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dezembro 19, 2021

Primavera

 | Arquivado em: CRÔNICAS & POESIAS


Comecei a escrever este post em setembro, mas por algum motivo naquela época as palavras não vinham até mim com a mesma facilidade de sempre. Sei que sumi aqui no blog e que diminui bastante a minha presença nas redes sociais. O que a princípio foi causado pela falta de tempo, com o passar das semanas acabou se revelando uma necessidade.

imagem: Jill Wellington no Pexels

Assim como a natureza se recolhe no inverno para voltar a florescer na primavera, senti que precisava me recolher. Pode parecer clichê, mas a pandemia foi um divisor de águas em minha vida e durante esse meu período de recolhimento consegui analisar e enxergar de uma forma muito profunda, onde eu estava e onde queria estar.

Vi com clareza todas as situações, coisas e pessoas das quais precisa desapegar para seguir em frente. Não foi um processo fácil e tranquilo, admito que estou fazendo as pazes comigo e com todas as partes da minha vida que não dei o cuidado e o foco que mereciam.  Estou me organizando por dentro para que o meu exterior reflita todas as novas escolhas que fiz. Todos os objetivos e sonhos que resolvi seguir, agora que a minha bagagem está mais leve e parei de andar em círculos.

Quero deixa claro que este não é o fim do blog. Na verdade, gosto de pensar no My Dear Library como um lar, aquele lugar quentinho e reconfortante para qual sempre posso voltar depois de uma longa viagem. Porém na atual fase que estou, preciso respirar novos ares e explorar novos lugares. Acredito que só assim, vou recuperar uma parte importante que sinto que perdi, em algum momento desse 2021 que foi desafiador e cheio de aprendizados ao mesmo tempo.

Espero contar como sempre contei, com o carinho e compreensão de vocês. Que continuem a me apoiar e a torcer por mim neste novo capítulo da minha vida, que será dedicado à música, minha pós-graduação e ao meu reencontro com a escrita. Afinal, após tanto tempo de recolhimento chegou a hora de florescer.

Vejo vocês em breve!

abril 03, 2019

Pare de ouvir os outros e comece a ouvir o seu coração

| Arquivado em: CRÔNICAS & POESIAS

imagem: Shutterstock
Um dia alguém te disse, que você não era bom o bastante.
Um dia alguém te disse, que você era sonhador demais.
Um dia alguém te disse, que você não era inteligente o suficiente.
Um dia alguém te disse, que você não era bonito.

E por mais que isso na hora tenha te machucado, mesmo que inconscientemente você acreditou...
Acredito que não era bom.
Que sonhava demais.
Que não tinha inteligência o suficiente.
E passou a ver seu reflexo distorcido no espelho.

Com o tempo foi deixando de ser você mesmo, colocando uma máscara e aceitando o que os outros pensavam ser o certo para você. A inquietação, aquele bater de asas de um pássaro preso em um gaiola uma hora ou outra surgem, e você se pergunta porque esta seguindo o que os outros dizem e não aquilo que realmente quer fazer e ser.

Mas, ai uma voz te lembra que você não é bom o bastante, ou inteligente o suficiente. Que é um sonhador bobo e o seu reflexo distorcido ri de você no espelho.

Você se frustra, desiste e continua vivendo do automático. Continua vivendo a ilusão de vida perfeita que criaram para você. Você se auto sabota todas as vezes que uma oportunidade nova parece. Fica feliz com o sucesso dos outros, mas não acredita no próprio sucesso.

Mas deixa eu te disser uma coisa:
Você é incrível.
Você é uma inspiração.
Você tem todo o conhecimento que precisa nas mãos.
Você é maravilhoso.

Ninguém sabe o que é melhor para você do que você mesmo.  Não permita que a crença do outro te limite, ou faça você acreditar que merece menos da vida. Não permita que o medo de algo não dar certo te impeça de dar o primeiro passo.

Nem sempre as coisas são como gostaríamos, mas da mesma forma que as tempestades passam a tristeza também passa.

Dentro de você existe um universo lindo cheio de possibilidades. Comece agora a acreditar em você. 
 
texto escrito por: Ariane Gisele Reis.  ©  Todos os Direitos Reservados.

março 24, 2019

Nossas frágeis conexões

| Arquivado em: CAFÉ LITERÁRIO

imagem: Shutterstock

Vivemos tão conectados e nunca nos sentimos tão sozinhos. Acreditamos conviver em uma grande comunidade, mas desconhecemos as pessoas que moram na casa ao lado. Em um mundo onde tudo surge e acaba tão rápido, nossas relações se tornaram rasas.

Passamos a nos importar mais com a vida de uma celebridade do que com que anda acontecendo à nossa volta. Medimos o quanto somos amados pela quantidade de likes e comentários que recebemos em uma publicação. Deixamos de viver a vida real para nos contentar em ver a vida passar através de uma tela.

Comparamos nossas vidas e nos perguntamos o porquê coisas boas só acontecem com os outros e nunca com a gente. Trocamos relações por conexões, amizades por seguidores, relacionamentos por matchs.  Conversas por mensagens que nem sempre são respondidas.

Queremos tanto nos sentir parte de algo e na verdade sem perceber acabamos cada vez mais isolados em nossas bolhas virtuais. Competimos por atenção e popularidade, em um mundo feito de algoritmos e ações patrocinadas. Nos tornamos dependentes da opinião e aprovação alheia.

Quando vamos perceber o quanto isso tudo é frágil. Até quando vamos desejar viver uma realidade que não é a nossa. Aquele um por cento perfeito compartilhado em um dia ruim.

