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julho 19, 2016

#naplaylist – High School

| Arquivado em: MÚSICAS.

Que essa que vos escreve não vive sem livros e músicas, não é segredo para ninguém por aqui. E a música é algo tão importante na minha vida, que eu tenho playlists “especiais” para determinados momentos da minha vida.  E como comentei no post de Orange, passei um tempo meio que de bad com a vida, fazendo mil questionamentos no melhor estilo “crise existencial”.
imagem: Shutterstock
E durante essa minha crise, depois de 16 anos percebi como o Ensino Médio foi realmente um divisor de águas na minha vida. Foram durante os meus três tortuosos anos de Ensino Médio que “endureci“ a casca tornando a gótica suave que sou hoje =D

Foi nessa época que Nickelback, Coldplay, Linkin Park e tia Avril despontaram no meio musical. Lembro-me das saudosas tarde que passa várias e várias horas ouvindo Matchbox Twenty, em minhas fitas K-7 e colocando no papel meus sentimentos. E acreditem tenho dois fichários cheios de pensamentos e reflexões dessa fase.

Então o #naplaylist desse mês, vem com um toque de nostalgia agridoce. Com músicas que marcam uma época não tão legal da minha vida, mas que me ajudaram a passar por ela. E o melhor de tudo, me ensinou que o tempo é realmente o melhor autor. Tudo bem que ele não escreve finais perfeitos, mas de um jeito único ele coloca tudo em seu devido lugar.

#naplaylist
Gente vou confessar que até hoje tenho uma relação de "amor e ódio" com Linkin Park. In The End me traz péssimas, mas péssimas recordações tanto que é uma música que sempre pulo quando ouço o CD Hybrid Theory. Já em compensação fico me perguntando se algum dia eu vou deixar de amar Nickelback e The Calling. Acho que assim como Backstreet Boys o meu amor por eles será para vida toda ().

Beijos e até o próximo post ;***

julho 17, 2016

Silêncio por Richelle Mead

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788501107381
Editora: Galera Record
Ano de Lançamento: 2016
Número de páginas: 280
Classificação: Bom
Sinopse: Pelo que Fei se lembra, nunca houve um ruído em seu vilarejo todos são surdos. Na montanha, ou se trabalha nas minas ou na escola, e as castas devem ser respeitadas. Quando algumas pessoas começam também a perder a visão, inclusive a irmã de Fei, ela se vê obrigada a agir e a desrespeitar algumas leis.  O que ninguém sabe é que, de repente, ela ganha um aliado: o som, e ele se torna sua principal arma. Ao seu lado, segue também um belo e revolucionário minerador, um amigo de infância há muito afastado em função do sistema de castas. Os dois embarcam em uma jornada grandiosa, deixando a montanha para chegar ao vale de Beiguo, onde uma surpreendente verdade mudará suas vidas para sempre. Fei não demora a entender quem é o verdadeiro inimigo, e descobre que não se pode controlar o coração.

Não é segredo para ninguém que acompanha o blog há mais tempo, que essa que vos escreve adora cultura oriental. Por esse motivo, confesso que assim que vi a capa de Silêncio da Richelle Mead pensei comigo mesma, “preciso ler esse livro”. Sim julguei o livro pela capa, então podem me julgar também. E embora a narrativa tenha apresentado elementos interessantes, não nego que no final da leitura acabei com aquela sensação “chatinha” de que ficou faltando alguma coisa.

No alto na montanha existe um vilarejo pobre, onde o silêncio reina absoluto e as castas são respeitadas. A jovem Fei nasceu aqui e graças ao seu talento, tanto ela com a irmã escaparam do trabalho braçal nas minas,  tornando-se aprendizes na escola. Fei e Zhang Jing são artistas, pessoas responsáveis por retratar através da arte o dia a dia do povoado onde todos são surdos. Esse é o trabalho de maior prestigio na pequena comunidade, e por essa razão quando Fei perceber que assim como outras pessoas do vilarejo sua irmã também está perdendo a visão, ela começa a ficar aflita. Fei sabe que se os tutores descobrirem que Zhang Jing está perdendo a visão, o destino de sua irmã será as ruas.

