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agosto 28, 2017

Nossos parágrafos, vírgulas e pontos finais...

| Arquivado em: CRÔNICAS E POESIAS

imagem: Shutterstock

Há aquele velho ditado que diz que tudo na vida tem começo, meio e fim. E olhando para nós dois agora percebo que estamos próximos do fim. Não que o problema seja você ou eu. A verdade é que nos tornamos algum tipo de clichê barato.

Sei que pode parecer piegas dizer isso, mas aquilo que um dia nos uniu não é mais forte o bastante para nos manter juntos. Além disso, há tempos venho me sentindo só mesmo quando estou com você. Sinto como se fosse só minha à responsabilidade de manter as coisas em pé, de ser o alicerce dessa relação.

Não sei dizer qual foi o momento exato que tudo mudou entre nós. Só sei que quanto mais me distancio, mas percebo o quando já estávamos distantes.

Distantes um do outro e de nós mesmos.
Distantes do que um dia fomos um para o outro.
Distante do que era e é importante.
Distante daquilo que queremos.

Nossas longas conversas não existem mais e antes que todo amor que existiu entre nós seja sufocado pela amargura é melhor colocar um ponto final na história.

Essa é o última frase de nossa história e a primeira de nossas novas histórias. Histórias escritas em folhas separadas com canetas de cores diferentes. Histórias tão distantes e ao mesmo tempo tão próximas quanto o ponto final e o começo de uma frase  são, para que nossos parágrafos e vírgulas se misturem e se completarem uma vez mais.


texto escrito por: Ariane Gisele Reis.  ©  Todos os Direitos Reservados.

agosto 24, 2017

O Senhor dos Anéis em vitrais

| Arquivado em: ARTE 

Se tem uma série que disputa o meu coração com Harry Potter essa é a saga de Frodo Bolseiro para destruir o anel do poder. Já perdi as contas de quantas vezes assisti aos filmes da trilogia O Senhor dos Anéis, e confesso que cheguei a tal ponto de saber as falas de cor. Ane sendo nerd, - novidade.

Por esse motivo vocês podem imaginar o quanto essa blogueira que vos escreve ficou enlouquecida ao se deparar com uma fanart simplesmente M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A, da obra do muso J.R.R Tolkien. Só que para minha surpresa e felicidade a galeria do artista não tinha somente uma fanart, tinham várias. E são essas belezuras que vou compartilhar com vocês hoje.

Farewel Frodo
As obras são do chinês Jian Guo, mais conhecido como Breath-art no deviantArt. Todas as ilustrações dele são fantásticas, porém as que mais me chamaram a atenção foram essas que lembram vitrais. Na verdade assim que vi a Farewel Frodo, já imaginei como uma janela com esse tipo de vitral seria linda (). Além disso, as paletas de cores que o artista usa e a riqueza de detalhes de cada peça, realmente passam a sensação que a arte está em movimento.

Só de ver esses trabalhos tão lindos, fiquei com vontade de rever os filmes. E vou confessar para vocês que sempre choro no Retorno do Rei. Tipo, - que filme, que fotografia, que trilha sonora e Legolas ()! É muita emoção para esse meu coração nerd.

Por isso fiquem agora com as obras maravilhosas do Jian, enquanto eu vou ali assistir A Sociedade do Anel.

Algumas Obras:
Welcome from Lothlorien
Gates of Argonath
Shepherd of Forest
The Horn of King Helm Sounded
The Return of The King
Grey havens
Como vocês podem ver é praticamente impossível uma fã da série, escolher somente uma dessas obras incríveis como favoritas. E o detalhe é que na galeria do Jian tem mais trabalhos como esse, incluindo um set inteiro de Star Wars. Será que a alma do nosso artista do mês também é nerd?

Mas, como não tenho condições de escolher uma obra favorita, eu quero saber qual ou quais foram às artes/vitrais que mais chamaram mais a atenção de vocês?

Beijos e até o próximo post!

+ Breath-art.

agosto 17, 2017

Pausa para Mulherices

| Arquivado em: OUTROS.

Como vocês já perceberam pelo titulo, hoje resolvi algo um pouco diferente aqui para o blog. Essa que vos escreve é simplesmente apaixonada por joias desde pequena, em especial brincos. Porém, normalmente minha orelha tende a inflar quando uso bijuteria. Por esse motivo fiquei bastante curiosa em testar os produtos da loja Joia Chic.

