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agosto 15, 2016

O Ar que Ele Respira por Brittainy C. Cherry

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788501075666
Editora: Record
Ano de Lançamento: 2016
Número de páginas: 308
Classificação:
Sinopse: Elementos – Livro 01. Como superar a dor de uma perda irreparável? Elizabeth está tentando seguir em frente. Depois da morte do marido e de ter passado um ano na casa da mãe, ela decide voltar a seu antigo lar e enfrentar as lembranças de seu casamento feliz com Steven. Porém, ao retornar à pequena Meadows Creek, ela se depara com um novo vizinho, Tristan Cole. Grosseiro, solitário, o olhar sempre agressivo e triste, ele parece fugir do passado. Mas Elizabeth logo descobre que, por trás do ser intratável, há um homem devastado pela morte das pessoas que mais amava. Elizabeth tenta se aproximar dele, mas Tristan tenta de todas as formas impedir que ela entre em sua vida. Em seu coração despedaçado parece não haver espaço para um novo começo. Ou talvez sim.

Ao finalizar a leitura de O Ar que Ele Respira, essa que vos escreve não sabia de enxugava as lágrimas ou abraçava o livro. E na dúvida fiz os dois. Brittainy C. Cherry escreveu uma história que nos conquista logo nas primeiras páginas, com uma narrativa intensa e envolvente. Daquelas que aquece e ao mesmo tempo deixa o nosso coração em pedaços.

Como seguir em frente, quando o mundo que você conhecia não existe mais? Essa é a pergunta que Elizabeth se faz todos os dias, desde que perdeu o marido em um trágico acidente um ano atrás. Ela sabe que terá que aprender a lidar com a ausência de Steven, e que cedo ou tarde ela vai precisar voltar para casa. Quando o momento chega e Elizabeth decide retornar para Meadows Creek com sua filha Emma, ela percebe que quase nada mudou na pequena cidade. Os mesmo lugares, as mesmas pessoas tudo igual, exatamente como Elizabeth deixou, - ou quase. Meadows Creek tem um novo morador, o arredio e solitário Tristan Cole.

Tristan Cole é um verdadeiro enigma para os moradores da pacata cidadezinha, o que claro logo o torna alvo de todo tipo de comentário negativo. Tristan é visto com uma pessoa perigosa por todos, mas por algum motivo que nem Elizabeth mesmo entende, ela não tem medo dele. Há algo em Tristan que a deixa atraída, é como se ele soubesse e sentisse a mesma dor que ela sente. Quando as barreiras aos poucos são derrubadas, Elizabeth descobre que por baixo da fachada de um ser grosseiro e intratável, Tristan não é muito diferente dela.

Eles são duas almas devastadas pela dor, tentando cada um a sua maneira encontrar um modo de sobreviver a mais um dia.  Tristan e Elizabeth são bombas relógio prestes a explodir a qualquer momento.  Eles sabem que não estão prontos para um novo relacionamento e que se envolver um com o outro agora será um verdadeiro desastre.  Mas, como evitar a atração que sentem, quando o simples fato de estarem  juntos faz com que respirar seja mais fácil.  Será que em meio a tanto sofrimento ambos encontraram a força que precisam para recomeçar?

Talvez a frase “prepare os lencinhos” precise se inserida na sinopse dessa história. O Ar que Ele Respira foi aquele livro que me levou as lágrimas em diversos momentos. Brittainy C. Cherry escreveu uma trama completamente clichê, mas que consegue nos surpreender pelo modo como que a autora trabalhou as emoções e os sentimentos de seus personagens. É tudo tão doloroso e real que em diversas situações me coloquei no lugar do Tristan e da Elizabeth, e me perguntei se eu conseguiria superar tudo aquilo pelo qual eles estavam passando. E claro que a resposta, foi um enorme “não sei”.

Brittainy C. Cherry construiu um enredo em que temos muito drama, romance, sensualidade e um pouco de ação para dar ritmo a história. Só que não nego que me incomodei com a linguagem “chula” que a autora usou em algumas ocasiões.  Não que eu seja puritana, só que em minha opinião ficou vulgar e a história em si já é tão bonita, que realmente não precisava disso. 

