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fevereiro 28, 2021

Cidade do Fogo Celestial por Cassandra Clare

| Arquivado em: RESENHAS


F
az quase sete anos desde que iniciei a leitura da série, Os Instrumentos Mortais e agora ao finalizá-la sinto um misto de dever cumprido e saudades. Ao longo de seis livros acompanhei a jornada e a evolução tanto dos personagens como também da escrita da autora, Cassandra Clare e Cidade do Fogo Celestial fecha uma saga, ao mesmo tempo em que cria e reforça as conexões entre sua história, com as outras que se passam no mesmo universo.

Ao finalizar a leitura de Cidade das Almas Perdidas, minhas expectativas estavam altíssimas com o último livro da série. Em partes elas foram atendidas, porém não nego que senti que a autora fez muito “rodeio” e com isso alguns pontos e personagens que podiam ter agregado mais a narrativa, acabaram ficando “esquecidos”.


ISBN: 9788501092731
Editora: Galera Record
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 532
Classificação: Ótimo
Compre Aqui

Sinopse: Os Instrumentos Mortais – Livro 06
ERCHOMAI, Sebastian disse. Estou chegando.
Escuridão retorna ao mundo dos Caçadores de Sombras. Enquanto seu povo se estilhaça, Clary, Jace, Simon e seus amigos devem se unir para lutar com o pior Nephilim que eles já encararam: o próprio irmão de Clary. Ninguém no mundo pode detê-lo deve a jornada deles para outro mundo ser a resposta? Vidas serão perdidas, amor será sacrificado, e o mundo mudará no sexto e último capítulo da saga Os Instrumentos Mortais.

Essa resenha pode conter spoilers dos livros anteriores, por isso se você não quiser correr o risco pode pular três parágrafos.


A Clave nunca se viu diante de um inimigo tão astuto e temível com Sebastian Morgenstern.  De posse de sua criação o Cálice Infernal, ele segue espalhando o terror ao invadir os Institutos e transformando Caçadores de Sombras em seres maligno, os Crepusculares. Enquanto isso os nephilins que conseguem escapar se refugiam em Alicante, na esperança de que as torres demoníacas e as demais barreiras que protegem a cidade sejam fortes o suficiente para manter o filho de Valentim e seus seguidores afastados.

Quando Luke, Jocelyn, Magnus e Raphael são sequestrados para serem usados como moeda de troca, Clary e Jace sabem que não podem ficar de braços cruzados esperando que a Clave decida se vai ou não ceder às exigências de Sebastian.  Junto com Alec, Isabelle e Simon eles partem em uma jornada arriscada para um dos territórios do Inferno, o Edom. O grupo sabe que essa pode ser uma missão sem volta, mas eles têm a esperança de encontrar alguma forma de derrotar Sebastian em seu próprio domínio.

Traída e acuada a Clave sabe que é apenas uma questão de tempo, para guerra começar derrubando as barreiras que os protege. E dessa vez o inimigo não vai ser um demônio ou uma criatura a qual, eles foram treinados para derrotar. Será outro Shadowhunter, alguém que outrora os amava e que agora só tem um único desejo, - destruí-los. No Edom, Clary e Jace jogam a sua última carta contra Sebastian sem ter certeza se vão conseguir salvar aqueles que amam, o mundo e a si mesmos.

Como o capítulo final de uma série extensa, Cidade do Fogo Celestial apresenta um bom desfecho, mas confesso que esperava um “pouco mais”. A narrativa começa com um ritmo bastante lento e mesmo entendendo, a importância da autora interligar as diversas histórias que se passam no mundo que criou, senti que em muitos momentos os personagens de TIM acabaram sendo “deixados de lado”, por conta do espaço que a Cassandra deu aos personagens da série, Os Artifícios das Trevas.

Entendo que o cenário principal da história mudou de Nova Iorque para Alicante e o Edom, mas muitas situações que pediam para ser mais bem trabalhadas pela importância que desenpenham na narrativa, foram tratadas de forma rápida e superficial, como se a autora quisesse resolver logo um problema. 

Um bom exemplo disso é a Maia que teve um ótimo desenvolvimento no livro anterior, mas que em Cidade do Fogo Celestial apesar de desempenhar um papel relevante, acabou tendo sua participação reduzida por conta dos novos personagens.

Outro ponto que senti falta, foi da autora explorar mais a relação de Sebastian com a Jocelyn. Afinal, depois de tantos anos ressentimentos e arrependimentos, seria bem interessante ter visto mais interações entre mãe e filho. Inclusive porque como comentei em minha resenha anterior é muito perceptível que do modo “torto” dele, tudo o que Sebastian busca é amor.

Não há como negar que Sebastian é de fato um vilão, V maiúsculo. Ele é cruel, sádico e está disposto a literalmente trazer o apocalipse ao mundo para conseguir o que deseja. Adorei ver a ascenção do Sebastian na história, principalmente porque ele conquista seu o seu lugar por mérito próprio, ou seja, sem precisar se apoiar no legado deixado por Valentim.

Uma das coisas mais gratificantes de acompanhar em Os Instrumentos Mortais é a evolução da escrita da autora como também, o amadurecimento dos personagens. Não é segredo para ninguém que acompanha o blog, que não sou muito fã do casal protagonista da saga. No primeiro arco da história, todo drama envolvendo o relacionamento de Jace e Clary chegava a ser exasperante em especial, porque era nítido que os demais personagens tinham um potencial incrível para torna a narrativa mais instigante.

Cassandra Clare conseguiu corrigir isso na reta final da série. O casal protagonista continua tendo atitudes um tanto inconsequentes, mas não há como negar o quão corajosos Jace e Clary são. O Simon teve um crescimento imenso e ao menos em minha opinião, ele é um dos grandes heróis da história. Ele passou por tanta coisa e ao final se sacrificou para salvar seus amigos. Foi lindo acompanhar sua trajetória e isso, fez com que o meu carinho por ele aumentasse ainda mais.

Os irmãos Lightwoods também conquistaram mais visibilidade e relevância na construção da narrativa. A Isabelle foi sem dúvida uma das melhores surpresas que tive, pois na adaptação da Netflix os roteiristas em muitos episódios davam preferência por mostrar o lado mais “sexy” da personagem do que o conjunto de qualidades que fazem dela uma shadowhunter tão maravilhosa. Izzy desabrochou nos últimos livros e ao abrir o seu coração para o amor, ela demonstra de um modo muito bonito que a fragilidade também é parte daquilo que nos torna forte e mais humanos.

Admito que ao final de Cidade das Almas Perdidas, fiquei um pouco decepcionada com as atitudes do Alec. O caminho tomando pelo relacionamento dele com Magnus, deixou meu coração em pedaços e por esse motivo, foi tão recompensador ver como o Alec cresceu e aprendeu com as suas ações. Novamente vemos Magnus baixar a guarda como acontece em Princesa Mecânica e revelar não só os seus sentimentos mais profundos, mas seus medos também. Assim como Simon, ele está disposto a fazer grandes sacrifícios por quem ama e isso, faz dele um personagem ainda mais incrível.

Acho que não preciso falar o quanto amei as referências a trilogia As Peças Infernais e rever personagens tão queridos. Meu deu um quentinho gostoso no coração, mesmo já sabendo como algumas coisas aconteceram.

“— Somos todos parte do que lembramos. Guardamos em nós as esperanças e os medos daqueles que nos amam. Contanto que exista amor e lembrança, não existirá perda de fato.”

Cidade do Fogo Celestial deixa bem claro o quanto a Clave é falha como instituição e que, por mais que alguns membros se esforcem para diminuir o espaço que separa os nephilins dos membros do Submundo, o preconceito é algo que já está enraizado. Acredito até que esse será um dos pontos que a autora aborda com mais profundidade na trilogia Os Artifícios das Trevas, já que as pontas soltas que ela deixa aqui servem como ligação para a história de Emma Carstairs e Julian Blackthorn.

