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agosto 03, 2016

Frank Att e seus trabalhos fantásticos

| Arquivado em: ARTE

Olá leitores, tudo bem com vocês?

Confesso que a cada mês trazer um novo artista para essa coluna está se tornando uma tarefa ainda mais difícil. Vejam bem, é tanta coisa linda que “pula” na minha timeline todos os dias que meu coração fica apertado em ter que selecionar apenas um artista dentre tantos que acabo conhecendo diariamente.

Então depois de muita indecisão, o meu amor pela literatura fantástica acabou falando mais alto. Mas o que arte e literatura fantástica têm haver com esse post Ane? Isso é o que vocês estão prestes a descobrir.

The Northern Administration
Quando vi pela primeira vez os trabalhos do ilustrador alemão Frank Att, me senti imediatamente transportada para um cenário de livro. Sério! As obras possui uma riqueza de detalhes que conforme fui passeando pela galeria dele, vários livros de literatura fantástica vieram a minha mente. É como seu eu pudesse enxergar alguns dos meus personagens favoritos inseridos nas ilustrações do Frank.

Além disso, ele trabalha com um padrão de cores mais claras o que dá a cada uma de suas obras um toque de suavidade, mesmo aquelas que têm um ar mais “sombrio”. Foi muito, mais muito difícil selecionar apenas alguns trabalhos para compor esse post. A minha vontade era trazer toda a galeria do artista para vocês. É simplesmente fantástico! Maravilhoso!

Algumas Obras:
Along The Tip
Beginning Of A Great Journey
At The Trunk
Sky Capital
A Last Glance Back
Dessa vez, não ouso nem dizer qual dessas ilustrações é minha favorita. Me desculpem, mas para essa blogueira aqui, isso é praticamente impossível. Eu amei todas e se fosse ryca ia decorar minha sala com elas =D

Eu não encontrei muitas informações do Frank, aparentemente o nosso talentoso ilustrador do mês é bem tímido. Mas no final do post estou deixando o link para a galeria dele.

Beijos e até o próximo post;**

+ Frank Att.
deviantArt

agosto 01, 2016

A Caminho do Altar por Julia Quinn

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788580415735
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: Arqueiro
Número de páginas: 320
Classificação: Bom
Sinopse: Os Bridgertons - Livro 08.
Ao contrário da maioria de seus amigos, Gregory Bridgerton sempre acreditou no amor. Não podia ser diferente: seus pais se adoravam e seus sete irmãos se casaram apaixonados. Por isso, o jovem tem certeza de que também encontrará a mulher que foi feita para ele e que a reconhecerá assim que a vir. E é exatamente isso que acontece. O problema é que Hermione Watson está encantada por outro homem e não lhe dá a menor atenção. Para sorte de Gregory, porém, Lucinda Abernathy considera o pretendente da melhor amiga um péssimo partido e se oferece para ajudar o romântico Bridgerton a conquistá-la. Mas tudo começa a mudar quando quem se apaixona por ele é Lucy, que já foi prometida pelo tio a um homem que mal conhece. Agora, será que Gregory perceberá a tempo que ela, com seu humor inteligente e seu sorriso luminoso, é a mulher ideal para ele? A caminho do altar, oitavo livro da série Os Bridgertons, é uma história sobre encontros, desencontros e esperança no amor. De forma leve e revigorante, Julia Quinn nos mostra que tudo o que imaginamos sobre paixão à primeira vista é verdade – só precisamos saber onde buscá-la.

Às vezes acontece que ao finalizar um livro essa que vos escreve não sabe bem como se sente relação ao que acabou de ler. A Caminho do Altar, ultimo livro da série Os Bridgertons da Julia Quinn é um desses casos.  Não é segredo para ninguém que acompanha o blog há mais tempo, que essa é uma das minhas séries favoritas. Porém, infelizmente não vou negar que nesse momento sinto um misto de saudades e decepção.

Gregory Bridgerton é um jovem romântico que acredita na força do amor. Nascido em uma família que tantos os pais como os sete irmãos se casaram perdidamente apaixonados, não tinha como ser diferente. Por esse motivo no instante em que ele coloca os olhos na estonteante Hermione Watson, Gregory acredita que encontrou o amor de sua vida. O problema é que a Srta. Watson está perdidamente apaixonada por outro cavaleiro.  Mas nem tudo está perdido para o nosso jovem enamorado, Lucinda Abernathy melhor amiga de Hermione parece estar disposta a ajuda-lo a conquistar o coração da jovem.

