festa de ano novo, festa essa que Colin Fitzgerald, também está. Summer não consegue entender a atração que sente por Fitz, especialmente por que ele já deixou bem claro de todas as formas possíveis que não quer nada com ela. Mas, a química entre os dois é visível e em breve ela será colocada à prova. Afinal, Fitz e seus amigos Hunter e Hollis estão precisando de mais uma pessoa para dividir a casa, e nenhum deles seria louco o suficiente para negar um favor ao Dean. Agora que estão morando na mesma casa, resta saber por quanto tempo Fitz será capaz de resistir a sua atração por Summer Di-Laurentis.

The Chase possui uma premissa bem clichê e mescla todos os elementos que eu particularmente amo nos livros do estilo. Só que confesso que achei que a Elle Kennedy exagerou um pouco na dose de “drama” presente na narrativa, porque é óbvio que a Summer e o Fitz vão ficar juntos, então a tentativa da autora de formar um triângulo amoroso entre: Fitz, Summer e Hunter para depois o Hunter ser “esquecido” no banco de reservas o restante da narrativa me incomodou bastante.

Isso me lembrou um pouco o primeiro livro da série Amores Improváveis em que a autora recorreu também a esse recurso e depois esqueceu o Logan no churrasco do time. Até porque quem já leu a série anterior deve ter percebido que após o segundo livro que narra a história dele, o Logan meio que “some” da série. Inclusive aqui, temos as pequenas participações do Dean (meu amorzinho ), Garret e do Tucker enquanto o Logan só é citado.

E tudo bem que o terceiro livro vai abordar a história do Hunter, só que sinceramente eu não vi nenhuma necessidade desse triângulo amoroso, quando a autora poderia ter abordado outros pontos mais interessantes na história. Um bom exemplo disso, é a questão do assédio sexual dentro das universidades, que embora tenha tido uma introdução promissora acabou não sendo muito bem trabalhado. A impressão que pelo menos eu tive, é que o tema ficou “meio jogado” na narrativa, como se a Elle não conseguisse desenvolver ao todo a ideia que tinha em mente quando começou a escrever, o que de fato foi uma pena.

Os personagens secundários desempenham um bom papel na construção da história em especial a Brenna que em muitos momentos chega a ser uma personagem mais cativante que a própria Summer. Não que eu não tenha gostado da Summer, na verdade ela é uma personagem muito carismática que mesmo com toda a sua “superficialidade” tem um coração enorme e passa por problemas muito reais dos quais ela mesma muitas vezes se sente culpada.

O meu problema aqui com a Summer foi que realmente eu não consegui ver ela e o Fitz como um casal a “longo prazo”. Talvez seja porque eu não acredito muito nessa história de que os oposto se atraem, e eles são muito opostos. Então a sensação que tive durante a leitura é que o relacionamento deles era mais baseado na atração sexual que sentiam um pelo outro do que aquele sentimento mais profundo que une duas pessoas. Acredito que se a Elle não tivesse criado todo um drama desnecessário no início da história em volta do relacionamento dos dois a minha visão seria diferente.

Além disso, o Fitz infelizmente não foi aquele protagonista masculino que fez meu coração bater mais forte. Achei algumas atitudes dele um tanto egoístas, mesmo que nas entrelinhas a autora tenha tentado justificá-las. Acho que ainda estou muito apegada ao Dean. ()#sorry

"Percepção e realidade são coisas muito diferentes. A verdade em geral está em algum lugar entre as duas."

The Chase possui a narrativa fluida e envolvente já tão característica das obras da autora Elle Kennedy. Porém, infelizmente no meu caso senti que a história aqui é um pouco “inferior” quando comparada a série que deu origem a ela. Mas, não nego que estou bem curiosa para ler os próximos volumes da Briar U, especialmente ao livro do Hunter. Quais as surpresas que dona Elle aprontou para ele?

dezembro 13, 2018

No Ritmo do Amor por Brittainy C. Cherry

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.



ISBN: 9788501113399
Editora: Record
Ano de Lançamento: 2018
Número de páginas: 336
Classificação: Bom
Sinopse: A linda e encantadora Jasmine Greene nasceu para brilhar. Cantora nata, ela cresceu sabendo que tinha vindo ao mundo para ser famosa, pois sua mãe — uma artista frustrada que concentrava na filha todas as suas expectativas — não a deixava se esquecer disso um minuto sequer. A vida da jovem de 16 anos se resume a estúdios, aulas de dança e canto e a inúmeros testes para ser o grande nome da música pop. Ela não tem tempo nem de ir à escola, é educada em casa e sofre com a rotina atribulada. Para Jasmine, o pior de tudo é não poder cantar soul, sua paixão. Mas ela não reclama, porque, na verdade, seu maior sonho é fazer com que a mãe tenha orgulho dela. Elliott Adams é uma alma atormentada. Para ele, cada dia é uma batalha a ser vencida. O rapaz tímido, humilde e franzino sofre bullying na escola por causa de sua aparência e por ser gago. Mas ele é mais forte do que imagina e encontrou em seu saxofone uma válvula de escape. Tira todas as suas forças dos acordes de Duke Ellington, Charlie Parker e Ella Fitzgerald, seus maiores ídolos. Quando Jasmine finalmente consegue a permissão da mãe para frequentar a escola pela primeira vez na vida, sente que ganhou na loteria. Adora estar cercada de pessoas da sua idade, que vivem os mesmos dilemas e questionamentos... ela só odeia ver o garoto mais encantador que já conheceu na vida sofrer na mão dos valentões e fará tudo o que estiver ao seu alcance para mostrar a Elliott que ele não está sozinho. Aos poucos, esses dois jovens sofredores irão descobrir que têm muito mais em comum do que o amor pela música. Mas será que vão superar as reviravoltas que o destino preparou para eles?

Nada como um bom romance água com açúcar para deixar nosso coração mais quentinho. E se tem uma autora que sabe como escrever histórias que nos deixam com um sorriso bobo no rosto, essa é a Brittainy C. Cherry. No Ritmo do Amor, possui todos os ingredientes que um bom fã de romance adora encontrar nos livros do gênero. Porém, o excesso de clichês e a falta de personagens bem desenvolvidos, fazem com que o livro tenha uma narrativa carregada de exageros e superficial.

Jasmine Greene passou a vida toda sendo preparada para o estrelato. Mesmo com a rotina puxada de aula de canto, dança e testes ela nunca se queixou da vida que tinha, afinal o seu maior sonho era que sua mãe se orgulhe dela. Depois de anos sendo educada em casa, Jasmine finalmente recebe a permissão para frequentar as aulas em um colégio como uma adolescente comum. Logo ela se torna uma das garotas mais populares atraindo a atenção de todos, incluindo a do tímido Elliott Adams.

Elliott ao contrário de Jasmine não é nada popular. Franzino e taxado como o esquisito do colégio, o humilde garoto é vítima constante de bullying, não somente por conta de sua aparência mas por ser gago. Só que o que poucas pessoas sabem que Elliott é um exímio saxofonistas, que tira de cada nota a força que precisa para superar seus dias difíceis no colégio. Quando Jasmine e Elliott se conhecem uma conexão quase que instantânea surge entre eles. Mas como duas pessoas tão diferentes podem ter tanto em comum?

