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maio 06, 2019

365 dias

| Arquivado em: CAFÉ LITERÁRIO

imagem: Freepik
Esse ano não fiz lista de presentes e nem planos para comemoração. O que para muitos pareceu apatia e até mesmo tristeza foi na verdade introspecção e uma análise profunda do que está em ordem e o que ainda preciso organizar em minha vida. Nos último mês fiz um mergulho profundo em minha alma e meu coração e encarei de frente as coisas que preciso melhorar e principalmente deixar ir.

A Ariane de hoje é uma pessoa completamente diferente da Ariane de 2018. Meus sonhos e minhas metas se transformaram nesses últimos 365 dias. E mesmo que essa mudança não esteja tão aparente, ela é diária, constante. Nesse último ano aprendi a importância de dizer não e de falar como me sinto. Redescobri a mim mesma e me tornei minha melhor amiga.  Percebi o quanto tenho à agradecer a Deus e ao Universo, por tudo o que sou e tudo o que tenho.

Porém, sei que o caminho de minha evolução e transformação é longo. Ainda há muita coisa que precisa ser deixada para trás. Medos, crenças limitantes, cobranças, culpas e arrependimentos.  Mas, hoje a única certeza que tenho é que não preciso ter pressa afinal, por mais clichê que seja tudo tem seu tempo e a hora certa de acontecer.

Por isso,  os únicos compromissos que assumo agora, comigo para os próximos 365 dias são: o de ouvir mais a voz do meu coração, deixar a vida fluir e principalmente, o de ser uma versão melhor de mim mesma todos os dias.

abril 28, 2019

Querida Ansiedade

| Arquivado em: CRÔNICAS & POESIAS

imagem: Freepik
Querida Ansiedade,

Quero que você vá embora. Que saia nesse exato momento de minha vida e nunca mais retorne. Sei que para você somos grandes amigas, mas conviver com você ao menos do meu ponto de vista é exaustivo e em alguns dias um verdadeiro pesadelo.

Você bagunça meus sentimentos. Me tira o ânimo de fazer coisas que até ontem me deixavam feliz. Faz com que eu veja o mundo como um campo de batalha, uma verdadeira zona de guerra em que estou ferida, sangrando e lutando contra os fantasmas que só existem em minha mente.

Você consegue calar minha voz a tal ponto que o meu silêncio se torna ensurdecedor. Têm dias que me olho no espelho e não sei quem sou, porque não me reconheço naquela pessoa triste, esquecida e sozinha que você insiste em dizer que sou.

Sei que sou muito mais que do que esse ser frágil e medroso que você me torna. Suas garras tentam incansavelmente manipular minha mente e meus sentimentos, fazendo com que eu sempre acabe esperando pelo pior.

Você me sufoca tanto que às vezes me esqueço de respirar, dormir, comer... viver. Por você já cancelei compromissos que queria ir. Deixei de ir a lugares que queria conhecer. Escondi meus sentimentos e omiti minhas opiniões. E muitas vezes disse não querendo dizer sim, e sim querendo dizer não.

Menti para mim mesma por tanto tempo, que cheguei a esquecer quem eu era. Me tornei uma marionete em suas mãos, me escondendo pelo cantos. Tentando ser invisível.

Querida Ansiedade vai embora, por favor. A chave da minha vida não pertence e nunca pertenceu a você.

Vai embora Ansiedade e leve com você toda essa angústia, autossabotagens e as suas mentiras que um algum momento do meu dia, semana, mês, eu acreditei que fossem verdade. Leve todas as limitações nas quais você insiste em tentar me prender. Vou ficar bem sem você. Sem sua suposta amizade me sufocando a todo instante.

Querida Ansiedade saia nem que seja para ficar sentada do outro lado do corredor. Vai embora e me deixe aqui, tentando arrumar a bagunça que você criou. Essa bagunça de sentimentos que por sua causa eu me tornei.

Depois de anos Ansiedade você ainda não aprendeu e não entendeu. Você pode até tentar apagar minhas chamas, mas eu sou como a fênix e renasço das cinzas.

texto escrito por: Ariane Gisele Reis.  ©  Todos os Direitos Reservados.

abril 24, 2019

The Chase - A Busca de Summer e Fitz por Elle Kennedy

| Arquivado em: RESENHAS.

The Chase é o primeiro livro da nova série da autora Elle Kennedy, a Briar U. Spin-off da minha outra série queridinha, Amores Improváveis tem uma proposta muito clara, - nos levar de volta ao universo dos jogos de hóquei, com personagens cativantes e romances gracinhas. Porém, não sei se sou eu que estou passando por uma fase de chatice literária muito grande, ou esse snip-off que foi lançado um pouco “cedo” demais.  Mas, infelizmente não consegui me sentir tão conectada com a narrativa e seus personagens aqui.  A verdade é que ao finalizar a leitura fiquei com aquela terrível sensação que ficou faltando alguma coisa.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.