Foto: Ariane Reis.
A Joia Chic vende semi joias lindas e com um ótimo custo beneficio. Assim que acessei o site, fiquei encantada com a beleza dos produtos. Acabei escolhendo o brinco semi joia Flor e duas Folhas de Zirconia Branca. Já usei a peça para sair com as amigas e ir para o trabalho e em nenhum momento senti, aquela ardência chatinha que sempre sinto quando uso bijuteria. Sim, -  mesmo com meu problema ainda uso bijus, por que sou taurina e teimosa. 

A peça é super delicada e tem um comprimento bom, por que confesso que não curto muito maxi brincos. É aquele tipo de coisa que acho lindo nos outros, mas que não combina comigo, sabe? A loja ainda tem uma variedade enorme de anéis, minha outra grande paixão e peças com cristais que são simplesmente maravilhosas.

Por isso eu que não sou boba, fiz uma listinha dos produtos que mais gostei da loja. Afinal logo chega o Natal e nada melhor do que já ter aquela dica de presente para quando alguém me perguntar o que quero. E essa listinha básica que compartilho com vocês hoje.

Wishlist


Os produtos são lindos, não é mesmo? Eu estou completamente apaixonada por tudo! A Joia Chic fica em Joinville (SC), cidade que para quem não sabe, foi meu lar por dezenove anos e da qual além da saudade tenho recordações lindas guardadas no meu coração.

A loja entrega em todo o país, então se você quer dar aquele presente para alguém especial ou quer se presentear, a minha dica é acessar agora o site da loja e conhecer todos os produtos que ela oferece.

Beijos e até o próximo post!

agosto 14, 2017

À Primeira Vista por David Levithan e Nina LaCour

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788501109347
Editora: Galera Record
Ano de Lançamento: 2017
Número de páginas: 294
Classificação: Bom
Sinopse: Esqueça amor “à primeira vista”. Esta é uma história de amizade “à primeira vista”... ou quase Mark e Kate são da mesma turma de cálculo, mas nunca trocaram uma única palavra. Fora da escola, seus caminhos nunca se cruzaram... Até uma noite, em meio à semana do orgulho gay de São Francisco. Mark, apaixonado pelo melhor amigo — que pode ou não se sentir do mesmo jeito —, aceita o desafio que mudará sua vida. E sobe no balcão do bar em um concurso de dança um pouco diferente... Na plateia, Kate, fugindo da garota que ela ama a distância por meses e confusa por não se sentir mais em sintonia com as próprias amigas, se encanta pela coragem e entrega do rapaz. E decide: eles vão ser amigos. Em meio a festas exclusivas, fotógrafos famosos, exposições em galerias hypadas, essa ligação se torna cada vez mais forte. E Mark e Kate logo descobrem que, em muito pouco tempo, conhecem um ao outro melhor que qualquer pessoa. Uma história comovente sobre navegar as alegrias e tristezas do primeiro amor... uma verdade de cada vez.

Existem autores que são praticamente uma unanimidade dentro do gênero que escrevem e o autor, David Levithan sempre me passou a impressão de ser um desses casos. À Primeira Vista escrito em coautoria com a autora Nina LaCour foi meu primeiro contado com a escrita de ambos. E apesar de pequenos detalhes que em minha opinião podiam ter sido mais trabalhados, no geral gostei bastante do que encontrei aqui.

Mark está completamente apaixonado pelo melhor amigo Ryan. E embora a relação dos dois esteja mais para uma típica “amizade colorida”, Mark não tem certeza de Ryan sente o mesmo por ele.  Durante a festa de abertura da Semana do Orgulho Gay, Mark aceita o desafio de participar de um concurso de dança um pouco diferente. Porém o garoto não faz a menor ideia que Kate, sua colega a turma de calculo está na plateia.

