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outubro 29, 2015

O Diário de Rywka por Rywka Lipszyc

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788565765671
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2015
Número de páginas: 216
Classificação: Bom
Onde Comprar: Submarino.
Sinopse: Diário comovente de uma jovem judia em edição enriquecida com textos que ajudam a compreender um dos períodos mais sombrios da história da humanidade No final da Segunda Guerra Mundial, foi encontrado um diário perto das ruínas dos crematórios de Auschwitz-Birkenau. Este diário pertencia a Rywka Lipszyc, uma adolescente judia que viveu com sua família no gueto de Lodz, na Polônia. Seu relato só veio a público setenta anos depois, e logo se tornou um documento importante por registrar a vida dos judeus em Lodz — o medo constante da deportação, o trabalho forçado nas oficinas, a fome e a miséria. Mas, acima de tudo, os escritos de Rywka eram sua forma de resistir e de protestar, numa tentativa de dar sentido ao mundo ao seu redor.

Confesso que a historiadora que existe em mim, tem certo fascínio por histórias que se passam durante a Segunda Guerra Mundial. Por esse motivo assim que soube da existência de O Diário de Rywka, senti aquela necessidade imediata conhecer a história dessa jovem judia, que viveu no último gueto na Polônia a ser liquidado. Porém, talvez o meu excesso de expectativas tenha atrapalhado um pouco as coisas, pois logo nas primeiras páginas percebi que encontraria algo um pouco diferente daquilo que eu estava esperando.

Escrito entre outubro de 1943 a abril de 1944, o diário de Rywka Lipszyc narra desde acontecimentos cotidianos do gueto de Lodz, com também transmite através de seus relatos muitas vezes um tanto confusos todo o sofrimento pelo qual ela passava. Sofrimento esse que chegava a ser mais psicológico do que físico, pois mesmo tendo uma fé inabalável, o medo e a pressão do ambiente em que Rywka vivia eram constantes. Rywka encontrou na escrita uma maneira de expor suas reflexões sobre as pessoas e a vida. Escrever se transformou em uma necessidade para ela. Escrever era sua forma de organizar seus pensamentos deixando assim sua mente e seu coração mais leves.

Dividido em quatro partes, O Diário de Rywka funciona mais como um livro de História, do que como “leitura de final de semana”. O livro começa com uma breve introdução sobre a obra e a grande importância histórica que ela tem. Já na segunda parte temos o diário propriamente dito, enquanto na terceira conhecemos um pouco mais sobre o gueto de Lodz, e a sua dinâmica funcionamento antes e durante a guerra.  E por ultimo na quarta parte ficamos sabendo da intensa pesquisa realizada para descobrir o destino final de Rywka Lipszyc.

Esse foi sem sombra de duvidas  um dos livros mais complexos que li nos últimos tempos. Não apenas pela forma como seu conteúdo é dividido, mas pela quantidade de informação que se encontra nele. Ele é tão minuciosamente detalho que admito que em um determinando momento, esse “excesso” de informação tornou a leitura um pouco maçante.

Outro ponto que dificultou o meu envolvimento com a história, foi o próprio conteúdo do diário. A narrativa do diário de Rywka  é muito mais factual do que uma narrativa que transmite os sentimentos da autora. Em algumas partes ela até tenta passar para o papel o que está sentindo, porém a sensação que eu tive pelo menos, é que a Rywka se sentia um pouco culpada ao fazer isso. Culpa em expor o que ela sentia, culpa por expor as necessidades dela.

E apesar da história da Rywka ser comovente, eu não consegui criar uma conexão com ela.  Ao contrário do que aconteceu quando li, O Diário de Anne Frank e O Diário de Zlata em que não apenas criei empatia por suas autoras, como também me senti verdadeiramente envolvida com suas histórias.  Algo que infelizmente não aconteceu aqui.

28 de janeiro de 1944:
“Estou esperando que a guerra acabe. Ah, e essa esperança é trágica também!”.

O Diário de Rywka foi uma leitura interessante do ponto de vista histórico, mas do ponto de vista pessoal, foi uma história que não me cativou tanto como eu espera. Uma pena realmente (...).

setembro 11, 2015

Encruzilhada por Kasie West

| Arquivado em: Resenhas.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788565765718
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2015
Número de páginas: 304
Classificação: Muito Bom
Onde Comprar: Submarino.
Sinopse: Pivot Point - Livro 01.
A vida de Addison Coleman é um grande “e se…?”, graças à sua habilidade especial: Investigar Destinos. Addie é capaz de prever duas possibilidades de seu futuro toda vez que precisa tomar uma decisão. Quando os pais dela anunciam o divórcio, a garota deve escolher se vai morar com o pai entre os Normais ou se prefere ficar com a mãe no Complexo Paranormal. Para ter certeza do que a espera, Addie resolve Investigar. Em uma alternativa, ela conhece Trevor, um Normal sensível com quem logo sente uma conexão. Na outra, se envolve com Duke, o garoto mais popular da escola Paranormal. E agora, em qual futuro Addison estará disposta a viver?

Confesso que a primeira impressão que tive quando li a sinopse de Encruzilhada foi que ele se travada de mais um desses livros na “modinha”, com seu bendito triangulo amoroso que você logo no começo já sabe com que a mocinha chata vai ficar no final. Porém algo a mais me chamou a atenção na sinopse dele. Fiquei me perguntando como seria esse mundo dividido entre normais e paranormais que a autora Kasie West de propôs a criar. E para minha felicidade, mesmo com os clichês clássicos Encruzilhada foi uma leitura bem surpreendente.

Addison Coleman, a Addie possui uma habilidade rara mesmo entre os paranormais. Ela é capaz de investigar o futuro e descobrir qual é a sua melhor opção sempre que precisa fazer uma escolha na vida. Ela mora com os pais no Complexo Paranormal, um lugar escondido dos mapas oficias que apenas pessoas do alto escalão do governo “normal” conhecem. Quando seus pais anunciam o divorcio e colocam nas mãos de Addie escolher se fica com a mãe no complexo, ou parte com o pai para viver no mundo entre os normais, a única coisa que lhe resta fazer é investigar o futuro.

As duas alternativas a principio se mostram boas. Se ela continua no Complexo era conquistará o coração de Duke, o garoto mais popular da escola. Se ela for embora com o pai ela conhecerá Trevor, um garoto normal por qual irá de apaixonar. Addie investiga seis semanas da sua vida na tentativa de tomar a melhor decisão. Porém, quando ambos os caminhos parecem se cruzar trazendo com eles acontecimentos catastróficos, Addie percebe finalmente que não importa o caminho que escolher, ela vai acabar se machucando e perdendo algo ou alguém que ama.

Encruzilhada possui uma narrativa rápida em que os capítulos são intercalados pelos futuros distintos da Addie. Isso poderia até tornar a história confusa se não fosse à maestria com que a autora conduziu o enredo. Pense em um livro que te deixa aflita não somente para saber qual será a escolha da protagonista, mas para descobrir como tudo termina.

Por que em Encruzilhada, apesar de todo o drama adolescente presente, existe uma grande carga de mistério e ação também. E esses dois ingredientes tornam a leitura tensa, mas de um jeito bom, se é que vocês me entendem. A escrita da Kasie West é fluida do tipo que não se apega em detalhes desnecessários, mas que ao mesmo tempo é envolvente, dando a sensação que estamos literalmente dentro da história.

Os personagens também foram muito bem construídos, mesmo a Addie sendo um pouco chatinha e mimada.  Já a Laila sua melhor, foi uma das personagens que mais gostei por que ao contrário da protagonista, apesar de ter vários problemas em casa ela não reclama não se faz de “vitima”. Ok! As duas têm atitudes bastante infantis durante a história, mas a maneira como a autora trabalhou a relação das suas em ambas as realidades torna todo “drama” natural. Admito que aqui é bem difícil você escapar de entrar para a torcida do Duke ou do Trevor, pois os dois mocinhos possuem em suas personalidades algo doce e encantador. E antes que vocês se perguntem, - sou team Trevor ().