No geral a leitura da série
Os Instrumentos Mortais foi de altos e baixos, mas que ao final conseguiu entregar aquilo que prometeu. Sei que essa não é uma despedida definitiva do universo maravilhoso criado pela Cassandra Clare, mas não pretendo dar continuidade em Os Artifícios das Trevas agora. Na verdade, pretendo retornar ao mundo dos Shadowhunters, só quando a saudade apertar. Dessa forma, quando me reencontrar com personagens tão queridos estarei prepara para embarcar em uma nova, maravilhosa e imprevisível aventura. 


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Cidade das Cinzas - Cassandra Clare

fevereiro 21, 2021

Cidade das Almas Perdidas por Cassandra Clare

| Arquivado em: RESENHAS

Enfim cheguei ao penúltimo livro da série Os Instrumentos Mortais da Cassandra Clare. Cidade das Almas Perdidas, apresenta uma narrativa mais ágil, envolvente e que cada capítulo foi me deixando mais angustiada e curiosa para saber quais surpresas e reviravoltas, a autora tinha preparado.

Assim como em Cidade dos Anjos Caídos, alguns elementos presentes aqui já tinham sido explorados na série Shadowhunters da Netflix, porém o que foi retratado de um modo “superficial” e até mesmo canhestro na adaptação, no livro é mostrado com mais profundidade o que acabou revelando outras nuances dos personagens e colaborando para que a história ficasse ainda mais interessante.


ISBN: 9788501403285
Editora: Galera Record
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 434
Classificação: Ótimo
Compre Aqui
Sinopse: Os Instrumentos Mortais – Livro 5
Quando Jace e Clary voltam a se encontrar, Clary fica horrorizada ao descobrir que a magia do demônio Lilith ligou Jace ao perverso Sebastian, e que Jace tornou-se um servo do mal. A Clave decide destruir Sebastian, mas não há nenhuma maneira de matar um sem destruir o outro. Mas Clary e seus amigos irão tentar mesmo assim. Ela está disposta a fazer qualquer coisa para salvar Jace, mas ela pode ainda confiar nele? Ou ele está realmente perdido?

Essa resenha pode conter spoilers dos livros anteriores, por isso se você não quiser correr o risco pode pular três parágrafos.

Cidade das Almas Perdidas começa exatamente do ponto em que o livro anterior termina, ou seja, com os Caçadores das Sombras descobrindo que Lilith, a mãe dos demônios usou magia das trevas para trazer Sebastian de volta do mundo dos mortos. Depois de ser derrotado na Guerra Mortal, o filho de Valentim está disposto a destruir o mundo para conquistar seus objetivos sombrios e ele, não está sozinho. Ligado a Sebastian pelo feitiço de Lilith, Jace torce-se servo da força das trevas e por consequência um novo alvo para a Clave.

Percebendo que a vida de Jace corre perigo, Clary e seus amigos decidem agir por conta própria. Alec, Isabelle, Magnus, Simon, Maia e Jordan começam uma corrida contra o tempo para salvar Jace. Entre encontros com demônios maiores, fadas traiçoeiras e as enigmáticas Irmãs de Ferro, eles buscam um meio romper a magia que liga Jace a Sebastian. Mas Clary não quer ficar parada esperando respostas ou uma solução e decide fazer o que for preciso para encontrar e salva-lo.

A jovem sabe que está colocando a si, e a todos que ama em um perigo ainda maior ao se aliar a Sebastian, mas para Clary seu único e maior objetivo, manter Jace a salvo. Será que isso significa que assim como o irmão, ela também possui um coração sombrio? Até onde Clary está disposta a ir por amor? Quando o plano de Sebastian é finalmente revelado, os Shadowhunters descobrem que não somente a existência dos nephilins corre risco e sim toda a humanidade.

Desde Cidade dos Ossos, o primeiro livro da série sabemos que apesar na história ter como pano de fundo a eterna luta entre o bem e o mal, ela é também construção da jornada do herói no caso aqui, a Clary. A adolescente “comum” que em um belo dia descobre que todas as lendas são reais e que em suas veias corre sangue angelical. A partir disso ela vai desvendando os segredos de sua origem e família, ao mesmo tempo em que se vê cada vez mais envolvida pelo misterioso universo dos Caçadores das Sombras e claro, por Jace.

Como comentei na resenha de Cidade dos Anjos Caídos, a passionalidade com que a protagonista lida com tudo o que se refere ao namorado faz com que ela não somente coloque a sua vida em risco, mas gere uma reação em cadeia onde todos sofrem direta ou indiretamente as consequências de suas ações.

Não há como negar o amadurecimento da personagem no decorrer da narrativa, afinal Clary sabe os riscos aos quais está se expondo e as possíveis consequências de suas ações, porém ela continua colocando o seu relacionamento acima do bem e do mal, chegando muito perto do ponto de ir contra seus próprios valores na tentativa de salvar Jace. Embora acompanhar a evolução da personagem seja algo gratificante, não nego que em muitos momentos me vi bastante incomodada com suas atitudes impensadas. 

Acredito que um dos maiores acertos da Cassandra Clare nessa segunda fase da série, Os Instrumentos Mortais, é o modo como a autora consegue desenvolver os arcos individuais dos personagens secundários. Em Cidade de Vidro, o Simon já tinha começa a ter um espaço maior e sem sombra de dúvidas de todos os personagens da série, ele é o que apresenta uma maior evolução. Confesso que não esperava gostar tanto do Simon, até porque nos dois primeiros livros ele é bem “chatinho”, mas que conforme a narrativa foi se desenrolando, me vi cada vez mais cativada pelo personagem.

Maia e Jordan também apresentam um bom crescimento, mas não há como negar que Isabelle, Magnus e Alec foram os que mais demonstraram as suas vulnerabilidades em Cidade das Almas Perdidas. Aqui é fica nítido como a morte de Max e os segredos que carrega da família Lightwood, afetam a Izzy. Porém ao demonstrar toda sua fragilidade Isabelle não se tornar uma pessoa "fraca", muito pelo contrário é justamente isso a deixa ainda mais forte.

Alec também revela suas inseguranças a respeito de seu relacionamento com Magnus, o que aos poucos acaba gerando dúvidas se o amor que sentem um pelo outro será forte o suficiente para sustentar a relação enttre um mortal com um imortal. Além disso, o feiticeiro também têm seus segredos e partes de sua vida que permanecem escondidas, o que pode levar Alec a se aliar as pessoas má intencionadas para conseguir suas respostas que procura.

“Pois frequentemente, quando algo precioso se perde, ao voltarmos a encontrá-lo, pode não ser mais o mesmo.”

Um dos meus maiores receios ao começar a ler esse novo arco da série, era que do mesmo modo que o Valentim acabou se relevado um “vilão decorativo” nos primeiros livros, o Sebastian seguisse o mesmo caminho. Só que para minha surpresa e até mesmo felicidade, Cassandra Clare consegue nos apresentar um vilão mais complexo.

As marcas de um passado de abandono e dor são visíveis no personagem e fica muito claro que mesmo com a sua visão distorcida, tudo o que ele busca é ser amado. Em muitos momentos durante a leitura a autora nos leva a refletir, se Sebastian não seria diferente se seu sangue não tivesse sido contaminado e seu coração capturado pelas trevas.

Não que as ações dele sejam perdoáveis, afinal Sebastian é cruel, sádico e perverso, mas é impossível não se perguntar o quanto isso podia ter sido “amenizado” se ele tivesse sido criado como o mesmo amor que a irmã recebeu de Jocelyn. Até porque, Magnus e os outros integrantes do submundo também possuem sangue demoníaco correndo e isso, não faz deles serem malignos.

