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abril 18, 2021

Volúpia de Veludo por Loretta Chase

 | Arquivado em: RESENHAS


Q
uem acompanha o blog há mais tempo sabe que, a Loretta Chase é uma das minhas autoras de romances de época favorita. Mas como andei dando um tempo nos livros do gênero, acabei lendo a Volúpia de Veludo, terceiro livro da série As Modistas somente agora. Confesso que uma parte de mim estava com medo de me decepcionar com a escrita da autora, pois li resenhas não tão positivas do livro em questão.

Não nego que tive problemas durante a leitura, porém isso se deu mais pelo meu momento atual e um desânimo monstruoso que tomou conta de mim no último mês, do que a qualidade da construção da história. Volúpia de Veludo possui uma narrativa com um ritmo um pouco mais lento, mas que nos apresenta personagens carismáticos em um romance ardente, divertido e com uma pequena dose de mistério.

Resenha

ISBN: 9788580417173
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2017
Número de páginas: 320
Classificação: Muito Bom
Compre Aqui
Sinopse: As Modistas – Livro 03
Simon Fairfax, o fatalmente charmoso marquês de Lisburne, acaba de retornar relutantemente a Londres para cumprir uma obrigação familiar. Ainda assim, ele arranja tempo para seduzir Leonie Noirot, sócia da Maison Noirot. Só que, para a modista, o refinado ateliê vem sempre em primeiro lugar, e ela está mais preocupada com a missão de transformar a deselegante prima do marquês em um lindo cisne do que com assuntos românticos. Simon, porém, está tão obcecado em conquistá-la que não é capaz de apreciar a inteligência da moça, que tem um talento incrível para inventar curvas – e lucros. Ela resolve então ensinar-lhe uma lição propondo uma aposta que vai mudar a atitude dele de uma vez por todas. Ou será que a maior mudança da temporada acabará acontecendo dentro de Leonie?

Simon Fairfax, o marquês de Lisburne, retorna a Londres com a missão pessoal de proteger seu primo, o jovem poeta em ascensão lorde Swanton de qualquer perigo ou escândalo que a mente romântica e um tanto “avoada” possa causar. Mas o que Simon não imaginava é que o seu retorno ao continente reservava uma surpresa, o encontro entre ele e Leonie Noirot, uma das sócias da famosa da Maison Noirot.

Assim que os olhos do Simon pousaram na bela e contemplativa Leonie admirando uma obra de Botticelli, Lisburne decide conhecer melhor a modista e quem sabe seduzi-la. Só que essa tarefa acaba se mostrando um pouco mais complicada do charmoso marquês espera, pois para Leonie os negócios vêm sempre em primeiro lugar. Além disso, agora que suas irmãs Marcelline e Sophia se casaram com nobres, a mais nova das Noirots assumiu para si a responsabilidade de manter o refinado ateliê aberto e sendo referência de moda e sofisticação para a alta sociedade londrina.

Para isso, Leonie pretende transformar a prima de Lisburne, lady Gladys Fairfax, vista por muitos como uma megera desajeitada, na nova beldade da temporada. Simon acredita que tal incumbência é impossível e resolve fazer uma tentadora aposta com Srta. Noirot.

Quando um escândalo envolvendo Swanton coloca em risco a reputação da Maison Noirot e tudo por qual Leonie e suas irmãs lutaram, ela e o marquês resolvem unir forças para reverter a situação. E conforme os dias de passam e o prazo final da aposta também se aproxima, a modista e o marquês acabam não conseguindo resistir a atração que sentem um pelo outro.

Será que eles vão conseguir descobrir quem está interessado, em prejudicar o bom nome de lorde Swanton e recuperar sua reputação e do ateliê? E quem será o grande vencedor da aposta, quando ambos já entregaram os seus corações um para o outro? 

Uma das coisas que mais gosto na escrita da Loretta Chase é a forma como ela constrói seus personagens. As protagonistas estão longe de ser frágeis e inocentes como normalmente, encontramos em romances de época. As heroínas da autora, tem uma certa “malícia”, determinação e um humor sarcástico que torna a jornada delas na história, bem interessante de se acompanhar.

O mesmo pode-se dizer de seus personagens masculinos, que em um primeiro momento se mostram como os típicos patifes despreocupados, mas que possuem diversas camadas que vão sendo relevadas a cada capítulo, além de um coração enorme e o forte senso de responsabilidade para com aqueles que amam.

Esses pontos fazem com que as obras da autora sejam maduras e espirituosas ao mesmo tempo em que, os elementos clichês que tanto gosto dos livros do gênero estão presentes na narrativa. Só que como comentei no começo da resenha, em Volúpia de Veludo senti que o ritmo foi mais lento e com isso, a história demorou um pouco para me cativar.

De verdade, acho que isso aconteceu mais porque março foi um mês bem pesado do lado de cá, e acabei ficando completamente desanimada.  No geral gostei muito do que encontrei aqui e dei boas risadas em diversas ocasiões, porém em determinados capítulos senti que a autora dá “voltas demais” fazendo com que a narrativa fique levemente repetitiva.

“– É claro que sabia. É preciso um vigarista para reconhecer outro.”

Gostei muito das interações dos protagonistas e como o romance entre a Leonie e o Simon foi desenvolvido. Leonie ao contrário das irmãs é mais pé no chão e analítica, e ver como o relacionamento dela com o marquês consegue tirá-la de sua zona de conforto é bem divertido. O Simon infelizmente não foi aquele mocinho que me fez suspirar por ele. De certo modo achei ele um pouco “imaturo” quando comparado, com os protagonistas dos livros anteriores e por esse motivo, ele acabou não me encantando tanto.

Loretta Chase acertou ao dar um toque de mistério na trama quando inseriu o escândalo envolvendo Swanton, pois ao menos em minha opinião a história começa ficar mais interessante a partir desse ponto. Os personagens secundários também desempenham um papel importante na composição do enredo e fiquei bem feliz com a participação do duque de Clevedon, pois eu estava com saudades do personagem ().

Em suma Volúpia de Veludo é um livro bom que li em uma época não tão boa e sem dúvidas, isso acabou interferindo na minha experiência com a obra. A escrita da Loretta continua impecável e nos transporta para dentro das páginas, o que faz com que a gente se sinta parte da história também. Pretendo ler o quarto livro da série As Modistas, Romance entre Rendas ainda este ano para finalizar a série e espero de coração estar com um momento melhor, quando isso acontecer.

Veja Também:

Sedução da Seda
Escândalo de Cetim

setembro 15, 2020

Uma Proposta e Nada Mais por Mary Balogh

| Arquivado em: RESENHAS

Uma Proposta e Nada Mais é o primeiro livro da série, Clube dos Sobreviventes da autora Mary Balogh. Particularmente, dentre todas as autoras do gênero, a Mary é uma das minhas favoritas. Gosto no modo como ela consegue apresentar o velho e bom clichê, sem deixá-lo muito caricato. Seus personagens são maduros e com diversas nuances que vamos descobrindo no decorrer da leitura, o que torna a narrativa cativante.

Confesso que propositalmente, evite um pouco romances de época por um bom tempo. Mesmo sendo um dos meus gêneros favoritos, comecei a ter a sensação de que as histórias estavam “muito iguais” e acredito, que essa pausa que dei foi essencial para que a minha experiência com o livro fosse tão agradável.