Tudo ia bem até que Lucy percebe que quem está se apaixonando por Gregory é ela. Mas mesmo que Gregory pudesse retribuir seus sentimentos, os dois jamais poderão ficar juntos. Afinal o tio de Lucy a prometeu em casamento ao filho do Conde de Davenport, um rapaz com qual ela durante a vida toda trocou apenas algumas palavras.  Entre encontro e desencontros nossos jovens apaixonados vão descobrindo que os caminhos para o verdadeiro amor, podem conter alguns espinhos. E principalmente que a pessoa certa às vezes esta a uma pequena distancia de nós.

A Caminho do Altar possui uma narrativa fluida e um enredo que nos deixa curiosos para saber do seu desfecho. Ou seja, não é que eu não tenha gostado da história em si, o problema foram os pequenos detalhes que me incomodaram um pouco durante a leitura. Primeiro é que senti falta do toque de humor presente nos livros anteriores, com exceção do O Visconde que me Amava e Para Sir Phillip, Com Amor que foram livros mais “sérios”, por assim dizer.

De verdade eu achei a história aqui muito "melodramática" e com uma sucessão de acontecimentos no final que, tipo foram um pouquinho “exagerados” na minha humilde opinião. Tanto que me vejo obrigada a fazer uma pequena confissão. Eu torci para o Gregory ficar com outra pessoa. Rezei por uma passagem de tempo, qualquer coisa, menos que ele terminasse com a Lucy. E nada contra a mocinha em questão, só que por todo o contexto da trama e pelo que aconteceu no final (que me deixou realmente muito, mais muito brava mesmo) eu cheguei a conclusão que ela não merecia o Gregory. Sério, uma lágrima escorreu desses olhinhos e ela foi de raiva. 

Porém, de todos os detalhes que me incomodaram o que mais me deixou com essa pontinha de decepção ao final da leitura foi a ausência de alguns personagens. Foi à falta dos Bridgertons como família. Ok! O Anthony e a Kate fazem uma participação especial, a Hyacinth e o Colin também, e claro a Violet.  Mas cadê o resto dos Bridgertons, Julia Quinn? Cadê a Eloise e a Francesca? E me desculpe se a meu ver citar a Daphne e o Benedict não conta como “participação” na história. Sério eu estou tão frustrada com isso, que não tem como colocar em palavras. Especialmente pela Eloise e a Francesca que simplesmente puff, desapareceram por completo da série depois de seus livros.

Eu sei que o conto Felizes para Sempre será lançado no final do ano e que provavelmente ele nos presenteará com uma linda reunião da família Bridgerton. Só que infelizmente essa sensação, que a autora simplesmente “abandonou” alguns personagens no meio do caminho não passa gente. A Francesca mesmo é a personagem mais excluída da série assim como o Benedict. E por mais que eu tenha amado acompanhar a saga dessa família maravilhosa e que ela sempre vá ter aquele lugarzinho especial no meu coração, esse detalhe por menor que seja vai continuar me incomodando.

A Caminho do Altar é uma leitura agradável, porém não me cativou tanto como eu esperava. Talvez as minhas expectativas estivessem altas demais, ou eu apenas esteja sendo chata e detalhista demais. Só que ficou faltando alguma coisa. Ficou faltando um algo a mais para que eu sentisse que a Julia fechou a série com chave de ouro. Gostei do que encontrei, porém queria ter gostado mais. Acontece (...).

“ – Ele olhava para ela como se pudesse ver até a sua alma, e não era nem um pouco esquisito. Na verdade era estranhamente ... bom.”

Com uma narrativa que deixará os românticos de plantão suspirando, A Caminho do Altar encerra da série Os Bridgertons de forma simples nos deixando com aquele gostinho de quero mais. Pode não ter sido o meu livro favorito, já que esse posto continua sendo dividido entre Um Perfeito Cavalheiro. e Um Beijo Inesquecível.  Mas que apesar dos detalhes ou da falta deles que não me deixaram tão encantada, ainda sim possui uma história envolvente e gostosa de acompanhar. Já estou com saudades ().

