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fevereiro 19, 2014

O Visconde que me Amava por Julia Quinn

ISBN: 9788580411973
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2013
Número de páginas: 304
Classificação: Muito Bom


Sinopse: Os Bridgertons – Livro 02. A temporada de bailes e festas de 1814 acaba de começar em Londres. Como de costume, as mães ambiciosas já estão ávidas por encontrar um marido adequado para suas filhas. Ao que tudo indica, o solteiro mais cobiçado do ano será Anthony Bridgerton, um visconde charmoso, elegante e muito rico que, contrariando as probabilidades, resolve dar um basta na rotina de libertino e arranjar uma noiva. Logo ele decide que Edwina Sheffield, a debutante mais linda da estação, é a candidata ideal. Mas, para levá-la ao altar, primeiro terá que convencer Kate, a irmã mais velha da jovem, de que merece se casar com ela. Não será uma tarefa fácil, porque Kate não acredita que ex-libertinos possam se transformar em bons maridos e não deixará Edwina cair nas garras dele. Enquanto faz de tudo para afastá-lo da irmã, Kate descobre que o visconde devasso é também um homem honesto e gentil. Ao mesmo tempo, Anthony começa a sonhar com ela, apesar de achá-la a criatura mais intrometida e irritante que já pisou nos salões de Londres. Aos poucos, os dois percebem que essa centelha de desejo pode ser mais do que uma simples atração.

Primeiro de ano e eis a dúvida cruel (...), qual seria a minha primeira leitura de 2014. Depois de passar uns bons minutos olhando os livros de minha estante, meu olhar recaiu sobre O Visconde que me Amava e eu soube que não poderia haver leitura melhor para começar meu ano com o pé direito. Nesse romance encantador, mas uma vez me vi envolvida pela narrativa da autora Julia Quinn e completamente apaixonada pela grande e barulhenta família Bridgerton.

O visconde Anthony Bridgerton é atormentado por fantasmas do passado. Fantasmas esses que surgiram após a morte precoce de seu pai. Agora com a proximidade da casa dos trinta ele sabe que não pode mais fugir de suas responsabilidades por muito tempo e que precisa encontrar uma esposa adequada o mais breve possível.  A eleita, além de pertencer a uma boa família, tem que ser bonita, inteligente, agradável e bem “indiferente” o bastante para ele não se apaixonar. Sim, por mais estranho que essa condição possa parecer, Anthony Bridgerton está à procura de uma mulher pela qual ele não corra o risco de se apaixonar. E aparentemente a jovem Edwina Sheffield é a candidata ideal.

Mas, fazer a corte para senhorita Edwina Sheffield, vai se mostrar muito mais difícil do que o ele espera afinal sua irmã mais velha, Kate já conhece a sua nada boa fama de libertino e ela não acredita que ex-libertinos se tornam bons maridos. Kate fará todo o possível para manter a sua inocente irmã longe das mãos do arrogante visconde. Tal atitude pode acabar não só com as chances de sua irmã encontrar um partido melhor, como também pode colocá-la em maus lençóis. Pois se tem algo que Kate não sabe é que, quando o visconde Anthony Bridgerton quer alguma coisa, ele sempre consegue.

Em uma sedutora e divertida briga de “cão e gato”, Anthony e Kate vão não apenas conhecendo melhor um ao outro, como percebendo que de certa forma ambos são bastante parecidos. Os dois são devotados à família, e farão sempre todo o possível e até o impossível para proteger quem amam. Com essa proximidade, fica cada vez mais difícil para Kate encontrar motivos para opor- se a corte do visconde a sua irmã. Da mesma forma que Anthony percebe que não se apaixonar pode ser mais complicado do que ele imaginava.

Assim como em O Duque e Eu, me vi em muitos momentos dando boas gargalhadas durante a leitura. A autora Julia Quinn possui uma escrita espirituosa, que mescla com maestria o romance e a comédia tornando a leitura leve e deliciosa. Tanto a Kate como o Anthony possuem marcas profundas em suas almas, marcas essas que muitas vezes os impede de ser felizes. Claro que os dois são bem teimosos e o que Kate tem de insegura é compensado pela a arrogância de Anthony, porém o desenvolvimento da história é tão agradável, que mesmo os dois me deixando irritada com suas atitudes, ao final me vi torcendo por eles.

Acredito que é justamente isso que tornam os livros da Julia Quinn tão especiais. Tanto em O Duque e Eu como agora eu não apenas me envolvi com a história, mas me senti parte dela. Mesmo o foco aqui sendo o Anthony e a Kate, a autora consegue dar abertura na trama para que os demais personagens tenham tanto destaque como os protagonistas. Todos são peças importantes na história e cada momento, emoções ou conflitos passados pelos personagens são descritos com riqueza e delicadeza.   O que em minha opinião deixa a história ainda melhor. Só me dei conta do quando está entretida com narrativa quando cheguei ao final da leitura, e confesso que dessa vez eu me emocionei. E sim continuo ainda mais apaixonada por Lorde Colin Bridgerton ().

“Significa que o amor não tem nada a ver como medo que tudo acabe, mas como encontrar alguém que o complete, que faça de você um ser humano melhor do que jamais sonhou ser.”

Um romance divertido e cativante, O Visconde que me Amava é uma leitura encantadora que vai conquistar você logo nas primeiras páginas. Adorei!

dezembro 12, 2013

Deslumbrante por Madeline Hunter

ISBN: 9788580449020
Editora: Quinta Essência
Ano de Lançamento: 2013
• Número de páginas: 392.
Classificação: Bom.
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Sinopse: As Flores Mais Raras - Livro 01
Numa época em que a reputação de uma mulher é o seu bem mais precioso, Audrianna desafia todas as convenções. Ela é uma jovem determinada, independente - e disposta a tudo para aniquilar o seu adversário, o convencido Lord Sebastian Sommerhayes. Entre os dois está um homem - o pai de Audrianna, que morreu envolto nas malhas de uma conspiração. Para ela, essa tragédia significou o fim da sua inocência. Para Sebastian, que liderou a investigação, foi apenas uma morte merecida. Audrianna jurou limpar o nome do pai, mas nunca esperou sentir um desejo tão avassalador pelo homem que o arrasou. A busca pela verdade vai levá-la demasiado longe numa sociedade que é implacável perante a ousadia feminina. Ao ver-se mergulhada num escândalo que pode ser fatal, Audrianna tem apenas uma inconcebível opção.

