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setembro 08, 2014

Cartas de Amor aos Mortos por Ava Dellaira

ISBN: 9788565765411
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 344
Classificação: Ótimo
Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.
Sinopse: Tudo começa com uma tarefa para a escola: escrever uma carta para alguém que já morreu. Logo o caderno de Laurel está repleto de mensagens para Kurt Cobain, Janis Joplin, Amy Winehouse, Heath Ledger, Judy Garland, Elizabeth Bishop… apesar de ela jamais entregá-las à professora. Nessas cartas, ela analisa a história de cada uma dessas personalidades e tenta desvendar os mistérios que envolvem suas mortes. Ao mesmo tempo, conta sobre sua própria vida, como as amizades no novo colégio e seu primeiro amor: um garoto misterioso chamado Sky. Mas Laurel não pode escapar de seu passado. Só quando ela escrever a verdade sobre o que se passou com ela e com a irmã é que poderá aceitar o que aconteceu e perdoar May e a si mesma. E só quando enxergar a irmã como realmente era — encantadora e incrível, mas imperfeita como qualquer um — é que poderá seguir em frente e descobrir seu próprio caminho.

Alguns livros chegam a nossas mãos sem nenhuma pretensão, mas acabam nos conquistando tão timidamente que só nos damos conta de como eles são especiais, quando repentinamente a leitura acaba. Carta de Amor aos Mortos é um livro que esconde por trás de toda a sua simplicidade uma história dramática, que de tão triste chega a ser linda e que me surpreendeu e me emocionou em diversos momentos.

A vida é um constante recomeço e para Laurel nunca recomeçar pareceu tão difícil. Sua irmã mais velha May partiu a seis meses de forma trágica, deixando ela sozinha para enfrentar não apenas os desafios do Ensino Médio, mas os que a vida sempre nos apresenta também.  Laurel não consegue entender por que a sua irmã fez isso com ela. O fato de sua mãe ter ido embora deixando ela com o pai e a tia Amy, faz com que seja ainda mais complicado lidar com a dor da perda.

Em seu primeiro dia de aula na escola nova, sua professora de inglês passa um trabalho um tanto intrigante, escrever uma carta para alguém que morreu. Porém por algum motivo Laurel não consegue escrever a carta para May, ao invés disso ela escreve uma carta para o Kurt Cobain. O que deveria ser apenas uma mensagem se torna um hábito na vida de Laurel e ela passa a escrever diversas cartas não apenas para o Kurt Cobain, mas para outras celebridades já falecidas. Através dessas mensagens Laurel conta sua rotina com suas amigas Natalie e Hannah, e sua paixão pelo misterioso Sky. Em suas cartas, ela revela um pouco do seu frágil mundo e principalmente, fala tudo aquilo que não tem coragem de dizer em voz alta. Mas, até quando Laurel vai aguentar o peso de todos os seus medos e segredos?

Ava Dellaira criou uma personagem complexa que ao mesmo tempo em que me fazia querer ajuda-la a passar por todo o seu sofrimento, me dava vontade de dar um “sacode” para ver se ela acordava para vida e reagia. Laurel “idolatra” a irmã de tal forma que ela tenta meio que seguir os passos não muito certos de May. Vou confessar que isso, foi algo que me incomodou um pouco durante a leitura. Irritava-me bastante a maneira como ela se sentia inferior à irmã, e principalmente o fato de ela não “encarar” que assim como todo mundo May estava longe de ser perfeita. Na verdade, fiquei com muita raiva da May em muitos momentos, pois como irmã sua “obrigação” era proteger a Laurel e ela (...). Bem, ela ao menos em meu ponto de vista deixou a desejar nesse quesito.

Talvez o motivo que me deixou tão encantada pelo livro é que assim como a Laurel, tenho uma imensa dificuldade de falar o que e como eu me sinto. Motivo pelo qual só faço resenhas escritas e escrevo a coluna Divagando. Parece que quando escrevo, alguma coisa em minha mente se encaixa e de certa forma consigo me entender melhor. Só quem sentiu a dor de perder alguém importante na vida sabe como é complicado lidar com esse sentimento. Por isso em muitos momentos durante a leitura eu me vi um pouco na Laurel. 

A maneira como a autora desenvolveu o enredo fez com que a cada capitulo eu fosse desvendando os segredos da protagonista e com isso fui me sentindo mais próxima a ela. O final me deixou ao mesmo tempo orgulhosa e triste. Orgulhosa por que a sua maneira Laurel conseguiu sobreviver à dor, e triste por que ela não precisava ter passado por tantas coisas ruins. Ou talvez precisasse, não sei (...). Afinal a vida tem um jeito “curioso” de nos ensinar às vezes.

"Todos nós queremos ser alguém, mas temos medo de descobrir que não somos tão bons quanto todo mundo imagina que somos".

Carta de Amor aos Mortos possui uma narrativa cativante que nos mostra o valor que família e as amizades tem em nossas vidas.  O livro ainda nos deixa uma bela lição, que por mais complicadas que algumas situações possam parecer. Sempre haverá bons momentos na vida. E é isso que realmente importa.

agosto 07, 2014

Fique onde Está e Então Corra por John Boyne

ISBN: 9788565765404
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 224
Classificação: Ótimo
Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.
Onde Comprar: Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Submarino - Compare os Preços.


Sinopse: Em meio às tragédias da Primeira Guerra Mundial, o amor é a única arma de um garoto para curar seu pai. Alfie Summerfield nunca se esqueceu de seu aniversário de cinco anos. Quase nenhum amigo dele pôde ir à festa, e os adultos pareciam preocupados — enquanto alguns tentavam se convencer de que tudo estaria resolvido antes do Natal, sua avó não parava de repetir que eles estavam todos perdidos. Alfie ainda não entendia direito o que estava acontecendo, mas a Primeira Guerra Mundial tinha acabado de começar. Seu pai logo se alistou para o combate, e depois de quatro longos anos Alfie já não recebia mais notícias de seu paradeiro. Até que um dia o garoto descobre uma pista indicando que talvez o pai estivesse mais perto do que ele imaginava. Determinado, Alfie mobilizará todas suas forças para trazê-lo de volta para casa.

Sempre acho admirável a capacidade de um autor transformar um tema pesado e triste, em algo mais leve e tocante. E se tem um autor que consegue fazer isso é o John Boyne.  Com uma escrita simples e repleta de pequenos detalhes que engrandecem a narrativa, Fique Onde Está e Então Corra, é um daqueles livros que nos deixa com coração apertado ao mesmo tempo em que nos mostra de que apesar do seu modo “torto”, a vida sempre se encarrega de fazer com que as coisas acabem de certa forma, - bem.

O dia 28 de julho de 1914, era um dia muito especial para o pequeno Alfie Summerfield. Afinal, não é todo dia que um garotinho completa cinco anos. Porém, enquanto sua pequena festa estava sendo preparada, quis o destino que essa data ficasse para sempre marcada na história como o inicio da Primeira Grande Guerra. Logo todos os homens de Londres e do restante do país começaram a se alistar, incluindo o pai de Alfie, Georgie. Todos acreditavam que a guerra acabaria antes do natal daquele ano, só que o natal chegou e passou e ela não acabou.

Sem a renda do marido a mãe de Alfie, Margie precisou sair de casa e trabalhar como enfermeira, mas o salário que ela recebia no hospital não era o suficiente para afastar o fantasma da miséria de suas vidas. Margie então começou a lavar e costurar para algumas mulheres ricas de Londres durante suas folgas. Porém, nem assim ela não conseguia fugir da ameaça que estava cada vez mais próxima de sua porta. Ao perceber que a sua mãe estava desesperada com a possibilidade de ambos passarem fome, Alfie começa a trabalhar escondido como engraxate na estação de King’s Cross. Essa foi sua maneira silenciosa de ajudar a mãe, enquanto a guerra não acabava.

