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junho 02, 2014

Incendeia-me por Tahereh Mafi

ISBN: 9788581634418
Editora: Novo Conceito
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 384
Classificação:
Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.
Onde Comprar: Livraria Cultura, Livraria Saraiva - Compare os Preços.




Sinopse: Trilogia Estilhaça-me - Livro 3
O destino do Ponto Ômega é desconhecido. Todas as pessoas com quem Juliette se importa podem estar mortas. Talvez a guerra tenha chegado ao fim antes mesmo de ter começado. Juliette foi à única que restou no caminho d O Restabelecimento. E sabe que, se ela sobreviver, O Restabelecimento não sobreviverá. Entretanto, para destruir O Restabelecimento e o homem que quase a matou, Juliette vai precisar da ajuda de alguém em quem nunca pensou que pudesse confiar: Warner. Enquanto eles lutam juntos para combater o inimigo, Juliette descobre que tudo que ela pensava saber sobre seu poder, sobre Warner e até mesmo Adam era uma mentira.

De todas as séries que acompanho, nenhuma me fez sentir uma relação de amor e ódio tão grande como a trilogia Estilhaça-me. Talvez essa minha oscilação de emoções e de humor sejam resultado do próprio ritmo da narrativa, que horas nos presenteia com momentos de pura ação e aventura e outros dos leva a uma crise nervosa com os dramas pessoais de sua protagonista. O fato é que, Tahereh Mafi conseguiu me surpreender no ultimo capitulo dessa história mesclando com maestria elementos distopios e paranormais dando a trilogia Estilhaça-me um final esplendido.

Se você ainda não leu os livros anteriores da série, pulando dois parágrafos agora! Riscos de spoilers.

Depois da batalha decisiva entre os rebeldes do Ponto Ômega contra o Restabelecimento, um lado da guerra sofreu inúmeras baixas. Todos estão desolados, destruídos e sem saber qual serão seus próximos passos, mas Juliette não vai dar-se por vencida.  Algo despertou nela após o confronto. De alguma forma Juliette tem certeza que é a única capaz de derrotar Anderson e acabar de uma vez por todas com o Restabelecimento.  Porém, antes de partir para a batalha final ela terá que aprender a dominar por completo o seu poder e principalmente confiar na última pessoa que poderia salvar a sua vida, - Warner.

Warner e Juliette terão que unir forças, e convencer aos outros rebeldes que a guerra ainda não está perdida. Porém isso não vai ser tão fácil assim, pois Warner guarda segredos sombrios que apenas Juliette conhece o que torna ainda mais difícil convencer aos seus amigos que o líder do setor 45 é confiável e está do lado deles.  Nunca Juliette esteve tão segura de si e de seus sentimentos, mudança essa que aparentemente parece não agradar em nada o seu ex-namorado, Adam.  Mas como em toda guerra, enquanto algumas alianças são feitas de um lado, “mascarás” caem do outro. Juliette finalmente vai se deparar com uma verdade que vai mudar a sua vida, de uma maneira que ela jamais imaginou.

Um dos fatos que me causou uma grata surpresa logo no inicio da leitura foi à mudança de atitude da Juliette. É incrível ver como ela amadureceu e resolveu não apenas se aceitar, como também finalmente ir à luta para conquistar o seu lugar de direito no mundo. Sério gente! Eu fiquei tão, mais tão orgulhosa dela. Claro que ela ainda teve seus momentos de déjà vu, a lá Liberta-me, porém é visível que tanto as situações pelas quais ela passou, as perdas e as escolhas que ela precisou fazer durante toda a sua caminhada a tornaram mais forte.

Outro personagem que já vinha me surpreendendo desde que li o conto Destrua-me, e que definitivamente em Incendeia-me conquistou o meu coração foi o Warner ().  Não leitores, não é a minha tendência de gostar dos malvados da história falando mais alto aqui. É simplesmente o fato de que conforme a narrativa avançou o Warner mesmo com o seu jeito cruel e sarcástico, mostrou que até mesmo um bad boy pode ter seus momentos de fraqueza, fazendo com que toda a raiva que eu podia ainda sentir dele se dissipasse por completo.