Desde que comecei a ler a série Rothwell Brothers, da Madeline Hunter me encantei com a escrita da autora. Claro que, o fato de eu ser uma fã de carteirinha de romances históricos ajudou um pouco, porém o que eu mais gosto nos livros da autora, é que sempre tem aquele toque de mistério que fica no ar na narrativa. Não que ele não esteja presente em Deslumbrante, mas (meu mas aparecendo já aqui) senti que faltou alguma coisa nesse livro em especial.

Audrianna, está disposta a desafiar todas as convenções para provar que seu pai era inocente das terríveis acusações que recaíram sobre ele, levando-o não apenas  ao desespero como também a sua família praticamente a falência.  Já Lord Sebastian Sommerhayes, irmão do marquês de Wittonbury está disposto ir até ao fim para encontrar todos os responsáveis por um terrível crime de guerra, e fazer com que cada um pague pelas vidas perdidas no campo de batalha.  Em uma noite chuvosa, atrás de suas respostas, Audrianna e Sebastian acabam se esbarrando de uma forma um tanto constrangedora e tendo suas vidas mudadas de uma maneira que nenhum deles poderia imaginar.

Gostei bastante do enredo, apesar de ele seguir a mesma receita dos livros anteriores que li da autora, sendo que em alguns momentos eu meio que inconscientemente fui levada a comparar Deslumbrante com As Regras da Sedução, devido as sutis semelhanças entre as duas histórias, o que em nenhum momento chegou a atrapalhar a leitura em si.  Só que eu não sei se foi à própria Madeline Hunter que me deixou mal acostumada com os irmãos Rothwell, ou os protagonistas de Deslumbrante que não conseguiram me cativar tanto, mas o fato é que a história ficou muito abaixo do que eu esperava.

Tanto a Audrianna como o Sebastian, me passaram uma sensação que ambos agiam em pensavam, de maneira “pré-programada”. Não tinha aquela “emoção do momento”, ou aquele lapso de responsabilidade de, “vamos jogar tudo para o alto e viver uma loucura de amor”. É tudo muito “mecânico”, cheio de regras e tão previsível que deixou a história um pouco monótona em um determinado momento. 

Não que o livro seja de todo ruim. Ele possui toda aquela riqueza de detalhes históricos presentes na narrativa da autora, como também personagens secundários com suas histórias paralelas que tornam o enredo mais envolvente. Porém, apesar do livro demonstrar ter um potencial para ser mais um “romance gracinha”, de fazer você ver coraçõezinhos saltando das páginas, o foco central da história em si não é muito emocionante. Até mesmo, o grande mistério que envolvia o casal, se mostrou muito óbvio da metade final do livro, o que foi bem decepcionante também. 

Sim, eu queria estar errada. E sim eu achei que a autora não foi muito lá “corajosa”, ao dar um desfecho tão “simplório”, para o livro. Tipo, o livro todo já vinha seguindo uma linha linear, sem grandes momentos ou surpresas, que pelo menos a meu ver o final podia ter sido um pouquinho mais explosivo, ou arrebatador (...). O livro só não foi uma decepção completa, por que personagens como o duque de Castleford, Morgan o marquês de Wittonbury e a Daphne prima da Audrianna, que conseguiram em alguns momentos se destacaram mais do que os mocinhos da história, que de verdade não possuem química nenhuma.

Porém, eu consigo “entender” que nem sempre um autor ou autora consegue manter o mesmo nível em todas as suas obras. É triste quando isso acontece? Sim, mas é aceitável de certa forma. Agora o que não é aceitável, é você pegar um livro com vários erros de português e de revisão, tendo inclusive um parágrafo repetido. Em determinados momentos em que eu lia a mesma frase duas vezes, para ver se o nome do personagem não tinha sido trocado, ou se o sentido da frase era aquele mesmo. Lamentável, se querem saber a minha opinião.

“(...) sorriso dele mostrou - se menos amigável. Um tanto predatório, para dizer a verdade. Podia ser da luz crua, claro, mas... Para sua consternação, ele avançou para ela olhando fixamente o seu rosto”.

Em suma Deslumbrante é uma leitura leve e agradável, mas que infelizmente não correspondeu a todas as minhas expectativas. Não deixa de ser uma boa leitura, mas faltou um pouco mais de romance para ser perfeita (...).

novembro 16, 2013

Lições do Desejo por Madeline Hunter


ISBN: 9788580412017
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2013
Número de páginas: 272
Classificação:
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Sinopse: Rothwell Brothers - Livro 02.
Atraente, sutil e tentador, lorde Elliot Rothwell é um homem acostumado a fazer sucesso entre as mulheres e a conseguir tudo o que deseja delas. Mas isso não se aplica a Phaedra Blair. A brilhante e exótica editora não parece disposta a ceder a seu pedido e cancelar a publicação das memórias de um membro do Parlamento que podem manchar o nome da nobre família Rothwell. A pedido de seu irmão mais velho, o marquês de Easterbrook, Elliot vai a Nápoles para negociar com Phaedra. Historiador de renome e autor de livros respeitados, tudo indica que ele seja a pessoa ideal para a tarefa (...).

Confesso que após terminar de ler As Regras da Sedução, eu fiquei muito curiosa para conhecer um pouco mais os homens da família Rothwell. Afinal, mesmo com suas participações pequenas, foi perceptível que tanto Christian como Elliot tinham muito para contar. Para minha surpresa e felicidade, Lições do Desejo superou o primeiro livro da série Rothwell Brothers, tendo como ingredientes personagens fortes, um romance explosivo e uma narrativa que faz como que você não consiga desgrudar os olhos de suas páginas.

A jovem Phaedra Blair está bem longe do que se espera de uma dama da sociedade londrina do século XIX. Filha ilegítima do famoso membro do parlamento Richard Drury, e da ousada estudiosa Ártemis Blair ela foi criada para ser uma mulher livre e independente. Phaedra assim como a sua mãe acredita que uma mulher não precisa se casar para ser feliz. Se não bastasse seu comportamento nada adequado para época, ela ainda fazia questão de mostrar o quanto era diferente das outras mulheres, desfilando com suas vestimentas pretas e seu longo cabelo ruivo solto.  Tanto descaso com sua reputação, tornava Phaedra uma péssima influencia para as mulheres “decentes”.

