Como vocês podem ver, essa blogueira que vos escreve está praticamente em um relacionamento sério com o universo dos
Shadowhunters. Em minha defesa digo, que estou comprometida a terminar pelo menos uma, das séries da autora da
Cassandra Clare este ano, até porque a mulher não para de lançar séries, não é mesmo?
Príncipe Mecânico é o segundo livro da trilogia,
As Peças Infernais em que acompanhamos a jovem
Tessa Gray recém chegada a Londres descobrindo que todas as lendas que sempre ouvi quando criança são verdadeiras e que, ela é peça fundamental em um plano para destruir os
Caçadores das Sombras.
Particularmente, gosto muito mais dessa série do que de
Os Instrumentos Mortais. E se você quiser saber o porquê, é só continuar lendo a resenha. Mas aviso que ela pode
conter spoilers.
• ISBN: 9788501092694
• Editora: Galera Record
• Ano de Lançamento: 2013
• Número de páginas: 406
• Classificação: Ótimo
Sinopse: As Peças Infernais – Livro 2.
Tessa Gray não está sonhando. Nada do que aconteceu desde que saiu de Nova York para Londres (ser sequestrada pelas Irmãs Sombrias, perseguida por um exército mecânico, ser traída pelo próprio irmão e se apaixonar pela pessoa errada) foi fruto de sua imaginação. Mas talvez Tessa Gray, como ela mesma se reconhece, nem sequer exista. O Magistrado garante que ela não passa de uma invenção. Para entender o próprio passado e ter alguma chance de projetar seu futuro, primeiro Tessa precisa entender quem criou Axel Mortmain, também conhecido como Príncipe Mecânico.
Príncipe Mecânico possui uma narrativa fluída e ao menos pelo meu ponto de vista, fica claro desde o primeiro livro, Anjo Mecânico que a autora já tinha mais bem definido o rumo que a história teria. Em As Peças Infernais, encontramos um enredo com uma construção madura e isso, acaba refletindo na qualidade da obra e na evolução de seus personagens.
Aqui é visível o crescimento tanto dos protagonistas como também dos personagens secundários, esses que conseguiram não apenas um destaque maior, mas se tornaram elementos importantes no desenvolvimento da história como um todo.
Confesso que no primeiro livro a ingenuidade da Tessa tinha me incomodado bastante. Porém, apesar do triangulo amoroso completamente desnecessário é perceptível que o foco dela está em conhecer e entender como funciona o Mundo das Sombras e principalmente, descobrir qual é a sua ligação com o Mortmain e porque ela é tão importante para ele.
O Will é outro personagem que teve uma excelente evolução. Se no livro anterior a impressão que ele nos transmite é de ser somente mais um típico bad boy, aqui vamos desvendando o seu passado e compreendo os motivos que o levam a afastar todos aqueles que podem a vir, a amá-lo.
Meu coração se partiu por ele ao ponto de eu mesma, me ver dividida entre torcer pela felicidade dele ou pela felicidade do Jem. Afinal, é claro que para um ser feliz o outro terá que ter seu coração partido. E já que falamos do Jem, admito que ele está disputando com o Magnus o posto do meu personagem favorito no universo criado pela Cassandra e que meu encantamento por ele, ficou ainda maior neste livro. (♥)
Porém o que mais chamou a minha atenção em, Príncipe Mecânico foi a parte “política”, por assim dizer. Charlotte Branwell a diretora do Instituto de Londres está correndo o risco de perder seu cargo para o mesquinho Benedict Lightwood, caso ela não encontre e entregue o Mortmain à Clave, em duas semanas. E acompanhar essa corrida contra o tempo foi gratificante pela oportunidade que a autora nos dá, de conhecer melhor os personagens secundários e suas reais motivações. Admito que foi difícil não me emocionar com algumas cenas da Charlotte com o seu marido Henry.
Os irmãos Lightwood, Gideon e Gabriel por conta da ambição do pai em conquistar a direção do Instituto, desempenham um papel importante na narrativa. O Gabriel consegue ser bem irritante, mas o Gideon se mostra um personagem maduro e adorei a ver as interações dele com a Sophie, outra personagem que teve um ótimo crescimento aqui. E apesar de não me simpatizar com a Jessamine, confesso que ao final fiquei com um pouco de pena dela, bem pouquinho, mas fiquei.
Só que nem tudo são flores, assim como em Os Instrumentos Mortais sinto que a Cassandra Clare deixa um pouco a desejar quando o assunto é o desenvolvimento dos vilões da história. Mesmo que o Mortmain assim como o Nate, irmão da Tessa, consigam ser mais relevantes quando os comparamos ao Valentim, por exemplo, eles não são aquele tipo de vilão que “amo odiar”.
O Mortmain é um personagem que me deixa curiosa para saber mais sobre seu passado. E mesmo já tendo causado problemas para a Tessa e os demais Caçadores das Sombras, ele ainda não me convenceu como vilão, propriamente dito. Porém com ainda falta um livro para concluir a trilogia, pode ser que eu venha a me surpreender com o desenvolvimento dele.
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© Ariane Gisele Reis. |
“– Posso oferecer-lhe minha vida, mas é uma vida curta; posso oferecer meu coração, apesar de não saber quantas batidas lhe restam.”
Príncipe Mecânico se revelou uma leitura deliciosa, que me envolveu desde o primeiro capítulo até o último, conseguindo até me deixar emocionada em algumas situações. Estou muito curiosa para ler
Princesa Mecânica, inclusive já separei o livro para ler agora em Agosto.
Para quem ainda não sabe a
BBC vai produzir a adaptação de Peças Infernais e eu espero não apenas que, a
Netflix ou outro serviço de streaming disponibilize a série para outros países, mas que principalmente que ela não seja o desastre que foi Shadowhunters.
Pelo Anjo! Não me decepcione BBC. ps: Magnus está maravilhoso como sempre! (
♥)
Veja Também:
Anjo Mecânico por Cassandra Clare