O único ponto que considero “negativo” é a necessidade de ter mais um livro para finalizar a história. Sim, Encruzilhada é uma duologia. Tipo se o livro tivesse mais cento e cinquenta páginas ou até mesmo um pouco mais, seria ótimo. Primeiro por que a narrativa estava seguindo um bom ritmo que foi cortado por “final” abrupto. E segundo por que não é nada legal ficar esperando uma continuação, principalmente quando você é uma pessoa curiosa como eu.

“- Quando leio sinto minhas próprias emoções. Emoções que nenhuma outra pessoal me obriga a sentir. (...) Gosto de lembrar que posso ter sentimentos sem ninguém me manipular.”

Encruzilhada possui uma narrativa que nos prende em suas paginas e personagens que nos fazem ama-los e odiá-los ao mesmo tempo. Tudo isso com doses certas de romance, ação e mistério. Mal posso esperar por Split Second.

agosto 31, 2015

Os Bons Segredos por Sarah Dessen

| Arquivado em: Resenhas.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788565765763
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2015
Número de páginas: 408
Classificação: Ótimo
Onde Comprar: Saraiva.
Sinopse: Há segredos muito bons para serem guardados — e livros muito bons para serem esquecidos Sydney sempre viveu à sombra do irmão mais velho, o queridinho da família. Até que ele causa um acidente por dirigir bêbado, deixando um garoto paraplégico, e vai parar na prisão. Sem a referência do irmão, a garota muda de escola e passa a questionar seu papel dentro da família e no mundo. Então ela conhece os Chatham. Inserida no círculo caótico e acolhedor dessa família, Sydney pela primeira vez encontra pessoas que finalmente parecem enxergá-la de verdade. Com uma série de personagens inesquecíveis e descrições gastronômicas de dar água na boca, Os bons segredos conta a história de uma garota que tenta encontrar seu lugar no mundo e acaba descobrindo a amizade, o amor e uma nova família no caminho.

Confesso que não sei ao certo como começar a escrever essa resenha. Os Bons Segredos chegou em minhas mãos de uma forma tão despretensiosa, que para minha surpresa quando me dei conta estava completamente envolvida pela história. Sim leitores, pode-se dizer que a autora Sarah Dessen, ganhou mais uma fã.

Mesmo que nunca estivesse competindo de fato com seu irmão Peyton pela atenção de seus pais, Sydney Stanford sempre soube qual era o lugar dela nessa disputa, - o segundo. Enquanto as infrações de Peyton prejudicavam somente ele e a reputação da família isso nunca foi um problema. Porém, quando as irresponsabilidades do irmão acabam por ferir outra pessoa , Sydney decide que está na hora de tomar as rédeas da própria vida.

O primeiro passo foi trocar de escola e ir para um lugar onde a sombra do seu irmão não a perseguisse.  Ela estava acostumada a sua vida solitária e de certa forma se sentia culpa pelos erros que o Peyton cometeu. Mas, na tarde em que resolve por impulso entrar na Seaside Pizza, sem saber Sydney dá o passo definitivo para uma grande mudança em sua vida. Ela conhece Layla, Mac e todos os Chatham e encontra tudo aquilo que sempre desejou, - um verdadeiro lar.

Os Bons Segredos possui aquela narrativa que vai “crescendo” conforme a história avança. Sarah Dessen construiu uma trama que explora a fundo dramas familiares, mas sem deixar o clima da história pesado.  Durante a leitura, por mais que foco seja a Sydney, sua evolução pessoal e todos os dilemas pelos quais ela passa, é interessante perceber como a autora ainda conseguiu fazer com que os demais personagens desempenhassem um papel importante na história.

Esse é aquele tipo de livro que são várias histórias dentro de uma mesma história, e ambas se completam como na vida real. E essa sensação que tudo que está sendo contato ali é distante e ao mesmo muito próximo da nossa realidade que fez com que a leitura de Os Bons Segredos me cativasse tanto.   Em muitos momentos eu me vi aflita, com o coração na mão naquela necessidade de saber o que viria a seguir. Compartilhei cada sentimento com a Sidney, desde as pequenas felicidades até os momentos em que ela tinha duvida ou medo.

Outro detalhe que me chamou bastante atenção foi a forma como a autora trabalhou a construção de todos os personagens.  Todos eles possuem um traço de personalidade marcante, algo que os faz especial, que faz com que você os ame ou não ame tanto assim. Admito que desenvolvi um carinho especial pelo Mac () durante a leitura, pela pessoa que ele é.Por que isso é outro ponto legal da escrita da  Sarah Dessen. Ela não dá tantos detalhes “físicos” do personagem e sim prioriza os traços de personalidade de cada um. E a personalidade do Mac é apaixonante. Assim como da Layla é contagiante. Uma opinião bem pessoal, todo mundo merece uma melhor amiga como a Layla.

A única coisa que me “chateou”, um pouquinho foi o final. Não que eu não tenha gostado, ou achado que ele poderia ter sido diferente.  Na verdade, ele me deixou com aquele gostinho de quero mais.  De saber como as coisas ficaram depois daquele ponto final.  O que por um lado foi “negativo”, para leitores curiosos como eu, funciona também como algo positivo. Pois a autora torna possível criarmos o final que “desejarmos”. E o meu foi lindo e mágico como o uma volta de carrossel.

“Na verdade, só desabamos diante de quem sabemos que podem nos reconstruir.”

Delicado e forte ao mesmo tempo, Os Bons Segredos nos lembra que nenhuma família, amigo ou relacionamento é perfeito, mas que a velha máxima é verdadeira quando diz: “Lar é onde está o coração”. Simples e surpreendente, mas não leiam esse livro com fome. A não ser que vocês queiram desenvolver um desejo incontrolável por pizza e batata frita. Fica a dica!

julho 28, 2015

A Rainha Vermelha por Victoria Aveyard

| Arquivado em: Resenhas.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788565765695
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2015
Número de páginas: 424
Classificação: Muito Bom
Onde Comprar: Submarino.
Sinopse: A Rainha Vermelha- Livro 01.
O mundo de Mare Barrow é dividido pelo sangue: vermelho ou prateado. Mare e sua família são vermelhos: plebeus, humildes, destinados a servir uma elite prateada cujos poderes sobrenaturais os tornam quase deuses. Mare rouba o que pode para ajudar sua família a sobreviver e não tem esperanças de escapar do vilarejo miserável onde mora. Entretanto, numa reviravolta do destino, ela consegue um emprego no palácio real, onde, em frente ao rei e a toda a nobreza, descobre que tem um poder misterioso… Mas como isso seria possível, se seu sangue é vermelho? Em meio às intrigas dos nobres prateados, as ações da garota vão desencadear uma dança violenta e fatal, que colocará príncipe contra príncipe - e Mare contra seu próprio coração.

Sinceramente não sei ao certo como começar essa resenha. Sabe quando você desenvolve uma relação de amor e ódio por um livro? Bem, essa é a melhor forma de descrever os meus sentimentos em relação A Rainha Vermelha da autora Victoria Aveyard.

O tempo corre contra Mare Barrow. Nascida como uma vermelha onde o mundo é governado pelos poderosos prateados, logo ela terá que partir para a linha de frente de uma guerra que dura há anos. Mare não possui nenhum “talento” que garanta um trabalho e a torne útil impedindo assim que ela seja obrigada a servir a seu reino no exercito. Seus irmãos mais velhos já partiram e ela sabe que será a próxima. Porém por um acaso de destino, tudo o que Mare tinha por certo em sua vida está prestes a mudar.