Resenha


ISBN: 9788580418170
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2018
Número de páginas: 272
Classificação: Muito bom
Sinopse: O Clube dos Sobreviventes – Livro 01.
Primeiro livro da série Clube dos Sobreviventes, Uma Proposta e Nada Mais é uma história intensa e cativante sobre segundas chances e sobre a perseverança do amor. Após ter tido sua cota de sofrimentos na vida, a jovem viúva Gwendoline, lady Muir, estava mais que satisfeita com sua rotina tranquila, e sempre resistiu a se casar novamente. Agora, porém, passou a se sentir solitária e inquieta, e considera a ideia de arranjar um marido calmo, refinado e que não espere muito dela. Ao conhecer Hugo Emes, o lorde Trentham, logo vê que ele não é nada disso. Grosseirão e carrancudo, Hugo é um cavalheiro apenas no nome: ganhou seu título em reconhecimento a feitos na guerra. Após a morte do pai, um rico negociante, ele se vê responsável pelo bem-estar da madrasta e da meia-irmã, e decide arranjar uma esposa para tornar essa nova fase menos penosa. Hugo a princípio não quer cortejar Gwen, pois a julga uma típica aristocrata mimada. Mas logo se torna incapaz de resistir a seu jeito inocente e sincero, sua risada contagiante, seu rosto adorável. Ela, por sua vez, começa a experimentar com ele sensações que jamais imaginava sentir novamente. E a cada beijo e cada carícia, Hugo a conquista mais – com seu desejo, seu amor e a promessa de fazê-la feliz para sempre.

Lady Gwendoline Muir está satisfeita com a sua vida atual. Apesar de ter perdido o marido pouco tempo após o casamento, ela é feliz com a sua rotina tranquila e não pensa em se casar novamente. Após uma discussão com a sua amiga Vera, com quem Gwen tinha ido passar algumas semanas, ela decide sair para dar um passeio e arejar a cabeça, porém as coisas não acabam saindo como o planejado. Gwen acaba sofrendo um acidente e é resgatada pelo mal humorado, Lorde Trentham.

O título de nobreza não tem importância nenhuma na vida Hugo Emes, Lorde Trentham. Tudo o que ele deseja é uma vida tranquila e passar alguns dias por ano na companhia dos seus seis amigos e sobreviventes da guerra contra Napoleão. Mas ele não esperava que a reunião fosse contar com mais uma participante. Afinal, depois de resgatar Gwen fica óbvio para todos na casa, inclusive para ele, que a jovem dama precisará de alguns dias para se recuperar do acidente.

Gwen não se sente confortável e invadir a privacidade daquelas pessoas, por mais solícitas e amigáveis que elas possam ser. Porém nada podia a ter preparado para a atração intensa que sente por Lorde Trentham. Após sete anos de viuvez ela já tinha certeza de que seu coração estava fechado para um novo amor, mas algo na personalidade rústica de Hugo desperta nela sentimentos que a muito acreditou estarem adormecidos.

Hugo sabe que cedo ou tarde terá que se casar para dar continuidade ao nome da família, só sendo da classe operária, ele nunca quis se envolver com a aristocracia e muito menos se apaixonar por uma dama da alta sociedade. Mas será que depois de passar alguns dias na companhia de Lady Muir , ele conseguirá se manter firme em suas convicções?

Mesmo sem grandes reviravoltas, Uma Proposta e Nada Mais nos presenteia com um romance maduro e com personagens bem construídos. Mary Balogh desenvolveu uma narrativa com a dose certa de drama e sensualidade, sem que nada pareça destoante ou exagerado. O ritmo é fluido e envolvente, fazendo com que eu realmente me sentisse conectada as emoções dos protagonistas.

À primeira vista os dilemas por eles enfrentados podem parecer “pequenos”, só que conforme vamos conhecendo melhor a personalidade de Gwen e Hugo fica mais fácil compreender suas motivações e principalmente, quais são seus receios de se entregar ao que sentem um pelo outro.

Os personagens secundários apesar de não desempenharem um papel de grande importância na trama, se destacam em momentos chaves trazendo mais leveza e até um toque de comédia para a narrativa. Gostei muito da irmã do Hugo, a Constance e a família de Gwen também é muito encantadora. E por mais insuportável que a Vera seja, confesso que dei risada das tentativas de se fazer de vítima da personagem.

Como introdução para a série, Uma Proposta e Nada Mais é um bom livro. Não nego que senti falta de um plot twist mais elaborado e de cenas de ação. Tudo aqui assim como seus personagens é linear e comedido, o que não chega a ser ruim, mas deixa aquela sensação que ficou faltando alguma coisa.

Resenha
© Ariane Gisele Reis.


Já reparou como ficar parado às vezes não é muito diferente de retroceder? comentou ela. Pois o mundo inteiro segue adiante e nos deixa. “

Estou bastante curiosa para conhecer as histórias dos demais membros do Clube dos Sobreviventes, em especial da Imogen e do duque Stanbrook, que foram os personagens que me pareceram mais misteriosos e interessantes nesse primeiro livro. Considerando que simplesmente amei a outra série que li da autora, Os Bedwyns, pode-se dizer que as minhas expectativas estão um pouco altas.

abril 17, 2019

Os Mistérios de Sir Richard por Julia Quinn

| Arquivado em: RESENHAS.

Dando sequência a minha meta de 12 livros para ler em 2019, Os Mistérios de Sir Richard último livro da série Quarteto Smythe-Smith da autora Julia Quinn, se mostrou uma leitura um tanto “complicada”. Confesso que demorei bastante para me sentir conectada com a narrativa e seus personagens e infelizmente ao final fiquei com a sensação que a história foi rasa e nem de longe tão cativante como os livros anteriores que li da autora.



ISBN: 9788580416688
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2017
Número de páginas: 280
Classificação: Bom
Sinopse: Quarteto Smythe-Smith - Livro 04.
Sir Richard Kenworthy tem menos de um mês para encontrar uma esposa. Ele sabe que não pode ser muito exigente, mas quando vê Iris Smythe-Smith se escondendo atrás de seu violoncelo no musical anual das Smythe-Smith, Richard acha que conheceu alguém muito valiosa.  Ela é o tipo de mulher que passa despercebida até a realização de um segundo ou terceiro olhar de outra forma. Mas há algo nela abaixo da superfície, algo quente e ele sabe que ela é única. Iris Smythe-Smith...Ela está acostumada a ser subestimada, com seu cabelo claro e tranquila, mas há uma personalidade astuta que ela tende a esconder, e ela gosta dessa forma. Então, quando Richard Kenworthy se aproxima com galanteios e flertes, parece suspeito.  Dando a impressão de um homem que se rende ao amor, mas ela não pode acreditar que tudo é verdade. Quando sua proposta de casamento se torna uma situação comprometedora obrigatória, você não pode deixar de pensar que há algo escondido por trás disso. . . mesmo que o seu coração diz sim.

O Quarteto Smythe-Smith foi uma série que ao mesmo em minha opinião teve um começo promissor, mas que no decorrer dos quatro livros acabou meio que “perdendo” um pouco do seu encanto. Gosto muito da narrativa da Julia Quinn, porém sinto em dizer que ao menos aqui o estilo jovial e divertido da autora não funcionou muito bem comigo. A prova disso, é o fato de eu ter levado praticamente dois meses para ler Os Mistérios de Sir Richard. Não que o livro seja de todo “ruim”. Há bons momentos, mas a construção em si peca pela falta de química do casal e na forma como tudo parece “forçado” e um tanto sem sal e sem açúcar.

Iris Smythe-Smith é uma personagem que nos livros anteriores teve uma participação relativamente pequena, mas sempre que surgia suas aparições eram regadas de diálogos irônico e temperados com uma boa dose sarcasmo. Por esse motivo, não nego que eu esperava mais da personagem. E ver o modo como ela se colocava em diversas ocasiões em uma posição inferioridade ao ponto de se desmerecer por conta de sua aparência "pálida", foi um pouco desanimador. 

Em especial por que uma das qualidades que sempre admirei nas protagonistas da Julia Quinn é justamente o fato de todas elas serem fortes e determinadas. E eu senti falta disso aqui. É claro que a Iris evolui muito no decorrer da narrativa, e é muito gratificante acompanhar essa evolução dela. Mas, me incomodou muito a sensação de que ela precisou ser “manipulada” pelo Richard praticamente a história toda para que essa evolução fosse possível.