Kate por sua vez, foi parar na boate Happy Happy por que não se sente pronta para conhecer Violet, a garota que ela só conhece por fotos e há meses está apaixonada.  Porém a coragem de Mark a incentiva, Kate decide que os dois precisam ser amigos. E bastam apenas algumas palavras para que Mark perceba que também quer ser amigo e Kate. E essa amizade que antes parecia improvável, os leva para o mundo glamoroso de fotógrafos famosos e exposições em galerias conceituadas. Mark e Kate descobrem que entre as alegrias e desilusões do primeiro amor, a verdadeira amizade é aquele porto seguro que sempre podemos contar para iluminar nossos dias.

À Primeira Vista possui uma narrativa fluida em que logo nos primeiros capítulos nos afeiçoamos aos personagens e ficamos na torcida por um final feliz. Mas, o que torna a narrativa tão fácil de acompanhar é ao mesmo tempo o que deixa tudo um pouco “superficial”.  Dividida entre o ponto de vista de Mark e Kate o livro aborda uma semana na vida dos jovens, e o fato de tudo ser “instantâneo” demais é algo que me incomoda bastante em qualquer história que eu leia.

Gostei dos protagonistas, porém confesso que senti uma empatia maior pelo Mark, pois a sensação que pelo menos eu tive foi que o Ryan “brincou” com os sentimentos dele. A Kate embora seja uma boa personagem em muitos momentos passou a impressão de ser uma pessoa volúvel. E sinceramente, não sei se eu teria a paciência que a Violet teve com ela, principalmente levando em conta todos os encontros e desencontros que elas têm na história.

David Levithan e Nina LaCour escreveram uma história simples e gostosa de se acompanhar, só que senti falta de um aprofundamento maior em questões importantes como por exemplo, o relacionamento de Mark e Kate com os pais. No caso da Kate isso ainda acontece, mas assim como tudo na narrativa em geral, acabou sendo um pouco superficial. Além disso, em diversas situações tive a impressão que os autores se perdiam em detalhes que não agregavam muito na narrativa e com isso deixavam de explorar outros pontos que eram relevantes.

Porém o que mais me marcou na leitura de À Primeira Vista, foi à reflexão e percepção maravilhosa que os autores trazem sobre a comunidade LGBT. Em pleno 2017 (quase 2018), ainda fico assustada em perceber o quanto o preconceito ainda está fortemente presente em nossa sociedade, e encontrar em um livro voltado para o público jovem uma reflexão tão verdadeira e bonita, fez com que a leitura valesse a pena e principalmente, com que meu coração ficasse preenchido e amor e esperança.

“Se olharmos embaixo das superficialidades, o que vamos encontrar é amor.”

Com uma narrativa leve e personagens carismáticos, À Primeira Vista é um livro perfeito para uma tarde preguiçosa de domingo, ou para quando estamos precisando ler algo para deixar o nosso coração mais quentinho. David Levithan e Nina LaCour nos presenteiam aqui com uma história que fala sobre a importância da amizade que e principalmente nos mostra que conhecer e amar a si mesmo,  é a única forma de amar o próximo e encontrar a felicidade.

agosto 10, 2017

Um Acordo de Cavalheiros por Lucy Vargas

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788528621785
Editora: Bertrand Brasil
Ano de Lançamento: 2017
Número de páginas: 350
Classificação: Muito Bom
Sinopse: Tristan Thorne, o Conde de Wintry, não é um homem para brincadeiras. Com uma vida de segredos, amado e odiado na sociedade, ele não é o parceiro ideal para uma dama. Dorothy Miller não sabe o que há por trás de suas motivações, apenas que ele é bastante intenso. Os jornais dizem que ele bebe demais, joga demais e ama escandalosamente. E até mata. Como uma dama determinada a ser dona do próprio destino como Dorothy Miller acaba em um acordo com um homem como Lorde Wintry? Você teria coragem de guardar um segredo com o maior terror dos salões londrinos? Lembre-se: Nunca faça acordos com ele, pois o conde sempre volta para cobrar.

Que essa que vos escreve é uma leitura assídua de romances de época, vocês já estão cansados de saber. Por isso, assim que soube do lançamento de Um Acordo de Cavalheiros da autora Lucy Vargas, eu fiquei muito curiosa para conferir a história. Afinal, depois tantos livros do gênero escritos por autoras estrangeiras, nada melhor do que se perder em uma narrativa com um toque de brasilidade. E para minha felicidade, acabei encontraram uma história envolvente e divertida.