Entre notas e melodias de jazz e soul, Jasmine e Elliott vão compondo a própria canção ao mesmo tempo em que a amizade juvenil dá espaço para o amor. Só que a vida tinha outros planos para os dois e uma mudança abrupta seguida de uma tragédia vai transformar suas vidas e seu relacionamento para sempre.

Em meu ponto de vista a grande falha em No Ritmo do Amor é o excesso de clichês que a narrativa possui. Fiquei com a sensação que a Brittainy C. Cherry quis dar a história um peso dramático trabalhando diversos elementos como: bullying, narcisismo materno, abuso sexual e violência, só que ao invés de se aprofundar nesses temas ela trabalhou tudo de modo muito apressado e vago. O que deixou a narrativa destoante em muitos momentos.

Jasmine é uma personagem que infelizmente não diz para o que veio na história. Desde o princípio é visível ver como ela permite que a mãe manipule cada aspecto de sua vida. Em diversas situações a garota age como se fosse somente uma “bonequinha de luxo” deixando com que a mãe e outras pessoas assumirem as rédeas de sua vida. De verdade eu estava esperando a grande reviravolta da personagem na história, pois em muitos momentos era perceptível que a autora estava preparando uma “grande mudança”. Só que o problema é que quando isso aconteceu, novamente foi de forma apressada e vaga. E sendo bem sincera, eu ao menos não consegui enxergar nenhuma evolução na personagem.

Gostei do Elliot e lamento muito, o fraco desenvolvimento do personagem e a forma com que as histórias que giram em torno dele foram mal aproveitadas. A trajetória dele tem toda uma base comovente e um acontecimento trágico que muda a sua vida para sempre. Porém, o modo como a autora descaracterizou a personalidade do personagem após esse acontecimento vez com a história ficasse meio sem sentido. O que é realmente um pena.

Brittainy C. Cherry é uma das minhas autoras favoritas, mas confesso que senti que em No Ritmo do Amor, ela “perdeu a mão” na hora de colocar suas ideias no papel. A história ficou tão exagerada e carregada de dramas que os personagens chegam a ser irritantes. O que sempre amei nos protagonistas da autora é o quão fortes e determinados eles são, mesmo nos piores momentos. Mas aqui, suas inseguranças deles chegam ao cúmulo do absurdo que só faz com que algumas situações forçadas e “ridículas”.

O que mais gostei em No Ritmo do Amor foi dos personagens secundários. TJ e Ray são aqueles personagens que se fossem pessoas reais eu ia querer guardar em um potinho de tão precisos. Laura a mãe de Elliot também é uma personagem incrível e que apesar de ter ganhado mais destaque no final da história, conseguiu me comover e me encantar com o seu imenso amor e bondade.

Ao final da leitura de No Ritmo do Amor, fiquei “satisfeita” o que encontrei, mas não nego que uma parte de mim ficou bem desapontada. Espero ter mais sorte com os próximos livros da autora.

“Você é a música em um mundo mudo, e meu coração bate porque você está aqui.”

Apesar de pecar em vários aspectos e ter sérios problemas em seu desenvolvimento, não posso negar que a escrita de Brittainy C. Cherry conseguiu me envolver e emocionar em alguns momentos. No Ritmo do Amor pode até não ser o melhor livro da autora, mas sem sombra de dúvidas mesmo com seus exageros entrega o que promete, - o típico romance água com açúcar.

outubro 25, 2018

Correndo Descalça por Amy Harmon.

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.




ISBN: 9788576866879
Editora: Verus
Ano de Lançamento: 2018
Número de páginas: 349
Classificação: Ótimo.
Sinopse: Quando Josie Jensen, uma desajeitada menina prodígio da música, conhece Samuel Yates, um garoto confuso e revoltado descendente dos índios Navajos, uma amizade improvável floresce. Apesar de ser cinco anos mais nova, Josie ensina a Samuel sobre palavras, música, sonhos, e, com o tempo, eles formam um forte vínculo de amizade. Após se formar no colégio, Samuel abandona a cidadezinha onde vivem em busca de um futuro, deixando sua jovem amiga com o coração partido. Muitos anos depois, quando Samuel retorna, percebe que Josie necessita exatamente das coisas que ela lhe oferecera na adolescência. É a vez de Samuel ensinar a Josie sobre a vida e o amor e guiá-la para que ela encontre seu rumo, sua felicidade. Profundamente romântico, Correndo Descalça é a história de uma garota do interior e um garoto indígena, sobre os laços que os ligam a suas casas e famílias e sobre o amor que lhes dá asas para voar.

S
empre li resenhas positivas dos livros da autora Amy Harmon, porém somente com o lançamento de Correndo Descalça tive finalmente a oportunidade de conhecer o estilo de escrita da autora. Não é segredo para ninguém que acompanha o blog a mais tempo que essa blogueira que vos escreve adora um bom drama. E se esse drama vier acompanhado de uma pitadinha de romance é melhor ainda.  E Correndo Descalça é exatamente esse tipo de livro, em que a autora mescla com maestria os dramas do dia a dia com um romance sutil e belo.

Josie Jo Jensen desde muito jovem precisou aprender a lidar com perdas. Aos nove anos depois de perder a sua mãe, ela assume para si a responsabilidade de cuidar do pai e dos irmãos e com isso deixando cedo demais a infância para trás. Por um bom tempo o seu único refúgio são os livros, até que a chegada do casal Sonja e Doc a pequena cidade de Levan traz uma nova e inesperada mudança em sua vida. Com Sonja, Josie descobre uma nova paixão, a música. Josie passa a ter aulas de piano e entre as suas histórias e composições favoritas ela cresce e se torna uma adolescente solitária.

Mas, em uma manhã como outra qualquer, Josie conhece alguém mais deslocado e solitário que ela, Samuel Yates. Samuel é decente dos índios navajos e precisa lidar constantemente com o bullying no colégio e com a desconfiança de alguns moradores da pequena cidade que o vêm como um garoto problema. Uma amizade entre duas pessoas tão diferentes à primeira vista parece totalmente improvável, porém entre clássicos da literatura e da música, Josie passa a compartilhar com Samuel seus sonhos ao mesmo tempo em que ensina para ele o poder das palavras.

E através dessa convivência um sentimento mais forte acaba nascendo entre eles. Só que ambos são muito jovens para viver uma história de amor Samuel decide seguir seu caminho longe de Josie, que por sua vez se vê novamente precisando lidar com novas e dolorosas reviravoltas que a vida lhe reserva.

Anos de passam e quando eles de reencontram, Josie não é nem a sombra da pessoa que Samuel conheceu. Nem mesmo a música que tanto Josie amou no passado parece oferecer algum consolo para a dor que tomou conta de seu coração. E agora é a vez Samuel ensiná-la a ver a vida com outros olhos e principalmente a se permitir a amar e ser amada novamente.

