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julho 20, 2017

A Soma de Todos os Beijos por Julia Quinn

| Arquivado em: RESENHAS.

ISBN: 9788580416664
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2017
Número de páginas: 272
Classificação: Muito Bom
Sinopse: Quarteto Smythe-Smith – Livro 03.
Lorde Hugh Prentice é um gênio da matemática e teve sua perna (e sua vida) arruinada por causa de um duelo com seu amigo, Daniel Smythe-Smith. Nesse livro, conheceremos um pouco da história de Hugh, antes e depois do acontecido. Sua família, o desespero de seu pai para conseguir que um de seus filhos lhe desse um herdeiro, visto que um não é chegado à mulheres e o outro, provavelmente terá dificuldades em encontrar uma esposa, e principalmente em ter filhos. E, claro, sua relação de amor e ódio com Sarah Pleinsworth, prima mais velha de Daniel, que mesmo antes de conhecê-lo, já odiava Hugh por ter arruinado sua família através desse duelo. Mas, as coisas começam a mudar quando Honoria, sua prima, pede para Hugh substituir seu padrinho no casamento e para Sarah ser sua acompanhante durante sua estadia, para que ele ficasse mais confortável diante dos familiares de Daniel. E esse tempo se prolonga, já que Daniel se casará duas semanas depois da irmã e resolve torná-los uma única festa... É claro que eles não se dão no início, mas com o tempo, ainda mais depois do primeiro casamento, quando ela fica impossibilitada de andar, eles deixam as diferenças de lado e começam a se conhecer realmente, e, o que era ódio, acaba se tornando uma paixão avassaladora. Mas as limitações de Hugh vão ser apenas um dos problemas que o casal enfrentará pelo caminho...

Após minha pequena "decepção" com a leitura de Uma Noite como Essa, achei prudente de minha parte dar um “tempo” nos romances de época. Tipo, não sei quanto a vocês, mas se fico lendo um mesmo estilo com muito frequência acabo com a sensação que estou lendo a mesma história só que com personagens diferentes.  Porém A Soma de Todos os Beijos ficava “flertando” comigo na minha estante e bem, como eu ainda estava precisando de uma boa dose de açúcar pensei: “Por que não?”.

Lady Sarah Pleinsworth é conhecida por ser a mais eloquente e dramática das damas de sua família. Tanto que ela fez questão de deixar bem claro a Lorde Hugh Prentice quando se conheceram, que ele era a causa da ruína dela e de toda sua família.  Hugh Prentice pode até ser um gênio da matemática, porém nem mesmo ele conseguiu entender como a mente de uma jovem tão expressiva como Sarah funcionava. Só que de uma coisa Hugh sabia muito bem, que se teve alguém que pagou caro pela ridícula ideia de desafiar Daniel Smythe-Smith para um duelo, esse alguém é ele próprio.

Sarah não faz a menor questão de esconder a sua antipatia por Hugh, a verdade é que ela não entende como o primo e o restante de seus familiares conseguiu perdoa-lo depois de tudo. Mas quando é forçada por seu amor a família a tolera-lo e ser seu par durante as festividades do casamento de Honoria, Sarah acaba percebendo que o Lorde Prentice pode ser uma companhia bastante agradável. Logo os dois passam a compartilhar uma amizade que até então era improvável para ambos. E não demora muito para que essa amizade se transforme em algo mais. Algo que deixa Sarah sem palavras e que nem mesmo o raciocino rápido de Hugh é capaz entender.

A Soma de Todos os Beijos, terceiro livro da série Quarteto Smythe-Smith, possui todos os elementos que adoro nas narrativas da Julia Quinn. A mistura perfeita de romance, com momentos leves, divertidos e aquela pequena dose de drama para deixar tudo ainda melhor.  Gostei da forma como a autora construiu a história apesar de, achar que em determinado momento ela “forçou” um pouco a barra, mas nem tudo é perfeito (...).