A essa altura Alfie já tinha nove anos e após dois anos de guerra seu pai tinha parado de dar noticias. Margie dizia a ele que Georgie estava em uma missão secreta, mas algo dizia a Alfie que sua mãe estava mentindo. Um dia enquanto engraxava mais um par de sapatos, ele finalmente descobre uma pista que pode revelar o que aconteceu de fato com o seu pai. Alfie está decidido a descobrir a verdade e faz disso a sua própria missão secreta. Quando ele finalmente encontra suas repostas, ele descobre que as feridas mais profundas deixadas pela guerra não são aquelas que se tornam cicatrizes com o tempo. Mas, sim aquelas que ficam para sempre ocultas em nossas almas.

Confesso que “protelei” ao máximo a leitura desse livro. Sabe quando você tem medo do que o vai acontece no próximo capítulo? Foi exatamente assim que me senti. Tipo, Alfie não sabia o que tinha acontecido com o seu pai, estava vendo a mãe trabalhar que nem uma condenada sem conseguir sustentar a casa e ainda estava tendo a sua infância roubada por causa de uma guerra estúpida. Eu já estava tão “destruída” por conta de toda essa situação que sério, - eu estava morrendo de medo do mais que podia acontecer.

Fazia muito tempo que eu não sofria e não torcia tanto por um personagem, e toda determinação do Alfie só fazia crescer dentro de mim o sentimento de que “eu” precisava fazer com que todo aquele pesadelo acabasse. É incrível como algo tão terrível e cruel como uma narrativa de guerra, pode ficar tão delicada quando vista da perspectiva dos olhos de uma criança. É tão triste e ao mesmo tempo tão bonito, que chegou a partir meu “coração gelado” em mil pedacinhos. De verdade, não sei se fico feliz ou muito brava com o John Boyne, por me fazer chorar tanto como chorei (...).

“Ele tinha feito pela melhor razão do mundo. Por amor”.

Com uma narrativa envolvente do começo ao fim, Fique Onde Está e Então Corra é um livro que emociona ao mesmo tempo em que nos faz refletir a importância do amor e da família em nossas vidas. John Boyne mostrou mais uma vez, que para encontrarmos a beleza da vida precisamos olhar para ela com a mesma sutileza e a inocência dos olhos de uma criança. Mas, já aviso que é melhor deixar os lencinhos preparados.

julho 03, 2014

Aristóteles e Dante Descobrem os Segredos do Universo por Benjamin Alire Sáenz

ISBN: 9788565765350
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 392
Classificação:
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Sinopse: Dante sabe nadar. Ari não. Dante é articulado e confiante. Ari tem dificuldade com as palavras e duvida de si mesmo. Dante é apaixonado por poesia e arte. Ari se perde em pensamentos sobre seu irmão mais velho, que está na prisão. Um garoto como Dante, com um jeito tão único de ver o mundo, deveria ser a última pessoa capaz de romper as barreiras que Ari construiu em volta de si. Mas quando os dois se conhecem, logo surge uma forte ligação. Eles compartilham livros, pensamentos, sonhos, risadas - e começam a redefinir seus próprios mundos. Assim, descobrem que o amor e a amizade talvez sejam a chave para desvendar os segredos do Universo.

Confesso que comecei a leitura de Aristóteles e Dante Descobrem os Segredos do Universo em um misto de curiosidade, mas sem criar muitas expectativas. Porém, ao final me vi com lágrimas nos olhos e completamente apaixonada pela a história e por seus personagens. Esse livro me emocionou de tal forma, que posso garantir a vocês que sem sombra de dúvidas, ele foi uma das minhas melhores leituras desse ano.

A história se passa em El Paso no Texas e nos leva ao final da década de 80, uma época em que algumas regras eram bem mais rígidas, em especial quando o assunto era a educação dos filhos. Aristóteles Mendoza é um adolescente de 15 anos que sempre se sentiu diferente. Aparentemente Ari é um daqueles jovens que gosta de passar seu tempo sozinho e se incomoda um pouco com o excesso de preocupação de seus pais.  A família de Ari é um tanto complicada. Seu pai é um homem recluso que enfrenta os fantasmas da guerra do Vietnã , seu irmão mais velho, Bernardo está preso e todos de sua família agem como se ele estivesse morto. Mas para Ari, todos esses “segredos” em sua vida são um grande problema, que fazem com que ele se sinta a cada dia mais confuso e isolado de todos. 

Certo dia enquanto estava na piscina do Memorial Park, Ari conhece Dante Quintana e de uma maneira um tanto inusitada, acaba aceitando a ajuda de Dante para aprender a nadar. Dante ao contrário de Ari é extrovertido e sua família não costuma guardar segredos e nem seus sentimentos. Mas apesar de parecer que uma amizade entre dois garotos tão diferentes entre si seria possível, eles tornam-se amigos inseparáveis. Com o tempo Dante acaba se habituando ao jeito mais fechado de Ari, do mesmo modo que Ari se acostuma com temperamento mais emotivo de Dante. Juntos eles descobrem que alguns segredos do universo não são assim, - tão inescrutáveis.

Não sei dizer ao certo em que momento eu me apaixonei pela a história. Mas quando um autor consegue trabalhar temas e personagens complexos com delicadeza, ele sempre acaba me conquistando. A narrativa de Benjamin Alire Sáenz é singela, porém de uma sensibilidade tão grande que fez com que eu me sentisse parte da história. Rico em diálogos inteligentes e mesclando com perfeição momentos leves e divertidos com situações mais dramáticas, Sáenz criou uma história que me deixava com um sorriso no rosto e ao mesmo tempo com o coração apertado.

Talvez o que mais me encantou aqui foi à maneira com o autor estruturou as famílias. De um lado temos uma família marcada por grandes tragédias e que ainda está buscando uma forma de lidar com elas. Já do outro lado isso não existe, o que torna perceptível que direta ou indiretamente acabamos sempre sendo um reflexo do ambiente familiar em fomos criados. De algum modo o autor nos leva e entender melhor, algumas atitudes que nossos pais tomam quando somos jovens demais para saber como a loucura da vida funciona.  Se é que depois de adultos conseguimos entender.

Benjamin Alire Sáenz escreveu uma obra que aborda temas que ainda são complexos em nossa sociedade e nos faz rever nossos “pré-conceitos” de uma maneira muito real, dolorosa e doce ao mesmo tempo.  Foram inúmeros momentos em que eu senti toda angustia e a revolta do Ari, por viver em uma casa tão cheia de segredos e de não saber ao certo quem era e quem deveria ser. E em outras ocasiões fiquei comovida com a maneira tão bela e sensível com que o Dante via a vida. Sofri e chorei, ri e me emocionei com esses dois garotos tão diferentes e parecidos que acabaram conquistaram um lugar especial em meu coração.

“Fiquei pensando que poemas são como pessoas. Algumas pessoas você entende de primeira. Outras você simplesmente não entende… e nunca entenderá.”