Dorothy Miller está longe de ser o que se espera de uma jovem moça do século XVIII. Apesar de sua reputação imaculada, Dorothy ao contrário das outras jovens, não está em busca de um marido durante a alta temporada londrina. A verdade é que a ideia de se ver presa em um casamento sem amor sempre a deixou apavorada.  Porém, depois de uma noite regada a muito vinho, Dorothy acorda na cama do temido Conde de Wintry, Tristan Thorne.

Tristan Thorne é conhecido por ser um dos maiores devassos de Londres, o tipo de homem que jovens como Dorothy precisam manter distancia. Só que depois da noite que passou com a Dorothy, ele não está disposto a abrir mão da companhia da jovem em sua cama tão facilmente. Tristan promete não comprometera reputação da jovem e propõe a ela um acordo no mínimo indecoroso, que ele e Dorothy sejam amantes durante toda a temporada.

A primeira reação de Dorothy é o ultraje, mas essa pode ser a sua ultima oportunidade de viver uma aventura na vida. E o que começa com encontros semanais cheios de sedução, logo começa a despertar em ambos um sentimento mais forte e assustador. Dorothy faz de tudo para esconder o seus verdadeiros sentimentos, ao mesmo tempo em que Tristan faz de tudo para mostrar a ela que os dois podem sim, ter um futuro juntos. O problema é que Tristan esconde um segredo, algo que se descoberto colocará a sua vida e de todos aqueles que ele ama em risco.

Um Acordo de Cavalheiros possui uma narrativa deliciosa que me prendeu logo em suas primeiras páginas. Adorei o modo com a Lucy Vargas construiu a personalidade dos personagens e principalmente como ela desenvolveu a história. Por mais clichê, que Um Acordo de Cavalheiros possa parecer à primeira vista, ele possui elementos que surpreende durante a leitura, o que torna tudo ainda mais envolvente.

Dorothy possui uma personalidade forte e decidida, que mesmo com todos os receios em relação ao futuro, não está disposta a arriscar a sua liberdade em um casamento sem amor. Além disso, Dorothy é uma pessoa muito pé no chão que não se deixa levar pelas aparências. Sem falar que seu humor irônico aliado ao cinismo de Tristan, faz com que eles sejam perfeitos juntos.

Tristan () assim como Dorothy, está à frente do seu tempo. O conde acredita que uma mulher tem que ser dona da sua própria vida e seguir seus próprios instintos e desejos. E cá entre nós até nos dias de hoje homens como Tristan são raridade, quem dirá no século XVIII? Tristan é um personagem apaixonante, que diferente da má fama que tem possui um senso de lealdade enorme e jamais abandona aqueles que ama.

Os personagens secundários desempenham um papel importante na trama, em especial a prima de Dorothy,  Cecília e sua dama de companhia da Sra. Clarke. Lucy Vargas ainda inseriu no enredo boas doses de ação e mistério que deixaram a história ainda mais interessante e fluida.

O único ponto que não “gostei” muito na narrativa, foram algumas descrições nas cenas de sexo. Tipo não que eu seja puritana, mas alguns termos me soaram tão exagerados que comecei a dar risada na hora que li. Acredito que há formas de descrever cenas mais quentes sem usar termos muito “escrachados”. Além disso, senti falta da autora ter se aprofundado mais no passado do Tristan.

Um Acordo de Cavalheiros foi uma grata surpresa, e posso afirmar com toda certeza que estou bastante ansiosa para ler outras obras da Lucy Vargas.  A autora consegue nos presentear com uma narrativa que ao mesmo tempo em que possui todos os elementos que amamos nos livros do gênero, foge do clichê habitual.  Lucy ainda traz uma reflexão importante sobre a forma como a sociedade da época e a nossa ainda enxerga a mulher.  Durante a leitura sorri, suspirei, fiquei com o coração na mão e ao final me vi querendo mais. 

“Ninguém podia envolver-se tão intensamente sem entregar uma parte sua.”

Com diálogos inteligentes e personagens cativantes, Um Acordo de Cavalheiros é um livro que vai te conquistar logo nas primeiras páginas e te deixar a cada capítulo ainda mais apaixonado pela história. Doce, sexual e divertido, uma leitura que recomendo a todos que assim como eu não abrem mão de um bom romance.

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