Cidade das Almas Perdidas finaliza com um prelúdio de uma nova guerra e um futuro totalmente incerto para os Caçadores das Sombras. Cassandra Clare entregou uma narrativa bem construída, ao mesmo tempo em que desenvolveu com maestria o arco de todos os personagens. Depois do que encontrei aqui, as minhas expectativas pelo capítulo final da série, Os Instrumentos Mortais está altíssima.


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Cidade das Cinzas - Cassandra Clare

Cidade de Vidro - Cassandra Clare
Cidade dos Anjos Caídos - Cassandra Clare

janeiro 31, 2021

Cidade dos Anjos Caídos por Cassandra Clare

| Arquivado em: RESENHAS


D
e antemão, já aviso que é muito provável que as próximas resenhas do blog sejam dos últimos livros da série, Os Instrumentos Mortais da autora Cassandra Clare. Finalizar a maior quantidade de séries literárias que eu tinha começado a ler, era uma das minhas pouquíssimas metas para o ano que passou. Então na reta final de 2020, acabei priorizando a leitura desses livros começando por Cidade dos Anjos Caídos, o quarto livro da saga.

Uma coisa que já posso adiantar, é que gostei muito desse segundo arco da história em especial porque é nítido o quanto a escrita da autora evoluiu do primeiro livro para cá. Em Cidade dos Anjos Caídos, reencontrei com a narrativa bem construída que tanto me encantou na trilogia As Peças Infernais e com isso, me vi ainda mais apaixonada pelo mundo dos Shadowhunters.

Resenha -Cidade dos Anjos Caídos por Cassandra Clare


ISBN: 9788501092717
Editora: Galera Record
Ano de Lançamento: 2011
Número de páginas: 364
Classificação: Muito Bom
 Compre Aqui

Sinopse: Os Instrumentos Mortais – Livro 4
A guerra acabou e Caçadores de Sombras e integrantes do submundo parecem estar em paz. Clary está de volta a Nova York, treinando para usar seus poderes. Tudo parece bem, mas alguém está assassinando Caçadores e reacendendo as tensões entre os dois grupos, o que pode gerar uma segunda guerra sangrenta. Quando Jace começa a se afastar sem nenhuma explicação, Clary começa a desvendar um mistério que se tornará seu pior pesadelo.


Essa resenha pode conter spoilers dos livros anteriores, por isso se você não quiser correr o risco pode pular cinco parágrafos.


Quem leu a minha resenha de Cidade de Vidro sabe que finalizei a leitura um tanto decepcionada com alguns pontos no desenvolvimento da obra. O fato da narrativa em grande parte ter girado em torno dos dramas do casal protagonista Clary e Jace, foi algo que me incomodou muito, por isso foi com uma certa dose de alívio que fiquei feliz em perceber que neste livro, a autora resolve dar um foco maior aos outros personagens.

Claro que alguns acontecimentos não chegaram a me surpreender tanto, pois como assisti a série Shadowhunters da Netflix, muitos dos elementos presentes em Cidade dos Anjos Caídos foram explorados na adaptação. E aqui vale ressaltar que um personagem em especial, foi melhor aproveitado e trabalhado no seriado do que no livro.

Valentim foi finalmente derrotado e o fim da guerra em Idris deixou marcas profundas nos Caçadores de Sombras e em seus amigos. Simon, agora conhecido como Diurno se torna um alvo e passa a ser protegido por Jordan da Praetor Lupus, uma organização formada por lobisomens que auxiliam os recém-transformados a se adaptarem ao submundo. Só que além da preocupação em se manter vivo, Simon que sempre foi impopular entre as garotas inesperadamente se vê em meio a um triângulo amoroso entre Isabelle e Maia.  

Clary continua treinando para aperfeiçoar suas habilidades como caçadora das sombras, ao mesmo tempo que Jace começa a lidar com os fantasmas de sua mente, o que o leva a se afastar cada vez mais da namorada e de sua família. Em meio a tudo isso, a Clave precisa lidar com um novo problema, o repentino assassinato dos Caçadores de Sombras, o que pode gerar uma nova guerra ainda mais destrutiva do que a primeira.

Acredito que vale a pena ressaltar que para quem espera cenas de ação e grandes reviravoltas, pode ficar um pouco decepcionado com a leitura de Cidade dos Anjos Caídos. A narrativa não chega a ser de todo “arrastada”, mas por se tratar de um livro introdutório a nova fase da história o desenvolvimento é um tanto lento.

Como comentei alguns parágrafos acima, não cheguei a me surpreender tanto com desenrolar dos acontecimentos já que muitos deles foram mostrados na série televisiva, porém não nego que esperava uma participação mais ativa da Lilith, a grande mãe dos demônios.  No seriado ela foi mais atuante enquanto no livro, passou grande parte da história nos bastidores.

Uma das coisas que gostei em Cidade dos Anjos Caídos é que a Cassandra soube dosar bem a narrativa, mesclando acontecimentos cotidianos como os preparativos do casamento de Jocelyn com Luke, os ensaios e apresentações da banda do Simon ao mesmo tempo que a tensão causada pelas mortes dos nefilins paria sobre todos.

Outro ponto que considero positivo, foi o crescimento que o Simon teve na história, o que fez com que ele deixasse de ser um personagem secundário, para assumir um protagonismo maior na trama. Gostei da dinâmica criada entre ele, a Isabelle, Maia e Jordan, pois isso meio que desfez a aparente “dependência” que ele tinha da Clary nos livros anteriores. Confesso que novamente senti falta da presença constante do meu amado Magnus Bane
() na narrativa assim como do Alec.

O drama entre Clary e Jace continua me incomodando, apesar de saber que ele é o foco principal da sério. Porém como o tempo aprendi a gostar e até sentir empatia por Jace e todos os problemas pelos quais o personagem passa desde a sua infância. Infelizmente não posso dizer o mesmo da Clary. Suas atitudes imaturas e a passionalidade com qual ela lida com tudo o que envolve o Jace, chega ser exasperante.

“Corações são frágeis. E acho que mesmo quando a pessoa se cura, ela nunca mais volta a ser como era antes.”

Cassandra Clare soube explorar os elementos fortes do mundo que criou o trazer referências da trilogia As Peças Infernais em Cidade dos Anjos Caídos, demonstrando como tudo está interligado no universo dos Shadowhunters e cada personagem é importante para o desenvolvimento da história.

O final compensa o ritmo mais lento que a narrativa teve ao deixar várias pontas soltas para serem desenvolvidas nos próximos livros da série. Admito que as minhas expectativas estão altas por isso, não me decepcione Cassandra Clare.
 

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Cidade das Cinzas - Cassandra Clare

Cidade de Vidro - Cassandra Clare

setembro 29, 2020

Princesa Mecânica por Cassandra Clare

| Arquivado em: RESENHAS


Q
uando comecei a leitura da trilogia
As Peças Infernais, a minha única expectativa era de encontrar uma história bem escrita e ambientada no mesmo universo misterioso e mágico, que havia me encantado nos dois primeiros livros da série Os Instrumentos Mortais.

