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maio 15, 2017

A Chama Dentro de Nós por Brittainy C. Cherry

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788501109484
Editora: Record
Ano de Lançamento: 2017
Número de páginas: 350
Classificação: Muito Bom
Sinopse: Elementos – Livro 02.
Logan Silverstone e Alyssa Walters não têm nada em comum. Ele passa os dias contando centavos para pagar o aluguel, sofrendo com a rejeição dos pais e tentando encontrar um rumo para sua vida caótica. Ela, por outro lado, parece ter um futuro brilhante pela frente. Um dia, porém, um simples gesto dá origem a uma improvável amizade. Ao longo dos anos, o sentimento que os une se transforma em algo até então desconhecido para os dois. Alyssa e Logan não conseguem resistir à atração que sempre sentiram um pelo outro e finalmente descobrem o amor. Mas uma tragédia promete separá-los para sempre. Ou pelo menos é isso que eles pensam. Seriam as reviravoltas do destino e as feridas do coração capazes de apagar para sempre a chama que há dentro deles.

Adoro quando me percebo que fiquei tão envolvida com uma história que nem vi o tempo e as páginas passarem. E confesso que no caso de A Chama Dentro de Nós, segundo livro da série Elementos da autora Brittainy C. Cherry, acabei “lamentando” um pouco o fato de ter lido o livro rápido demais. Porém, logo nas primeiras páginas a narrativa me conquistou de tal modo que eu precisava seguir em frente. Como uma chama forte que quando acesa não se apaga tão facilmente.

A amizade de Logan Silverstone e Alyssa Walters é um verdadeiro mistério para todos que os conhecem, afinal os dois não tem nada em comum. Logan assim como a sua vida é um verdadeiro caos, e seu futuro parece tudo menos promissor. Já Alyssa nunca soube o que foi passar dificuldades na vida e ao contrário de Logan, ela parece destinada a grandeza. Mas por um daqueles acasos do destino eles acabam se tornando amigos e descobrindo que através das diferenças visíveis, tinham muitas coisas em comum.

Logan é a pessoa que Alyssa procura quando se sente sozinha. Alyssa é a âncora de Logan quando tudo a sua volta parece afundar. Conforme os anos passam os sentimentos mudam e juntos eles descobrem o amor. Tudo ia bem, até que o caos da vida de Logan o leva para o fundo do poço e um desentendimento o afasta de Alyssa. Quando uma série de decisões erradas acaba em tragédia ambos acreditam que é o fim definitivo não só para o amor que sente, mas para amizade que os uniu.

Só que o destino tinha algo a mais reservado para os dois, agora só resta saber se o tempo foi capaz de curar as feridas que o passado doloroso deixou nos dois. Será possível recuperar a amizade e o amor depois de tanto sofrimento? Ou a chama que sempre existiu entre Alyssa e Logan mesmo baixa continua a queimar?

Em muitos aspectos a história de A Chama Dentro de Nós é previsível, porém é o modo como a autora desenvolveu toda a narrativa, que torna o que encontramos aqui tão especial. Esse não é somente mais um romance, e com certeza essa não é uma história que vai aquecer seu coração. Muito pelo contrário, Brittainy C. Cherry vai quebra-lo em mil pedacinhos.

A Chama Dentro de Nós aborda vários temas delicados como: drogas, relacionamentos abusivos, ausência e negligência familiar, transtornos emocionais e pressão social. Esse é aquele livro que em um determinado ponto você vai se perguntar como a autora consegue ser tão “cruel” com seus personagens.  Sério, meu coração se partiu em muitos momentos pelo Logan, até por que embora a história seja sobre ele e  Alyssa, é dele os maiores fardos e dores aqui.

