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setembro 15, 2020

Uma Proposta e Nada Mais por Mary Balogh

| Arquivado em: RESENHAS

Uma Proposta e Nada Mais é o primeiro livro da série, Clube dos Sobreviventes da autora Mary Balogh. Particularmente, dentre todas as autoras do gênero, a Mary é uma das minhas favoritas. Gosto no modo como ela consegue apresentar o velho e bom clichê, sem deixá-lo muito caricato. Seus personagens são maduros e com diversas nuances que vamos descobrindo no decorrer da leitura, o que torna a narrativa cativante.

Confesso que propositalmente, evite um pouco romances de época por um bom tempo. Mesmo sendo um dos meus gêneros favoritos, comecei a ter a sensação de que as histórias estavam “muito iguais” e acredito, que essa pausa que dei foi essencial para que a minha experiência com o livro fosse tão agradável.

Resenha


ISBN: 9788580418170
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2018
Número de páginas: 272
Classificação: Muito bom
Sinopse: O Clube dos Sobreviventes – Livro 01.
Primeiro livro da série Clube dos Sobreviventes, Uma Proposta e Nada Mais é uma história intensa e cativante sobre segundas chances e sobre a perseverança do amor. Após ter tido sua cota de sofrimentos na vida, a jovem viúva Gwendoline, lady Muir, estava mais que satisfeita com sua rotina tranquila, e sempre resistiu a se casar novamente. Agora, porém, passou a se sentir solitária e inquieta, e considera a ideia de arranjar um marido calmo, refinado e que não espere muito dela. Ao conhecer Hugo Emes, o lorde Trentham, logo vê que ele não é nada disso. Grosseirão e carrancudo, Hugo é um cavalheiro apenas no nome: ganhou seu título em reconhecimento a feitos na guerra. Após a morte do pai, um rico negociante, ele se vê responsável pelo bem-estar da madrasta e da meia-irmã, e decide arranjar uma esposa para tornar essa nova fase menos penosa. Hugo a princípio não quer cortejar Gwen, pois a julga uma típica aristocrata mimada. Mas logo se torna incapaz de resistir a seu jeito inocente e sincero, sua risada contagiante, seu rosto adorável. Ela, por sua vez, começa a experimentar com ele sensações que jamais imaginava sentir novamente. E a cada beijo e cada carícia, Hugo a conquista mais – com seu desejo, seu amor e a promessa de fazê-la feliz para sempre.

Lady Gwendoline Muir está satisfeita com a sua vida atual. Apesar de ter perdido o marido pouco tempo após o casamento, ela é feliz com a sua rotina tranquila e não pensa em se casar novamente. Após uma discussão com a sua amiga Vera, com quem Gwen tinha ido passar algumas semanas, ela decide sair para dar um passeio e arejar a cabeça, porém as coisas não acabam saindo como o planejado. Gwen acaba sofrendo um acidente e é resgatada pelo mal humorado, Lorde Trentham.

O título de nobreza não tem importância nenhuma na vida Hugo Emes, Lorde Trentham. Tudo o que ele deseja é uma vida tranquila e passar alguns dias por ano na companhia dos seus seis amigos e sobreviventes da guerra contra Napoleão. Mas ele não esperava que a reunião fosse contar com mais uma participante. Afinal, depois de resgatar Gwen fica óbvio para todos na casa, inclusive para ele, que a jovem dama precisará de alguns dias para se recuperar do acidente.

Gwen não se sente confortável e invadir a privacidade daquelas pessoas, por mais solícitas e amigáveis que elas possam ser. Porém nada podia a ter preparado para a atração intensa que sente por Lorde Trentham. Após sete anos de viuvez ela já tinha certeza de que seu coração estava fechado para um novo amor, mas algo na personalidade rústica de Hugo desperta nela sentimentos que a muito acreditou estarem adormecidos.

Hugo sabe que cedo ou tarde terá que se casar para dar continuidade ao nome da família, só sendo da classe operária, ele nunca quis se envolver com a aristocracia e muito menos se apaixonar por uma dama da alta sociedade. Mas será que depois de passar alguns dias na companhia de Lady Muir , ele conseguirá se manter firme em suas convicções?

Mesmo sem grandes reviravoltas, Uma Proposta e Nada Mais nos presenteia com um romance maduro e com personagens bem construídos. Mary Balogh desenvolveu uma narrativa com a dose certa de drama e sensualidade, sem que nada pareça destoante ou exagerado. O ritmo é fluido e envolvente, fazendo com que eu realmente me sentisse conectada as emoções dos protagonistas.