Sei que já comentei isso em minhas resenhas anteriores, mas é impossível falar dessa trilogia sem ressaltar as visíveis diferenças na construção da história, quando a comparamos com a série antecessora e que nos apresentou o mundo dos Caçadores das Sombras.  Aqui a história segue um fluxo linear e coeso em que tanto, a narrativa como os personagens são bem desenvolvidos, mesmo aqueles que tiveram um crescimento maior na reta final.

resenha
ISBN: 9788501092700
Editora: Galera Record
Ano de Lançamento: 2013
Número de páginas: 434
Classificação:
Sinopse: Continuação de Príncipe mecânico, “Princesa Mecânica” é ambientado no universo dos Caçadores de sombras, também explorado na série Os Instrumentos mortais, que chega agora ao cinema. Neste volume, o mistério sobre Tessa Gray e o Magistrado continua. Mas enquanto luta para descobrir mais sobre o próprio passado, a moça se envolve cada vez mais num triângulo amoroso que pode trazer consequências nefastas para ela, seu noivo, seu verdadeiro amor e os habitantes do Submundo.

Confesso que quando se trata de uma série, não costumo muito de emendar a leitura de um livro no outro. Gosto de dar um tempo para a história assentar em minha mente e analisar com calma as emoções que senti durante a leitura. Esse também é o motivo pelo qual não escrevo uma resenha logo quando finalizo o livro.

Porém no caso de As Peças Infernais, resolvi abrir uma exceção por dois motivos. O primeiro para poder dar continuidade as outras séries que se passam dentro de mesmo universo sem ficar perdida na linha temporal, mas principalmente porque precisava saber o que Cassandra Clare tinha preparado para esse capítulo final.

Quem acompanha o blog há mais tempo, sabe que não sou fã de triângulos amorosos e não nego que quando percebi que autora ia usar esse recurso narrativo novamente, fiquei bastante apreensiva com o desenvolvimento da história. Meu maior receio era que esse elemento e o "drama" por ele causado, acabasse sobrepondo outros pontos importantes no enredo. Mas para minha surpresa acabei mordendo a língua, pois o triângulo amoroso formado por Jem, Tessa e Will é um dos principais motivos para que a trilogia seja tão emocionante.

Embora tenha ligação com outras histórias do universo dos Shadowhunters, Princesa Mecânica  é um livro com finais bem fechados. Cassandra Clare se preocupou em não deixar nenhuma ponta solta dando a todos os personagens desfechos dignos com suas trajetórias e isso, incluem o Magistrado.

Em minha resenha de Príncipe Mecânico, cheguei a comentar que estava bem curiosa para conhecer o passado do Mortmain e as razões de seu desejo em destruir os Caçadores das Sombras. Até aquele momento na narrativa, o personagem tinha causado alguns problemas, porém não chegava a me impressionar como vilão. No geral, gostei como a autora teceu o arco dele na história fazendo com que no final todas as peças de encaixassem.

Apesar de ter se revelado um personagem um tanto “passional” e da vingança nunca ser plena, o motivo que levou Mortmain a criar todo um plano para eliminar os Shadowhunters, mostra o quão sutil é a linha que separa o bem e o mal. Afinal, mesmo que com terríveis consequências os atos do Magistrado foram motivados por um ato anterior. Ato esse que ao longo da trama vai deixando claro o quanto alguns membros da Clave podem ser cruéis e corruptíveis.

O grande mistério sobre a origem de Tessa e seus poderes também é desvendado e com isso, descobrimos o porquê ela é tão importante para os planos do Magistrado. Admito que nessa parte específica da história, esperava um pouco mais. Foram três livros aguardando o grande embate entre, os Caçadores e as peças infernais criadas por Mortmain para que o final soasse “fácil demais”.

Os personagens secundários mais uma vez, se revelam elementos fundamentais para a evolução da história. Gostei do destaque que a Charlotte teve aqui, principalmente pelo fato da autora ter levantado a questão do machismo existente dentro da Clave. Sem dúvidas a Charlotte e o Henry assim como a Sophie são os personagens que apresentam um crescimento fantástico na trilogia e foi gratificante ver como ambos conseguiram vencer todos os obstáculos que a eles impostos, mesmo isso acarretando algumas "sequelas".

Os irmãos Lightwood, Gideon e Gabriel também me surpreenderam bastante, em especial o Gabriel que até o final me fez duvidar de seu caráter. Gostei da adição da Cecily, irmã caçula do Will na história pois, mesmo com uma participação um tanto pequena ela foi decisiva em várias situações. Meu querido Magnus Bane () me deixou ainda mais encantada com sua personalidade aqui. Adoro o modo como ele tenta disfarçar sem tanto sucesso, o quanto é um ser gentil e disposto a ajudar aqueles que o procuram.

Mas sem dúvidas o ponto alto de Princesa Mecânica é o relacionamento do trio protagonista. O livro até começa com bastante ação, só que logo ela é substituída por diálogos e cenas com uma forte carga emocional, que é impossível segurar as lágrimas. Chorei muito lendo esse livro, como há muito tempo não chorava durante uma leitura.

Chorei por Will, por Tessa e até mesmo pela Jessamine, mas principalmente chorei pelo Jem. Não nego que ao final o Will ganhou um pedacinho do meu coração e que foi, maravilhoso ver a muralha que ele tinha criado em torno de si desfazendo-se. Que orgulho de ver do quanto a Tessa amadureceu e que ao seu modo, a Jessamine acabou encontrando a redenção. Só que nada se compara com os meus sentimentos pelo Jem () e como me apeguei a ele durante a trilogia.

Cassandra Clare destruiu meu coração com os diálogos entre ele e o Will. Jem precisou fazer uma escolha difícil que mesmo tendo sido sua salvação, acabou levando-o a uma vida de solidão longe daqueles que amava. O epílogo acabou comigo, pois ao mesmo tempo que fiquei feliz o que restava do meu coração se partiu em mil pedacinhos.

Resenha
© Ariane Gisele Reis.


“Enxergamos o melhor de nós mesmos naqueles que amamos.”

A trilogia, As Peças Infernais e seus personagens vão sempre ter um lugarzinho especial em meu coração de leitora. Confesso que para quem começou a leitura sem grandes expectativas e movida apenas pela curiosidade, me vi a cada livro mais apaixonada pela narrativa e seus protagonistas.

Já estou morrendo de saudade de Jem, Tessa e Will e sei, que por mais interessante que os próximos livros da série Os Instrumentos Mortais (minhas próximas leituras do universo) se revelem, dificilmente eles vão despertar em mim as mesmas emoções que senti aqui. Só posso torcer para que a escrita da autora continue evoluindo e claro, que não me irrite tanto com os dramas de Clary e Jace.


ps: Estou oficialmente em um triângulo amoroso entre Magnus e Jem (). #mejulguem 

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Anjo Mecânico por Cassandra Clare
Príncipe Mecânico por Cassandra Clare

agosto 04, 2020

Príncipe Mecânico por Cassandra Clare

| Arquivado em: RESENHAS

Como vocês podem ver, essa blogueira que vos escreve está praticamente em um relacionamento sério com o universo dos Shadowhunters. Em minha defesa digo, que estou comprometida a terminar pelo menos uma, das séries da autora da Cassandra Clare este ano, até porque a mulher não para de lançar séries, não é mesmo?

Príncipe Mecânico é o segundo livro da trilogia, As Peças Infernais em que acompanhamos a jovem Tessa Gray recém chegada a Londres descobrindo que todas as lendas que sempre ouvi quando criança são verdadeiras e que, ela é peça fundamental em um plano para destruir os Caçadores das Sombras.

Particularmente, gosto muito mais dessa série do que de Os Instrumentos Mortais. E se você quiser saber o porquê, é só continuar lendo a resenha. Mas aviso que ela pode conter spoilers.