ISBN: 9788584391363
Editora: Paralela
Ano de Lançamento: 2019
Número de páginas: 320
Classificação: Bom
Sinopse: Briar U – Livro 01.
Spin-off da série Amores Improváveis.
Todo mundo diz que os opostos se atraem. E deve ser verdade, porque não tem nada que explique minha atração por Colin Fitzgerald. Ele não faz meu tipo e, o pior de tudo, me acha superficial. Essa visão distorcida que ele tem de mim é o primeiro ponto contra. Também não ajuda que ele seja amigo do meu irmão. E que o cara que mora com ele tenha uma queda por mim. E que eu tenha acabado de me mudar para a casa deles. Mas isso não importa. Estou ocupada o bastante com uma faculdade nova, um professor que não larga do meu pé e um futuro incerto. Além do mais, Fitz deixou bem claro que não quer nada comigo, embora tenhamos uma química de dar inveja a qualquer casal. Nunca fui de correr atrás de homem, e não vou começar agora. Então, se o meu roommate gato finalmente acordar e perceber o que está perdendo… Ele sabe onde me encontrar.

Após ser convidada a se retirar da Universidade de Brown por supostamente ter colocado fogo na casa da fraternidade em que morava, Summer Di-Laurentis acaba sendo aceita na Universidade de Briar graças a influência do pai. Porém, seus problemas ainda não estão totalmente resolvidos, Summer precisa encontrar um lugar para morar e aparentemente sua fama de incendiária já chegou a Briar e nenhum fraternidade quer aceitá-la.

Triste e sem ter para onde ir, ela acaba aceitando o convite do irmão, Dean para uma festa de ano novo, festa essa que Colin Fitzgerald, também está. Summer não consegue entender a atração que sente por Fitz, especialmente por que ele já deixou bem claro de todas as formas possíveis que não quer nada com ela. Mas, a química entre os dois é visível e em breve ela será colocada à prova. Afinal, Fitz e seus amigos Hunter e Hollis estão precisando de mais uma pessoa para dividir a casa, e nenhum deles seria louco o suficiente para negar um favor ao Dean. Agora que estão morando na mesma casa, resta saber por quanto tempo Fitz será capaz de resistir a sua atração por Summer Di-Laurentis.

The Chase possui uma premissa bem clichê e mescla todos os elementos que eu particularmente amo nos livros do estilo. Só que confesso que achei que a Elle Kennedy exagerou um pouco na dose de “drama” presente na narrativa, porque é óbvio que a Summer e o Fitz vão ficar juntos, então a tentativa da autora de formar um triângulo amoroso entre: Fitz, Summer e Hunter para depois o Hunter ser “esquecido” no banco de reservas o restante da narrativa me incomodou bastante.

Isso me lembrou um pouco o primeiro livro da série Amores Improváveis em que a autora recorreu também a esse recurso e depois esqueceu o Logan no churrasco do time. Até porque quem já leu a série anterior deve ter percebido que após o segundo livro que narra a história dele, o Logan meio que “some” da série. Inclusive aqui, temos as pequenas participações do Dean (meu amorzinho ), Garret e do Tucker enquanto o Logan só é citado.

E tudo bem que o terceiro livro vai abordar a história do Hunter, só que sinceramente eu não vi nenhuma necessidade desse triângulo amoroso, quando a autora poderia ter abordado outros pontos mais interessantes na história. Um bom exemplo disso, é a questão do assédio sexual dentro das universidades, que embora tenha tido uma introdução promissora acabou não sendo muito bem trabalhado. A impressão que pelo menos eu tive, é que o tema ficou “meio jogado” na narrativa, como se a Elle não conseguisse desenvolver ao todo a ideia que tinha em mente quando começou a escrever, o que de fato foi uma pena.

Os personagens secundários desempenham um bom papel na construção da história em especial a Brenna que em muitos momentos chega a ser uma personagem mais cativante que a própria Summer. Não que eu não tenha gostado da Summer, na verdade ela é uma personagem muito carismática que mesmo com toda a sua “superficialidade” tem um coração enorme e passa por problemas muito reais dos quais ela mesma muitas vezes se sente culpada.

