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agosto 18, 2013

Desejo à Meia-Noite por Lisa Kleypas



ISBN: 9788580411492
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2013
Número de páginas: 272
Classificação: Bom
Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.


Sinopse: The Hathaways - Livro 01.


Após sofrer uma decepção amorosa, Amelia Hathaway perdeu as esperanças de se casar. Desde a morte dos pais, ela se dedica exclusivamente a cuidar dos quatro irmãos – uma tarefa nada fácil, sobretudo porque Leo, o mais velho, anda desperdiçando dinheiro com mulheres, jogos e bebida. Certa noite, quando sai em busca de Leo pelos redutos boêmios de Londres, Amelia conhece Cam Rohan. Meio cigano, meio irlandês, Rohan é um homem difícil de se definir e, embora tenha ficado muito rico, nunca se acostumou com a vida na sociedade londrina. Apesar de não conseguirem esconder a imediata atração que sentem, Rohan e Amelia ficam aliviados com a perspectiva de nunca mais se encontrarem. Mas parece que o destino já traçou outros planos.

Sempre gostei de histórias com personagens ciganos. Acho que depois das histórias com bruxas, magos ou feiticeiros, elas são as que mais me chamam atenção. Deve ser por causa de todo esse mistério e tradição que envolve o povo cigano, mas o fato é que quando li na sinopse de Desejo à Meia-Noite que a história teria um toque dessa magia automaticamente já fique bastante empolgada para ler o livro. Na verdade, acho que fiquei empolgada até demais e com isso infelizmente acabei me decepcionando um pouco com a história.

Amélia Hathaway e sua família possuem graves problemas financeiros.  Se não bastasse isso, Amélia ainda tem que lidar com duas preocupações extras, - a saúde frágil de uma de suas irmãs mais novas Win e a depressão de seu irmão mais velho Léo, que não apenas está levando ele para o fundo do poço, mas também as últimas economias que a família ainda tem. Decidida a salvar o pouco de dinheiro e dignidade que ainda resta aos Hathaways, Amélia decide mudar com a família para uma casa no campo, acreditando assim, que lá ela vai conseguir manter Léo, longe das mesas de jogos e da bebida, ao mesmo tempo em que preserva o máximo possível à saúde frágil de sua irmã.

Porém a paz e tranquilidade tão desejadas por ela estão longe de chegar, pois o enigmático Cam Rohan está pelas redondezas não deixando Amélia esquecer a atração existem entre eles. Com o sangue metade rom (cigano) e metade irlandês, Rohan começa a fazer parte da vida de Amélia mesmo sem a permissão dela. Afinal ela é totalmente independente e protetora em relação a sua complicada família e sabe que a presença de Rohan é perigosa. Enquanto cada um a sua maneira tenta encontrar formas de ignorar e fugir do que sente um do outro o destino trabalha ferozmente, para deixá-los ainda mais próximos tornando tudo ainda mais irresistível.

Vou confessar que achei a Amélia uma chata. Tudo bem que a vida dela é uma verdadeira “tragédia grega”, mas no decorrer da história as suas atitudes além de muitas vezes não coincidirem com a postura que ela tentava passar, eram muito mais muito irritantes mesmo. Assim, eu entendo que deve ser difícil você ter que cuidar de tudo sozinha, enquanto seu irmão faz “cara de paisagem” para vida, e que cuidar de três irmãs mais novas sendo que uma tem a saúde debilitada é uma carga um tanto pesada para uma jovem como vinte e seis anos. Também entendo que ela tenha medo de relacionamentos, afinal qualquer tipo de decepção leva certo tempo para passar, isso quando passa. Só que de verdade, ela não precisava ser tão chata. A chatice dela beirava a amargura às vezes. Juro me dava nos nervos!

O Rohan pode até ser diferente dos outros mocinhos de romances históricos, e na verdade ele é o grande destaque do livro, e a única razão pela qual gostei da história. Não por ele ser lindo ou maravilhoso, mas sim por que ele tem uma aura misteriosa, selvagem bem diferente dos personagens masculinos que estou acostumada a encontrar nos livros que leio. Rohan é aquele personagem que mantém o leitor intrigado, por que não dá para você saber se ele é mocinho ou vilão e com isso a autora vai levando a história com o ritmo moderado que não chega a encantar, porém prende a sua atenção. Sem falar que é bastante engraçado ver Rohan tentando perder dinheiro e ganhando ainda mais. Você fica pensando: “Que tipo de louco ele é?”.

Os demais personagens não chegam a ser muito cativantes, porém eles possuem características que faz com que você acabe gostando deles também. O Merripan, por exemplo, possui os mesmos traços da personalidade de Rohan, porém ele tem um toque mais sombrio, algo que faz você ficar curioso em relação ao passado dele. Léo é (...) sei lá, simplesmente não consigo definir ele. Teve horas que eu fiquei com pena, já em outras que eu queria dar uns tapas e assim se segui até o final do livro. Ou seja, ainda não sei se gosto ou desgosto dele. Ô homem complicado viu (...). Já as irmãs mais novas da Amélia: Win, Poppy e Beatrix, são uns amores. Elas são a prova daquele ditado que diz “Cada um escolhe a forma como lida com a dor”, Amélia tem muito a aprender com elas.

Mesmo achando que em alguns momentos a história ficava um pouco parada e no requisito romance a narrativa “deixa um pouco” a desejar eu gostei do livro. Não que romance não seja bonito e não tenha me feito ver coraçõezinhos e tudo mais. Porém achei algumas partes forçadas e isso acabou fazendo com que o romance perdesse um pouco do seu encanto. A escrita da autora Lisa Kleypas é leve e possui todos os ingredientes que tornam os romances históricos inesquecíveis. A presença de alguns elementos da cultura cigana em determinados trechos da narrativa, fez com isso a história ficasse mais rica e de certa forma mais mágica também.

Simplesmente o meu maior problema com Desejo à Meia-Noite, foi a protagonista que em momento algum conseguiu fazer com que eu me identificasse ou simpatizasse nem que fosse um pouquinho com ela. Não que eu tenha terminado o livro odiando a Amélia, nada disso. Como eu disse logo no começo da resenha, eu entendo as atitudes dela, só que não aceito. Fazer o que não é (...).

“Os rons acreditam que se deve seguir o chamado da estrada e nunca voltar atrás. Pois nunca se sabe das aventuras que estão por vir.”

Para quem busca um romance leve e super bonitinho, Desejo à Meia-Noite é uma ótima opção. Não surpreende, mas se você não criar muitas expectativas (como essa que vos escreve fez), também não se decepciona.


julho 21, 2013

O Duque e Eu por Julia Quinn




ISBN: 9788580411461
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2013
Número de páginas: 288
Classificação: Muito Bom
Onde Comprar: Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Submarino - Compare os Preços.

Este livro foi enviado como
cortesia para resenha




Sinopse: Os Bridgertons - Livro 01.


Simon Basset, o irresistível duque de Hastings, acaba de retornar a Londres depois de seis anos viajando pelo mundo. Rico, bonito e solteiro, ele é um prato cheio para as mães da alta sociedade, que só pensam em arrumar um bom partido para suas filhas. Simon, porém, tem o firme propósito de nunca se casar. Assim, para se livrar das garras dessas mulheres, precisa de um plano infalível. É quando entra em cena Daphne Bridgerton, a irmã mais nova de seu melhor amigo (...).


Sabe aquelas histórias bem clichês que você já começa o livro sabendo o final, mas que mesmo assim de alguma forma consegue ter detalhes que surpreendem no decorrer da leitura?Pois é, O Duque e Eu combina muito bem com essa descrição. Apesar da sinopse praticamente entregar a história toda, alguns pequenos detalhes tornaram a narrativa muito doce, leve e divertidíssima, no melhor estilo romance gracinha que essa que vos escreve adora.

Com uma infância e uma adolescência um tanto “dramáticas” o Duque de Hastings, Simon Basset está de volta a Londres, e tem como principal objetivo fugir de mães com filhas na idade de se casar. Afinal, ele como um jovem duque é visto como um ótimo partido. Só o que nenhuma mãe e candidata podem imaginar é que, Simon está decidido a nunca se casar. Do outro lado da história temos a jovem Daphne Bridgerton, que precisa encontrar um pretendente rápido, pois tanto a sua reputação com o de suas irmãs mais novas podem acabar arruinadas se ela não encontrar um bom pretendente logo.

