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junho 09, 2016

A Coroa por Kiera Cass

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788555340048
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2016
Número de páginas: 310
Classificação: Bom
Sinopse: A Seleção – Livro 05.
Em A Herdeira, o universo de a Seleção entrou numa nova era. Vinte anos se passaram desde que America Singer e o príncipe Maxon se apaixonaram, e a filha do casal é a primeira princesa a passar por sua própria seleção.  Eadlyn não acreditava que encontraria um companheiro entre os trinta e cinco pretendentes do concurso, muito menos o amor verdadeiro. Mas às vezes o coração prega peças… e agora Eadlyn precisa fazer uma escolha muito mais difícil - e importante - do que esperava.  America Singer e o Príncipe Maxon se apaixonaram, e a filha do casal é a primeira princesa a passar por sua própria seleção.  Eadlyn não acreditava que encontraria um companheiro entre os trinta e cinco pretendentes do concurso, muito menos o amor verdadeiro. Mas às vezes o coração prega peças… e agora Eadlyn precisa fazer uma escolha muito mais difícil - e importante - do que esperava.

Nunca escondi que em minha humilde opinião a série A Seleção da autora Kiera Cass, devia ter parado no terceiro livro, ou pelo menos a autora deveria ter dado um intervalo maior para “apresentar” a Eadlyn ao mundo.  Tanto que não fiquei muito surpresa quando as primeiras resenhas que saíram de A Coroa, quinto e ultimo livro da série, tinham um certo "que" de decepção. Eu mesma não espera um grand finale, tendo em vista o que a autora já tinha mostrado em A Escolha. E talvez, justamente por ter começado a leitura sem “grandes expectativas”, foi que no contexto geral, eu gostei do que encontrei aqui.

Podem ler a resenha sem medo que ela não contém spoilers. Até por que, procurei através dela compartilhar todos meus sentimentos, também um pouco “conflitantes” em relação ao que li.

Sinceramente, a sensação que tive é que a própria Kiera já estava “cansada” do universo que criou. A Coroa era para ser livro mais "expressivo" da série, afinal potencial para isso o seu enredo tinha. Porém, infelizmente a sua estrutura apresentou inúmeras falhas de desenvolvimento. A narrativa é extremamente corrida, tanto que para um livro que vem fechando uma série a autora acabou deixando muito mais perguntas do que de fato trazendo respostas.

Kiera Cass é uma autora um tanto óbvia e entre ousar e ser clichê, ela prefere ser clichê. Então para quem prestou atenção nas “entre linhas” de A Herdeira, meio que já desconfiava do rumo que a história teria aqui.  Pelo menos para essa que vos escreve, não foi nem um pouco surpreendente quem foi o rapaz  que ganhou o coração da princesa no final. E confesso que por ele ser um dos meus personagens favoritos eu fiquei feliz com a escolha da Eadlyn ().

E como já falei inúmeras vezes em minhas resenhas, não tenho problema com o “previsível” desde que ele seja bem desenvolvido, e A Coroa peca exatamente nisso.  Muitos personagens foram mal aproveitados, até mesmo os que tiveram algum destaque anteriormente, acabaram ganhando um desfecho bem “mais ou menos”.  O que reforçou ainda mais a minha impressão de que autora estava com pressa de escrever o livro.

Kiera Cass simplesmente “esqueceu” dar continuidade no desenvolvimento do relacionamento da Eadlyn e seu príncipe consorte como casal, nesse livro.  Isso fica ainda mais nítido quando a Eadlyn finalmente se dá conta de seus sentimentos. A forma fast como tudo acontece torna o que poderia ser, um dos momentos mais lindos da trama em algo superficial e sem emoção. Em especial para quem não tinha percebido essa "possibilidade" no livro anterior, o romance  realmente deixa a sensação de não ter muita "credibilidade" mesmo.