Resenha
ISBN: 9788501092694
Editora: Galera Record
Ano de Lançamento: 2013
Número de páginas: 406
Classificação: Ótimo
Sinopse: As Peças Infernais – Livro 2.
Tessa Gray não está sonhando. Nada do que aconteceu desde que saiu de Nova York para Londres (ser sequestrada pelas Irmãs Sombrias, perseguida por um exército mecânico, ser traída pelo próprio irmão e se apaixonar pela pessoa errada) foi fruto de sua imaginação. Mas talvez Tessa Gray, como ela mesma se reconhece, nem sequer exista. O Magistrado garante que ela não passa de uma invenção. Para entender o próprio passado e ter alguma chance de projetar seu futuro, primeiro Tessa precisa entender quem criou Axel Mortmain, também conhecido como Príncipe Mecânico.


Príncipe Mecânico possui uma narrativa fluída e ao menos pelo meu ponto de vista, fica claro desde o primeiro livro, Anjo Mecânico que a autora já tinha mais bem definido o rumo que a história teria. Em As Peças Infernais, encontramos um enredo com uma construção madura e isso, acaba refletindo na qualidade da obra e na evolução de seus personagens.

Aqui é visível o crescimento tanto dos protagonistas como também dos personagens secundários, esses que conseguiram não apenas um destaque maior, mas se tornaram elementos importantes no desenvolvimento da história como um todo.

Confesso que no primeiro livro a ingenuidade da Tessa tinha me incomodado bastante. Porém, apesar do triangulo amoroso completamente desnecessário é perceptível que o foco dela está em conhecer e entender como funciona o Mundo das Sombras e principalmente, descobrir qual é a sua ligação com o Mortmain e porque ela é tão importante para ele.

O Will é outro personagem que teve uma excelente evolução. Se no livro anterior a impressão que ele nos transmite é de ser somente mais um típico bad boy, aqui vamos desvendando o seu passado e compreendo os motivos que o levam a afastar todos aqueles que podem a vir, a amá-lo.

Meu coração se partiu por ele ao ponto de eu mesma, me ver dividida entre torcer pela felicidade dele ou pela felicidade do Jem. Afinal, é claro que para um ser feliz o outro terá que ter seu coração partido.  E já que falamos do Jem, admito que ele está disputando com o Magnus o posto do meu personagem favorito no universo criado pela Cassandra e que meu encantamento por ele, ficou ainda maior neste livro. ()

Porém o que mais chamou a minha atenção em, Príncipe Mecânico foi a parte “política”, por assim dizer. Charlotte Branwell a diretora do Instituto de Londres está correndo o risco de perder seu cargo para o mesquinho Benedict Lightwood, caso ela não encontre e entregue o Mortmain à Clave, em duas semanas. E acompanhar essa corrida contra o tempo foi gratificante pela oportunidade que a autora nos dá, de conhecer melhor os personagens secundários e suas reais motivações. Admito que foi difícil não me emocionar com algumas cenas da Charlotte com o seu marido Henry.

Os irmãos Lightwood, Gideon e Gabriel por conta da ambição do pai em conquistar a direção do Instituto, desempenham um papel importante na narrativa. O Gabriel consegue ser bem irritante, mas o Gideon se mostra um personagem maduro e adorei a ver as interações dele com a Sophie, outra personagem que teve um ótimo crescimento aqui. E apesar de não me simpatizar com a Jessamine, confesso que ao final fiquei com um pouco de pena dela, bem pouquinho, mas fiquei.

Só que nem tudo são flores, assim como em Os Instrumentos Mortais sinto que a Cassandra Clare deixa um pouco a desejar quando o assunto é o desenvolvimento dos vilões da história. Mesmo que o Mortmain assim como o Nate, irmão da Tessa, consigam ser mais relevantes quando os comparamos ao Valentim, por exemplo, eles não são aquele tipo de vilão que “amo odiar”

O Mortmain é um personagem que me deixa curiosa para saber mais sobre seu passado. E mesmo já tendo causado problemas para a Tessa e os demais Caçadores das Sombras, ele ainda não me convenceu como vilão, propriamente dito. Porém com ainda falta um livro para concluir a trilogia, pode ser que eu venha a me surpreender com o desenvolvimento dele.

Resenha
© Ariane Gisele Reis.

“– Posso oferecer-lhe minha vida, mas é uma vida curta; posso oferecer meu coração, apesar de não saber quantas batidas lhe restam.”

Príncipe Mecânico se revelou uma leitura deliciosa, que me envolveu desde o primeiro capítulo até o último, conseguindo até me deixar emocionada em algumas situações. Estou muito curiosa para ler Princesa Mecânica, inclusive já separei o livro para ler agora em Agosto.

Para quem ainda não sabe a BBC vai produzir a adaptação de Peças Infernais e eu espero não apenas que, a Netflix ou outro serviço de streaming disponibilize a série para outros países, mas que principalmente que ela não seja o desastre que foi Shadowhunters. Pelo Anjo! Não me decepcione BBC.

ps: Magnus está maravilhoso como sempre! ()

Veja Também:
Anjo Mecânico por Cassandra Clare

junho 30, 2020

Cidade de Vidro por Cassandra Clare

| Arquivado em: RESENHAS.

H
abemus
resenha! Embora sendo bem sincera com vocês, não sei se ainda lembro de como se escreve uma resenha, mas prometo que vou me esforçar. Cidade de Vidro é o terceiro livro da série, Os Instrumentos Mortais escrita pela autora Cassandra Clare.

Quem acompanha o blog a mais tempo, sabe que essa é uma das minhas séries literárias favoritas, motivo pela qual jamais vou me conformar da Freeform ter produzido uma adaptação televisiva tão abaixo da qualidade dos livros. É muito ruim, sério!

Mas voltando ao livro, Cidade de Vidro encerra o primeiro arco da série, e é perceptível aqui a evolução da escrita da Cassandra Clare. A narrativa continua fluida, porém ganhou um ritmo mais dinâmico com várias arestas sendo aparadas. O toque de mistério e magia tão característicos da autora também marcam presença, tornando o enredo mais envolvente a cada capítulo. Só que mesmo, com esses pontos positivos não nego que eu esperava um pouco mais.

ISBN: 9788501087164
Editora: Galera Record
Ano de Lançamento: 2011
Número de páginas: 470
Classificação: Bom
Sinopse: Os Instrumentos Mortais – Livro 3.
Clary está à procura de uma poção para salvar a vida de sua mãe. Para isso, ela deve viajar até a Cidade de Vidro, lar ancestral dos Caçadores de Sombras, criando um portal sozinha. Só mais uma prova de que seus poderes estão mais sofisticados a cada dia. Para Clary, o perigo que isso representa é tão ou menos assustador quanto o fato de que Jace não a quer por perto. Mas nem o fora de Jace nem estar quebrando as regras irão afastá-la de seu objetivo: encontrar Ragnor Fell, o feiticeiro que pode ajudá-la a curar a mãe.

Confesso que o meu maior problema em Os Instrumentos Mortais é o casal protagonista. Não me entendam mal, e não pensem que estou de implicância com a Clary ou com o Jace. Sim, as atitudes imaturas da Clary me incomodam tanto quanto, as tentativas ser autossuficiente do Jace. Mas desde o primeiro livro eles são assim, e mesmo com todo o drama envolvido no relacionamento deles, eu como leitora, ainda acredito no amadurecimento de ambos no decorrer dos próximos livros.

A questão aqui é, que praticamente 80% da história gira em torno do “amor proibido”, deles. O que, acabou prejudicando o desenvolvimento de pontos mais interessantes, além de ter acelerado o final que tinha tudo para ser épico.

Apesar de parecer "jogada", gostei da entrada do Sebastian na trama e espero que ele, se revele um vilão mais convincente do que o Valentim. Até porque, o Valentim sempre esteve mais para um vilão “decorativo”, afinal a presença dele pouco contribui com os acontecimentos mais importantes da história. Talvez as minhas expectativas estejam altas em relação ao Sebastian, mas sendo ele um dos poucos personagens que realmente se destacaram na série de TV, é de se esperar que no livro a participação dele seja ainda melhor. Pelo Anjo! Não me decepcione Cassandra Clare.