Quando vamos nos lembrar que não são os momentos publicados que nos marcam. E sim justamente aqueles que estamos tão envolvidos uns com os outros que esquecemos de fotografar.

Quando vamos entender que a vida é um sopro e a única coisa que deixamos e levamos ao partir não são números, e sim o bem que fazemos para o outro.

Tire um pouco os olhos da tela do seu celular e olhe para sua janela. Veja o dia lindo que está lá fora. Respire fundo e sinta o calor do sol e a brisa suave em seu rosto.

Deixe de curtir tanto a vida dos outros para curtir a sua. Perceba o quando ela é linda, plena, maravilhosa e frágil. Agarre-se a ela com toda força! Antes que ela passe por você rápido demais, como mais uma atualização no feed.

fevereiro 03, 2019

Pare de se cobrar tanto

| Arquivado em: CAFÉ LITERÁRIO

imagem: Shutterstock

O que você quer ser quando crescer? Todo mundo já ouvi essa frase pelo menos uma vez na vida quando era criança. Mas, embora essa pergunta possa parecer bem inocente à primeira vista, porém se refletirmos um pouco sobre ela, vamos perceber que somos desde muito cedo condicionados a pensar no futuro. A fazer escolhas definitivas. Escolhas essas que muitas vezes acabamos fazendo para não frustrar as expectativas que os outros têm em nós.

É cada vez mais comum ver pessoas bem sucedidas em suas carreiras, do nada largando tudo para adotar um estilo de vida mais simples. Afinal, quantas vezes eu ou você não nos perguntamos se é tarde demais para tentar algo novo. Começar do zero.

A sociedade nos diz que precisamos ser bem sucedidos. Nos cobra o sucesso tanto profissional como pessoal. Precisamos ter a família do comercial de margarina e uma carreira que nos renda milhões na conta bancária. E nós acabamos permitindo que essas cobranças façam parte de nossas vidas. Permitimos, que o sucesso alheio se torne nossa frustração, afinal porque o outro consegue e eu não?

E esse excesso de cobrança, essa frustração acaba nos impedindo de ver que na verdade nós temos tudo o que precisamos para ser feliz. Nos impede de aproveitar os pequenos momentos, aquelas preciosidades que a vida nos reserva todos os dias.

Corremos tanto atrás dessa vida bem sucedida que desde criança nos é vendida, que quando algo sai fora do rumo do caminho que planejamos começamos a nos culpar pelas escolhas que fizemos. O que não percebemos é que essas mudanças de rumo ou paradas não planejadas são a forma que a vida encontra para nos mostrar que estamos olhando muito para fora e pouco para dentro. Que estamos tentando atender as expectativas dos outros, colocando a nossa felicidade nas mãos e na aprovação dos outros. Quando o tempo todo ela está dentro de nós.

De crianças inocentes que simplesmente sonhavam, nos tornamos adultos ansiosos e estressados que esqueceram de sonhar e querem apenas ter. Por que para o mundo quanto mais se tem, mais feliz e bem sucedido você é. Que mero engano. A felicidade nunca se constituiu em ter e sim em ser.

Então se você sentir que precisa começar do zero, comece. Se você sentir que esse é o momento de mudanças em sua vida, se abrace e aceite esse momento. Nem sempre as coisas são como queremos, mas se a gente ao invés de se lamentar e se culpar quando uma coisa dá errado enxergar nisso uma possibilidade de fazer melhor as coisas se tornam melhor. Porque tudo começa dentro e a partir de nós mesmo.

Pare de cobrar uma perfeição que não existe. Pare de comparar a sua vida com a do outro, pois você é uma pessoa preciosa e única. A sua vida é preciosa e única. Você é mais do que as escolhas que fez, e muito mais do que as expectativas que os outros colocam em você.

Não tenha medo de novos começos. E sempre que a sombra do desânimo ou da culpa aparecerem, lembre-se que ser feliz e bem sucedido só depende de você.

setembro 05, 2018

Deixando a vida fluir

| Arquivado em: CRÔNICAS & POESIAS

imagem: Shutterstock

Fiquei alguns minutos olhando para essa folha em branco sem saber o que escrever, ou por onde começar. Troquei as músicas da minha playlist várias vezes, até voltar a ouvir a primeiro música.

Isso me fez pensar em quantas vezes acreditamos que o melhor para nós está longe e distante, quando da verdade tudo o que precisamos para ser feliz está do nosso lado. Há um passo de distância.

Gostamos de buscar o inalcançável, o incrível porque parece que o que temos nunca é o suficiente ou bom o bastante. Nos enganamos com a crença que o amanhã será melhor, porque encaramos o hoje como mais um dia qualquer. Só que esse hoje é o amanhã que tanto desejamos ontem.

O que nos passa quase sempre despercebidos é que a surpresa surge quando não esperamos. E por sempre esperar algo especial, não notamos as pequenas surpresas que cada dia nos reserva. Não notamos o quanto tudo a nossa volta e nós mesmo somos breves, únicos e belos. O problema é que pensamos e esperamos demais de tudo e de todos e nos esquecemos de viver.