À primeira vista os dilemas por eles enfrentados podem parecer “pequenos”, só que conforme vamos conhecendo melhor a personalidade de Gwen e Hugo fica mais fácil compreender suas motivações e principalmente, quais são seus receios de se entregar ao que sentem um pelo outro.

Os personagens secundários apesar de não desempenharem um papel de grande importância na trama, se destacam em momentos chaves trazendo mais leveza e até um toque de comédia para a narrativa. Gostei muito da irmã do Hugo, a Constance e a família de Gwen também é muito encantadora. E por mais insuportável que a Vera seja, confesso que dei risada das tentativas de se fazer de vítima da personagem.

Como introdução para a série, Uma Proposta e Nada Mais é um bom livro. Não nego que senti falta de um plot twist mais elaborado e de cenas de ação. Tudo aqui assim como seus personagens é linear e comedido, o que não chega a ser ruim, mas deixa aquela sensação que ficou faltando alguma coisa.

Resenha
© Ariane Gisele Reis.


Já reparou como ficar parado às vezes não é muito diferente de retroceder? comentou ela. Pois o mundo inteiro segue adiante e nos deixa. “

Estou bastante curiosa para conhecer as histórias dos demais membros do Clube dos Sobreviventes, em especial da Imogen e do duque Stanbrook, que foram os personagens que me pareceram mais misteriosos e interessantes nesse primeiro livro. Considerando que simplesmente amei a outra série que li da autora, Os Bedwyns, pode-se dizer que as minhas expectativas estão um pouco altas.

dezembro 22, 2016

Ligeiramente Pecaminosos por Mary Balogh

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788580416176
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2016
Número de páginas:
Classificação: Muito Bom
Sinopse: Os Bedwyns – Livro 05.
Em meio à Batalha de Waterloo, lorde Alleyne Bedwyn é ferido e dado como morto pela família. Ao acordar, ele se vê no quarto de um bordel sem lembrar quem é ou como foi parar ali. Sua única certeza é que deseja conquistar o coração do anjo que cuida dele todo dia. Contudo, assim como ele, Rachel York não é quem parece. Depois de enfrentar uma situação difícil, que a levou a viver numa casa de pecados, agora a bela e inteligente jovem precisa recuperar seu dinheiro e as economias das amigas prostitutas, roubados por um falso clérigo. E o belo soldado de quem vem cuidando parece perfeito para se passar por seu marido e ajudá-la em seus planos. Porém, apesar de ter perdido a memória, Alleyne não perdeu nada de sua sedução. De volta a Londres, os dois se envolvem em um escândalo pecaminoso e, a cada beijo, esquecem que seu relacionamento é apenas uma farsa e ficam mais perto de se entregar à paixão. Neste quinto livro da série Os Bedwyns, Mary Balogh apresenta um romance repleto de humor, com personagens carismáticos que o leitor não conseguirá abandonar ao fim da história.

Iniciei a leitura de Ligeiramente Pecaminosos, quinto livro da série Os Bedwyns da Mary Balogh com aquele aperto do peito. Afinal ele é o penúltimo capítulo dessa série que chegou de mansinho e conquistou o meu coração. Tive que me segurar bastante para não passar ele na frente em minha fila de leituras de dezembro, mas a espera valeu a pena.  Com uma narrativa ágil e personagens cativantes Mary Balogh novamente nos presenteia com uma linda história de amor e transformação.

Rachel York foi enganada. Não somente ela, mas suas amigas também.  Por esse motivo é uma questão de honra, as cinco damas partirem o mais rápido possível de Bruxelas para encontrar o cretino que as roubou. Mas o problema é que elas estão sem dinheiro algum para isso. Em uma medida desesperada elas decidem ir até o campo de Batalha de Waterloo ver se conseguem encontrar algo de valor entre os mortos.  Porém a ideia que pareceu perfeita no primeiro momento acaba se revelando um verdadeiro tormento para Rachel. Ela jamais teria coragem de roubar alguém, estando ele vivo ou não.

Quando já se prepara para dar meia volta e admitir sua covardia diante das amigas, ela encontra um jovem rapaz vivo em meio a tantos cadáveres. Sem pensar duas vezes Rachel leva o desconhecido para casa e passa cuidar dele. Assim que o jovem acorda descobre-se que devido ao ferimento em sua cabeça ele não se lembra de nada, nem de seu nome. Sem saber quem é e para onde ir, o desconhecido se oferece para ajudar Rachel e as outras a encontrarem o patife que as deixou com uma mão da frente e outra trás.