Confesso que comecei a leitura de Correndo Sozinha sem saber muito ao certo o que iria e o que eu queria encontrar. Queria um livro que me emocionasse? Sim. Um livro que me deixasse encantada com um belo romance? Também. Mas, para minha felicidade Correndo Descalça não apenas conseguiu atingir esses dois objetivos, como foi um pouco mais além disso. Pois, conforme a leitura ia avançando, me via cada vez mais envolvida com as pequenas sutilezas contidas na narrativa e principalmente, com a sensibilidade como a autora desenvolveu a narrativa e seus personagens.

Em muitos momentos me identifiquei com a Josie, não só porque assim como ela, eu encontro nos livros e na música um porto seguro, mas pelo fato de ter precisado deixar a infância e até mesmo a adolescência cedo demais para cuidar dos outros. Eu conseguia compreender a solidão “auto imposta” da personagem, e o medo que suas atitudes acabassem por magoar as pessoas que ela ama.

Já com o Samuel eu tive não uma relação de amor e ódio propriamente dita, só que não nego que meus sentimentos pelo personagem em muitos momentos foram bem conflitantes. Tipo, eu conseguia entender a necessidade dele proteger a Josie e mostrar o seu valor, porém às vezes a forma como ela faz isso é muito dura e até mesmo um pouquinho “insensível”. Porém, é justamente a forma como o romance entre ele a Josie foi construído que tornar Correndo Descalça uma leitura tão sensível. Aqui vemos como a amizade simples e descomplicada de adolescência se transforma em um amor que sobrevive há anos de distância.

Os personagens secundários embora não tenham uma participação muito ativa também desempenham um papel fundamental para o desenvolvimento da narrativa, em especial a Sonja e o pai da Josie. Eles se mantiveram ao lado da Josie nos momentos mais difíceis e cada um ao seu modo a ajudou a sobreviver não só a perda de pessoas queridas, mas de sonhos e oportunidades perdidas.

Gostei bastante como a Amy Harmon trabalhou os temas religião e espiritualidade também. Em nenhum momento isso deixou a narrativa pesada, pelo contrário contribuiu para aumentar ainda mais a sensibilidade do enredo. A minha única ressalva aqui é que senti que o final ficou um pouco “atropelado”, como se autora estivesse com pressa ou não soubesse direito como finalizar a história. 

“Algumas coisas não podem ser explicadas ou compartilhadas, porque perdem o brilho quando são passadas adiante.”

Correndo Descalça possui uma história muito sensível e emocionante e que ao mesmo tempo em que nos leva a refletir sobre as nossas dores. Amy Harmon construiu um romance terno e bonito, que apesar de todos os reveses se manteve forte em meio a fragilidade da vida.

agosto 22, 2018

Ele por Elle Kennedy e Sarina Bowen

| Arquivado em: RESENHAS.



ISBN: 9788584391202
Editora: Paralela
Ano de Lançamento: 2018
Número de páginas: 256
Classificação: Muito Bom
Sinopse: James Canning nunca descobriu como perdeu seu melhor e mais próximo amigo.Quatro anos atrás, seu tatuado, destemido e impulsivo companheiro desde a infância simplesmente cortou contato. O maior arrependimento de Ryan Wesley é ter convencido seu amigo extremamente hétero a participar de uma aposta que testou os limites da amizade deles. Agora, prestes a se enfrentarem nos times de hóquei da faculdade, ele finalmente terá a oportunidade de se desculpar. Mas, só de olhar para o seu antigo crush, Wes percebe que ainda não conseguiu superar sua paixão adolescente. Jamie esperou bastante tempo pelas respostas sobre o que aconteceu com seu relacionamento com Wes, mas, ao se reencontrarem, surgem ainda mais dúvidas. Uma noite de sexo pode estragar uma amizade? Essa e outras questões sobre si mesmos vão ter que ser respondidas quando Wesley e Jamie se veem como treinadores no mesmo acampamento de hóquei.

Embora Elle Kennedy seja uma das minhas autoras queridinhas quando o assunto são livros do gênero new adult, Ele foi a minha primeira experiência com livros LGBT com essa conotação mais adulta. Co-escrito com a autora Sarina Bowen, Ele possui uma narrativa fluida e personagens apaixonantes, o que torna a história ainda mais envolvente e gostosa de se acompanhar. Mas, (Ane e seus mas) não posso deixar de confessar que tenho sentimentos conflitantes a respeito da obra.

Ryan Wesley e James Canning costumavam ser amigos inseparáveis, até que um dia sem nenhum motivo aparente Wes cortar completamente o contato entre eles. O que James não pode imaginar é que Wes agiu movido pela culpa de ter “forçado” o seu amigo a participar de uma aposta que colocou a amizade deles em jogo. Agora depois de quatro longos anos de silêncio, os dois estão prestes a se reencontrar o que para Wes é a oportunidade perfeita para se desculpar pelo que fez no passado.

O problema é que Wes, continua apaixonado por Jamie e esse reencontro promete fortes emoções. Afinal, Jamie esperou anos para descobrir o que tinha motivado o melhor amigo a cortar as relações com ele. Porém, a conversa que era para esclarecer as dúvidas que Jamie tinha acaba deixando ele ainda mais confuso.

Quando Jamie se deixa levar pelo calor do momento e Wes não consegue mais esconder seus sentimentos pelo amigo. Poderá uma noite de sexo acabar com o que restou na amizade de Jamie e Wes. Conforme o verão passa os dois embarcam juntos em uma jornada de autodescobrimento que ao final pode os levar a descobrir verdades sobre si mesmos que eles jamais imaginaram.

Essa que vos escreve, estava sofrendo de uma terrível ressaca literária. Por isso ao escolher Ele como leitura eu realmente esperava encontrar um romance clichê, daqueles que você lê em uma tarde preguiçosa de domingo. E foi exatamente isso que encontrei, porém não posso deixar de comentar que em muitos momentos senti falta de “história” propriamente dita.

A narrativa de Elle Kennedy conseguiu em muitos momentos me emocionar durante a leitura da série Amores Improváveis, mas nessa parceria com a Sarina Bowen parece que as preliminares, por assim dizer foram “esquecidas “, reduzindo a narrativa em uma cena de sexo após outra. E isso me incomodou por que passou a sensação que as autora objetivaram demais o relacionamento homoafetivo, partindo da premissa que a base desse tipo de relacionamento é só “pegação”. E tipo não é, afinal nenhum relacionamento é feito apenas de sexo, mas de companheirismo e obviamente, - amor.

Que fique claro que eu gostei do livro, afinal eu amo um bom clichê. Além disso, Wes e Jamie são personagens maravilhosos, do tipo que você quer guardar em um potinho e cuidar pelo resto da vida. Só que sem sombra de dúvidas eu teria me apaixonado ainda mais por eles e automaticamente pela história, se durante a construção do enredo as autoras tivessem tido esse cuidado de realmente desenvolver um relacionamento em que fosse possível identificar aquele momento único em que o amor entre Wes e Jamie surgiu.