Alyssa é uma personagem cativante que mesmo nos piores momentos consegue de alguma forma manter a esperança e a fé em Logan. Ela não desiste do que existe entre eles, não desisti dele, apesar tudo e todos serem contra isso. A força dela é o que mantém Logan em pé, e ele precisa ficar em pé por ele e por aqueles que ama.  Fiquei arrasada em acompanhar o sofrimento dele e o quão fundo Logan foi na tentativa de se autodestruir. Foi difícil e doloroso ver o caminho que ele percorreu, e a cada capítulo eu torcia para que Logan tivesse uma segunda chance. A chance de ser o que ele sonhou um dia em ser, a chance de finalmente ser livre e feliz.

Os irmãos de Alyssa e Logan que forma o segundo casal da história também desempenham um papel importante na trama. Kellan e Erika protagonizam algumas das cenas mais emocionantes da história. E o modo com a autora conseguiu intercalar duas histórias paralelas tornado-as única e emocionante, foi um dos pontos que mais gostei no desenvolvimento da narrativa em A Chama Dentro de Nós.

Durante a leitura meu coração se partiu várias vezes, por Logan e Alyssa, e por Kellan e Erika. Partiu-se por uma triste realidade que existe fora das páginas e que pode estar acontecendo agora em algum lugar no mundo.  Brittainy C. Cherry por até ter “exagerado” na dose de sofrimento que infligiu aos seus personagens, porém sem sombra de dúvidas ela nos entregou uma história dolorosa e linda, que transborda esperança e principalmente amor.

“Quero suas cicatrizes. As feridas do passado. Eu quero seu caos. Tudo isso já faz parte de meu coração.”

Não se engane com a premissa clichê de A Chama Dentro de Nós, pois mesmo que ela prometa um romance ardente e esse de certa forma exista, Brittainy C. Cherry consegue surpreender com uma narrativa madura e lindamente cruel. Prepare seu coração para passar por momentos solitários e sombrios, onde apenas a chama do verdadeiro amor pode toca-lo e curar todas as feridas que a alma carrega.

Veja Também:
O Ar que Ele Respira. 

maio 11, 2017

O Sol Também é uma Estrela por Nicola Yoon

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788580416589
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2017
Número de páginas: 288
Classificação: Muito Bom
Sinopse:
Natasha: Sou uma garota que acredita na ciência e nos fatos. Não acredito na sorte. Nem no destino. Muito menos em sonhos que nunca se tornarão realidade. Não sou o tipo de garota que se apaixona perdidamente por um garoto bonito que encontra numa rua movimentada de Nova York. Não quando minha família está a 12 horas de ser deportada para a Jamaica. Apaixonar-me por ele não pode ser a minha história.
Daniel: Sou um bom filho e um bom aluno. Sempre estive à altura das grandes expectativas dos meus pais. Nunca me permiti ser o poeta. Nem o sonhador. Mas, quando a vi, esqueci de tudo isso. Há alguma coisa em Natasha que me faz pensar que o destino tem algo extraordinário reservado para nós dois.
O Universo: Cada momento de nossas vidas nos trouxe a este instante único. Há um milhão de futuros diante de nós. Qual deles se tornará realidade?

Ao começar a leitura de O Sol Também é uma Estrela da autora Nicola Yoon esperava encontrar uma narrativa despretensiosa e leve. Daquelas que mesmo, que a história seja previsível ainda consegue nos surpreender e principalmente, deixar um sorriso bobo em nosso rosto. Porém, apesar de ter encontrado exatamente aquilo que eu procurava ao começar a leitura, não nego que esperava um pouco mais.

A jovem Natasha Kingsley chegou aos Estados Unidos quanto tinha oito anos e desde então ela a sua família vivem no país como imigrantes ilegais. Natasha nunca se imaginou partindo da América, deixando para trás seus amigos, sonhos e vida que construiu ali. Só que em poucas horas ela terá que dizer adeus a tudo isso e voltar com sua família para Jamaica, o país onde ela nasceu e do qual não tem nenhuma lembrança.

Enquanto corre contra o tempo para evitar a deportação, Natasha encontra com Daniel Jae Ho Bae. Daniel é filho de imigrantes sul-coreanos e quer ser poeta, porém por insistência dos pais, que sonham em ter um médico na família, está a caminho de uma entrevista para a Universidade de Yale. Dificilmente os caminhos de Natasha e Daniel se cruzariam em uma cidade do tamanho de Nova Iorque, só que naquele dia em especial, o Universo resolveu conspirar para que os dois se encontrassem. Pelo menos é isso que Daniel acha.