Desesperada para proteger a irmã, Fei está disposta a quebrar todas as regras, ainda mais agora que ela ganhou uma vantagem, - o som.  Ninguém no pequeno vilarejo sabe o porquê as pessoas estão perdendo a visão e aparentemente Fei é a única em que o sentido da audição voltou. Após uma tragédia o seu amigo de infância Li Wei, um jovem e destemido mineiro decide descer a montanha em busca de respostas, Fei resolve ir com ele. Juntos eles partem para uma jornada perigosa em que não somente suas vidas, mas o futuro do seu pequeno povoado estão em risco.

O Silêncio foi o segundo livro que li da autora Richelle Mead e mesmo ele tendo sido uma leitura “rápida”, alguns pequenos detalhes em seu desenvolvimento me incomodaram um pouco. Para começar senti que até a metade do livro a autora estava com dúvida se escrevia uma fantasia ou uma distopia, pois a narrativa passeia bem pelos dois estilos.  Outro ponto é que em determinados momentos você fica com aquela impressão de que a história “não sai do lugar”. São capítulos em que não acontece nada, absolutamente nada que cause um grande impacto na trama, ou surpreenda o leitor de alguma forma.

Richelle Mead se “perde” em detalhes que no meu ponto de vista foram desnecessários, o que torna na narrativa em algumas situações repetitivas. Tipo, a premissa promete uma história cheia de mistério e aventura, e em partes a autora entrega isso. Só que aqui acontece aquele velho problema do autor “levar uma vida” para desenvolver todo o mistério da história e revelar tudo de "supetão" nas últimas páginas.  Além disso, estamos tão acostumamos com enredos que trazem a mitologia grega ou romana como pano de fundo, que eu realmente estava empolgada em ler algo que abordasse a mitologia e o folclore chinês. E bem, não vou negar que fiquei um pouco desapontada nesse quesito também.

Mas, apesar de nem tudo ter sido flores durante a leitura de Silêncio o livro conta com alguns pontos que me agradaram bastante. O primeiro e o principal deles são os protagonistas. Fei a principio pode passar aquela imagem de menina insegura e “bobinha”, mas nos momentos importantes ela encontra dentro de si mesma uma coragem tão grande, que fazem dela uma personagem forte e cativante. Já o Li Wei é o típico protagonista clichê dos livros do gênero, que por mais que você tente não se encantar, ele consegue conquistar aquele lugarzinho especial no seu coração. O romance entre os dois é muito sutil e delicado, o que faz com que o relacionamento deles seja ainda mais bonito.

Silêncio pode ter-me “decepcionado” em algumas partes, mas no final de mostrou uma leitura agradável que conseguiu manter a minha curiosidade e torcida pelo final feliz de seus personagens até o último capítulo. Tudo bem que fiquei com a sensação de que ficou faltando alguma coisa, mas nem tudo é perfeito, não é mesmo?

“Somente viver um dia depois do outro já não basta. Tem que haver algo mais nesta vida, algo mais que de possa esperar.”

Em suma Silêncio tem uma boa premissa e que consegue mesmo com algumas falhas em seu desenvolvimento, prender a o leitor em suas páginas. Não vou negar que esperava um pouco mais, porém ainda sim a sua história se mostrou uma leitura envolvente com os toques de certos de fantasia, aventura e romance.

julho 14, 2016

Meio Rei por Joe Abercrombie

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788580415612
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2016
Número de páginas: 288
Classificação: Ótimo
Sinopse: Mar Despedaçado – Livro 01.
“Jurei vingar a morte do meu pai. Posso até ser meio homem, mas sou capaz de fazer um juramento por inteiro.”
Filho caçula do rei Uthrik, Yarvi nasceu com a mão deformada e sempre foi considerado fraco pela família. Num mundo em que as leis são ditadas por pessoas de braço forte e coração frio, ser incapaz de brandir uma espada ou portar um escudo é o pior defeito de um homem. Mas o que falta a Yarvi em força física lhe sobra em inteligência. Por isso ele estuda para ser ministro e, pelo resto da vida, curar e aconselhar. Ou pelo menos era o que ele pensava. Certa noite, o jovem recebe a notícia de que o pai e o irmão mais velho foram assassinados e não lhe resta escolha a não ser assumir o trono. De uma hora para outra, ele precisa endurecer para vingar as duas mortes. E logo sua jornada o lança numa saga de crueldade e amargura, traição e cinismo, em que as decisões de Yarvi determinarão o destino do reino e de todo o povo.