Sarah mesmo sendo a "rainha do drama" é uma personagem espirituosa.  Ela pode até passar a imagem de mocinha fútil e egoísta no começo, mas logo vamos percebendo que por baixo de toda a sua pose se esconde uma pessoa que está sempre disposta a ajudar sua família e se redimir dos seus erros. Já Hugh () usa do bom e velho sarcasmo para esconder o quanto é amoroso e protetor. Sofri muito com ele ao descobrir o quando sua infância foi complicada e especialmente ao ver o quando Hugh não achava que merecia ser feliz ao lado de Sarah por conta de sua deficiência e pelo que fez a família dela no passado.

Fiquei extremamente feliz em ver que ao contrário do livro anterior em que a paixão entre os personagens foi algo fast, aqui é perceptível como Sarah e Hugh vão se apaixonando pouco a pouco. Além disso, a narrativa repleta de situações engraçadas e diálogos inteligentes em que os personagens secundários, em especial as irmãs de Sarah conseguem desempenhar um papel de destaque na história. Simplesmente adorei reencontrar o trio Pleinsworth. Harriet, Elizabeth e Frances novamente roubaram a cena deixando tudo ainda mais especial. Como também adorei me reencontrar com a diva da Lady Dandury.

A minha única ressalva é em relação ao final que em minha opinião tem uma situação extremamente "exagerada" e "desnecessária". Ok! Que em algum momento da trama o pai do Hugh ia ter que aparecer. Mas tipo, apesar dele ser complemente desprezível fiquei com a sensação que a participação dele foi mal “aproveitada”, como se a Julia não soubesse como resolver uma questão e escreveu a primeira coisa que veio a mente.  Foi aquela “forçada de barra” que comentei alguns parágrafos acima. Não que isso atrapalhe ou tire o brilho da história como todo, só me deixou um pouco incomodada durante a leitura.

Acredito que tomei a decisão certa ao esperar um pouco para ler A Soma de Todos os Beijos.  O problema nem é a história em si, mas sim o fato que inconscientemente me pego esperando encontrar na série Quarteto Smythe-Smith o mesmo encantamento que tive ao ler a série Os Bridgertons. E acho que até é “normal” esperar que uma autora que adoro como é o caso da Julia Quinn, mantenha sempre o mesmo nível em suas histórias. Só que a verdade é que quando comparo às duas séries, fico com aquela terrível sensação que falta alguma coisa aqui.

“– Uma pessoa muito sábia certa vez me disse que não são os erros que cometemos que revelam nosso caráter, mas o que fazemos para corrigi-los.“

Com personagens fortes e carismáticos, A Soma de Todos os Beijos possui uma narrativa leve que nos cativa logo nas primeiras páginas com um romance clichê e  encantador. O primeiro livro da série, Simplesmente o Paraíso continua sendo o meu favorito até o momento, mas não nego que a história de Sarah e Hugh conquistou um lugar especial em meu coração.

Veja Também:

julho 17, 2017

A Pequena Livraria dos Corações Solitários por Annie Darling

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788576865889
Editora: Verus
Ano de Lançamento: 2017
Número de páginas: 308
Classificação: Bom
Sinopse: A Livraria dos Corações Solitários – Livro 01.
Era uma vez uma pequena livraria em Londres, onde Posy Morland passou a vida perdida entre as páginas de seus romances favoritos. Assim, quando Lavinia, a excêntrica dona da Bookends, morre e deixa a loja para Posy, ela se vê obrigada a colocar os livros de lado e encarar o mundo real. Porque Posy não herdou apenas um negócio quase falido, mas também a atenção indesejada do neto de Lavinia, Sebastian, conhecido como o homem mais grosseiro de Londres. Posy tem um plano astucioso e seis meses para transformar a Bookends na livraria dos seus sonhos — isso se Sebastian deixá-la em paz para trabalhar. Enquanto Posy e os amigos lutam para salvar sua amada livraria, ela se envolve em uma batalha com Sebastian, com quem começou a ter fantasias um tanto ardentes. Resta saber se, como as heroínas de seus romances favoritos, Posy vai conseguir o seu “felizes para sempre”.