Quando parei de procurar as palavras certas os meus sentimentos fluíram. Simples como a vida flui. 

texto escrito por: Ariane Reis.  ©  Todos os Direitos Reservados.

agosto 26, 2018

A vida começa a mudar quando a gente muda

| Arquivado em: CAFÉ LITERÁRIO

Sei que o título do post parece clichê, mas por incrível que parece venho descobrindo o quanto essa frase é verdadeira: A vida só começa a mudar quando a gente muda. E não estou falando das mudanças visíveis, daquelas que amigos, familiares e o mundo percebem. Mas sim daquelas sutis que acontecem internamente em nosso coração, em nossa alma.

imagem: Shutterstock
Desde 2015 a minha vida vem passando por altos e baixos. Sempre brinco que o famoso retorno de Saturno foi “cruel” comigo, porém é inegável o quanto os tombos que levei nos últimos anos me ajudaram a crescer e principalmente enxergar o que eu precisava mudar em minha vida e nas minhas formas de pensar e agir.

Às vezes a gente sabe que algo não está legal em nossa vida, porém por medo e até mesmo por comodidade não temos coragem de arriscar para mudar a situação. Ficamos no ciclo vicioso do “e se” e sem perceber acabamos por responsabilizar as outras pessoas por nosso sofrimento. Quando na verdade somos nós que precisamos dar o primeiro passo.

O problema não é se arrepender das escolhas que em algum momento da vida fizemos. O problema é não conseguir ver que essas escolhas não foram somente erros e sim uma oportunidade que Deus e o Universo nos deram de aprender, de evoluir como pessoas. Porque infelizmente, nós seres humanos só aprendemos através da dor. Se fosse para colocar em uma balança todas as decisões e escolhas que fiz em minha vida nos últimos anos, sei que o lado das escolhas “erradas” vai pesar um pouco mais.  Porém, sei que se eu não tivesse “falhado” no passado não estaria onde estou hoje. Afinal, foram essas falhas que me deram coragem para mudar.

Que me deram coragem para encarar meu vitiligo não somente como uma falha do meu sistema imunológico que afeta a minha aparência, mas sim como um indicativo que algo no meu emocional não vai bem.  Porque quanto mais bem e tranquila eu me sinto, manchas novas não surgem e as que tenho respondem melhor ao tratamento.

Coragem para admitir a mim mesma que eu precisava de ajuda para controlar a minha ansiedade e cortar os laços negativos com o passado. Não adiantava de nada eu ficar me arrependendo da faculdade que fiz e das oportunidades que perdi, mas continuar no meu sofá sem fazer nada para mudar o meu descontentamento com a vida e a minha desilusão com a profissão que escolhi. Com isso eu só estava me tornando uma pessoa chata, reclamona e que nem eu mesma gostava de ter por perto.

Só que mudar não é fácil, especialmente quando algumas coisas já estão tão arraigadas na gente. São coisas que de tanto ouvirmos dos outros passamos a acreditar e essas crenças com o passar do tempo acabam nos limitando e nos impedindo de ir atrás de nossos sonhos. E está sendo muito, mais muito difícil eliminar essas crenças de mim. Pois sempre fui o tipo de pessoa que necessitava da aprovação dos outros. Que fazia o que era melhor para outros, mesmo quando o melhor para os outros me deixava infeliz.

Tinha medo de expor minhas ideias, de demonstrar meus sentimentos e até mesmo cantar que sempre foi algo que amei, de tão preocupada que eu ficava com a opinião dos outros. E durante esses três anos de altos e baixos percebi o quanto esse medo de sufocava e como eu estava sendo responsável pela minha infelicidade. Foi então que prometi a mim mesma que ai me permitir a ser feliz.

A vida começa a mudar quando a gente muda. Quando a gente passa a deixar as coisas fluírem sem ter medo do que vai encontrar lá na frente, pois você acredita que vai ser o melhor. É fazer uma faxina geral em nosso interior eliminando tudo o que não agrega mais em nossa vida. É conseguir perdoar quem nos feriu e perdoar a nós mesmo. É dar o primeiro passo deixando o comodismo para lutar pelos nossos sonhos.

Mudar não é fácil e sei que esse será um processo longo, pois volta e meia aquela vozinha negativa surge, dizendo que sou uma boba e que devia desistir de estudar música e que as pessoas dão risada de mim pelas costas. Sei, que vai ter dias que vou querer me isolar ou que vou me sentir solitária mesmo quando estiver com meus amigos, porque essa mesma voz vai sussurrar que ninguém gosta de mim e que sou um peso na vida das pessoas. Sei que haverá dias que a ansiedade vai levar a melhor sobre mim e eu vou ficar com medo de sair na rua.

Mas, eu sei que sou forte para enfrentar esses dias sombrios e calar essa voz. Dei o primeiro passo para mudar cada setor em minha vida que me causava tristeza, frustração e infelicidade. Depois de anos me permitir a sonhar e acreditar em mim mesma. E só esse pequeno passo já deixou muita coisa mais leve, simples e bonita.

Nunca é tarde para recomeçar e mudar a direção de nossa vida. Não tenha medo de mudanças, por mais assustadoras que a princípio o novo possa parecer, as mudanças sempre vêm para o nosso bem. Para a nova evolução pessoal. 

A vida começa a mudar quando a gente muda. E só somos verdadeiramente felizes, quando permitimos que a felicidade faça parte de nossa vida.

fevereiro 22, 2018

As Notas da Vida

| Arquivado em: CRÔNICAS & POESIAS

imagem: Depositphotos

Ideias não são fixas. Elas se transformam e muitas vezes se perdem nos rascunhos que compõem o nosso passado. O presente é um nota inicial, a clave de sol em que todos os nossos sonhos, desejos e planos precisam seguir em meio tom para alcançar a nota mais alta e límpida no futuro.