Graças à ajuda de um desconhecido, Mare consegue um emprego no palácio real. Isso seria motivo de comemoração senão fosse o fato de que a partir de agora ela terá que servir aqueles que escravizam seu povo. Mas, as reviravoltas na vida da jovem ladra estavam apenas começando. Durante um evento em que toda a nobreza dos prateados estava reunida, Mare sofre um acidente que desperta nela um poder misterioso. Poder esse que até então se acreditava ser exclusivo dos nascidos prateados. Em meio a consternação que isso causa ao Rei Tiberias VI, a única forma de Mare proteger aqueles que ama e si mesma é fingir ser aquilo que ela sempre odiou, - uma nobre prateada.

Em meio a intrigas reais e uma revolta cada vez mais próxima dos portões do palácio, Mare precisa ser uma prateada perfeita, aprendendo a controlar e usar  seu poder recém descoberto. Além disso, ela se vê cada vez mais dividida entre o carinho e lealdade que sente pelo amigo de infância Kilorn, e a atração que os dois príncipes, Cal e Marven despertam nela.  As peças estão postas no tabuleiro e um perigoso jogo está prestes a começar. Será Mare capaz de sobreviver, quando ao mesmo tempo no reino de Norta todos podem ser aliados e traidores?

Bem vamos aos fatos, - A Rainha Vermelha é aquele tipo de livro que consegue deixar você completamente desesperado para saber o que vai acontecer no próximo capítulo. Mesmo que para quem acompanha a série Games of Thrones, algumas coisas possam parecer óbvias demais. Sim, é visível a influência que a aclamada série tem no enredo da Victoria Aveyard. E o que em alguns casos podia ser um fator negativo, aqui pelo contrário faz como que a leitura tenha um ritmo rápido em envolvente.

Outro ponto que chama muito atenção, mesmo que não tenho sido tão bem explorado e explicado nesse primeiro livro é a questão dos superpoderes dos prateados. Na verdade a autora além de ter “forçado” um pouquinho à barra em um determinado momento, ainda deixou muitas questões soltas no ar aqui.

Tipo não dá para saber se o mundo em que Mare vive é a nossa Terra depois de um acontecimento apocalíptico ou se é um mundo “paralelo” criado pela autora.  Por que a narrativa possui tanto a estrutura de uma distopia, como também apresenta traços de fantasia. A autora ainda não apresenta nenhuma “explicação” sobre a origem da divisão por sangue desse mundo. Ou seja, você fica sem saber como surgiram os prateados e seus superpoderes. O que deixa tudo mais intrigante e ao mesmo tempo um pouco confuso. Claro que conforme a série for evoluindo essas serão repostas que a autora precisará dar, mas nada a impedia ela de ter lançado uma “luz” sobre elas aqui. E confesso que tenho as minhas teorias.

Só que o que realmente me incomodou nem foi tanto dessa “ausência” de respostas, e sim a personagem principal. Isso por que nem vou entrar em detalhes sobre a tentativa de criar um quadrilátero amoroso na história, por que tipo é patético. Já a Mare (...). A Mare é uma personagem extremamente enervante. Primeiro por que ela tem o péssimo costume de agir sem pensar direito e em todas as ocasiões isso colocou outras pessoas em perigo. Segundo é que ela se acha tão esperta que não consegue enxergar o que está debaixo o nariz dela. Sério, tinha horas que eu não sabia se ria o chorava dos planos “brilhantes” dela.

Gostei bastante do Cal, e acredito que ele tem um potencial enorme para crescer na história. Assim como os demais personagens que ainda não mostraram realmente para o que vieram na trama. E mesmo ela sendo uma peste a Rainha Elara consegue ser uma personagem mais marcante do que a Mare (...). Não, não é a minha "tendência" de gostar dos malvados que está falando mais alto. Estou apenas sendo sincera e constatando que a mocinha da história ainda está muito sem sal e sem açúcar, para ser considerada uma personagem forte. Mas, assim como tenho fé no Cal, tenho fé na Mare. Por isso é bom eles não me decepcionarem, por quero ver um certo personagem chorando lágrimas de sangue aqui.

“Sou uma mentira (...). Uma vermelha atrás de uma cortina prateada que não pode jamais ser aberta. Se eu cair, se escorregar, morro. E outros morrerão por causa de minha falha.”

Em suma A Rainha Vermelha possui um enredo que passeia por séries como A Seleção, Estilhaça-me e a já citada Games of Thrones, com a diferença de ainda não possuir um personagem que realmente se destaque e cative na narrativa. Como um livro introdutório ele funcionou bem, deixando claro que esse é apenas o primeiro capítulo de uma grande e emocionante história. Já estou esperando ansiosamente por Glass Sword.

junho 21, 2015

Jonathan Strange & Mr. Norrell por Suzanna Clarke

| Arquivado em: Resenhas.

Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788535907148
 Editora: Seguinte
 Ano de Lançamento: 2015
 Número de páginas: 824
 Classificação: Ótimo
Onde Comprar: Submarino.
Sinopse: Em 1806, a maioria da população britânica acreditava que a magia estava perdida há muito tempo - até que o sábio Mr. Norrell revela seus poderes, tornando-se célebre e influente. Ele abandona a reclusão e parte para Londres, onde colabora com o governo no combate a Napoleão Bonaparte e coloca em prática seu plano de controlar todo o conhecimento mágico do país. Tudo corre bem até que Jonathan Strange, um jovem nobre e impetuoso, descobre que também possui talentos mágicos. Ele é recebido por Norrell como seu discípulo, mas logo os dois começam a se desentender… e essa rixa pode colocar em risco toda a Inglaterra. Misturando ficção e fatos históricos, Jonathan Strange & Mr. Norrell levou dez anos para ser escrito e foi baseado em uma extensa pesquisa da autora sobre a história da magia inglesa. O livro combina a mitologia fantástica de J.R.R. Tolkien com a comédia de costumes de Jane Austen, de quem Clarke é admiradora confessa, e ainda acena ao romantismo, à observação social de Charles Dickens e à literatura gótica de Anne Radcliffe.

J
onathan Strange & Mr. Norrell
foi um livro que sempre despertou a minha curiosidade, afinal não é segredo para ninguém que sou apaixonada por livros de fantasia. Por esse motivo, quando a oportunidade de finalmente conhecer essa história surgiu, eu a abracei com todo o meu amor e me joguei no mundo criado pela autora Suzanna Clarke. E vou contar uma coisa para vocês, foi simplesmente incrível.

Em 1806 muitos acreditavam que magia estava perdida na Inglaterra. A magia que existia estava restrita aos livros e mesmo que os magos continuassem a existir, nenhum deles demonstrava nenhuma aptidão mágica de fato. Porém, um dia durante a reunião de magos da Sociedade de York, Mr. Segundus questiona os outros membros do por que não se pratica mais magia na Inglaterra.  Enquanto alguns membros não ficam nada felizes com tal indagação, o gentil Mr. Honeyfoot acaba demonstrando certo interesse pela questão. A partir desse momento ele e Mr. Segundus passam a ter longas conversas sobre o assunto, sem imaginar que estavam muito próximos de resolver essa questão tão inquietante. E a resposta atendida por um nome, - Mr. Norrel.

Mr. Norrel é um mago recluso e um tanto arrogante, que por muitos anos escolheu manter seu poder escondido.  Porém, quando Mr. Norrel finalmente resolve se revelar para o mundo não demora muito para que ele se torne um mago influente tanto nos círculos mágicos como na política inglesa. E por um bom tempo acreditou-se que ele era o único praticante de magia vivo em toda Inglaterra. Mas, o aparecimento do jovem Jonathan Strange estava prestes há mudar um pouco essa história.