O fato de tudo acontecer rápido demais, (algo que me incomoda em qualquer livro) e as autoras deixarem a parte interessante do relacionamento protagonistas, aquela que nos deixa com o coração quentinho para os capítulos finais faz com que a narrativa soe pouco rasa também. Outro ponto é que se tratando de um romance homoafetivo, a abordagem dada ao preconceito sofrido pelos personagens aqui foi superficial e nem pode ser considerado um debate saudável, já que tudo se resume a um “piti” de um personagem pequeno e secundário.

Volto a dizer que sim, gostei muito do livro e me apeguei bastante ao Wes e ao Jamie e talvez justamente por isso os meus sentimentos em relação a Ele sejam tão conflitantes. Afinal, por mais que eu tenha encontrado um bom clichê aqui e me envolvido de um modo gostoso com a história, infelizmente não posso fechar os olhos para as falhas que a narrativa teve em sua construção. Elle Kennedy e Sarina Bowen acertaram em cheio ao criar uma história de sensual e erótica entre dois homens, mas esqueceram de colocar aquela pitadinha de açúcar para transformá-la no romance que pretendiam.

“Você é o rei das más ideias”, ele lembra. “Pelo menos essa termina com nós dois felizes.”

Para quem busca uma história clichê, mas como ingredientes diferentes das narrativas “tradicionais”, Ele se apresenta com uma opção de leitura fluida e cativante que nos conquista logo nas primeiras páginas. Pode estar longe de ser o “romance perfeito”, mas ainda assim é o tipo que nos deixa com um sorriso bobo no final.

junho 24, 2018

Mais que Amigos por Lauren Layne

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.



ISBN: 9788584391073
Editora: Paralela
Ano de Lançamento: 2018
Número de páginas: 224
Classificação: Bom
Sinopse: Love Unexpectedly - Livro 01.
Será que vale a pena arriscar uma grande amizade em troca de um amor inesquecível? Aos vinte e dois anos, a jovem Parker Blanton leva a vida que sempre sonhou. Tem um namorado inteligente e responsável, um emprego promissor e a companhia de seu melhor amigo, Ben Olsen, com quem divide um lindo apartamento. Parker e Ben são tão grudados que muita gente duvida que eles morem sob o mesmo teto sem nunca ter vivido um caso, mas eles não se importam com o que as pessoas pensam. Sabem que não foram feitos um para o outro — pelo menos não para se envolver.  Por isso, quando um acontecimento inesperado faz com que Parker se veja sem namorado e com o coração partido, ela sabe que pode contar com Ben para ajudá-la a sacudir a poeira e partir para outra. Afinal, ninguém seria mais ideal do que seu melhor amigo para lhe mostrar os prazeres da vida de solteiro… certo? Mais que amigos é uma comédia romântica irresistível!

Acredito que basta uma rápida lida na sinopse de Mais que Amigos da autora Lauren Layne é previsível do começo ao fim. Ou seja, ele possui todos os clichês que tornam as comédias românticas envolventes e irresistíveis.

Parker e Ben se conheceram no primeiro ano de faculdade e logo se tornaram inseparáveis. A ligação dos dois é tão forte, que muita gente duvida que eles são apenas bons amigos. Na verdade, eles se orgulham de ao longo de todos esses anos de amizade, não terem caído no clichê da “amizade colorida”. Afinal, Parker é completamente apaixonada por Lance, seu namorado perfeito e Ben está feliz com a sua vida de solteirão invicto.

Porém, quanto Lance pede um tempo deixando Parker com o coração partido é no melhor amigo que ela se apoia. Mas, Parker não está disposta a ficar em casa chorando e lamentando o fim do se relacionamento. Ela quer sair, conhecer pessoas novas e aproveitar o seu novo status de solteira e ninguém melhor que Ben, para ajudá-la. Só que Parker, ao contrário de Ben não se sente confortável com relacionamentos casuais.

Por isso, contrariando a tudo aquilo que sempre negou Parker sugere a Ben que a amizade deles ganhe alguns tons mais coloridos, por assim dizer. Há princípio, Ben se sente relutante só que não demora muito para ele perceber que a ideia de um relacionamento casual entre ele e Parker não é uma ideia tão absurda assim.

Conseguirá a amizade entre os dois a mesma, depois que a atração sexual fizer parte dela? Parker e Ben podem acabar descobrindo que é fácil do que ambos imaginam uma amizade se transformar em algo mais forte.  Mas, será que eles estão preparados para lidar com essa descoberta?

Quando comecei a leitura de Mais que Amigos já sabia o que ia encontrar, porém não nego que uma parte de mim estava na expectativa que de alguma forma o primeiro livro da série, Love Unexpectedly fosse me surpreender. Infelizmente isso não aconteceu, mas apesar da narrativa de Lauren Layne seguir uma fórmula já conhecia, gostei bastante do que encontrei aqui. Mais que Amigos é uma leitura leve, do tipo que logo em suas primeiras páginas já nos envolve com sua trama divertida, sexy e açucarada.

Parker e Ben são bons personagens, embora essa blogueira que vos escreve se sinta no dever de admitir que alguns pontos na construção dos personagens tenha lhe causado um certo “desconforto”. Sim, Ane sendo a chata para variar.

O primeiro ponto que me incomodou foi o fato de todos os personagens aqui serem top models lindos e perfeitos. Isso em meu ponto de vista deixou a narrativa superficial, ainda mais quando tanto se vem falando e lutando pela quebra dos estereótipos de beleza que há anos a mídia vem pregando que é o correto. Eu sei que é só uma obra de ficção e que personagens com corpos maravilhosos são meio que item obrigatório para livros no gênero new adult, porém acredito que já passou da hora das autoras desse estilo quebrar um pouco esse mundinho perfeito e inserir “personagens reais “em suas obras.

Outro ponto é que Lauren Layne se esforce para que alguns situações pareçam descontraídas, no meu ponto de vista elas soaram machistas e bem desnecessárias. Em muitos momentos fiquei irritada com as atitudes de Ben, pois é simplesmente ridículo o fato dele jogar a responsabilidade da organização e limpeza do apartamento com que divide com Parker em cima dela. Eu ficava tipo: “Sério que você não tem a capacidade de lavar suas próprias cuecas?”. E sim, eu sei que isso é uma obra de ficção, mas a mensagem que passa é tão errada que infelizmente fica bem difícil não se incomodar com ela.

Porém mesmo com esses pontos negativos que citei, Lauren Layne consegue apresentar uma narrativa que em nenhum momento parece forçada. A química que ela criou entre Parker e Ben é incrível, tanto que é praticamente impossível não esperar e torcer por um final diferente para a história.

Gostei como a narrativa foi estruturada, com o capítulos intercalando os pontos de vista de ambos os protagonista, pois isso sempre acaba nos aproximando mais dos personagens e de suas emoções. Mas, não sei se foi impressão minha só que algumas vezes tive a sensação que a narrativa sofria um corte. Como se autora tivesse no meio de uma ideia e do nada resolveu não seguir em frente com ela. E independente de sua previsibilidade, Mais que Amigos foi uma leitura gostosa e despretensiosa.