Como ponto alto A Coroa tem o amadurecimento de sua protagonista. Eadlyn finalmente sai da sua redoma e deixa a arrogância de lado por um bem maior. Ela se torna uma líder confiante e determinada a seguir o legado dos pais, e principalmente trazer as mudanças de que seu reino precisa. Acredito que se entre um capitulo e outro, a autora tivesse dado uma atenção maior aos personagens secundários, e explorado melhor algumas histórias paralelas o resultado final teria conseguido agradar mais pessoas.

Embora a história da Eadlyn, não seja tão apaixonante quando comparada a história de seus pais, ela ainda sim tem seus méritos. É inegável que mesmo como todas as falhas presentes na narrativa, Kiera Cass é aquele tipo de autora que consegue criar uma trama envolvente e cativante. Eu mesma admito que virei a noite lendo o livro de tão entretida que fiquei com história. Ou seja, para quem não tinha lá muitas expectativas, acabou se surpreendo de uma maneira bem positiva.

“ – Você precisa aceitar a ideia de imperfeição, mesmo naquilo que considera perfeito.”

Em suma apesar de nem tudo ser flores, A Coroa se mostrou uma leitura satisfatória dando a série senão o final grandioso que era esperado, ao menos um desfecho digno e condizente com tudo o que a Kiera Cass se propôs a trazer para sua obra. E por mais difícil que seja dizer adeus, me despeço da série A Seleção, sabendo que tanto a sua história como seus personagens terão para sempre um lugar especial em meu coração.

dezembro 17, 2015

Felizes para Sempre por Kiera Cass

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788565765619
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2015
Número de páginas: 464
Classificação: Muito Bom
Onde Comprar: Submarino.
Sinopse: Esta coletânea traz os contos A Rainha, O príncipe, O guarda e A favorita ilustrados e com introduções inéditas de Kiera Cass. Conheça o príncipe Maxon antes de ele se apaixonar por America, e a rainha Amberly antes de ser escolhida por Clarkson. Veja a Seleção através dos olhos de um guarda que perdeu seu primeiro amor e de uma Selecionada que se apaixonou pelo garoto errado. Você encontrará, ainda, cenas inéditas da série narradas pelos pontos de vista de Celeste e Lucy, um texto contando o que aconteceu com as outras Selecionadas depois do fim da competição e um trecho exclusivo de A sereia, o novo romance de Kiera Cass. Este é um livro essencial para os fãs de A Seleção, que poderão se aprofundar mais nesse universo tão apaixonante.

Felizes Para Sempre é o livro que reúnem todos os contos da série A Seleção, anteriormente lançados além de contar com alguns bônus especiais. Como já tem resenha aqui no blog dos contos, O Príncipe e O Guarda, no post de hoje vou apenas compartilhar com vocês as minhas impressões sobre os outros contos.

A Rainha.
O conto A Rainha, nos apresenta a mãe de Maxon ainda jovem vivendo a sua própria Seleção. Amberly assim como America vem de uma família humilde, e acaba conquistando o que toda a garota de Illéa sempre sonhou, - ser a princesa.  Esse conto não é somente interessante por nos mostrar como os pais do Maxon eram antes de se tornarem os governantes de Illéa, mas sim por que lança uma luz diferente sobre alguns fatos que acontecem durante a Seleção de Maxon. Quando você lê A Rainha você percebe por que foi mais fácil Amberly aceitar as escolhas do filho e de onde vem à tirania do rei.


Um detalhe que é importante salientar aqui, é que o conto nos mostra uma Amberly romântica, sonhadora, e até certo ponto "submissa". Amberly sentem por Clarkson uma devoção quase cega, quando o mesmo nunca dá certeza alguma sobre o que sente por ela, ou o futuro dos dois.  Kiera Cass trabalhou esse ponto do conto com muita sutileza, deixando o leitor livre para fazer seu próprio julgamento sobre a questão.  Confesso que o conto não me fez mudar a visão que eu tinha do pai de Maxon, mas gostei bastante de conhecer a Amberly e seu coração generoso capaz de ver a bondade e o amor onde ninguém mais enxergaria.

A Favorita.