Aristóteles e Dante Descobrem os Segredos do Universo, possui um enredo envolvente que nos leva em uma viagem ao nosso pequeno universo particular. Que independente da idade que temos sempre é cheio de incertezas, medos, alegrias e sonhos que queremos realizar. Obrigada Benjamin Alire Sáenz, por me presentear com essa lindíssima obra ().

junho 09, 2014

O Tesouro da Encantadora por Caroline Carlson


ISBN: 9788565765312
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 400
Classificação: Ótimo
Onde Comprar: Livraria Cultura, Livraria Saraiva - Compare os Preços.
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Sinopse: A Quase Honrosa Liga de Piratas - Livro 01
Há muitos anos, quando objetos mágicos eram tão comuns quanto panelas nos lares de Augusta, a magia era controlada por uma feiticeira muito poderosa: a Encantadora das Terras do Norte. Certo dia, cansada de sofrer ataques de cidadãos que queriam usar os poderes de maneira ilícita, ela resolveu se vingar: recolheu a maioria dos itens mágicos do reino e desapareceu, deixando os cidadãos sem notícias de seu paradeiro nem desse magnífico tesouro. Anos depois, quando Hilary Westfield decidiu que queria ser pirata, nem imaginava que estava prestes a participar da caça ao maior tesouro de todos os tempos. Afinal, tudo o que a preocupava era fugir da Escola da Senhorita Pimm para Damas Delicadas, onde as jovens da alta sociedade aprendiam a valsar, desmaiar e se comportar à mesa. Hilary não via utilidade nenhuma naquelas lições e queria se juntar à Quase Honrosa Liga de Piratas. Qualificações não lhe faltavam, mas a Liga não admitia garotas em sua equipe de algozes e pilantras. Decidida a partir para alto-mar a qualquer custo, Hilary responde ao anúncio de um pirata autônomo em busca e membros para sua tripulação. De repente, ela se vê no meio de uma aventura marítima em busca do tesouro mais valioso do reino: o tesouro da Encantadora. Para encontrá-lo, ela contará com um mapa sem X e precisará enfrentar o vilão mais traiçoeiro — e surpreendente — de todos os mares.

Fascinada como sou por histórias de piratas, logo nas primeiras páginas de O Tesouro da Encantadora, fui conquistada por uma narrativa simples, divertida e cheia de aventuras. Apesar de já estar curiosíssima para ler esse livro, confesso que em partes ele se revelou uma ótima surpresa, não apenas por possuir elementos que me agradam em uma leitura, mas por me cativar completamente por seus personagens.

Há muitos anos nas terras de Augusta, existia a Encantadora das Terras do Norte que dedicava a sua vida a manter em equilíbrio o uso da magia por todo reino. A Encantadora dividia por toda a população itens mágicos poderosos, mas depois de um incidente misterioso ela recolheu todos os objetos que conseguiu e simplesmente desapareceu das terras do reino.

Dizem os antigos que o motivo, que levou a Encantadora a tomar essa atitude tão drástica foi o fato da população estar usando a magia de modo indevido e abusando do poder que esses tais objetos possuíam. Várias lendas surgiram conforme os anos se passaram, e muitos foram os que se aventuraram em busca do lendário tesouro da Encantadora.

A pequena Hilary Westfield cresceu ouvindo essas histórias, inclusive a sua família de possui um dos poucos objetos mágicos existentes em Augusta, uma simpática Gárgula feita pela própria Encantadora cuja, a sua missão é proteger a família Westfield. Crescendo em meio a tantas histórias de aventuras do mar e de caça aos tesouros, Hilary acalentou em seu coração o sonho de um dia ser uma grande e destemida pirata.  Mas quando Hilary tenta ingressar na Quase Honrosa Liga de Piratas (QHLP), ela não é aceita pelo simples detalhe de ser uma menina.

Claro que como uma valente pirata ela não se contentou com um, “não” como resposta, ela então tentou convencer o seu pai o almirante James Westfield, a ajuda-la a realizar seu sonho. Porém o que ela não imaginava é que estava prestes a se afogar em um verdadeiro pesadelo.  Disposto a tirar essa ideia maluca da cabeça de sua filha, o almirante Westfield, manda Hilary para Escola da Senhorita Pimm para Damas Delicadas, para que ela aprenda de uma vez por todas como uma dama da alta sociedade deve se comportar. Só que seu pai pensa que ela desistirá do seu objetivo tão fácil assim ele está muito enganado, pois Hilary se mostrará ainda mais impetuosa e determinada a se tornar uma verdadeira pirata.

O que mais me cativou em O Tesouro da Encantadora foram os personagens.  Todos possuem uma personalidade tão peculiar, que é impossível não se afeiçoar a eles. Eu adorei Srta. Eloise Greyson, a governanta da Hilary. Ao mesmo tempo em que, a Srta. Greyson mostrava ser uma pessoa delicada e serena, ela conseguia ser forte, destemida e muito engraçada também.  Os piratas, Jasper e Charlie são um tanto atrapalhados, mas isso os torna ainda mais encantadores. E o que dizer da Gárgula e da melhor amiga da Hilary, a Claire? Momentos de pura fofura são garantidos com elas.  Lógico que como toda a história, aqui também temos aqueles personagens não tão queridos assim. Senti muita raiva em meu coraçãozinho pelo almirante Westfield e da própria Encantadora. Ambos se revelaram personagens egoístas que só pensavam em si mesmo.

A escrita de Caroline Carlson é tão contagiante que eu realmente me sentia dentro de um barco pirata vivendo aventuras divertidíssimas. Toda a forma com que o livro foi construído dos diálogos, até a presença de cartas, anúncios de jornais e outros detalhes tornaram a narrativa agradável e mais dinâmica.  Apesar de ser um livro bem infantojuvenil (estou tendo crise de idade... disfarça) e que em alguns momentos fiquei um pouco irritada com a teimosia da protagonista, simplesmente adorei a leitura e já estou bastante ansiosa pela continuação da série.

"- Por favor, não me diga para ser uma boa mocinha - ela disse. A srta. Greyson fungou e se levantou. - Minha querida - ela disse -, eu jamais sonharia em fazer isso."

Se você está em busca aventura e diversão é só embarcar nesse navio marujo, por que isso eu posso garantir que aqui não falta!

maio 26, 2014

Escolha por Kiera Cass


ISBN: 9788565765374
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 352
Classificação: Muito Bom
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Onde Comprar: Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Submarino - Compare os Preços.








Sinopse: The Selection - Livro 03. A Seleção mudou a vida de trinta e cinco meninas para sempre. E agora, chegou a hora de uma ser escolhida. America nunca sonhou que iria encontrar-se em qualquer lugar perto da coroa ou do coração do Príncipe Maxon. Mas à medida que a competição se aproxima de seu final e as ameaças de fora das paredes do palácio se tornam mais perigosas, América percebe o quanto ela tem a perder e quanto ela terá que lutar para o futuro que ela quer.

Que A Escolha era um dos livros mais esperados por mim esse ano, acredito que não é nenhum segredo para vocês. Confesso que às vezes, até eu mesma fico surpresa ao perceber o quanto eu me encantei por uma trilogia que relutei tanto em começar a ler, por acreditar que não passava de mais uma “modinha literária”. Sim, - mordi a língua novamente e isso não foi nem um pouco legal, mas posso garantir a vocês que aprendi a lição.

Cheguei a comentar na minha resenha de Contos da Seleção (O Guarda), que eu estava um pouco receosa com o desfecho que a autora Kiera Cass daria para história, e durante a leitura de A Escolha passei por uma enorme contradição de sentimentos. Mas embora nem tudo tenha sido “perfeito”, acredito que o final foi bem condizente com o que a autora se propôs a escrever.

Se você ainda não leu os livros da série pule quatro parágrafos. Risco de spoiler.