“Porque me apaixonei por uma garota incrível no primeiro ano de faculdade. Só que não sabia o que era isso, então fiz a única coisa que podia para ficar perto dela: virei seu amigo. Seu melhor amigo (...).”

Como fã de clichês bem construídos, gostei do que encontrei em Mais que Amigos,  especialmente porque a história funcionou como um ótimo antídoto para minha ressaca literária, além de claro ter deixando um sorriso bobo em meu rosto.

março 15, 2018

SoSeLit #3 – Consciência Social x Literatura de Ficção

| Arquivado em: CAFÉ LITERÁRIO.

Pensei em liberar esse texto no dia 08 de março, porém não quis ser clichê e esperei toda a comoção do dia Internacional de Mulher passar, para compartilhar com vocês o SoSeLit desse mês. Afinal como anda a nossa consciência social em relação aos livros que lemos?

imagem: Shutterstock
Levantar a bandeira da igualdade entre homens e mulheres é mais do que compartilhar textos feministas nas redes sociais. É mais do que se indignar com casos de abuso e violência contra a mulher que aparecem nos telejornais. É lutar todos os dias para nossas palavras se tornem ações, e isso se aplica a forma como consumimos a literatura, música e até mesmo filmes e séries, e por que não novelas.

Em vários livros é possível ver o quanto o relacionamento abusivo é romantizado, e   o mais tristes, - por autoras. Livros quem que os personagens masculinos seguem o estereótipo do “macho alfa”, o bad boy e a personagem feminina é retratada como frágil, submissa e que precisa de proteção.

Não acho nada romântico quando o personagem masculino pega a mocinha e a beija força. Não acho nada romântico quando ele a trata como propriedade, tendo crises de ciúmes quando a vê conversando com outros homens. Não acho nada romântico quando na narrativa durante as cenas de sexo os atributos físicos da mulher são levados mais em conta do que como ela se sente naquele momento.

E me perdoem, mas sinceramente comigo não cola mais a velha formula literária de que “o amor muda as pessoas”, até por que para começar essas atitudes não podem ser chamadas de amor.

Belo Desastre foi o primeiro livro New Adult que li, e não escondo de ninguém a minha “aversão” a história de Jamie McGuire, por não aceitar o relacionamento de Travis com a Abby como algo emocionalmente saudável. Não vi romance algum durante a leitura, e sim uma tentativa de justificar o comportamento agressivo do protagonista, romantizando suas atitudes abusivas.

Do mesmo modo que não consigo ver nada de romântico na trilogia Cinquenta Tons de Cinza, por que não tem nada de romântico um cara fazer, a mocinha assinar um contrato em que uma das cláusulas diz: “Dominador aceita a Submissa como propriedade sua, para controlar, dominar e disciplinar durante a Vigência”. As coisas começam errado quando uma pessoa trata a outra com propriedade.

E esses são apenas dois exemplos tristes do que encontramos na literatura New Adult e Erótica (...). O que me faz questionar, até quando vamos achar romântico as autoras retratando outras mulheres como o sexo frágil que caem de amor pelo primeiro homem másculo e poderoso que quer “protege-la”

Que a vida dela só vai ter sentindo se ela estiver em um relacionamento. Que a mocinha deve se sentir muito sortuda pelo “deus grego” estar afim dela, afinal ela é tão sem graça. Por que não trazer para literatura mulheres que estão em busca do amor sim, mas que não se colocam abaixo de nenhum homem. Por que não trazer os dois em pé de igualdade nos relacionamentos.

A resposta é simples, - por que infelizmente são histórias com machos alfas e mocinhas frágeis que vendem mais. Nós fomos criadas para idealizar que o “me joga da parede e me chama de lagartixa”, é de demonstração de paixão e amor. Nós fomos criadas para aceitar como normal que o cara, “calar” a boca de uma mulher durante uma discussão com um beijo é romântico.

Somos nós que consumismo músicas em que a letra nos trata como objetos e filmes/séries/novelas que tratam o estupro de forma banal e aceitável dentro de um relacionamento.

Enquanto continuarmos a aceitar isso tudo como normal e romântico, nossas palavras de protestos vão sempre soar contraditórios. Sabe aquela história de prática x teoria? É assim que funciona. Não adianta nos revoltarmos quando vemos atitudes abusivas no mundo real, se aceitamos as mesas atitudes no mundo literário. Não adianta discutir com o colega de trabalho por causa de um comentário dele, mas aceitar o mesmo tipo de comentário em músicas e outras formas de entretenimento.

Somos responsáveis por aquilo que cativamos e consumimos e se queremos um futuro melhor para a próxima geração, precisamos começar a mudança hoje e principalmente por nós mesmos.

Pensem nisso, e até o próximo post!

A Sociedade Secreta Literária é formada pelos blogs: Bela Psicose, Eu Insisto, La Oliphant, Literasutra e o My Dear Library. A nossa intenção ao criar o grupo é falar de assuntos bons e “ruins”, e que normalmente as pessoas não falam abertamente na blogosfera. 

janeiro 28, 2018

Confesse por Colleen Hoover

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.

ISBN: 9788501109323
Editora: Galera Record
Ano de Lançamento: 2017
Número de páginas: 320
Classificação:
Sinopse: Auburn Reed perdeu tudo que era importante para ela. Na luta para reconstruir a vida destruída, ela se mantém focada em seus objetivos e não pode cometer nenhum erro. Mas ao entrar num estúdio de arte em Dallas à procura de emprego, Auburn não esperava encontrar o enigmático Owen Gentry, que lhe desperta uma intensa atração. Pela primeira vez, Auburn se vê correndo riscos e deixa o coração falar mais alto, até descobrir que Owen está encobrindo um enorme segredo. A importância do passado do artista ameaça acabar com tudo que Auburn mais ama, e a única maneira de reconstituir sua vida é mantendo Owen afastado.

Colleen Hoover foi àquela autora que literalmente me provou que sempre vale a pena dar uma segunda chance a um autor. Depois de um primeiro encontro "desastroso" com Métrica e um segundo encontro cheio de amor, com O Lado Feio do Amor, os livros da Colleen se tornaram uma presença frequente na minha lista de desejados. E na real, não sei nem por onde começar a falar sobre Confesse, porque de verdade acredito que nada que eu diga nessa resenha fará jus ao quanto esse livro é maravilhoso ().

Ainda na adolescência, Auburn Reed aprende da forma mais dolorosa possível, que nada é para sempre. Anos depois, ela busca reconstruir sua vida e sabe que para alcançar o seu maior objetivo, não pode cometer nenhum erro. Auburn se fechou para qualquer tipo de relacionamento, mas isso começa a mudar no dia que ao voltar do trabalho para casa, ela se depara com o ateliê Confesse e seu enigmático dono Owen Gentry.