Jonathan Strange é um aprendiz audacioso, que logo deixa bem claro que possui ideais diferentes do seu mestre. Enquanto Norrel usa a magia em beneficio próprio com a desculpa que os conhecimentos nessa arte devem ser protegidos, Jonathan acredita que a mesma magia pode ser usada para ajudar a todos.  Para Jonathan o conhecimento deve ser compartilhado, pois teoria sem prática não vale nada.  Já Norrel quer guardar tudo para si e dessa forma se tornar cada vez mais poderoso. E esse “atrito” entre mestre e aprendiz pode colocar a Inglaterra de cabeça para baixo.

De verdade não consigo encontrar as palavras certas que descrevam essa obra. Suzanna Clarke construiu uma narrativa rica em detalhes que levam o leitor por uma deliciosa viagem ao mundo que ela magistralmente criou. Os personagens incluindo os secundários possuem uma personalidade marcante, e o detalhe que mais me agradou é o fato deles serem totalmente “humanos”, e diga-se com mais defeitos do que qualidades.  Aqui não existe a clássica disputa entre o herói e o vilão, não existe o bem e o mal. E isso faz com que tanto a história como seus personagens sejam ainda mais fantásticos.

Jonathan Strange & Mr. Norrell é um livro que nos leva a desvendar seus mistérios aos poucos. A forma como Suzanna desenvolveu toda a trama faz você acreditar que está lendo um raro exemplar do século dezenove.  Todos os diálogos, expressões e a maneira como ela inseriu acontecimentos históricos na narrativa contribuem para que essa sensação seja ainda mais forte.   Em um determinado ponto, você acaba se perguntando o que é real e o que é fantasia tamanha perfeição com que a autora mesclou tudo.

Confesso que só não marquei o livro como favorito, por que achei a primeira parte um pouco lenta.  E por ela ser focada no “simpático” Mr. Norrel, o meu ritmo de leitura funcionou meio que no modo “devagar quase parando” no começo. Tudo bem que eu reconheço, que Jonathan Strange & Mr. Norrell não é um livro para se ler em uma tarde preguiçosa de domingo, mas uma resumida nessa parte teria deixando a história um pouco mais dinâmica. Não é nada que prejudique narrativa como um todo.  Na verdade eu diria que esse é um pequeno detalhe dentro de toda a grandeza dessa obra.

“(...) Um explorador não pode ficar em casa estudando mapas traçados por outros. Um mago não pode aumentar o sortimento de magia estudando em livros escritos por outros. É-me bastante óbvio que, cedo ou tarde, Norrel e eu teremos que olhar além dos livros!”

Para os que assim como eu são fãs da literatura fantástica, Jonathan Strange & Mr. Norrell é uma leitura imperdível e inesquecível. Com doses certas de mistério, magia, humor e romance Suzanna Clarke nos apresenta uma história mágica e surpreendente. Recomendo!

junho 15, 2015

A Herdeira por Kiera Cass

| Arquivado em: Resenhas.


Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788565765657
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2015
Número de páginas: 390
Classificação: Muito Bom
Onde Comprar: Submarino.
Sinopse: The Selection - Livro 04.
Vinte anos atrás, America Singer participou da Seleção e conquistou o coração do príncipe Maxon. Agora chegou a vez da princesa Eadlyn, filha do casal. Prestes a conhecer os trinta e cinco pretendentes que irão disputar sua mão numa nova Seleção, ela não tem esperanças de viver um conto de fadas como o de seus pais… Mas assim que a competição começa, ela percebe que encontrar seu príncipe encantado talvez não seja tão impossível quanto parecia.




S
abe quando você fica com receio de ler um livro por medo de acabar se decepcionado?  Foi justamente assim que comecei a leitura de A Herdeira da autora Kiera Cass. Por que mesmo que o final de A Escolha não seja um dos melhores, em minha opinião a autora tinha fechado bem a história ali. Mas para minha felicidade apesar das minhas “baixas expectativas”, acabei me surpreendo e gostando muito com o que encontrei aqui.

A própria sinopse já dá um “pequeno” spoiler para quem ainda não leu os livros anteriores, então vamos direto aos fatos.

Antes de qualquer coisa, é importante ter em mente a autora não está retomando a história do ponto em que parou. Por esse motivo esperar que a Eadlyn, ou qualquer um dos filhos que o Maxon e a America tiveram sejam como os pais é um erro enorme. E logo no inicio já é visível que eles possuem personalidades bem definidas e diferentes de seus pais. 

Não sei dizer até que ponto foi positivo ou negativo a Kiera Cass investir na continuação de uma série que estava "finalizada". Em especial uma com tantos fãs pelo mundo. Só que o fato é que ela deixou bem claro que, por mais que tenhamos de volta em nossas vidas literárias o Maxon, a America entre outros personagens marcantes, essa é uma nova história. Essa é a história da Eadlyn, a seleção dela. E bem, - ela não está muito preocupada no momento em ser uma pessoa acessível e amável.

Confesso que estava preparada para odiar a Eadlyn com todas as minhas forças.  Sério, li tantas críticas negativas da personagem falando o quanto ela é egoísta, fria, prepotente e todo um blá, blá, blá que me parecia impossível ao menos “simpatizar” com ela. Porém, ao contrário de muitos, não consegui odiar a Eadlyn. Por mais que em muitos momentos eu não concordasse com a postura dela e até tivesse vontade de falar, “menos querida Eadlyn, você não é a ultima bolacha do pacote”, eu conseguia “entender” o porquê dela agir daquela forma.

Ela cresceu no luxo, em um mundinho protegido e particular sabendo que cedo ou tarde um dia a responsabilidade de manter o legado de seus pais vai recair em suas mãos.  Pensa na pressão que isso pode significar na vida de uma pessoa quando ela só tem dezoito anos? A Eadlyn é sim mimada e arrogante, pelo simples motivo que ela foi criada para ser assim. Claro que isso não justifica o fato de ela ser grossa com quase todo mundo o tempo todo, mas acredito que ao longo da história isso pode vir a mudar um pouco. Pessoas mudam, não é mesmo?

A escrita da Kiera Cass continua fluida, e a forma como ela constrói toda a narrativa deixa o enredo mais envolvente. Outro detalhe é que a autora consegue sempre inserir personagens cativantes na história, mesmo quando eles não são os grandes “protagonistas”. Gostei muito dos pequenos príncipes Kaden e Osten.  E entre os selecionados os que mais me chamaram a atenção foram o Kile e o Henry embora o meu personagem queridinho até aqui seja o Erik (). 

Só que o ponto mais legal é que trama aqui está mais dinâmica quando comparada aos livros anteriores.  E mesmo que hoje a série nem seja mais vista como uma distopia, eu ainda espero muito que a autora dessa vez trabalhe melhor a parte política dando um foco maior aos conflitos que acontecem fora dos muros protegidos do castelo. Afinal, Kiera Cass já mostrou que é ótima em escrever romances no estilo “conto de fadas”, então por que não colocar um pouco mais de ação na história? E em A Herdeira ela tem tudo para conseguir isso.

“Há coisas sobre nós mesmo que só aprendemos quando deixamos alguém se aproximar de verdade”.

A Herdeira é um bom livro e funciona bem como introdução para o que está por vir. A leitura é rápida que mesmo com algumas falhas a narrativa consegue se agradável deixando aquele clima de suspense no ar. Mas, tenha em mente aquilo que comentei logo no inicio da resenha. A Eadlyn não é como os pais dela, por isso é melhor não começar a leitura indo como muita sede ao pote. Fica a dica!

•  Veja também

abril 27, 2015

A Cidade Murada por Ryan Graudin

| Arquivado em: Resenhas.

Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788565765633
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2015
Número de páginas: 400
Classificação: Ótimo
Sinopse: A Cidade Murada é um terreno com ruas estreitas e sujas, onde vivem traficantes, assassinos e prostitutas. É também onde mora Dai, um garoto com um passado que o assombra. Para alcançar sua liberdade, ele terá de se envolver com a principal gangue e formar uma dupla com alguém que consiga fazer entregas de drogas muito rápido. Alguém como Jin, uma garota ágil e esperta que finge ser um menino para permanecer em segurança e procurar sua irmã. Mei Yee está mais perto do que ela imagina: presa num bordel, sonhando em fugir… até que Dai cruza seu caminho.