Ao mesmo tempo em que colocam um arriscado plano em prática, Rachel e o desconhecido de quem salvou a vida se dão conta que há uma irresistível atração entre eles. E conforme os dias se passam fica cada vez mais difícil ficarem um longe do outro. Mas o que ninguém desconfia enquanto o mirabolante plano está curso é que o jovem é lorde Alleyne Bedwyn, irmão mais novo do podereso Duque Bewcastle e que sua família está sofrendo por achar que ele está morto. 

As histórias de Ligeiramente Pecaminosos e Ligeiramente Seduzidos acontecem exatamente no mesmo período. Então para quem leu e assim como eu sofreu no livro anterior aqui o nosso coração foi “acalmado” por assim dizer.  Gostei muito como a Mary Balogh estruturou toda a narrativa e o fato de permitir que histórias paralelas acontecessem deu a trama um toque especial.

Alleyne é o meu segundo Bedwyn favorito, por que o primeiro claro é ninguém menos do que o Duque Bewcastle (). E por esse motivo é óbvio que eu estava bem curiosa para conhecer melhor o personagem. E justamente o fato do Alleyne  não se lembrar de quem realmente é que torna tanto o personagem como o enredo ainda mais interessante. O Alleyne pelo menos em minha opinião é aquele "amorzinho" e foi muito gratificante ver o amadurecimento dele.  Por que é impossível passar pelo o que ele passa e não sair de certo modo “transformado” disso. E é exatamente o que acontece aqui.

Gostei bastante da Rachel também, por que ela não é o tipo de mocinha que fica sentada esperando as coisas acontecer. Com todas suas mágoas e inseguranças ela vai a luta por aqueles que ama, além de ser  pessoa justa que se coloca no lugar dos outros e por conta disso muitas vezes acaba assumindo responsabilidade que não são suas. Sem falar que ela e o Alleyne formaram um casal muito bonitinho.

Porém acredito que quem rouba a cena em Ligeiramente Pecaminosos é o quarteto fantástico formando por Bridget, Geraldine, Phyllis e Flossie. Que personagens incríveis cheias de alegria e coragem.  A presença delas, assim como do sargento Strickland tornaram a leitura deliciosa. Só que obviamente um dos momentos mais lindos é à reunião dos Bedwyns. Fico me perguntando, como pode  mesmo tendo uma participação tão pequena o Wulfric conseguir roubar toda a cena para ele.  Ou seja, essa que vos escreve está agora ainda muito mais  curiosa para conhecer a história desse duque de “coração gelado”.

Mary Balogh conseguiu não apenas me surpreender como me emocionar nesse quinto livro da série os Bedwyns. A autora que sempre optou por uma escrita mais sóbria em que o romance e o drama estão alinhados com temas que para época eram considerados verdadeiros tabus nos trouxe uma história leve e de uma delicadeza única.  E tudo isso com personagens maravilhosos e momentos divertidíssimos.

“- Por que sempre guardamos as coisas de valor para mais tarde? Quero viver o agora. Talvez seja tudo o que eu tenha.”

Com uma narrativa fluida e ótimos personagens, Ligeiramente Pecaminosos é o típico livro que nos deixa com um gostinho de quero mais e um sorriso bobo no rosto.  Confesso que já estou me preparando para sofrer na despedida dessa família aristocrática de “narizes empinados” e de corações enormes().

Veja Também:

maio 30, 2016

Ligeiramente Seduzidos por Mary Balogh

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788580415469
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2016
Número de páginas: 288
Classificação: Muito Bom
Sinopse: Os Bedwyns – Livro 04.
Jovem, estonteante e nascida em berço de ouro. É apenas isso que Gervase Ashford, o conde de Rosthorn, enxerga em Morgan Bedwyn quando a conhece, num dos bailes da alta sociedade inglesa em Bruxelas. Em circunstâncias normais, ele não olharia para ela duas vezes - prefere mulheres mais velhas e experientes. Porém, ao saber que Morgan é irmã de Wulfric Bedwyn, a quem Gervase culpa pelos nove anos que passou longe da Inglaterra, decide que ela é o instrumento perfeito para satisfazer seu desejo de vingança. Mas Morgan, apesar de jovem e inocente, também é independente e voluntariosa e, assim que entende as intenções do conde, se prepara para virar o jogo e deixar claro que não se deixará manipular por ninguém.