A autora Tahereh Mafi, conseguiu criar personagens contraditórios e ao mesmo tempo tão adoráveis, que mesmo o Adam me irritando profundamente com algumas atitudes mais “sombrias”, no final me deixou feliz por ele de certo modo ter revelado um pouco da sua real natureza.  No conto Fragmenta-me já é possível perceber não apenas essas “nuances” do verdadeiro Adam, como conhecemos de fato suas preocupações e temores. Posso continuar não gostando dele (de verdade nesse ultimo livro eu queria dar uns tapas nele), mas não posso negar que no fundo ele tinha seus motivos para agir como um “idiota” às vezes. Já o Kenji. Ah! O Kenji definitivamente roubou a cena. Seus diálogos sempre divertidos e a forma como ele impelia a Juliette a superar seus limites sempre, fez dele um dos mais importantes e marcantes da trilogia.

Praticamente devorei o livro. Li Incendeia-me em apenas um dia, pois a narrativa era tão frenética e rápida que me deixava praticamente desesperada para saber o que ia acontecer no capitulo seguinte. Em meio a toda a ação presente na história, a autora ainda conseguiu inserir um romance arrebatador e diálogos inteligentes que me fizeram desejar que o livro tivesse mais páginas, pois eu queria mais, muito mais de Incendeia-me.  Maravilhoso, simplesmente maravilhoso!

“E nós somos aspas, invertidas e de ponta-cabeça, agarradas uma à outra no final desta sentença de vida. presos por vidas que não escolhemos. Está na hora, eu penso, de nos libertarmos.”

Um final perfeito, lindo e surpreendente! Sem sombra de dúvidas uma dos melhores finais de trilogia que já li em minha vida. Tahereh Mafi sua linda, você conquistou mais uma fã.

outubro 22, 2013

Liberta-me por Tahereh Mafi




ISBN: 9788581632353
Editora: Novo Conceito
Ano de Lançamento: 2013
Número de páginas: 444
Classificação:  Bom
Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.


Sinopse: Trilogia Estilhaça-me - Livro 2

Liberta-me é o segundo livro da trilogia de Tahereh Mafi. Se no primeiro, Estilhaça-me, importava garantir a sobrevivência e fugir das atrocidades do Restabelecimento, em Liberta-me é possível sentir toda a sensibilidade e tristeza que emanam do coração da heroína, Juliette. Abandonada à própria sorte, impossibilitada de tocar qualquer ser humano, Juliette vai procurar entender os movimentos de seu coração, a maneira como seus sentimentos se confundem e até onde ela pode realmente ir para ter o controle de sua própria vida. Uma metáfora para a vida de jovens de todas as idades que também enfrentam uma espécie de distopia moderna, em que dúvidas e medos caminham lado a lado com a esperança, o desejo e o amor. A bela escrita de Tahereh Mafi está de volta ainda mais vigorosa e extasiante.

Quando eu mencionei na resenha de Destrua-me que a história só era tão legal por que a Juliette não aparecia, eu não podia imaginar que em partes essa minha “brincadeira” ia se virar contra mim. Não que o livro seja ruim ao contrário ele é bom. Mas, nem tudo são flores nessa vida e em alguns momentos admito que aguentar a personagem principal da história foi uma tarefa um pouco difícil.

Quem quiser fugir de spoilers do Estilhaça-me, pode pular para o antepenúltimo parágrafo.

Depois que Adam, Juliette e James conseguem fugir do Restabelecimento eles encontram abrigo com os rebeldes do Ponto Ômega.  O Ponto Ômega é dirigido Castle, e funciona mais ou menos como a escola do Professor Xavier em X-MEN (me desculpem, mas é inevitável fazer essa comparação), lá todos os humanos com alguma habilidade especial recebem treinamento para aperfeiçoar seus dons e dessa forma ajudar os rebeldes a lutar contra o regime autoritário imposto pelo Restabelecimento.

Só essa premissa dá a entender que o livro tem um potencial enorme de ser uma narrativa cheia de ação e aventura de tirar o fôlego do leitor. Porém, infelizmente não é isso que acontece até a metade do livro.  São exatamente trinta e quatro capítulos, curtos é verdade, mas que mesmo assim não deixam de ser ”longos capítulos”, cheios dos dramas de Juliette.  Ok! Confesso que o livro realmente só ficou bom depois que o Warner entrou em cena, e olha que nem sou assim tão fã dele. Mas, a verdade é que depois que o “malvado” da história (que nem é tão mau assim), aparece é que o livro realmente começa a ter toda a ação que prometia.