Os personagens são maravilhosos e embora eu tenha sentindo uma empatia enorme pela Elizabeth, foi o Tristan que conquistou cada centímetro do meu coração. Ele está completamente destruído e não faz a menor questão de disfarçar isso. Tristan é fúria, paixão, dor e amor tudo ao mesmo tempo. E ele vive todas essas emoções com tanta intensidade que o sofrimento dele “machuca” a gente também. Eu chorei muito pelo Tristan e torci ainda mais para ele se perdoar e ficar em paz com consigo mesmo. Por que acredito que um dos piores sentimento que existe para se conviver na vida é a culpa, principalmente quando não se tem culpa de nada.

A narrativa também abre um bom espaço para os personagens secundários, sendo os destaques aqui a pequena Emma e a Faye, melhor amiga da Elizabeth e o Sr. Henson dono de uma loja de artigos esotéricos que eu fiquei morrendo de vontade de conhecer. Eles são os responsáveis por deixar a narrativa mais leve, já que aqui o foco central da história é a perda de alguém que amamos.

Brittainy C. Cherry pode até não soar muito “original”, afinal já vimos muitas tramas com os mesmos “ingredientes” de O Ar que Ele Respira em livros e filmes. Porém o que faz esse livro ser especial é que a dor dos personagens não é romantizada na tentativa de deixar tudo “bonitinho”. Muito pelo contrário ela é direta, crua e sem qualquer maquiagem, como é na vida mesmo. E talvez justamente por causa disso, dessa verdade que a autora consegue passar a cada capítulo é que O Ar que Ele Respira tenha me encantado e emocionado tanto. Por que de certa forma o que está ali é real e isso tornou tudo ainda mais bonito.

“Nenhuma alma gêmea deixa o mundo sozinha. Ela sempre leva consigo um pedaço de sua outra metade.”

O Ar que Ele Respira é aquele livro que vai quebrar seu coração em mil pedacinhos, te levar as lágrimas em muitos momentos, mas que mesmo assim vai fazer você se apaixonar por ele. Brittainy C. Cherry nos presenteou com uma bela e melancólica história sobre perdas e culpas e acima de tudo sobre paciência e amor. Por que em alguns casos nem sempre o tempo sozinho consegue curar todas as feridas.

agosto 10, 2016

Magi: The Kingdom of Magic

| Arquivado em: ANIMES

Oie pessoas, tudo bem por aqui?

Sempre que visito blogs amigos encontro ótimas dicas de novos seriados, mas confesso que às vezes tudo o que eu quero é ver um bom e velho desenho animado. E foi justamente em um desses momentos que resolvi dar uma chance a um anime que estava há tempos na minha lista lá na Netflix o, Magi: The Kingdom of Magic.

imagem: Divulgação.
Lá estava essa que vos escreve toda feliz, curtindo seu novo anime favorito quando ela descobre que começou a história na ordem errada (...). Tipo depois de dez episódios enquanto pesquisava sobre alguns personagens (minhas novas paixões), me deparei com a informação que The Kingdom of Magic é na verdade a continuação, ou a “segunda temporada” de Magi: The Labyrinth of Magic.

Mas, bem como já estava na metade do caminho acabei achando melhor continuar assistindo ele mesmo e depois voltar e ver o anime anterior. E esse é um dos pontos legais The Kingdom of Magic, por que mesmo ele sendo uma continuação o plot dele é muito bem trabalho. Ou seja, você não se sente perdido na história.

imagem: Divulgação.
Baseado no mangá de sucesso escrito e ilustrado pelo mangaká Shinobu Ohtaka, Magi conta a trajetória de três amigos Aladdin, Alibaba Saluja e a Morgiana. A história começa no Reino de Sindria governado por Sinbad e tudo nesse lugar nos remete as histórias e lendas árabes. É de Sindria que Aladdin, Alibaba Saluja e Morgiana partem cada um para um destino diferente. Aladdin é um Magi, um ser extremamente poderoso capaz controlar altos níveis de magia.

imagem: Divulgação.
Porém o seu corpo ainda é muito frágil para abrigar tanto poder e por esse motivo ele resolve partir para Magnostadt um país pequeno governado por magos, conhecido pelo seu alto desenvolvimento em magia e por não ver com bons olhos aqueles que nascem sem poderes.  Enquanto Aladdin se esforça para aprender a controlar o seu poder e descobrir o segredo que Magnostadt esconde, Alibaba encara o pesado treinamento dos gladiadores do Império Leam.