Estou a alguns minutos olhando para tela de meu notebook sem saber ao certo como começar essa resenha. Meio Rei, o primeiro livro da trilogia Mar Despedaçado, foi um livro que realmente me surpreendeu.  Fui fisgada logo no primeiro capitulo pela narrativa do autor Joe Abercrombie, que de uma forma bem simples e sem grandes pretensões conseguiu criar uma história incrível. 

No reino de Gettland o valor de um homem é determinado pela quantidade de batalhas que ele venceu. Não existe um defeito maior do que não conseguir brandir a espada ou segurar um escudo. Por esse motivo, Yarvi o filho caçula do rei Uthrik com a rainha Laithlin passou a vida toda sendo desprezado pelo pai. Nascido com uma mão deformada ele é considerado uma vergonha para família e motivo de piada entre os fortes e arrogantes guerreiros do reino.  Porém se falta a Yarvi a força física necessária para acompanhar o pai em batalhas, a vida o “compensou” dando inteligência de sobra.

Com uma mente afiada e os ensinamentos de mãe Gundrign, Yarvi estuda para se tornar um sábio ministro, e passar o resto de sua vida curando e aconselhando o rei. Só que em uma noite chuvosa a noticia trazida por seu tio Odem arruína todos os seus planos de um futuro de paz e contemplação. Seu pai e seu irmão foram assassinados em batalha, não dando a Yarvi outra opção a não ser assumir o trono. Agora o jovem rei, terá que se tornar um guerreio mesmo que não tenha nascido com habilidade para isso.

Ele jurou se vingar do assassinato de seus familiares, mas quis o destino frustrar os planos de Yarvi novamente. Vitima de uma terrível traição ele acaba preso e sendo vendido como escravo. Porém, mesmo em seu calvário ele não desiste de cumprir seu juramento e principalmente de se vingar da traição que sofreu. Não importa como e nem quanto, mas ele vai retornar ao seu reino e ao seu trono. Custe o que custar.

Meio Rei é uma daquelas tramas que já te surpreende pelo fato de seu protagonista ser um personagem fora os “padrões” dos livros do gênero. Yarvi nasceu e cresceu em uma sociedade guerreira e por ser “incapaz” de segurar uma espada, ele se tornou uma pária no meio onde vive. À primeira vista o Yarvi nos passa a sensação de ser um garoto tanto amargo, que usa o seu raciocino rápido com uma boa dose de sarcasmo para tentar causar os mesmo danos que uma espada causaria. Porém conforme a narrativa avança vai se tonando cada vez mais perceptível como o desprezo do pai afetou a sua autoestima.

Mesmo possuindo outros talentos, em muitos momentos ele próprio despreza a si mesmo, se isolando das pessoas ou criando uma barreira de proteção entre si e o mundo ao seu redor. Particularmente gostei muito do modo como o Joe Abercrombie soube trabalhar essa “fraqueza” do protagonista, pois isso o tornou mais humano. E cá entre nós, acho que todo mundo anda um pouco cansado de personagens “perfeitos” demais e até mesmo ”irreais”.

Outro ponto que difere Meio Rei das narrativas mais “tradicionais” é que o autor não perdeu muito tempo com longas descrições e detalhes que poderiam ter sobrecarregado a obra. Tudo aqui é muito rápido e direto o que torna a narrativa ainda mais fluida. E apesar de que em determinados momentos Abercrombie deixa algumas coisas um pouco “óbvias” demais, o autor soube como contornar isso através de diálogos inteligentes e boas cenas de ação.