Porém, apesar de todas as convenções Phaedra é uma das grandes amigas de Alexia Rothwell, esposa de lorde Hayden irmão do marquês de Easterbrook. Essa ligação com uma das famílias mais nobres de Londres poderia ser vista como uma mera coincidência, ou até mesmo um daqueles engraçados acasos da vida. Mas, após herdar a editora de seu pai e tendo apenas o lançamento das memórias antigas do falecido lorde como garantia de reerguer o negócio, ela se torna alvo dos irmãos Rothwell. O que quer que Richard Drury tenha relatado em suas memórias que contenha o nome de Easterbrook não deve ser mencionado na publicação, e ninguém melhor do que Elliot para tentar conversar Phaedra a fazer essa pequena concessão.

O historiador renomado Elliot Rothwell, parte para a Itália disposto usar todo o seu charme para convencer e negociar Phaedra a exclusão do trecho que pode acabar com a reputação dos Rothwell, das memórias do pai da moça. Só que em meio a uma paisagem paradisíaca, e envolvidos em várias situações constrangedoras, Elliot e Phaedra são obrigados a conviver um com o outro durante toda a viagem. Enquanto ela buscava respostas e ele uma solução, o destino se encarrega de provar que muitas vezes é justamente nos caminhos que evitamos que encontramos a verdadeira felicidade.

Lições do Desejo possui uma narrativa recheada de momentos sarcásticos temperados com diálogos inteligentes e momentos divertidíssimos. Ao contrário do seu antecessor em que tanto os protagonistas como a história em si, tinha certo traço de rigidez o que tornava o livro mais sério, aqui a personalidade inusitada de Phaedra e o charme despretensioso de Elliot fazem com que a história seja leve e divertida.  A riqueza de detalhes que foi um dos elementos chaves do primeiro livro, também marcou presença em Lições do Desejo passando a sensação que eu estava viajando e conhecendo todos os lugares maravilhosos por quais os protagonistas passaram.

Outro ponto que me agrada muito na narrativa de Madeline Hunter, é que ela sabe dosar bem o romance, a sensualidade, a aventura e o mistério em suas histórias. Da mesma forma em que ela não peca pelo exagero ela também não peca pela falta, pois todos os elementos do enredo se casam tão bem entre si que a narrativa fica harmoniosa e muito mais envolvente. A escrita da autora é tão primorosa, que ela consegue além de, transportar você para a época em que a história se passa presentear os leitores com um romance totalmente “gracinha”, sem que ele fique cansativo ou enjoativo demais. Afinal, se tem algo que posso garantir a respeito de Lições do Desejo, é que quando o assunto é Elliot e Phaedra cada capítulo é uma surpresa.

Eu só não marquei o livro como favorito, por que quase no finalzinho algumas atitudes da Phaedra me incomodaram um pouco. Assim, não é nada que atrapalha o contexto geral da história, na verdade essas atitudes até que foram de certa forma “importantes”, para fechar o livro com chave de ouro. Mas (...) eu sou chata mesmo e não gostei de algumas coisas que ela fez e pronto.

“– Srta. Blair, pergunto-me se o que a incomoda não seria o fato de me ter no seu pé e não a seus pés. (...) Deus, dê-me paciência com esse homem tão pouco esclarecido e tão previsível.”

Um romance encantador e que fará você rir, sofrer e se apaixonar a cada capítulo. Lições do Desejo foi escrito sobre medida, para leitores ávidos por belas histórias de amor, com ótimos diálogos e personagens cativantes. Fica a dica!


setembro 08, 2013

As Regras da Sedução por Madeline Hunter



ISBN: 9788580411416
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2013
Número de páginas: 272
Classificação: Muito Bom
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Sinopse: Rothwell Brothers - Livro 01.
Lorde Hayden Rothwell chega à casa de Alexia Welbourne sem aviso e sem ser convidado – um homem poderoso e sedutor, movido por interesses obscuros. Sua visita anuncia a ruína financeira da família de Alexia e o fim das esperanças da jovem de um dia conseguir um bom casamento. Para se sustentar, a moça recebe a proposta de ser dama de companhia de Lady Henrietta Wallingford e preceptora de sua filha. O problema é que a oferta vem do sobrinho de Henrietta, ninguém menos que lorde Hayden. Morando na casa da tia de Rothwell, Alexia descobre que a proximidade com o homem que destruiu sua família pode ser perigosamente irresistível.



Sabe aquele livro que vai te conquistando aos poucos a cada capítulo? Sabe aquela narrativa que por mais clichê que seja, consegue te surpreender nos momentos certos? E melhor, sabe aqueles típicos personagens irritantes que de tão teimosos conseguem ser apaixonantes? Pois, para minha felicidade As Regras da Sedução tem um pouco de tudo isso, o que faz dele um romance cativante que conseguiu me encantar do começo ao fim da leitura.

A vida não foi muito boa com a jovem Alexia Welbourne. Após o falecimento de seu pai, ela se vê sozinha, sem família, sem dinheiro e “obrigada” a morar de favor na casa de seus primos por lado de mãe, os Longworths. Com as poucas economias vindas dos rendimentos deixados pelo seu pai e sabendo que jamais chamaria a atenção de nenhum bom pretendente, Alexia se apega a segurança do lar que construiu com seus primos. Porém, quando Lorde Hayden Rothwell parece na casa dos Longworths com a notícia que eles estão falidos e irão ter que deixar a bela residência onde vivem em Londres e se mudarem para a modesta propriedade e Oxfordshire, Alexia sabe muito bem o que isso significa. Ela está mais uma vez, sem ter onde morar, sem família e como sobreviver.

No momento em que Alexia analisa desesperadamente as suas oportunidades de sobrevivência, ela recebe uma proposta que pode salvar a sua vida vinda justamente da pessoa que acabou de destrui-la, Lorde Hayden Rothwell.   Hayden oferece a ela o emprego de dama de companhia e preceptora na casa de Lady Henrietta, sua tia. Dividida pela gratidão que tem pelos primos e a mágoa que sente por todo mau que Lorde Rothwell os causou, Alexia se vê obrigada a conviver com a presença constante de Hayden na casa de Lady Henrietta. Mas, até quando ela conseguirá negar a forte atração que sente pelo homem que destruiu a sua vida?