O meu problema aqui com a Summer foi que realmente eu não consegui ver ela e o Fitz como um casal a “longo prazo”. Talvez seja porque eu não acredito muito nessa história de que os oposto se atraem, e eles são muito opostos. Então a sensação que tive durante a leitura é que o relacionamento deles era mais baseado na atração sexual que sentiam um pelo outro do que aquele sentimento mais profundo que une duas pessoas. Acredito que se a Elle não tivesse criado todo um drama desnecessário no início da história em volta do relacionamento dos dois a minha visão seria diferente.

Além disso, o Fitz infelizmente não foi aquele protagonista masculino que fez meu coração bater mais forte. Achei algumas atitudes dele um tanto egoístas, mesmo que nas entrelinhas a autora tenha tentado justificá-las. Acho que ainda estou muito apegada ao Dean. ()#sorry

"Percepção e realidade são coisas muito diferentes. A verdade em geral está em algum lugar entre as duas."

The Chase possui a narrativa fluida e envolvente já tão característica das obras da autora Elle Kennedy. Porém, infelizmente no meu caso senti que a história aqui é um pouco “inferior” quando comparada a série que deu origem a ela. Mas, não nego que estou bem curiosa para ler os próximos volumes da Briar U, especialmente ao livro do Hunter. Quais as surpresas que dona Elle aprontou para ele?

abril 21, 2019

#naplaylist – My Essencial K-POP

| Arquivado em: MÚSICAS.

Não sou muito de participar de tags ou desafios no Instagram, mas quando vi uma que pedia para as pessoas responderam o que na opinião delas, faz parte da personalidade do autor da pergunta. Curiosa como sou, resolvi perguntar; “Ane não é Ane sem ...”.

imagem: Freepik
E para minha surpresa, grande parte das pessoas responderam que, Ane não é não sem K-POP. E eu sei que muitos de vocês devem estar se perguntando qual foi o motivo da minha surpresa, afinal não escondo de ninguém que o K-POP é um dos meus gêneros musicais favoritos. 

O fato é que quem me segue lá no Spotify ou já visitou meu perfil no Last.FM, sabe que durante o dia eu intercalo a minha playlist com new age, heavy metal, soundtrack, música clássica, POP dos anos 90 e claro o K-POP. Ou seja, a minha escolha musical sempre está bem relacionada ao meu humor.

| naplaylist

Não nego que tenho um carinho muito grande pelo K-POP, pois em três momentos bem difíceis de minha vida foram as músicas do gênero que me ajudaram a passar por alguns momentos bem difíceis em minha vida. 2011 com o Super Junior, 2016 com o Girls' Generation e recentemente no final de 2018 com o NCT 127.

Super Junior: Tumblr
Além disso, o K-POP faz parte da trilha sonora da minha amizade com uma das minhas melhores amigas, a Sukanne. Tanto que tem grupos nessa playlist como 2NE1, SHINee, TVXQ! e o MBLAQ que não são assim os meus “grupos favoritos”, mas que marcaram momentos inesquecíveis da minha história e dessa amizade.  

De verdade, fiquei muito feliz por vocês relacionarem a minha pessoa com um gênero musical que seu eu pudesse definir em uma palavra o que representa para mim, essa palavra seria felicidade. Não tenham dúvidas que vocês deixaram o coração dessa blogueira aqui mais quentinho. ()

Uma semana linda e abençoada para todos vocês, e até o próximo post!

abril 17, 2019

Os Mistérios de Sir Richard por Julia Quinn

| Arquivado em: RESENHAS.

Dando sequência a minha meta de 12 livros para ler em 2019, Os Mistérios de Sir Richard último livro da série Quarteto Smythe-Smith da autora Julia Quinn, se mostrou uma leitura um tanto “complicada”. Confesso que demorei bastante para me sentir conectada com a narrativa e seus personagens e infelizmente ao final fiquei com a sensação que a história foi rasa e nem de longe tão cativante como os livros anteriores que li da autora.



ISBN: 9788580416688
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2017
Número de páginas: 280
Classificação: Bom
Sinopse: Quarteto Smythe-Smith - Livro 04.
Sir Richard Kenworthy tem menos de um mês para encontrar uma esposa. Ele sabe que não pode ser muito exigente, mas quando vê Iris Smythe-Smith se escondendo atrás de seu violoncelo no musical anual das Smythe-Smith, Richard acha que conheceu alguém muito valiosa.  Ela é o tipo de mulher que passa despercebida até a realização de um segundo ou terceiro olhar de outra forma. Mas há algo nela abaixo da superfície, algo quente e ele sabe que ela é única. Iris Smythe-Smith...Ela está acostumada a ser subestimada, com seu cabelo claro e tranquila, mas há uma personalidade astuta que ela tende a esconder, e ela gosta dessa forma. Então, quando Richard Kenworthy se aproxima com galanteios e flertes, parece suspeito.  Dando a impressão de um homem que se rende ao amor, mas ela não pode acreditar que tudo é verdade. Quando sua proposta de casamento se torna uma situação comprometedora obrigatória, você não pode deixar de pensar que há algo escondido por trás disso. . . mesmo que o seu coração diz sim.