Talvez por isso, que na vida nada seja de fato permanente, seu ritmo muda. Oras claro e harmonioso e em outros momentos desafinado e destoante. Uma bagunça de estilos e cores que nos deixa muitas vezes confusos e perdidos no meio da dança. Sem saber quais são os próximos passos.

Do nada a melodia que é calma se torna pesada, ou a tristeza que outrora nos embalava ganha um tom de beleza, um raio de felicidade. Por isso, que as ideias não podem ser fixas. Afinal nossos sentimentos, - mesmo para aqueles que se orgulham de seus corações frios, são mutáveis pois dentro de cada um de nós queima a chama e o desejo de ser feliz. O de encontrar o momento, a pessoa e a nota perfeita.

Mesmo desafinando ou errando o tom. Mesmo trocando o ritmo e riscando os trechos da letra. Nada disso importa, pois a nossa canção é única. Assim como os nossos dias. Só precisamos ouvir com mais atenção a beleza nas notas passageiras da vida. 
 
texto escrito por: Ariane Gisele Reis.  ©  Todos os Direitos Reservados.

dezembro 29, 2017

Me permitir ser Feliz

| Arquivado em: CRÔNICAS & POESIAS

imagem: Shutterstock

Estou me libertando de metas de final de ano. Não quero mais conviver com aquele sentimento amargo de frustração de olhar para trás e ver que não cumpri metade do que planejei. A verdade é que estou começando achar que esse é o grande problema do mundo. Planejamos tanto, colocamos tantas expectativas sobre nossos ombros e nos ombros de quem amamos, que quando as coisas não saem como gostaríamos a frustração e os pensamentos negativos preenchem a nossa mente e o nosso coração.

Deixamos tantas páginas em branco em nossas vidas, justamente por que ficamos em um limbo presos entre o passado das coisas que não deram certo e o futuro em que as coisas darão.  Passamos dias, meses ou até mesmo anos correndo atrás de um objetivo para muitas vezes, quando finalmente conseguimos o que tanto queríamos nós o descartamos, - jogamos fora por que  no agora ele não serve mais.

Estamos sempre buscando algo grandioso quando se pararmos um único segundo para olhar em volta, vamos perceber que temos tudo o que precisamos para ser feliz do nosso lado. Que todo dia é um pequeno ano novo, em que a principal mudança tem que partir de você. É um começo e recomeço constante em que muitas vezes não vamos ter nada ou ninguém em que nos apegar e, mesmo assim vamos precisar seguir em frente.

Em 2018 não quero ter metas preestabelecidas em uma agenda para cumprir. Vou me permitir errar sem ficar me punindo por meus erros. Vou cuidar de mim e da minha saúde tanto física como mental e espiritual. E principalmente vou dar voz aos meus sentimentos, dizer as pessoas que amo o quanto elas são importantes em minha vida e como sou grata por elas permitirem que eu faça parte de suas vidas.

Vou viver cada momento como se ele fosse único, por que cada momento é único. Vou rir com meus amigos e rir sozinha, e ao invés de ignorar o que me incomoda e chateia vou chorar sempre que for preciso para deixar minha alma mais leve. Vou amar e compartilhar o amor e agradecer por tudo que tenho ao amanhecer e entardecer.

Vou pura e simplesmente me permitir a ser Feliz.

Nos vemos em 2018 e Feliz Ano Novo ()!

outubro 29, 2017

O começo do recomeço ...

| Arquivado em: CRÔNICAS & POESIAS

imagem: Shutterstock

Deixo frases soltas na areia, mesmo sabendo que logo o vento e as ondas vão apagá-las.
Fecho os olhos e recebo a chuva de braços abertos, as suas gotas frias se misturam com as lágrimas quentes que eu nem senti cair.

Páginas completas que não escrevi,
Figuras coloridas que perderão a cor,
Pedaços fragmentados de sonhos.

Pequenos fragmentos de sonhos.

Olho fotos antigas que não reconheço.
O reflexo no espelho revela várias histórias inacabadas à espera de um final feliz.
Um caos colorido que perdeu sua cor, se tornando frio e cinzento com um dia de inverno.

Meus pés correm sem sair do lugar,
Tropeço em obstáculos que criei,
Pedaços fragmentados do medo.

Pequenos fragmentos do medo.

Mas aprendi a enfrentar meus medos.
Ao final de cada história inacabada ganho um presente.
Uma nova página em branco.
Um novo quadro para preencher de cor.
Um começo, para um novo começo do recomeço.

Deixo frases soltas na areia,
Sou um caos de cores e tons de cinza.
Como histórias inacabadas que sempre começam a partir de um novo começo do recomeço.

Novo começo.
Recomeço...


texto escrito por: Ariane Gisele Reis.  ©  Todos os Direitos Reservados.

agosto 28, 2017

Nossos parágrafos, vírgulas e pontos finais...

| Arquivado em: CRÔNICAS E POESIAS

imagem: Shutterstock

Há aquele velho ditado que diz que tudo na vida tem começo, meio e fim. E olhando para nós dois agora percebo que estamos próximos do fim. Não que o problema seja você ou eu. A verdade é que nos tornamos algum tipo de clichê barato.

Sei que pode parecer piegas dizer isso, mas aquilo que um dia nos uniu não é mais forte o bastante para nos manter juntos. Além disso, há tempos venho me sentindo só mesmo quando estou com você. Sinto como se fosse só minha à responsabilidade de manter as coisas em pé, de ser o alicerce dessa relação.

Não sei dizer qual foi o momento exato que tudo mudou entre nós. Só sei que quanto mais me distancio, mas percebo o quando já estávamos distantes.