Outro personagem que me deixou levemente irritada aqui foi o Adam. Não sei se foi por que de certa forma ele resolveu acompanhar a Juliette no “drama show”, ou se é o amor tão desesperado que ele sente por ela que me incomodou tanto. O fato é que em muitos momentos ele estava mais chato que a própria Juliette. Casalzinho difícil de aturar viu (...). Sem falar que o triângulo amoroso que em Estilhaça-me apareceu sutilmente, aqui colocou suas garrinhas para fora de vez. E como eu mencionei no Café Literário desse mês, dona Juliette é bem “atiradinha”.

O lado bom é que para amenizar toda essa parte um tanto “chatinha”, a autora Tahereh Mafi, introduziu novos personagens da trama que deixaram a narrativa muito mais agradável e envolvente. Arrisco-me até a dizer que alguns desses personagens secundários se destacaram em certos momentos bem mais do que o trio de protagonistas. Gostei muito do Winston, Brendan e do Kenji, esse que já é personagem conhecido de Estilhaça-me, mas nesse segundo livro ganhou um destaque maior. Na verdade ele é personagem que mais gosto da série, pois o Kenji tem um jeito franco e direto de ser, além de aparentemente ser o único capaz de fazer a Juliette sair do seu “mundinho” particular.

Quem leu Destrua-me já foi devidamente apresentado ao amor de pessoa que é o Anderson (modo irônico on), o todo poderoso comandante do Restabelecimento e pai do Warner. Um doce de pessoa (só que não), então PRE-PA-RE-SE, para sentir muita, mais muita raiva em seu coraçãozinho desse ser. Eu já nutria certo desprezo por ele, mas depois de ler Liberta-me ele está devidamente riscado da minha lista de Malvados Favoritos.  O Anderson é tão cruel e sem escrúpulos que por mais que eu tenha procurado uma qualidade nele, sim sempre tento achar algo de positivo até mesmo nos vilões, eu não encontrei nenhuma.  Bem complicado (...).

Apesar de todo o nervoso que passei com a Juliette e com o Adam, e de ter achado a história em determinados momentos “sofrível”, eu gostei de Liberta-me. É perceptível que a escrita a autora Tahereh Mafi evolui bastante (inclusive no que diz respeito a metáforas sem sentido e repetições de palavras), mas mesmo o conjunto da obra em si não sendo perfeito, a Tahereh é o tipo de autora que sabe despertar a curiosidade do leitor. Você fica a todo momento se perguntando o que vai acontecer. Nesse livro em especial acaba tento uma grande revelação que você fica tipo: “Como isso é possível!”.  Preciso do último livro da trilogia para ontem, é sério!

“Vou contar um segredo para você. Eu não me arrependo do que fiz. Não me arrependo nem um pouco. Na verdade, se tivesse a chance de fazer de novo, sei que faria certo dessa vez”.

Como uma narrativa de altos e baixos, Liberta-me consegue superar o antecessor, deixando os fãs da trilogia ansiosos para o desfecho final dessa história que promete fortes emoções.

junho 25, 2013

Destrua-me por Tahereh Mafi



• ISBN: 9788581630298
• Editora: Novo Conceito
• Ano de Lançamento: 2013
• Número de páginas: 89
• Classificação: Ótimo
Onde Comprar: *
 “Uma história contada do ponto de vista de Warner, o cruel líder do Setor 45.”

Tudo bem que o título do post é: Resenha - Destrua-me por Tahereh Mafi, mas na verdade eu não sei se esse post em si chegará a ser exatamente uma resenha. Calma gente, eu explico. É que assim, - tenho tanto para falar de Destrua-me e ao mesmo tempo em que posso falar muito pouco dele. Por esse, motivo essa “resenha” pode ficar um pouquinho diferente das quais vocês estão acostumados a ler aqui no blog, afinal não quero ninguém bravo comigo ao final do post por que sem querer acabei dando algum spoiler aqui.