Lorde Hayden Rothwell, guarda muitos segredos, entre eles verdades que deixariam Alexia completamente arrasada, isso se ela acreditasse nele. Acostumado a recorrer à lógica dos números para tudo em sua vida, Hayden não estava preparado para o forte desejo e os sentimentos mais profundos que Alexia despertam nele. No momento em que deixa suas emoções falarem mais altos, ele rompe com todas as regras de comportamento de um cavalheiro e a única alternativa para se redimir desse erro, pode não ser a melhor solução. Ou será que é?

Mesmo com toda a atmosfera de romance e sedução criada pela autora Madeline Hunter, é perceptível que a mesma buscou dar certa profundidade a história. Os personagens passam por diversos conflitos, não apenas na relação um com o outro, mas também por conflitos internos que são mais visíveis em Hayden. Embora para uma mulher na sociedade londrina século XIX as opções para se viver de maneira confortável e “digna” fosse única e exclusivamente o casamento, Alexia consegue pensar em formas de sobreviver que não manchem a sua reputação. Já Hayden tem que conviver com o fato de passar para os outros a imagem que é um "monstro" insensível e sem coração. Tudo isso ao mesmo tempo em que ele tem que cuidar do bem estar da sua família, lidar com o ódio que os Longworths sentem por ele, e claro com os sentimentos confusos da Alexia.

Madeline Hunter conseguiu retratar a realidade da aristocracia inglesa de uma maneira muito delicada, envolvente e ao mesmo tempo dramática. Ao contrário dos personagens que habitualmente estamos acostumados a encontrar nos romances de época, que passam aquela sensação de quase “conto de fadas”, aqui eles são mais maduros e com isso a narrativa tem um toque mais sério e em que apesar do romance não ter sido deixado completamente de lado, ele também não está em primeiro plano. 

Outro ponto que me chamou a atenção nesse primeiro livro da série Rothwell Brothers, foi que mesmo a história tendo com personagem principal o irmão do meio, Hayden a autora consegui dar um destaque aos outros membros da família, como Christian (suspiros) o Marquês de Easterbrook e irmão mais velho e ao fofo do Elliot o mais novo da turma. Confesso que mesmo o Hayden sendo uma graça, eu fiquei completamente apaixonada pelo Christian. Por menor que a participação dele seja aqui, é visível que ele tem uma personalidade enigmática, forte e um tanto excêntrica (novidade). Espero não me decepcionar, quando chegar à vez de conhecer a história dele.

Acredito que para quem esteja buscando um romance “super gracinha” pode acabar ficando um pouco desapontado com a história, mas em minha opinião romances mais “verdadeiros” conseguem ser belíssimos também. Principalmente quando a autora usa os ingredientes certos para escrever uma boa história e, posso garantir que Madeline Hunter acertou aqui. Assim vamos supor que ao final meus olhos marejaram um pouquinho. Mas, só um pouquinho mesmo.

“Hayden deu mais um passo em direção a ela. Alexia não percebera sua aproximação antes, mas ele estava muito perto. Perto demais. Olhou nos olhos dele. Era ela a hipnotizada agora.”

Com uma história marcada por dramas pessoais fortes As Regras da Sedução, conquista leitores ávidos por romances mais realistas que consegue emocionar de forma simples, doce e apaixonante.  Recomendo!




agosto 18, 2013

Desejo à Meia-Noite por Lisa Kleypas



ISBN: 9788580411492
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2013
Número de páginas: 272
Classificação: Bom
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Sinopse: The Hathaways - Livro 01.


Após sofrer uma decepção amorosa, Amelia Hathaway perdeu as esperanças de se casar. Desde a morte dos pais, ela se dedica exclusivamente a cuidar dos quatro irmãos – uma tarefa nada fácil, sobretudo porque Leo, o mais velho, anda desperdiçando dinheiro com mulheres, jogos e bebida. Certa noite, quando sai em busca de Leo pelos redutos boêmios de Londres, Amelia conhece Cam Rohan. Meio cigano, meio irlandês, Rohan é um homem difícil de se definir e, embora tenha ficado muito rico, nunca se acostumou com a vida na sociedade londrina. Apesar de não conseguirem esconder a imediata atração que sentem, Rohan e Amelia ficam aliviados com a perspectiva de nunca mais se encontrarem. Mas parece que o destino já traçou outros planos.

Sempre gostei de histórias com personagens ciganos. Acho que depois das histórias com bruxas, magos ou feiticeiros, elas são as que mais me chamam atenção. Deve ser por causa de todo esse mistério e tradição que envolve o povo cigano, mas o fato é que quando li na sinopse de Desejo à Meia-Noite que a história teria um toque dessa magia automaticamente já fique bastante empolgada para ler o livro. Na verdade, acho que fiquei empolgada até demais e com isso infelizmente acabei me decepcionando um pouco com a história.

Amélia Hathaway e sua família possuem graves problemas financeiros.  Se não bastasse isso, Amélia ainda tem que lidar com duas preocupações extras, - a saúde frágil de uma de suas irmãs mais novas Win e a depressão de seu irmão mais velho Léo, que não apenas está levando ele para o fundo do poço, mas também as últimas economias que a família ainda tem. Decidida a salvar o pouco de dinheiro e dignidade que ainda resta aos Hathaways, Amélia decide mudar com a família para uma casa no campo, acreditando assim, que lá ela vai conseguir manter Léo, longe das mesas de jogos e da bebida, ao mesmo tempo em que preserva o máximo possível à saúde frágil de sua irmã.

Porém a paz e tranquilidade tão desejadas por ela estão longe de chegar, pois o enigmático Cam Rohan está pelas redondezas não deixando Amélia esquecer a atração existem entre eles. Com o sangue metade rom (cigano) e metade irlandês, Rohan começa a fazer parte da vida de Amélia mesmo sem a permissão dela. Afinal ela é totalmente independente e protetora em relação a sua complicada família e sabe que a presença de Rohan é perigosa. Enquanto cada um a sua maneira tenta encontrar formas de ignorar e fugir do que sente um do outro o destino trabalha ferozmente, para deixá-los ainda mais próximos tornando tudo ainda mais irresistível.