Acho que nunca torci tanto para que um casal não terminasse com o seu: “Então foram felizes para sempre”, como eu torci aqui. Richard Kenworthy foi sem sombra de dúvidas um decepção completa.  Tanto que as palavras que me vêm à mente quando penso no personagem são: covarde, egoísta e raso. O modo como ele cria toda uma situação constrangedora para obrigar a Iris a aceitar seu pedido de casamento foi uma atitude muito baixa por parte do personagem.

Tudo bem que desde o começo da história sabemos que ele precisa se casar o mais rápido possível, mas o fato do Richard ter visto a Íris como uma “presa fácil” não deixa de ser horrível. Além disso, o segredo do personagem não chegou a ser nem de longe tão “bombástico” como eu imaginei que fosse. Eu sei que para a época em que a história se passa é algo bastante grave, porém de verdade não achei que o segredo em si, “justificasse” todo drama causado por ele no contexto geral da narrativa.

E esse foi um dos pontos que mais me deixou descontente com Os Mistérios de Sir Richard. Como comentei logo no começo da resenha o que mais gosto nos livros da Julia Quinn é o modo com suas histórias são divertidas e leves, só que aqui a autora criou um melodrama tão grande que parecia que eu lia, lia, lia e não saía do lugar.

Apesar de pequena, gostei da participação dos personagens secundários no desenvolvimento da narrativa, principalmente de reencontrar personagens tão queridos como a Lady Sarah Prentice e o o clã Pleinsworth formado por Harriet, Elizabeth e Frances.  Não nego que em muitos momentos as atitudes da Fleur, irmã do Richard me irritaram bastante ao ponto de achar a personagem tão egoísta como o próprio Sir Kenworthy.

As histórias da Julia Quinn sempre conseguem deixar meu coração mais quentinho, mesmo que às vezes eu discordasse de uma atitude ou outra dos protagonistas. Porém, em Os Mistérios de Sir Richard tudo o que senti foi irritação. Irritação porque parecia que a história não saía do lugar. Irritação pelo modo como o Richard tratava a Iris. Irritação por ele não ter tido ao mesmo um “castigo” de leve por toda patifaria que aprontou.  Enfim, muito drama para nada ...

“Muitas vezes era melhor não questionar um presente. Era melhor apenas ficar feliz ao recebê-lo, sem saber por quê.”

Os Mistérios de Sir Richard ao menos em minha opinião está longe de ser o melhor livro da Julia Quinn. A verdade é que com exceção do primeiro livro, Simplesmente o Paraíso a série Quarteto Smythe-Smith não chegou a me arrebatar tanto como Os Bridgertons. Talvez o meu excesso de expectativas tenha atrapalhado um pouco o meu envolvimento com as histórias aqui. Mas, acredito que não sou a primeira e nem serei a última leitora no mundo a se decepcionar um pouco com uma obra do seu autor ou autora favorito. 

Veja Também:

janeiro 23, 2019

O Amante da Princesa por Larissa Siriani

| Arquivado em: RESENHAS.


Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.




ISBN: 9788576866800
Editora: Verus
Ano de Lançamento: 2018
Número de páginas: 224
Classificação: Muito Bom
Sinopse: Maria Amélia de Bragança é princesa do Brasil, prometida a Maximiliano Habsburgo, arquiduque da Áustria. Mas não há nada que ela deseje menos do que esse casamento: como alguém pode querer que ela se case com um homem que nem sequer conhece? O que Amélia não esperava é que seu noivo chegasse ao Palácio das Janelas Verdes, em Lisboa, acompanhado do amigo Klaus Brachmann, um homem charmoso e experiente que se sente compelido a seduzir a princesa apenas pelo prazer da conquista. Uma viagem inesperada que Maximiliano precisa fazer se mostra a oportunidade perfeita para que Klaus ensine uma coisinha ou outra a Amélia entre quatro paredes... E, conforme o jogo avança, a possibilidade de casamento se torna cada vez mais remota para a princesa, que agora precisa proteger seu coração a todo custo.

Para primeira leitura do ano, estava em busca de algo mais leve e por isso acabei escolhendo um dos romances de época da minha meta dos 12 livros para ler em 2019. O Amante da Princesa da autora nacional, Larissa Siriani acabou se revelando uma grata surpresa. Uma narrativa fluida e doce que conseguiu me cativar no primeiro capítulo e deixou meu coração mais quentinho.

Maria Amélia de Bragança, sabe que pessoas na realeza nunca se casam por amor. Por esse motivo, a princesa do Brasil não está nem um pouco ansiosa para o seu casamento como Maximiliano Habsburgo, arquiduque da Áustria. Afinal, como podem imaginar que ela esteja feliz em se casar com alguém não conhece. Por isso enquanto espera a chegada de seu noivo no Palácio das Janelas Verdes, Maria Amélia não está com o melhor dos humores, porém o que a princesa não imaginava é que o arquiduque não chegaria sozinho.

Klaus Brachmann é o melhor amigo de Maximiliano, e bastou apenas uma olhada para a princesa para que o jovem e charmoso marques decidisse a seduzir Maria Amélia só pelo prazer da conquista. A princípio Maria Amélia acha as investidas da Klaus um tanto quanto impertinentes, mas uma viagem inesperada de seu noivo, acaba tornando a relação da princesa com o marquês mais íntima por assim dizer.

E quanto mais tempo passa ao lado de Klaus, mais Maria Amélia tem certeza que não será feliz em um casamento sem amor. Do mesmo modo que o marquês vai percebendo que aquilo que começou com um simples desafio, acabou se tornando um sentimento maior e muito mais forte do que ele jamais imaginou sentir.

Será que Maria Amélia deixará de lado suas obrigações para com o seu país e a sua família por conta de um grande amor? E como o arquiduque da Áustria vai reagir quando descobrir que seu melhor amigo se apaixonou por sua noiva prometida. Entre beijos roubados na calada da noite e reviravoltas do destino, Maria Amélia e Klaus vão descobrir que o amor surge quando menos se espera por ele.

O Amante da Princesa seria um típico romance de época se não fosse as “licenças poéticas” utilizadas pela autora e seu final nada clichê. Larissa Siriani usou de uma forma bem concisa fatos e personagens reais para construir uma bonita história de amor, com personagens cativantes e uma narrativa envolvente. 

Não nego que achei as atitudes de Klaus a princípio um tanto mesquinhas, do mesmo modo que a “bênção” de Maximiliano para que o melhor amigo “cuidasse” de sua noiva me pareceu não somente absurda, mas um desrespeito com a própria Maria Amélia. Sei lá, isso me deixou com a sensação que para Max, a princesa era uma “propriedade” valiosa que precisava ser cuidada. Ok! Sei que posso estar problematizando algo que provavelmente era comum na época, mas isso não torna o comportamento do arquiduque aceitável de qualquer forma.

Gostei muito da Maria Amélia, e verdade seja dita ao começar a leitura o meu maior medo era que ela fosse daquelas protagonistas mimadas e cheia de futilidades. Só que para a minha surpresa, Maria Amélia é uma personagem forte que sabe o que quer. E mesmo com todos os seus ideais românticos e gentileza, sabe se impor e usar de sua mente rápida e língua afiada quando necessário. A química entre ela e Klaus é incrível, o que torna praticamente uma missão impossível não torcer pelo casal, apesar das atitudes nada “cavalheirescas” de Klaus no princípio.

Essa foi a minha primeira experiência com uma obra da autora Larissa Siriani e gostei muito do que encontrei. Com capítulos curtos, O Amante da Princesa possui um ritmo fluido e gostoso de se acompanhar. Embora seja um livro relativamente curto e com o enredo bastante focado nos protagonistas, a autora soube como trabalhar os personagens secundários dando a eles um peso importante no desfecho final da trama.