Desde que li a sinopse de A Cidade Murada, fiquei curiosíssima para saber mais sobre a história que o livro guardava. Talvez um dos fatores que contribuiriam para isso, foi o leve contorno distópico que a premissa nos apresenta. Algo que com conforme nos aventuramos em suas páginas não se confirma, mas que mesmo assim surpreende por possuir uma narrativa ágil e marcada por inúmeras reviravoltas.

Hak Nam é uma cidade esquecida por todos.  As diferenças entre ela e a cidade vizinha Seng Ngoi são impossíveis de ignorar. Enquanto uma esbanja o luxo e sofisticação, a outra é o retrato cruel da miséria. Hak Nam, a Cidade Murada é dominada pela sujeira, tráfico e, sobretudo pelo medo. Dai está preso nessa cidade, e a única forma dele conseguir a sua liberdade é arriscando a sua vida se envolvendo com a Irmandade, a principal e mais perigosa gangue de Hak Nam. Porém, para que seu objetivo seja alcançado ele vai precisar encontrar alguém rápido o bastante para entregar drogas, alguém com Jin.

Para muitos da Cidade Murada, Jin é apenas mais um entre tantos garotos de rua que rouba para ter o que comer em meio ao caos de Hak Nam. Mas, embora seja realmente um dos corredores mais rápidos que Dai poderia encontrar, Jin tem seus próprios motivos para estar nos corredores pobres e imundos da cidade. Ela está em busca da sua irmã mais velha Mei Yee, que foi vendida pelo próprio pai para um bordel. Quando os caminhos de Dai, Mei Yee e Jin se encontram uma corrida contra o tempo começa. E a vida de todos vai depender de quão ágeis e corajosos eles conseguem ser.

Inspirada na cidade murada de Kowloon (China), a narrativa da autora Ryan Graudin nos traz personagens fortes tentando sobreviver em um cenário caótico. E mesmo que A Cidade Murada seja uma obra de ficção é impossível não pensar que uma cidade verdadeira realmente existiu. A autora criou uma trama que até o final me levou a questionar quem era o Dai, e qual foi erro que ele cometeu para acabar em Hak Nam. Do mesmo modo, corri pelas ruas sujas da cidade com a Jin. Não somente por que ser rápida a mantinha viva e sim por que um dia a mais naquele lugar, significava um dia a mais longe da sua irmã. Longe de Mei Yee, que foi corajosa e determinada mesmo quando tinha inúmeras razões para desistir.

Com uma narrativa que intercala o ponto de vista dos três protagonistas, A Cidade Murada apresenta uma história atual que me deixou com o coração na mão em diversos momentos, e me fez torcer por Dai, Jin e Mei Yee até o fim. A escrita de Ryan Graudin é fluida e tão envolvente que transporta o leitor para dentro da história. A cada novo capitulo a autora reserva uma surpresa, uma “peça nova do destino” tornando tudo ainda mais angustiante e eletrizante.

Acredito que o único ponto “negativo” do livro, ao menos em minha opinião foi que, achei o final um pouco corrido. Senti falta da autora ter explorado alguns pontos que a meu ver teriam deixado a narrativa mais rica. Não é nada que atrapalhe o ritmo da história ou interfira de fato em sua conclusão. Ok! Talvez eu só esteja sendo apenas chata e detalhista. Porém por mais que tenha gostado muito do livro, infelizmente não consigo deixar de lado aquela sensação de que ficou faltando alguma coisa (...).

“Mas algumas coisas simplesmente não estão destinadas a acontecer. Por mais forte e ardente que seja o pedido.”

A Cidade Murada é um livro perfeito para leitores que buscam histórias com uma boa dose de ação e suspense. Mesmo com todos os avisos de “mantenha a distancia”, você também se sentirá tentado a vagar pelos corredores de Hak Nam para viver essa perigosa e inesquecível aventura. Recomendo!

abril 06, 2015

Eu sou Malala por Malala Yousafzai

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ISBN: 9788565765626
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2015
Número de páginas: 200
Classificação:
Onde Comprar: Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Submarino - Compare os Preços.
Sinopse: Com Patricia McCormick.
Malala Yousafzai tinha apenas dez anos quando o Talibã tomou conta do vale do Swat, onde ela vivia com os pais e os irmãos. A partir desse dia, a música virou crime; as mulheres estavam proibidas de frequentar o mercado; as meninas não deveriam ir à escola. Criada em uma região pacífica do Paquistão totalmente transformada pelo terrorismo, Malala foi ensinada a defender aquilo em que acreditava. Assim, ela lutou com todas as forças por seu direito à educação. E, em 9 de outubro de 2012, quase perdeu a vida por isso: foi atingida por um tiro na cabeça quando voltava de ônibus da escola. Poucos acreditaram que ela sobreviveria. Hoje Malala é um grande exemplo, no mundo todo, do poder do protesto pacífico, e é a pessoa mais jovem e a receber o Prêmio Nobel da Paz.

Dia 11 de setembro de 2001, eu só teria as duas primeiras aulas e logo após a homenagem para o Dia do Diretor os alunos seriam dispensados. Resolvi ficar em casa nesse dia e feliz da vida, liguei a TV para assistir Sakura Card Captors, mas o que vi não foi o meu anime favorito, e sim o começo de uma tragédia que mudaria a história da humanidade para sempre. Dia 11 de setembro foi o dia em que o mundo conheceu o poder assustador do terrorismo.

É impossível escrever uma resenha “comum” desse livro, por que a história de Malala Yousafzai não é comum. Cresci ouvindo, que “a educação tem o poder de transformar o mundo” e ainda acredito que, o conhecimento abre portas que a ignorância mantém fechadas e que somente através da educação vamos construir um país e um mundo melhor.  Malala também acredita nisso e quase pagou com a própria vida por não se calar diante do terror.

Eu sou Malala não é apenas a história de uma jovem que resolveu defender seus ideais e o direito das meninas de seu país a educação. Mas, um relato de como a vida de uma pessoa e de um lugar foram transformadas pelo terrorismo.  E mesmo já tendo lido vários livros em as histórias se passam numa época de conflitos, sempre fico assustada com o fato de perceber o quanto o ser humano pode ser cruel com o seu próximo.

Durante a leitura em vários momentos agradeci a Deus por viver em um país livre e de certa forma pacifico”. Claro que como o próprio Paquistão e muitos outros países temos problemas de desigualdade social e uma política não muito honesta. Porém ainda sim, somos livres para protestar contra tudo isso. Somos livres para nos vestir como bem entendemos e podemos ouvir a música que queremos e assistir a qualquer “bobeira” que achamos interessante na TV. Fiquei imaginando como seria se do dia para noite tudo isso mudasse dando lugar ao medo (...).

Falar sobre a Malala é como falar de uma super heroína, com a enorme diferença que ela é real e um verdadeiro exemplo de coragem, para qualquer pessoa independente de sua idade. É impossível você ler Eu Sou Malala e não sair modificado de alguma forma após a leitura. Conhecer a sua história, não apenas me fez dar mais valor para tudo o que tenho, mas fortaleceu a minha crença que nós somos parte das mudanças que queremos ver no mundo. E que mesmo que ninguém nos ouça nunca devemos nos calar. 

Malala não merecia passar pelo que passou, apenas por defender o seu direito e de outras meninas a educação.  Na verdade quando penso nas milhares de crianças que hoje vivem nos campos de refugidos na Síria e em outras regiões de conflitos rezo para que existam mais Malalas pelo mundo. Rezo para que um dia possamos viver em um mundo em que as diferenças não sejam fonte de discórdia entre os povos. Rezo para que um dia consigamos alcançar a tão sonhada paz mundial.