Durante um dos vários bailes da temporada realizados pela alta sociedade londrina, Simon e Daphne se conhecem em um momento um tanto “constrangedor” para moça. O duque a reconhece como sendo a irmã mais nova do seu melhor amigo Anthony Bridgerton, o que faz com que a primeira reação dele seja se afastar o mais rápido possível dela. Porém quando Simon percebe que escapar das mães casamenteiras é mais difícil que ele imaginava, e que Daphne está realmente tendo problemas em encontrar um bom partido ele faz uma proposta, um tanto “indecente” a jovem.

Simon propõem fingir que a corteja dessa forma além de ele escapar das mães e aspirantes a duquesa, ele ajudará a Daphne a encontrar um bom pretendente, pois se o poderoso Duque de Hastings está interessado nela, é por que ela realmente deve ser muito especial. Se por um lado à mãe de Daphne, Violet Bridgerton fica radiante de felicidade por ver a fila de pretendentes de sua filha dobrar, Anthony não gosta nada da história. Afinal ninguém melhor que ele para saber o quão cafajeste Simon pode ser. E o que era para ser apenas um teatro que beneficiaria a ambos, se transforma em uma bela confusão e muda a vida de Simon e Daphne para sempre.

Eu gostei muito da forma com que a autora Julia Quinn desenvolveu a história. Embora ela seja super bonitinha e nada surpreendente, o modo como ela trabalhou todo o contexto da história, inclusive o período em que ela se passa, fez com que a leitura fosse muito agradável. Gostei bastante da construção dos personagens, pois cada um consegue ser marcante e desempenhar um papel importante na narrativa, por menor que seja a sua participação. Confesso que dei muita risada com os irmãos da Daphne, não apenas com o próprio Anthony, mas também com o Benedict e o Collin (suspiros). Tanto que em meu ponto de vista O Duque e Eu em muitos momentos pareceu-me mais uma comédia romântica do que um romance em si.

Claro que tem todo aquele romance fofo, que faz você suspirar, porém o problema é que algumas atitudes do Simon me deixaram tão irritada que todo aquele encantamento que eu senti por ele no começo do livro acabou se perdendo um pouco no final. Na verdade eu quis que a Daphne desse um belo chega para lá nele, mas quem entende o amor, não é mesmo? Outro ponto que achei bem legal é que, por mais romântica e delicada que a Daphne seja ela foge daquele estereótipo de mocinha frágil e indefesa. Tipo ela pode até sofrer, mas sofre com classe.

Mas, o que realmente me chamou a atenção é que, aqui também temos uma personagem bastante interessante que ganha à vida escrevendo “fofocas” a respeito da sociedade londrina, a misteriosa Lady Whitledown. Quem será essa senhora que parece saber de tudo o que acontece na vida dos outros? Eu tenho algumas suspeitas e estou curiosíssima para ler os demais livros da série para saber se elas estão certas.

“Bem-vindo a Londres, Hastings - disse ela, presenteando-o com um sorriso largo e brilhante. - Mais uma semana e eu mesma o teria arrastado de volta.”

O final é meio corrido, mas para quem gosta de histórias curtinhas e super gracinhas, O Duque e Eu, não decepciona. Fica a dica de um romance de época com uma família barulhenta, que vai conquistar seu coração.

Lembrando que a série Bridgerton é composta por oito livros e o segundo, O Visconde que me Amava chega em breve às livrarias.

abril 21, 2013

O Destino do Tigre por Colleen Houck


ISBN: 9788580411386
Editora: Arqueiro
Ano: 2013
Número de páginas: 393
Classificação: 4/5 estrelas
Onde comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa, Submarino - Compare os Preços



Sinopse: Com três profecias da deusa Durga solucionadas, agora resta apenas uma no caminho de Kelsey, Ren e Kishan para que a maldição seja quebrada. Mas o maior desafio do trio os aguarda: A busca pelo último presente de Durga – A corda de fogo – na Ilha Barren situadas na Baía de Bengala. Uma busca que ameaçará suas vidas. É uma corrida contra o tempo e o malvado feiticeiro Lokesh – neste ansiosamente aguardado quarto livro da série A Maldição do Tigre – colocará o bem contra o mal, testará laços de amor e lealdade, e, finalmente, revelará o verdadeiro destino do Tigre, de uma vez por todas.


A Maldição do Tigre | O Resgate de Tigre | A Viagem do Tigre

ATENÇÃO: Se você ainda não leu os livros da série pule do primeiro para o penúltimo parágrafo. Risco de spoiler.

Mesmo terminando a leitura de A Viagem do Tigre um pouco decepcionada com o rumo que a autora estava dando para a história, a minha curiosidade e principalmente meu carinho por alguns personagens falou mais alto, o que me levou a ler imediatamente O Destino do Tigre assim que ele chegou a minha casa.  Não vou dizer que o livro é perfeito, mas de certa forma, Colleen Houck conseguiu dar um bom desfecho a história que ela se propôs a escrever. E o melhor de tudo, superou as minhas expectativas.

Em O Destino do Tigre Ren, Kelsey e Kishan partem em busca do ultimo presente da deusa Durga para cumprir a profecia e quebrar a maldição do tigre derrotando de uma vez por todas o terrível feiticeiro Lokesh. A princípio essa busca prometia ser cheia de ação e aventura, porém após um encontro emocionante com a Fênix a narrativa cai em uma mesmice tão sem pé e sem cabeça que fez dessa etapa final a mais sem graça de todos os livros da série. Tudo bem que todos os autores recorrem à famosa e já nossa conhecida “licença poética” em suas obras, só que assim, a tia Colleen Houck forçou um pouquinho a barra juntando diversas mitologias em um livro só. Ficou tudo meio sem sentindo, confuso, chato e até um pouco bobo em determinados momentos. Triste, mas é verdade.

Por outro lado, não me irritei tanto com a Kelsey e o insuportável triângulo amoroso existente na história.  Eu ainda não aceito as atitudes da Kelsey e em minha opinião ela será por algum tempo a protagonista mais detestável do mundo literário. Bem, verdade seja dita que queria que ela sumisse, porém como isso é óbvio que não acontece à explicação dada para o complexo de inferioridade dela foi “aceitável”. Assim eu continuo não concordando com muitas atitudes tomadas por ela ao decorrer de toda a saga, mas pelo menos consegui entender melhor algumas delas. 

Ren e Kishan não mudaram muito do terceiro livro para cá. Talvez eu até tenha que admitir que, o que vi como mudança de temperamento no terceiro livro, aqui se demonstrou mais como um amadurecimento dos personagens. Ren, por exemplo, apesar de todo o amor que sente pela Kelsey se mostra mais focado em acabar com a maldição, ao mesmo tempo em que o Kishan faz por merecer o seu tão sonhado final feliz. Acredito que de todos os personagens da Saga do Tigre, Kishan foi o que mais evolui durante os livros.

Outro personagem que me surpreendeu bastante foi o Phet, - sim aquele senhor simpático que vive na floresta. Phet não apenas desempenhou um papel de extrema importância no decorrer de todo o enredo, algo que infelizmente só percebi no final, como também se revela uma peça chave no momento mais decisivo. Para quem ao longo de todos os livros formulou milhares de teorias minha dica é esquecer todas elas, por que nada é o que parece ser. Não digo que algumas coisas não soaram exageradas, principalmente a transformação do Lokesh e o fato da Colleen querer transformar a Kelsey em uma “mini" Durga, porém apesar dos pesares a batalha final foi surpreendente, assustadora, emocionante e sofrível.

Agora vem o ponto critico da resenha (...) muitas vezes na vida só damos valor as pessoas e determinadas coisas quando a perdermos. Eu já estava preparada para uma perda em especial, só que quando ela aconteceu foi dolorosa demais, sofrida demais, injusta demais. Foi como se eu tivesse perdido alguém da minha família. Foram dois longos capítulos em que lágrimas corriam livremente dos meus olhos. Não foi justo, embora necessário. E quando eu pensei que não tinha mais motivos para chorar, Kishan vem e me emociona com uma atitude tão nobre que me levou as lágrimas mais uma vez. Mesmo que eu não tenha “perdido” ele, dizer adeus da forma com que tudo aconteceu foi difícil (...) muito difícil.