O Conde Enfeitiçado.
Um Beijo Inesquecível.

julho 28, 2016

A Casa da Praia por Nora Roberts

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788528620511
Editora: Bertrand Brasil
Ano de Lançamento: 2016
Número de páginas: 476
Classificação: Muito Bom
Sinopse: Advogado em Boston, Eli Landon acabou de passar por um ano intenso. Após ser inocentado pelo assassinato de Lindsey, sua ex-mulher, ele se muda para a casa desocupada de sua avó em Whiskey Beach: Bluff House, um casarão que há mais de trezentos anos atua como guardião inabalável do litoral... e de seus segredos. Tudo o que Eli deseja é um pouco de paz e tranquilidade para trabalhar em seu romance. Mas, quando chega em Bluff House, ele descobre que sua avó incumbira a casa e Eli aos cuidados da jovem vizinha, Abra Walsh. Eli acredita ser capaz de cuidar de si mesmo, mas, conforme se vê gradualmente cedendo às palavras amáveis e refeições apetitosas de Abra, os dois passam a se ver presos em um emaranhado que se estende por séculos e que tem seduzido aquele cujo maior desejo é destruir a vida de Eli de uma vez por todas.

Essa que vos escreve não nega que os últimos livros que leu da autora Nora Roberts, a deixaram um pouquinho decepcionada. Mas seja pelo fato de eu ser  insistente ou como meu amigo falou, “não aceitar que um autor de quem eu sou fã, possa escrever livros não tão bons”, vi em A Casa da Praia a oportunidade perfeita de fazer as “pazes” com a autora. E mesmo que nem tudo tenha sido “perfeito”, posso dizer a vocês leitores, que essa blogueira aqui e dona Nora Roberts voltaram a se entender bem novamente.

Transtornado com o rumo que a sua vida tomou no último ano, o advogado Eli Landon decide que está na hora de uma grande mudança. A oportunidade surge quando sua avó Hester precisa passar uma temporada em Boston deixando a Bluff House, o lendário casarão que está com sua família há de trezentos anos, desocupado. Necessitando de um tempo para si mesmo e reconstruir a sua vida, Eli parte para Whiskey Beach. A intenção dele é simples, cuidar da casa para a avó enquanto ela se recupera de um acidente doméstico e termina de escrever seu livro.

Porém logo que ele chega a Bluff House, Eli descobre que sua avó confiou tanto a casa como ele aos cuidados da prestativa e gentil vizinha Abra Walsh. E por mais que ele sinta-se incomodado com a atenção que recebe da moça, conforme os dias se passam Eli vai aos poucos  se acostumando com a presença de Abra na casa, e como os "pitacos" que ela dá em sua vida. Só que o assassinato da sua ex-mulher Lindsey não foi solucionado e mesmo que ele tenha sido inocentado por falta de provas, alguns ainda veem Eli como culpado. E aparentemente essa é uma sombra de seu passado que irá persegui-lo por mais algum tempo.

Quando outro misterioso assassinato ocorre, Eli entra mais uma vez no radar da policia. Só que agora  provar a sua inocência, não será a única preocupação como a qual o ex-advogado terá que lidar. Em meio a investigação sobre a morte de Lindsey e pesquisas relacionadas a lenda de um tesouro perdido. Eli vai descobrindo o passado de sua família, ao mesmo tempo em que abre um espaço na sua vida e no seu coração para Abra.

Assim que li a sinopse de A Casa da Praia fiquei curiosa para ler sua história. Gosto de romances com esse toque de mistério, algo que a Nora Roberts sempre trabalha muito bem. A narrativa é fluida, mas extremamente descritiva e sem emoção, como longos capítulos em que vemos o relacionamento da Abra e do Eli se desenvolvendo. E mesmo que isso tenha acontecido da forma mais “natural” possível, não nego que fiquei com a impressão que tudo entre eles foi meio “forçado”.