“(...) Sou a mesma Malala. Minhas ambições são as mesmas. Minhas esperanças são as mesmas. Meus sonhos são os mesmos. Uma criança, um professor, uma caneta e um livro podem mudar o mundo.”

Eu sou Malala é aquele tipo de história que enche o nosso coração de esperança, mesmo nos dias mais “sombrios”. Por que histórias com a de Malala são aquele choque de realidade que muitas vezes precisamos. Para sairmos de nossa zona de conforto e começar um trabalho de “formiguinha” para construirmos um mundo melhor. Nós podemos fazer isso, basta termos fé!

março 23, 2015

Por Lugares Incríveis – Jennifer Niven

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ISBN: 9788565765572
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2015
Número de páginas: 336
Classificação:
Onde Comprar: Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Submarino - Compare os Preços.
Sinopse: Dois jovens prestes a escolher a morte despertam um no outro a vontade de viver. Violet Markey tinha uma vida perfeita, mas todos os seus planos deixam de fazer sentido quando ela e a irmã sofrem um acidente de carro e apenas Violet sobrevive. Sentindo-se culpada pelo que aconteceu, Violet se afasta de todos e tenta descobrir como seguir em frente. Theodore Finch é o esquisito da escola, perseguido pelos valentões e obrigado a lidar com longos períodos de depressão, o pai violento e a apatia do resto da família. Enquanto Violet conta os dias para o fim das aulas, quando poderá ir embora da cidadezinha onde mora, Finch pesquisa diferentes métodos de suicídio e imagina se conseguiria levar algum deles adiante. Em uma dessas tentativas, ele vai parar no alto da torre da escola e, para sua surpresa, encontra Violet, também prestes a pular. Um ajuda o outro a sair dali, e essa dupla improvável se une para fazer um trabalho de geografia: visitar os lugares incríveis do estado onde moram. Nessas andanças, Finch encontra em Violet alguém com quem finalmente pode ser ele mesmo, e a garota para de contar os dias e passa a vivê-los.

Sinceramente não sei como começar a escrever essa resenha. Jennifer Niven escreveu uma história tão sensível, triste e encantadora que me deixou sem palavras. São tantos sentimentos e ao mesmo tempo uma sensação de vazio tão grande (...). Por Lugares Incríveis é um daqueles livros que chegam de mansinho e quando nos damos conta ele já conquistou nosso coração, só para depois deixá-lo em pedacinhos.

Não vou entrar em muitos detalhes do que se trata a história, afinal a sinopse já revela bastante sobre ela. Vou falar de Violet e Finch, de tudo o que eles me ensinaram e do como eu sofri e torci por eles. Quero falar do quanto Por Lugares Incríveis é realmente um livro incrível, e que a sua história ficara comigo em meu coração por muito, mais muito tempo mesmo.

Quem já passou pela experiência de perder alguém, sabe o quando seguir em frente às vezes parece impossível. Nada mais tem muito sentido e você fica apenas vendo os dias passar ao invés de vivê-los.  Por isso entendi como a Violet se sentia, pois sei como é riscar mais um dia no calendário com a esperança que isso vai fazer a sua dor diminuir e o tempo passar rapidamente. Sei como é perder o interesse por tudo aquilo que antes era importante e não ter a menor noção de como e por que recomeçar. Eu já fui Violet Markey um dia (...).

Mas, Por Lugares Incríveis não é sobre a Violet.  Ao menos não completamente, pois embora ela tenha um papel importante na narrativa essa história, sobretudo pertence a Theodore Finch. O Finch por quem me encantei na primeira página. Que através da sua personalidade peculiar nos ensina que por mais difícil todos temos uma razão para continuar. Que se dedica a outra pessoa de toda a sua alma e coração, esquecendo-se de cuidar de si mesmo. O Finch que tenta nos mostrar o lado bom na vida, mesmo que para ele esse lado nem sempre exista. É a sua história que conhecemos em Por Lugares Incríveis. E por causa dele esse livro é tão especial.

A vida tem um jeito curioso de fazer as coisas acontecerem. Ela nos aproxima de pessoas das quais normalmente costumamos manter distancia. Amizades surgem de formar que nem imaginamos e por mais que a gente evite pensar na morte, ela é uma realidade. Cedo ou tarde ela vai bater em nossa porta levando alguém que amamos consigo. Justamente em um desses momentos curiosos da vida que Violet e Finch se conhecem.  E mesmo que eles não saibam você percebe que eles são perfeitos juntos. Por mais que eles não digam e voz alta, você sabe que eles precisam de ajuda.

Jennifer Niven aborda sem medo temas atuais e complexos como a violência doméstica, bullying e a depressão. Tudo isso de uma forma muito delicada, o que deixa tudo ainda mais emocionante. Você se apaixonada por Violet e Finch antes deles se apaixonarem um pelo outro e com eles vive a mais linda e verdadeira história de amor. Por que acima de tudo, mesmo que Jennifer não tenha se proposto a escrever uma história “bonitinha” daquelas que aquecem nosso coração.Por Lugares Incríveis é uma história de amor, - amor à vida.

A história de Finch e Violet nos leva a refletir sobre pontos importantes de nossa própria vida. Sobre os nossos traumas e problemas, e principalmente que não somos os únicos com eles. Enquanto eu lia revi cada situação e escolha difícil pelo qual passei, e percebi que mesmo que algumas coisas não tenham acontecido como o esperado. Foram justamente essas andanças fora do trajeto planejado que me levaram a viver momentos incríveis.

Após terminar a leitura, fiquei um bom tempo chorando. Era impossível conter minhas lágrimas, pois naquele momento eu sentia uma mistura de indignação, impotência e dor. É difícil explicar (...). Só que por mais que ao final eu tenha ficado arrasada, destruída em cacos, meu sentimento era de gratidão pela Jennifer Niven. Por que se não fosse ela, ninguém conheceria o Finch e Violet. A história dos dois jamais seria contada, essa sem sombra de dúvidas é uma história que merece ser lida.

“O que percebo agora é que o que importa não é o que a gente leva, mas o que a gente deixa.”

Por Lugares Incríveis é um livro para se ler de coração aberto e preparado para se machucar. Por que sim, - seu coração ficará em pedaços. E por mais contraditório que isso possa parecer você nunca se sentirá tão vivo e maravilhado por ter seu coração partido. Lindo, doloroso e inesquecível.

fevereiro 19, 2015

O Terror das Terras do Sul por Caroline Carlson

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ISBN: 9788565765497
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 384
Classificação: Muito Bom
Sinopse: A Quase Honrosa Liga de Piratas - Livro 02.
Em 'O tesouro da Encantadora', Hilary viveu grandes peripécias em alto - mar até encontrar o maior tesouro do reino, desaparecido havia muito tempo, e sua dona, a Encantadora das Terras do Norte. Como recompensa, recebeu um certificado de filiação à 'Quase Honrosa Liga de Piratas' e o título de 'Terror das Terras do Sul'. Neste novo volume da série, a Encantadora voltou ao seu posto, e Hilary acompanha a redistribuição dos objetos mágicos pelo reino. Mas o presidente da QHLP não está satisfeito - Hilary precisa se envolver numa atividade verdadeiramente pirática logo, como matar um monstro marinho ou derrotar um líder pirata num duelo, senão perderá seu título - e sua filiação à Liga. Antes que consiga recuperar sua reputação, a garota fica chocada ao descobrir que a Encantadora foi sequestrada. Contrariando as ordens do presidente da Liga, Hilary se junta à gárgula e a seus amigos para investigar o caso, ainda que resgatar Encantadoras não esteja na lista de atividades próprias a um pirata.