Sim leitores, eu chorei muito durante a leitura desse livro. E quando eu falo muito, é muito mesmo, pois por mais absurda que algumas situações criadas pela Colleen Houck possam ter parecido no decorrer dos quatro livros, ela consegui dar um final digno aos personagens, embora eu NUNCA vá concordar com um em especial.  Ela fechou muito bem a história, respondendo até de uma maneira bastante surpreendente todas as respostas que pairavam no ar desde o primeiro livro.

Eu amei, odiei, amei de novo cada capítulo desse livro e posso garantir para vocês que meu coração está apertado por dizer adeus a personagens que me fizeram ama-lós e detesta-lós com a mesma intensidade. Ren, Kelsey e Kishan tiveram o seu final feliz, e isso fez tudo valer apena.

abril 07, 2013

Profecia por S.J Parris

Profecia por S.J Parris.

ISBN: 9788580411270
Editora: Arqueiro
Ano: 2013
Número de páginas: 320
Classificação: 3/5 estrelas
Onde Comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa  - Compare os Preços.

Sinopse: Giordano Bruno - Livro 02

Quando uma dama de honra da rainha é misteriosamente assassinada na corte, o filósofo é arrastado para uma trama ainda mais delicada. Símbolos astrológicos gravados no corpo da jovem levantam suspeitas de magia negra, mas é possível que tudo não passe de uma ardilosa encenação com o objetivo de deixar a população em pânico. A morte de mais uma moça lança Bruno numa sinistra perseguição. Alguém parece estar decidido a executar um sofisticado plano de vingança em nome da religião. Mas quem? Cercado de inimigos numa cidade hostil, ele terá que encontrar a resposta se quiser salvar a própria vida.


Acho que já deu para perceber que suspense não é meu gênero literário favorito, não é mesmo? Por esse motivo para que algum livro desse gênero consiga despertar o meu interesse não basta ele ter uma boa sinopse, ele precisa ter um “algo mais” que realmente me chame à atenção, o que no caso dos livros da autora S.J Parris, é evidente que esse algomais tem haver com o período histórico onde a trama se desenrola. Depois de uma longa espera, Profecia é finalmente lançando trazendo novos mistérios e intrigas que embora em alguns momentos tenha sido uma leitura um pouco cansativa, não me decepcionou.

Inglaterra o ano é 1583, um raro evento astrológico está para acontecer e em Londres à atmosfera é de medo, pois muitos acreditam que o alinhamento entre Júpiter e Saturno trará o fim dos tempos. Em meio ao clima de superstição e pavor do povo a dama de companhia da rainha Cecily Ashe, é assassinada e por algum motivo o seu cruel assassino deixa sinais que dão a atender que sua morte com está ligada tanto a profecia como a queda da Rainha Elizabeth Tudor. Mas será que o assassino é partidário dos católicos ingleses que conspiram pelos corredores da monarquia para tirar a rainha do poder?  Ou ele está apenas tentando jogar a autoria do crime nas costas de outra pessoa? Quando mais um assassinato brutal acontece uma certeza assustadora passa a perseguir o monge excomungado e famoso filósofo Giordano Bruno - o assassino vem seguindo seus passos de perto e ele pode ser o próximo nome da lista.

O livro possui uma narrativa bastante agradável e para leitores que assim como eu adoram livros históricos, Profecia possui uma riqueza de detalhes e fatos tão interessantes que fizeram com que após a leitura eu me pegasse pesquisando no tio Google sobre eles. Eu sei que é isso meio estranho e até um pouco NERD demais, só que eu gosto de saber até que ponto o autor se aprofundou em sua pesquisa e quanto de verdade tem os fatos por ele descritos.  E S.J Parris faz um belo trabalho nesse sentido, o que já tinha me agradado bastante desde o seu primeiro livro Heresia.

Em a Profecia são tantos suspeitos que assim como Giordano Bruno, eu fui criando minhas próprias teorias e de alguma forma acreditando nelas.  Teve momentos que eu me surpreendia com o rumo que a história tomava, principalmente por que ela lançava ao vento todas as minhas “deduções”, o que de fato foi muito positivo para o desenvolvimento da trama, já que por não ser um livro nada óbvio a cada capítulo mais intrigada e curiosa para descobrir a verdade eu ficava. Porém embora o enredo seja muito bem construído, em alguns momentos a leitura se tornou um pouco cansativa pela falta de “grandes personagens”.

Giordano Bruno continua sendo o personagem marcante que me conquistou no primeiro livro, porém em Profecia tanto ele como os demais personagens ao longo da leitura foram se tornando um tanto repetitivos.  Várias vezes o próprio Giordano se repete muitas vezes o que me deixava com aquela sensação que eu estava lendo o mesmo parágrafo novamente. Outro ponto que em minha opinião prejudicou levemente a história foi o “excesso” de personagens contidos no livro. Alguns apareciam e sumiam com tanta facilidade que mesmo que tenham agregado alguma coisa à história também colaboraram para deixar outras questões um tanto confusas.

Talvez a autora “pecou“ um pouco na construção dos personagens, mas em contra partida ela foi muito feliz na construção dos ambientes e descrições das situações narradas. Eu realmente conseguia me imaginar no outono chuvoso e frio de Londres, como também senti um pouco medo nos momentos cruciais da história.  O final embora um tanto corrido, é bastante surpreendente também.  Você realmente só descobre quem é o assassino e quais são seus motivos nos últimos capítulos do livro, os quais estão reservados também os melhores momentos da história. Confesso que S.J Parris fez de “boba”, pois suspeitei da pessoa errada o tempo todo, mas como adoro finais nada óbvios, eu a perdoei por isso.

Para quem gosta de um bom suspense histórico ou não, Profecia é uma ótima opção. Mesmo com um ritmo um pouco lento comparado a outros livros e não ter lá personagens muito cativantes, ele possui uma narrativa inteligente que vai desafiar sua lógica pondo a prova o seu melhor lado detetive. 

Pode não ser o melhor livro que você vai ler na sua vida, mas também não vai decepcionar.

março 03, 2013

O Guia do Mochileiro das Galáxias por Douglas Adams

O Guia do Mochileiro das Galáxias por Douglas Adams.

ISBN: 9788599296578
Editora: Arqueiro / Sextante
Ano: 2009
Número de páginas: 156
Classificação: 3/5 estrelas
Onde Comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa, Submarino - Compare os Preços


Sinopse: Não entre em pânico - Vol. 1

Arthur Dent tem sua casa e seu planeta (sim, a Terra) destruídos em um mesmo dia, e parte pela galáxia com seu amigo Ford, que acaba de revelar que na verdade nasceu em um pequeno planeta perto de Betelgeuse. Considerado um dos maiores clássicos da literatura de ficção científica, este livro vem encantando gerações de leitores ao redor do mundo com seu humor afiado.





O Guia do Mochileiro das Galáxias foi o primeiro livro lido da minha lista dos 12 livros para ler em 2013. A escolha dele foi meio aleatória já que eu estava em busca de uma leitura que fosse leve, rápida e divertida, algo que sempre ouvi falar sobre livro. Confesso que me surpreendi bastante com a história. Sabe quando você se faz aquela pergunta “irritante” - por que eu não li esse livro antes? Foi bem assim que eu me senti.  Bem como o livro é bem curtinho e para não correr o risco de acabar dando algum spoiler por aqui, vou fazer um resumo rápido dos acontecimentos principais.

O destino achou que a vida do inglês Artur Dent andava um pouco parada aqui pela na nossa querida Via Láctea. Então para o Artur não morrer de tédio, o senhor destino resolveu colocar um pouco de ação em sua pacata existência. No dia que ele descobre que seu grande amigo Ford Perfect é um ET disfarçado, que estava exilado em nosso planeta, a Terra é destruída por uma raça de alienígenas conhecidos como Vogons. Os dois até conseguem sobreviver à extinção do planeta, porém as confusões pelo universo de infinitas probabilidades da dupla estavam apenas começando. Mal eles sabiam que estavam prestes a encontrar com Trillian e Zaphod Beeblebrox para viver uma aventura realmente inesquecível.