Owen é um talentoso artista que se inspira nas confissões deixadas anonimamente em seu ateliê para compor suas telas. Ele é gentil, sensível, engraçado e logo sentimentos que Auburn pensou que jamais sentira novamente começam a surgir. Mas, o que ela não sabe é que Owen guarda um segredo. Algo que ele pensou que ficaria no passado para sempre, mas que volta à assombra-lo no instante que Arburn entra em seu ateliê. 

Porém, por mais que ambos tentem se afastar e negar o que sentem um pelo outro, o destino insiste em deixa-los cada vez mais próximos. A atração entre eles é intensa, mas será que vale a pena colocar tudo aquilo pelo qual Arburn vem lutando, por romance rápido? E o que de tão grave Owen está escondendo? Entre a paixão e a confissão Owen e Arburn vão descobrir que para ser feliz, muitas vezes é preciso correr risco. E principalmente que nada liberta mais do que fazer as pazes consigo mesmo e com o próprio passado.

Preciso começar dizendo que, Confesse é um livro não para ser somente "lido". Sua narrativa precisa ser sentida de uma maneira muito mais profunda. Colleen Hoover nos apresenta aqui uma história de uma riqueza e sentimentos única, em que a cada capítulo vamos criando uma conexão com seus personagens e torcendo para que eles tenham um final feliz. Sim, - eu sei que falando assim essa parece ser somente mais uma história clichê, mas acreditem quando falo que ela é muito mais que isso.

Através dos dilemas de Arburn e Owen vamos percebendo o quanto algumas escolhas em nossas vidas moldam não apenas o nosso futuro, mas daqueles que amamos ou por ventura vamos amar. E, além disso, de um modo muito verdadeiro e doloroso a autora nos mostra a importância da sinceridade em nossos relacionamentos. A importância de sermos sinceros com o outro e principalmente com nós mesmos.

Arburn foi uma personagem que ganhou minha empatia logo nas primeiras páginas. Sofri, por ela e com ela, do mesmo modo que senti sua felicidade nas pequenas vitórias que tinha. O Owen () conquistou meu coração não somente pela sua sensibilidade como artista, mas pelo garoto que se culpou por anos por um erro e que encontrou finalmente em uma confissão a sua paz de espírito. Ambos foram do inferno ao céu, por razões parecidas e ao mesmo tempo diferentes, e justamente por isso é que mereciam o seu feliz para sempre.

Outro ponto, é que fazia um bom tempo que um personagem não me deixava com tanta raiva como o Trey, (aquela típica pessoa que não percebe que está sobrando) me deixou. Sério! Que cara insuportável! E se não bastasse ele, ainda tinha a mãe dele, a Lydia. Acho que esse foi o primeiro livro que li da Colleen que ao mesmo tempo em que ficava com o meu coração quentinho, sentia raiva por essas duas pessoas mesquinhas infligirem tanto sofrimento na vida dos outros. E se pararmos para pensar, quantos Treys e Lydias existem por ai (...).

Em suma, Confesse se revelou uma leitura maravilhosa de muitas formas. Colleen Hoover nos leva novamente a sentir um misto de emoções. Chorei, sorri e ao final fiquei com aquele gostinho de quero mais.

“– Acho que o amor é a palavra mais difícil de definir – digo para ela. – É possível amar várias coisas numa pessoa sem amar a pessoa em si.”

Em Confesse, Colleen Hoover nos presenteia com uma narrativa na medida certa, entre o romance encantador e o drama de quebra nossos corações em pedaços. O típico livro que a primeira vista parece clichê, mas que nos deixa com um sorriso bobo no rosto enquanto enxugamos as lágrimas.

dezembro 11, 2016

Novembro, 9 por Colleen Hoover

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788501076250
Editora: Galera Record
Ano de Lançamento: 2016
Número de páginas: 352
Classificação: Ótimo
Sinopse: Fallon conhece Ben, um aspirante a escritor, bem no dia da sua mudança de Los Angeles para Nova York. A química instantânea entre os dois faz com que passem o dia inteiro juntos – a vida atribulada de Fallon se torna uma grande inspiração para o romance que Ben pretende escrever. A mudança de Fallon é inevitável, mas eles prometem se encontrar todo ano, sempre no mesmo dia. Até que Fallon começa a suspeitar que o conto de fadas do qual faz parte pode ser uma fabricação de Ben em nome do enredo perfeito. Será que o relacionamento de Ben com Fallon, e o livro que nasce dele, pode ser considerado uma história de amor mesmo se terminar em corações partidos?

S
empre que vejo um novo livro da Colleen Hoover sinto um misto de ansiedade para começar logo a leitura e receio de me decepcionar com o que vou encontrar. Acredito que seja “normal” se sentir assim quando o livro em questão é de um autor de quem gostamos muito. E por esse motivo, Novembro, 9 foi aquela leitura que comecei de mansinho e sem "grandes" expectativas, mas que a cada capítulo foi conquistando o meu coração.

9 de Novembro tem sido uma das piores datas do ano para a jovem Fallon  O’Neil.  Esse é o dia que a recordação de tudo o que ela perdeu se torna ainda mais dolorosa, porém isso está prestes a mudar. Benton Kessler entra na vida de Fallon de forma intempestiva, mas foi preciso apenas alguns minutos de conversa com o aspirante a escritor para ela perceber que quer passar seu último dia em Los Angeles com ele. Como a mudança da jovem é inevitável e nenhum dos dois pretende abrir mão do relacionamento que começaram, eles fazem um acordo. Eles prometem se encontrar todos os anos no mesmo dia, - 9 de Novembro.

Conforme os anos se passam e eles seguem com suas vidas em separado, Ben começa a escrever um romance que tem Fallon como protagonista. Já Fallon do outro lado do país, tenta retomar a sua vida do ponto em que ela parou.  Mas um ano é tempo demais para ficar longe de alguém e muita coisa pode mudar nesse período.  Quando mais fortes e profundos os sentimentos se tornam mais perto de uma dolorosa verdade Fallon se aproxima.  Afinal diferente dos livros, os romances na vida real nem sempre terminam com um, “E eles viveram felizes para sempre”.

Confesso que assim que li a sinopse de Novembro, 9 me recordei do livro Um Dia do autor David Nicholls. E me perdoem a sinceridade, mas infelizmente esse livro foi uma das minhas maiores decepções literárias. Então sim, essa que vos escreve estava morrendo de medo de se decepcionar aqui.  Porém Colleen Hoover soube pegar uma fórmula totalmente clichê e até mesmo previsível e transformá-la em uma história intrigante.

Novembro, 9  possui uma narrativa bem amarrada e cheia de reviravoltas, daquelas que nos deixam com o coração na mão. Senti que ao contrário dos livros anteriores em que o romance era o ponto central da história, nesse a autora optou em focar mais a história no drama e nos segredos dos personagens. Embora a Collen tenha abordado suas vidas em apenas uma data especifica do ano, a Fallon é uma personagem que “desvendamos” mais rápido. Já o Ben é nos capítulos finais que conhecemos sua verdadeira história e descobrindo suas reais motivações. E apesar  do relacionamento deles ser “indefinido” ainda sim ele consegue aquecer o nosso coração e nos faz ficar na torcida para que tudo acabe bem.