Vou confessar que achei a Amélia uma chata. Tudo bem que a vida dela é uma verdadeira “tragédia grega”, mas no decorrer da história as suas atitudes além de muitas vezes não coincidirem com a postura que ela tentava passar, eram muito mais muito irritantes mesmo. Assim, eu entendo que deve ser difícil você ter que cuidar de tudo sozinha, enquanto seu irmão faz “cara de paisagem” para vida, e que cuidar de três irmãs mais novas sendo que uma tem a saúde debilitada é uma carga um tanto pesada para uma jovem como vinte e seis anos. Também entendo que ela tenha medo de relacionamentos, afinal qualquer tipo de decepção leva certo tempo para passar, isso quando passa. Só que de verdade, ela não precisava ser tão chata. A chatice dela beirava a amargura às vezes. Juro me dava nos nervos!

O Rohan pode até ser diferente dos outros mocinhos de romances históricos, e na verdade ele é o grande destaque do livro, e a única razão pela qual gostei da história. Não por ele ser lindo ou maravilhoso, mas sim por que ele tem uma aura misteriosa, selvagem bem diferente dos personagens masculinos que estou acostumada a encontrar nos livros que leio. Rohan é aquele personagem que mantém o leitor intrigado, por que não dá para você saber se ele é mocinho ou vilão e com isso a autora vai levando a história com o ritmo moderado que não chega a encantar, porém prende a sua atenção. Sem falar que é bastante engraçado ver Rohan tentando perder dinheiro e ganhando ainda mais. Você fica pensando: “Que tipo de louco ele é?”.

Os demais personagens não chegam a ser muito cativantes, porém eles possuem características que faz com que você acabe gostando deles também. O Merripan, por exemplo, possui os mesmos traços da personalidade de Rohan, porém ele tem um toque mais sombrio, algo que faz você ficar curioso em relação ao passado dele. Léo é (...) sei lá, simplesmente não consigo definir ele. Teve horas que eu fiquei com pena, já em outras que eu queria dar uns tapas e assim se segui até o final do livro. Ou seja, ainda não sei se gosto ou desgosto dele. Ô homem complicado viu (...). Já as irmãs mais novas da Amélia: Win, Poppy e Beatrix, são uns amores. Elas são a prova daquele ditado que diz “Cada um escolhe a forma como lida com a dor”, Amélia tem muito a aprender com elas.

Mesmo achando que em alguns momentos a história ficava um pouco parada e no requisito romance a narrativa “deixa um pouco” a desejar eu gostei do livro. Não que romance não seja bonito e não tenha me feito ver coraçõezinhos e tudo mais. Porém achei algumas partes forçadas e isso acabou fazendo com que o romance perdesse um pouco do seu encanto. A escrita da autora Lisa Kleypas é leve e possui todos os ingredientes que tornam os romances históricos inesquecíveis. A presença de alguns elementos da cultura cigana em determinados trechos da narrativa, fez com isso a história ficasse mais rica e de certa forma mais mágica também.

Simplesmente o meu maior problema com Desejo à Meia-Noite, foi a protagonista que em momento algum conseguiu fazer com que eu me identificasse ou simpatizasse nem que fosse um pouquinho com ela. Não que eu tenha terminado o livro odiando a Amélia, nada disso. Como eu disse logo no começo da resenha, eu entendo as atitudes dela, só que não aceito. Fazer o que não é (...).

“Os rons acreditam que se deve seguir o chamado da estrada e nunca voltar atrás. Pois nunca se sabe das aventuras que estão por vir.”

Para quem busca um romance leve e super bonitinho, Desejo à Meia-Noite é uma ótima opção. Não surpreende, mas se você não criar muitas expectativas (como essa que vos escreve fez), também não se decepciona.


julho 21, 2013

O Duque e Eu por Julia Quinn




ISBN: 9788580411461
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2013
Número de páginas: 288
Classificação: Muito Bom
Onde Comprar: Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Submarino - Compare os Preços.

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Sinopse: Os Bridgertons - Livro 01.


Simon Basset, o irresistível duque de Hastings, acaba de retornar a Londres depois de seis anos viajando pelo mundo. Rico, bonito e solteiro, ele é um prato cheio para as mães da alta sociedade, que só pensam em arrumar um bom partido para suas filhas. Simon, porém, tem o firme propósito de nunca se casar. Assim, para se livrar das garras dessas mulheres, precisa de um plano infalível. É quando entra em cena Daphne Bridgerton, a irmã mais nova de seu melhor amigo (...).


Sabe aquelas histórias bem clichês que você já começa o livro sabendo o final, mas que mesmo assim de alguma forma consegue ter detalhes que surpreendem no decorrer da leitura?Pois é, O Duque e Eu combina muito bem com essa descrição. Apesar da sinopse praticamente entregar a história toda, alguns pequenos detalhes tornaram a narrativa muito doce, leve e divertidíssima, no melhor estilo romance gracinha que essa que vos escreve adora.

Com uma infância e uma adolescência um tanto “dramáticas” o Duque de Hastings, Simon Basset está de volta a Londres, e tem como principal objetivo fugir de mães com filhas na idade de se casar. Afinal, ele como um jovem duque é visto como um ótimo partido. Só o que nenhuma mãe e candidata podem imaginar é que, Simon está decidido a nunca se casar. Do outro lado da história temos a jovem Daphne Bridgerton, que precisa encontrar um pretendente rápido, pois tanto a sua reputação com o de suas irmãs mais novas podem acabar arruinadas se ela não encontrar um bom pretendente logo.

Durante um dos vários bailes da temporada realizados pela alta sociedade londrina, Simon e Daphne se conhecem em um momento um tanto “constrangedor” para moça. O duque a reconhece como sendo a irmã mais nova do seu melhor amigo Anthony Bridgerton, o que faz com que a primeira reação dele seja se afastar o mais rápido possível dela. Porém quando Simon percebe que escapar das mães casamenteiras é mais difícil que ele imaginava, e que Daphne está realmente tendo problemas em encontrar um bom partido ele faz uma proposta, um tanto “indecente” a jovem.

Simon propõem fingir que a corteja dessa forma além de ele escapar das mães e aspirantes a duquesa, ele ajudará a Daphne a encontrar um bom pretendente, pois se o poderoso Duque de Hastings está interessado nela, é por que ela realmente deve ser muito especial. Se por um lado à mãe de Daphne, Violet Bridgerton fica radiante de felicidade por ver a fila de pretendentes de sua filha dobrar, Anthony não gosta nada da história. Afinal ninguém melhor que ele para saber o quão cafajeste Simon pode ser. E o que era para ser apenas um teatro que beneficiaria a ambos, se transforma em uma bela confusão e muda a vida de Simon e Daphne para sempre.