Outro ponto que me incomodou bastante em Cidade de Vidro, é a falta de espaço que tanto os personagens antigos como os novos têm. É tudo tão centralizado em Clary e Jace, que até mesmo personagens importantes como Simon e a Isabelle ficam apagados. Já o Alec continua rabugento, porém se mostra mais maduro em relação aos sentimentos. Admito que fiquei um pouco tristinha com a participação pequena do Magnus (). Mesmo ele desempenhando um papel decisivo em muitos momentos da narrativa, senti falta de mais interações dele com o Alec.

Além disso, um dos acontecimentos mais importante e triste de Cidade de Vidro, acabou meio que passando batido. Faltou a carga emocional e a sensibilidade que a situação pedia. Ficou parecendo como se a perda sofrida, não fosse significativa para as pessoas envolvidas, algo que sabemos não ser verdade. E é uma pena que o final apressado, tenha passado essa sensação.

Resenha
© Ariane Gisele Reis.


“– Arrependimento é uma emoção tão inútil, não concorda?”

Mesmo não sendo em minha opinião, o melhor livro até aqui, Cidade de Vidro desempenha bem o seu papel ao encerrar de modo satisfatório a primeira parte da série. E por mais que a história com um todo tenha suas falhas, o mundo que Cassandra Clare criou é fascinante e me deixa ainda mais curiosa para descobrir o que o futuro reserva para os meus amados Shadowhunters.

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abril 08, 2018

SoSeLit #4 – Como me tornei uma chata literária

| Arquivado em: CAFÉ LITERÁRIO.

Uma coisa é fato, quanto mais você lê mais crítica (o) e exigente você fica em relação as suas leituras. E pensando nisso o tema proposto para o SoSeLit desse mês é: O que mudou no meu gosto literário depois do blog.

imagem: Shutterstock
Confesso que em questão de gosto propriamente dito, pouca coisa mudou. Continuo dando preferência por fantasias e romances gracinhas, porém hoje alguns autores que antigamente eram os meus favoritos acabaram passando o bastão outros autores que fui conhecendo ao longo dos últimos anos. Um exemplo, é a Nora Roberts que lá no começo dos anos 2000 era a minha autora de romances favoritas, mas que recentemente as obras recentes que li dela, não me encantaram tanto assim.

Outra autora que hoje em dia os livros não chamam mais tanto a minha atenção é a Meg Cabot. Li e reli muito os livros da autora na minha adolescência, porém hoje por mais que a narrativa seja fluida, sinto que estou “velha demais” para as histórias que a autora escreve, e isso atrapalhou bastante o meu envolvimento com as últimas obras que li dela.

Além disso, admito que antigamente eu amava livros como, Entrevista com o Vampiro e qualquer história em que os vampiros fossem protagonistas. Porém, não sei se a série Crepúsculo realmente me traumatizou, ou se foi o estilo que ao menos para essa leitora aqui “perdeu a graça”, ao ponto de fazer anos que não leio nada com essa temática. Tudo bem que nos livros da Cassandra Clare, os vampiros são criaturas presentes, mas eles não são o foco das histórias, até por que se não fosse por isso com certeza eu já teria desistido de ler os livros.

Admito que me tornei meio chata em relação as minhas leituras de uns tempos para cá, e que sim, - tenho um "pré-conceito" com livros da modinha. Alguns se mostram justificáveis outros acabo mordendo a língua, mas o que fica muito claro quando comparo as minhas leituras de três ou mais anos atrás com as de agora, é que está ficando cada vez mais “difícil” encontrar aquele livro “perfeito”.

Acho que um pouco dessa mudança é normal, afinal vou fazer trinta e três anos e por mais que algumas histórias infantojuvenis ou young adult sejam interessantes, não sou o público-alvo dos autores que escrevem esses tipos de obras.  Outro ponto é que a minha percepção em relação ao mundo também acabou evoluindo no decorrer dos anos, e com isso muitos livros que li no passado e foram maravilhosos, hoje não são tão maravilhosos assim.

Como leitora sei que preciso sair um pouco da minha zona de conforto literária e me arriscar em gêneros que não leio com tanta frequência. A verdade é que por mais que na adolescência, livros da Agatha Christie fossem presença constante na minha lista de leitura, com o tempo livros do gênero também deixaram de chamar a minha atenção. É algo que preciso mudar? Com certeza, mas enquanto romances fofos e fantasias continuarem a fazer esse coração de leitora bater mais rápido, sei que vou sempre dar preferência aos livros do gênero.

Através do blog tive e tenho a oportunidade de conhecer novos autores e histórias que às vezes lembram algo que já li, ou que realmente apresentam uma proposta original. Tem livros e séries que chegam de mansinho e conquistam meu coração e outros que só leio para “falar mal”, com propriedade (sim sou dessas). Porém, sei que hoje busco narrativas que além de me entreter, passem alguma mensagem importante que me façam refletir e principalmente, que me emocionem e que suas histórias permaneçam comigo por um bom tempo.

Vai ser difícil encontrar os tais livros perfeitos? Talvez. Provavelmente dos cinquenta/sessenta livros que eu vá ler esse ano dois ou três se destaquem. Só que se tem uma coisa que esses anos todos de blog e livros me ensinou, é que mais vale a qualidade do que a quantidade, e tudo bem se em alguns momentos a minha chatice literária acabar falando mais alto.

Por que isso, é apenas a evolução natural pela qual todo mundo passa na vida, seja no mundo real ou no literário. Nós crescemos, mudamos e com isso nossos gostos e por que não dizer amores acompanham essas mudanças também. Então não se assuste, quando você perceber que as histórias daquele seu autor ou autora favoritos, não conseguem mais deixar o seu coração quentinho. Isso é super normal e com certeza, você vai encontrar novas histórias e autores fantásticos.

Até o próximo post!

A Sociedade Secreta Literária é formada pelos blogs: Bela Psicose, Eu Insisto, La Oliphant, Literasutra, Um metro e meio de Livros e o My Dear Library. A nossa intenção ao criar o grupo é falar de assuntos bons e “ruins”, e que normalmente as pessoas não falam abertamente na blogosfera. 

abril 01, 2018

Anjo Mecânico por Cassandra Clare

| Arquivado em: RESENHAS.



ISBN: 9788501092687
Editora: Galera Record
Ano de Lançamento: 2012
Número de páginas: 392
Classificação: Muito bom
Sinopse: As Peças Infernais – Livro 01.
Tessa Gray tem um anjinho mecânico pendurado no pescoço, um presente de família do qual nunca se separa. O tique-taque do pingente faz com que ela se sinta segura junto à lembrança dos pais, que já morreram. Mal sabe Tessa que esse barulhinho muito em breve vai se tornar o odioso som de um exército comandado por forças do Submundo. Com os Caçadores de Sombras e seu recém-descoberto poder sobrenatural, ela enfrentará uma guerra mortal entre os Nephilim e as máquinas do Magistrado, o novo comandante das trevas na Londres vitoriana.

Quem acompanha o blog há mais tempo, sabe que depois de Harry Potter um dos meus universos favoritos, é o dos Caçadores das Sombras. O mundo criado pela autora da Cassandra Clare é tão fantástico e repleto de tantos detalhes, que a cada leitura fico ainda mais encantada por ele. Já tinha pegado alguns spoilers da trilogia As Peças Infernais quando li a Dama da Meia – Noite, e por isso estava bastante curiosa para conhecer melhor o passado de alguns personagens.  E apesar, do começo um pouco lento de o Anjo Mecânico, ao final me vi mais uma vez completamente envolvida pela escrita da autora e apaixonada pela história e seus personagens.