É visível também o quanto os personagens amadurecem durante a narrativa. Como mesmo sem se ver durante um ano todo eles conseguem manter a conexão que criaram um com o outro. Porém o que mais cativou durante a leitura foi o fato dos personagens não serem perfeitos. Tanto Fallon como Ben possuem cicatrizes, umas visíveis e outras, as mais dolorosas, escondidas para que ninguém as veja. Em muitas situações me identifiquei com os dois, o que tornou a leitura envolvente e emocionante. 

Gostei da forma como a Colleen desenvolveu Novembro, 9 no todo, mas não nego que senti  falta de alguns detalhes e achei o final um pouco corrido também. Claro que em muitos momentos meus olhos se encheram de lágrimas, mas ainda sim senti falta de alguma coisa aqui. Não sei se foi da intensidade de O Lado Feio do Amor ou da suavidade de Talvez um Dia. Novembro, 9   é uma boa mescla dos livros anteriores que li da autora, só que mesmo terminando a leitura satisfeita e até surpresa com o que encontrei, admito que esperava aquele "algo a mais" que deixa tudo ainda mais especial.

“- Amar alguém não inclui só a pessoa, Ben. Amar alguém significa aceitar todas as coisas e pessoas que este alguém também ama.”

Novembro, 9  não é apenas mais um romance clichê. Essa é uma história que fala de perdas e como elas nos ferem e nos transformam. É uma história que nos lembra de que todos nós cometemos erros e que é preciso saber perdoar os outros e a si mesmo. E principalmente que um dia é sim, capaz de mudar a nossa vida para sempre.

novembro 28, 2016

O Erro por Elle Kennedy

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788584390410
Editora: Paralela
Ano de Lançamento: 2016
Número de páginas: 279
Classificação: Muito Bom
Sinopse: Amores Improváveis – Livro 02.
Logan parece viver uma vida de sonhos. Com um talento incrível para jogar hóquei e um charme inato para conquistar mulheres, ele é uma das maiores estrelas da universidade de Briar. Mas por trás do característico sorriso maroto, ele esconde duas grandes angústias – a primeira, estar apaixonado pela namorada de seu melhor amigo. A segunda, saber que sua vida, após a formatura, se tornará um beco sem saída. Um dia, por acaso, ele conhece Grace, uma garota tão encantadora quanto intrigante. Tudo nela parece ser original e deliciosamente contraditório – tímida, mas ao mesmo tempo vibrante. Doce, mas ao mesmo tempo forte e confiante. A cada encontro, Logan se vê mais e mais envolvido. Mas um grande erro colocará o relacionamento desses dois jovens em risco. Agora, Logan terá que se esforçar para reconquistar Grace – nem que para isso ele precise amadurecer e encarar de frente as suas questões mais profundas e doloridas.

Tem autores que conseguem nos cativar de tal modo com a sua escrita, que mal acabamos um livro e já queremos ler o próximo. Foi exatamente assim que me senti quando terminei a leitura de O Acordo e agora ao finalizar O Erro segundo livro da série Amores Improváveis da autora Elle Kennedy. Como uma narrativa leve e clichê, essa é uma daquelas histórias que aquece o nosso coração e nos deixa um sorriso tipicamente bobo no rosto.

A primeira impressão que se tem ao olhar para John Logan é que ele leva uma vida invejável. O astro do time de hóquei da Universidade de Briar e um famoso arrasa corações desavisados. Porém por traz dessa fachada Logan esconde dois segredos terríveis. O primeiro é o fato de estar apaixonado pela namorada do seu melhor amigo e o segundo é que sua vida de sonhos está acabando e logo vai se tornar um pesadelo. Mas enquanto a formatura não chega ele está disposto a aproveitar os dias de paz que lhe restam e é justamente em um dia desses qualquer que Logan conhece Grace.

Grace é totalmente diferente nas garotas com quem Logan costuma se relacionar. E apesar de todos os seus instintos gritarem para que ele se afaste dela o mais rápido possível, a cada novo encontro mais envolvido Logan fica. Tudo parecia ir bem, até que em uma noite fatídica ele coloca tudo a perder. Logan sabe que errou e Grace não está muito disposta a perdoa-lo tão facilmente. Agora Logan terá que provar que está arrependido e principalmente que seus sentimentos são sinceros se quiser reconquistar Grace. E nesse processo talvez ele tenha que expor suas cicatrizes em enfrentar seu futuro sombrio antes do planejado.

Sempre digo que o que faz uma história ser completa não é a quantidade de páginas do livro, e sim a forma como o autor desenvolve sua história. Em O Erro, Elle Kennedy soube construir um enredo que tem um pouco de tudo. Temos um romance cheio de sensualidade, dramas pessoais e momentos engraçados. E talvez por ser uma trama tão comum, o tipo de coisa que pode acontece com qualquer um é que me vi tão envolvida com a história.

Confesso que o Logan tinha chamado a minha atenção desde o livro o anterior, por esse motivo não nego que estava bem curiosa em conhecer a história dele ().  E posso dizer com toda certeza que ela partiu meu coração. Elle Kennedy nos apresenta aqui um personagem forte e embora a sua personalidade possa passar uma certa “superficialidade” é na verdade de uma nobreza incrível. Em muitos momentos me identifiquei com a situação pela qual o Logan passa, e nessas ocasiões foi difícil conter minhas lágrimas. Por que tipo, - eu já passei por isso (...).

Gostei da Grace também, e mesmo adorando o Logan me divertir bastante com a forma como ela o fez correr trás do prejuízo. A única coisa que me incomodou um pouco no começo é a forma como a Grace se deixava levar pela melhor amiga. Porém, reconheço que independente do meu “desamor” pela Ramona, ela foi importante no contexto geral da trama.

O que mais gosto na narrativa da Ellen é o fato dela ser bem direta.  Nada fica subentendido e a autora consegue trabalhar bem com todas as emoções e contradições dos personagens sem que a história perca o ritmo ou fique cansativa. Adorei rever a Hannah e o Garret, e já estou morrendo de curiosidade para conhecer a história do Dean (). Por que esse é mais um dos motivos que torna os livros da série Amores Improváveis tão gracinhas. A autora dá espaço para os personagens secundários criando tramas paralelas que nos fazem sentir que somos parte daquilo que estamos lendo, e com isso nos apegando cada vez mais aos seus personagens.

A primeira vista O Erro parece ser mais uma daquelas histórias que já vimos em vários livros. E sim ele é bem previsível em determinados pontos, porém é o modo como a autora encaixa as peças que torna sua história especial. Não é nada fast ou simples demais. Muito pelo contrário no decorrer dos capítulos você consegue ver o amadurecimento dos personagens e do seu relacionamento.  Só achei o final corrido, mas o epilogo até que “compensa”  isso. Mas não nego que teria gostado se a Ellen tivesse alongado um pouco mais ele.