Depois de ter seu coração partido em mil pedacinhos com a leitura de Nossas Horas Mais Felizes, essa que vos escreve sentiu a necessidade de encontrar consolo em uma história digamos bem "açucarada".  Logo nas primeiras páginas de A Pequena Livraria dos Corações Solitários da autora Annie Darling, me vi envolvida em uma narrativa leve e previsível, exatamente o tipo de história que cura corações quebrados deixando-os mais quentinhos.

Posy Morland passou grande parte de sua vida entre as estantes e seus romances favoritos da Bookends. Para Posy a pequena livraria é mais do que apenas o seu lugar de trabalho, mas seu refugio e principalmente seu lar. Mas quando ela herda o negócio praticamente falido e precisa enfrentar de frente o risco de acabar na rua com Sam, seu irmão mais novo, o lugar que antes era tão especial começa a ser fonte de uma grande dor de cabeça para a jovem. O que Lavinia, a antiga proprietária tinha em mente ao deixar a livraria para uma pessoa como ela, que nem a própria vida administrava direito? 

E se já não fosse o bastante, lidar com um futuro totalmente incerto, a responsabilidade de cuidar do irmão, impedir a fechamento da livraria garantindo assim o emprego de seus amigos e o teto sobe sua cabeça, Posy precisa lidar também com as interferências de Sebastian. O intrometido neto de Lavinia faz questão de se meter em tudo o que se refere à livraria e a vida pessoal de Posy. E tentar ter uma conversa civilizada com ele é praticamente impossível. Em meio a uma constante troca de “elogios” e um plano arriscado para reerguer a Bookends, Posy e Sebastian vão descobrir que mesmo com todas as peripécias e imprevistos típicos do mundo real, todos nós podemos viver um romance típico de conto de fadas.

A Pequena Livraria dos Corações Solitários é aquele típico livro que você começa já sabendo o final. Annie Darling nos apresenta aqui o velho e bom romance gracinha com todos os ingredientes que os fãs de um clichê açucarado adoram. A narrativa é leve, pontuada com as doses certas de humor e drama, mas que infelizmente acaba pecando um pouco na construção dos personagens.

Confesso que ainda não sei direito como me sinto em relação aos protagonistas, pois tanto Posy como Sebastian me deixaram muito incomodada com suas atitudes imaturas. O Sebastian é sem sombra de dúvidas o protagonista mais mimado e desagradável que já encontrei nas páginas dos livros. E mesmo que ao final a autora tenha buscado “justificar” seu comportamento esnobe e prepotente ainda sim, terminei a leitura nutrindo uma imensa antipatia por ele.

Já a Posy acabou se revelando uma personagem com um grande potencial “desperdiçado”.  A forma como Annie Darling construiu a relação dela com o Sebastian, me deu a sensação que a vida da personagem girava em torno de uma pessoa que só sabia ser grossa e autoritária com ela. Em várias situações que exigiam que Posy tivesse uma atitude madura e lutasse por aquilo que queria, a personagem agia completamente ao contrário. Além de um comportamento extremamente “infantil”, fica claro em vários momentos que a personagem prefere se apegar as lembranças e dores de seu passado do que seguir em frente.

Os personagens secundários não desempenham nenhum papel marcante no desenvolvimento da narrativa, pois acabam completamente “ofuscados” pelas picuinhas e trocas de farpas de Posy e Sebastian. Porém, mesmo com uma participação pequena e sofrendo em algumas situações da mesma “infantilidade” da protagonista, eu gostei da Nina, do mesmo modo que a Verity e especialmente o Tom foram personagens que embora não acrescentem muito a história ajudaram a dar um bom ritmo na narrativa. Mas quem realmente conseguiu se destacar e conquistar um espacinho no meu coração foi o Sam. Até por que logo no começo fica claro que com quinze anos ele é a única pessoa “adulta” na trama.