imagem: Divulgação.
Alibaba é portador de uma relíquia mágica conhecida como recipiente de metal. Essa “arma” quando usada permite a fusão de seu dono com os poderes de seu Djinn (gênio). Mas para usar tamanho poder sem colocar a vida em risco Alibaba precisa ficar mais forte, mesmo que para isso ele tenha que sofrer, ou melhor dizendo, "apanhar" um pouco no começo. Já Morgiana que passou a vida toda como escrava, agora que está livre começa uma jornada solitária para tentar reencontrar com sua família.

imagem: Divulgação.
Há principio Magi lembra um pouco Dragon Ball, já que ambos são aqueles tipos de animes com muitos personagens e com algumas “pegadinhas” maliciosas. Porém o bacana em Magi é perceber como essa grande estrutura foi dividida. As nações existentes na história possuem características próprias que nos ajudam a diferencia-las durante os episódios. O Império Leam lembra muito a Grécia e a Roma antiga, enquanto o misterioso e sombrio Império de Kou é nação mais parecida com o China e o Japão medieval. 

imagem: Divulgação.
O enredo é bem focado no Aladdin e nos seus estudos em Magnostadt, só que o mais interessante em Magi é a forma como ele aborda questões sociais sérias como, ódio e discriminação racial, escravidão e sistemas de classes.  A discussão aqui é conduzida sem que seja preciso "apontar o dedo" para alguém e dizer que fulano é mau e ciclano é bonzinho.  Até por que, mesmo as atitudes mais “cruéis” são movidas por um tipo de ideal ou verdade em que aquele personagem acredita. Nada é gratuito e sem motivo, o que torna a história ainda mais envolvente e seus personagens tão cativantes.

imagem: Divulgação.
E isso faz também com que seja bem difícil você tomar “partido” de alguém aqui. Tipo eu fiquei simplesmente apaixonada pelo Alibaba, só que não nego que senti um carinho especial pelo clã Ren do Império de Kou.  Principalmente pelo Kouen () e Koha, e acreditem quando eu digo que eles não são assim tão malvados.  Na verdade eles estão mais para arrogantes do que para vilões da história, mas como ainda não vi The Labyrinth of Magic não tenho como ter certeza. Vai que é a minha tendência de sempre gostar dos vilões falando mais alto novamente.

imagem: Divulgação.
Kouen ()
Outro ponto que me chamou a atenção no anime é que mesmo o Aladdin sendo o personagem principal, os personagens secundários conseguem em muitos momentos roubar a cena, como é o caso do Sphintus Carmen. Dei muita risada com as interações dele com o Aladdin, da mesma forma que chorei muito pelo Titus. Por que The Kingdom of Magic possui aquela tipo de história que nos envolve de tal maneira que em certos episódios é bem difícil conseguir segurar as lágrimas. Especialmente se você é manteiga derretida como eu.

imagem: Divulgação.
The Kingdom of Magic ainda conta como outros personagens poderosos e enigmáticos, com a sacerdotisa do Império Leam,  Scheherazade, o Yunan que é um tipo de Magi “andarilho” e o Judar que é o Magi do Império de Kou. O Yunan e o Judar aparecem bem pouco no anime, mas são aparições que contribuem muito para o desfecho da história. E já aviso que um deles não é flor que se cheire. E sim ele é o meu favorito (me julguem).

Shinobu Ohtaka construiu um mundo e uma trama surpreendente. Mesmo que a sua principal inspiração tenha sido personagens e lendas já conhecidas, o mangaká conseguiu criar uma história original, cheia de bons diálogos e reflexões atuais. E melhor, tudo isso inserido em um universo fantástico, com personagens maravilhosos e momentos emocionantes.

Ficha Técnica:
Magi: The Kingdom of Magic
Titulo Original: Magi: The Kingdom of Magic
Gênero: Shōnen, Ação, Fantasia, Sobrenatural
Direção: Koji Masunari
Autor: Hiroyuki Yoshino
Produtora:  A-1 Pictures
Música: Shiro Sagisu
Número de Episódios: 25
Ano de Lançamento: 2012
Personagens Principais: Aladdin, Alibaba  Saluja, Morgiana, Sinbad, Hakuryuu Ren, Kouen Ren , entre outros.