“Os próximos anos provavelmente vão ser como se eu estivesse vagando num túnel escuro, mas no fim dele existe uma luz. Enquanto você estiver comigo, vai existir uma luz dentro dele também. Sem você, seria só escuridão.”

O Erro é aquele livro que vai fazer você se arrepender de ter lido rápido demais. Porém uma vez que você pega ele para ler, dificilmente vai conseguir largar antes das páginas finais.  Para quem está procurando uma nova série para chamar de sua a minha dica é, - comece a ler Amores Improváveis agora! Clichê do jeito que amamos e completamente irresistível.

Veja Também:
O Acordo

junho 30, 2016

Talvez um Dia por Colleen Hoover

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788501050311
Editora: Galera Record
Ano de Lançamento: 2016
Número de páginas: 368
Classificação:
Sinopse: Sydney acabou de completar 22 anos e já fez algo inédito em sua vida: socou a cara da ex- melhor amiga. Até hoje, ela não podia reclamar da vida. Um namorado atencioso, uma melhor amiga com quem dividia o apartamento... Tudo bem, até Sydney descobrir que as duas pessoas em quem mais confiava se pegavam quando ela não estava por perto. Até que foi um soco merecido. Sydney encontra abrigo na casa de Ridge. Um músico cujo talento ela vinha admirando há um tempo. Juntos, os dois descobrem um entrosamento fora do comum para compor e uma atração que só cresce com o tempo. O problema é que Ridge tem uma namorada, e a última coisa que Sydney precisa agora é se transformar numa traidora.

Confesso que tenho uma relação um tanto “conflitante” com alguns autores. Por esse motivo, apesar de O Lado Feio do Amor ser um dos meus livros favoritos, comecei a leitura de Talvez Um Dia sem grandes expectativas. Afinal já diz o ditado que é, “melhor se surpreender do que se decepcionar”. Porém tenho admitir que Colleen Hoover, me conquistou mais uma vez e claro, partiu meu coração em mil pedacinhos.

Tem fases na vida da gente que tudo parece dar errado, e para Sydney o seu momento atual é a prova viva disso. Ela acaba de ganhar um verdadeiro “presente de grego” no dia do seu aniversário. No lugar de uma linda festa preparada pelo seu namorado perfeito Hunter e sua melhor amiga Tori, ela descobre que os dois têm um caso.  Agora além do coração partido Sydney está desabrigada, pois não existe a mínima chance dela continuar a dividir o apartamento com Tori. Não depois de saber a verdade e de quebra ter dado um soco na ex-melhor amiga.

Ridge é o talentoso músico que encontra na varanda de seu apartamento o refúgio perfeito para tocar violão. Sydney passou vários finais de tarde ouvindo Ridge de sua própria varanda, e por mais que eles nunca tenham trocado se quer uma palavra, uma inimaginável ligação surgiu entre os dois. Por isso ao vê-la parada no meio da chuva sem ter para onde ir, Ridge oferece a Sydney um lugar para ficar. E mesmo com raiva do mundo e insegura Sydney acaba aceitando a ajuda.

A intenção dela é passar apenas uma noite e ir embora na manhã seguinte, só que Sydney vai ficando.  Conforme os dias se passam Sydney e Ridge vão se conhecendo melhor e tal proximidade faz com que os dois passem a compor juntos.  Logo a atração que sentem se torna ainda mais forte, porém Ridge tem namorada e Sydney simplesmente não pode aceitar a ideia de ela se tornar uma traidora como Tori. Talvez um dia, no futuro as coisas possam ser diferentes, - quem sabe (...).

Com uma narrativa simples e até mesmo clichê, Colleen Hoover nos apresenta um história comum de encontros e desencontros de duas pessoas que se conheceram no momento errado de suas vidas.  Enquanto Sydney tenta encontrar um modo de colocar tudo no lugar novamente, para Ridge as coisas estão perfeitamente onde devem estar, ou pelo menos era nisso que ele acreditava até Sydney entrar em sua vida. E mesmo ambos sabendo que não podem ter o que querem, eles simplesmente não são fortes o bastante para se afastar.

Mas antes que você pense que Talvez um Dia é mais uma história sobre traição e triângulo amoroso, preciso dizer que esse livro é muito mais que isso. Através de personagens extremamente humanos Colleen conseguiu criar um enredo que fala de escolhas e principalmente, de você colocar as necessidades e a felicidade do outro acima da sua. Em diversas ocasiões meus olhos se encheram de lagrimas, por saber o quanto aquilo que sentiam um pelo outro machucava a Sydney e o Ridge. Eles lutam o máximo que podem contra o que sentem ao mesmo tempo em que, esse sentimento vai transformando aos poucos a vida dos dois.

A maneira como eles evoluem como pessoas no decorrer a trama, deixa tudo mais “intimo” e belo, por que o modo como a Colleen desenvolveu a narrativa nos aproxima muito de seus personagens.  Aqui ninguém esconde suas emoções e todos os sentimentos são mostrados de forma intensa. Meu coração se partia sempre que Ridge se sentia frustrado por não conseguir demonstrar com palavras com o que estava sentindo. Do mesmo modo todos os arrependimentos da Sydney pareciam ser meus também. Por que apesar de toda dor e culpa que existe entre os dois, há também paixão e por que não dizer amor.

Outro ponto positivo é o papel que o Warren, melhor amigo do Ridge desempenha na história. Não vou negar que em um determinado momento fiquei "chateada" com ele, mas o Warren age como um amigo leal. Aquele que dá bronca quando é preciso e que mesmo sabendo que vai magoar, fala a “verdade”. Ele é aquele personagem coadjuvante que conquista pela leveza que traz para história.  Maggie a namorado de Ridge,também é uma personagem incrível e ao final conforme o passado dela é mostrado me vi torcendo para que ela encontrasse seu final feliz.

Com uma delicadeza enorme, Colleen Hoover escreveu uma história sobre os erros e acertos da vida. Em como é difícil seguir em frente, já que na maioria das vezes é mais fácil desistir de tudo quando o primeiro obstáculo aparece.  Pois a vida cedo ou tarde nos obriga a fazer escolhas que vão acabar magoado direta ou indiretamente alguém que amamos.  E que nada é melhor do que um dia após o outro para curar o nosso coração.

“Tentamos tanto esconder tudo o que estamos realmente sentindo daqueles que provavelmente mais precisam saber os nossos verdadeiros sentimentos.”

Ao final me vi surpresa em perceber o quando uma narrativa tão despretensiosa, cheia de música e melodia tinha conseguido me emocionar tanto. E acredito que são justamente esses pequenos detalhes que fazem de Talvez um Dia, aquele típico livro que chega de mansinho e nos arrebata. Seus personagens são pessoas comuns como eu, você e seus amigos. Pessoas que estão tentando alcançar a sua cota de felicidade em um mundo tão complicado. Buscando através dos encontros e desencontros da vida, talvez um dia encontrar o seu feliz para sempre.

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