O conto A Favorita é narrado por Marlee, melhor amiga de America. Nele Kiera Cass nos conta uma história de amor paralela a de America e Maxon, a história de Marlee e Carter. Adorei descobrir como os dois se apaixonaram e principalmente como juntos eles passaram por todos os obstáculos que a vida colocou no caminho desse amor. Como uma ajudinha do fofo do Maxon, - é claro.


Esse é um daqueles contos leves, que nos deixam com um sorriso bobo no rosto. Doce, encantador, mas sem perder a carga dramática da história. Pois antes de colher a flores do amor, Marlee e Carter tiveram que colher muitos espinhos. Sempre gostei da Marlee, porém depois de conhecer a sua história ela se tornou uma das minhas personagens favoritas da série. Sendo esse o conto que mais gostei da antologia ().


Felizes para Sempre traz também alguns extras interessantes como os breves relatos da Celeste, que por mais que a autora tente torna-la uma pessoa “melhor”, não me convence de jeito nenhum.  Sim peguei implicância com a personagem (sou dessas, admito). Desses extras gostei bastante de saber mais sobre o relacionamento da Lucy com o Aspen e do que aconteceu com as outras finalistas da Seleção.

Em toda a série que leio sempre fico esperando por conhecer e saber mais dos personagens secundários que conseguem às vezes cativar mais durante a leitura do que os próprios protagonistas.  E através dessa reunião de contos isso foi possível. O livro é lindíssimo em capa dura e com belas ilustrações. Sem sombra de dúvidas um verdadeiro presente para os fãs da série A Seleção.

“Fechei os olhos e fiz que sim com a cabeça enquanto lágrimas desciam pelo meu rosto. Viver com ou sem amor dele: para mim, as duas opções significavam flertar com a morte.”

Nessa antologia, Kiera Cass não apenas mostrou a amplitude da sua obra, mas como também conhece bem cada um dos seus personagens e suas histórias.  Em cada conto e autora nos leva de volta ao mundo que ela criou, através novos olhos e sobre outros pontos de vistas, e nem por isso menos emocionante e mágico.

junho 15, 2015

A Herdeira por Kiera Cass

| Arquivado em: Resenhas.


Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788565765657
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2015
Número de páginas: 390
Classificação: Muito Bom
Onde Comprar: Submarino.
Sinopse: The Selection - Livro 04.
Vinte anos atrás, America Singer participou da Seleção e conquistou o coração do príncipe Maxon. Agora chegou a vez da princesa Eadlyn, filha do casal. Prestes a conhecer os trinta e cinco pretendentes que irão disputar sua mão numa nova Seleção, ela não tem esperanças de viver um conto de fadas como o de seus pais… Mas assim que a competição começa, ela percebe que encontrar seu príncipe encantado talvez não seja tão impossível quanto parecia.




S
abe quando você fica com receio de ler um livro por medo de acabar se decepcionado?  Foi justamente assim que comecei a leitura de A Herdeira da autora Kiera Cass. Por que mesmo que o final de A Escolha não seja um dos melhores, em minha opinião a autora tinha fechado bem a história ali. Mas para minha felicidade apesar das minhas “baixas expectativas”, acabei me surpreendo e gostando muito com o que encontrei aqui.

A própria sinopse já dá um “pequeno” spoiler para quem ainda não leu os livros anteriores, então vamos direto aos fatos.

Antes de qualquer coisa, é importante ter em mente a autora não está retomando a história do ponto em que parou. Por esse motivo esperar que a Eadlyn, ou qualquer um dos filhos que o Maxon e a America tiveram sejam como os pais é um erro enorme. E logo no inicio já é visível que eles possuem personalidades bem definidas e diferentes de seus pais. 

Não sei dizer até que ponto foi positivo ou negativo a Kiera Cass investir na continuação de uma série que estava "finalizada". Em especial uma com tantos fãs pelo mundo. Só que o fato é que ela deixou bem claro que, por mais que tenhamos de volta em nossas vidas literárias o Maxon, a America entre outros personagens marcantes, essa é uma nova história. Essa é a história da Eadlyn, a seleção dela. E bem, - ela não está muito preocupada no momento em ser uma pessoa acessível e amável.