O Quarteto Smythe-Smith foi uma série que ao mesmo em minha opinião teve um começo promissor, mas que no decorrer dos quatro livros acabou meio que “perdendo” um pouco do seu encanto. Gosto muito da narrativa da Julia Quinn, porém sinto em dizer que ao menos aqui o estilo jovial e divertido da autora não funcionou muito bem comigo. A prova disso, é o fato de eu ter levado praticamente dois meses para ler Os Mistérios de Sir Richard. Não que o livro seja de todo “ruim”. Há bons momentos, mas a construção em si peca pela falta de química do casal e na forma como tudo parece “forçado” e um tanto sem sal e sem açúcar.

Iris Smythe-Smith é uma personagem que nos livros anteriores teve uma participação relativamente pequena, mas sempre que surgia suas aparições eram regadas de diálogos irônico e temperados com uma boa dose sarcasmo. Por esse motivo, não nego que eu esperava mais da personagem. E ver o modo como ela se colocava em diversas ocasiões em uma posição inferioridade ao ponto de se desmerecer por conta de sua aparência "pálida", foi um pouco desanimador. 

Em especial por que uma das qualidades que sempre admirei nas protagonistas da Julia Quinn é justamente o fato de todas elas serem fortes e determinadas. E eu senti falta disso aqui. É claro que a Iris evolui muito no decorrer da narrativa, e é muito gratificante acompanhar essa evolução dela. Mas, me incomodou muito a sensação de que ela precisou ser “manipulada” pelo Richard praticamente a história toda para que essa evolução fosse possível.

Acho que nunca torci tanto para que um casal não terminasse com o seu: “Então foram felizes para sempre”, como eu torci aqui. Richard Kenworthy foi sem sombra de dúvidas um decepção completa.  Tanto que as palavras que me vêm à mente quando penso no personagem são: covarde, egoísta e raso. O modo como ele cria toda uma situação constrangedora para obrigar a Iris a aceitar seu pedido de casamento foi uma atitude muito baixa por parte do personagem.

Tudo bem que desde o começo da história sabemos que ele precisa se casar o mais rápido possível, mas o fato do Richard ter visto a Íris como uma “presa fácil” não deixa de ser horrível. Além disso, o segredo do personagem não chegou a ser nem de longe tão “bombástico” como eu imaginei que fosse. Eu sei que para a época em que a história se passa é algo bastante grave, porém de verdade não achei que o segredo em si, “justificasse” todo drama causado por ele no contexto geral da narrativa.

E esse foi um dos pontos que mais me deixou descontente com Os Mistérios de Sir Richard. Como comentei logo no começo da resenha o que mais gosto nos livros da Julia Quinn é o modo com suas histórias são divertidas e leves, só que aqui a autora criou um melodrama tão grande que parecia que eu lia, lia, lia e não saía do lugar.

Apesar de pequena, gostei da participação dos personagens secundários no desenvolvimento da narrativa, principalmente de reencontrar personagens tão queridos como a Lady Sarah Prentice e o o clã Pleinsworth formado por Harriet, Elizabeth e Frances.  Não nego que em muitos momentos as atitudes da Fleur, irmã do Richard me irritaram bastante ao ponto de achar a personagem tão egoísta como o próprio Sir Kenworthy.

As histórias da Julia Quinn sempre conseguem deixar meu coração mais quentinho, mesmo que às vezes eu discordasse de uma atitude ou outra dos protagonistas. Porém, em Os Mistérios de Sir Richard tudo o que senti foi irritação. Irritação porque parecia que a história não saía do lugar. Irritação pelo modo como o Richard tratava a Iris. Irritação por ele não ter tido ao mesmo um “castigo” de leve por toda patifaria que aprontou.  Enfim, muito drama para nada ...

“Muitas vezes era melhor não questionar um presente. Era melhor apenas ficar feliz ao recebê-lo, sem saber por quê.”

Os Mistérios de Sir Richard ao menos em minha opinião está longe de ser o melhor livro da Julia Quinn. A verdade é que com exceção do primeiro livro, Simplesmente o Paraíso a série Quarteto Smythe-Smith não chegou a me arrebatar tanto como Os Bridgertons. Talvez o meu excesso de expectativas tenha atrapalhado um pouco o meu envolvimento com as histórias aqui. Mas, acredito que não sou a primeira e nem serei a última leitora no mundo a se decepcionar um pouco com uma obra do seu autor ou autora favorito. 

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