Talvez pelo fato de uma amiga ter dito que de todos os livros da série Os Bedwyns, Ligeiramente Seduzidos foi a história da qual ela menos gostou, essa que vos escreve começou a leitura do mesmo sem tantas expectativas. Porém, logo nos primeiro capítulos me vi completamente envolvida pela narrativa e seus personagens, ou seja, para quem tinha iniciado a leitura um tanto quanto receosa, acabei me deparando com uma ótima surpresa.

Gervase Ashford, o conde de Rosthorn há nove anos não pisa na Inglaterra, por motivos que apenas o próprio, pessoas próximas e o temível duque de Bewcastle, Wulfric Bedwyn conhecem. Durante os longos anos de exílio Gervase levou uma vida digna de todo libertino, mas enquanto sua fama se espalhava em seu intimo, o conde nunca deixou de desejar um dia poder dar o troco em Bewcastle. A oportunidade finalmente se apresenta durante um baile da sociedade inglesa em Bruxelas na Bélgica. Assim, que Rosthorn coloca os olhos na doce e ingênua Lady Morgan Bedwyn, ele enxerga a oportunidade perfeita de finalmente se vingar do duque. Até por que, nada melhor do que usar a irmã mais nova de Wulfric para atingi-lo.

Para a surpresa de Gervase, apesar da pouca idade Morgan está longe de ser uma dama tola e fácil de manipular. Como uma Bedwyn, Morgan mostra para o conde que por de trás da aparência de jovem aristocrata afetada, ela possui uma personalidade forte e não permitirá que ninguém, muito menos ele a manipule. Porém o que começa com um jogo nada inocente de flertes está prestes a sofrer um grande revés.  Quando trágicos acontecimentos aproximam Morgan e Gervase, a vingança do conde é posta de lado, dando lugar a uma inimaginável amizade.

Não demora muito para que Morgan e Gervase percebam o quanto apreciam a companhia do outro. Só que o comportamento um tanto quanto indiscreto dos dois começa a gerar todo o tipo de especulação e fofocas, e quando retornam ao Londres, o conde e a jovem Bedwyn descobrem que são um dos assuntos mais comentados nas salas de chá da casa dos nobres ingleses.  Logo Gervase de dá conta que o que começou com um simples desejo de vingança despertou nele um sentimento novo, algo com que ele não esperava lidar. Mas será que Morgan estará disposta a perdoa-lo quando descobrir que ele se aproximou dela por motivos escusos?

Um dos principais diferenciais da escrita da autora Mary Balogh é o tom mais “sério” de suas histórias, em relação aos outros livros do estilo. Mesmo que o romance seja o ponto central da trama, a autora consegue abordar temas “tabus” e fatos importantes para época em que a história se passa, como a Batalha de Waterloo que temos como plano de fundo nesse quarto livro da série Os Bedwyns.  Mary Balogh constrói seu enredo de forma com que ele fique bem equilibrado, o que torna tudo ainda mais envolvente e interessante.

Gostei bastante do casal principal desse livro, em especial a Morgan que desde o principio demonstra para o Gervase que ela não é tão “boba”, como ele pensa. Além disso, ela é aquele tipo de pessoa que não se preocupa como que os outros vão pensar dela e age de acordo com sua consciência e principalmente com o seu coração. Morgan é decidida e mesmo quando está “destruída”, levanta a cabeça e segue em frente. Já o Gervase mantém a fachada de quem não está nem ai para vida, quando na verdade tudo o que ele quer é ter certeza que pode acreditar em um futuro melhor.

É linda a maneira como Morgan faz com que ele aprenda a perdoar, não apenas os outros, mas a si mesmo. E em minha opinião as mudanças que ela causa na vida do Gervase são um dos pontos altos da trama. Por que antes dos dois serem amantes, eles são acima de tudo amigos e é esse sentimento de amizade e de companheirismo que surgiu em um momento difícil que molda toda a relação deles. E aqui está mais um detalhe que difere a escrita da Mary Balogh das outras autoras do gênero. Por mais rápida que seja a leitura, você enxerga como aquele relacionamento surgi e como ele evolui com o tempo. Não é aquela coisa fast que acontece em questão de semanas, muito pelo contrário é algo que vai se desenvolvendo aos poucos.

Adorei rever os outros Bedwyns em especial o Aidan, que apesar do seu jeito mais sério em muitas situações é aquele que demonstra compreender os reais sentimentos da irmã caçula. Fiquei ainda mais curiosa para conhecer o passado do enigmático Wulfric Bedwyn, e descobrir quais são as surpresas que o destino reserva para o Alleyne (), afinal a autora deixou muitas perguntas sem respostas aqui. Please, não me decepcione Mary Balogh.