Distantes um do outro e de nós mesmos.
Distantes do que um dia fomos um para o outro.
Distante do que era e é importante.
Distante daquilo que queremos.

Nossas longas conversas não existem mais e antes que todo amor que existiu entre nós seja sufocado pela amargura é melhor colocar um ponto final na história.

Essa é o última frase de nossa história e a primeira de nossas novas histórias. Histórias escritas em folhas separadas com canetas de cores diferentes. Histórias tão distantes e ao mesmo tempo tão próximas quanto o ponto final e o começo de uma frase  são, para que nossos parágrafos e vírgulas se misturem e se completarem uma vez mais.


texto escrito por: Ariane Gisele Reis.  ©  Todos os Direitos Reservados.

maio 05, 2017

Tudo tem seu tempo

| Arquivado em: CRÔNICAS & POESIAS

imagem: Shutterstock

Quando eu tinha quinze anos li um texto interessante que dizia que as pessoas passavam 45% do tempo lamentando o passado e 45% do tempo planejando o futuro. O que fazendo uma conta rápida me revelou que, apenas 10% de todo o nosso tempo na Terra era gasto vivendo o presente. Lembro que na época achei isso um absurdo, afinal como podíamos desperdiçar tanto tempo entre o passado e o futuro e nos esquecer do mais importante, - viver o agora.

E como a minha mania de divagar é antiga, escrevi um longo texto sobre isso na minha agenda. A Ariane idealista de dezessete anos atrás queria ser uma pessoa diferente dessas que vivem na corda bamba entre os ecos do passado e os planos para o futuro. E com toda certeza, hoje nesse momento, sei ela ficaria um pouco decepcionada consigo mesma (...).

Posso culpar o tempo? Afinal foi ele que me permitiu ter tempo livre para pensar em todos, os “e se e serás” de minha vida. Tipo: Será que se eu tivesse falado para  meus pais o bullying que sofria no colégio, hoje seria uma adulta sem tantos complexos e medos? E se eu tivesse ouvido meus pais e escolhido outra carreira, seria uma profissional mais feliz e bem sucedida? Ou, como será que a minha vida estaria hoje, se eu tivesse dito sim ao invés de não as oportunidades que tive de mudar as coisas?

Gosto de pensar na teoria do multiversos e imaginar que para cada uma dessas perguntas que às vezes me atormenta quando vou dormir, que em algum Universo paralelo eu tomei uma decisão diferente e menos idiota. Admita, essa é uma ideia realmente reconfortante.

O problema é que ao ficar relembrando e lamentando cada coisa que deu errado em minha vida, entro naquele loop automático de como planejar  um "futuro feliz" em que não vou errar. E sim, não nego gosto de ter as coisas planejadas, aquela maravilhosa sensação de estabilidade. Afinal de contas eu sou taurina, e taurinos são conhecidos universalmente por serem pessoas práticas, estáveis e resistentes às mudanças.

Talvez eu deva culpar meu signo ao invés do tempo. Mas então me lembro de que como estudante de astrologia (me julguem) sou muito mais que Sol em Touro na casa 10, e que o fato da minha lua está em Sagitário na casa 06 com Urano retrógrado faz de mim uma confusão de sentimentos e emoções ambulantes. Mas estou divagando (...), o fato é que desde 2015 estou precisando me adaptar às mudanças bruscas de planos. Há coisas que tinham tudo para dar e estavam dando certo e do nada andaram pra trás.

E vou culpar quem? Deus, o Universo, o destino, o carma, o Temer? Já passei por essa fase, aqueles dias sombrios que levantar da cama era difícil, comer era difícil, respirar, viver (...). Acredito que todo mundo que já chegou ao fundo do poço, sabe como é a sensação de achar que não tem mais força para seguir em frente. De se olhar no espelho e só ver os erros do passado e tudo aquilo que não conseguiu realizar.

Quando lembro desses meus dias sombrios, penso no quando decepcionei o meu eu de quinze anos, pois enquanto ficava com um pé na melancolia do passado e outro na ilusão do futuro perfeito, esqueci da única coisa que ela me pediu, - viver o presente de forma plena.

As coisas na minha vida ainda estão de ponta cabeça, mas hoje ao contrário de um ano atrás não estou mais tão preocupada com o dia de amanhã. Adotei o mantra “Um dia de Cada Vez”, e sei que parece blá,blá,blá de grupo de autoajuda, mas uma das coisas mais importantes que aprendi é que tudo tem seu tempo. Anote isso na sua agenda, por que essa é uma das verdades absolutas da vida, - Tudo tem seu tempo.

Tempo para ficar triste e juntar os pedaços. Tempo para planejar as coisas em curto prazo. Tempo para se ajustar as mudanças que a vida nos impõe. Só que independente do tempo que você está o passando lembre-se que tudo é passageiro. Do mesmo modo que a felicidade não é eterna a sua dor também não vai durar para sempre. Que aquilo que separa o passado, presente e o futuro é um milésimo de segundo, e por incrível que pareça em nossa vida isso faz uma diferença enorme com passar dos anos. 

Aproveite mais o presente e deixei as coisas que te machucaram lá trás onde é o lugar delas. Por que certas ou erradas são as suas escolhas que fazem de você quem você é hoje, e foram elas te trouxeram até aqui. Já o futuro é um Universo cheio de possibilidades, só precisamos saber enxerga-las para não perder as pequenas oportunidades, os grandes presentes quando eles surgem. 
 
texto escrito por: Ariane Gisele Reis.  ©  Todos os Direitos Reservados.

março 23, 2017

Perfeita Harmonia

| Arquivado em: CRÔNICAS & POESIAS

imagem: Shutterstock

Vejamos só como essa vida é confusa ...
Perdemos tempo procurando respostas bobas, para nossas perguntas tolas.
Por que correr se o tempo anda devagar?
Por que choramos de felicidade e às vezes sorrimos quando estamos tristes?