Porém não posso deixar de citar dois pontos que me incomodaram um pouco: O primeiro as frases em alemão presentes em alguns diálogos sem as notas de rodapé. E o segundo o desenvolvimento e andamento “instantâneo” da narrativa. Tipo as coisas acontecem “rápido demais” e alguns elementos acabam ficando perdidos na narrativa.

 “- Não é o tempo que determina o amor. Há pessoas que se apaixonam em poucas horas, outras que passam décadas sob o mesmo teto sem nunca se amarem.”

Para quem busca uma leitura rápida e envolvente, O Amante da Princesa é um romance leve e garante horas agradáveis de leitura. Além disso, mesmo com todos os clichês presentes na construção da história, Larissa Siriani escreveu uma história que me cativou, surpreendeu e ao final me deixou com lágrimas nos olhos e o coração quentinho. Ou seja, posso garantir a vocês que comecei meu ano literário com o pé direito.

Nota: A princesa Maria Amélia e o arquiduque Maximiliano realmente existiram. Mas, ao contrário do romance, O Amante da Princesa os registros históricos contam que os dois se apaixonaram perdidamente um pelo outro. Infelizmente Maria Amélia faleceu precocemente, antes de seu casamento. Já Klaus Brachmann é apenas um personagem fictício.

janeiro 06, 2019

12 livros para ler em 2019

| Arquivado em: CAFÉ LITERÁRIO.

Olá, pessoas!

Primeiro post de 2019 e eu, a pessoa que evita estabelecer metas está aqui para compartilhar uma meta para esse novo ano, - 12 livro para ler em 2019.


Em 2013 eu cheguei a fazer uma lista de doze livros que eu precisava ler durante o ano. Consegui ler sete livros que estavam na minha lista, ou seja cerca de 60% da meta foi cumprida.

Então nos últimos dias de 2018 enquanto me organizava pensei: “Por que não tentar de novo?”. Afinal, faltou pouco para eu bater a meta. Portanto, aqui está essa blogueira compartilhando com vocês a lista dos 12 livros que ela colocou como meta ler em 2019.

12 livros para ler em 2019: 

Como você puderam perceber os 12 livros que separei para ler são todos romances de época. Confesso que propositalmente evitei os livros do gênero no ano passado, porque senti que estava tudo meio igual, ou seja eu estava um pouco “saturada” dos romances de época.

Porém, esse é um dos meus gêneros favoritos e por conta dessa minha “abstinência” auto imposta, não conclui várias séries que eu estava lendo. Então, a minha “prioridade literária”, por assim dizer é ler esses 12 livros.

Tem outros livros na minha estante que precisam ser lidos também, mas como tudo da vida é foco quando criei a lista optei por focar em um estilo que eu amo e livros que na teoria a narrativa fluem melhor. Até por que como vocês sabem, não sou do tipo que faz metas mirabolantes, mesmo sabem que sim, preciso sair da minha zona de conforto literária. Porém, como já diz o velho ditado; Um passo de cada vez.

Agora quero saber de vocês, quais são suas metas literárias para 2019?

Até o próximo post!

junho 14, 2018

O Reino dos Sonhos por Judith McNaught

 | Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.



ISBN: 9788528622324
Editora: Bertrand Brasil
Ano de Lançamento: 2018
Número de páginas: 348
Classificação: Bom
Sinopse: Dinastia Westmoreland - Livro 01. 

Royce Westmoreland, o “Lobo Negro”, é enviado pelo rei da Inglaterra para invadir a Escócia. Quando seu irmão, Stefan, sequestra Jennifer e Brenna Merrick, filhas de um lorde escocês, do convento onde vivem, as vidas de Royce e Jennifer se entrelaçam. Ele, um poderoso guerreiro que já ganhou muitas batalhas, não vê a hora de encontrar uma mulher que o amará pelo homem que é, não pelo medo inspirado por sua lenda. Ela, uma jovem rebelde em busca do amor e da aceitação de seu clã, mesmo na condição de prisioneira, não se deixa abalar pela fama de seu arrogante captor. Conforme os conflitos entre os dois se tornam mais frequentes, a urgência de se entregarem um ao outro só aumenta. Certa noite, quando ele a toma apaixonadamente nos braços, desperta nela um desejo irresistível. Mas, se Jennifer seguir seu coração, perderá tudo aquilo pelo que vem lutando e jurou honrar.

Venho comentando há algum tempo que romances de época não andam chamando tanto a minha atenção como no passado, pois não é de hoje que tenho a sensação que as histórias estão o mais do mesmo. Por esse motivo, quando li a sinopse de O Reino dos Sonhos da autora Judith McNaught, apesar do leve “incômodo” que ela me causou por soar levemente “familiar”, ainda sim achei a trama promissora e resolvi dar uma chance a obra. Afinal, sempre estou disposta a ler um romance gracinha. Porém, mesmo possuindo todos os requisitos de uma boa narrativa açucarada, alguns pequenos detalhes fizeram com que essa blogueira que vos escreve, não conseguisse se sentir completamente envolvida pela obra.

As filhas do lorde Merrick, Jennifer e Brenna vivem uma vida tranquila a Abadia Belkirk na Escócia. Mas, isso muda completamente em um final de tarde quando elas são sequestradas por Stefan, irmão do temível Royce Westmoreland, um guerreiro enviado pelo próprio rei da Inglaterra para invadir as Terras Altas. Conhecido como o Lobo Negro, Royce a princípio acha a presença das duas reféns no acampamento mais um incômodo do que uma vantagem estratégica contra seus inimigos, só que isso começa a mudar à medida que ele vai conhecendo melhor a Jennifer Merrick.

Jennifer está longe de ser uma donzela doce e frágil como sua irmã Brenna. Jenny não tem medo de enfrentar Royce, principalmente se isso significar recuperar o respeito e o amor de seu clã. Ela está disposta a fazer o que for preciso para proteger a irmã e encontrar uma forma delas voltarem para casa sã e salvas a tempo de avisar ao seu pai que o Lobo Negro está vindo. Só que quando todas as suas tentativas de fuga são frustradas e os conflitos entre ela e Royce aumentam, mais inquieta e atraída pelo guerreiro ela começa a sentir.

Royce sabe que é loucura se deixar levar pelos sentimentos que Jenny desperta nele. Embora ambos tentem sem muito sucesso manter a atração que sentem um pelo outro sob controle, ela acaba falando mais alto. Chega então o   momento em que Lady Jenny terá que escolher entre o coração e seu povo, afinal o clã jamais verá com bons olhos seu relacionamento com o Lobo Negro. Quando finalmente aceita o seu destino, ela tem certeza que jamais encontrará a felicidade novamente. Será?

Foram inúmeros pequenos detalhes que me incomodaram na narrativa de O Reino dos Sonhos, entre o principal deles foi em muitos momentos o enredo me remeteu ao livro O Lobo e a Pomba da saudosa autora Kathleen E. Woodiwiss (1939 – 2007).  Não digo só porque os protagonistas tem o codinome Lobo, até mesmo por que esse tipo de “coincidência” é algo que dá para deixar “passar”. O problema é que a estrutura da história é bem, mais bem familiar mesmo. A diferença é que em O Lobo e a Pomba a narrativa tem um tom mais áspero o que de certa forma dá mais intensidade a obra, enquanto O Reino dos Sonhos é tudo muito “bonitinho” dando a narrativa um tom mais delicado.