Porém se Annie Darling errou um pouco a mão na hora de criar seus personagens, a autora se redime ao inserir na narrativa várias referências a autoras que amamos como; Georgette Heyer, Julia Quinn, Mary Baloch, Emily Brontë, Jane Austen, entre outras. A verdade é que o estilo de escrita de Annie Darling lembra muito a estrutura a qual estamos acostumados a encontrar em romances de época.  Inclusive entre os capítulos existe um pequeno conto, por assim dizer, bastante divertido e que em minha opinião é um dos pontos altos da história.

Ao começar a ler A Pequena Livraria dos Corações Solitários esperava encontrar uma narrativa leve e despretensiosa e foi o que encontrei aqui.  Annie Darling soube escrever um clichê envolvente em que mesmo não sentindo tanta empatia por seus personagens, me vi torcendo para que eles tivessem um feliz para sempre.

“Sempre vou tentar fazer o que for certo para você, mesmo que às vezes eu faça tudo terrivelmente errado.”

A Pequena Livraria dos Corações Solitários pode até não ser “o melhor” romance que você vai ler na vida. Mas com certeza será uma leitura que vai ter deixar com um sorriso bobo no rosto e com o coração quentinho.

julho 13, 2017

#naplaylist – Hoje é dia de Rock, baby!

| Arquivado em: MÚSICAS.

Oie leitores, tudo bem?

Mesmo que o preto tenha deixado de ser a cor oficial e predominante do guarda-roupa dessa que vos escreve. Além disso, não é segredo para ninguém que atualmente o ritmo de permanente de sua playlist seja Classical Crossover e K-POP. Porém, mesmo com todas as mudanças que aconteceram em sua vida ao longo dos últimos dez anos, ainda existe nela aquele 1% de gótica que suave.

imagem: Depositphotos.
Então como hoje é Dia Mundial do Rock, resolvi fazer um direto do túnel do tempo, com minhas bandas e músicas favoritas dos meus tempos de faculdade. E é engraçado que quando penso nessa época, sempre me pergunto como ela pode ter sido uma das melhores e ao mesmo tempo a pior fase de minha vida (...).

Como você vão notar a maioria das bandas de Heavy Metal que eram/são minhas queridinhas são de Metal Sinfônico, ou Power Metal embora por algum motivo que só Saturno explica eu gosto dos gritos do Alexi Laiho, vocalista do Children Of Bodom. Fora os vários crushs da época () como, Tobias Sammet do Edguy, Edu Falaschi do Angra e claro o Tumeko (Tuomas Holopainen) do Nigthwish.  Bem acho melhor para por aqui, por que a nostalgia está começando a bater forte aqui.

Dá play ai!

#naplaylist

Essa foi a #naplaylist de Julho,  dedicada especialmente aos fãs do bom e velho Rock in Roll. Espero que vocês tenham gostado e até o proximo post.

Beijos ;***

julho 10, 2017

Nossas Horas Mais Felizes por Gong Ji-Young

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788501096678
Editora: Record
Ano de Lançamento: 2017
Número de páginas: 280
Classificação:
Sinopse: Yujeong é uma jovem da alta sociedade coreana que, indiferente a tudo e a todos é incapaz de se entender com a própria família, não consegue encontrar um sentido para sua vida. Depois de três tentativas frustradas de suicídio, ela acaba definhando entre o álcool e o desespero. Seus familiares, por outro lado, não se esforçam para entendê-la, a não ser sua tia, a irmã Mônica, com quem sempre teve uma ligação especial. Disposta a fazer o que for preciso para que Yujeong volte a sentir vontade de viver, a freira sugere à sobrinha que as duas façam semanalmente uma visita a um preso no corredor da morte. E então elas conhecem Yunsu, um homem que anseia deixar este mundo por acreditar que só assim conseguirá se redimir de seus pecados. Apesar de sua origem humilde, ele e Yujeong têm algo em comum: um triste passado de abusos físicos e psicológicos. Aos poucos, durante os encontros na prisão, os dois jovens atormentados revelam um ao outro seus segredos mais obscuros e seus traumas do passado, criando uma conexão inesperada, que gradualmente desperta nessas duas pobres almas o desejo de viver. Mas as mãos de Yunsu estão sempre algemadas, os guardas estão constantemente por perto, e Yujeong sabe que aquelas horas felizes juntos podem ser tragicamente curtas.