No Hiperespaço que Douglas Adams criou no começo tudo parece muito sem nexo e confuso, mas a partir do momento em que a narrativa do autor ganha ritmo, algumas perguntas surgem automaticamente como: Quem somos? Para Onde Vamos? Será que realmente existe vida fora do nosso lindo planeta azul? Estariam esses outros seres, planejando algo sinistro e perturbador para o futuro do Universo?  Teorias a parte, é muito visível para o leitor que por de traz de toda essa “bagunça” o autor busca debater questões mais profundas tanto do ponto de vista filosófico com religioso.

Esse foi um ponto que achei bem interessante em todo o livro. A forma com que o autor reuniu dentro do mesmo universo, personagens que aparentemente não tinham nada em comum e os uniu em prol de um único objetivo maior, nesse caso a sobrevivência deu a narrativa um toque bem realista.  Acredito que justamente por esse motivo O Guia do Mochileiro das Galáxias é livro tão comentado, pois é difícil você abordar determinados assuntos sem ser maçante.  E pode-se falar tudo desse livro, menos que ele chato.

A linguagem usada pelo autor é cheia de termos “estranhos” bem ficção cientifica mesmo, o que para quem não gosta muito do estilo ou não está acostumado pode acabar dificultando um pouco o entendimento no inicio da história. Depois de um tempo você acaba se acostumando com as “viagens” do autor e deduzindo o que ele está querendo dizer com aquilo. Não é um livro “fácil” de ler, porém garanto que é bem divertido. Principalmente se você está procurando uma leitura rápida para passar o tempo.

Apesar da história de Adams ter sido publica no final dos anos setenta ela é muito atual. O autor usa de forma magistral analogias para criticar o sistema de vida levado pela sociedade da época, e por que não dizer a de hoje também. E ele faz isso de uma forma tão descontraída que você só perceber o quanto está envolvido na leitura quando o livro acaba.

Pretendo ler os outros livros da série, até por que eu estou curiosa para descobrir quais serão as próximas confusões que essa turma vai ser meter pelo Universo a fora. Destaque para o Marvin, um robô super fofo e simpático que tem mais questões existenciais mal resolvidas do que todos os habitantes da Terra juntos.

Minha dica é: Não entre em pânico e embarque nessa aventura pelo Hiperespaço. A diversão é garantida!

fevereiro 17, 2013

A Viagem do Tigre por Colleen Houck



ISBN: 9788580411133
Editora: Arqueiro
Ano: 2012
Número de páginas: 496
Classificação: 3/5 estrelas
Onde Comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa, Submarino - Compare os Preços

Sinopse: Saga do Tigre – Livro 3.

Perigo. Desolação. Escolhas.

A eternidade é tempo demais para esperar pelo verdadeiro amor? Em sua terceira busca, a jovem Kelsey Hayes e seus tigres precisam vencer desafios incríveis propostos por cinco dragões míticos. O elemento comum é a água, e o cenário de mar aberto obriga Kelsey a enfrentar seus piores temores. Dessa vez, sua missão é encontrar o Colar de Pérolas Negras de Durga e tentar libertar seu amado Ren tanto da maldição do tigre quanto de sua repentina amnésia. No entanto o irmão dele, Kishan, tem outros planos, e os dois competem por sua afeição, além de afastarem aqueles que planejam frustrar seus objetivos. Em A viagem do Tigre, terceiro volume da série A Saga do Tigre, Kelsey, Ren e Kishan retomam a jornada em direção ao seu verdadeiro destino numa história com muito suspense, criaturas encantadas, corações partidos e ação de primeira.

Resenhas: A Maldição do Tigre e O Resgate do Tigre.


Bem, nem sei como começar essa resenha. Não posso nem afirmar que, “a decepção me define”, por que não estou de fato decepcionada, na verdade eu já estava preparada para todos os pontos que me levaram a ter um quase colapso nervoso durante a leitura. A Viagem do Tigre é um livro bom. Não minto; ele é ótimo, mas infelizmente a história foi tão enrolada e cheia de drama a lá novela mexicana, que às vezes eu tinha a vontade de gritar com a autora por ela estar estragando uma das minhas séries favoritas.

O que sinto agora é uma imensa confusão de sentimentos e me levam a fazer a seguinte
pergunta à autora Colleen Houck: O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO? Explica-me, por favor, qual é o sentindo em mudar tão drasticamente a personalidade dos protagonistas Ren e Kishan. Sinceramente eles me pareceram dois completos estranhos nesse livro, sem mencionar as constantes e exageradas declarações de amor que ambos fazem praticamente o livro todo para Kelsey. Aliás, eu ainda vou entender por que “quase” todos os homens do livro se apaixonam por ela, mas prefiro nem comentar o absurdo disso.

Já que citei a minha personagem favorita (só que não), ela consegue se superar a cada livro. Tudo bem que ela conseguiu despertar um pouco a minha compaixão. E quando eu digo um pouco é muito pouco mesmo.  Até cheguei a ficar com pena dela, só que as inseguranças da Kelsey em relação com qual dos “seus tigres” ela deve ficar é algo que dá nos nervos de qualquer pessoa. Basta um olhar, ou um simples toque do Ren para ela se derreter e declarar o quando o ama. Porém, quando você pensa pronto ela já se decidiu, ela resolve ficar com o Kishan por que é mais “seguro”.  Para tudo! Como assim queridinha você escolhe alguém por que é mais seguro?

Acho que faltou alguém explicar para a Kelsey que nenhum relacionamento é seguro, que o mesmo risco que você tem de se machucar com um você tem com o outro. E infelizmente praticamente durante o livro todo você convive com esse insuportável e forçado triângulo amoroso.  O mais irritante nessa situação é todo mundo sabe como esses triângulos acabam, então acho que os autores poupariam muito do seu tempo se parassem de colocar essa chatice nas histórias. Pronto falei!

Claro que a Viagem do Tigre tem a parte boa, e essa mais uma vez se dá por conta da busca para quebrar a terceira parte da profecia da deusa Durga. Esse livro em questão me despertou uma curiosidade a mais em relação aos outros por conta dos dragões. De todos os animais místicos eles são os meus favoritos, principalmente os chineses por que os acho “fofinhos”. Eu sei que é estranho alguém achar dragões fofinhos e talvez essa não seja uma definição que combine muito com eles, mas essa sou eu então já sabem. Só que mesmo os dragões ficaram um pouco ofuscados por causa do bendito triângulo amoroso.

Porém, mesmo com uma participação ”pequena” teve dois dragões que se tornaram os meus favoritos, o Jïnsèlóng, o Dragão Dourado que foi o responsável por boas gargalhadas, o Yínbáilóng que é o Dragão de Gelo o mais velho e sensato dos irmãos dragões. Todos os dragões têm umas particularidades bem legais, o que garantiu uma boa dose de ação, aventura e mistério ao enredo.

Colleen Houck escreve maravilhosamente bem. Ela é o tipo de autora que envolve o leitor de uma forma na narrativa que mesmo que você esteja com muita raiva do que está acontecendo na história, é simplesmente impossível parar de ler. Eu mesma fui dormi às quatro da manhã por que não conseguia largar o livro. A Viagem do Tigre tem suas falhas, é enrolado e deixa qualquer pessoa irritada com a indecisão da Kelsey; sim ele tem tudo isso, só que o plano de fundo que autora criou para história é tão bom que compensa isso.  Não totalmente é claro, mas ameniza essas falhas por assim dizer.