Confesso que estava preparada para odiar a Eadlyn com todas as minhas forças.  Sério, li tantas críticas negativas da personagem falando o quanto ela é egoísta, fria, prepotente e todo um blá, blá, blá que me parecia impossível ao menos “simpatizar” com ela. Porém, ao contrário de muitos, não consegui odiar a Eadlyn. Por mais que em muitos momentos eu não concordasse com a postura dela e até tivesse vontade de falar, “menos querida Eadlyn, você não é a ultima bolacha do pacote”, eu conseguia “entender” o porquê dela agir daquela forma.

Ela cresceu no luxo, em um mundinho protegido e particular sabendo que cedo ou tarde um dia a responsabilidade de manter o legado de seus pais vai recair em suas mãos.  Pensa na pressão que isso pode significar na vida de uma pessoa quando ela só tem dezoito anos? A Eadlyn é sim mimada e arrogante, pelo simples motivo que ela foi criada para ser assim. Claro que isso não justifica o fato de ela ser grossa com quase todo mundo o tempo todo, mas acredito que ao longo da história isso pode vir a mudar um pouco. Pessoas mudam, não é mesmo?

A escrita da Kiera Cass continua fluida, e a forma como ela constrói toda a narrativa deixa o enredo mais envolvente. Outro detalhe é que a autora consegue sempre inserir personagens cativantes na história, mesmo quando eles não são os grandes “protagonistas”. Gostei muito dos pequenos príncipes Kaden e Osten.  E entre os selecionados os que mais me chamaram a atenção foram o Kile e o Henry embora o meu personagem queridinho até aqui seja o Erik (). 

Só que o ponto mais legal é que trama aqui está mais dinâmica quando comparada aos livros anteriores.  E mesmo que hoje a série nem seja mais vista como uma distopia, eu ainda espero muito que a autora dessa vez trabalhe melhor a parte política dando um foco maior aos conflitos que acontecem fora dos muros protegidos do castelo. Afinal, Kiera Cass já mostrou que é ótima em escrever romances no estilo “conto de fadas”, então por que não colocar um pouco mais de ação na história? E em A Herdeira ela tem tudo para conseguir isso.

“Há coisas sobre nós mesmo que só aprendemos quando deixamos alguém se aproximar de verdade”.

A Herdeira é um bom livro e funciona bem como introdução para o que está por vir. A leitura é rápida que mesmo com algumas falhas a narrativa consegue se agradável deixando aquele clima de suspense no ar. Mas, tenha em mente aquilo que comentei logo no inicio da resenha. A Eadlyn não é como os pais dela, por isso é melhor não começar a leitura indo como muita sede ao pote. Fica a dica!

•  Veja também

maio 26, 2014

Escolha por Kiera Cass


ISBN: 9788565765374
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 352
Classificação: Muito Bom
Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.
Onde Comprar: Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Submarino - Compare os Preços.








Sinopse: The Selection - Livro 03. A Seleção mudou a vida de trinta e cinco meninas para sempre. E agora, chegou a hora de uma ser escolhida. America nunca sonhou que iria encontrar-se em qualquer lugar perto da coroa ou do coração do Príncipe Maxon. Mas à medida que a competição se aproxima de seu final e as ameaças de fora das paredes do palácio se tornam mais perigosas, América percebe o quanto ela tem a perder e quanto ela terá que lutar para o futuro que ela quer.

Que A Escolha era um dos livros mais esperados por mim esse ano, acredito que não é nenhum segredo para vocês. Confesso que às vezes, até eu mesma fico surpresa ao perceber o quanto eu me encantei por uma trilogia que relutei tanto em começar a ler, por acreditar que não passava de mais uma “modinha literária”. Sim, - mordi a língua novamente e isso não foi nem um pouco legal, mas posso garantir a vocês que aprendi a lição.