Ele e Natasha são extremos opostos e justamente por isso se sente tão atraídos um pelo o outro. Para Daniel os dois estavam destinados a se conhecer, enquanto para Natasha tudo não passa de uma mera coincidência. Daniel acredita que depois de passarem um dia juntos, Natasha também se apaixonará por ele. Só que problema é que Natasha está indo embora e os dois podem não ter tempo de viver esse amor.

O Sol Também é uma Estrela possui uma narrativa singela que em poucos capítulos nos envolve. Nicola Yoon construiu um enredo simples e que através de personagens cativantes consegue passear por vários temas sem que a essência da história se perca em algum momento. Gostei do modo com a narrativa foi estruturada intercalando não somente os pontos de vista da Natasha e do Daniel, mas também contanto um pouco da história dos personagens secundários.

Gostei do casal protagonista, só que não nego que eu me incomodei com a diferença gritante de personalidade dos dois. Enquanto Daniel é um sonhador nato, Natasha é a típica cética que só acredita naquilo que pode ser comprovado. E tudo bem que tem aquela teoria que “os opostos se atraem” e tudo mais. Só que não sei se pelo fato de eu como pessoa não acredito nem a teoria dos opostos e muito menos em paixões rompantes de um dia, mas de verdade achei tanto o relacionamento com os sentimentos dos personagens um pouco “exagerados”.

E sério, não estou sendo insensível. No contexto geral achei a história super fofa e cheia de reflexões que servem para cada um de nós, independente do momento que estamos passando na vida. Pois, O Sol Também é uma Estrela é um livro que fala sobre se ter esperança, mesmo quando tudo está demorando a nossa volta. Sua narrativa nos mostra como pequenas atitudes que temos no dia a dia interferem de modo direto ou indireto da vida de alguém.

Talvez se a Nicola Yoon tivesse dado um foco maior transformação pessoal que cada personagem causou na vida do outro, ao invés do romance clichê eu teria curtido mais história. Sem falar que de verdade, dona Nicola tem um sério problema para escrever finais. É aquele típico final que fecha, mais não fecha a história. Ok! Entendo que a intenção da autora é deixar o que aconteceu depois daquele ponto para a imaginação do leitor. Mas isso não torna o final menos “frustrante”.

“Talvez parte de se apaixonar por alguém seja se apaixonar por si mesmo.”

Para quem está em busca de uma leitura leve, O Sol Também é uma Estrela possui uma narrativa doce sem ser enjoativa, e que nos mostra que mesmo nos dias ruins coisas boas podem acontecer. Nicola Yoon pode ter “pecado” em alguns pontos, porém sem sombra de dúvidas essa é aquele tipo de história que cativa o nosso coração.

maio 08, 2017

Fantasia e surrealismos nas obras de Cyril Rolando

| Arquivado em: ARTE 

A coluna Arte é sempre uma dúvida constante quando sento e começa a pensar na pauta do mês do blog. São tantos artistas maravilhosos que conheço e tantos que surgem de modo aleatório em minha vida, que sempre fico indecisa sobre qual trabalho apresentar aqui no My Dear Library.

Porém esse mês especialmente, eu não tive dúvidas. Pois assim que vi o M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O trabalho do francês Cyril Rolando, soube que tinha que compartilhar ele com vocês. 

Do More Than Just Exist
Conhecido como AquaSixio no deviantArt, Cyril Rolando tem um estilo que mescla fantasia e surrealismo, dois estilos que eu particularmente adoro. Suas obras possuem cores vibrantes e pequenos detalhes que as tornam únicas.   Quando vi a Tea Time no meu feed de noticias do Facebook fiquei encantada, porém ao visitar a galeria do artista meu queixo caiu.