Outro ponto que me fez revirar os olhos vária vezes foi a protagonista. Sei que vocês estão pensando que não é novidade eu implicar com as mocinhas, e garanto que tentei com todas as forças gostar da Jenny, só que não deu.  Para começar ela faz burrada do começo ao fim do livro, além disso a falta de coerência nas atitudes dela chega a ser insuportável. É o velho e já conhecido caso da autora tentar passar a imagem que a protagonista é forte, decidida e independente quando na realidade ela passa a história toda tendo atitudes completamente opostas disso. Ok! Algumas dessas atitudes são até “compreensíveis”, mas mesmo que você tenha um coração muito bondoso dificilmente vai conseguir relevar o tempo todo o comportamento muitas vezes “infantil” da Jenny.

O Royce é aquele mocinho pelo qual desenvolvemos uma relação de amor e ódio na mesma proporção. E não nego que terminei a leitura achando que ele merecida alguém melhor. Tipo, apesar de ser irritantemente mandão e da fama terrível que acompanha o seu nome, Royce sabe ser uma pessoa justa e legal àqueles que ama. E assim, por baixo de toda a pose de “eu sou mal” no fundo ele só está procurando alguém que o ame de verdade. Clichê, eu sei, mas levando em conta a proposta do livro é algo já esperado.

Judith McNaught escreveu um romance previsível do começo ao fim. E o fato dela ter focado muito a obra nos protagonistas faz com que a pouca participação dos personagens secundários se destaque em especial da tia Elinor, funcionado como um bom “respiro” na narrativa. Até por que como mencionei acima a Jenny consegue ser bem irritante quando quer, e com isso levando o Royce a ter atitudes irritantes também. Além disso, a narrativa é fluida e o contexto histórico em que ela se encontra, o século XV é um dos meu favoritos.

No geral gostei do que encontrei em O Reino dos Sonhos, já que a obra entrega exatamente aquilo que se propõem. Só que não nego que infelizmente esperava ter me envolvido mais com a história do que na verdade me envolvi.O que é realmente uma pena.

“– Por que sinto que eu é que fui conquistado quando é você quem cede?
Jenny se encolheu e virou as costa para ele, enrijecendo os ombros frágeis.
– Não foi mais do que a um pequeno combate que cedi, Vossa Alteza; a guerra ainda está travada.”

Para quem está em busca de um romance leve e bem açucarado, O Reino dos Sonhos é uma boa opção. Pode não ser o melhor livro que você vai ler na sua vida, mas ainda assim é aquele tipo de obra que ao final vai deixar o seu coração mais quentinho.

fevereiro 07, 2018

O Príncipe Corvo por Elizabeth Hoyt

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.


ISBN: 9788501109811
Editora: Record
Ano de Lançamento: 2017
Número de páginas: 350
Classificação: Bom
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Sinopse: Trilogia dos Príncipes – Livro 01.
Anna Wren está tendo um dia difícil. Depois de quase ser atropelada por um cavaleiro arrogante, ela volta para casa e descobre que as finanças da família, que não iam bem desde a morte do marido, estão em situação difícil. Em que ela deve fazer o inimaginável. E encontrar um emprego. O conde de Swartingham não sabe o que fazer depois que dois secretários vão embora na calada da noite. Edward de Raaf precisa de alguém que consiga lidar com seu mau humor e comportamento rude. Quando Anna começa a trabalhar para o conde, parece que ambos resolveram seus problemas. Então ela descobre que ele planeja visitar o mais famoso bordel em Londres para atender a suas necessidades “masculinas”. Ora! Anna fica furiosa — e decide satisfazer seus desejos femininos… com o conde como seu desavisado amante. Ao descobrir que o conde de Swartingham visita um bordel para atender suas “necessidades masculinas”, Anna Wren decide satisfazer seus desejos femininos... com o conde como seu amante.

Desde que a Editora Record divulgou o lançamento da Trilogia dos Príncipes da autora Elizabeth Hoyt, essa que vos escreve ficou bastante curiosa. Afinal, não é segredo para ninguém que sou fã de romances de época.  E apesar da história de O Príncipe Corvo não ser ao todo que eu esperava, gostei bastante da forma como autora construiu os personagens.

Anna Wren é uma jovem viúva que precisa desesperadamente de um trabalho para manter a casa onde vive com a sogra e mais uma ajudante. Anna sabe que a sociedade do pequeno vilarejo onde mora, pode não ver com bons olhos uma mulher de sua posição trabalhando fora de casa. Mas entre a opinião dos outros e o pão de cada dia, ela fica com a segunda opção e parte em busca de uma ocupação digna que possa exercer. A oportunidade surge depois que dois dos secretários do temível conde de Swartingham deixam a mansão Ravenhill do dia para noite.

Edward de Raaf é conhecido pelo seu humor nada amigável, porém de alguma forma Anna consegue lidar com o temperamento rude do conde. Tudo parece estar resolvido para ambos os lados. Anna consegue um emprego digno para sustentar a sua casa e Edward um secretário, ou melhor, dizendo secretária competente que não saí correndo por causa dos berros dele. Só que a relação que devia ser apenas profissional, aos poucos com a convivência acaba se transformando em algo mais forte.

O conde de Swartingham sabe que não deve nutrir os pensamentos pecaminosos que vem a sua mente sempre que Anna está por perto. Por isso, ele busca encontrar um “certo alivio” da tentação longe de casa. Mas Anna não fica nada feliz com isso e decide que se o conde vai procurar diversão na cama de alguma dama, que a dama em questão seja ela.  Mas será que uma única noite de amor vai ser o suficiente para aplacar a paixão que surgiu na sombria Ravenhill?

Um dos pontos que mais me chamou a atenção em O Príncipe Corvo é que ao contrário da maioria dos livros do estilo, aqui os protagonistas são mais maduros o que dá a narrativa um tom mais “adulto”, por assim dizer. Além disso, ao apresentar um protagonista que foge completamente do estereótipo de príncipe encantado, Elizabeth Hoyt acaba dando um toque mais real e “humano” para sua história. Gostei muito do modo como à autora desenvolveu a personalidade da Anna. Tipo, ela não está preocupada com o que vão falar dela e age sempre conforme a sua consciência, mesmo que às vezes isso signifique quebrar as regras da sociedade. Anna sabe o que quer, e não está disposta abaixar a cabeça nem mesmo para Edward.

Porém, apesar desses dos pontos positivos, a obra de Elizabeth Hoyt não apresenta nada de muito novo. A narrativa é aquele clichê previsível que em muitos momentos peca por detalhes desnecessários.  Na verdade o que realmente prendeu a minha atenção durante a leitura foram os trechos conto do Príncipe Corvo presentes no começo de cada capítulo. Esse conto, não só dá nome ao livro como desempenha um papel bem interessante na narrativa como um todo.

Como comentei no começo da resenha, ao iniciar a leitura eu esperava uma história e acabei encontrando algo um pouco diferente. Gostei de uns pontos e de outros não gostei tanto assim. No fundo a impressão que fiquei é que a autora tentou fazer uma releitura de A Bela e Fera com uma pegada mais sensual e sombria, que até funcionou bem. Porém deixou aquela incomoda sensação que podia ter sido melhor.

“– Você está sugerindo que estou mentido?
– Ora, sim, docinho, acho que estou. Você parece ter uma facilidade inata para mentir.”

Apesar do enredo clichê e de alguns pontos fracos em seu enredo, O Príncipe Corvo traz um começo promissor para a trilogia de Elizabeth Hoyt. E é importante ter em mente que aqui a narrativa pende mais para o lado erótico do que para o romance gracinha. E talvez, justamente por estar esperando algo mais parecido com os romances de época açucarados é que terminei a leitura um pouquinho “decepcionada”. Mas, faz parte (...).

outubro 26, 2017

Quando a Bela Domou a Fera por Eloisa James

| Arquivado em: RESENHAS.