America Singer finalmente parece saber quais são os seus verdadeiros sentimentos em relação ao príncipe Maxon, mas o problema é que a Seleção ainda não terminou e o rei Clarkson está mais do que empenhado em não deixar que ela se torne próxima princesa de Illéia.  Enquanto ela se esforça ao máximo para ficar longe da tirania do rei e mostrar que ela é a escolha certa para Maxon, os conflitos entre os rebeldes e o governo aumentam.

Os rebeldes estão cada vez mais próximos dos salões do palácio, ameaçando a vida de todos aqueles que se colocam em seu caminho. Em meio à tensão que cresce a cada dia, Maxon e America estão dispostos a descobrir a verdade do que está acontecendo fora dos holofotes de a Seleção. Mas, como toda escolha seguir seus corações pode ser a decisão mais arriscada que ambos já tomaram em suas vidas. O tempo está acabando e apenas uma garota ficará com a coroa e com o coração do príncipe.

Quem já leu os livros anteriores vai concordar comigo que em partes, toda a história gira em torno das “crises sentimentais” da America. É desesperador o dom que ela tem de por os pés pelas mãos nas situações mais decisivas. Em alguns momentos o comportamento dela é tão infantil e egoísta que eu ficava: “Não, America você não fez isso”. Sério! Cheguei a quase chorar de raiva dela às vezes. Eu esperava que em A Escolha, a America se comportasse de uma maneira mais madura e houve várias ocasiões que as atitudes dela foram nobres, ao ponto de me deixar orgulhosa dela. Porém, em outras ela complicava tanto o que era simples, que quase colocava tudo a perder. 

É triste constatar que justo a personagem que tinha tudo para crescer durante a história não amadureceu. A verdade é senti que todos os demais personagens da trama, até mesmo a Celeste passaram por algum tipo de mudança significativa, menos a America (...). O Maxon, durante o desenvolvimento da história foi deixando a imagem superficial de “príncipe encantado”, se revelando por completo como uma pessoa “comum”. Admito que após a leitura de A Elite a minha visão dele já vinha sofrendo uma pequena mudança. Só que foi durante a leitura do ultimo livro, é que eu acabei percebendo como ele é um personagem especial para mim. Gosto do Aspen também, e acredito que ele tinha tudo para ser um personagem mais decisivo, se tanto ele como todo potencial da história tivessem sido mais bem explorados.

No meu ponto de vista a grande falha da trilogia A Seleção foi ser “vendida” como uma distopia. Mesmo ela possuindo alguns poucos elementos do estilo, infelizmente ela está muito longe de ser de fato uma distopia. Durante todo o desenvolvimento da trilogia eu fiquei esperando que a autora deixasse um pouco de lado o romance de “conto de fadas” e se aprofundasse mais na questão política da história. Em seus primeiros capítulos, A Escolha realmente prometia que isso iria acontecer, pois comparando este com os livros anteriores ele possui um ritmo muito mais rápido e dinâmico. Houve muitos momentos de ação e tensão que me deixaram com o coração na mão e ansiosa pelo capítulo seguinte.

Mas, depois de um determinado ponto eu senti que a autora preferiu seguir por um caminho mais ”confortável” focando no romance e em todo drama que cerca o triângulo amoroso Maxon,America e Aspen, não dando mais detalhes do que sem sombra de dúvidas seria o ponto mais alto e emocionante de toda a trilogia. O final embora fofo (sim é óbvio que eu chorei) foi apressado me deixando com aquela sensação inquietante que apesar de ser bom, ele poderia e deveria ter sido infinitamente melhor. 

“Você disse que, para acertar as coisas, um de nós teria que dar um salto de fé. Acho que encontrei o abismo que devo saltar, e espero encontrar você à minha espera do outro lado.”

Longe de ser o final perfeito, A Escolha fecha uma história que conquistou meu coração apesar de suas inúmeras falhas. Amei, odiei e amei de novo.  E sim Maxon, meu é todo seu.

março 27, 2014

Contos da Seleção por Kiera Cass: O Guarda

ISBN: 9788565765329
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 257
Classificação: Bom
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Sinopse: Contos da Seleção: O Príncipe & O Guarda. Os dois contos que se passam no universo criado por Kiera Cass, autora da trilogia A Seleção, agora estão disponíveis em edição impressa. Em “O Príncipe e O Guarda”, o leitor pode acompanhar de perto os pensamentos e emoções dos dois homens que lutam pelo amor de America Singer. Antes de America chegar ao palácio, já havia outra garota na vida do príncipe Maxon. O conto O príncipe não só proporciona um vislumbre das reflexões de Maxon nos dias que antecedem a Seleção, como também revela mais um pouco sobre a família real e as dinâmicas internas do palácio. Descobrimos como era a vida do príncipe antes da competição, suas expectativas e inseguranças, assim como suas primeiras impressões quando as trinta e cinco garotas chegam. Para America, a vida antes da Seleção também era muito diferente. A começar pelo fato de que ela estava completamente apaixonada por um garoto chamado Aspen Leger. Criado como um Seis, ele nunca imaginou que acabaria se tornando membro da guarda do palácio. Em O guarda, acompanhamos Aspen a partir do momento que o grupo de trinta e cinco garotas da Seleção é reduzido para a Elite, conhecemos sua rotina dentro das paredes da casa da família real — e as verdades sobre esse mundo que America nunca chegou a conhecer.

Quem acompanha o blog há mais tempo, sabe que A Seleção é uma das minhas trilogias favoritas e que já postei uma “resenha resumo” dos dois primeiros livros: A Seleção e A Elite como também do conto do O Príncipe aqui no blog.  Por esse motivo, essa resenha será apenas do conto O Guarda. Ah! Podem ler ser medo, que a resenha não tem spoiler, - eu acho pelo menos.

Um fator que diferencia a trilogia A Seleção de outras que já li, é que aqui eu não consigo “escolher um lado”. Enquanto eu vejo os fãs se dividindo entre ser Team Maxon ou Team Aspen, confesso que nenhum dos protagonistas conseguiu me conquistar para o seu time. Porém, - sim a um “porém”. Algumas atitudes do Aspen me deixam mais irritada com ele, do que com Maxon. Mas, não sei se isso dá alguma vantagem para o príncipe.

Enquanto o conto, O Príncipe nos apresenta o ponto de vista do Maxon no período que antecedeu A Seleção e o principio dela, em O Guarda temos a visão do Aspen dos acontecimentos narrados em A Elite. É interessante conhecer a história por outro ponto de vista, em especial por que em A Elite, a America foi um pouco “chatinha” praticamente o livro todo.

Aspen, está no castelo para proteger a família real, mas isso não quer dizer que ele concorda com a forma que as coisas funcionam. Através de suas percepções, nos é apresentado outra realidade do castelo. Conhecemos melhor não somente a sua rotina, mas o dia a dia dos demais empregados. Eles deixam de ser “sombras”, para se tornarem personagens mais ativos na narrativa. E de certa forma eu gostei bastante de conhecer esse lado história, pois os fatos me pareceram mais reais e, e com isso a narrativa ganhou um toque mais verdadeiro.

 Determinado a se redimir, Aspen está disposto a fazer de tudo para reconquistar o amor de America. Até ai tudo bem, afinal quem nunca tentou reconquistar um grande amor (?). Só que a forma como ele faz isso, é o que me incomoda.  Uma coisa é ele querer mostrar para America que o Maxon, não é tão encantador como ele parece. Sim, por que é óbvio que ele não é perfeito. Mas, depois de tudo o que aconteceu após o baile de Halloween, ter atitudes que podem colocar tanto a America com ele em risco, é algo completamente desnecessário em minha opinião. Ao menos eu, não vejo nada de romântico nisso.