Em momento algum senti química entre eles, e juro que tentei enxergar os dois como casal, só que infelizmente não consegui.  E principalmente, - tentei gostar da Abra. E não é nem que eu tenha desgostado dela por completo.  O problema foi à construção da personagem em si.  Tudo nela é muito "exagerado", sem mencionar o fato que a personagem em diversas situações surgir com “frases motivacionais”, saídas direitas de algum biscoito da sorte. E sim, também procuro ver sempre o lado positivo da vida, mas gente tudo tem limite.

Eli por outro lado é um personagem mais centrado e sabe que o mundo encantado de “My Little Poney” não existe. Ele perdeu tudo o que tinha e está aos poucos juntando os fragmentos do que restou da sua antiga vida para seguir em frente. Acredito que foi justamente por isso que eu não conseguia ver ele e a Abra como um casal. Eles são muito diferentes e possuem formas de ver a vida completamente opostas. E tipo pode até ser que “os opostos se atraem”, mas em meu ponto de vista cedo ou tarde, por mais amor que esteja envolvido na história, as diferenças sempre vão falar mais alto.  Ou seja, o romance entre eles não me convenceu.

Mas se o romance deixou um pouco a desejar, Nora Roberts compensou isso, dando ao enredo uma aura de mistério e suspense que a cada capítulo me deixava ainda mais curiosa. Sabe aquela narrativa que a todo o momento você se questiona qual é a motivação do “vilão”? Aqui acontece exatamente isso. A autora soube “esconder” bem o jogo, e apesar da grande revelação não ter sido tão "chocante" como o esperado, ainda sim  ela consegue surpreender.

E mesmo que alguns pontos no enredo tenham me incomodado, em especial o desenvolvimento do casal, gostei da forma como o enredo foi construído e do desfecho que a Nora deu a ele. Os personagens secundários também desempenham um papel importante na trama, o que deixou tudo mais real e interessante.

“– E a vida não é uma série de contos de fadas, nem mesmo para uma princesa.“

Mesmo com personagens centrais que não conseguem se destacar muito, A Casa da Praia possui uma narrativa envolvente e uma história gostosa de acompanhar.  Ainda continuo sentindo falta daquele “algo mais” presente nos livros antigos da Nora Roberts. Mas, sem sombra de dúvidas A Casa da Praia é uma história bem construída e que me proporcionou um reencontro agradável com a escrita de uma autora da qual sou fã assumida. Recomendo.

julho 25, 2016

Wishliterária – Julho

| Arquivado em: LANÇAMENTOS.

Olá leitores, tudo bem?

O que vocês andam lendo de bom? Eu acabei A Caminho do Altar da Julia Quinn. Pois é, tentei “enrolar” o máximo para ler o último livro da série Os Bridgetorns, mas o momento de me despedir da série chegou e logo terá resenha desse livro aqui no blog ().

Porém para me consolar, ou não, Julho está cheio de lançamentos que prometem deixar essa que vos escreve levemente "desidratada", como o O Ar que Ele Respira, que está sendo a minha leitura atual. 

Mas agora sem mais delongas, vamos conferir a wishlist ai!






Sinopse: Como superar a dor de uma perda irreparável? Elizabeth está tentando seguir em frente. Depois da morte do marido e de ter passado um ano na casa da mãe, ela decide voltar a seu antigo lar e enfrentar as lembranças de seu casamento feliz com Steven. Porém, ao retornar à pequena Meadows Creek, ela se depara com um novo vizinho, Tristan Cole. Grosseiro, solitário, o olhar sempre agressivo e triste, ele parece fugir do passado. Mas Elizabeth logo descobre que, por trás do ser intratável, há um homem devastado pela morte das pessoas que mais amava. Elizabeth tenta se aproximar dele, mas Tristan tenta de todas as formas impedir que ela entre em sua vida. Em seu coração despedaçado parece não haver espaço para um novo começo. Ou talvez sim.






Sinopse: Quando Pierrot fica órfão, precisa ir embora de sua casa em Paris para começar uma nova vida com sua tia Beatrix, governanta de um casarão no topo das montanhas alemãs. Mas essa não é uma época qualquer: estamos em 1935, e a Segunda Guerra Mundial se aproxima. E esse não é um casarão qualquer, mas a casa de Adolf Hitler. Logo Pierrot se torna um dos protegidos do Führer e se junta à Juventude Hitlerista. O novo mundo que se abre ao garoto é cada vez mais perigoso, repleto de medo, segredos e traição. E pode ser que Pierrot nunca consiga escapar.