Cheguei a comentar na minha resenha de Contos da Seleção (O Guarda), que eu estava um pouco receosa com o desfecho que a autora Kiera Cass daria para história, e durante a leitura de A Escolha passei por uma enorme contradição de sentimentos. Mas embora nem tudo tenha sido “perfeito”, acredito que o final foi bem condizente com o que a autora se propôs a escrever.

Se você ainda não leu os livros da série pule quatro parágrafos. Risco de spoiler.

America Singer finalmente parece saber quais são os seus verdadeiros sentimentos em relação ao príncipe Maxon, mas o problema é que a Seleção ainda não terminou e o rei Clarkson está mais do que empenhado em não deixar que ela se torne próxima princesa de Illéia.  Enquanto ela se esforça ao máximo para ficar longe da tirania do rei e mostrar que ela é a escolha certa para Maxon, os conflitos entre os rebeldes e o governo aumentam.

Os rebeldes estão cada vez mais próximos dos salões do palácio, ameaçando a vida de todos aqueles que se colocam em seu caminho. Em meio à tensão que cresce a cada dia, Maxon e America estão dispostos a descobrir a verdade do que está acontecendo fora dos holofotes de a Seleção. Mas, como toda escolha seguir seus corações pode ser a decisão mais arriscada que ambos já tomaram em suas vidas. O tempo está acabando e apenas uma garota ficará com a coroa e com o coração do príncipe.

Quem já leu os livros anteriores vai concordar comigo que em partes, toda a história gira em torno das “crises sentimentais” da America. É desesperador o dom que ela tem de por os pés pelas mãos nas situações mais decisivas. Em alguns momentos o comportamento dela é tão infantil e egoísta que eu ficava: “Não, America você não fez isso”. Sério! Cheguei a quase chorar de raiva dela às vezes. Eu esperava que em A Escolha, a America se comportasse de uma maneira mais madura e houve várias ocasiões que as atitudes dela foram nobres, ao ponto de me deixar orgulhosa dela. Porém, em outras ela complicava tanto o que era simples, que quase colocava tudo a perder. 

É triste constatar que justo a personagem que tinha tudo para crescer durante a história não amadureceu. A verdade é senti que todos os demais personagens da trama, até mesmo a Celeste passaram por algum tipo de mudança significativa, menos a America (...). O Maxon, durante o desenvolvimento da história foi deixando a imagem superficial de “príncipe encantado”, se revelando por completo como uma pessoa “comum”. Admito que após a leitura de A Elite a minha visão dele já vinha sofrendo uma pequena mudança. Só que foi durante a leitura do ultimo livro, é que eu acabei percebendo como ele é um personagem especial para mim. Gosto do Aspen também, e acredito que ele tinha tudo para ser um personagem mais decisivo, se tanto ele como todo potencial da história tivessem sido mais bem explorados.

No meu ponto de vista a grande falha da trilogia A Seleção foi ser “vendida” como uma distopia. Mesmo ela possuindo alguns poucos elementos do estilo, infelizmente ela está muito longe de ser de fato uma distopia. Durante todo o desenvolvimento da trilogia eu fiquei esperando que a autora deixasse um pouco de lado o romance de “conto de fadas” e se aprofundasse mais na questão política da história. Em seus primeiros capítulos, A Escolha realmente prometia que isso iria acontecer, pois comparando este com os livros anteriores ele possui um ritmo muito mais rápido e dinâmico. Houve muitos momentos de ação e tensão que me deixaram com o coração na mão e ansiosa pelo capítulo seguinte.

Mas, depois de um determinado ponto eu senti que a autora preferiu seguir por um caminho mais ”confortável” focando no romance e em todo drama que cerca o triângulo amoroso Maxon,America e Aspen, não dando mais detalhes do que sem sombra de dúvidas seria o ponto mais alto e emocionante de toda a trilogia. O final embora fofo (sim é óbvio que eu chorei) foi apressado me deixando com aquela sensação inquietante que apesar de ser bom, ele poderia e deveria ter sido infinitamente melhor. 

“Você disse que, para acertar as coisas, um de nós teria que dar um salto de fé. Acho que encontrei o abismo que devo saltar, e espero encontrar você à minha espera do outro lado.”