Ligeiramente Seduzidos possui momentos que nos deixam com lágrimas nos olhos, ao mesmo tempo em que nos leva a rir e a ficar completamente enredados em sua história. Realmente uma leitura que me surpreendeu da forma mais positiva possível e que antes mesmo do parágrafo final me fez sentir aquela pontinha de saudade dos meus queridos Bedwyns.

“- Opostos são apenas dois lados da mesma moeda. Um não existe sem o outro.”

Com doses certas de drama e sensualidade, Ligeiramente Seduzidos é aquele “romance gracinha”, irresistível que vai deixar você com um sorriso bobo no rosto. Leve, cativante e apaixonante. Os românticos de plantão e os fãs de boas histórias ficaram encantados. Recomendo!

Veja Também:
Ligeiramente Casados.
Ligeiramente Escandalosos.

outubro 23, 2015

Ligeiramente Escandalosos por Mary Balogh

| Arquivado em: Resenhas.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788580414547
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2015
Número de páginas: 288
Classificação: Ótimo
Onde Comprar: Submarino.
Sinopse: Os Bedwyn: Livro – 03.
Freyja Bedwyn é uma mulher diferente das outras damas da alta sociedade: impetuosa e decidida, ela preza a independência e a liberdade acima de qualquer coisa – até mesmo do amor. Até que o destino lhe apresenta Joshua Moore, o marquês de Hallmare, um homem cheio de charme e mistério, dono de uma beleza estonteante e de uma reputação terrível. Quando ambos se encontram a caminho da pacata cidade de Bath, a química entre os dois é imediata. Entre encontros e desencontros, conflitos e provocações, Joshua faz uma proposta inusitada: pede que Freyja finja ser sua noiva, para evitar que uma artimanha de sua tia o leve a se casar com a própria prima. Para uma dupla que acha graça das convenções sociais, esta parece ser a oportunidade perfeita para se divertir. Mas a brincadeira acaba trazendo consequências inesperadas. Aos poucos, suas máscaras vão caindo e ambos se revelam pessoas bem diferentes do que aparentam.

Que sou uma apaixonada por romances históricos, não é segredo para ninguém que acompanha o blog há mais tempo. E se tem uma autora que está conquistando um espaço especial nesse meu coração de leitora a cada novo livro é a Mary Balogh. Ligeiramente Escandalosos é uma daquelas histórias que chegam de mansinho e quando nos damos conta, estamos completamente apaixonados por ela.

Lady Freyja Bedwyn está longe de ser uma dama convencional. A irmã do poderoso Wulfric Bedwyn, duque de Bewcastle preza acima de tudo a sua independência e liberdade, e desde que teve o seu coração partido se fechou para o amor. Joshua Moore, o marquês de Hallmare não está em busca relacionamento sério e gosta do estilo de vida descompromissado que leva. Ao se conhecerem pela primeira vez em uma hospedaria de beira de estrada, a atração entre os dois a imediata. Porém sendo uma moça de personalidade forte e um tanto arrogante como todo Bedwyn, Freyja não está disposta a se render tão facilmente ao charme de qualquer um, - mesmo ele sendo um belo homem.

Com encontros explosivos que logo se tornam o principal assunto da pacata cidade de Bath, Freyja e Joshua começam uma “estranha” amizade até que por uma manobra ardilosa do destino, ou melhor, dizendo de sua tia, ele se vê obrigado a fazer um pedido inusitado a Freyja. Josh pede que ela finja ser sua noiva, dessa forma frustrando os planos da megera de casa-lo com sua prima. Mas, a divertida “brincadeira” acaba tendo desdobramentos inesperados, e agora Freyja e Josh correm o sério risco de terem de subir ao altar de verdade.  Poderá um relacionamento que começou com tanto tumulto e mentiras, transformar- se em algo sereno, como o amor?

Confesso que desde Ligeiramente Casados, primeiro livro da série Os Bedwyn, a Freyja sempre foi aquela personagem que me deixava intrigada. Longe de ser o estereótipo da mocinha frágil e indefesa, Freyja sempre demonstrou o quanto é "mal-humorada" e determina. Ela foi criada sabendo qual é o seu lugar no mundo, afinal ela é uma Bedwyn e só isso é capaz de fazer com que muitas pessoas a temam.  Por outro lado Joshua Moore, o novo marquês de Hallmare teve uma infância sem tantos luxos e solitária, que fizeram dele um homem leal e integro. Enquanto Freyja está acostumada a desfilar com toda a sua altivez pelos nobres salões de baile, Josh não perdeu sua simplicidade vem adiando o máximo possível assumir o título que herdou com a morte do tio.