Então sem mais delongas (...). Por que ler Destrua-me foi tão legal? Porque não teve a Juliette dramatizando tudo (brincadeira), mas sendo uma história contada e centrada no terrível líder do Setor 45, o ritmo de leitura foi completamente diferente de Estilhaça-me. E isso fez toda a diferença.

Destrua-me é tipo uma “introdução” para Liberta-me, mas com um ritmo muito mais denso e uma narrativa muito mais complexa, como o próprio Warner. Eu não sou Team Adam e nem Team Warner. Só para deixar isso bem claro aqui. Porém sou obrigada a admitir que, de certa forma o Warner consegue realmente cativar mais durante a leitura do que o Adam e a própria Juliette.

Talvez seja pelo fato de como tudo nele é tão milimetricamente calculado e o modo como ele não demonstra nenhum tipo de emoção ou sentimento seja assustador. É exatamente essa frieza controlada que faz como que eu me sinta “intrigada” com o personagem. E é nesse ponto que eu acho que a autora Tahereh Mafi foi muito esperta. Como assim Ane?

Tipo, em Estilhaça-me ela faz com que você no mínimo sinta certo desprezo pelo Warner. Afinal, por mais que ele seja lindo, charmoso e todo aquele blá, blá, blá de sempre, não tem como você não encarar a realidade que ele não é um ser humano “normal”. Isso é fato. Só que aqui o leitor conhece o outro lado do Warner, o lado que ele não pode demonstrar para as pessoas, por que demonstrar suas fraquezas é perigoso. Por que demonstrar nem que seja um pouco de sua humanidade faz com que tudo ao seu redor comece a desandar.

E desanda mesmo, pois quando somos apresentados a esse lado mais “manso”, por assim dizer do personagem entra em cena o verdadeiro vilão da história.  O “Todo Poderoso”, quem manda e desmanda no Restabelecimento, ninguém mais ninguém menos do que o pai do Warner. E posso garantir a vocês que ele não é um pai muito amoroso. 

O único problema com Destrua-me é que ele é curto demais. A forma com que Warner vai narrando os acontecimentos é tão envolvente, que quando você percebe o livro já acabou deixando aquele gostinho de quero mais. Acho que foi justamente esse o motivo que me levou a começar a ler Liberta-me antes do planejado.

O que estou achando de Liberta-me? Ah!! Isso vocês vão ter que esperar mais um pouquinho para descobrir. Lembrando que Destrua-me foi lançando apenas em e-book e está disponível  para download na fanpage da Editora Novo Conceito.

Para quem tiver a oportunidade de ler, leia por que vale a pena.

maio 27, 2012

Estilhaça-me por Tahereh Mafi


Estilhaça-me por Tahereh Mafi.


ISBN: 9788563219909
Editora: Novo Conceito
Ano: 2012
Número de páginas: 304
Classificação: 3 estrelas
Onde Comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa, Submarino - Compare os Preços



Sinopse:

Juliette não toca alguém a exatamente 264 dias. A última vez que ela o fez, que foi por acidente, foi presa por assassinato. Ninguém sabe por que o toque de Juliette é fatal. Enquanto ela não fere ninguém, ninguém realmente se importa. O mundo está ocupado demais se desmoronando para se importar com uma menina de 17 anos de idade. Doenças estão acabando com a população, a comida é difícil de encontrar, os pássaros não voam mais, e as nuvens são da cor errada. O Restabelecimento disse que seu caminho era a única maneira de consertar as coisas, então eles jogaram Juliette em uma célula. Agora muitas pessoas estão mortas, os sobreviventes estão sussurrando guerra – e o Restabelecimento mudou sua mente. Talvez Juliette é mais do que uma alma torturada de pelúcia em um corpo venenoso. Talvez ela seja exatamente o que precisamos agora. Juliette tem que fazer uma escolha: ser uma arma. Ou ser um guerreiro.


Eis que leio um dos livros mais comentados dos últimos tempos, Estilhaça-me.  Embora o livro tenha sido amplamente divulgado na época de seu lançamento, confesso que não tinha grandes expectativas a seu respeito, na verdade eu tinha minhas dúvidas de que o livro fosse me agradar, mas Estilhaça-me foi uma boa surpresa. Não que tenha sido o melhor livro que li até agora este ano, porém o fato de não esperar muito dele fez que como a leitura flui-se bem e me despertou aquela curiosidade de saber o que iria acontecer.