Sua galeria é linda quando falo de beleza não estou falando apenas de técnica e estilo, estou falando dos sentimentos que cada arte transmite. É como se ele capta-se um momento mágico e transforma-se em arte, e é justamente essa emoção que em minha opinião faz os trabalhos de Cyril tão incríveis ().

Algumas Obras:
I need more than one life
Il cigno nero
Nine Lives
Outburst of violince
Tea Time
Meet me halfway
Todos os trabalhos que estão nesse post são os meus favoritos, mas como meu amor por música às vezes fala mais alto, confesso que sou completamente apaixonada pela Do More Than Just Exist e Outburst of violince ().  E vocês, qual ou quais são suas favoritas? Sei que esse mês escolher só uma é difícil, por que cá entre nós o Cyril arrassa!

No final do post vocês encontram todos os links para conhecer mais do trabalho desse talentoso artista. Espero que tenham gostado do post de hoje!

Beijos ;***

+ Cyril Rolando.

maio 05, 2017

Tudo tem seu tempo

| Arquivado em: CRÔNICAS & POESIAS

imagem: Shutterstock

Quando eu tinha quinze anos li um texto interessante que dizia que as pessoas passavam 45% do tempo lamentando o passado e 45% do tempo planejando o futuro. O que fazendo uma conta rápida me revelou que, apenas 10% de todo o nosso tempo na Terra era gasto vivendo o presente. Lembro que na época achei isso um absurdo, afinal como podíamos desperdiçar tanto tempo entre o passado e o futuro e nos esquecer do mais importante, - viver o agora.

E como a minha mania de divagar é antiga, escrevi um longo texto sobre isso na minha agenda. A Ariane idealista de dezessete anos atrás queria ser uma pessoa diferente dessas que vivem na corda bamba entre os ecos do passado e os planos para o futuro. E com toda certeza, hoje nesse momento, sei ela ficaria um pouco decepcionada consigo mesma (...).

Posso culpar o tempo? Afinal foi ele que me permitiu ter tempo livre para pensar em todos, os “e se e serás” de minha vida. Tipo: Será que se eu tivesse falado para  meus pais o bullying que sofria no colégio, hoje seria uma adulta sem tantos complexos e medos? E se eu tivesse ouvido meus pais e escolhido outra carreira, seria uma profissional mais feliz e bem sucedida? Ou, como será que a minha vida estaria hoje, se eu tivesse dito sim ao invés de não as oportunidades que tive de mudar as coisas?

Gosto de pensar na teoria do multiversos e imaginar que para cada uma dessas perguntas que às vezes me atormenta quando vou dormir, que em algum Universo paralelo eu tomei uma decisão diferente e menos idiota. Admita, essa é uma ideia realmente reconfortante.

O problema é que ao ficar relembrando e lamentando cada coisa que deu errado em minha vida, entro naquele loop automático de como planejar  um "futuro feliz" em que não vou errar. E sim, não nego gosto de ter as coisas planejadas, aquela maravilhosa sensação de estabilidade. Afinal de contas eu sou taurina, e taurinos são conhecidos universalmente por serem pessoas práticas, estáveis e resistentes às mudanças.

Talvez eu deva culpar meu signo ao invés do tempo. Mas então me lembro de que como estudante de astrologia (me julguem) sou muito mais que Sol em Touro na casa 10, e que o fato da minha lua está em Sagitário na casa 06 com Urano retrógrado faz de mim uma confusão de sentimentos e emoções ambulantes. Mas estou divagando (...), o fato é que desde 2015 estou precisando me adaptar às mudanças bruscas de planos. Há coisas que tinham tudo para dar e estavam dando certo e do nada andaram pra trás.

E vou culpar quem? Deus, o Universo, o destino, o carma, o Temer? Já passei por essa fase, aqueles dias sombrios que levantar da cama era difícil, comer era difícil, respirar, viver (...). Acredito que todo mundo que já chegou ao fundo do poço, sabe como é a sensação de achar que não tem mais força para seguir em frente. De se olhar no espelho e só ver os erros do passado e tudo aquilo que não conseguiu realizar.