Theresa Gray, ou simplesmente Tessa atravessa o oceano para encontrar com irmão Nate na cinzenta e chuvosa Londres. Ela tinha em mente um reencontro feliz, porém as coisas não acabam saindo como o esperado. Assim que desembarca na cidade, a jovem acaba sendo sequestrada pelas irmãs sombrias.  A ameaça é clara, ou Tessa colabora ou Nate pagará com a vida, pela desobediência da dela. Durante a sua estadia forçada na casa das terríveis mulheres a jovem descobre possuir uma habilidade incomum, e é justamente esse seu talento que a torna tão preciosa para o misterioso Magistrado.

Will Herondale e Jem Carstairs encontram uma adaga com um símbolo do submundo próxima a uma garota mundana assassinada. Decidido a investigar o que anda acontecendo, Will acaba chegando a casa das irmãs sombrias. Enquanto tenta encontrar provas que liguem as irmãs aos crimes que vem acontecendo na cidade, ele encontra Tessa e a liberta do cativeiro. A jovem então descobre que todas as lendas que ouviu quando criança, são reais e que existe um mundo à parte daquele que sempre conheceu, em que descendentes de anjos e demônios vivem em um frágil pacto de paz.

Will a leva para o Instituto a casa dos Caçadores das Sombras, mas apesar de estar finalmente livre das garras das irmãs sombrias, Tessa continua sem notícias do irmão. A medida que busca desesperadamente encontrar alguma pista que revele o paradeiro do irmão, Tessa aos poucos vai aprendendo mais sobre como as coisas funcionam no mundo dos Caçadores das Sombras e os seus habitantes. Os dias passam rapidamente e Tessa se vê cada vez mais envolvida por Will, ao mesmo tempo que uma ligação forte surge com Jem.

Mas, algo terrível está sendo tramado nas sombras. Afinal, o Magistrado continua atrás dela e fará de tudo para atingir seus objetivos malignos e para isso ele está construindo um exército que nem anjos e demônios serão capazes de derrotar.  Ao lado de desconhecidos e novos amigos Tessa está prestes a entrar em uma batalha de vida ou morte, em ela aprendera que a verdade pode ser terrivelmente dolorosa. 

Anjo Mecânico possui uma narrativa bem introdutória, tanto que confesso que até a metade do livro eu não me via tão “empolgada” com a leitura. Porém, como estamos falando de Cassandra Clare, a autora consegue mesmo com esse ritmo mais lento inserir elementos que despertam a nossa curiosidade e que aos poucos vão nos envolvendo a cada capítulo. Gostei muito do modo como a autora construiu a os alicerces da trilogia As Peças Infernais, pois é visível que temos uma história mais madura e até mesmo mais "sombria", quando comparamos ela como o início de Os Instrumentos Mortais.

Tessa é uma personagem que evolui gradativamente conforme a narrativa avança, mas não nego que em alguns momentos as atitudes “ingênuas” demais da protagonista me incomodaram. Além disso, o fato da autora inserir um bendito triangulo amoroso na história também não me deixou muito feliz, em especial por que Will e Jem são completamente opostos.

Will é o típico bad boy, convencido e arrogante que seguindo o clichê, guarda um segredo triste de seu passado. Já Jem, é o “bonzinho” que mesmo tento sofrido uma grande perda no final de sua infância, consegue ser aquela pessoa que sempre sabe o que dizer e fazer para tranquilizar os outros. E se vocês, estão se perguntando se sou #teamWill ou #teamJem, acho que ficou óbvio que sou #teamJem ().

Porém, o ponto mais positivo nessa obra da Cassandra Clare, ao menos em minha opinião, é o papel desempenhado pelos personagens secundários. Aqui eles não são apenas personagens coadjuvantes que ficam apagados em grande parte da narrativa. Pelo contrário eles são personagens ativos e importantes no desenvolvimento do enredo. Gostei bastante da Sophie, do mesmo modo que criei uma antipatia enorme pela Jessamine. Só que não nego que a melhor participação foi o do meu personagem favorito de todo universo da Cassandra Clare, - Magnus Bane ().

Além disso, adorei a reviravolta que a autora dá na história. De algumas coisas eu até desconfiava, porém mesmo que tia Cassie tenha deixado mais perguntas do que realmente dado respostas, ela realmente conseguiu me surpreender aqui. Tanto as descrições da Londres vitoriana, como os poemas presentes no  começo de cada capitulo, tornam o enredo mais rico e fazem com que o leitor realmente se sinta parte da história que está lendo.  Como comentei no começo da resenha, Anjo Mecânico é um livro bastante introdutório o que torna o seu desenvolvimento demorado, mas sem sombra de dúvidas satisfatório.

“– Boa parte é verdade, se quer saber. As melhores mentiras são baseadas ao menos em parte na verdade.”

Ao finalizar a leitura de Anjo Mecânico a primeira pergunta que me fiz foi, o por que demorei tanto para ler ele. E admito que uma parte minha está bastante ansiosa para ler Príncipe Mecânico, mesmo já sabendo mais ou menos o que acontece graças aos spoilers que pegamos na vida (...). Cassandra Clare é uma autora incrível que a cada livro me deixa ainda mais apaixonada por suas obras. Se você ainda não deu uma chance para os Caçadores de Sombras conquistar o seu coração, não sabe o que está perdendo.

fevereiro 06, 2017

Uma História de Notáveis Caçadores de Sombras e Seres do Submundo

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.

ISBN: 9788501107671
Editora: Galera Record
Ano de Lançamento: 2016
Número de páginas:
Classificação: Ótimo
Sinopse: Contada na Linguagem das Flores
Em Uma história de notáveis Caçadores de Sombras e seres do Submundo - contada na linguagem das flores, Cassandra Jean mergulha nos personagens criados por Cassandra Clare nas séries Os Instrumentos Mortais, As Peças Infernais e Os Artifícios das Trevas, reunindo características e ficha técnica de nomes como Jace Wayland, Magnus Bane e Tessa Grey. Comparando cada um deles a uma flor, e com belas ilustrações, ela cria um guia para os amantes dessas histórias... e para os que desejam começar a conhecê-las.

A resenha de hoje vai ser uma pouquinho diferente do que vocês estão acostumados a encontrar aqui no blog. Afinal, Uma História de Notáveis Caçadores de Sombras e Seres do Submundo não é apenas mais um livro, e sim  presente maravilhoso da autora Cassandra Clare, para todos os fãs desse universo mágico que ela criou.

Confesso que fui uma daquelas leitoras que no começo torceu o nariz quando Cidade dos Ossos, o primeiro livro da série Instrumentos Mortais foi lançando. Sempre fico com o pé atrás quando uma obra se torna uma espécie de a “queridinha da nação”, mas bastaram somente alguns capítulos para eu querer ser uma Shadowhunter também. E mesmo sem ainda ter terminado de ler a série Instrumentos Mortais (shame) ou ter lido Peças Infernais posso dizer com toda certeza que depois de Harry Potter, o mundo criado por Cassandra Clare é um dos meus favoritos().


Acho incrível como a autora conseguiu transformar uma trama que a principio era só mais uma no meio de tantas que abordavam a temática, anjos e demônios em um universo tão rico e amplo. Além disso, a Cassandra é uma das poucas autoras que sabe trabalhar com vários personagens ao mesmo tempo, dando a cada um deles um papel de destaque no desenvolvimento da história. Tanto que não nego que tanto em Instrumentos Mortais como em Artifício das Trevas os meus personagens favoritos são os secundários.