Eu gostei muito da forma com que a autora Julia Quinn desenvolveu a história. Embora ela seja super bonitinha e nada surpreendente, o modo como ela trabalhou todo o contexto da história, inclusive o período em que ela se passa, fez com que a leitura fosse muito agradável. Gostei bastante da construção dos personagens, pois cada um consegue ser marcante e desempenhar um papel importante na narrativa, por menor que seja a sua participação. Confesso que dei muita risada com os irmãos da Daphne, não apenas com o próprio Anthony, mas também com o Benedict e o Collin (suspiros). Tanto que em meu ponto de vista O Duque e Eu em muitos momentos pareceu-me mais uma comédia romântica do que um romance em si.

Claro que tem todo aquele romance fofo, que faz você suspirar, porém o problema é que algumas atitudes do Simon me deixaram tão irritada que todo aquele encantamento que eu senti por ele no começo do livro acabou se perdendo um pouco no final. Na verdade eu quis que a Daphne desse um belo chega para lá nele, mas quem entende o amor, não é mesmo? Outro ponto que achei bem legal é que, por mais romântica e delicada que a Daphne seja ela foge daquele estereótipo de mocinha frágil e indefesa. Tipo ela pode até sofrer, mas sofre com classe.

Mas, o que realmente me chamou a atenção é que, aqui também temos uma personagem bastante interessante que ganha à vida escrevendo “fofocas” a respeito da sociedade londrina, a misteriosa Lady Whitledown. Quem será essa senhora que parece saber de tudo o que acontece na vida dos outros? Eu tenho algumas suspeitas e estou curiosíssima para ler os demais livros da série para saber se elas estão certas.

“Bem-vindo a Londres, Hastings - disse ela, presenteando-o com um sorriso largo e brilhante. - Mais uma semana e eu mesma o teria arrastado de volta.”

O final é meio corrido, mas para quem gosta de histórias curtinhas e super gracinhas, O Duque e Eu, não decepciona. Fica a dica de um romance de época com uma família barulhenta, que vai conquistar seu coração.

Lembrando que a série Bridgerton é composta por oito livros e o segundo, O Visconde que me Amava chega em breve às livrarias.

janeiro 27, 2013

Resenha - Sedução por Nicole Jordan.

Sedução por Nicole Jordan.

ISBN: 9788576654582
Editora: Essência
Ano: 2009
Número de páginas: 336
Classificação: 5 estrelas
Onde Comprar: Livraria Saraiva, - Compare os Preços



Sinopse: Notorious, #1

“Ele será seu professor na arte de fazer amor, mas ela o ensinará a amar”

Lord Damien Sinclair dedica seu tempo a seu próprio prazer - o que pode ser resumido em duas palavras: jogos e mulheres. Mas essa rotina muda quando sua irmã, Olivia, sofre um acidente em uma situação comprometedora, que pode colocar em risco a sua honra. Damien estava disposto a acabar com Aubrey, o nobre que a teria ferido, mas não esperava encontrar um obstáculo tão... sedutor: Vanessa Wyndham. Nesse romance de intriga e sedução, a autora explora sentimentos que nem sempre são revelados. Será que os corações escaparão ilesos quando o acordo for posto em prática?


Enfim a resenha do primeiro livro lido em 2013, Sedução da Nicole Jordan. É um pouco complicado expressar sua opinião quando você ama e odeia um livro com a mesma intensidade, ainda mais quanto faz um bom tempo que uma história não causa esse efeito em mim.  Não me arrisco a dizer que Sedução é um livro perfeito, porém perto de muitos livros do gênero, que andam surgindo no mercado, acredito que ele fica muito acima da média.

Um dos maiores problemas dos romances que tem no erotismo um dos pontos altos da história é que, muitas vezes temos a sensação que estamos sempre lendo as mesmas cenas página após página, fato esse que felizmente não acontece em Sedução.  Aqui tanto a história como os personagens são bem construídos, com uma narrativa leve que consegue ser “picante” e detalhista ao mesmo tempo em que é romântica e delicada.

Ambientado na Inglaterra do século XIX(dezenove), os personagens centrais da história são Lord Damien Sinclair e Lady Vanessa Wyndham. Ele o pior dos libertinos da sociedade londrina, ela uma jovem viúva que só conheceu o lado ruim de um relacionamento. Ambos acabam se conhecendo por um acaso nada feliz do destino, afinal para Lord Sin o irmão mais novo de Vanessa, Aubrey Trent é o grande responsável pela desgraça que se abateu sobre sua jovem irmã Olivia Sinclair. Aubrey Trent, conhecido também como Lord Rutherford em um ato inconsequente, mancha não apenas a reputação de Oliva, mas a faz sofrer um trágico acidente que a deixa paralítica. Porém é óbvio que o poderoso Lord Sin não ia deixar que Aubrey se saísse bem da história, não depois de ele ter destruído a vida da sua doce irmã.

Lord Sin faz como que Aubrey perca todos os bens que possui em um jogo de cartas, deixando assim ele e sua família na mais perfeita miséria. Só que Vanessa não estava disposta a permitir que sua família pagasse por um erro do irmão. Ela vai até Lord Sin pedir misericórdia, ele claro movido pelo desejo de vingança a ignora, até que sem saída Vanessa acaba se oferecendo para cuidar de Olivia em troca ele não executaria a divida de seu irmão. Lord Sin aceita a proposta, mas sobre uma condição, além de cuidar de Olivia, Vanessa teria que ser sua amante durante todo o verão. Quando ao final da primavera os dois partem para a belíssima casa de campo da família Sinclair em Rosewood, nem Vanessa e muito menos Lord Sin imaginavam que um simples verão mudaria suas vidas para sempre.

Como todo bom romance, água com açúcar Sedução é totalmente clichê. Sim, você começa o livro sabendo exatamente como vai ser o final, o que acaba tornando todo o desenvolvimento do enredo o fator principal na história. Aqui os personagens são incrivelmente humanos, e a forma como que a autora descrevia fatos corriqueiros do dia a dia como, tomar café da manhã, por exemplo, os aproxima ainda mais do leitor. A autora também evitou ir muito pela linha tradicional criando personagens ”incrivelmente” perfeitos, e todo aquele blá, blá, blá de sempre. Mesmo que as características físicas dos personagens fossem um pouco “endeusadas” em certos momentos, foi à personalidade e o carisma de cada um que acabou se destacando mais. Teve momentos que eu ficava completamente dividida, e não sabia se eu gostava ou não deles. 