Os dois possuem personalidades totalmente diferentes e esse embate de temperamentos, é o que torna a história tão interessante. A evolução do relacionamento dos dois é ao mesmo tempo encantadora e divertida. A troca de fartas e ironias entre Freyja e Josh, foi a responsável por dar a narrativa o toque de humor, que até então não tinha aparecido nos livros da Mary Balogh. Embora aqui mais uma vez encontramos uma história e personagens maduros, a inserção desse novo elemento entre os diálogos deixou a narrativa mais leve e com os contornos dos tradicionais “romances gracinhas”.

Uma das coisas que mais gosto da escrita da Mary Balogh é  forma como a autora constrói suas historias em especial como ela traça a personalidade dos personagens, transformando suas fraquezas e defeitos em suas melhores qualidades. E em Ligeiramente Escandalosos não foi diferente. Conforme a narrativa avança os personagens vão de despindo das muitas camadas que usam para encobrir suas verdadeiras personalidades, mostrando todos os medos e sonhos que mantinham escondidos por baixo de suas máscaras. A autora soube trabalhar com maestria os conflitos pessoais, como também os obstáculos pelos quais a relação deles passa.

A participação da família Bedwyn, aqui é mais expressiva quando comparada ao livro anterior, o que fez com que o ritmo da narrativa fosse fluido e não “exageradamente” tão focado no casal. E esse é mais um ponto a favor para a autora, já que mais uma vez ela conseguiu inserir pequenos detalhes que além de aguçar a curiosidade durante a leitura, colaboram para que a história fique ainda mais rica. Detalhes esses que em sua soma tornaram Ligeiramente Escandalosos o meu livro favorito da série até aqui.

“- Coração - disse ele, baixinho -, você é uma fraude. (...) Mas, não precisa temer. Seu segredo está seguro comigo.”

Com personagens cativantes e diálogos inteligentes, Ligeiramente Escandalosos nos traz uma história que mescla com perfeição, humor, grandes reviravoltas com um romance que aquece nossos corações. Mary Balogh me surpreendeu mais uma vez. Recomendo!

Veja também:

julho 08, 2015

Ligeiramente Maliciosos por Mary Baloch

| Arquivado em: Resenhas.

ISBN: 9788580413939
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2015
Número de páginas: 288
Classificação: Muito Bom.
Onde Comprar: Submarino.
Sinopse: Os Bedwyns - Livro 02. Após sofrer um acidente com a diligência em que viajava, Judith Law fica presa à beira da estrada no que parece ser o pior dia de sua vida. No entanto, sua sorte muda quando é resgatada por Ralf Bedard, um atraente cavaleiro de sorriso zombeteiro que se prontifica a levá-la até a estalagem mais próxima. Filha de um rigoroso pastor, Judith vê no convite do Sr. Bedard a chance de experimentar uma aventura e se apresenta como Claire Campbell, uma atriz independente e confiante, a caminho de York para interpretar um novo papel. A atração entre o casal é instantânea e, num jogo de sedução e mentiras, a jovem dama se entrega a uma tórrida e inesquecível noite de amor. Judith só não desconfia de que não é a única a usar uma identidade falsa. Ralf Bedard é ninguém menos do que lorde Rannulf Bedwyn, irmão do duque de Bewcastle, que partia para Grandmaison Park a fim de cortejar sua futura noiva: a Srta. Julianne Effingham, prima de Judith. Quando os dois se reencontram e as máscaras caem, eles precisam tomar uma decisão: seguir com seus papéis de acordo com o que todos consideram socialmente aceitável ou se entregar a uma paixão avassaladora?

Como vocês podem perceber ando lendo muitos romances de época, e na verdade venho dando preferência a esse tipo de história do que aos romances contemporâneos. Por isso, quando me perguntaram que livro eu queria ganhar de aniversário pensei imediatamente em Ligeiramente Maliciosos da autora Mary Baloch. A escolha desse livro em especial, dentre tantos livros que quero se deu não apenas pelo fato da narrativa da autora ter me cativado bastante no primeiro, e sim mais pela minha curiosidade de conhecer um pouco mais da enigmática família Bedwyn. E posso garantir a vocês que acertei no presente viu.

A jovem Judith Law passou a vida toda desejando viver uma grande aventura.  Filha de um pároco conservador para ela o futuro sempre se apresentou de forma nebulosa. Afinal como a filha do meio, sem nenhum “atributo” que lhe garantisse um bom casamento, ela não tinha muita serventia na casa da família. Por esse motivo seu pai a manda morar com Lady Effingham, sua tia distante de modo que não apenas as despesas da casa diminuam como também para ela livrar Lady Effingham do incomodo de cuidar da própria mãe, avó de Judith.