A história gira em torno de Juliette uma adolescente de dezessete anos que passou a vida toda sendo rejeitada pelas pessoas, inclusive pelos próprios pais por ser diferente.  Diferença esta que é capaz de matar alguém.  Ela está presa em um manicômio há 264 dias e seus únicos pertences fora às roupas gastas que usa, são um caderno e uma caneta quebrada. Juliette espera o dia em que finalmente sua existência chegará ao fim, levando junto todo o seu sofrimento e culpa, mas Adam e o Restabelecimento aparecem mostrando outra realidade, que ela jamais imaginou existir.

Adam é o mocinho da vez. Determinado e dono de um lindo par de olhos azuis é um personagem que surpreende durante a história. Adam é enigmático do tipo que sempre tem uma carta da manga, e está disposto a qualquer coisa para ficar com Juliette, e proteger a ela e ao seu irmão mais novo James. Apesar de ter passado e visto coisas horríveis na vida, ele consegue manter certo equilíbrio, uma serenidade que faz com que ele, te cative durante a leitura.

Do outro lado da história temos Warner, uma pessoa doentia que pretende usar Juliette como uma arma para alcançar o poder. Frio e calculista ele faz de tudo para que Juliette acredite que ela é um monstro que a sua única opção é se unir a ele. Warner faz você sentir raiva, nojo e se perguntar se existem tipos tão repugnantes de seres humanos como ele.  Aquela frase antiga; “Quem vê cara, não vê coração” cai como uma luva para descrever o vilão de Estilhaça-me.

Claro que como todo sobrenatural que se preze, em Estilhaça-me temos o velho e bom triangulo amoroso formado por Adam, Juliette e Warner. Ele está presente de uma forma mais sutil há que estamos acostumados, mas está ali pronto para colocar as suas garrinhas de fora. Afinal alguns fatos ocultos e sem uma aparente explicações deixam isso bem claro.

Tahereh Mafi
escreve de uma forma envolvente e totalmente imprevisível. Os capítulos são curtos, cheios de ação e com uma pitada de romance. Esta mistura prende a sua atenção durante a leitura, fazendo que você sinta aquela necessidade de saber o que virá no próximo capítulo. A narrativa da autora é intensa e rápida que quando você dá por si o livro já acabou.

Apesar de ter achado Estilhaça-me um bom livro, algumas coisas me incomodaram durante a leitura. A primeira a principal delas foi à personalidade de Juliette. Ela é tão dramática que consegui me tirar do sério várias vezes durante a leitura. Sim entendo todo o drama que ela passou pela vida, mas tem horas que o medo e a visão que ela tinha das coisas eram tão forçadamente trágicas que me irritavam.

Outro ponto é que por ser um livro muito rápido a autora deixou algumas lacunas na história, tipo fica o dito pelo não dito e você interprete como quiser. Sei que é uma trilogia e que talvez essas lacunas, podem ser preenchidas até o terceiro livro, mas eu simplesmente não suporto ficar com aquele enorme ponto de interrogação na cara enquanto leio um livro. Fico com a sensação que o autor se perdeu na história que criou.

Vi muita gente comentando que não gostou muito do livro ter certa semelhança com X-MEN. Realmente Juliette possui muitos traços de personalidade da Rogue e esses traços não me incomodaram. Na verdade até gostei de ler um sobrenatural distópico, em que os personagens principais não são nem vampiros, nem anjos e nem lobos. Pode não ser lá muito original, mas ao menos é diferente.

Agora nos resta esperar pela continuação e ver o que a autora reserva para Juliette, Adam e Warner. Se os próximos livros mantiverem o mesmo nível do primeiro, com certeza será uma leitura cheia de ação, romance e surpresas. Claro que torço para que a história melhore e que até o final da trilogia eu me torne fã da saga. Por enquanto só posso dizer que o livro me surpreendeu e que acabei gostando mais da história do que imaginei que gostaria.

Para quem gosta de livros imprevisíveis , vale apena ler Estilhaça-me.


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