ISBN: 9788580416800
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2017
Número de páginas: 320
Classificação: Muito Bom
Sinopse: Piers Yelverton, o conde de Marchant, vive em um castelo no País de Gales, onde seu temperamento irascível acaba ferindo todos os que cruzam seu caminho. Além disso, segundo as más línguas, o defeito que ele tem na perna o deixou imune aos encantos de qualquer mulher. Mas Linnet não é qualquer mulher. É uma das moças mais adoráveis que já circularam pelos salões de Londres. Seu charme e sua inteligência já fizeram com que até mesmo um príncipe caísse a seus pés. Após ver seu nome envolvido em um escândalo da realeza, ela definitivamente precisa de um marido e, ao conhecer Piers, prevê que ele se apaixonará perdidamente em apenas duas semanas. No entanto, Linnet não faz ideia do perigo que seu coração corre. Afinal, o homem a quem ela o está entregando talvez nunca seja capaz de corresponder a seus sentimentos. Que preço ela estará disposta a pagar para domar o coração frio e selvagem do conde? E Piers, por sua vez, será capaz de abrir mão de suas convicções mais profundas pela mulher mais maravilhosa que já conheceu?

Confesso que Quando a Bela Domou a Fera não foi um livro que me chamou a atenção logo no seu lançamento.  Sendo bem sincera, essa blogueira que vos escreve estava um pouco "cética" em relação à história escrita por Eloisa James. Mas acabei vencida pela curiosidade e para minha felicidade surpreendida com um romance super gracinha.

Linnet Berry Thrynne é considerada a mais bela e doce das moças que circulam pelos salões da alta sociedade de Londres na temporada. Tanto que a jovem e a sua família estão crentes que ela será pedida em casamento pelo príncipe Augustus. Porém após se ver no meio de um escândalo de proporções épicas, ela precisa desesperadamente de um marido que não conheça a sua má fama.

A oportunidade surge na forma de Piers Yelverton, o conde de Marchant um homem com recluso e com um péssimo temperamento.  Ao partir para o País de Gales, Linnet acredita que Piers se apaixonará perdidamente por ela. Porém logo a jovem percebe que conquistar o coração do arredio conde de Marchant não será tão fácil assim. Afinal Piers faz o seu melhor em ser desagradável em suas tentativas de afastar Linnet.

Conforme os dias se passam o feitiço vira contra a feiticeira e Linnet aos poucos vai se encantado com Piers. E por mais que corra o risco de acabar com o coração quebrado, ela está disposta a fazer o que for preciso para domar o coração ferino do conde.  Nesse jogo de sedução a muralha de gelo que Piers criou para se defender começa a derreter, fazendo com que ele comece a rever as suas convicções, se permitindo pela primeira vez em anos a pensar no amor.

Que adoro romances históricos, não é novidade para ninguém. Porém depois de ler muitos livros do estilo em sequência, aquela sensação que eu estava lendo o mais do mesmo começou de verdade a me incomodar. Por esse motivo ao iniciar a leitura de Quando a Bela Domou a Fera, evitei criar muitas expectativas esperando que a narrativa me surpreendesse. E foi exatamente isso que aconteceu.

Eloisa James criou um romance clichê que se destaca por possuir não somente diálogos inteligentes, mas uma pitada de sarcasmo que deixa a narrativa divertida e ainda mais interessante de se acompanhar.  Além disso, Linnet e Piers são protagonistas cativantes que fogem um pouco do estereótipo que normalmente encontramos nos livros do gênero, - a mocinha frágil e indefesa e o mocinho belo e perfeito. Eles são pessoas “comuns” e possuem suas qualidades, defeitos e limitações, e isso é tão legal que conforme vamos avançando na leitura mais próximos a eles nos sentimos.

Outro ponto interessante é que a autora soube como dar aos personagens secundários, espaço para que eles consigam se destacar e colaborar para o desenvolvimento da história. Gostei bastante do Sébastien, primo do Piers e do pequeno Gavan. Além disso, a entrada de um segundo casal na trama deixou tudo ainda mais divertido e gostoso de acompanhar.

O único ponto negativo que a história possui em minha opinião, foi que o final me pareceu um pouco “forçado”. Não é nada assim que prejudique a narrativa como um todo, mas me deixou com a sensação que a autora tentou inserir um toque de ação na história que não funcionou muito bem.

“– Você é sempre sarcástica assim?
– Não. Sou uma dama bastante doce. Mas você faz despertar o pior em mim."

O meu maior receio em ler Quando a Bela Domou a Fera, era que inconscientemente me levasse a comparar sua história com outras que já li. Mas, apesar de não ser de todo original, Eloisa James sou como escrever uma versão sensual, leve e bastante envolvente do meu conto de fadas favoritos.  Ou seja, valeu a pena começar a leitura sem nenhuma expectativa e me surpreender.

agosto 10, 2017

Um Acordo de Cavalheiros por Lucy Vargas

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788528621785
Editora: Bertrand Brasil
Ano de Lançamento: 2017
Número de páginas: 350
Classificação: Muito Bom
Sinopse: Tristan Thorne, o Conde de Wintry, não é um homem para brincadeiras. Com uma vida de segredos, amado e odiado na sociedade, ele não é o parceiro ideal para uma dama. Dorothy Miller não sabe o que há por trás de suas motivações, apenas que ele é bastante intenso. Os jornais dizem que ele bebe demais, joga demais e ama escandalosamente. E até mata. Como uma dama determinada a ser dona do próprio destino como Dorothy Miller acaba em um acordo com um homem como Lorde Wintry? Você teria coragem de guardar um segredo com o maior terror dos salões londrinos? Lembre-se: Nunca faça acordos com ele, pois o conde sempre volta para cobrar.

Que essa que vos escreve é uma leitura assídua de romances de época, vocês já estão cansados de saber. Por isso, assim que soube do lançamento de Um Acordo de Cavalheiros da autora Lucy Vargas, eu fiquei muito curiosa para conferir a história. Afinal, depois tantos livros do gênero escritos por autoras estrangeiras, nada melhor do que se perder em uma narrativa com um toque de brasilidade. E para minha felicidade, acabei encontraram uma história envolvente e divertida.

Dorothy Miller está longe de ser o que se espera de uma jovem moça do século XVIII. Apesar de sua reputação imaculada, Dorothy ao contrário das outras jovens, não está em busca de um marido durante a alta temporada londrina. A verdade é que a ideia de se ver presa em um casamento sem amor sempre a deixou apavorada.  Porém, depois de uma noite regada a muito vinho, Dorothy acorda na cama do temido Conde de Wintry, Tristan Thorne.

Tristan Thorne é conhecido por ser um dos maiores devassos de Londres, o tipo de homem que jovens como Dorothy precisam manter distancia. Só que depois da noite que passou com a Dorothy, ele não está disposto a abrir mão da companhia da jovem em sua cama tão facilmente. Tristan promete não comprometera reputação da jovem e propõe a ela um acordo no mínimo indecoroso, que ele e Dorothy sejam amantes durante toda a temporada.

A primeira reação de Dorothy é o ultraje, mas essa pode ser a sua ultima oportunidade de viver uma aventura na vida. E o que começa com encontros semanais cheios de sedução, logo começa a despertar em ambos um sentimento mais forte e assustador. Dorothy faz de tudo para esconder o seus verdadeiros sentimentos, ao mesmo tempo em que Tristan faz de tudo para mostrar a ela que os dois podem sim, ter um futuro juntos. O problema é que Tristan esconde um segredo, algo que se descoberto colocará a sua vida e de todos aqueles que ele ama em risco.

Um Acordo de Cavalheiros possui uma narrativa deliciosa que me prendeu logo em suas primeiras páginas. Adorei o modo com a Lucy Vargas construiu a personalidade dos personagens e principalmente como ela desenvolveu a história. Por mais clichê, que Um Acordo de Cavalheiros possa parecer à primeira vista, ele possui elementos que surpreende durante a leitura, o que torna tudo ainda mais envolvente.