Um de meus maiores receios sempre que começo a leitura de um livro mais infantojuvenil é sofrer do terrível mal da “meia idade literária”. Infelizmente às vezes isso é inevitável, afinal conforme vamos “envelhecendo” nossos gostos vão mudando também. Porém, a autora Caroline Carlson consegue escrever histórias que cativam tanto crianças como adultos. E foi exatamente por esse motivo que a narrativa da autora me conquistou desde e primeiro livro da série A Quase Honrosa Liga de Piratas.

Pode conter spoilers do livro anterior. Que não quer se arriscar pode pular dois parágrafos.

Depois de enfrentar e sobreviver aos perigos que só o alto-mar é capaz de proporcionar, a intrépida Hilary Westfield finalmente conseguiu realizar seu sonho. Ela não apenas recebeu a sua tão almejada certificação da Quase Honrosa Liga de Piratas, como também ganhou o titulo de O Terror das Terras do Sul. Porém, enquanto a nossa pirata navega pelos sete mares ajudando o Capitão Jasper a distribuir entre a população do reino de Augusta os objetos mágicos do Tesouro da Encantadora alguém em especial não anda muito feliz com esse seu comportamento anti-pirático.

O Capitão Dentenegro presidente da QHLP exige que a pequena Hilary honre seu titulo e faça algo que os piratas “de verdade” costumam fazer: matar um monstro marinho, derrotar um líder pirata em um duelo ou ela perderá tudo. Mas, ao mesmo tempo em que ela precisa decidir logo qual dessas tarefas cumprir algo terrível acontece no reino, - A Encantadora é sequestrada.  Dividida entre o medo de perder aquilo pelo qual lutou tanto para conquistar e os laços de amizade com a Stra. Primm, a valente Hilary parte como seus amigos através de mares traiçoeiros em busca de sua nova aventura.

Nesse segundo livro da série Caroline Carlson, não apenas manteve o nível da história, evitando com que a série caísse na famosa “maldição do segundo livro”, mas conseguiu fazer com que a continuação ficasse ainda melhor. Hilary é uma daquelas protagonistas contagiantes, e durante a leitura é perceptível à evolução tanto dela como dos demais personagens da trama. O Terror das Terras do Sul possui uma narrativa leve, divertida, rápida e envolvente, do tipo que faz com que você se imagine desbravando os sete mares e vivendo aquelas aventuras.

Acredito que o que torna a série tão especial é justamente essa ligação que você cria com a história e seus personagens. Gostei muito da forma com a autora construiu todo o enredo nesse segundo livro. Mesmo que a sua conclusão final seja que coisas estavam bem “óbvias”, a história é tão gostosa de ler que quando você se aproxima dos capítulos finais já começa a sentir aquela pontinha de saudade desses piratas tão queridos, - e claro da gárgula mais (fofa), digo mais temível dos mares de Augusta.

“- De certa forma, é como enxergar o mundo do avesso – ele disse. – A terra deveria estar no horizonte e o mar sob seus pés e não ao contrário.”

Preparem-se marujos para zarpar para um mundo encantador cheio de aventuras, mistérios e fantasia.  Recomendo!


Veja também:
O Tesouro da Encantadora.

janeiro 26, 2015

A Ascensão das Trevas por Morgan Rhodes

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ISBN: 9788565765510
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 426
Classificação: Ótimo
Sinopse: A Queda dos Reinos – Livro 03.
Depois de conquistar Mítica inteira, o rei Gaius ainda não está satisfeito: sua nova missão é encontrar a Tétrade, quatro cristais mágicos perdidos, capazes de conferir poderes indescritíveis a quem os reunir. Para isso, ele conta com os conselhos de Melenia, uma imortal que o visita em seus sonhos e que o instruiu a criar uma estrada ligando todos os reinos. Gaius acredita que está no caminho certo e que Lucia, sua filha adotiva, será a chave para localizar e despertar os cristais. Para seu deleite, os poderes de Lucia estão cada vez mais fortes, e um vigilante exilado aparece para orientar a feiticeira. Mas o Rei Sanguinário não é o único que cobiça essa magia milenar: vindos de Kraeshia, um império vizinho muito influente, o príncipe Ashur e a princesa Amara conhecem as lendas de Mítica e desconfiam que a Tétrade não seja apenas um mito. Logo eles entram na disputa e buscam seus próprios aliados nessa corrida pelo poder. Um período de trevas se abate sobre Mítica, e nesses tempos sombrios Jonas, Cleo, Magnus e Lucia precisam descobrir o quanto antes em quem podem confiar.

Após um ano de espera pelo lançamento do terceiro livro da série A Queda dos Reinos, era de se espera que assim que ele finalmente chegasse a minhas mãos eu largaria tudo o que estivesse fazendo para lê-lo no mesmo instante. E o que dizer desse livro?  O que dizer sobre a forma imprevisível e maravilhosa como que a autora Morgan Rhodes guia a sua história?  A Ascensão das Trevas prova mais uma vez o talento dessa autora, de deixar seus leitores angustiados e eufóricos com uma narrativa que surpreende a cada capítulo.

Pode conter spoiler dos livros anteriores, por isso quem não quer se arriscar pode pular três parágrafos.

Jonas tenta desesperadamente descobrir o destino dos outros rebeldes após o resultado trágico do seu motim contra o terrível rei Gaius. Durante a sua fuga ele é salvo pelo misterioso Felix, que lhe oferece ajuda em sua luta para libertar Paelsia e seu povo das mãos do rei.  Ao mesmo tempo a princesa Cleo tenta se tornar amiga da jovem e poderosa princesa Lucia. Agora que ela descobriu a verdade por trás dos perversos planos do homem que destruiu a sua vida e roubou seu reino, Cleo sabe que a chave para ter Auranos de volta é conquistar a confiança da outra princesa.

Em meio a tudo isso Magnus, o príncipe herdeiro se sente cada vez mais dividido entre o desejo de provar ao seu pai que ambos nutrem os mesmos ideais e os seus sentimentos conflitantes em relação à mulher com quem foi obrigado a se casar. Magnus não confia na sanidade dos planos do pai, embora tenha que obedecer a suas ordens sem questionamentos. Quando estrangeiros de outro reino chegam a Mítica sua atenção fica redobrada, e talvez pela primeira vez em sua vida, ele o pai possuem um objetivo em comum.

Mas enquanto Lucia junto com Ioannes, um vigilante exilado aprende a confiar em seus poderes e se torna uma feiticeira cada vez mais forte, Jonas e Cleo se aliam em uma luta contra o tempo em busca dos lendários cristais do poder. Porém, uma nova ameaça surge e nunca as trevas estiveram tão próximas de devastar tudo aquilo que eles amam. A vida de todos e a própria Mítica estão correndo perigo. A hora de Magnus tomar uma decisão definitiva se aproxima, assim como é chegado o momento de todos assumirem os seus lugares para a maior batalha de todos os tempos.

O que mais me cativa na narrativa da Morgan Rhodes, é a forma como ela consegue criar uma trama envolvente que realmente transporta você para dentro da história. No decorrer dos três livros tanto o enredo como seus personagens foram amadurecendo, ao ponto que por mais que você ame uns mais que a outros, você acaba torcendo por todos eles.  Durante a leitura de A Ascensão das Trevas em muitos momentos eu senti raiva das atitudes ”infantis” da Lucia e fiquei com o coração na mão pelos riscos aos quais Jonas se colocava. O mesmo acontecia com o Magnus, em que desde o livro anterior venho nutrindo uma relação de amor e ódio na mesma intensidade.