Os personagens secundários ao menos nesse primeiro livro não tiveram tanto destaque, embora todos tenham desempenhado um bom papel no desfecho da trama. Acredito no decorrer da trilogia a Isrium, vai se tornar uma peça importante na trama e por esse motivo é bom tanto o Yarvi, como nós leitores ficarmos de olho nela.  Afinal, Meio Rei foi apenas o capitulo inicial de uma história que tem campo para crescer e nos surpreender ainda.

“ – Quando se está no inferno – murmurou Yarvi –, só um demônio pode apontar a saída. ”

Com um protagonista forte, personagens carismáticos e ótimos diálogos, Meio Rei é uma leitura rápida e envolvente. Foi o primeiro livro que li do autor Joe Abercrombie, e posso afirmar como toda certeza que nós dois começamos com o pé direito. Mal posso esperar para ler outras histórias do autor. Se você assim como eu é fã de fantasia, ou apenas está em busca de uma boa aventura Meio Rei é uma excelente opção de leitura. #ficaadica!

julho 12, 2016

A Garota do Calendário

| Arquivado em: NA LIVRARIA.

Olá leitores, tudo bem com vocês?

Recebi recentemente da Editora Verus, os dois primeiros volumes da série A Garota do Calendário da autora Audrey Carlan. A série conta no total com doze livros nos quais acompanhamos a trajetória de Mia Saunders.

Sinopse: Mia Saunders precisa de dinheiro. Muito dinheiro. Ela tem um ano para pagar o agiota que está ameaçando a vida de seu pai por causa de uma dívida de jogo. Um milhão de dólares, para ser mais exato. A missão de Mia é simples: trabalhar como acompanhante de luxo na empresa de sua tia e pagar mensalmente a dívida. Um mês em uma nova cidade com um homem rico, com quem ela não precisa transar se não quiser? Dinheiro fácil. Parte do plano é manter o seu coração selado e os olhos na recompensa. Ao menos era assim que deveria ser...

Com 24 anos, Mia muda-se para Los Angeles para tentar a carreira de atriz, mas seus planos precisam ser adiados depois de seu pai ser espancado quase até a morte e acabar no hospital em coma. Se toda a situação já não fosse ruim o bastante, ele ainda deve um milhão de dólares para Blaine o ex-namorado de Mia e um perigoso agiota. Agora a única chance que ela tem de saudar a divida do pai é aceitar trabalhar como acompanhante de luxo na empresa de sua tia Millie, a Exquisite Acompanhantes de Luxo. Durante um ano a cada mês Mia estará em uma cidade diferente, sendo acompanhante de um homem rico o suficiente para pagar cem mil dólares para tê-la ao seu lado.

Em Janeiro, Mia vai conhecer Wes, um roteirista de Malibu que vai deixá-la em êxtase. Com seus olhos verdes e físico de surfista, Wes promete a ela noites de sexo inesquecível — desde que ela não se apaixone por ele.

“– Vou fazer isso – ouvi-me sussurrar.
 – Claro que vai – Ela olhou para mim por cima do computador. Seus lábios se abriram em um sorriso torto. – Você não tem outra opção se quiser salvar seu pai.”





Já em Fevereiro, Mia vai passar o mês em Seattle com Alec Dubois, um excêntrico artista francês. No papel de musa, ela vai embarcar em uma jornada de descobertas sexuais e lições sobre o amor e a vida que permanecerão com ela para sempre.

“(...) Está tudo nos olhos de quem vê. O que você vê e o que eu vejo podem ser duas coisas diferentes.”



Confesso que não tenho por hábito ler livros do gênero, mas os considero uma boa opção para quando preciso ler algo mais “leve”, ou me curar de uma ressaca literária. Então por esse motivo, posso dizer com toda certeza que A Garota do Calendário veio em boa hora. Os livros são bem curtos e a escrita da autora Audrey Carlan é envolvente o que torna a leitura fácil.