Dorothy possui uma personalidade forte e decidida, que mesmo com todos os receios em relação ao futuro, não está disposta a arriscar a sua liberdade em um casamento sem amor. Além disso, Dorothy é uma pessoa muito pé no chão que não se deixa levar pelas aparências. Sem falar que seu humor irônico aliado ao cinismo de Tristan, faz com que eles sejam perfeitos juntos.

Tristan () assim como Dorothy, está à frente do seu tempo. O conde acredita que uma mulher tem que ser dona da sua própria vida e seguir seus próprios instintos e desejos. E cá entre nós até nos dias de hoje homens como Tristan são raridade, quem dirá no século XVIII? Tristan é um personagem apaixonante, que diferente da má fama que tem possui um senso de lealdade enorme e jamais abandona aqueles que ama.

Os personagens secundários desempenham um papel importante na trama, em especial a prima de Dorothy,  Cecília e sua dama de companhia da Sra. Clarke. Lucy Vargas ainda inseriu no enredo boas doses de ação e mistério que deixaram a história ainda mais interessante e fluida.

O único ponto que não “gostei” muito na narrativa, foram algumas descrições nas cenas de sexo. Tipo não que eu seja puritana, mas alguns termos me soaram tão exagerados que comecei a dar risada na hora que li. Acredito que há formas de descrever cenas mais quentes sem usar termos muito “escrachados”. Além disso, senti falta da autora ter se aprofundado mais no passado do Tristan.

Um Acordo de Cavalheiros foi uma grata surpresa, e posso afirmar com toda certeza que estou bastante ansiosa para ler outras obras da Lucy Vargas.  A autora consegue nos presentear com uma narrativa que ao mesmo tempo em que possui todos os elementos que amamos nos livros do gênero, foge do clichê habitual.  Lucy ainda traz uma reflexão importante sobre a forma como a sociedade da época e a nossa ainda enxerga a mulher.  Durante a leitura sorri, suspirei, fiquei com o coração na mão e ao final me vi querendo mais. 

“Ninguém podia envolver-se tão intensamente sem entregar uma parte sua.”

Com diálogos inteligentes e personagens cativantes, Um Acordo de Cavalheiros é um livro que vai te conquistar logo nas primeiras páginas e te deixar a cada capítulo ainda mais apaixonado pela história. Doce, sexual e divertido, uma leitura que recomendo a todos que assim como eu não abrem mão de um bom romance.

julho 20, 2017

A Soma de Todos os Beijos por Julia Quinn

| Arquivado em: RESENHAS.

ISBN: 9788580416664
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2017
Número de páginas: 272
Classificação: Muito Bom
Sinopse: Quarteto Smythe-Smith – Livro 03.
Lorde Hugh Prentice é um gênio da matemática e teve sua perna (e sua vida) arruinada por causa de um duelo com seu amigo, Daniel Smythe-Smith. Nesse livro, conheceremos um pouco da história de Hugh, antes e depois do acontecido. Sua família, o desespero de seu pai para conseguir que um de seus filhos lhe desse um herdeiro, visto que um não é chegado à mulheres e o outro, provavelmente terá dificuldades em encontrar uma esposa, e principalmente em ter filhos. E, claro, sua relação de amor e ódio com Sarah Pleinsworth, prima mais velha de Daniel, que mesmo antes de conhecê-lo, já odiava Hugh por ter arruinado sua família através desse duelo. Mas, as coisas começam a mudar quando Honoria, sua prima, pede para Hugh substituir seu padrinho no casamento e para Sarah ser sua acompanhante durante sua estadia, para que ele ficasse mais confortável diante dos familiares de Daniel. E esse tempo se prolonga, já que Daniel se casará duas semanas depois da irmã e resolve torná-los uma única festa... É claro que eles não se dão no início, mas com o tempo, ainda mais depois do primeiro casamento, quando ela fica impossibilitada de andar, eles deixam as diferenças de lado e começam a se conhecer realmente, e, o que era ódio, acaba se tornando uma paixão avassaladora. Mas as limitações de Hugh vão ser apenas um dos problemas que o casal enfrentará pelo caminho...

Após minha pequena "decepção" com a leitura de Uma Noite como Essa, achei prudente de minha parte dar um “tempo” nos romances de época. Tipo, não sei quanto a vocês, mas se fico lendo um mesmo estilo com muito frequência acabo com a sensação que estou lendo a mesma história só que com personagens diferentes.  Porém A Soma de Todos os Beijos ficava “flertando” comigo na minha estante e bem, como eu ainda estava precisando de uma boa dose de açúcar pensei: “Por que não?”.

Lady Sarah Pleinsworth é conhecida por ser a mais eloquente e dramática das damas de sua família. Tanto que ela fez questão de deixar bem claro a Lorde Hugh Prentice quando se conheceram, que ele era a causa da ruína dela e de toda sua família.  Hugh Prentice pode até ser um gênio da matemática, porém nem mesmo ele conseguiu entender como a mente de uma jovem tão expressiva como Sarah funcionava. Só que de uma coisa Hugh sabia muito bem, que se teve alguém que pagou caro pela ridícula ideia de desafiar Daniel Smythe-Smith para um duelo, esse alguém é ele próprio.

Sarah não faz a menor questão de esconder a sua antipatia por Hugh, a verdade é que ela não entende como o primo e o restante de seus familiares conseguiu perdoa-lo depois de tudo. Mas quando é forçada por seu amor a família a tolera-lo e ser seu par durante as festividades do casamento de Honoria, Sarah acaba percebendo que o Lorde Prentice pode ser uma companhia bastante agradável. Logo os dois passam a compartilhar uma amizade que até então era improvável para ambos. E não demora muito para que essa amizade se transforme em algo mais. Algo que deixa Sarah sem palavras e que nem mesmo o raciocino rápido de Hugh é capaz entender.

A Soma de Todos os Beijos, terceiro livro da série Quarteto Smythe-Smith, possui todos os elementos que adoro nas narrativas da Julia Quinn. A mistura perfeita de romance, com momentos leves, divertidos e aquela pequena dose de drama para deixar tudo ainda melhor.  Gostei da forma como a autora construiu a história apesar de, achar que em determinado momento ela “forçou” um pouco a barra, mas nem tudo é perfeito (...).

Sarah mesmo sendo a "rainha do drama" é uma personagem espirituosa.  Ela pode até passar a imagem de mocinha fútil e egoísta no começo, mas logo vamos percebendo que por baixo de toda a sua pose se esconde uma pessoa que está sempre disposta a ajudar sua família e se redimir dos seus erros. Já Hugh () usa do bom e velho sarcasmo para esconder o quanto é amoroso e protetor. Sofri muito com ele ao descobrir o quando sua infância foi complicada e especialmente ao ver o quando Hugh não achava que merecia ser feliz ao lado de Sarah por conta de sua deficiência e pelo que fez a família dela no passado.

Fiquei extremamente feliz em ver que ao contrário do livro anterior em que a paixão entre os personagens foi algo fast, aqui é perceptível como Sarah e Hugh vão se apaixonando pouco a pouco. Além disso, a narrativa repleta de situações engraçadas e diálogos inteligentes em que os personagens secundários, em especial as irmãs de Sarah conseguem desempenhar um papel de destaque na história. Simplesmente adorei reencontrar o trio Pleinsworth. Harriet, Elizabeth e Frances novamente roubaram a cena deixando tudo ainda mais especial. Como também adorei me reencontrar com a diva da Lady Dandury.

A minha única ressalva é em relação ao final que em minha opinião tem uma situação extremamente "exagerada" e "desnecessária". Ok! Que em algum momento da trama o pai do Hugh ia ter que aparecer. Mas tipo, apesar dele ser complemente desprezível fiquei com a sensação que a participação dele foi mal “aproveitada”, como se a Julia não soubesse como resolver uma questão e escreveu a primeira coisa que veio a mente.  Foi aquela “forçada de barra” que comentei alguns parágrafos acima. Não que isso atrapalhe ou tire o brilho da história como todo, só me deixou um pouco incomodada durante a leitura.