Longe de ser o final perfeito, A Escolha fecha uma história que conquistou meu coração apesar de suas inúmeras falhas. Amei, odiei e amei de novo.  E sim Maxon, meu é todo seu.

março 27, 2014

Contos da Seleção por Kiera Cass: O Guarda

ISBN: 9788565765329
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 257
Classificação: Bom
Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.
Onde Comprar: Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Submarino - Compare os Preços.

Sinopse: Contos da Seleção: O Príncipe & O Guarda. Os dois contos que se passam no universo criado por Kiera Cass, autora da trilogia A Seleção, agora estão disponíveis em edição impressa. Em “O Príncipe e O Guarda”, o leitor pode acompanhar de perto os pensamentos e emoções dos dois homens que lutam pelo amor de America Singer. Antes de America chegar ao palácio, já havia outra garota na vida do príncipe Maxon. O conto O príncipe não só proporciona um vislumbre das reflexões de Maxon nos dias que antecedem a Seleção, como também revela mais um pouco sobre a família real e as dinâmicas internas do palácio. Descobrimos como era a vida do príncipe antes da competição, suas expectativas e inseguranças, assim como suas primeiras impressões quando as trinta e cinco garotas chegam. Para America, a vida antes da Seleção também era muito diferente. A começar pelo fato de que ela estava completamente apaixonada por um garoto chamado Aspen Leger. Criado como um Seis, ele nunca imaginou que acabaria se tornando membro da guarda do palácio. Em O guarda, acompanhamos Aspen a partir do momento que o grupo de trinta e cinco garotas da Seleção é reduzido para a Elite, conhecemos sua rotina dentro das paredes da casa da família real — e as verdades sobre esse mundo que America nunca chegou a conhecer.

Quem acompanha o blog há mais tempo, sabe que A Seleção é uma das minhas trilogias favoritas e que já postei uma “resenha resumo” dos dois primeiros livros: A Seleção e A Elite como também do conto do O Príncipe aqui no blog.  Por esse motivo, essa resenha será apenas do conto O Guarda. Ah! Podem ler ser medo, que a resenha não tem spoiler, - eu acho pelo menos.

Um fator que diferencia a trilogia A Seleção de outras que já li, é que aqui eu não consigo “escolher um lado”. Enquanto eu vejo os fãs se dividindo entre ser Team Maxon ou Team Aspen, confesso que nenhum dos protagonistas conseguiu me conquistar para o seu time. Porém, - sim a um “porém”. Algumas atitudes do Aspen me deixam mais irritada com ele, do que com Maxon. Mas, não sei se isso dá alguma vantagem para o príncipe.

Enquanto o conto, O Príncipe nos apresenta o ponto de vista do Maxon no período que antecedeu A Seleção e o principio dela, em O Guarda temos a visão do Aspen dos acontecimentos narrados em A Elite. É interessante conhecer a história por outro ponto de vista, em especial por que em A Elite, a America foi um pouco “chatinha” praticamente o livro todo.

Aspen, está no castelo para proteger a família real, mas isso não quer dizer que ele concorda com a forma que as coisas funcionam. Através de suas percepções, nos é apresentado outra realidade do castelo. Conhecemos melhor não somente a sua rotina, mas o dia a dia dos demais empregados. Eles deixam de ser “sombras”, para se tornarem personagens mais ativos na narrativa. E de certa forma eu gostei bastante de conhecer esse lado história, pois os fatos me pareceram mais reais e, e com isso a narrativa ganhou um toque mais verdadeiro.

 Determinado a se redimir, Aspen está disposto a fazer de tudo para reconquistar o amor de America. Até ai tudo bem, afinal quem nunca tentou reconquistar um grande amor (?). Só que a forma como ele faz isso, é o que me incomoda.  Uma coisa é ele querer mostrar para America que o Maxon, não é tão encantador como ele parece. Sim, por que é óbvio que ele não é perfeito. Mas, depois de tudo o que aconteceu após o baile de Halloween, ter atitudes que podem colocar tanto a America com ele em risco, é algo completamente desnecessário em minha opinião. Ao menos eu, não vejo nada de romântico nisso.