Mia é uma protagonista bem construída que sabe o que quer e não é do tipo que fica levando desaforo para casa. Mia precisou aceitar um trabalho que muitas vezes faz com que ela se sinta “suja”, para salvar a vida do pai e garantir um futuro melhor para sua irmã Maddy. É interessante acompanhar esse conflito interior pelo qual a Mia passa durante a história. Ela está bem diante daquela situação em que “os fins justificam os meios”, mesmo que esses meios em muitos momentos vão contra a sua consciência.

Gostei do primeiro livro e não gostei tanto assim do segundo. Em meu ponto de vista apesar dos dois seguirem a mesma fórmula, com muitas cenas sensuais e todas bem detalhadas, em Janeiro há uma história propriamente dita. Mesmo ela sendo curta, conseguimos ver todo o desenvolvimento do relacionamento da Mia com Wes dentro e fora do quarto. Temos um vislumbre do passado de Mia, da sua amizade com Gin e do amor incondicional dela pela irmã. Além disso, a família de Wes também desempenha um papel importante no enredo, assim como o trabalho dele como roteirista.

Mas já em Fevereiro, além do fato da relação de Mia com Alec ser apenas física e nada mais, em momento algum eu senti que havia química entre eles. Tudo entre eles me pareceu um pouco “forçado” e de verdade a sensação que tive foi faltou história aqui. O livro todo se passa no loft e no ateliê de Alec, e quando a Mia não está posando para ele, os dois estão na cama. No livro anterior por menor que seja, houve um sentimento, nasceu um certo companheirismo e até mesmo uma amizade entre a Mia e o Wes. Só que entre ela e o Alec tudo foi muito superficial e “seco”.

Em suma a série A Garota do Calendário é uma leitura agradável, desde que claro você não espere algo muito emocionante. Audrey Carlan escreveu uma trama clichê, mais com um plano de fundo interessante que pode ou não reservar algumas surpresas pelo caminho. Afinal em um ano muita coisa pode acontecer e mudar na vida de Mia Saunders.

Beijos até o próximo post ;***

julho 10, 2016

Mangá - Orange

| Arquivado em: MANGÁS

É engraçado como algumas coisas chegam em nossas mãos no momento que mais precisamos. Confesso que passei o mês de junho meio triste com a vida. Muitas vezes me vi pensando como estaria se tivesse feito escolhas diferentes no decorrer dos anos, e que se houvesse a oportunidade de voltar no tempo o que eu mudaria.
Acredito que volta e meia, todo mundo tem esse tipo de pensamento, não é mesmo? Afinal quem nunca quis dar um restart na vida e começar tudo de novo. E é justamente esse o plano de fundo do emocionante mangá Orange. Escrito pela mangaká Ichigo Takano, Orange fala desse desejo de mudar o passado, para que no futuro não exista arrependimentos.


Titulo Original: Orenji
Autor (a): Ichigo Takano
Editora: Shueisha Futabasha (Japão) | JBC (Brasil)
Gênero: Shōjo, Seinen
Ano de Lançamento no Brasil: 2015-2016
Volumes: 5 (completos)
Classificação:
Sinopse: No primeiro dia de aula, Takamiya Naho recebe uma carta misteriosa de si mesma 10 anos no futuro, que a aconselha a não realizar certas ações. Mas ela ignora, os amigos de Naho convidam o novo menino que chega de Tóquio, Kakeru, para sair depois da escola. Mas algo terrível acontece a Kakeru nesse dia. Algo que poderia ter sido evitado se Kakeru regressasse à casa mais cedo. A par disso, Naho decide seguir as instruções recebidas do futuro, onde Kakeru não existe.

“Escrevo essa carta porque não quero que você, o meu eu aos 16 anos, carregue esses arrependimentos pelo resto da vida.”
Imagine-se recebendo uma carta enviada por você mesmo de dez anos no futuro? Agora pense em como seria sua reação se todos os fatos descritos nessa misteriosa carta ocorressem durante o seu dia? É exatamente isso que acontece com a jovem Naho Takamiya. Ela recebe uma carta escrita por ela mesma no futuro, com todos os detalhes de como será o seu primeiro dia de aula. Porém, o mais assustador de tudo isso é a mensagem urgente que essa carta traz. Ela pede para a Naho do presente, fazer o possível e até mesmo o impossível para salvar Kakeru.