Acredito que tomei a decisão certa ao esperar um pouco para ler A Soma de Todos os Beijos.  O problema nem é a história em si, mas sim o fato que inconscientemente me pego esperando encontrar na série Quarteto Smythe-Smith o mesmo encantamento que tive ao ler a série Os Bridgertons. E acho que até é “normal” esperar que uma autora que adoro como é o caso da Julia Quinn, mantenha sempre o mesmo nível em suas histórias. Só que a verdade é que quando comparo às duas séries, fico com aquela terrível sensação que falta alguma coisa aqui.

“– Uma pessoa muito sábia certa vez me disse que não são os erros que cometemos que revelam nosso caráter, mas o que fazemos para corrigi-los.“

Com personagens fortes e carismáticos, A Soma de Todos os Beijos possui uma narrativa leve que nos cativa logo nas primeiras páginas com um romance clichê e  encantador. O primeiro livro da série, Simplesmente o Paraíso continua sendo o meu favorito até o momento, mas não nego que a história de Sarah e Hugh conquistou um lugar especial em meu coração.

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abril 20, 2017

Uma Noite Como Esta por Julia Quinn

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788580416640
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2017
Número de páginas: 272
Classificação: Bom
Sinopse: Quarteto Smythe-Smith - Livro 02.
Anne Wynter pode não ser quem diz que é. Mas está se saindo muito bem como governanta de três jovenzinhas bem-nascidas. Seu trabalho é bastante desafiador: em uma única semana ela precisa se esconder em um depósito de instrumentos musicais, interpretar uma rainha má em uma peça que pode ser uma tragédia ou, talvez, uma comédia – ninguém sabe ao certo – e cuidar dos ferimentos do irresistível conde de Winstead. Após anos se esquivando de avanços masculinos indesejados, ele é o primeiro homem que a deixa verdadeiramente tentada, e está cada vez mais difícil para ela lembrar que uma governanta não tem o direito de flertar com um nobre. Daniel Smythe-Smith pode estar em perigo. Mas isso não impede o jovem conde de se apaixonar. Quando ele vê uma misteriosa mulher no concerto anual na casa de sua família, promete fazer de tudo para conhecê-la melhor, mesmo que isso signifique passar os dias na companhia de uma menina de 10 anos que pensa que é um unicórnio. O problema é que Daniel tem um inimigo que prometeu matá-lo. Mesmo assim, no momento em que vê Anne ser ameaçada, ele não mede esforços para salvá-la e garantir seu final feliz com ela.

Não costumo “emendar” a leitura de livros de série. Gosto de dar um intervalo entre eles para sentir aquela saudade gostosa da história e de seus personagens. Só que dessa vez resolvi mudar um pouco as coisas, e assim que terminei de ler Simplesmente o Paraíso, comecei imediatamente à leitura de Uma Noite Como Esta. Porém confesso que talvez as minhas expectativas estivessem um pouco elevadas, pois infelizmente o segundo livro do Quarteto Smythe-Smith, acabou se tornando uma leve decepção.

Depois de três anos exilado Daniel Smythe-Smith, o Conde de Winstead finalmente está de volta ao lar. E apesar de não ter planejado a sua volta para uma data festiva, Daniel retorna a Londres no dia que a sua família escolheu, para realizar o tradicional concerto das Smythe-Smith. Daniel não quer chamar a atenção para si em um dia tão especial para irmã Honoria e suas primas e por isso assisti ao concerto escondido em um canto escuro. Porém mesmo nas sombras, Daniel não deixa de reparar na misteriosa pianista.

Anne Wynter
é governanta na casa dos Pleinsworth, por esse motivo quando Lady Sarah Pleinsworth sofre uma terrível indisposição que a impede de participar do concerto anual das Smythe-Smith, Anne é “convidada” a substituí-la. Mas Anne não podia imaginar que ao tentar não chamar a atenção dos nobres ingleses acaba chamando atenção do recém chegado Conde de Winstead.

Ao descobrir que a bela jovem trabalha para sua tia, Daniel começa há passar muito tempo na companhia das primas e com isso aos poucos o flerte inocente que se iniciou na noite do concerto se transformar em um sentimento mais profundo. Só que Anne sabe que é um erro se apaixonar por Daniel e não somente pelo fato dela ser uma governanta. Ela não deve se apaixonar pelo conde, por que não é quem diz ser, e se alguém descobrir o seu segredo Anne perderá tudo.

Bem, não é que essa blogueira que vos escreve não tenha gostado de Uma Noite Como Esta (...). Gostei da história do que encontrei aqui, porém não nego que achei a narrativa em determinados momentos repetitiva. E por mais que eu ame de paixão a escrita da Julia Quinn, ela é humana e como todos nós, e às vezes comete pequenos “deslizes”.

Para começar o grande segredo da protagonista é revelado cedo demais. E me perdoem a sinceridade, mas em minha opinião ele não chega a ser assim tão aterrador. Na verdade eu tive meio que uma relação de amor e ódio pela Anne. Tipo em alguns momentos até me compadecia dos problemas dela, só que em outros não conseguia deixar de pensar que ela só estava naquela situação por que foi ingênua (tonta), um pouco “convencida” e até mesmo prepotente demais.

Daniel é o típico mocinho perfeito dos livros do gênero, mas me incomodou muito o fato ele passar metade do livro correndo atrás da Anne, quando fazia três anos que ele estava longe da mãe e das irmãs. Sério gente! Imagine como a dona Virginia, Lady Winstead deve ter se sentido, após três anos sem ver o filho e ele ser um desnaturado que fica correndo atrás do primeiro rabo de saia que encontra ao invés de ficar com a família? Eu no lugar dela e da Honoria ficaria bastante desapontada.

E tudo bem que a história dos dois é super bonitinha e que mesmo eu achando algumas coisas demasiadamente “exageradas”, torci pelo final feliz deles. Mas não nego que esperava um romance com uma construção mais “sólida”. Tudo aqui foi muito fast, e por mais que eu adore o bom e velho clichê, ando cada vez com menos paciência para esses romances avassaladores de uma semana.

Os pontos altos da história ficam por conta do encantador trio Pleinsworth formado por Harriet, Elizabeth e Frances. Juntas as irmãs protagonizam os momentos divertidos e mais doces da narrativa, em especial a pequena Frances.  Gostei do modo como a Julia deu mesmo que pequeno, um destaque maior aos personagens secundários aqui. A presença das irmãs Pleinsworth  deixou a trama com um toque especial.

E se em Simplesmente o Paraíso, a autora resolveu atropelar o final, aqui senti que aconteceu o contrário. A sensação que tive foi que a Julia quis aumentar a carga dramática da história, dando a ela um toque de ação no final. Em partes isso até funciona, mas infelizmente não nego que fiquei com a impressão que a autora deu uma “enrolada” desnecessária. Só acho (...).

É como comentei acima, não é que eu não tenha gostado de Uma Noite Como Esta. Porém independente das minhas expectativas ao iniciar a leitura estarem altas demais, ou dessa vez a autora ter “pecado” em alguns detalhes, senti que de certa modo a história não me cativou tanto como o livro anterior. No contexto geral ele se mostrou uma leitura agradável, mas que infelizmente não conseguiu me encantar.

“Não havia nada como um sorriso inesperado para tirar alguém do prumo.”

Uma Noite Como Esta possui uma narrativa morna, mas que consegue ser uma leitura leve e fluida. Pode não ter sido o melhor livro que li da Julia Quinn até aqui, porém sem sombra de dúvidas ele me deixou ainda mais curiosa para ler A Soma de Todos os Beijos, terceiro livro da série. Vêm Hugh Prentice ().

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