Outro detalhe em especial é que neste conto, ficou muito perceptível que autora tenta fazer com que o leitor se encante pelo Aspen. Ela realça muito as qualidades dele, e o quanto ele é bom para a America e com todos que o cercam. Entendam, - não é que eu não goste dele e prefira o Maxon. Só achei um pouco forçada essa visão, “encantadora” que a Kiera tenta passar do Aspen aqui.  Após concluir a leitura de Os Contos da Seleção, algo me leva a crer que talvez o final da trilogia, não será bem o esperado e sinceramente, eu ainda não sei como me sinto a respeito disso (...).

"America era familiar para mim por mil razões. E, sob os vestidos de gala e as joias, essas razões ainda estavam lá."

Com extras exclusivos, Os Contos da Seleção é uma leitura obrigatória para os fãs da trilogia, que promete deixar os já ansiosos, ainda mais desesperados pelo lançamento de A Escolha. Please, Kiera Cass não me decepcione.

fevereiro 08, 2014

A Primavera Rebelde por Morgan Rhodes

ISBN: 9788565765275
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2013
Número de páginas: 424
Classificação: Ótimo
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Sinopse: A Queda dos Reinos - Livro 02.
Depois que o rei Gaius de Limeros conquistou as terras de Auranos e subjugou o povo sofrido de Paelsia, passou a dominar toda a Mítica com seu punho de ferro. A rica população de Auranos parece não se importar com o novo governante, desde que seus privilégios sejam mantidos; os paelsianos, como sempre, aceitam seu destino de exploração. Mas a tranquilidade é só aparente - grupos rebeldes começam a surgir nos reinos dominados, questionando as mentiras e os métodos sangrentos do novo rei. Enquanto isso, Gaius obedece à sua mais nova conselheira e dá início à construção de uma estrada passando pelas temidas Montanhas Proibidas. Mas essa via não servirá apenas para interligar os três reinos - ela faz parte de uma busca pela magia elementar, perdida há mil anos, que conferirá ao tirano um poder supremo. O que ninguém esperava era que essa obra desencadearia uma série de eventos catastróficos, que mudarão aquelas terras para sempre e forçarão Cleo, Magnus, Lucia e Jonas a tomar decisões até então inimagináveis.

O que fazer quando você termina um livro e não tem a continuação para ler? Entra em desespero claro! Assim que terminei a leitura de A Queda dos Reinos, não pensei duas vezes em solicitar A Primavera Rebelde a Editora Seguinte. Afinal, precisa saber que rumo à história tomaria a partir daquele momento. Logicamente, receie que meu entusiasmo acabasse em um belo balde de água fria com a continuação sofrendo da “terrível maldição do segundo livro”. Mas, para minha felicidade a narrativa não apenas manteve o mesmo nível que meu conquistou no primeiro livro, como consegui ser ainda mais envolvente.

Quem não quiser pegar spoiler do primeiro livro pulando para o quinto parágrafo agora.

Depois de conquistar os reinos de Auranos e Paelsia, o Rei Gaius domina todo o reino de Mítica não apenas como mãos de ferro, mas não excitando em derramar sangue inocente se isso for necessário para mostrar para a população o que acontece com quem ousa desafiar a soberania do famoso Rei Sanguinário. Só que os planos do perverso Rei de Limeros vão muito mais além do que apenas sobrejulgar os três reinos ao seu governo tirano. Gaius está em busca de um poder que nenhum outro rei já teve, e ele não medirá esforços até conseguir isso. Principalmente agora que segundo a sua nova conselheira ele está cada vez mais perto desse poder infinito.

Em Auranos a princesa Cleo precisa permanecer viva e se útil ao rei, pois essa é a sua única chance de encontrar uma forma de derrotá-lo e retomar seu trono. Com prisioneira no castelo que um dia ela chamou de lar, Cleo terá que controlar seu ódio por aqueles que mataram seu pai e roubaram seu reino, ao mesmo tempo em que ela corre contra o tempo, para tentar encontrar pistas que a levem a conseguir cumprir a missão que seu pai a deixou. Mas, quando Cleo pensava que as coisas não podiam piorar, ela se vê obrigada a dizer sim ao homem que em um passado não muito distante destruiu todos os seus sonhos.

Escondido nas profundezas das Terras Selvagens, Jonas tenta reunir o maior número de rebeldes possível para libertar seu povo do domínio do Rei Gaius. Afinal, enquanto o povo de Auranos continua a viver com todo luxo e conforto, o povo de Paelsia já tão sofrido devido a anos de exploração e descaso do seu ultimo líder, é escravizado pelo terrível rei. Uma população interira forçada a trabalhar na construção da estrada misteriosa que tem como objetivo unir os três reinos em um só. Jonas, assim como Cleo tem sede de vingança e esse sentimento pode transformar velhos inimigos em aliados, ou quem sabe em algo mais.

Enquanto isso princesa Lucia continua inexplicavelmente adormecida, após ter ajudado seu pai a conquistar o trono de Auranos. Já seu irmão, o príncipe Magnus enfrenta uma nova batalha todos os dias, pois seu pai o testa de todas as formas possíveis. O jovem príncipe nunca esteve tão dividido entre seus dilemas pessoais, mas ele presente que há algo que seu pai está escondendo de todos. Magnus está mais que determinado a ajudar e proteger Lucia do rei, porém assim como todos a sua volta ele também é forçando a cumprir as ordens de Gaius. Ordens essas que podem bagunçar ainda mais seus sombrios e controversos sentimentos.

Novamente me vi encantada pela narrativa da autora Morgan Rhodes. Por mais que você tenha como cenário, batalhas sangrentas e a busca por um poder devastador, a autora consegue dar leveza ao enredo dando a ele toques de aventura e romance. Morgan Rhodes também introduziu novos e importantes elementos na história, que além de deixar a narrativa rica em detalhes, conseguem tornar cada personagem único e especial.

Alguns fatos que aconteceram me fazem “desconfiar” que a autora está preparando uma grande reviravolta na história. E se a Lucia passou o livro todo praticamente “dormindo” e apagada, acredito que tanto ela como Magnus que continua sendo um enigma para essas que vos escreve, serão peças chaves para por um ponto final no reinado de terror do Rei Gaius. Claro que com uma grande ajuda de Cleo e Jonas.

“ Não se preocupe, princesa. Foi o primeiro e o último.”

Agora eis a questão mais complicada (...) Como eu vou aguentar a ansiedade para ler o terceiro livro da série? Por que a Morgan Rhodes tem que ser tão má e me deixar assim nessa aflição gente? Não é justo! Preciso saber o que vai acontecer com meu príncipe, Magnus Luka Damora. Por que sim, ele é o meu personagem favorito ().

Se você ainda não conhece essa série maravilhosa, de verdade você não sabe o que está perdendo. Aventura, batalhas épicas, personagens que você vai amar e odiar com a mesma intensidade, e pouco de romance e de magia para deixar tudo ainda melhor. O problema é segurar a ansiedade e esperar que o terceiro livro da série seja lançando. Pois afinal, eu tenho uma leve sensação que a partir de agora as coisas vão ficar ainda melhores. Recomendadíssimo!

fevereiro 01, 2014

O Histórico Infame de Frankie Landau-Banks por E.Lockhart

ISBN: 9788565765206
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2013
Número de páginas: 344
Classificação: Muito Bom


Sinopse: Aos catorze anos, Frankie Landau-Banks era uma garota comum, um pouco nerd, que frequentava a Alabaster, uma escola tradicional e altamente competitiva. Mas tudo muda durante as férias. Na volta às aulas para o segundo ano, o corpo de Frankie havia se desenvolvido, e ela havia adquirido muito mais atitude. Logo ela chama a atenção de Matthew Livingston, o cara mais popular do colégio, que se torna seu novo namorado e a apresenta ao seu círculo de amigos do último ano. Então Frankie descobre que Matthew faz parte de uma lendária sociedade secreta - a Leal Ordem dos Bassês -, que organiza traquinagens pela escola e não permite que garotas se juntem ao grupo. Mas Frankie não aceitará um "não" como resposta. Esperta, inteligente e calculista, ela dará um jeito de manipular a Leal Ordem e levantará questionamentos sobre gênero e poder, indivíduos e instituições. E ainda tentará descobrir se é possível se apaixonar sem perder a si mesma.