Ao mesmo tempo em que Lord Sin me conquistava com a sua inteligência, delicadeza e senso de humor, ele me tirava do sério por ser o pior tipo de homem que pode existir.  Isso acontecia com a Vanessa também, por que horas ela se mostrava uma mulher determinada e a frente do seu tempo, já em outras ela era tão insegura e “fraca” que chegava a me dar nos nervos às atitudes dela. De verdade acho que ela foi “boazinha” demais com o Lord Sin. Aliás, os dois podem ser a coisa mais lindinha juntos, mas que eles também fazem qualquer um perder a paciência com suas divagações, isso eles fazem, e muito bem. Sabe quando você fica desesperada quando o personagem faz alguma coisa idiota? Bem, acho que já deu para entender o quanto eu sofri.

Um dos pontos fortes do livro é que mesmo os personagens secundários se destacam, fazendo com que você se envolva com a história deles, da mesma forma como você se envolve e torce pela história de Lord Sin e Vanessa. A autora também conseguiu introduzir na narrativa, fatos e costumes da época que dificilmente aparecem ou são citados nos romances históricos, o que acabou enriquecendo ainda mais a história. Ou seja, Nicole Jordan comprovou aquilo que eu venho falando há algum tempo sobre os romances que exploram o erotismo na trama; “que é possível sim, trabalhar a sensualidade em uma história sem transformá-la em algo vulgar”.

Sedução é típico livro para quem gosta assim como eu do velho e bom, romance “gracinha” que faz você suspirar e torcer (chorar) para que os personagens encontrem seu final feliz. Posso dizer que comecei meu ano com o pé direito. Eu só tenho um aviso para fazer as meninas: “Não se encante pelo Lord Sin, por que de verdade, ele não vale nada”.

Recomendadíssimo!

abril 01, 2012

Liberte meu Coração por Meg Cabot.


Liberte meu Coração por Meg Cabot.                                                                                                

Ficha Técnica.

Editora: Galera Record
Autor: Meg Cabot
ISBN: 9788501086686
Ano: 2011
Edição: 1
Número de páginas: 404
Classificação: 4 estrelas
Onde Comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa, SubmarinoCompare os Preços.

Sinopse:                                                                                           

Sua Alteza Real, a princesa Mia Thermopolis da Genovia, cujos diários se tornaram sucessos de venda, agora mostra ao mundo inteiro seu primeiro romance — cheio de perigo, desejo e um amor que vencerá todos os obstáculos... com a ajuda da incrivelmente talentosa Meg Cabot! Finnula é a caçula de seis irmãs e um irmão na Inglaterra do século XIII. Enquanto suas irmãs se contentam em fofocar sobre maridos, crianças e afazeres domésticos, Finnula é alvo de comentários maldosos de toda a vila por caçar nos terrenos do conde e por andar por aí em calças de couro justas! Mas de repente Finnula se vê envolvida numa complicação sem tamanho... Uma de suas irmãs acabou com o seu dote comprando vestidos e bugigangas, e a única forma em que as duas conseguem pensar para recuperar esse dinheiro é muito pouco usual... Sequestrar um lorde ou um cavaleiro rico que possa pagar um resgate! O que ela não esperava é que esse sequestro fosse criar mais problemas do que soluções: o cavaleiro recém-chegado das Cruzadas que é escolhido por Finnula vai acabar se mostrando alguém muito diferente do esperado, e a moça pode acabar tendo que abrir mão do resgate... e de seu coração.

Resenha:                                                                                                                                                 

Liberte meu Coração era um dos livros que mais ansiava em ler desde seu lançamento e, o fato do livro ser um romance histórico “escrito” pela princesa Mia despertaram ainda mais a minha curiosidade. Infelizmente as altas expectativas que tinha em relação ao livro, me levaram a ter uma pequena ponta de decepção com a história. Os primeiros capítulos são um pouco cansativos e realmente se não fosse à força de vontade e a esperança que a história ia melhorar, teria abandonado o livro. 

Finnula Crais, a mocinha da vez é uma pessoa totalmente fora dos padrões femininos do século XIII. Com um temperamento forte e uma grande habilidade para caça ela procura ajudar os mais fracos. Ela é uma espécie de Robin Hood de “saias” por assim dizer. Finn tem a grande missão de sequestrar um homem rico o bastante para pagar um resgate, e assim ajudar a sua irmã Mellana que está grávida a recuperar o dinheiro do seu dote.

Em sua busca pelo alvo certo Finn encontra Hugh Fitzwilliam um jovem e belo cavaleiro que acaba de regressar das Cruzadas e que na verdade é nada mais nada mesmo, do que o Lorde Hugo Fitzstephen o sétimo conde de Stephensgate. Claro que a relação dos dois começa com o tradicional cão e gato até que por fim, depois de três dias de convivência os dois percebem que estão perdidamente apaixonados.

Tudo bem, até está parte o livro é bem clichê e bonitinho, mas o que realmente começou a dar nos nervos foi o excesso de detalhes que não acrescentavam em nada à narrativa. Chegou uma hora que já tinha perdido as contas de quantas vezes a beleza dos cabelos ruivos de Finnula e o corpo másculo de Hugo eram descritos no livro. Outra coisa que me incomodou um pouco foi o fato de que em algumas partes a história soava um pouco óbvia e até rápida demais. Em certos momentos as atitudes dos personagens pareciam um tanto forçadas e até ridículas.

Claro que o livro tem momentos engraçados, e a narrativa consegue prender e manter a atenção do leitor depois que a história ganha mais ritmo. Não ouso dizer que a protagonista Finn é totalmente imprevisível, já que do meu ponto de vista algumas atitudes dela eram bem previsíveis e isso a tornava uma pessoa um pouco irritante.

Meg Cabot conhece a fórmula para conquistar o leitor a cada capítulo. Liberte meu Coração foi o primeiro livro mais “adulto” que li da autora e embora tenha esperado uma grande história, e tenha me decepcionado um pouco, no todo Liberte meu Coração é um bom livro.  Em minha opinião, ele funciona bem com um livro de aventura com uma pitada de romance, e não como romance propriamente dito.