Confesso que a primeira vista Nossas Horas Mais Felizes da autora sul-coreana Gong Ji-Young foi um livro que não me chamou a atenção. Mas, algo me dizia que eu tinha dar uma chance a ele, que a história contida em suas páginas é aquele tipo de história que precisa ser lida.  Quando comecei a leitura não estava preparada para o que encontrei aqui, pois enquanto Gong Ji-Young ia me surpreendendo com uma belíssima narrativa a cada capítulo, a autora também ia aos poucos quebrando o meu coração junto.

Yujeong cresceu em meio a todo o luxo e conforto que uma pessoa nascida na alta sociedade sul-coreana poderia ter. Porém, após um acontecimento traumático a jovem passou a desejar somente uma coisa todos os dias, - morrer. Depois de sua terceira tentativa de suicídio, sua tia Mônica resolve interferir. A freira faz uma proposta à sobrinha, que ela troque a terapia por um mês de visita a um preso que está no corredor da morte. Yujeong não consegue imaginar como isso pode ajuda-la a deixar de querer morrer, mas como não tem muita escolha acaba aceitando o convite da tia.

O jovem Yunsu acredita que só com sua morte vai conseguir se redimir de todos os pecados. O rapaz é arredio no começo, porém conforme o tempo passada uma estranha amizade entre ele e Yujeong surge. Yujeong e Yunsu percebem que apesar dos caminhos diferentes que suas vidas tomaram, eles têm muito em comum. Ambos carregam feridas em suas almas causadas por anos de abandono, abusos e principalmente falta de amor. 

Mesmo com as poucas horas que tem para conversar durante a  semana, todas as quintas-feiras, essa amizade improvável acaba despertando neles a vontade de viver. Mas não é só isso, uma mudança interna e ainda mais profunda, começa naquela pequena sala no presídio. Mudança essa que transformaria suas vidas  para sempre.

Admito que não está sendo nada fácil escrever essa resenha, pois enquanto estou aqui digitando cada palavra, meus olhos estão sem enchendo de lágrimas novamente.  E fazia muito, mais muito tempo mesmo que uma história não causava esse efeito em mim. Gong Ji-Young construiu uma narrativa tão bela como dolorosa, do tipo que por mais que não concordamos com as atitudes de seus protagonistas torcemos por um “impossível”, o tão sonhado final feliz.

Não nego que em muitos momentos fiquei com raiva da Yujeong. Ficava me perguntando como uma pessoa que tinha tudo e que passou por tanto sofrimento, podia ser tão arrogante e julgar tanto as outras pessoas. Eu entendia a dor dela, e "compreendia" o motivo de sua revolta com a mãe, mas pensava; “Por que ela não transforma todos esses sentimentos negativos e destrutivos em algo bom?”.  Só que ai percebi que estava fazendo o mesmo que a Yujeong fazia com o outros, julgando suas atitudes baseadas só naquilo que eu estava vendo. E quantas vezes no dia a dia eu, você, todo mundo não fazemos isso?

Porém, essa não é apenas a história de Yujeong, essa é a história de Yunsu. Yunsu que passou a vida toda sem conhecer o amor. Yunsu que cresceu acreditando que a violência era a resposta para tudo. Meu coração se partiu inúmeras vezes pela criança que ele foi e pelo adulto que a violência criou. Partiu-se por que existem milhões de Yunsu no mundo, que cruzam nossos caminhos todos os dias e que ignoramos. Por que ao contrário do que muita gente pode pensar a violência não é um “luxo” das classes mais baixas, e às vezes tudo o que uma pessoa precisa é que alguém estenda a mão e lhe diga; “Ok! Vai ficar tudo bem”.