Apesar de A Viagem do Tigre ter ficado um pouco abaixo dos livros anteriores, eu gostei dele como um todo. Acredito que a Colleen soube dar uma continuidade consistente a saga, deixando muitas questões pairando no ar. O final me deixou bastante curiosa para ler o próximo livro, na verdade confesso que estou muito ansiosa pelo O Destino do Tigre. Mesmo sabendo que até o gran finale, eu ainda vou me irritar muito. Eu só espero que a Colleen de um final lindo para o meu personagem favorito o Senhor Kadam, por que senão serei forçada a mandar um e-mail nada educado para ela. Senhor Kadam é muito amor

A Viagem do Tigre pode não ser um livro perfeito, mas cumpre bem o papel de deixar os fãs da saga curiosos para saber o que o descarado do Lokesh está aprontando e principalmente como será o final da Maldição do Tigre. É um livro muito bom desde que você não crie muitas expectativas.


dezembro 02, 2012

O Resgate do Tigre por Colleen Houck




ISBN: 9788580410617
Editora: Arqueiro
Ano: 2012
Número de páginas: 432
• Classificação: 4 estrelas
Onde Comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa, Submarino - Compare os Preços
Sinopse: A Saga do Tigre - Livro II
Kelsey Hayes nunca imaginou que seus 18 anos lhe reservassem experiências tão loucas. Além de lutar contra macacos d'água imortais e se embrenhar pelas selvas indianas, ela se apaixonou por Ren, um príncipe indiano amaldiçoado que já viveu 300 anos. Agora que ameaças terríveis obrigam Kelsey a encarar uma nova busca – dessa vez com Kishan, o irmão bad boy de Ren –, a dupla improvável começa a questionar seu destino. A vida de Ren está por um fio, assim como a verdade no coração de Kelsey. Em O Resgate do Tigre, a aguardada sequência de A Maldição do Tigre, os três personagens dão mais um passo para quebrar a antiga profecia que os une. Com o dobro de ação, aventura e romance, este livro oferece a seus leitores uma experiência arrebatadora da primeira à última página.

Resenha: A Maldição do Tigre.


Mesmo estando super curiosa para ler O Regaste do Tigre admito que, eu estava com um pouco de medo também. Calma gente eu explico. Meu maior medo era que o livro sofresse da “terrível maldição do segundo livro”, claro que ela tentou colocar as “garrinhas“ de fora aqui também, mas para minha felicidade a autora Colleen Houck conseguir manter o mesmo ritmo e nível que me fizeram gostar do primeiro livro da saga.

Mas, Ane o que você quis dizer como ela “tentou” colocar as garrinhas de fora? Bem, nem tudo são flores na literatura e infelizmente eu senti que a Colleen Houck deu umas derrapadas na história, nada que você vá falar: “Nossa que viagem!”, porém faz você ter certo receio do que vai vir por ai. Receio esse que eu não tenho em relação à história em si, mas em relação aos personagens.

Terminei A Maldição do Tigre com muita, mais muita raiva da Kelsey mesmo. Raiva essa que confesso não passou neste segundo livro ao contrário só aumentou, e de verdade acho muito bem feito tudo o que aconteceu a ela neste segundo livro. Não que eu goste de ver alguém sofrer longe disso, só que por Deus ela é muito irritante! No final do primeiro livro ela age como uma egoísta e idiota completa, e para que? Para passar os primeiros capítulos do segundo livro se lamentando toda arrependida da burrada que fez, abraçada em um tigre de “pelúcia” branco. E só isso não basta, ela ainda tem que tentar se “relacionar” com outros rapazes para esquecer o Ren.  Para tudo! Eu lia, lia e lia e me perguntava: “O que você tem na cabeça garota?”, juro que às vezes me dava vontade de dar umas tapas nela.

Quando Ren (pausa para o suspiro) aparece em pleno Natal em Oregon a história começa a dar uma melhorada, já que ela deixa de ser tão centralizada na Kelsey. A partir da chegada e Ren a narrativa começa a ser mais divertida e solta, com alguns toques sutis de romance. Só que eu tenho que ser sincera, o livro realmente começou a ganhar “vida” quando Kishan entrou na história. É meio obvio que pelo fato da capa do livro ser um tigre negro que desta vez o enredo ia ser mais focado nele, mas ao mesmo tempo em que me surpreendi com o Kishan durante a leitura, quanto mais perto eu chegava do final eu percebia que a autora ir estragar com “quase” tudo.

Deixe-me explicar; Eu gostei muito do livro, achei que ele não deixa quase nada a desejar para o primeiro, mas (olha o meu “mas” aqui de novo) a Colleen andou lendo muito Twilight gente. A receita é igualzinha: MENINA CHATA E SEM GRAÇA + HOMEM PERFEITO E MUITO RICO = SE APAIXONAM PERDIDAMENTE + O HOMEM PERFEITO DESAPARECE + DEIXANDO MENINA CHATA E SEM GRAÇA SÓ E DESESPERADA + SURGI OUTRO HOMEM PERFEITO (MAIS SAIDINHO) / O CORAÇÃO DA MENINA = MAIS UM TRIANGULO AMOROSO CRIADO SEM NENHUMA NECESSIDADE. De verdade me chateou muito a autora ter se focado mais na sua tentativa frustrada de criar um mega romance, do que nos mitos e histórias da Índia.

Sim teve a busca pela segunda relíquia para quebrar a maldição e o começo disso estava sendo até promissor. Sou completamente apaixonada pela filosofia budista e quando percebi que a narrativa seguia rumo ao Nepal meus olhos brilharam.  Amei muito a parte que o monge budista, mas conhecido O Mestre do Oceano aparece. Gente eu podia sentir a paz que ele transmitia e cada palavra, cada conselho era como um balsámo para minha alma. Sério em minha opinião esse foi um dos pontos mais altos do livro.

A minha empolgação aumentou ainda mais quando li uma palavra mágica, “Shangri-la”. Pronto eu pensei; esse livro vai ser divino, maravilhoso, perfeito! Colleen tinha conquistado meu coração pelo meu ponto fraco: Minha paixão por civilizações antigas e perdidas, só que quando Kelsey e Kishan chegam a Shangri-la é tudo tão decepcionante. Teve lá umas partes legais como a quando eles encontraram o Fauno e a floresta dos Silvianos. Até a prova das quatro casas pela qual eles tinham que passar para encontrar a segunda relíquia foi um pouco fraca, pois ao invés do foco ser a busca a autora se preocupou mais em mostrar Kishan dando em cima de Kelsey, que por sua vez não sabia de retribuía e quando retribuía se sentia culpada por que ama o Ren. Já deu para perceber a confusão não é?

O Sr. Kadam continua me conquistando com a sua sabedoria e tranquilidade. Gostaria que ele aparecesse mais no livro, por que para mim ele é mais do que um personagem coadjuvante. Sem sombra de dúvidas ele é o que une todos e mantém o clima harmonizo. Sei que já disse isso antes como sei que vou repetir isso sempre; O Sr. Kadam é o avô que todo mundo queria ter.

O clímax da história ficou por conta do resgate de Ren e a primeira grande luta entre Kelsey e o “senhor todo poderoso do mal” Lokesh. Sim ele é mal mesmo, do tipo que eu teria medinho. Porém ao contrário da Kelsey eu ia escolher outra hora para demonstrar esse medo e não na hora da batalha. Tipo você sabe que o cara é do mal e que está querendo te matar, você está indo de encontro com ele, ou você deixa o medo em casa e se joga ou fica em casa chorando. No meio da batalha não é hora de você ficar divagando Kelsey! Leitores em minha humilde opinião ela não merece nem o Ren e nem o Kishan. (Momento desabafo).

O Resgate do Tigre mantém o ritmo viciante de A Maldição do Tigre, com ótimas descrições que fazem você literalmente se sentir no lugar narrado e uma história que tem uma base bem construída, além de que ficou bem visível a evolução da escrita da autora. Tirando o Déjà vi a lá Twilight que senti em algumas partes e o forte pressentimento que até o final da saga sofrerei muito com a minha gastrite por causa da Kelsey eu adorei o livro.

Deve ser meu fraco por felinos, ou meu amor pelas culturas orientais, ou a minha curiosidade por lendas antigas, ou até a minha “invejinha branca” da tranquildade do Sr. Kadam, mas a Saga do Tigre é uma das melhores que já li. Pode não ser perfeita, e eu admito isso, porém eu gosto tanto!

Que venha A Viagem do Tigre! Eu estou super, super ansiosa para ler!



outubro 29, 2012

Os Mistérios da Coroa por Nancy Bilyeau


Os Mistérios da Coroa por Nancy Bilyeau.