No caminho para Harewood Grange a diligencia em que ela viaja sofre um pequeno acidente, deixando a viagem que já não estava sendo nada agradável ainda mais terrível. Porém quando Judith pensa que não tem como as coisas ficarem piores, um misterioso cavaleiro aparece. Ralf Bedard ao se deparar com a jovem em um cenário caótico se oferece para leva-la até a próxima estalagem em segurança.

Por um minuto Judith pensa em recusar a oferta, mas ela percebe que essa pode ser sua ultima oportunidade de viver uma grande aventura.  Agora no papel da sedutora e independente atriz, Claire Campbell ela tem a oportunidade de ser livre como nunca sonhou em ser. Ao mesmo tempo em que espera que as lembranças dessa noite inesquecível tornem seus longos e entediantes dias na casa de Lady Effingham suportáveis. E assim depois de viver o seu sonho por uma noite, Judith foge conformada para encarar de uma vez por todas o seu destino.

Só que Judith não imagina que o “nobre” Sr. Bedard é na verdade Rannulf Bedwyn, irmão do duque de Bewcastle. Rannulf estava a caminho da imponente Grandmaison Park, a pedido de sua avó para que ele conheça e faça a corte a uma donzela em potencial quando encontrou Judith na estrada. Porém o que nenhum dos dois espera, é que a jovem dama que Rannulf deve cortejar é a Srta. Julianne Effingham, a prima de Judith. No instante em que os amantes se reencontram, não apenas as suas verdadeiras identidades são descobertas. Mas algo que eles jamais imaginaram um dia sentir, - uma paixão avassaladora.

A característica que mais gosto na narrativa da Mary Baloch é a maturidade dos personagens e da história em si. Tudo bem que suas tramas não possuem aqueles momentos leves de humor e que diferente de muitos livros do gênero suas obras não podem ser classificadas como “romance gracinha”. Só que esse toque um pouco mais “sério” tão marcante na escrita da autora é o que justamente torna as seus personagens interessantes e o enredo envolvente. 

Também gosto muito do fato da autora não criar personagens maravilhosamente “belos”. Todos eles são bem “comuns” sem aquele tipo de “endeusamento” que muitas vezes encontramos em algumas histórias, e isso faz com que durante a leitura você se sinta mais próximo deles. A narrativa é rápida, repleta de clichês e em certos momentos até óbvia demais. Porém mesmo que você já “imagine” o final, é impossível não sentir aquele sentimento de contentamento à medida que a história avança.

O único ponto que não me agradou foi que a Judith nos capítulos finais começou a “exagerar” um pouco no drama. Não que eu não tenha entendido as razões dela e tudo mais. Só que como vocês já sabem que essa que vos escreve tem uma certa “birra” com mocinhas dramáticas demais. Já o Rannulf é um bom personagem embora ele acabe um tanto ofuscado pela presença marcante de seus irmãos o duque de Bewcastle e o Alleyne (). Talvez tenha faltado um pouco mais de carisma para Rannulf me conquistar.  Ou eu só esteja sendo chata para variar mesmo. O que não é nenhuma novidade(...).

“Insegurança, duvida e ansiedade eram emoções totalmente novas para um homem que cultivara o tédio e o cinismo por toda a vida adulta.”

Ligeiramente Maliciosos é uma leitora deliciosa com uma história delicada e ao mesmo tempo sedutora, do tipo que deixa os românticos de plantão completamente encantados.Recomendo!


Veja Também.
Ligeiramente Casados.

fevereiro 01, 2015

Ligeiramente Casados por Mary Balogh

| Arquivado em: Resenhas.
Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788580413212
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 288
Classificação: Muito Bom
Sinopse: Os Bedwyns - Livro 01. À beira da morte, o capitão Percival Morris fez um último pedido a seu oficial superior: que ele levasse a notícia de seu falecimento a sua irmã e que a protegesse – “Custe o que custar!”. Quando o honrado coronel lorde Aidan Bedwyn chega ao Solar Ringwood para cumprir sua promessa, encontra uma propriedade próspera, administrada por Eve, uma jovem generosa e independente que não quer a proteção de homem nenhum. Porém Aidan descobre que, por causa da morte prematura do irmão, Eve perderá sua fortuna e será despejada, junto com todas as pessoas que dependem dela... a menos que cumpra uma condição deixada no testamento do pai: casar-se antes do primeiro aniversário da morte dele o que acontecerá em quatro dias.Fiel à sua promessa, o lorde propõe um casamento de conveniência para que a jovem mantenha sua herança.  Após a cerimônia, ela poderá voltar para sua vida no campo e ele, para sua carreira militar. Só que o duque de Bewcastle, irmão mais velho do coronel, descobre que Aidan se casou e exige que a nova Bedwyn seja devidamente apresentada à rainha. Então os poucos dias em que ficariam juntos se transformam em semanas, até que eles começam a imaginar como seria não estarem apenas ligeiramente casados...