Sinopse: Bem-vindos ao mundo imperfeito de Jasmine e Matt. Vizinhos, eles não têm o menor interesse em tornarem-se amigos e nunca haviam se falado antes. Estavam sempre ocupados demais com suas carreiras para manter qualquer tipo de contato. Jasmine, mesmo sem nunca tê-lo encontrado, tem motivos para não suportar Matt. Ambos estão em uma licença forçada do trabalho e sofrendo com seus dramas familiares. Eles precisam de ajuda. Na véspera de Ano-Novo, os olhares de Jasmine e Matt se encontram de forma inusitada pela primeira vez. Eles têm muito tempo livre e precisam rever seus conceitos para poder seguir em frente. Conforme as estações do ano passam, uma amizade improvável lentamente começa a florescer.







Sinopse: Rafe saiu do armário aos 13 anos e nunca sofreu bullying. Mas está cansado de ser rotulado como o garoto gay, o porta-voz de uma causa. Por isso ele decide entrar numa escola só para meninos em outro estado e manter sua orientação sexual em segredo: não com o objetivo de voltar para o armário e sim para nascer de novo, como uma folha em branco. O plano funciona no início, e ele chega até a fazer parte do grupo dos atletas e do time de futebol. Mas as coisas se complicam quando ele percebe que está se apaixonando por um de seus novos amigos héteros.

+ Lançamentos

Eu fico aqui olhando para O Menino no Alto da Montanha e já sinto um leve aperto no peito. Sabe quando você já fica com aquele pressentimento que vai terminar a leitura de coração partido, e mesmo assim quer ler? É desse jeito que me sinto ao olhar para esse livro.

Também estou bem curiosa para ler Guia Astrológico para Corações Partidos, por que como vocês sabem, eu amo Astrologia (). E óbvio que Uma Canção de Ninar é um dos mais desejados por mim esse mês. Livros e música, quer melhor combinação?

E vocês leitores, estão ansiosos por algum lançamento em especial dessa wishlist? Me conta qual é nos comentários =D

Beijos;***

julho 21, 2016

A Rebelde do Deserto por Alwyn Hamilton

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788565765992
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2016
Número de páginas: 288
Classificação: Ótimo
Sinopse: A Rebelde do Deserto – Livro 01.
O deserto de Miraji é governado por mortais, mas criaturas míticas rondam as áreas mais selvagens e remotas, e há boatos de que, em algum lugar, os djinnis ainda praticam magia. De toda maneira, para os humanos o deserto é um lugar impiedoso, principalmente se você é pobre, órfão ou mulher.  Amani Al’Hiza é as três coisas. Apesar de ser uma atiradora talentosa, dona de uma mira perfeita, ela não consegue escapar da Vila da Poeira, uma cidadezinha isolada que lhe oferece como futuro um casamento forçado e a vida submissa que virá depois dele. Para Amani, ir embora dali é mais do que um desejo — é uma necessidade. Mas ela nunca imaginou que fugiria galopando num cavalo mágico com o exército do sultão na sua cola, nem que um forasteiro misterioso seria responsável por lhe revelar o deserto que ela achava que conhecia e uma força que ela nem imaginava possuir.

Por mais curiosa que estivesse para ler A Rebelde do Deserto da autora Alwyn Hamilton, evitei começar a leitura com muitas expectativas. Afinal, sempre vale aquela de que melhor se surpreender do que se decepcionar, não é mesmo? E para minha imensa felicidade, A Rebelde do Deserto se mostrou uma história extremamente envolvente, do tipo que me deixou com um irresistível gostinho de quero mais.

De todos os lugares miseráveis do deserto de Miraji, a Vila da Poeira é o pior deles, em especial se você é pobre, órfã e mulher. Por isso se Amani Al’Hiza não quiser passar os resto dos seus dias presa em um casamento infeliz e a uma vida de submissão, ela precisa fugir, - e rápido. Dona de uma mira perfeita, ela resolve arriscar tudo o que tem em um campeonato de tiro no vilarejo vizinho. A ideia é passar despercebida em um universo dominado por homens, ganhar o dinheiro da competição e ir embora. Só que a essa altura da vida Amani já devia ter entendido que as coisas nunca são tão simples com ela gostaria.