Quem tem coragem de dançar com o vento?
Ou de receber uma tempestade de braços abertos?
Quem realmente vive intensamente, sem se preocupar com perguntas e respostas.

Quem ...
Quem pode dizer que sua vida não é confusa?

Ninguém é feliz o tempo todo, mas não há infelicidade que dure para sempre.
Na verdade, nem sempre percebemos como a vida, é uma bela sinfonia que toca em perfeita harmonia.
Somos nós que muitas vezes estamos fora do ritmo.

texto escrito por: Ariane Gisele Reis.  ©  Todos os Direitos Reservados.

janeiro 11, 2017

O Agora

| Arquivado em: CRÔNICAS & POESIAS

imagem: Shutterstock


Vivemos uma ilusão constante que teremos o amanhã ...

Deixamos tudo o que podemos fazer para depois, evitamos até dizer realmente como e o que sentimos. Mas esse amanhã que tanto esperamos pode ser tarde demais, para as palavras que precisam ser ditas. E elas acabam sendo carregadas pelo tempo que perdemos.

As lágrimas que não permitimos cair,
Os sorrisos que guardamos,
Os beijos e abraços que não damos.

A certeza que sempre vamos ter tempo enquanto ele simplesmente passa por nós.
Não enxergamos que tudo o temos é o agora, uma frágil ponte que nos separa.

Do passado e de tudo que deixamos para depois.
Do futuro e da felicidade que acreditamos que só o amanhã nos reserva.

A vida é breve como um sopro.
Um momento, um segundo pode mudar tudo.
O amanhã pode ser tarde demais para se permitir a amar, para perdoar e aproveitar esse presente.

Ele é tudo o que temos.
Viva o agora!
Intensamente ...

texto escrito por: Ariane Gisele Reis.  ©  Todos os Direitos Reservados.

maio 06, 2016

Não é tempo que está passando rápido demais

| Arquivado em: CRÔNICAS & POESIAS

The Magic of Time by Julie de Waroquier
Não é o tempo que está passando rápido demais,
Mas sim somos nós que passamos cada vez mais apressados pela vida.
Que simplesmente estamos nos esquecendo de prestar mais atenção,
Em pequenos detalhes que podem fazer toda diferença em nossos dias.

Que nos acostumamos, a criar muros que nos protegem no lugar de pontes que nos unem...

Quando foi que permitimos perder nossa fé e a esperança em dias melhores?
Ou quando passamos a acreditar que não vale a pena sonhar?
Essa sombra, essa escuridão que estamos carregando em nosso coração é o que nos impede de derrubar os muros.

Que nos aprisionam dentro dessas redomas de vidro cheias de tristeza e desilusões.
Que estão matando aos poucos nossa fé, nossa esperança
e levando junto os nossos sonhos...

Pare um segundo,  respire fundo e permita que a vida te abrace,
Deixe toda essa pressa ir embora junto com os cacos da sua redoma.
Estenda a mão para vida, recupere sua fé e esperança perdidas e faça delas a ponte para seus sonhos.

Não corra contra o tempo, mas caminhe ao seu lado  e faça dele um amigo.
Que te ajuda curar as feridas e enxuga suas lágrimas.
Que todos os dias te convida a prestar atenção nos detalhes, no presente que é estar Vivo.
texto escrito por: Ariane Gisele Reis.  ©  Todos os Direitos Reservados.

agosto 09, 2015

O Tempo

| Arquivado em: CRÔNICAS & POESIAS
 
imagem: Tumblr.

O Tempo
me ensinou a deixar as coisas fluírem, a não criar expectativas e nem me preocupar com coisas que não vou conseguir mudar. Ensinou-me que cada pessoa é um enigma, e que para cada resposta certa que eu encontrar, haverá dez erradas. Que é por isso que na vida coisas e pessoas vem e vão. Por que nada é definitivo, - para sempre.

O Tempo me ensinou a ser mais tolerante, ou a ser mais indiferente? Talvez um pouco das duas coisas, ou nenhuma ou nem outra. Só sei que não me importa com tudo mais. Importo-me com o que realmente faz diferença na minha vida, e o resto deixo passar...

O Tempo me ensinou que precisamos viver tudo de forma intensa e plena. São nos momentos de tristeza que aprendemos a ser mais fortes, e nos de felicidade que percebemos o quanto tudo dura tão pouco. Mesmo que esse pouco signifique muito.

O Tempo me mostrou que não preciso carregar o peso do mundo nas costas. Ao contrário, tenho que deixar com que o mundo me carregue. Pois as melhores coisas acontecem quando você não está esperando. Que para me surpreender é preciso estar leve, e para estar leve é preciso deixar: coisas, hábitos, pensamentos, sentimentos e pessoas que não cabem mais. Que não cabem mais em meus sonhos, nos meus objetivos e que não podem mais por algum motivo continuar o caminho comigo.

O Tempo me ensinou a olhar para o nada e vê-lo como uma tela em branco, pronta para receber meus desenhos. E a olhar para uma tela preenchida sem me atentar aos seus defeitos, e sim a toda a beleza que ela contém. Não sei ao certo se tudo que tinha que aprender eu aprendi.

Às vezes sinto que cada amanhecer é um novo aprendizado, um novo exercício de paciência. Respira fundo e conta até dez e sai da cama. 