Uma rápida lida na sinopse de Ligeiramente Casados da autora Mary Balogh, nos faz pensar que ele é mais um daqueles típicos romances água com açúcar. E mesmo que a sua narrativa em alguns momentos possua esses elementos açucarados que tanto amamos, nela também existem pequenos detalhes que a diferenciam dos romances tradicionais. Detalhes esses que fazem a leitura ser encantadora.

O enigmático coronel lorde Aidan Bedwyn aprendeu desde cedo que a honra é uma das maiores virtudes de um homem. Por esse motivo ele se mantém fiel a sua palavra dada nos últimos momentos de vida do capitão Percival Morris. Assim que chega à Inglaterra ele parte imediatamente em direção ao Solar Ringwood, a fim de dar pessoalmente a triste noticia para irmã do capitão, a jovem Eve Morris. Porém Aidan mal podia imaginar que sua a “missão” estava apenas começando. Logo o coronel descobre que Eve está prestes a perder o Solar e sua fortuna deixando ela e todos que dela dependem sem nada. Nesse momento ele finalmente começa a entender o sentido de sua promessa, – “Custe o que custar!”.

Como a única solução para que Eve e seus dependentes não acabem na miséria é ela se casando, Aidan lhe propõem um casamento por conveniência. Afinal desse modo não somente ela continuará com sua casa e fortuna, como ele  permanecer fiel à promessa que fez ao finado capitão Morris. Só que quando Wulfric Bedwyn, duque de Bewcastle e irmão mais velho de Aidan descobre o “secreto” enlace matrimonial do coronel, ele exige que Eve seja devidamente apresentada à alta-sociedade como a nova integrante da família Bedwyn. E Wulf Bedwyn não está acostumado a ser contrariado.

Agora Aidan e Eve terão que conviver sobre o mesmo teto por mais tempo do que o originalmente planejado pelos dois. Será que Eve Morris, que até poucas semanas era apenas a modesta filha de um mineiro bem sucedido conseguirá sobreviver a todas as exigências e expectativas que recaíram sobre ela? E até quando o coronel Aidan Bedwyn permanecera imune aos encantos de sua obstinada esposa? O que começou como uma simples conveniência pode estar prestes a mudar suas vidas para sempre.

Mary Balogh criou um enredo em que temos dois personagens fortes que não estão dispostos a abrir mão dos seus ideais. Tanto Eve como Aidan são muito fieis as pessoas que amam e a seus objetivos, o que faz com que em muitos momentos os seus interesses sejam opostos. Por mais que a história tenha um toque de conto de fadas, a lá Cinderela em muitos momentos a autora coloca o romance em segundo plano, relatando com detalhes a rotina e os costumes do povo inglês do século XVIII. E é justamente nesse ponto que a narrativa da autora se diferencia de que normalmente encontramos nos livros no gênero.

Sai o humor presente nos livros da Julia Quinn e o clima de sedução dos livros da Madeline Hunter, e entra em cena uma história mais “madura”. Acredito que é esse toque de “realismo” presente na trama que a torna mais envolvente.  Aqui tudo acontece com muita leveza e mesmo que a primeira vista os personagens pareçam um pouco frios e distantes, você se vê envolvido de tal forma com a história que acaba sofrendo e torcendo por eles.  De verdade, não esperava me emocionar tanto com Ligeiramente Casados como me emocionei.  Ela foi realmente foi o tipo de leitura que me deixou com aquele gostinho de “quero mais”.

“Talvez o presente fosse tudo o que importava. Talvez fosse tudo o que qualquer um pudesse esperar. Talvez o amanhã fosse uma ilusão que nunca chegasse.”

Mesmos fugindo um pouco dos romances convencionais, Ligeiramente Casados nos presenteia com sua narrativa leve e delicada. Os românticos de plantão vão ficar apaixonados pela bela história de Eve e Aidan. E para quem é um pouco emotivo assim com essa que vos escreve, aconselho deixar os lencinhos preparados, afinal você pode acabar precisando deles.  Fica a dica!

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