Confesso que a primeira vez que vi O Histórico Infame de Frankie Landau-Banks, não dei muita atenção para ele. Sofri daquele terrível mal de julgar o livro pela capa sabe? (...)Vergonhoso eu sei, mas foi justamente isso que aconteceu. Porém, conforme fui lendo algumas resenhas, comecei a ficar um tanto curiosa até que por fim me rendi e li o livro em apenas um dia.  O que foi uma surpresa e tanto, levando em conta que ele a principio não tinha me despertado tanto interesse.

Frances Rose Landau-Banks, ou apenas Frankie era uma típica adolescente de catorze anos. Assim como seu pai e sua irmã mais velha Zada, Frankie estuda no tradicional colégio interno Alabaster e aparentemente embora seja um membro ativo no Clube de Debates, passou seu primeiro ano sendo invisível para a grande maioria dos demais estudantes. Porém, esse segundo ano promete ser diferente, não apenas por que as mudanças físicas em seu corpo agora estão mais evidentes, mas sim por que o garoto mais popular do colégio, Matthew Livingston acaba de se tornar seu namorado.

Tudo estava bem na vida de Frankie, até que Alessandro Tesorieri , ou como era mais conhecido o Alfa aparecer e com ele algumas reuniões misteriosas, nas quais é estritamente proibida a participação de garotas.  Mas, Frankie com a sua mente afiada não está disposta a ficar de fora de nada que tenha haver com a vida do seu namorado, nem que para isso ela tenha que tomar medidas drásticas entre elas entrar sem convite na Leal Ordem dos Bassês. Só que enquanto Frankie se preparada para dominar a Alabaster, ela não se dá conta que pode colocar tudo o que conquistou a perder.

A narrativa da autora E. Lockhart é extremamente viciante, ao ponto de eu praticamente devorar o livro sem perceber. Por mais que durante a leitura, eu discordasse bastante de algumas atitudes da Frankie e achar tudo o que ela estava fazendo uma infantilidade enorme, simplesmente não conseguia largar o livro. Sabe quando você quer logo chegar ao final, só para ver a pessoa receber uma lição? Foi mais ou menos assim que aconteceu comigo. Tudo bem que a Leal Ordem dos Bassês não passava de um “clubinho bobo do bolinha” que queria só chamar a atenção, mas as atitudes da Frankie além de serem um pouco forçadas apenas serviram para reforçar o quanto era estúpido participar daquilo tudo.

Ok! Que esse ato de rebeldia da protagonista, sim por que para mim tudo o que ela fez no decorrer do enredo não passou de um ato rebeldia, pode ser visto como algo até que normal. Mas o grande problema, pelo menos em meu ponto de vista é que ela tinha inúmeras formas de se revoltar contra o “sistema”, e o que deveria provar que ela era tão boa e até melhor do que o Alfa acabou se tornando uma briguinha boba entre meninos e a menina, que obviamente não terminou lá muito bem.

O que me instigou na trama foi à maneira com a mente da Frankie funciona. Na verdade chega até ser um pouco assustador, ver alguém tão jovem capaz de articular um plano tão “maldoso”. Ela realmente se supera a cada nova ação, e se a intenção era provar a sua família e ao mundo que ela não tinha mais nada de “princesinha inocente” ela conseguiu. E como conseguiu!

“Segredos são mais poderosos quando as pessoas sabem que você os tem.”

Não chegou a dizer que O Histórico Infame de Frankie Landau-Banks é um livro intenso, mas de uma forma muito sutil e com um enredo bem elaborado, ele consegue prender a atenção a cada capitulo graças a seus personagens cativantes (mesmo que você não morra de amores por eles) e uma narrativa envolvente e intrigante. Posso garantir a vocês que passei o meu Natal em ótima companhia!

dezembro 18, 2013

A Queda dos Reinos por Morgan Rhodes




ISBN: 9788565765138
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2013
Número de páginas: 398
Classificação: Ótimo
Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.








Sinopse: Numa terra em que a magia havia sido esquecida e a paz reinara durante séculos, uma agitação perigosa ganha forma quando três reinos começam a lutar pelo poder. Entre traições, negociações e batalhas, quatro jovens terão seus destinos entrelaçados para sempre: Cleo, a filha mais nova do rei de Auranos; Magnus, o primogênito do rei de Limeros; Jonas, um camponês rebelde de Paelsia; e Lucia, uma garota adotada pela família real de Limeros que busca a verdade sobre seu passado.

Ok! Eu já posso imaginar o que vocês estão pensando; “Mais uma resenha de literatura fantástica Ane?”. Sempre procuro intercalar, os gêneros na hora de postar resenhas, só final de ano vocês já podem imaginar que mesmo uma pessoa insuportavelmente perfeccionista como eu, não consegue manter tudo na mais “perfeita” ordem.  Porém, se tem algo que posso falar de A Queda dos Reinos, é que a minha vida literária (2013) se dividiu entre o antes e o depois dele.

Depois que terminei a leitura, fique com aquela sensação que meu ano tinha fechado com chave de ouro e que nenhum livro seria tão bom como ele.  Fiquei uma semana sofrendo de "saudade literária", até me dar conta que faltava um pouquinho ainda para o ano terminar e que estava sendo injusta com meus outros livros. Um pouco dramático eu sei, mas quem nunca se sentiu assim depois de ler um livro fantástico, que me atire à primeira pedra.

Há séculos a paz e a prosperidade reina entre os reinos de Auranos, Paelsia e Limeros, ao menos era o que alguns imaginavam. Enquanto Auranos resplandecia em sua glória, o povo de Paelsia morria de fome, e em Limeros a sede de poder do tirano Rei Gaius crescia a cada dia. Alheios aos sombrios planos no pai, os jovens Magnus e Lucia estão prestes a ter suas vidas mudadas por conta da soberba do pai. Quando terríveis verdades vêm à tona, os dois terão que enfrentar sozinhos seus medos e dilemas.

Tudo o que o terrível Rei Gaius precisa era de apenas um motivo para incitar os povos de Limeros e Paelsia a se revoltarem contra a soberania de Auranos, motivo esse que graças à princesa Cleo ele consegue. Afinal ela não tinha ideia que seu rápido, porém traumático encontro com o camponês Jonas iria mudar não apenas a sua vida, mas o destino dos reinos para sempre.

Em A Queda dos Reinos, a autora Morgan Rhodes conseguiu mesclar tudo o que eu mais gosto em um livro, mas com o dobro de ação e aventura.  A narrativa da autora não é apenas envolvente, e sim viciante do tipo que faz você esquecer tudo o que tem para fazer, só para ficar lendo.  Talvez essa mistura de romances proibidos, magia antiga e guerra pareça clichê para algumas pessoas, porém mesmo eu estando bastante ansiosa para leitura desse livro e claro como medo de me decepcionar, acabei surpreendida e com um pouquinho de raiva da autora também. Não que isso seja uma coisa ruim, na verdade foi uma coisa ótima! (Ane e suas esquisitices).