Sinopse: A história de Magi gira em torno de Aladin, que viaja pelos desertos cheios de bandidos e criaturas maléficas e que possui uma flauta mágica que possui dentro dela um gênio! Ele se chama Ugo e curiosamente não tem cabeças, mas mesmo assim possui um corpo extremamente forte. No meio de sua jornada em busca das “Dungeon”, Aladin conhece outras pessoas como Alibaba e outros nomes bastante conhecidos do universo das histórias que conhecemos desde criança. Qual será o desenvolvimento da série que conta como pano de fundo os famosos contos das 1001 noites?

Abertura:

Não preciso nem comentar com vocês que já estou me “coçando” aqui para assistir Magi: The Labyrinth of Magic. É que escrevendo esse post, meu bateu aquela saudade dos personagens e desse reino mágico (). E não sei, mas estou achando que nesse final de semana uma certa blogueira vai fazer maratona.

Lembrando que no Brasil, os mangá Magi: The Labyrinth of Magic está sendo publicado pela Editora JBC.

Beijos e até o próximo post;**

Saiba +
Wikipédia | Editora JBC 

agosto 07, 2016

O Cisne e o Chacal por J.A. Redmerski

| Arquivado em: RESENHAS.

ISBN: 9788556510044
Editora: Suma de Letras
Ano de Lançamento: 2016
Número de páginas: 248
Classificação: Muito Bom
Sinopse: Na Companhia de Assassinos – Livro 03.
Fredrik Gustavsson nunca considerou a possibilidade de se apaixonar certamente nenhuma mulher entenderia seu estilo de vida sombrio e sangrento. Até que encontra Seraphina, uma mulher tão perversa e sedenta de sangue quanto ele. Eles passam dois anos juntos, em uma relação obscura e cheia de luxúria. Então Seraphina desaparece. Seis anos depois, Fredrik ainda tenta descobrir onde está a mulher que virou seu mundo de cabeça para baixo. Quando está próximo de descobrir seu paradeiro, ele conhece Cassia, a única pessoa capaz de lhe dar a informação que tanto deseja. Mas Cassia está ferida após escapar de um incêndio, e não se lembra de nada. Fredrik não tem escolha a não ser manter a mulher por perto, porém, depois de um ano convivendo com seu jeito delicado e piedoso, ele se descobre em uma batalha interna entre o que sente por Seraphina e o que sente por Cassia. Porque ele sabe que, para manter o amor de uma, a outra deve morrer.

Uma das qualidades que mais me cativa na escrita de um autor, é quando ele consegue despertar a minha curiosidade em relação a um personagem especifico. Algo que a J.A. Redmerski conseguiu no livro anterior da série Na Companhia de Assassinos, quando me apresentou ao perigoso Fredrik Gustavsson. Agora em O Cisne e o Chacal a autora finalmente nos revela todos os segredos desse enigmático personagem, através de uma narrativa envolvente que ao final nos deixa com o coração partido.

Pode, ou não conter spoilers dos livros anteriores. Quem não quiser colocar a sua conta em risco, pulando dois parágrafos agora.

Fredrik Gustavsson é o especialista em “arrancar” informações das pessoas. Quando alguém se recusa a contar o que sabe de bom grado, Fredrik é chamado para fazer com que a pessoa sente-se em sua cadeira e fale. Ele é o torturador, o chacal que sente prazer em ver a dor e o sangue de outra pessoa. Porém, por traz desse seu lado sádico e até mesmo doentio se esconde um homem que sofreu todo o tipo de violência e abusos durante a infância e que cresceu acreditando que nunca poderia amar, ou ser amado por alguém. Até que ele conhecer Seraphina.

Seraphina, assim como Fredrik tem um passado sombrio e uma sede de sangue implacável. Juntos eles são imbatíveis, eles são completam, se entendem pelo menos era nisso que Fredrik acreditava. Certo dia Seraphina desaparece de sua vida, deixando para traz um rastro de morte e destruição, um rastro que o leva direto a Cassia. Fredrik sabe que o único modo de descobrir onde Seraphina está é usando Cassia para chegar até ela.  Só que conforme o tempo passa, e a moça é mantida como sua prisioneira, vai ficando cada vez mais difícil não se envolver com ela. E Fredrik sabe que para seu próprio bem e principalmente pelo bem de Cassia, ele não pode joga-la em seu mundo obscuro cheio de violência e dor. Mas nem sempre saber o certo, nos impede de fazer o “errado”.