A primeira reação de Naho é não acreditar na carta, achando que ela não passa de uma brincadeira de alguém. Só que conforme se vê vivendo as situações descritas na carta, ela passa não apenas a prestar mais atenção em suas palavras, como se perguntar se é possível mudar o futuro.  Será que ela é capaz de agora no presente fazer as escolhas certas? E se sim, que escolhas são essas e como elas vão afetar a sua eu no futuro? E principalmente como ela poderá salvar Kakeru?
A primeira vista Orange passa a impressão ser mais uma daqueles mangás românticos e super fofos. Só que a sua história é muito mais profunda e tocante do que imaginamos ao começar a sua leitura. Naho é a típica adolescente tímida e insegura, que apesar de todas as suas incertezas e receios resolve agir guiada pelo seu coração. Pois mesmo que agora ela mal conheça o novo aluno da sua sala, Naruse Kakeru, Naho sabe que para sua eu de 10 anos no futuro ele foi uma pessoa muito importante.

Mas não é apenas a Naho que pode desempenhar um papel importante na vida de Kakeru. Seus amigos, Hiroto Suwa, Hagi Saku, Murasaka Azura e Takako China também são peças fundamentais na história.  Pois assim como a Naho, eles no futuro também carregam nos ombros o peso de seus arrependimentos, em especial o Suwa.
Não vou entrar em maiores detalhes sobre a história, para não dar spoilers.  Porém esteja preparado para fortes emoções ao ler esse mangá. Ichigo Takano escreveu uma narrativa que nos emociona ao mesmo tempo em que nos leva a refletir sobre o peso de nossas escolhas. Orange é um mangá muito expressivo não somente em seu traço, mas na forma como ele atinge nosso coração.

O modo como a Ichigo Takano desenvolveu a história intercalando o presente e o futuro nos dá a real dimensão dos sentimentos de seus personagens.  É tudo muito bem amarrado, e a mangaká consegue abordar um tema difícil sem em momento algum deixar a trama confusa ou pesada. Kakeru guarda dentro de si aquele tipo de tristeza profunda. Aquela tristeza que nos faz sentir culpa, dor e arrependimento. 

E a missão de fazer com que Kakeru se salve desses sentimentos destrutivos está nas mãos de Naho e seus amigos.  É tão belo e ao mesmo tempo muito angustiante ver como cada um deles assumiu a missão de fazer Kakeru feliz. Cada um com seu jeito, com seus receios e diferenças e mesmo assim unidos por um mesmo ideal, salvar Kakeru de si mesmo.
Gostei muito da alegria contagiante da Murasaka Azura tão oposta à seriedade sempre presente no Hagi Saku. Juntos eles criam aquele “alivio cômico” na história que em muitos momentos foi bem-vindo. Já a Takako China é uma personagem que tem uma fachada mais “fria”, porém ela é aquele tipo de pessoa que faz de tudo para proteger seus amigos. 

Só que ao mesmo para essa que vos escreve, o melhor personagem no mangá é o Hiroto Suwa. Não apenas por ele estar sempre alegre e incentivando a Naho a ajudar o Kakeru. Mas por ele ser altruísta o suficiente de abrir mão de seus sentimentos e talvez do seu futuro, pela felicidade da Naho e para salvar seu amigo.
Orange foi aquele mangá que veio no momento certo. Pois de um modo muito simples a Ichigo Takano nos mostra que não precisamos carregar o peso de nossas tristezas sozinhos. E que mesmo que seja possível mudar o passado, o futuro sempre será uma folha em branco e imprevisível.  E que escolhas erradas, por mais dolorosas que sejam às vezes são o único modo de encontrar o caminho certo.

Singelo e emocionante, Orange é aquela história que fica em nosso coração por muito tempo (). E antes que eu me esqueça, cada volume conta com uma história bônus chamada Haruiro Astronaut. É uma história bem bobinha e melosa, mas bem divertida.

Beijos e uma ótima semana para vocês ;**

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