Durante o campeonato, Amani esbarra em um misterioso forasteiro e tal encontro desencadeia uma série de acontecimentos que vira sua vida de ponta cabeça. Ao embarcar com Jin em uma perigosa jornada pelo deserto que ela sempre acreditou conhecer, Amani conquista sua sonhada liberdade, ao mesmo tempo em que descobre um mundo novo e completamente mágico. Entre uma parada e outra a jovem vai conhecendo melhor a si mesma e uma força que ela jamais imaginou possuir. E principalmente, ela aprende que não há como fugir do destino, quando os caminhos dele e do coração estão entrelaçados.

A autora Alwyn Hamilton foi buscar no universo das lendas árabes a inspiração para escrever uma história ágil e cheia de reviravoltas. A Rebelde do Deserto possui aquela narrativa em que você consegue “sentir” os elementos descritos na trama e nos faz mergulhar de cabeça em sua história, sem se preocupar com a nuvem de areia que vamos levantar ao fazer isso. Sem falar que, Amani Al’Hiza é uma personagem incrível.

Sério! Sei que vocês estão acostumados ao fato de essa que vos escreve sempre "reclamar" do temperamento das mocinhas. E foi justamente nesse ponto que a narrativa da Alwyn Hamilton me conquistou. A autora soube criar uma protagonista feminina forte, sem que ela perdesse a sua delicadeza. Em muitos momentos a Amani demonstra suas fraquezas, seus medos e dúvidas sem que para isso ela precise de um príncipe encantado vindo em um cavalo branco para salvá-la.

Sim é claro que o Jin a salva em algumas situações, da mesma forma em que ela salva a vida dele em outras. E a maneira como o relacionamento deles é construído, torna o romance presente na trama leve e gostoso de acompanhar. Os dois lutam juntos como iguais por aquilo em que acreditam. É lindo ver como o Jin respeita e deixa a Amani travar suas próprias batalhas. Ele pode até não concordar com algumas atitudes dela, mas ele a respeita. E se tratando de um livro que aborda uma cultura mundialmente conhecia por oprimir as mulheres, isso realmente é fantástico.

Alwyn Hamilton também consegue dar uma boa abertura aos personagens secundários, de modo que a história mesmo sendo narrada em primeira pessoa não fique centralizada demais na Amani. Inclusive nesse quesito a autora nos reversa uma boa surpresa, pois um personagem que no começo da trama praticamente não chama a atenção, acaba por se revelar uma peça importante no desfecho desse primeiro livro. O que me deixa ainda mais curiosa para saber qual será o papel dele na sequencia da série.

Só que como nem tudo são flores em minha vida literária, em minha opinião Alwyn Hamilton deu uma pequena “tropeçada”, ao recorrer a certos clichês. Não que isso tenha prejudicado a história como todo, só que dá aquela sensação que você já viu isso antes em algum lugar. Tudo bem que a maneira como autora usou esse clichê consegue dar aquele impacto na história. Mas não nego que teria gostado mais se ao invés deste “artifício”, A Rebelde do Deserto tivesse seguido uma linha mais “humana” por assim dizer.

Porém sem sombra de dúvidas, me vi encantada com o mundo que a autora criou e completamente envolvida em sua narrativa fluida. E bem, não vou negar que fiquei bem apaixonadinha pelo Jin também (). E posso garantir a vocês, que é praticamente impossível viajar pelo deserto na companhia desse moço, sem ficar caidinha por ele.

“– Estive em muitos lugares – Jin disse. – E as pessoas creem em verdades diferentes. Quando todo mundo parece ter tanta certeza, é difícil acreditar que alguém esteja certo.”

Com maestria Alwyn Hamilton mescla  temas atuais, fantasia e aventura em uma história relativamente simples e que ao mesmo tempo consegue fisgar o leitor logo em sua primeiras páginas. E claro, tudo isso com personagens cativantes e um toque de romance para deixar tudo ainda melhor. O único problema agora é ter que esperar até o ano que vem pela continuação.

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