Os personagens são tão bem construídos que no decorrer da trama, eu conseguia sentir todas as emoções, duvidas e medos de cada um.  Confesso que estou meio que “pressentindo” que vou me irritar muito coma Lucia na continuidade da série, mas por outro lado já sei que o Magnus conquistou meu coração a primeira vista. Os outros protagonistas também merecem destaque, mesmo a Cleo sendo um tanto fútil a principio, ela foi crescendo conforme o enredo evoluía. O mesmo aconteceu com o Jonas que me irritou bastante no começo, mas com seu jeito “rebelde” foi conquistando minha simpatia. E assim, só aqui entre nós (...) eu estou torcendo para que a Cleo e o Jonas fiquem juntos (). Sim, sim eu estou me achando a cupido. Já o “querido” Rei Gaius prefiro nem comentar (...), muito ódio no meu coraçãozinho por esse ser.

Outro ponto que não posso deixar de comentar é a riqueza na descrição dos reinos. Morgan Rhodes os descreveu com tanta maestria que era como se eu estivesse em cada reino. Há tantos mistérios, tanta magia antiga e tanta aventura nas páginas de A Queda dos Reinos que, confesso que estou encantada por essa série. Eu só não dou um coraçãozinho para o livro, por que a Morgan Rhodes foi muito má nesse primeiro livro, embora seja o tipo de maldade que eu aprecie nos autores.  Ok! Estou sendo chata, mas é só para não perder o costume mesmo.

“- A verdade só é perigosa se puder ferir.”

Para quem está em busca de uma boa aventura e personagens cativantes, A Queda dos Reinos vai conquistar você logo no primeiro capitulo e te levar para terras mágicas,cheias de mistérios e paixões proibidas. Quem venha a Primavera Rebelde!


outubro 08, 2013

Na Livraria - 01




Olá leitores!

Como vocês já puderam perceber hoje é dia de estreia da nova coluna aqui do blog, a Na Livraria. E para começar com o pé direito, vou compartilhar com vocês quais foram as minhas impressões da Trilogia A Seleção, da autora Kiera Cass, lançada no Brasil pela Editora Seguinte.

Admito que eu, estava receosa com essa série pelos velhos e bons motivos de sempre. Todo mundo falando super bem, resenhas com inúmeros elogios e todo aquele blá,blá,blá que já estamos acostumados. Porém, para minha imensa felicidade me surpreendi muito com a história. A escrita da autora Kiera Cass é muito bem estrutura o que torna praticamente impossível não se encantar com a história e seus personagens. 

No post de hoje eu vou comentar vocês um pouco, sobre os dois livros A Seleção e A Elite e o conto O Príncipe. Isso mesmo leitores, eu já li os três. Será que me tornei fã?

O cenário dessa história é Illéa, ou o que sobrou dos Estados Unidos depois que foi tomado pela China. Como toda distopia, A Seleção tem aquela sutil crítica ao modo de vida da sociedade atual, afinal se não fossem os abusos que levaram o “antigo” Estados Unidos a se afundar em dividas o país jamais teria sofrido o golpe que sofreu.

Em Illéa, a população é dividida pelo regime de castas, sendo que a “Um” a mais elevada, a que pertencem os membros da nobreza e a “Oito” a casta mais baixa na qual se “rotulam” todas as pessoas com deficiência, algum tipo de vicio ou sem teto, triste eu sei. Só essa denominação por número é um fator que deixa você com raiva do governo de Illéia já. Sei lá, parece ser tão injusto (...).

A protagonista da vez é América Singer, pertencente à casta “Cinco”, a casta dos artistas. Ou seja, em Illéia não é o seu talento que define qual a profissão você vai ter, e sim a casta a que você pertence. América é cantora (qualquer dica dada no sobrenome dela é mera coincidência), e para ajudar a família ela costuma se apresentar nas festas e eventos das castas mais altas. Mas, América possui um grande segredo. Há dois anos ela mantém um namoro proibido por lei com o Aspen, um simples trabalhador braçal da casta “Seis”.

Perdidamente apaixonada, América está disposta a se tornar uma seis desde que passe o resto da sua vida ao lado do seu grande amor. Quando ela está dando por quase certo isso, a competição que elegera a nova princesa de Illéa é anunciada, e Aspen sabendo o quanto a vida ao seu lado poderia ser difícil para América, resolve “desistir” dela. Nada como um pouco de drama e corações partidos não é mesmo?

Sendo uma das trinta cinco garotas selecionadas para tentar conquistar não apenas o coração do jovem príncipe Maxon, mas como também a aprovação e aceitação de todo o povo de Illéa, América vai para o palácio, só que ao contrário das demais candidatas ela não está interessada em conquistar o coração do príncipe. A única intenção dela é permanecer o máximo de tempo possível ajudar a sua família. Porém, após um breve encontro com o príncipe, e a eliminação das primeiras candidatas, ela começa a perceber que não fazer parte do jogo pode ser mais difícil do que ela imagina. Em especial quando o grande prêmio é um belo, charmoso e atencioso príncipe.

A Seleção é um livro bem rápido de se ler, sendo mais um tipo de apresentação da história em si e de seus personagens centrais. A narrativa conta com muitos momentos fofos e a disputa nesse primeiro livro é mais velada por conta da quantidade de garotas participando. Claro que como toda história, aqui também temos aquele personagem “adorável” que no caso se chama Celeste a top model da casta “Dois”. Se você assim como eu tem gastrite, é melhor preparar seu estômago para ela.  É sério! E lógico que não podia faltar, o bendito triângulo amoroso Maxon, America e Aspen.  Bem, tem aquele velho e bom ditado diz: “Nem tudo é perfeito”.

"- Maxon, espero que encontre uma pessoa sem a qual não possa viver. Espero muito. E desejo que nunca precise saber como é tentar viver sem ela.”

Entre o lançamento de A Seleção e A Elite, a Editora Seguinte disponibilizou gratuitamente o conto O Príncipe, que em minha humilde opinião é totalmente desnecessário. Ok! Você conhece um pouco mais do Maxon e de como era sua vida antes das garotas chegaram ao palácio. Mas, de verdade o conto é tão superficial que se a intenção era o leitor ter uma visão diferente do Maxon, pelo menos no meu caso não funcionou. Eu fui conhecer o Maxon melhor e gostar realmente dele após ler A Elite.

A Elite começa exatamente no ponto em que A Seleção parou. Agora são apenas seis garotas na disputa e a competição começa de verdade. Embora o segundo livro mantenha o mesmo ritmo de primeiro, alguns detalhes aqui conseguiram me deixar levemente irritada. Eu gostei muito de A Elite tanto quanto gostei de A Seleção, mas algumas coisas foram difíceis de aguentar viu.

Uma delas foi o comportamento infantil da América em quase todo o livro. Outro foi à cara de pau do Aspen. Sem falar que o Maxon também muitas vezes ficava naquela, “não sei se caso ou compro uma bicicleta”. E a Celeste, bem prefiro nem comentar. O fato é que o livro só consegue se salvar da “terrível maldição do segundo livro”, por que ele começa a ganhar mais ritmo de distopia mesmo. Os conflitos com os rebeldes são mais constantes e certo personagem que até então era meio "neutro" coloca suas terríveis garras de fora.

Em A Elite, conhecemos um pouco mais da antiga história de Illéa e por mais que o Maxon tenha me deixado com “raivinha”, no final ele mostra quem ele realmente é. Algo que eu estava esperando para ver em O Príncipe, mas que a autora deixou guardado especialmente para o final do segundo livro. Assim, não tenho preferência entre o Maxon e o Aspen, só depois do final de A Elite eu admito que, o Maxon ganhou uns pontinhos extras comigo.