ISBN: 9788580410822
Editora: Arqueiro
Ano: 2012
Número de páginas: 384
Classificação: 3 estrelas
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Sinopse:
Na Inglaterra dos anos 1530, os dissidentes religiosos e os condenados por traição eram brutalmente torturados e executados. Quis o destino que Lady Margaret Bulmer tivesse o mesmo fim. Uma das líderes das rebeliões do norte do país contra o rompimento do rei Henrique VIII com a Igreja Católica, a nobre foi queimada em praça pública. Ao saber que sua prima enfrentaria a morte na fogueira, a noviça Joanna Stafford desafia a rígida regra da clausura e foge do Priorado de Dartford para assistir à execução e reivindicar o corpo, a fim de lhe dar um enterro digno. Em meio à dissolução dos mosteiros ordenada pelo rei, a busca de Joanna se transforma numa perigosa jornada, que leva a jovem a se questionar até onde estaria disposta a ir para defender os antigos costumes que tanto valoriza e que dão sentido à sua vida. Armada com determinação e coragem, Joanna confronta os traumas do próprio passado enquanto tenta concluir sua missão. Acompanhada do jovem frade Edmund, Joanna visita castelos suntuosos e locais sagrados, como Stonehenge e a Abadia de Malmesbury, em busca da relíquia e de salvação para si mesma, sua família e o modo de vida sagrado de sua ordem religiosa.


Gosto muito de livros históricos principalmente os que envolvem lendas antigas e dogmas religiosos, talvez por esse motivo Os Mistérios da Coroa despertou meu interesse assim que vi a capa dele na bienal.  Embora a leitura tenha correspondido a minhas expectativas em partes, infelizmente em outras ela deixou um pouco a desejar.

A história começa cheia de ação com a noviça Joanna Stafford foge do priorado dominicano de Dartford, para assistir a morte da sua prima Margaret, condenada a fogueira por participar e incentivar rebeliões contra o rei Henrique VIII.  O que era para ser apenas uma despedida causou uma grande reviravolta da vida de Joanna. Pressa por meses da temida Torre de Londres, ela é libertada pelo Bispo de Winchester, mas não pense que ele fez isso por bondade. O Bispo de Winchester precisa que Joanna volte para o seu priorado e encontre uma antiga relíquia, a Coroa de Athelstane, que segundo a lenda dará grande poder a quem possui - lá. O acordo é bem simples; Joanna encontra a coroa para Winchester, e ele liberta seu pai.

Sobre os olhares de reprovação dos membros da ordem e com a missão de encontrar ao coroa de Athelstane o mais rápido possível para salvar a vida de seu pai, Joanna retorna a priorado na companhia dois frades dominicanos que tiveram seu monastério dissolvido por ordem do rei, Richard e Edmund. Ela então começa sua busca às escuras em uma verdadeira corrida contra o tempo para encontrar a lendária coroa e assim acabar com a chantagem do Bispo de Winchester. Mas o que Joanna não esperava é que um brutal assassinato fosse ocorrer sobre o teto de Dartford mudando completamente o rumo não só da sua busca, mas da história de todo o priorado.

Para seu romance de estréia Nancy Bilyeau foi muito bem. Ela criou um enredo instigante com bons personagens, e ainda conseguiu mesclar de forma inteligente alguns mitos gregos que ajudaram a compor a história. Com uma narrativa rica em detalhes que encanta qualquer leitor, Os Mistérios da Coroa tem todos os ingredientes que o tornam um bom livro, só que em meu ponto de vista faltou alguma coisa. Fiquei com a sensação que Nancy Bilyeau não conseguiu explorar tão bem as suas ideias iniciais no decorrer do livro.

Joanna Stafford a protagonista é o melhor exemplo disso, ao mesmo tempo em que Joanna é uma mulher inteligente e decidida, ela consegue ser insegura e ter algumas atitudes um pouco infantis que me tiravam do sério durante a leitura.  Outro ponto que me incomodou bastante foi à tentativa da autora de criar um triângulo amoroso em uma história que o romance em si já é fraco. Confesso, eu esperava que o livro me surpreende-se mais, mas apesar dos pontos negativos gostei bastante de leitura. O livro conseguiu despertar e manter a minha curiosidade, mesmo eu já tendo uma ideia de como mais ou menos como seria seu final.

Os Mistérios da Coroa é uma leitura que eu indico para quem gosta de livros históricos com relíquias perdidas e mitos antigos. Ele leva o leitor a uma verdadeira viagem pela Inglaterra de 1530 interagindo com maestria a ficção e fatos reais com personagens marcantes e um enredo inteligente.

 Garanto que você não vai se arrepender!



setembro 13, 2012

E tem Outra Coisa por Eoin Colfer



E tem Outra Coisa por Eoin Colfer - O Guia do Mochileiro das Galáxias (Vol. 6).

ISBN: 9788580410228
Editora: Arqueiro / Galera Record
Ano: 2011
Número de páginas: 368
Classificação: 3 estrelas
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Sinopse:

Após tantos anos, finalmente Arthur Dent encontrara a paz. Vivendo sozinho em uma praia em um planeta perdido nos confins do Universo, ele mal conseguia se lembrar do verdadeiro significado do número 42, da destruição da Terra pelos vogons e – felizmente – de que conhecera Ford Prefect e seu louco guia de viagens interplanetárias. Agora, vivia o paraíso de todo inglês típico: dias tranquilos à beira do oceano, não bebendo nada além de chá. Enquanto isso, em outro ponto da Galáxia, Ford vivia o paraíso de todo betelgeusiano típico: noites intermináveis em hotéis cinco supernovas, com massagens, festas, garotas das mais variadas espécies e não bebendo nada além de Dinamite Pangaláctica. Ah, a vida parecia estranhamente estranho é que eles não tenham desconfiado de que nada disso era real. Ao serem subitamente retirados de seus sonhos...


E tem Outra Coisa é o sexto livro da trilogia de cinco livros da série, “Guia do Mochileiro das Galáxias” escrita por Douglas Adams. Tudo bem se vocês ficaram um pouco confusos com o que acabaram de ler, na verdade até eu ando confusa com essas trilogias que “não são trilogias”, mas bem vamos ao livro em questão.

Ainda não li os volumes anteriores da série, por esse motivo não serei capaz de fazer uma comparação entre a narrativa de Douglas Adams autor dos primeiros livros e Eoin Colfer autor do sexto livro.  Por este motivo fãs da série, me perdoem se eu escrever alguma besteira por aqui.

Tenho muita curiosidade de ler os livros da série O Guia do Mochileiro das Galáxias, pois sempre ouvi e li vários elogios, além de que segundo um amigo meu, todo “NERD” que se preze tem que ler a coleção completa ao menos uma vez na vida. Alguns de vocês podem até achar que eu comecei pelo livro errado, mas mesmo que, a leitura de E tem outra Coisa, tenha sido em partes cansativa e um pouco decepcionante o livro não chega a ser de todo ruim.

Vocês concordam que é pouco óbvio que o fato de não se conhecer os personagens torna qualquer referência aos livros anteriores que o autor venha a usar muito bem vinda não é mesmo? Porém algo que deveria ter ajudado a entender melhor a história e seus personagens tornou tudo mais confuso.

Ficou claro que Eoin Colfer não quis criar uma nova história, mas simplesmente adaptar aquelas que já existiam dando a elas o destaque e talvez a importância que elas não tiveram nos livros anteriores. O problema é que o excesso das “Notas do Guia” tornou a leitura em diversos momentos monótona. Em muitos casos elas eram até desnecessárias, algo que em meu ponto de vista só prejudicou a história.

Visualizem a cena, por favor: A narrativa está envolvente, vocês se divertindo um monte com o livro e ai, eis que surge ela, a “bendita Nota do Guia” quebrando como todo o ritmo da leitura, deixando vocês completamente perdidos. Era isso que acontecia em diversos momentos durante a leitura. Tipo os personagens são divertidíssimos, e a história consegue prender a atenção do leitor, porém o receio que o autor Eoin Colfer teve de que o leitor sentisse falta de algum detalhe importante, deixava tudo tão confuso e chato que a melhor coisa que fiz, foi ignorar as notas por completo. E fica a dica: “Quer levar a leitura até o final as ignore.”

Eoin Colfer escreve muito bem. É visível que o autor não tem preguiça em criar uma história envolvente que explora de todas as maneiras o poder de imaginação do leitor.  Infelizmente o autor exagerou na tentativa de ligar a sua história com as anteriores fazendo com que a leitura se tornasse cansativa e sem um ritmo continuo.

Comparando o livro em si com todas as críticas que li, ele é melhor do que eu esperava e consegui apesar de tudo ser uma leitura divertida. É o tipo de livro que eu recomendaria para quem está em busca de uma história com muitas aventuras, cheia de personagens estranhos, vivendo situações mais estranhas ainda no melhor estilo ficção cientifica.