Outro detalhe em especial é que neste conto, ficou muito perceptível que autora tenta fazer com que o leitor se encante pelo Aspen. Ela realça muito as qualidades dele, e o quanto ele é bom para a America e com todos que o cercam. Entendam, - não é que eu não goste dele e prefira o Maxon. Só achei um pouco forçada essa visão, “encantadora” que a Kiera tenta passar do Aspen aqui.  Após concluir a leitura de Os Contos da Seleção, algo me leva a crer que talvez o final da trilogia, não será bem o esperado e sinceramente, eu ainda não sei como me sinto a respeito disso (...).

"America era familiar para mim por mil razões. E, sob os vestidos de gala e as joias, essas razões ainda estavam lá."

Com extras exclusivos, Os Contos da Seleção é uma leitura obrigatória para os fãs da trilogia, que promete deixar os já ansiosos, ainda mais desesperados pelo lançamento de A Escolha. Please, Kiera Cass não me decepcione.

outubro 08, 2013

Na Livraria - 01




Olá leitores!

Como vocês já puderam perceber hoje é dia de estreia da nova coluna aqui do blog, a Na Livraria. E para começar com o pé direito, vou compartilhar com vocês quais foram as minhas impressões da Trilogia A Seleção, da autora Kiera Cass, lançada no Brasil pela Editora Seguinte.

Admito que eu, estava receosa com essa série pelos velhos e bons motivos de sempre. Todo mundo falando super bem, resenhas com inúmeros elogios e todo aquele blá,blá,blá que já estamos acostumados. Porém, para minha imensa felicidade me surpreendi muito com a história. A escrita da autora Kiera Cass é muito bem estrutura o que torna praticamente impossível não se encantar com a história e seus personagens. 

No post de hoje eu vou comentar vocês um pouco, sobre os dois livros A Seleção e A Elite e o conto O Príncipe. Isso mesmo leitores, eu já li os três. Será que me tornei fã?

O cenário dessa história é Illéa, ou o que sobrou dos Estados Unidos depois que foi tomado pela China. Como toda distopia, A Seleção tem aquela sutil crítica ao modo de vida da sociedade atual, afinal se não fossem os abusos que levaram o “antigo” Estados Unidos a se afundar em dividas o país jamais teria sofrido o golpe que sofreu.

Em Illéa, a população é dividida pelo regime de castas, sendo que a “Um” a mais elevada, a que pertencem os membros da nobreza e a “Oito” a casta mais baixa na qual se “rotulam” todas as pessoas com deficiência, algum tipo de vicio ou sem teto, triste eu sei. Só essa denominação por número é um fator que deixa você com raiva do governo de Illéia já. Sei lá, parece ser tão injusto (...).

A protagonista da vez é América Singer, pertencente à casta “Cinco”, a casta dos artistas. Ou seja, em Illéia não é o seu talento que define qual a profissão você vai ter, e sim a casta a que você pertence. América é cantora (qualquer dica dada no sobrenome dela é mera coincidência), e para ajudar a família ela costuma se apresentar nas festas e eventos das castas mais altas. Mas, América possui um grande segredo. Há dois anos ela mantém um namoro proibido por lei com o Aspen, um simples trabalhador braçal da casta “Seis”.

Perdidamente apaixonada, América está disposta a se tornar uma seis desde que passe o resto da sua vida ao lado do seu grande amor. Quando ela está dando por quase certo isso, a competição que elegera a nova princesa de Illéa é anunciada, e Aspen sabendo o quanto a vida ao seu lado poderia ser difícil para América, resolve “desistir” dela. Nada como um pouco de drama e corações partidos não é mesmo?