Quando lembro desses meus dias sombrios, penso no quando decepcionei o meu eu de quinze anos, pois enquanto ficava com um pé na melancolia do passado e outro na ilusão do futuro perfeito, esqueci da única coisa que ela me pediu, - viver o presente de forma plena.

As coisas na minha vida ainda estão de ponta cabeça, mas hoje ao contrário de um ano atrás não estou mais tão preocupada com o dia de amanhã. Adotei o mantra “Um dia de Cada Vez”, e sei que parece blá,blá,blá de grupo de autoajuda, mas uma das coisas mais importantes que aprendi é que tudo tem seu tempo. Anote isso na sua agenda, por que essa é uma das verdades absolutas da vida, - Tudo tem seu tempo.

Tempo para ficar triste e juntar os pedaços. Tempo para planejar as coisas em curto prazo. Tempo para se ajustar as mudanças que a vida nos impõe. Só que independente do tempo que você está o passando lembre-se que tudo é passageiro. Do mesmo modo que a felicidade não é eterna a sua dor também não vai durar para sempre. Que aquilo que separa o passado, presente e o futuro é um milésimo de segundo, e por incrível que pareça em nossa vida isso faz uma diferença enorme com passar dos anos. 

Aproveite mais o presente e deixei as coisas que te machucaram lá trás onde é o lugar delas. Por que certas ou erradas são as suas escolhas que fazem de você quem você é hoje, e foram elas te trouxeram até aqui. Já o futuro é um Universo cheio de possibilidades, só precisamos saber enxerga-las para não perder as pequenas oportunidades, os grandes presentes quando eles surgem. 
 
texto escrito por: Ariane Gisele Reis.  ©  Todos os Direitos Reservados.

maio 02, 2017

O Jogo por Elle Kennedy

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788584390571
Editora: Paralela
Ano de Lançamento: 2017
Número de páginas: 343
Classificação: Muito Bom
Sinopse: Amores Improváveis – Livro 03.
Talentoso, inteligente e festeiro, Dean Di Laurentis sempre consegue o que quer. Sexo, notas altas, sexo, reconhecimento, sexo… É sem dúvida um galanteador de primeira, e ainda está para encontrar uma mulher imune ao seu charme descontraído e seu jeito alegre de encarar a vida. Isto é, até ele se envolver com Allie Hayes. Em uma única noite, essa jovem atriz cheia de personalidade virou o mundo de Dean de cabeça para baixo. E agora ela quer que eles sejam apenas amigos? Dean adora um desafio, e não vai medir esforços para convencer essa mulher tão linda quanto teimosa de que uma vez não é suficiente. Mas o que começa como um simples jogo de sedução logo se torna a experiência mais incrível e surpreendente de sua vida. Afinal, quem disse que sexo, amizade e amor não podem andar de mãos dadas?

Acredito que não é segredo para ninguém que a série Amores Improváveis tem um lugarzinho especial em meu coração. Adoro narrativas despretensiosas com aquele toque clichê em que mesmo eu já imaginando como tudo vai terminar, o autor consegue me surpreender no meio do caminho. E as histórias da autora Elle Kennedy são assim. Por esse motivo, não nego que comecei a leitura de O Jogo, terceiro livro da série  com um medo de me decepcionar, porém bastaram poucos capítulos para que essa que vos escreve ficar mais uma vez completamente envolvida  com a história.

A vida de Dean Di Laurentis é perfeita. Inteligente, bonito e rico ele se orgulha de sempre conseguir o que quer. Além disso, Dean nunca precisou se esforçar para conseguir companhia por uma noite. Afinal o talentoso jogador do time de hóquei da Universidade de Briar possui um invejável fã-clube. Dean tem boas razões para acreditar que nenhuma mulher é imune ao seu charme, até que ele conhecer Allie Hayes.