Algo que precisa se ter em mente antes de começar a leitura de O Cisne e o Chacal é que você não encontrará em suas páginas uma bela história de amor. A própria J.A. Redmerski deixa isso bem claro, ao falar que essa sua série possui um enredo mais “pesado” e seus personagens não são nada convencionais.  E mesmo esse estilo de leitura não sendo um gênero que eu "consuma" muito, algo na série Companhia de Assassinos me conquistou. E acredito que foi justamente o fato de seus personagens fugirem de todos os estereótipos aos quais estou habituada a encontrar nos livros que leio.

O Fredrik é um personagem extremamente complexo e com graves transtornos psicológicos, e não nego que durante a leitura em vários momentos senti um certo “repúdio” pelo modo como ele conduz a situação. Só que por outro lado, conforme a autora vai revelando o passado do personagem você percebe que não tinha como ele ser diferente. A vida foi tão cruel com o Fredrik, que ele “precisou” aprender a ser cruel também para sobreviver a ela. E, diga-se de passagem, que a Seraphina não é muito diferente dele, eu diria até que ela é um pouquinho pior. E verdade seja dita aqui, não consegui me simpatizar nem com a Seraphina e muito menos com a Cassia.

É interessante acompanhar a trajetória das duas conforme a trama vai se desenvolvendo, principalmente por que uma é o completo oposto da outra. O que Seraphina tem de sanguinária, Cassia tem de submissa e o modo como a presença de cada uma impacta na vida do Fredrik é o que torna tudo ainda mais doloroso. Por que por mais perturbado e assustador que o Fredrik seja, é difícil em meio a todo caos que a vida dele foi e é, você não sentir um pouco de empatia pelo personagem e não torcer para ele ter um final “feliz”.  E nesse caso eu nem digo um feliz de “conto de fadas”, por que sei que para pessoas como o Fredrik isso não é possível. Mas algum tipo de redenção, para que ele encontre a paz e fique em paz com a vida e consigo mesmo.

J.A. Redmerski partiu meu coração em diversos momentos aqui, por que desde o começo é perceptível que o caminhada que Fredrik será cheia de dor e sofrimento, e isso dá a narrativa um toque de realidade enorme, por que infelizmente para algumas pessoas os dias sempre serão sombrios, mesmo que a gente torça pelo contrário, como eu fiz. Espero muito que a autora ainda traga essa redenção para o Fredrik. Que ele encontre de alguma forma a paz que tanto precisa na vida, por que mesmo com todos os seus problemas e sua sede de sangue quase incontrolável ele merece isso.

Gostei muito de rever a Sarai e o Victor (), mesmo eu ainda sentindo um pouco de raiva dele pelo o que ele fez no livro anterior. Admito que a minha “birra” com o Niklas diminuiu mais ainda não passou, porém foi bem legal ver a interação dele com a Sarai aqui. Acho que eles construíram aquele tipo de relação de “amor e ódio” em que um não hesitaria em dar a própria vida para proteger o outro, apesar das diferenças e magoas passadas. 

E esse é mais um ponto a favor da J.A. Redmerski, pois mesmo que O Cisne e o Chacal tenha uma trama em que o foco é o Fredrik a autora consegue dar uma boa abertura para os outros personagens na história. O que claro, me deixou ainda mais curiosa e ansiosa para ler os outros livros da série que no total conta com sete. Please, Suma de Letras não nos faça esperar tanto por eles aqui no Brasil.

“ Pessoas como eu e você...nós achamos que estamos escondendo nossa dor e a escuridão do resto do mundo, mas esquecemos que conseguimos ver tudo isso com clareza uns nos outros.”

O Cisne e o Chacal é uma leitura impactante que conta a história de uma pessoa que só conheceu a dor e a crueldade da vida. J.A. Redmerski nos leva por uma jornada tortuosa que ao final, nos deixa completamente devastados.  Um livro sombrio, digno de seu protagonista cheio de cicatrizes e coração atormentado. E eu ainda não desisti de você Fredrik. Recomendo!