Com ilustrações de Cassandra Jean, Uma História de Notáveis Caçadores de Sombras e Seres do Submundo, a autora nos apresenta cada personagem de um modo poético e belíssimo. Através da linguagem das flores vamos conhecendo e por que não dizer, desvendando as personalidades dos nossos queridos personagens. O livro é uma espécie de “guia ilustrado” do mundo fantástico dos Caçadores de Sombras.

E o mais legal aqui é que durante a leitura a maneira como cada personagem é apresentado e a flor com qual ele está relacionado, desperta ainda mais a curiosidade de quem ainda não leu todos os livros (culpada). São tantos personagens misteriosos e interessantes que não nego que estou pensando seriamente em fazer uma maratona da série.

Já o trabalho da Cassandra Jean dispensa comentários. É uma ilustração mais perfeita do que a outra e admito que fiquei várias horas só admirando essa lindeza toda. Acho que já deu para imaginar o dilema que essa vos escreve passou ao selecionar as fotos para o post ().


Uma História de Notáveis Caçadores de Sombras e Seres do Submundo é um livro que encanta os fãs das histórias de Cassandra Clare, como também é uma ótima forma de quem está conhecendo o mundo do Shadowhunters agora se familiarizar com os personagens. É simplesmente impossível não se encantar com a riqueza de detalhes e com a beleza desse livro. Como uma apaixonada pela série e por ilustrações estou perdidamente caída de amores por ele()!

junho 13, 2016

Série – Shadowhunters

| Arquivado em: SÉRIES.

Olá pessoas =D

Sim! Enfim resolvi compartilhar com vocês as minhas impressões sobre a série Shadowhunters.  Eu realmente quis dar um tempo entre a estreia da série e o final da primeira temporada para escrever esse post. Afinal, talvez por ter sido uma das poucas pessoas que não achou o filme tão “ruim”, essa que vos escreve infelizmente não conseguiu cair de amores pelo seriado. É a vida, gente (...)

Acredito que seja mais fácil eu começar esse post dizendo tudo o que não gostei da série. Mas, calma que apesar nem tudo ser flores posso garantir a vocês que o saldo final é positivo.  Ou pelo menos eu acho que foi.

imagem: Divulgação.
O grande problema da série é o fato dela ser muito, mais muito fraca em relação ao enredo. As coisas simplesmente não se encaixam direito em alguns episódios, dando sempre aquela sensação que ficou "faltando" alguma coisa. Outro ponto é que os produtores da série não conseguiram captar a atmosfera misteriosa com um toque de magia dos livros, tão bem como filme. Gente de verdade chega a dar uma enorme vergonha alheia de alguns efeitos especiais. Tipo se você assiste ou já assistiu Once Upon A Time e sentiu vergonha, se prepare que aqui a coisa consegue ser um pouquinho “pior”.

imagem: Divulgação.
Só que esses são aqueles "pequenos" detalhes que eu pelo menos consigo relevar. Talvez a verba para série seja curta, afinal ninguém investe muito dinheiro em um projeto logo de inicio. Mas o que realmente me incomodou foram os atores, principalmente o casal protagonista formado pela Katherine McNamara (Clary Fray) e Dominic Sherwood (Jace Wayland). Nunca em minha vida tinha visto interpretações tão forçadas como a deles. Sério, chega a ser desanimador (...). E olha que o meu maior medo era que o Harry Shum, Jr. “acabasse” com o meu Magnus Bane, pois em minha humilde opinião o Godfrey Gao tinha sido perfeito no filme.

imagem: Divulgação.
Porém, entretanto, toda via “mordi à língua” e fui surpreendida pela melhor atuação da série. E agora me sinto “forçada” a fazer uma pequena confissão. Meu deadline para qualquer seriado é o quarto episódio. Se eu assistir o quarto episódio e continuar não “gostando” do que estou vendo, paro por ai. Já estava preparada para abandonar Shadowhunters, pois não tinha mais nenhuma esperança de que a série fosse conquistar o meu coração. Mas, ai Magnus Bane apareceu como aquela luz no fim do túnel, me dando bons motivos para continuar acreditando em Shadowhunters.

imagem: Divulgação.
Então se você está pensando que eu assisti a série até o final e que vou acompanhar a segunda temporada apenas por causa de #Malec a resposta é, - SIM! Por que de todos os pontos que citei acima, Magnus e o Alec (Matthew Daddario) protagonizam as melhores cenas e os melhores diálogos da série. Alias existem três personagens que conseguem “salvar” o seriado, a Isabelle (Emeraude Toubia), o Alec e o Magnus. Embora eu tenha que admitir que gostei bastante do Simon (Alberto Rosende) nessa primeira temporada também.

imagem: Divulgação.
Mesmo não amando Shadowhunters como eu gostaria, a série conseguiu me entreter e admito que até gostei bastante de alguns episódios. Não que isso signifique que estou morrendo de ansiedade pela segunda temporada, por que assim, prefiro que ela demore o tempo que precisar para estrear dando para produção a chance de “corrigir” o que não funcionou bem na primeira temporada. Do que a série voltar rápido e acabar sendo em vários sentidos uma “decepção” novamente.

imagem: Divulgação.
No geral se você está procurando algo divertido para assistir,  Shadowhunters é uma série boa, apesar das interpretações sofríveis e um começo bem fraco. Precisa melhorar? Sim, MUITO, e em vários sentidos.  Quem sabe, por exemplo, os atores possam ler os livros ou pelos menos um dos livros durante o hiatus da série para “entrar” em seus personagens.  Isso já ajudaria bastante. Mas se eles já fizeram isso (is end of hope).

Ficha Técnica:
Baseado em: The Mortal Instruments por Cassandra Clare
Produtor: Ed Decter
Distribuída por: Freeform | Netflix
Gênero: Fantasia
Duração: 42 minutos.
País de Origem: Estados Unidos.
N.º de temporadas: 1
N.º de episódios: 13
Elenco: Katherine McNamara (Clary Fray), Dominic Sherwood (Jace Wayland), Alberto Rosende (Simon Lewis), Matthew Daddario (Alec Lightwood), Emeraude Toubia (Isabelle Lightwood), Isaiah Mustafa (Luke Garroway), Harry Shum, Jr. (Magnus Bane), Alan van Sprang (Valentine Morgenstern), entre outros.







Sinopse: Clary Fray acaba de se matricular na Academia de Arte do Brooklyn. Em seu aniversário de 18 anos, ela descobre que é uma Caçadora de Sombras, um ser humano meio anjo, que tem como tarefa proteger os humanos de demônios. Naquela noite, a mãe de Clary, Jocelyn Fray, é raptada por Valentine, um antigo Caçador de Sombras desonesto, que criou seu próprio "Círculo". Com sua mãe ausente, Clary se volta para Luke, o namorado de Jocelyn, e a única pessoa na qual ela confiava, mas acaba sendo traída. Clary se junta com um bando de Caçadores de Sombras para salvar sua mãe e descobre poderes que ela nunca soube que possuía. Clary é lançada no mundo de caça aos demônios junto de seu melhor amigo, Simon Lewis, e do misterioso Caçador de Sombras, Jace, que é acompanhado por seus irmãos adotivos, Isabelle e Alexander Lightwood. Agora vivendo entre fadas, feiticeiros, vampiros e lobisomens, Clary começa uma jornada de autodescoberta enquanto aprende mais sobre seu passado e percebe como poderá ser seu futuro.

Trailer:

Embora Shadowhunters possa não ser a melhor série que você vá assistir em sua vida, ainda vale a pena dar uma chance para produção. Até por que a primeira temporada é curtinha e o seriado tem potencial para melhorar (assim espero). Minha dica é, dê uma chance ao seriado pelo menos até o quarto episódio, garanto a vocês que depois dele as coisas melhoram significativamente. Sejam perseverantes, que  #Malec compensa tudo () .

Beijos e até o próximo post;**

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