Depois da noite ardente que passam juntos, Dean simplesmente não consegue tirar a jovem atriz de sua mente. Só que ao contrário das outras garotas do campus que caem aos pés de Dean, Allie não quer nada com ele. Só que Dean não é do tipo que desisti assim tão facilmente quando quer uma coisa, e ele está disposto a jogar pesado para ter Allie em sua cama novamente. Porém o que começa como um simples jogo de sedução logo torna algo mais forte.

Allie acaba se surpreendendo com a personalidade doce de Dean, percebendo que ele é uma pessoa bem diferente daquela que demonstra ser. Já Dean que nunca passou mais que uma noite com a mesma garota, se vê cada dia mais envolvido e encantado com a personalidade alegre e cativante de Allie. Juntos eles descobrem que amizade, romance e sexo cabem na mesma equação.  Só que como nem tudo são flores na vida, algumas coisas às vezes inevitavelmente acabam dando errado.

Elle Kennedy apresenta em O Jogo uma história gostosa de acompanhar e não apenas pelo romance em si. O Jogo possui uma narrativa balanceada em que a autora soube trabalhar bem  os momentos divertidos com situações um pouco mais dramáticas. Além disso, Elle Kennedy abordou mesmo que nas entrelinhas alguns temas atuais especialmente, a forma como a mulher muitas vezes erroneamente se vê e é vista pela sociedade.

O relacionamento de Dean e Allie começa em uma noite de sexo casual e antes de se tornar algo mais “sério”, é somente a tal amizade colorida com “benefícios”.  E é visível que enquanto Dean leva a situação numa boa, Allie se preocupa com que os outros vão pensar dela, incluindo o seu ex-namorado.  E apesar desse dilema da personagem ser um ponto importante na narrativa, confesso em algumas situações as atitudes e “paranoias” da Allie me incomodaram um pouco. Tipo eu entendo que ela tinha medo de ser vista com o Dean por causa da reputação dele, mas às vezes sentia que ela “exagerava” um pouco em relação a isso.

Já o Dean () é um personagem que gosto desde o primeiro livro. Ok! Eu gosto de todos os rapazes, mas eu sentia que o Dean era muito mais do que demonstrava ser. E tudo bem que em muitos momentos ele é o cumulo da autoconfiança aka convencido. Só que quando Dean abaixa a guarda e deixa suas boas qualidades transparecerem, ele se tonar uma pessoa tão, mais tão encantadora que é impossível não se apaixonar por ele.

Gostei muito do modo com narrativa não foi totalmente centralizada em Dean e Allie como casal. A autora trabalhou individualmente os protagonistas ao mesmo tempo em que inseriu novos personagens secundários, que foram importantes para o desenvolvimento da história com um todo. Adorei rever o Garret e a Hannah, sem falar que dei muita risada com o Logan. Porém são os momentos que Dean passa longe do campus da Universidade que mais revelam a verdadeira personalidade dele.  E fiquei muito feliz por a Elle Kennedy não ter me decepcionado aqui, por que o Dean é muito melhor do que eu imaginei que ele seria.

Em O Jogo, Elle Kennedy apostou em uma história madura e mais próxima da realidade.  Claro que o clichê está presente, só que é perceptível que o relacionamento de Dean e Allie é mais do que somente o “fogo da paixão”, mesmo que tenha começado por esse motivo. Existe entre eles uma ternura, um afeto e respeito genuínos. Aquele companheirismo que torna mais “fácil” superar os obstáculos que a vida muitas vezes coloca em nosso caminho. E acredito que justamente por esse motivo é que O Jogo se tornou o meu livro queridinho da série até o momento ().

"Achei que você tinha dito que não queria dançar salsa. E Dean Di Laurentis só faz o que quer, lembra?" Ele dá de ombros. "Tô fazendo o que quero." Ergo as sobrancelhas, esperando sua explicação. "Tô fazendo você feliz."

Com uma narrativa leve e personagens bem construídos, O Jogo possui todos os ingredientes necessários para ser um clichê envolvente e inesquecível. Você vai se divertir e ao mesmo tempo ficar de coração partido com a história de Dean e Allie. E vai por mim, eles são incríveis juntos!

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