Veja Também:
A Morte de Sarai.

agosto 03, 2016

Frank Att e seus trabalhos fantásticos

| Arquivado em: ARTE

Olá leitores, tudo bem com vocês?

Confesso que a cada mês trazer um novo artista para essa coluna está se tornando uma tarefa ainda mais difícil. Vejam bem, é tanta coisa linda que “pula” na minha timeline todos os dias que meu coração fica apertado em ter que selecionar apenas um artista dentre tantos que acabo conhecendo diariamente.

Então depois de muita indecisão, o meu amor pela literatura fantástica acabou falando mais alto. Mas o que arte e literatura fantástica têm haver com esse post Ane? Isso é o que vocês estão prestes a descobrir.

The Northern Administration
Quando vi pela primeira vez os trabalhos do ilustrador alemão Frank Att, me senti imediatamente transportada para um cenário de livro. Sério! As obras possui uma riqueza de detalhes que conforme fui passeando pela galeria dele, vários livros de literatura fantástica vieram a minha mente. É como seu eu pudesse enxergar alguns dos meus personagens favoritos inseridos nas ilustrações do Frank.

Além disso, ele trabalha com um padrão de cores mais claras o que dá a cada uma de suas obras um toque de suavidade, mesmo aquelas que têm um ar mais “sombrio”. Foi muito, mais muito difícil selecionar apenas alguns trabalhos para compor esse post. A minha vontade era trazer toda a galeria do artista para vocês. É simplesmente fantástico! Maravilhoso!

Algumas Obras:
Along The Tip
Beginning Of A Great Journey
At The Trunk
Sky Capital
A Last Glance Back
Dessa vez, não ouso nem dizer qual dessas ilustrações é minha favorita. Me desculpem, mas para essa blogueira aqui, isso é praticamente impossível. Eu amei todas e se fosse ryca ia decorar minha sala com elas =D

Eu não encontrei muitas informações do Frank, aparentemente o nosso talentoso ilustrador do mês é bem tímido. Mas no final do post estou deixando o link para a galeria dele.

Beijos e até o próximo post;**

+ Frank Att.
deviantArt

agosto 01, 2016

A Caminho do Altar por Julia Quinn

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788580415735
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: Arqueiro
Número de páginas: 320
Classificação: Bom
Sinopse: Os Bridgertons - Livro 08.
Ao contrário da maioria de seus amigos, Gregory Bridgerton sempre acreditou no amor. Não podia ser diferente: seus pais se adoravam e seus sete irmãos se casaram apaixonados. Por isso, o jovem tem certeza de que também encontrará a mulher que foi feita para ele e que a reconhecerá assim que a vir. E é exatamente isso que acontece. O problema é que Hermione Watson está encantada por outro homem e não lhe dá a menor atenção. Para sorte de Gregory, porém, Lucinda Abernathy considera o pretendente da melhor amiga um péssimo partido e se oferece para ajudar o romântico Bridgerton a conquistá-la. Mas tudo começa a mudar quando quem se apaixona por ele é Lucy, que já foi prometida pelo tio a um homem que mal conhece. Agora, será que Gregory perceberá a tempo que ela, com seu humor inteligente e seu sorriso luminoso, é a mulher ideal para ele? A caminho do altar, oitavo livro da série Os Bridgertons, é uma história sobre encontros, desencontros e esperança no amor. De forma leve e revigorante, Julia Quinn nos mostra que tudo o que imaginamos sobre paixão à primeira vista é verdade – só precisamos saber onde buscá-la.

Às vezes acontece que ao finalizar um livro essa que vos escreve não sabe bem como se sente relação ao que acabou de ler. A Caminho do Altar, ultimo livro da série Os Bridgertons da Julia Quinn é um desses casos.  Não é segredo para ninguém que acompanha o blog há mais tempo, que essa é uma das minhas séries favoritas. Porém, infelizmente não vou negar que nesse momento sinto um misto de saudades e decepção.

Gregory Bridgerton é um jovem romântico que acredita na força do amor. Nascido em uma família que tantos os pais como os sete irmãos se casaram perdidamente apaixonados, não tinha como ser diferente. Por esse motivo no instante em que ele coloca os olhos na estonteante Hermione Watson, Gregory acredita que encontrou o amor de sua vida. O problema é que a Srta. Watson está perdidamente apaixonada por outro cavaleiro.  Mas nem tudo está perdido para o nosso jovem enamorado, Lucinda Abernathy melhor amiga de Hermione parece estar disposta a ajuda-lo a conquistar o coração da jovem.

