Bom dia leitores!
Como vocês já puderam perceber, o Café Literário de hoje está em clima de desabafo (...). Que as séries literárias sempre existiram e sempre vão existir todos nós sabemos. A trilogia O Senhor dos Anéis de J.R.R. Tolkien está ai para provar isso. Não tenho nada contra séries, vocês mesmos sabem que acompanho várias. A questão é que de uns tempos para cá, parece que os livros “únicos” estão “deixando” de existir.
A sensação que eu tenho é que um livro se torna mais “importante” quando ele faz parte de uma duologia, trilogia, série ou saga do que quando ela é apenas um livro. As sagas conquistam? Claro que sim. Elas deixam você com aquela necessidade de saber o que vai acontecer no próximo livro. Ganham fãs apaixonados e quando elas são adaptadas para o cinema ou para a TV, sentimos que todos os nossos esforços em gritar aos sete ventos como ela é maravilhosa, valeu a pena.
Porém, do outro lado quantos livros caem no ostracismo? Quantas vezes vocês já se perguntaram após ler um livro maravilhoso, o porquê “ninguém” nunca falou dele. O pior quando você termina o livro da sua vida com a sensação que autor ou a autora foi brilhante e passa um tempo e vem uma continuação que acaba com todo esse brilhantismo. Acredito que todo mundo aqui já passou por alguma situação assim.
Sempre cito como exemplo a saga Hush-Hush da Beca Fitzpatrick, lançada no Brasil pela editora Intrínseca. Embora tenha lido todos os livros e ela ser uma das melhores séries do gênero sobrenatural que li nos últimos anos admito que, preferia mil vezes que a autora tivesse parado em Sussurro. Não que os outros livros sejam ruins. Mas assim, em meu ponto de vista muitos elementos inseridos no enredo foram desnecessários e com isso todo aquele clima “mágico” que me conquistou tanto no primeiro livro, acabou se perdendo.
Outros livros em que as autoras fecharam bem a história e que em meu ponto vista não precisavam de continuação são, O Lado mais Sombrio da A.G Howard lançado pela Novo Conceito e Alma? da autora Gail Garriger, lançado pela editora Valentina. E é óbvio que mesmo achando que não há necessidade de as histórias se estenderem, vou ler as duas séries até o final, pois a minha curiosidade sempre fala mais alto.
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Temos também o caso daquelas séries que parecem intermináveis como os casos de, House of Night da PC. Cast, Como Treinar o seu Dragão da Cressida Cowell, ou Pretty Little Liars da autora Sara Shepard. E o que falar das séries que ou autores não terminam ou as editoras aparentemente se “esquecem” de lançar a continuação. É tenso leitores, muito tenso (...).
Também temos a séries como a dos Irmãos Sullivans da Bella Andre e Os Bridgertons da Julia Quinn em que cada uma conta com oito livros. Mas, essas séries em questão ao menos em meu ponto vista por mais que você pegue alguns spoilers dos livros anteriores, não há a necessidade de você seguir um “padrão” de leitura. Cada livro fala de um personagem e ponto final. Se você quiser começar do ultimo ou ler só um não tem problema.
O fato é que séries literárias nos últimos anos têm ficado cada vez mais em evidência do que livros únicos, já que probabilidade de elas se tornarem filmes ou seriados de sucesso é imensa. Há casos que nem sempre isso dá lá muito certo, como foi o caso de A Academia de Vampiros, Cidade dos Ossos e Dezesseis Luas, que não foram muito bem nas telonas enquanto, A Culpa é das Estrelas provou que livros únicos também podem levar milhões aos cinemas.
Outro “problema” com as séries é que após algumas autoras terem estourado no mercado editorial, como foi o caso da J.K Rowling com Harry Potter e a Stephenie Meyer, com a saga Twilight os autores iniciantes acabam pensando muitas vezes que para atingir o sucesso eles precisam escrever uma série. Parem e pensem, quantos novos autores nacionais e internacionais nos últimos tempos lançaram séries que não passaram do primeiro.
Sagas são super legais, mas livros únicos também. E muitas vezes mais vale o autor escrever um livro com mais de quinhentas páginas e finalizar o que tem em mente ali, do que dividir a história e correr o risco de cair na terrível maldição do segundo livro. Afinal quem já não acabou abandonando uma série, por que o segundo livro foi decepcionante que atire a primeira pedra.
Somos leitores, e amamos ler boas histórias. Gostamos de séries, mas gostamos também de livros em que a história comece e termine nele. Adoramos olhar para nossas estantes e ver as sagas que acompanhamos completa, porém amamos quando no meio delas encontramos aquele livro que sozinho foi capaz de nos deixar encantados.
Queremos ler mais séries fantásticas sim, mas queremos livros únicos também. Por que livros únicos podem ser mágicos, viciantes, inesquecíveis e maravilhosos. Autores e editoras pensem com carinho nisso (♥).
Beijos e até o próximo post!