Seguindo a dica que dei ai em cima, as risadas estão garantidas.


julho 22, 2012

A Linguagem das Flores por Vanessa Diffenbaugh



A Linguagem das Flores por Vanessa Diffenbaugh.


ISBN: 9788580410174
Editora: Arqueiro
Ano: 2011
Número de páginas: 304
Classificação: 4 estrelas
Onde Comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa - Compare os Preços




Sinopse:

Victoria Jones sempre foi uma menina arredia, temperamental e carrancuda. Por causa de sua personalidade difícil, passou a vida sendo jogada de um abrigo para outro, de uma família para outra, até ser considerada inapta para adoção. Ainda criança, se apaixonou pelas flores e por suas mensagens secretas. Quem lhe ensinou tudo sobre o assunto foi Elizabeth, uma de suas mães adotivas, a única que a menina amou e com quem quis ficar... até pôr tudo a perder. Agora, aos 18 anos e emancipada, ela não tem para onde ir nem com quem contar. Sozinha, passa as noites numa praça pública, onde cultiva um pequeno jardim particular. Quando uma florista local lhe dá um emprego e descobre seu talento, a vida de Victoria parece prestes a entrar nos eixos. Mas então ela conhece um misterioso vendedor do mercado de flores e esse encontro a obriga a enfrentar os fantasmas que a assombram. Em seu livro de estreia, Vanessa Diffenbaugh cria uma heroína intensa e inesquecível. Misturando passado e presente num intricado quebra-cabeça, A linguagem das flores é essencialmente uma história de amor – entre mãe e filha, entre homem e mulher e, sobretudo, de amor-próprio.


Acredito que todos que leram ou irão ler este livro, jamais vão olhar as flores do mesmo jeito. A Linguagem das Flores é um livro delicado e, ao mesmo tempo de uma simplicidade tão grande que nos leva a refletir sobre nossa própria vida e as escolhas que fazemos. Talvez por esse motivo ele não seja daqueles livros que você se encanta logo no começo e fica com aquela empolgação; “nossa esse livro vai ser muito bom”, ao contrário ele vai te conquistando aos poucos.

Victoria não é uma personagem fácil de se gostar, em alguns momentos ela me levou a sentir tanta raiva dela, que eu acabei ficando com raiva de mim mesma. Sabe quando você para e pensa; “Eu devia ser mais compreensiva”, pois era assim que me sentia. Por mais que não concordasse com algumas decisões e atitudes precipitadas dela eu sabia que no fundo ela agia daquela maneira para se defender. Victoria cresceu acreditando que a melhor defesa é o ataque, e que ela não tinha nascido para ser amada.

O livro é intercalado entre o passado e presente, através de fatos narrados e relembrados pela própria Victoria vamos desvendando a sua história e, descobrindo os motivos que levaram ela a se tornar a jovem  arredia e desconfiada de tudo e todos. Você pode até terminar a leitura não gostando muito dela, mas ao menos você consegue entende - lá melhor.

O livro nos apresenta uma história sem grandes personagens, já que ele narra o dia a dia de pessoas comuns, com problemas comuns que fazem de tudo para sobreviver a essa loucura que chamamos de vida.  Pessoas que trabalham duro em busca do seu sustento, enfrentando seus medos e descobrindo que acima de todas as dificuldades que passam podem ser felizes. A Linguagem das Flores, fala principalmente da importância da família em nossas vidas e nos mostra de uma forma delicada que todos têm direito a uma segunda chance.

Vanessa Diffenbaugh escreve de uma forma muito “humana”, coerente e sensível. Creio que escrever um romance que tem como plano de fundo temas como abandono, sentimento de culpa, vergonha, dor e medo deva ter sido mínimo complicado, porém a autora abordou isso de forma tão singela, que por mais pesado que o enredo se apresente, ele consegue ser doce e sutil ao mesmo tempo.

Confesso que o meu interesse por ler este livro foi mais por curiosidade, já que normalmente fujo de leituras que abordam temas emocionalmente fortes, pois sempre acabo ficando um pouco depressiva durante ou depois da leitura. Porém por mais "melancólica" que a história de Victoria seja, a luta dela pela sua sobrevivência e o amadurecimento da personagem no decorrer do livro, nos surpreende com uma bela história de perdão, gratidão e amor.

A Linguagem das Flores é um livro que nos leva a refletir sobre o verdadeiro valor da família e como esses laços que muitas vezes em nossos momentos de "rebeldia" desprezamos são os mais importantes que temos em nossas vidas. Tudo o que Victoria sempre quis era ter uma família e ser amada, mas ela precisou perder as oportunidades que a vida lhe deu de presente, para saber a dar valor a isso.

Uma história que vale apena ser lida, com calma e com muito carinho, pois assim com uma flor que desabrocha da primavera, ela vai revelando a sua beleza a cada capítulo.
Recomendo!


junho 03, 2012

A Maldição do Tigre por Colleen Houck


• ISBN: 9788580410266
• Editora: Arqueiro
• Ano: 2011
• Número de páginas: 352
• Classificação: 4 estrelas
Onde Comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa, Submarino - Compare os Preços.



Sinopse:

Kelsey Hayes perdeu os pais recentemente e precisa arranjar um emprego para custear a faculdade. Contratada por um circo, ela é arrebatada pela principal atração: um lindo tigre branco. Kelsey sente uma forte conexão com o misterioso animal de olhos azuis e, tocada por sua solidão, passa a maior parte do seu tempo livre ao lado dele. O que a jovem órfã ainda não sabe é que seu tigre Ren é na verdade Alagan Dhiren Rajaram, um príncipe indiano que foi amaldiçoado por um mago há mais de 300 anos, e que ela pode ser a única pessoa capaz de ajudá-lo a quebrar esse feitiço. Determinada a devolver a Ren sua humanidade, Kelsey embarca em uma perigosa jornada pela Índia, onde enfrenta forças sombrias, criaturas imortais e mundos místicos, tentando decifrar uma antiga profecia. Ao mesmo tempo, se apaixona perdidamente tanto pelo tigre quanto pelo homem.


A Maldição do Tigre foi um livro que não me despertou muito interesse logo no seu lançamento. Na época lembro que pensei “Lá vem mais um livro sobrenatural, com uma mocinha irritante, narrativa clichê e um triangulo amoroso para dar o toque final à história.” Bem em parte o livro realmente tem alguns destes ingredientes, mas confesso que fui surpreendida em muitos pontos dele.

O que realmente me atraiu no livro foi à cultura indiana. Eu adoro aquele misticismo, e o fato da mitologia hindu até hoje não ter sido muito explorada na literatura faz com que o livro tenha um toque especial. Alguns dos meus trechos favoritos da história foram os que o Sr. Kadam contava para Kelsey, as lendas da Índia, com seus vários deuses e deusas misteriosos. 

O Sr. Kadam se tornou um dos meus personagens favoritos do livro. Ele é leal, sábio e protetor, características estas que são suficientes para entender por que Ren confia tanto nele, e principalmente por que é tão fácil gostar dele. O Sr. Kadam é aquele avô que todo mundo gostaria de ter. Ele é aquele tipo de pessoa que você sabe que vai estar ali disposta a te ajudar sempre.

Ren, ou melhor, Alagan Dhiren Rajaram é realmente um príncipe. Não só pelo título real que carrega, mas pelo seu cavalheirismo, força, inteligência e claro por ser lindo e muito fofo, tanto como tigre branco, tanto como humano. Por mais impulsivas que algumas da suas atitudes, às vezes possam parecer, ele consegue transmitir uma segurança, uma paz que é impossível durante a leitura você não se encantar por ele. Ren é uma pessoa especial, e o melhor, não faz muito esforço para ser assim.

Do lado oposto temos o tigre negro, o irmão encrenqueiro de Ren e também príncipe Sohan Kishan Rajaram. Kishan tem uma personalidade cativante. Nada sutil e com um fraco por criar encrencas, ele é responsável por algumas das partes engraçadas do livro o que ajuda a quebrar um pouco o clima pesado da história. Afinal a história é sobre uma maldição que transformou os dois príncipes em tigres, tinha que ter algo ou alguém que suavizasse um pouco o drama.