Tudo ia bem até que Lucy percebe que quem está se apaixonando por Gregory é ela. Mas mesmo que Gregory pudesse retribuir seus sentimentos, os dois jamais poderão ficar juntos. Afinal o tio de Lucy a prometeu em casamento ao filho do Conde de Davenport, um rapaz com qual ela durante a vida toda trocou apenas algumas palavras.  Entre encontro e desencontros nossos jovens apaixonados vão descobrindo que os caminhos para o verdadeiro amor, podem conter alguns espinhos. E principalmente que a pessoa certa às vezes esta a uma pequena distancia de nós.

A Caminho do Altar possui uma narrativa fluida e um enredo que nos deixa curiosos para saber do seu desfecho. Ou seja, não é que eu não tenha gostado da história em si, o problema foram os pequenos detalhes que me incomodaram um pouco durante a leitura. Primeiro é que senti falta do toque de humor presente nos livros anteriores, com exceção do O Visconde que me Amava e Para Sir Phillip, Com Amor que foram livros mais “sérios”, por assim dizer.

De verdade eu achei a história aqui muito "melodramática" e com uma sucessão de acontecimentos no final que, tipo foram um pouquinho “exagerados” na minha humilde opinião. Tanto que me vejo obrigada a fazer uma pequena confissão. Eu torci para o Gregory ficar com outra pessoa. Rezei por uma passagem de tempo, qualquer coisa, menos que ele terminasse com a Lucy. E nada contra a mocinha em questão, só que por todo o contexto da trama e pelo que aconteceu no final (que me deixou realmente muito, mais muito brava mesmo) eu cheguei a conclusão que ela não merecia o Gregory. Sério, uma lágrima escorreu desses olhinhos e ela foi de raiva. 

Porém, de todos os detalhes que me incomodaram o que mais me deixou com essa pontinha de decepção ao final da leitura foi a ausência de alguns personagens. Foi à falta dos Bridgertons como família. Ok! O Anthony e a Kate fazem uma participação especial, a Hyacinth e o Colin também, e claro a Violet.  Mas cadê o resto dos Bridgertons, Julia Quinn? Cadê a Eloise e a Francesca? E me desculpe se a meu ver citar a Daphne e o Benedict não conta como “participação” na história. Sério eu estou tão frustrada com isso, que não tem como colocar em palavras. Especialmente pela Eloise e a Francesca que simplesmente puff, desapareceram por completo da série depois de seus livros.

Eu sei que o conto Felizes para Sempre será lançado no final do ano e que provavelmente ele nos presenteará com uma linda reunião da família Bridgerton. Só que infelizmente essa sensação, que a autora simplesmente “abandonou” alguns personagens no meio do caminho não passa gente. A Francesca mesmo é a personagem mais excluída da série assim como o Benedict. E por mais que eu tenha amado acompanhar a saga dessa família maravilhosa e que ela sempre vá ter aquele lugarzinho especial no meu coração, esse detalhe por menor que seja vai continuar me incomodando.

A Caminho do Altar é uma leitura agradável, porém não me cativou tanto como eu esperava. Talvez as minhas expectativas estivessem altas demais, ou eu apenas esteja sendo chata e detalhista demais. Só que ficou faltando alguma coisa. Ficou faltando um algo a mais para que eu sentisse que a Julia fechou a série com chave de ouro. Gostei do que encontrei, porém queria ter gostado mais. Acontece (...).

“ – Ele olhava para ela como se pudesse ver até a sua alma, e não era nem um pouco esquisito. Na verdade era estranhamente ... bom.”

Com uma narrativa que deixará os românticos de plantão suspirando, A Caminho do Altar encerra da série Os Bridgertons de forma simples nos deixando com aquele gostinho de quero mais. Pode não ter sido o meu livro favorito, já que esse posto continua sendo dividido entre Um Perfeito Cavalheiro. e Um Beijo Inesquecível.  Mas que apesar dos detalhes ou da falta deles que não me deixaram tão encantada, ainda sim possui uma história envolvente e gostosa de acompanhar. Já estou com saudades ().

O Conde Enfeitiçado.
Um Beijo Inesquecível.

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