Sai para o dia, sai para vida. Sai para lutar pelo o que é importante, para sonhar um sono novo. Para chorar e rir intensamente. Para abrir ou fechar portas, e me sentir presa pular a janela e sair ...

Sair para viver!

Para sentir o vento bater na cara, a chuva molhada ou o calor do sol. Sair sem pressa e se maravilhar com o que encontrar no caminho. Não esperar nada, mas receber de bom grado tudo o que a vida pode dar. Por que essa é a maior lição que o tempo nos ensina ...

Que a vida não espera. Ela corre a cada segundo mais rápida, mais leve, mais bela e fluida. Somos nós que ficamos presos no mesmo lugar.

texto escrito por: Ariane Gisele Reis.  ©  Todos os Direitos Reservados.

julho 06, 2015

Saudades...

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Há dias que me bate um saudosismo... uma saudade absurda de tudo aquilo que vivi. Apego-me em cada momento, em cada lembrança e revivo tudo de novo em meus pensamentos. Todas as risadas que marcaram épocas extraordinárias, e as lágrimas que me ensinaram que coisas ruins acontecem com todo mundo. Foram essas mesmas lágrimas que me ensinaram a ser mais forte.

Sinto saudades do tempo em que tudo era mais leve e andava mais devagar. Das pessoas que por mim passaram, e principalmente daquelas que eu sei que nunca mais vão voltar. Tenho saudades dos minutos perdidos e da ingenuidade de achar que o tempo não cobraria por eles. Às vezes no meio de tudo isso eu paro e me pergunto; Como seria se eu tivesse feito outras escolhas, ido por outros caminhos.

Não que eu seja do tipo de gente que remexe no passado por arrependimento. Mas às vezes olhar para o passado nos ajuda a perceber no que não acertamos. Afinal, errar a gente erra sempre, todos os dias. O problema é descobrir como fazer o certo. Se é que certo ou errado realmente existem.

Sinto saudades do meu tempo de escola. Da faculdade e dos dias chuvosos com livros que nem me recordo direito a história. Tenho saudades da época do riso fácil e dos momentos roubados entre canções e poemas. Saudades de esperar por datas que hoje vem e se vão rápido demais. Saudades de ler no escuro, assistir desenho animado, brincar de boneca e de imaginar como seria o futuro distante.

Eu acolho cada uma dessas sensações, cada segundo, minuto, hora e vivo... 

Guardo todos eles no meu coração. Bons ou não por que cada um faz parte do que fui, sou e serei. Sinto saudades até de coisas que ainda não vivi. Por que cada vez que sonhamos ou desejamos muito algo ou alguma coisa, uma parte de nós viveu aquele momento.

Momentos, lembranças e saudades... nossa vida resumida em poucas palavras. Carregadas de tristezas e felicidades, mas que justamente por isso vale a pena.

texto escrito por: Ariane Gisele Reis.  ©  Todos os Direitos Reservados.

junho 25, 2015

E se surpreender ...

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Por que será que continuo criando listas que nunca vou cumprir?
Todo o começo de ano é igual com metas e planos anotados em um papel bonito,
Para logo serem esquecidos...

Tudo pode mudar a qualquer momento,
E o que era importante passa a não ser mais
E listas de planos não são um mapa seguro para o futuro
Às vezes temos que caminhar as cegas.

E se surpreender...

Talvez a essa altura do caminho, fosse mais simples escolher entre a direita e esquerda,
Focar no que é preciso e não se deixar levar por sonhos ou divagações
Mas, as amarras que insistem em manter meus pés no chão estão apertadas demais.

É hora de me libertar...

Do que é ridiculamente fácil e seguro,
E correr em direção ao meu próprio destino.

E se surpreender...

As únicas metas que vou cumprir são,
Seguir meus sonhos
Nunca deixar de acreditar
Viver cada dia novo como se ele fosse meu maior presente
Correr cada vez mais rápido na direção que meu coração guiar.

De braços abertos para felicidade,
Livre como um pássaro
Sem amarras que me mantenha presa ao chão,
Nem listas de coisas que não vou cumprir.


Viver é surpreendente...

texto escrito por: Ariane Gisele Reis.  ©  Todos os Direitos Reservados.

maio 04, 2015

Simplicidade

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Tenho paixão pela Simplicidade...

Pelo sabor do café com leite de manhã,
Pelo vento das tardes de outono e o amanhecer tímido dos dias de inverno,
A sensação de um trabalho bem feito e o aconchego de chegar em casa depois de um dia cansativo.

Gosto de conversas jogadas foras e risadas descompromissadas,
De dormir sem me preocupar com o despertador,
Gosto de observar o céu noturno e conversas com as estrelas.

De apreciar o silêncio e uma boa música com a mesma intensidade.
E passar longos minutos olhando para nada ...
Refletindo como em um único minuto tudo pode mudar.

Tenho paixão pela Simplicidade...

Dos romances que surgem com uma troca de olhar,
Da tristeza que se vai quando uma lágrima caí,
E da esperança que renasce quando surge o sorriso.

Do tempo que passa e que deixamos passar.
Dos momentos que vem e vão ...
Das lembranças que ficam.

Se pudesse fazer um único pedido,
Pediria mais leveza para vida,
Mais sorrisos e momentos mágicos ...
Pediria mais Simplicidade.

texto escrito por: Ariane Gisele Reis.  ©  Todos os Direitos Reservados.

março 26, 2015

De tudo que vivi, quero apenas ...