“Não podia imaginar nada forte o bastante para roubar aquela felicidade”.


Estou ansiosíssima pelo último livro da trilogia, A Escolhida que será lançado no dia 06 de maio de 2014 (dia no meu niver). Antes do lançamento do livro, será lançado em fevereiro o conto O Guarda que vai mostrar o ponto de vista do Aspen sobre os acontecimentos de A Elite. O que será que ele tem para nos contar heim?

A minha dica é: Se você ainda não leu A Seleção, pode parar de perder tempo!  Com uma narrativa envolvente e personagens que mesmo tirando o leitor do sério, ainda conseguem ser apaixonantes, a trilogia A Seleção é mistura perfeita para quem adora romances de ”conto de fadas” com uma pitada de ação e um pouco de drama para deixar tudo mais nervosamente divertido.

Recomendadíssimo!

setembro 29, 2013

Nada é para Sempre por Ali Cronin



• ISBN: 9788565765053
• Editora: Seguinte
• Ano de Lançamento: 2012
• Número de páginas: 272
• Classificação: Bom
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Sinopse:  Garota ♥ Garoto - Livro 01

Cass é a namorada fiel. Ashley não leva nada a sério. Donna é festeira. Ollie é mulherengo. Jack é esportista. Rich talvez seja gay. Mas e Sarah? Os amigos sempre tiram sarro dela por ser certinha demais, mas ela só está esperando pelo cara certo e agora tem certeza de que o encontrou. Será que ele sente a mesma coisa? Ou tudo não passa de uma paixão de verão? Acompanhe o emocionante último ano de escola de quatro garotas e três garotos de dezoito anos.




Gosto de livros com histórias simples e com personagens comuns. Acredito até que seja mais difícil para um autor escrever algo tão cotidiano que pode acontecer, ou ter acontecido com quem um dia irá ler seu livro. Escrever “contos de fadas” deve ser sempre mais “fácil”, ou não quem sabe (?). Mas, nesse primeiro livro da série Garota ♥ Garoto a autora Ali Cronin conseguiu de uma forma muito delicada e verdadeira contar uma típica história comum em que, o um belo príncipe encantado em uma noite como qualquer outra, se transformar em sapo.

Quem nunca se “deslumbrou” com o primeiro amor que atire a primeira pedra. Mesmo que em alguns casos esse amor tenha sido platônico, a verdade é que sempre acreditamos que ele será o mais perfeito e que durará para sempre. Sarah é o retrado fiel da boa menina. Ninguém jamais esperaria que ela agisse contra as regras, em especial por causa de um garoto que conheceu nas últimas férias de verão na Espanha.

Joe é o cara perfeito, tão perfeito que Sarah se apaixona perdidamente por ele. Depois dos dias maravilhosos que compartilharam da companhia um do outro na Espanha, ambos retornam para sua rotina na Inglaterra. Joe para faculdade em Londres e Sarah para seu último ano no ensino médio em Brighton. Ela acredita que Joe está tão apaixonado quanto ela e que, os dois eles vão vencer a pequena distância que os separa em nome dessa grande paixão. Mesmo o fato de Joe ter demorado um pouco para entrar em contato novamente, não abala o coração apaixonado de Sarah. Seus inseparáveis amigos Cass, Ashley, Donna, Ollie, Jack e Rich logo percebem que alguma coisa está errada, mas como bons amigos, acham melhor não se meter na história para não atrapalhar os sonhos amorosos de Sarah.

Porém, como bem sabemos a vida nem sempre é do jeito que queremos e muitas vezes o que é sonho pode se tornar uma bela decepção. Com o tempo a Sarah que todos conheciam; feminista, defensora da causa e que “odiava” os homens se torna uma pessoa completamente obsessiva e por que não dizer muito, mais muito chata. Ela não tinha mais assunto e tudo em sua vida se resumia a Joe. Nada mais tinha importância a não ser Joe. E conforme a relação entre os dois vai ficando cada vez mais distante a obsessão de Sarah vai ficando cada vez pior, até que ela se vê completamente sozinha.

 Ali Cronin, captou de uma maneira sensível e ao mesmo tempo bem realista as emoções e ilusões do primeiro amor, o que para muitos pode até soar um pouco clichê. Confesso que não me simpatizei com a Sarah em momento algum. Não só pelo fato dela ter meio que “surtado” e deixado os amigos de lado por conta de um “amor de verão”, mas por que em outras ocasiões (nas raras vezes em que Joe não era o seu centro do Universo), ela me passo à sensação de ser uma pessoa egoísta que só pensava em si própria, - e em Joe é claro.

A narrativa é fluida, o que torna a leitura rápida e agradável do tipo em que os personagens secundários conseguem ser mais marcantes e cativantes do que a protagonista em si. Adorei a Ashley, o Rich e principalmente o fofo do Ollie. A autora também trabalha com uma linguagem mais coloquial sem ser vulgar e com excessos de descrições.  É tudo muito direto, nada de detalhes desnecessários.

Conforme a leitura evoluiu, eu fiquei tão envolvida com a história que só me dei conta que o livro está acabando quando cheguei ao último capitulo. Ok! Pode não ser o livro mais surpreendente que li em minha vida, mas de certa forma foi uma história que conseguiu manter a minha atenção e que, ao final também não me decepcionou.

“Eu pensava no que dizer. Estava apaixonada por Joe, não havia dúvida, mas me parecia algo importante demais para revelar em um jogo”.

Nada é para Sempre é o primeiro livro da série Garota ♥ Garoto, que ao total contará com sete livros. Para quem gosta de histórias leves e simples com certeza não irá se decepcionar.



agosto 21, 2013

Parceria com a Editora Companhia das Letras



Olá leitores! Tudo bem com vocês?

Hoje trago uma novidade que me deixou imensamente feliz! Acho que vocês já adivinharam pelo titulo do post não é? A Editora Companhia das Letras é mais nova parceira aqui do My Dear Library. *-*

Eu sei que muitas vezes posso parecer meio repetitiva e até um pouco clichê, mas eu preciso agradecer a vocês por mais essa conquista. Muito Obrigada a todos vocês por aturarem essa chata que vos escreve semanalmente. De verdade o blog não existira se não fosse o carinho que vocês têm por ele e por mim.

Obrigada de coração!

Agora conheçam mais um pouquinho da nossa mais nova parceira!


Sobre:

A Companhia das Letras foi fundada em 1986. Desde então já publicou mais de 3 mil títulos, de 1500 autores, incluindo os lançamentos dos outros selos da editora: Companhia das Letrinhas, Cia. das Letras, Companhia de Bolso, Quadrinhos na Cia., editora Claro Enigma e Penguin -Companhia.

Em 2012 foi anunciada a criação de 4 novos selos: Editora Paralela, voltada para a publicação de livros de entretenimento destinados ao grande público; Editora Seguinte, o novo selo jovem da Companhia das Letras; Portfolio Penguin, que atua na área de negócios, política e economia; e Boa Companhia, série que reúne, em antologias temáticas, grandes nomes da literatura nacional e estrangeira.

A Companhia das Letras evoluiu muito nesses 26 anos, mas sem perder de vista o respeito à inteligência do leitor. Hoje em dia lança mais de 300 títulos por ano, de diversos assuntos e estilos, mas sempre com uma mesma proposta: a vontade de publicar livros que, pela qualidade do texto e da produção gráfica, sejam um convite à leitura.

Últimos Títulos Lançados.


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Beijos;***



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