Nossas Horas Mais Felizes possui uma narrativa que nos faz refletir sobre vários pontos de nossas próprias vidas, só que a sua história é muito mais que isso.  Com uma leveza e sensibilidade enorme, Gong Ji-Young nos mostra o quanto o poder do amor é transformador. E não digo o amor romanceado entre um homem e uma mulher. E sim aquele amor que faz você se importar com o outro, que faz você se preocupar com a felicidade e a segurança de alguém, mas do que se preocupa consigo mesmo.  É você querer de alguma forma curar as feridas do outro, apesar das suas feridas ainda estarem sangrando. Foi lindo ver Yujeong e Yunsu descobrindo esse tipo de amor juntos.

Todo ato gera uma consequência e Nossas Horas Mais Felizes nos mostra exatamente isso. Gong Ji-Young nos presenteia com uma narrativa que nos “machuca”, pois nos faz pensar que nossos atos também geram consequências. Que só quem é amado sabe o que é amor. Que só aquele que foi perdoado sabe perdoar. E que perdoar os outros e a si mesmo é algo extremamente difícil.  E acima de tudo, que quando alguém diz que quer ou que merece morrer, essa pessoa está pedindo ajuda, pois ela está sofrendo tanto que não suporta mais viver daquele jeito.

Terminei a leitura de Nossas Horas Mais Felizes em prantos e enquanto escrevo essa resenha meu coração está se partindo em mil pedacinhos novamente. Gong Ji-Young escreveu uma história que vai ficar comigo por muito, mais muito tempo. E que sim, precisa ser lida e conhecida por todos.

“Existia alguma infelicidade que não tivesse uma história por trás? Uma tristeza que não fosse injusta? Dizer que as pessoas eram dignas de pena significava que a justiça tinha virado as costas para elas.”

Queria muito conseguir através dessa resenha, passar para vocês o quanto esse livro lindo e merece de lido. Porém por mais que me esforce nada que eu diga fará jus à profundidade e beleza de sua história (). Por isso peço a cada um de vocês que abra o seu coração e leia, Nossas Horas Mais Felizes.

julho 06, 2017

A melancolia serena dos trabalhos de Niken Anindita

| Arquivado em: ARTE 

Oi leitores, tudo bem?

Vocês acreditam que esse post está meio que pronto desde o mês passado? Calma que eu explico. Em junho eu cheguei a separar algumas obras da indonésia Niken Anindita para compartilhar com vocês aqui na coluna Arte. Só que ai, eu optei por segurar o post dela um pouquinho para fazer o especial de Dia dos Namorados.  Mas, hoje vocês vão poder conhecer os trabalhos lindos dessa talentosa artista.

sailing home
Conhecida como megatruh no deviantArt, Niken Anindita mescla em suas obras dois estilos que eu particularmente gosto muito, fantasia e surrealismo. Suas ilustrações possuem um traço delicado com uma paleta de cores em que tons de azul estão sempre presentes. Isso dá aos trabalhos dela um toque de serenidade e melancolia ao mesmo tempo, algo que eu acho super bonito.

Outro detalhe que me chamou bastante a atenção nos trabalhos dela é o destaque que ela dá ao céu em suas obras.  Seja destacando o Universo com toda a sua beleza ou as nuvens de forma mais leve, é visível que o céu tem um papel importante na composição de cada ilustração.

Algumas Obras:
the little prince
cast away on the moon
illuminant
weightless and horizontal
the observer's room
island
De todas as obras presentes no post devo confessar que tenho um carinho especial por Island, pois é assim que me sinto quando estou trabalhando em algum projeto especial. Com se estive criando algo mágico ().  The Observer's Room também é lindo assim como a fanart do Pequeno Príncipe.

Eu sei que escolher uma só é difícil, mas compartilhe nos comentários quais ilustrações deixaram vocês com o coração mais quentinho, por assim dizer (). No final do post estou deixando todos os links de onde vocês podem encontra mais trabalhos da Niken Anindita.

Beijos e até o próximo post!

+ megatruh.
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