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D
as flores de meu jardim,
Quero a beleza suave que me recorde dos finais de tarde de minha infância.
Das músicas antigas que de tão recentes ainda conheço as letras de cor,
Quero um abraço saudoso da nostalgia.
Dos livros mais antigos de minha coleção,
Quero a importância dos fatos, pois são com eles que construí a minha história.

Das minhas fotos marcadas pelo tempo,
Quero as lembranças de uma época em que tudo era mais simples.
Dos sonhos rosados com algodão doce.
Dos desenhos, séries e filmes que vi,
Quero a inspiração, pois ainda não desisti de ser uma super heroína e princesa.

De todas as minhas recordações,
Quero que elas se transformem em pontes sólidas que liguem o meu,
ontem, hoje e amanhã.

Por que sempre estou cultivando novas flores,
Ouvindo novas músicas,
Lendo novos livros,
Registrando novos momentos,
Vivendo uma nova aventura,
Escrevendo um novo começo...

Por que todas as noites eu ainda tenho sonhos fofos e rosados,
como algodão doce.

texto escrito por: Ariane Gisele Reis.  ©  Todos os Direitos Reservados.

março 17, 2015

Desabafo, protestos e ainda ter fé...

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Talvez eu seja muito idealista uma sonhadora irremediável. Porém desde criança sempre acreditei que só é possível fazer do mundo um lugar melhor, melhorando a nós mesmos. Sabe aquele velho e bom provérbio chinês: “Antes de iniciares a tarefa de mudar o mundo, dá três voltas na tua própria casa”, é nisso que acredito até hoje. Por isso não fui as ruas para protestar, por que o problema de nosso país somos nós mesmos.

imagem: Tumblr.
Desde o ano passado uma onda de intolerância, incoerência e hipocrisia vêm se espalhando como uma verdadeira praga pelo Brasil. Quando leio comentários incitando o ódio, a violência e alguns termos não muito "nobres" sendo usados para se referir a Presidente nas redes sociais e nas ruas , fico profundamente envergonhada. O fato de não gostarmos de alguém, ou de não concordarmos com algo, ainda não nos deu o direito de sair por ai atacando os outros.

Desde que me conheço por gente, e ouço falar de política nos telejornais ela vem acompanhada pela palavra corrupção. Em 1992 as pessoas saíram às ruas para pedir o impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello. Eu tinha sete anos na época, e me lembro da comoção nacional. Mas depois de oito anos, quem o povo elegeu de novo? O mesmo que em 1992 foi “expulso” por ter roubado milhões.

A política no Brasil sempre foi suja. Basta ter um pouco de “curiosidade” e pesquisar a história do país. História essa que tem vinte e um capítulos marcados por uma Ditadura Militar sangrenta. Por isso fico indignada quando vejo pessoas pedindo a intervenção militar. Essas pessoas que estão por ai marchando pedindo esse absurdo não demonstram o mínimo de respeito pelas pessoas que lutaram e perderam suas vidas para hoje termos direito a liberdade. Elas não tem respeito pelos familiares dessas pessoas. E não tem respeito pela democracia.

É lindo ver o povo na rua, mas durante os protestos de domingo, vi pessoas dando entrevista sem ao menos saber dizer o porquê estavam lá. Vi pessoas com cartazes contendo o símbolo da suástica nazista. E nesse momento eu me perguntei se elas sabem o que esse símbolo representa e se algum dia elas leram a respeito de um assassino louco chamado Adolf Hitler. Sim, estou muito p* da vida com isso, ao ponto de chorar de raiva.

De tudo que tenho visto, lido e ouvido desde as eleições passadas até aqui, o sentimento que me resta é o de vergonha e perplexidade. Afinal, não adianta entoar gritos de ordem e sair nas ruas pedindo mudanças quando reelegemos Collors, Calheiros, Cunhas e tantos outros corruptos de carteirinha.  Não adianta sair na rua pedindo por mudanças enquanto não mudarmos a nós mesmos. "A mudança começa de dentro para fora, e não ao contrário".
imagem: Ariane Reis.
Vamos olhar mais a nossa volta e não apenas para os nossos problemas.  Que tal começarmos pelo Oriente Médio e os grupos terroristas que matam inocentes todos os dias por esses terem uma opinião contrária à deles. Podemos também voltar nossos olhos para os milhões que vivem em condições precárias na África. Ou nem precisamos ir tão longe, basta olhar para o nosso próprio país. Que enquanto alguns fazem panelaço em suas varandas gourmets outros não tem o que colocar na panela. Talvez se olharmos um pouquinho mais para o próximo vamos perceber quão pequenos e insignificantes são os “nossos problemas”.

O que está acontecendo hoje no Brasil não é "mérito" de apenas um governo x de um partido y.  Porém enquanto a política for discutida com mais um clássico de futebol vamos continuar do mesmo jeito. Berrando uns com os outros, se agredindo gratuitamente, permitindo que os nossos “queridos” políticos fiquem lá ganhando milhões. A única forma de mudarmos o nosso país é estudando, é protestar nas urnas, votando com consciência e cobrar de quem elegemos as promessas de campanha. É ver o país com uma unidade e não com individualismo.

Podemos e devemos construir um Brasil com menos ódio, intolerância e preconceitos. Um Brasil mais igualitário, justo e com mais respeito e amor pelo próximo. Quem sabe se começarmos pela nossa “casa”, conseguimos fazer o mundo um lugar melhor.

Eu ainda tenho fé!


ps: Me desculpem pelo "textão". Mas, eu realmente precisava colocar isso para fora.

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