Sendo uma das trinta cinco garotas selecionadas para tentar conquistar não apenas o coração do jovem príncipe Maxon, mas como também a aprovação e aceitação de todo o povo de Illéa, América vai para o palácio, só que ao contrário das demais candidatas ela não está interessada em conquistar o coração do príncipe. A única intenção dela é permanecer o máximo de tempo possível ajudar a sua família. Porém, após um breve encontro com o príncipe, e a eliminação das primeiras candidatas, ela começa a perceber que não fazer parte do jogo pode ser mais difícil do que ela imagina. Em especial quando o grande prêmio é um belo, charmoso e atencioso príncipe.

A Seleção é um livro bem rápido de se ler, sendo mais um tipo de apresentação da história em si e de seus personagens centrais. A narrativa conta com muitos momentos fofos e a disputa nesse primeiro livro é mais velada por conta da quantidade de garotas participando. Claro que como toda história, aqui também temos aquele personagem “adorável” que no caso se chama Celeste a top model da casta “Dois”. Se você assim como eu tem gastrite, é melhor preparar seu estômago para ela.  É sério! E lógico que não podia faltar, o bendito triângulo amoroso Maxon, America e Aspen.  Bem, tem aquele velho e bom ditado diz: “Nem tudo é perfeito”.

"- Maxon, espero que encontre uma pessoa sem a qual não possa viver. Espero muito. E desejo que nunca precise saber como é tentar viver sem ela.”

Entre o lançamento de A Seleção e A Elite, a Editora Seguinte disponibilizou gratuitamente o conto O Príncipe, que em minha humilde opinião é totalmente desnecessário. Ok! Você conhece um pouco mais do Maxon e de como era sua vida antes das garotas chegaram ao palácio. Mas, de verdade o conto é tão superficial que se a intenção era o leitor ter uma visão diferente do Maxon, pelo menos no meu caso não funcionou. Eu fui conhecer o Maxon melhor e gostar realmente dele após ler A Elite.

A Elite começa exatamente no ponto em que A Seleção parou. Agora são apenas seis garotas na disputa e a competição começa de verdade. Embora o segundo livro mantenha o mesmo ritmo de primeiro, alguns detalhes aqui conseguiram me deixar levemente irritada. Eu gostei muito de A Elite tanto quanto gostei de A Seleção, mas algumas coisas foram difíceis de aguentar viu.

Uma delas foi o comportamento infantil da América em quase todo o livro. Outro foi à cara de pau do Aspen. Sem falar que o Maxon também muitas vezes ficava naquela, “não sei se caso ou compro uma bicicleta”. E a Celeste, bem prefiro nem comentar. O fato é que o livro só consegue se salvar da “terrível maldição do segundo livro”, por que ele começa a ganhar mais ritmo de distopia mesmo. Os conflitos com os rebeldes são mais constantes e certo personagem que até então era meio "neutro" coloca suas terríveis garras de fora.

Em A Elite, conhecemos um pouco mais da antiga história de Illéa e por mais que o Maxon tenha me deixado com “raivinha”, no final ele mostra quem ele realmente é. Algo que eu estava esperando para ver em O Príncipe, mas que a autora deixou guardado especialmente para o final do segundo livro. Assim, não tenho preferência entre o Maxon e o Aspen, só depois do final de A Elite eu admito que, o Maxon ganhou uns pontinhos extras comigo.

“Não podia imaginar nada forte o bastante para roubar aquela felicidade”.


Estou ansiosíssima pelo último livro da trilogia, A Escolhida que será lançado no dia 06 de maio de 2014 (dia no meu niver). Antes do lançamento do livro, será lançado em fevereiro o conto O Guarda que vai mostrar o ponto de vista do Aspen sobre os acontecimentos de A Elite. O que será que ele tem para nos contar heim?

A minha dica é: Se você ainda não leu A Seleção, pode parar de perder tempo!  Com uma narrativa envolvente e personagens que mesmo tirando o leitor do sério, ainda conseguem ser apaixonantes, a trilogia A Seleção é mistura perfeita para quem adora romances de ”conto de fadas” com uma pitada de ação e um pouco de drama para deixar tudo mais nervosamente divertido.

Recomendadíssimo!

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