O Caminho – Livro 3.
Sinopse: Ainda cambaleante pela perda súbita da esposa, da casa e da empresa, Alan Christoffersen, um ex-publicitário de sucesso, deixou tudo que conhecia para trás e partiu numa extraordinária travessia pelo país. Levando somente sua mochila, saiu de Seattle em direção a Key West, ponto mais distante em seu mapa. Agora, já quase na metade de sua trilha, Alan segue caminhando quase 160 km, entre o Dakota do Sul e St. Louis, mas são as pessoas que ele conhece ao longo do caminho que dão o verdadeiro sentido de sua jornada: Uma mulher misteriosa que segue Alan por quase dois quilômetros, o caçador de fantasmas que percorre túmulos à procura da esposa, o idoso polonês que dá uma carona a ele e compartilha uma história que Alan jamais esquecerá.
Em A Felicidade, Alan continua seguindo sua longa jornada em direção a Key West na Flórida, e mesmo com toda a distância já percorrida a dor pela perda da sua amada esposa McKale ainda é muito presente, como um ferimento grave que insiste em não cicatrizar. Porém, o que parecia ser o recomeço de uma caminhada tranquila acaba trazendo alguns fantasmas do passado e pessoas muito especiais que farão Alan entender de inúmeras maneiras, que para se alcançar a paz de espírito e tentar encontrar a felicidade, ele precisa aprender a perdoar.
Cada pessoa que cruza o caminho de Alan traz consigo uma história emocionante e uma lição de vida para o nosso protagonista. Ele começa a perceber que apesar da sua dor cedo ou tarde ele terá que recomeçar e que ao final de sua caminhada ele precisará decidir qual será o próximo passo. Porém o destino ainda tem mais uma peça cruel para pregar na vida de Alan, e talvez ele esteja muito próximo do fim, - ou seria de um novo começo?
Eu gosto muito da forma com que o autor, Richard Paul Evans trabalha várias histórias paralelas para compor um enredo simples e ao mesmo tempo riquíssimo em detalhes. Mesmo que o plano de fundo da história seja um tanto dramático e em alguns momentos até angustiante, o autor consegue dar um toque de delicadeza o que deixa tudo um pouco mais suave. Não que você não sofra com o personagem. Você sofre e sofre muito! Mas aquela luzinha de esperança está lá firme e forte no final do túnel, fazendo você acreditar que no final tudo vai dar certo. E eu espero de verdade que Alan reencontre com a “dona felicidade”, afinal ele já tem sofrido tanto (...).
É sério gente! Eu fique sem chão com o final de A Felicidade. Sabe quando você fica com aquele nó na garganta e não consegue chorar de tão inconformada que ficou? Pois é eu fique assim. Eu li e reli o ultimo parágrafo e pensei: “Não pode ser (...) ele não merecia mais isso.” Mesmo o autor tendo deixado um ótimo gancho para continuação, que óbvio eu já estou doida para ler, não curti o final. Não é justo, simples assim.
A leitura seguiu o mesmo ritmo dos livros anteriores, rápida e leve só que bem menos “emocionante” do que
O Encontro e
O Caminho. Tipo, o livro traz toda aquela carga emocional fortíssima presente nos demais livros, mas aqui o enredo ganhou um aspecto mais voltado à
“espiritualidade” mesmo, e com isso a emoção propriamente dita não chegou a ser o ponto central da história estando presente de uma forma mais sutil. Eu ainda não sei se gostei dessa mudança, mas acredito que ela é necessária para os momentos pelos quais o protagonista vai passar.
“Não sei de vou chegar a Key West ou não. Mas uma coisa eu sei: quer eu aceite a jornada ou não, a estrada virá. A estrada sempre vem. A única pergunta a que qualquer um de nós pode responder é como escolheremos encará-la.”
A série Walk possui traços de um belo romance, porém de uma forma muito mais realista e madura quando a comparamos com outros livros do gênero. Para quem busca histórias delicadas, que nos levam a refletir e querer aproveitar a vida ao máximo fica a dica de uma série linda que nos ensina que o importante é seguir em frente, - sempre.