Agora falar da Kelsey vai ser difícil, mas vamos lá. Ela no começo me despertou simpatia, mas ao terminar o livro o único sentimento que eu conseguia nutrir por ela era uma raiva tão grande que me vez chorar. Toda a imagem que eu tinha dela, de menina altruísta, disposta a enfrentar grandes perigos para libertar Ren e Kishan da maldição se desfez na reta final do livro. A visão que fique Kelsey é de uma menina mimada, rabugenta, egoísta e que não se importa em magoar as pessoas se isso evitar que ela se magoe. Entendo que todo mundo precisa de um pouco de auto-preservação, mas o que ela fez não é aceitável, por mais desculpas e explicações que ela dê para seu comportamento infantil.  A frase que melhor descreve como estou me sentindo é: “Eu estou inconformada” e sem mais nada a declarar sobre ela.

Colleen Houck escreve muito bem. A narrativa da autora é envolvente rica em detalhes sem ser chata. Você percebe que ela realmente pesquisou a fundo as lendas da Índia e conseguiu transportá-las para o livro de forma que elas se encaixaram e criaram um plano de fundo mágico, misterioso e perigoso, mas sem ser forçado. As únicas coisas que não gostei, foi que ela seguiu muito as regras do gênero sobrenatural, sim eu disse regras por que em minha opinião, parece que estes ingredientes viram essenciais para se criar um livro do gênero.

Primeiro, o bendito triangulo amoroso. Gente será que não dá para mudar o disco um pouco? São sempre dois rapazes interessados na mesma menina, menina está que se acha feia e que não entende como dois meninos lindos podem gostar dela. Segundo, por que a mocinha tem que ser tão irritante e dependente de um super herói o tempo todo? Por mais independentes que elas tentem demonstrar ser, nunca conseguem dar um passo a frente sem colocar as suas preciosas vidas em risco.  Terceiro e último (prometo). Por que estes homens fantásticos sempre são super milionários sem precisar pegar em uma vassoura para conseguir isso? Tudo bem aqui eu dou até um desconto, eles são dois príncipes, mas vocês já reparam que a receita básica é sempre esta?  Por favor, originalidade nunca sai de moda e já passou da hora dos autores perceberem isso.

A Maldição do Tigre é um livro ótimo! Eu gostei demais da história tanto que não vejo à hora de ler a continuação da saga, mas sou sincera e não poderia deixar de mencionar os itens que me incomodaram durante a leitura.

Tudo o que vocês ouviram falar do livro é verdade. Ele é divertido, delicado, cheio de aventuras que levam ao leitor a uma viagem fantástica por uma terra exótica e cheia de segredos guardados esperando serem revelados. Leiam, mesmo que ao final vocês acabem como está que vos escreve; “inconformada”, posso garantir que a leitura  não decepciona!



abril 08, 2012

O Melhor de Mim por Nicholas Sparks

O Melhor de Mim por Nicholas Sparks.                                                                            


Ficha Técnica.

Editora: Arqueiro
Autor: Nicholas Sparks
ISBN: 9788580410495
Ano: 2012
Edição: 1
Número de páginas: 272
Classificação: 4 estrelas
Onde Comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa, SubmarinoCompare os Preços.


Sinopse:                                                                                              

O Primeiro Amor Deixa Marcas Para a Vida Inteira.

Na primavera de 1984, os estudantes Amanda Collier e Dawson Cole se apaixonaram perdidamente. Embora vivessem em mundos muito diferentes, o amor que sentiam um pelo outro parecia forte o bastante para desafiar todas as convenções de Oriental, a pequena cidade em que moravam. Nascido em uma família de criminosos, o solitário Dawson acreditava que seu sentimento por Amanda lhe daria a força necessária para fugir do destino sombrio que parecia traçado para ele. Ela, uma garota bonita e de família tradicional, que sonhava entrar para uma universidade de renome, via no namorado um porto seguro para toda a sua paixão e seu espírito livre. Infelizmente, quando o verão do último ano de escola chegou ao fim, a realidade os separou de maneira cruel e implacável. Vinte e cinco anos depois, eles estão de volta a Oriental para o velório de Tuck Hostetler, o homem que um dia abrigou Dawson, acobertou o namoro do casal e acabou se tornando o melhor amigo dos dois. Seguindo as instruções de cartas deixadas por Tuck, o casal redescobrirá sentimentos sufocados há décadas. Após tanto tempo afastados, Amanda e Dawson irão perceber que não tiveram a vida que esperavam e que nunca conseguiram esquecer o primeiro amor. Um único fim de semana juntos e talvez seus destinos mudem para sempre. Num romance envolvente, Nicholas Sparks mostra toda a sua habilidade de contador de histórias e reafirma que o amor é a força mais poderosa do Universo - e que, quando duas pessoas se amam, nem a distância nem o tempo podem separá-las.

Resenha:                                                                                                                                                  

Mais um livro do autor Nicholas Sparks sendo resenhado aqui no blog. Desta vez vou compartilhar com vocês a minha opinião sobre o último lançamento do autor no Brasil, o livro O Melhor de Mim.  O livro me surpreendeu bastante não por ser uma linda história de amor, mas sim por todo o conjunto da obra.

O fato de o livro ter como plano de fundo a bela história de Amanda e Dawson conquista logo de cara os leitores que adoram livros românticos como eu. Mas durante a leitura fui percebendo que o autor procurava passar muito mais do que a história de duas pessoas que nunca conseguiram esquecer o seu primeiro amor. Fui percebendo que através das entre linhas que a mensagem final que Sparks pretendia passar ia muito além dos clichês. Aliás, embora não seja o tipo de livro com grandes surpresas, O Melhor de Mim não tem nenhum clichê. Ele consegue ser sensível e delicado sem ser enjoativo durante toda a narrativa. De todos os livros que li do autor até hoje, diria que este foi o mais “humano” deles.

Dawson é um homem com 42 anos, que vive solitário e carrega nas costas e na alma o que parece ser o peso de todo mundo. Dawson nunca se casou, passou a vida toda se culpando e tentando remediar os danos que ele acreditava ter feito no passado. O fato de ter nascido em uma família de criminosos, nunca o impediu em sua juventude de tentar ser uma pessoa melhor, mas por um acaso de destino tudo pelo que ele sempre lutou foi por água abaixo mudando para sempre a sua vida.

Amanda também aos seus 42 anos é casada em tem três filhos. Amanda e o seu marido Frank nunca se recuperam do baque de perder uma filha ainda bebê para o câncer. A morte da pequena Bea afastou o casal, transformando Frank em um alcoólatra e Amanda em uma mulher triste e sofrida. O relacionamento de Amanda com sua mãe Evelyn nunca foi um dos melhores, fato que vez com que ela procurasse meio que sem querer Tuck, um velho amigo do seu primeiro namorado Dawson para desabafar e encontrar um pouco de conforto para o seu coração.

Após o falecimento de Tuck, Amanda e Dawson se reencontram para prestar a sua última homenagem ao amigo e descobrem que o amor que sentiam um pelo outro na adolescência nunca morreu. Em um final de semana muitas das certezas que ambos tinham são confrontadas e suas vidas acabam transformadas para sempre.

Durante a leitura somos levados a vivenciar situações e escolhas difíceis.O livro em si não é romântico, mesmo que a primeira vista passe isso a sensação que tive enquanto lia, era de aprendizado. O Melhor de Mim me levou a refletir sobre o poder das escolhas que fazemos na vida. Certas ou erradas são decisões que não podemos voltar atrás, e que direta ou indiretamente nossas escolhas interferem na vida das pessoas que nos amam.

Confesso que no capítulo 18 já percebi com o livro terminaria, na verdade do meio para o fim o livro se encaminha para um final não emocionante propriamente dito, mas tocante. Você durante a leitura fica tão envolvido com a história que acaba sentindo uma mistura de tristeza, descrença e ao mesmo tempo de conformismo.  Sim conformismo, por que você sente e sabe, e por mais que queira mudar, que o final não poderia ser diferente.

Uma narrativa simples e delicada com personagens tão reais e complexos nos leva a analisar a próprias marcas que carregamos na vida, e a pensar assim com Amanda e Dawson se não está na hora de deixar alguns “fardos” e culpas que carregamos para traz. Palavras com libertação, perdão e esperança resumem bem o que Nicholas Sparks tenta passar com mais este livro.

 Uma leitura que vale apena do começo ao fim!



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