Para quem gosta de livros/ romances históricos com eu, Liberte meu Coração é uma leitura agradável, com todos os ingredientes que mais gostamos; uma mocinha rebelde, um mocinho valente, um vilão odioso e personagens engraçados. Pena que faltou mais romance mesmo.

Se eu gostei do livro? Claro que sim! Queria ter gostado mais, já que sou fã da autora, mas sempre que criamos muitas expectativas em relação a algo acabamos nos decepcionando um pouco.  A minha dica então é; Leiam o livro sim! Afinal o que ele não tem de romântico tem de engraçado e isso conta muito em uma leitura. Posso não ter encantado com a história enquanto lia, mas dei boas risadas.



janeiro 07, 2012

Muito mais que uma Princesa por Laura Lee Guhrke


Muito mais que uma Princesa por Laura Lee Guhrke.                                                                    

Ficha Técnica:

Editora: Essência
Autor: Laura Lee Guhrke
ISBN: 9788576653837
Ano: 2008
Edição: 1
Número de páginas: 341
Classificação: 5 estrelas
Onde Comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa, SubmarinoCompare os Preços.


Sinopse:                                                                                       

Filha ilegítima de um príncipe e de uma famosa cortesã, Lucia viveu confinada em escolas e conventos durante a maior da vida. Mas, essas experiências não a impediram de provocar um escândalo depois do outro. Exasperado, o príncipe Cesare de Bolgheri decide que a filha deveria se casar o quanto antes. Para arranjar o casamento, Sir Ian Moore, o mais respeitado diplomata britânico, é chamado às pressas. De volta à Inglaterra, ele promete a si mesmo que achará um marido para Lucia, mas logo vê que sua experiência de diplomata talvez não seja suficiente para quebrar a resistência da moça. Apesar de não faltarem candidatos, nenhum está à altura do espírito e da paixão de Lucia. Trata-se Uma história que surpreende o leitor do início ao fim.


Resenha:                                                                                                                                                

Acredito que uma única frase resume bem o que senti quando terminei de ler este livro: “Por que eu não li antes”!  Fui completamente surpreendida e conquistada por esta história. Um único aviso; quando você for decidir ler este livro tenha certeza que terá o tempo livre só para isso, por que vai ser muito, mais muito difícil você conseguir largar ele.

Lucia foge e muito dos padrões das mocinhas e princesas convencionais. Ela não abaixa a cabeça e em nenhum momento abandona seus objetivos, mesmo que para isso ela precise passar por cima dos sentimentos dos outros, e como isso acabar machucando a si mesma. Ian por sua vez já é o perfeito cavaleiro, que não foge de suas responsabilidades, mas que por baixo de toda indiferença esconde um homem cheio de paixão e principalmente, medo de se entregar a ela.

Eu diria que o relacionamento deles é como fogo e gelo, em boa parte do livro ambos travam uma batalha. Isso é um dos destaques na narrativa da autora Laura Lee Guhrke. Durante as discussões e jogos de sedução, não dava para saber quem tinha persuadido quem na história. A narrativa da autora além se ser bem leve e envolvente, tem umas pitadas de ironia o que me fez prestar mais atenção na história e desta forma gostar mais do livro. 

Laura Lee Guhrke além de criar um enredo envolvente, soube criar um núcleo de personagens carismáticos que dão um toque extra de vida ao livro.  Dylan, irmão de Ian com a sua esposa Grace e a esperta filha do casal Isabel dão delicadeza, romantismo e aquele leve toque de comédia a história. Outra personagem que se destaca é Francesca, a mãe de Lucia. Mesmo com toda a imposição de Cesare para que mãe e filha ficassem afastadas, ela sempre consegui se manter por perto e demonstrar o quanto amava a sua filha.

O livro é simplesmente fantástico! O um dos melhores romances que li nos últimos tempos. Sim leitores, ele arranca suspiros durante a leitura.

Um único ponto que não posso esquecer-me de ressaltar é que a autora não é de meias palavras, ou seja, é tudo bem descrito e muito bem detalhado.

Para quem assim como eu ama romances e principalmente históricos, Muito mais que uma Princesa é super recomendado!



outubro 27, 2010

Sempre teu Amor por Candece Camp

Sempre teu Amor por Cancede Camp.

Ficha Técnica:

Editora: Harlequin Books
Autor: Candace Camp
Origem: Nacional
Ano: 2003
Edição: 1
Número de páginas: 302
Acabamento: Brochura
Formato: Médio


Um momento de loucura a luz do luar.

Depois de passar anos em Londres, a bela e independente Nicola Falcourt está a caminho da casa de sua irmã Deborah, condessa de Exmoor, quando sua carruagem é interceptada por um bando de salteadores. Pouco lhe importa as jóias roubadas - maior é a inquietude que lhe causara o galante e ousado chefe dos ladrões. Ainda pior é suportar a hipócrita solidariedade do cunhado - um homem que já lhe causara a pior das perdas. O episódio na estrada é o prenúncio do que seria a estada de Nicola na luxuosa propriedade dos Exmoor - uma temporada de tensão e perigo. Ali ela é surpreendida pelo ambiente frio em que vive a irmã, conhece a força da paixão e a luta contra a injustiça. Sobretudo, ela descobre que ergueu sua vida sobre uma trágica sucessão de mentiras.
O fato de eu ter lido esse livro em uma final de semana, diz alguma coisa para vocês? E se eu falar que já li ele três vezes, e mais chorei em todas elas. O que vocês diriam?
A única coisa que eu posso garantir é para quem gosta de um belo romance, Sempre teu Amor é simplesmente perfeito! Delicado e ao mesmo tempo cheio de aventuras e mistérios.
Apaixonante sem ser meloso, e o melhor tem parte divertidas que garante boas gargalhadas.
Nicola é uma mulher destemida, determinada e independente. Ela não faz o tipo de mocinha frágil e indefesa e esse foi um dos motivos pelos quais eu me identifiquei com ela.
E o Jack nem preciso dizer que me apaixonei por ele né. Adoro o jeito ousado e a ironia dele. Essas características o tornam um personagem único!
A narração da Candace Camp é impecável. Ela descreve tão bem a Inglaterra em 1815 que praticamente me via no cenário da história.
Esse conjunto de elementos faz com que Sempre Teu Amor seja um livro maravilhoso, com personagens cativantes e inesquecíveis!

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