Acredito que já comentei isso aqui, mas tem horas que essa personalidade fria em enigmática do Magnus me irrita profundamente. Porém, eu consigo “entender” os motivos de ser assim e agir de forma “estúpida” às vezes. Em relação à Cleo eu sinto praticamente a mesma coisa. Tipo eu torço por ela, mas tem horas que fico me perguntando por que ela tem que ser tão “imprudente”, mesmo que isso só reforce o fato de ela ser corajosa e determinada. E em minha opinião é justamente esse conjunto de elementos que torna a série A Queda dos Reinos tão fantástica.  Por mais que você tente prever os próximos passos da história a autora sempre vem com uma reviravolta que deixa você surpreso e querendo saber mais.

O que será desses quatro jovens tão diferentes entre si, mas ligados profundamente por um forte acaso do destino ainda é incerto. A única coisa concreta em tudo isso é que Morgan Rhodes deixou bem claro aqui, que os mistérios de Mítica estão longe de serem desvendados e que a aventura apenas começou.

“- Debaixo da sombra que meu pai sempre faz sobre mim, você é a única luz que consigo enxergar. E, custe o que custar me recuso a deixar essa luz a se apagar”.

Uma das minhas séries favoritas e perfeita para quem gosta de enredos imprevisíveis e aventuras mágicas cheias de mistério e ação. Só acho que se você ainda não começou a ler a série A Queda dos Reinos está marcando bobeira. Se eu fosse você mergulharia nessa fantástica história imediatamente.


Veja também:

dezembro 11, 2014

Mentirosos por E. Lockhart


ISBN: 9788565765480
Editora: Seguinte
• Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 271
Classificação: Ótimo

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Sinopse: Cadence vem de uma família rica, chefiada por um patriarca que possui uma ilha particular no Cabo Cod, onde a família toda passa o verão. Cadence, seus primos Johnny e Mirren e o amigo Gat (os quatro "Mentirosos") são inseparáveis desde os oito anos. Durante o verão de seus quinze anos, porém, Cadence sofre um misterioso acidente. Ela passa os próximos dois anos em um período conturbado, com amnésia, fortes dores de cabeça e muitos analgésicos, tentando juntar as lembranças sobre o que aconteceu.





Uma das grandes qualidades na narrativa da autora E. Lockhart é o fato de ela brincar com o óbvio. Mentirosos “engana“ o leitor ao apresentar uma premissa simplista e clichê do tipo que podemos encontrar em diversos livros. Porém, estamos falando de E. Lockhart, e nada em suas histórias são clichês e muito menos simplistas.  Afinal ela já provou que é especialista em criar histórias surpreendentes, - e isso faz toda diferença.

Os Sinclair são ricos, lindos e poderosos. O estereótipo perfeito de uma família perfeita e feliz, pelo menos é isso que todos imaginam.  Apenas as pessoas que os observam mais de perto, conseguem enxergar as rachaduras na fachada de mármore polido dos Sinclair. Candece é uma Sinclair e só esse detalhe já pode dizer muito coisa ao seu respeito.

Como tradição todos os verões Candece vai para ilha particular da família no Cabo Cod. Desde que tinha oito anos ela e seus primos Johnny e Mirren, e Gat amigo de Johnny são inseparáveis.  Os quatro Mentirosos como eram chamados pela família passaram verões idílicos na ilha, mas no verão dos quinze algo mudou. Não foi apenas o frio na barriga causado pelo primeiro amor. Nem mesmo as freqüentes discussões entre os membros mais velhos do clã Sinclair. Foi um verdadeiro desastre que aconteceu no verão dos quinze. E isso mudou a vida de Candece e de todos para sempre.

Com uma narrativa rápida e envolvente logo nos primeiros capítulos me senti transportada para o mundo caótico de Candece e assim como ela me vi desesperada por respostas.  Apesar de parecer à primeira vista mais um livro bobo de “drama adolescente”, Mentirosos aborda a complexidade das relações familiares, ao mesmo tempo em que ressalta a velha máxima que “dinheiro no compra felicidade”.

E. Lockhart nos apresenta uma típica família “perfeita”. Rica e poderosa que possui todo o luxo e conforto que uma boa conta bancária pode proporcionar. Porém por de traz de todo o glamour das aparências essa mesma família está prestes a desmoronar. E no meio disso tudo estão quatro jovens, que alheios as disputas familiares só querem aproveitar mais um verão em suas vidas.  Talvez por esse motivo, por conta de toda essa trivialidade criada pela autora, Mentirosos seja um livro tão chocante.

Li o livro em apenas um dia e enquanto devorava suas páginas, não conseguia imaginar o desfecho que a autora pretendia dar para a história. Senti como se alguém tivesse me dado um tapa muito forte e em meio ao sentimento de negação e revolta as lágrimas vieram aos meus olhos.  Com personagens cativantes E. Lockhart mais uma vez criou um enredo fantástico que nos leva a refletir, qual é a diferença entre doces mentiras e dolorosas verdades. Já que ambas tem o poder de devastar tudo ao nosso redor.

“O silêncio é uma camada protetora sobre a dor".

Ainda não sei ao certo como descrever os meus sentimentos em relação a esse livro. Eu poderia dizer que Mentirosos é um livro surpreendente, impactante e até mesmo cruel. Porém, essas três palavras me parecem pequenas demais para descrever essa obra.  Recomendo!

novembro 03, 2014

Voos e Sinos e Misteriosos Destinos por Emma Trevayne

ISBN: 9788565765435
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 312
Classificação: Ótimo
Onde Comprar: Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Submarino - Compare os Preços.

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Sinopse: Nesta fábula moderna, com gosto das aventuras clássicas que encantam os jovens leitores há tantos anos, conhecemos a história de Jack Foster, um garoto de dez anos que, como qualquer um da sua idade, sonhava viver grandes aventuras. Ele morava em Londres mas estudava em um colégio interno, voltando para casa apenas nas férias, quando ficava completamente entediado. Mas, um certo dia, Jack atravessa uma porta mágica e, do outro lado, encontra uma cidade ao mesmo tempo muito parecida e muito diferente daquela que conhecia. Em Londinium, apesar de reconhecer as ruas e prédios, ele encontra um cenário steampunk, com engrenagens e fuligem por todos os lados. Por ali era raro encontrar alguém que não tivesse nenhuma parte do corpo feita de metal. E era justamente isso que a Senhora - uma mulher rígida e temperamental que governava a cidade desde sempre - buscava: um filho de carne e osso. Jack logo descobre que aquele lugar era extremamente perigoso, e que voltar para casa não seria tão fácil quanto tinha sido chegar até ali...

O que me chamou a atenção desde que soube do lançamento, de Voos e Sinos e Misteriosos Destinos foi à temática steampunk.Apesar de ter lido poucos livros do gênero, gosto muito desse tipo de trama que mistura elementos futuristas com o tempo passado. Logo nas primeiras páginas, eu já percebi que tinha em minhas mãos um livro especial.  Através de uma narrativa simples a autora Emma Trevayne, criou uma fábula repleta de aventuras e personagens encantadores.

Como todo garoto de dez anos, o pequeno Jack Foster quer viver uma aventura nova a cada dia. Por esse motivo as férias escolares são sempre entediantes. Além de não ter com quem brincar, ele acaba se sentido excluído por não poder participar dos eventos sociais que sua mãe organiza com frequência para a alta sociedade londrina. E justamente por causa desses eventos que certo dia aparece em sua casa um mágico misterioso chamado, Sr. Havelock. Jack fica muito intrigado com os truques do mágico até que um dia ao avistar Sr. Havelock andando pelas ruas de Londres, ele resolve segui-lo para fazer algumas perguntas. Mas, o que ele estava prestes a encontrar era muito mais fantástico do que qualquer truque.

Sem perceber, Jack acaba atravessando uma porta mágica para Londinium, uma cidade muito parecida com a sua Londres, mas onde o ar é coberto por uma espessa fuligem e todas as pessoas tem alguma parte do corpo feita de metal. Enquanto procurava o caminho de volta para casa naquele lugar familiar e ao mesmo tempo estranho ele encontra com Beth, uma boneca quase “humana”, que o leva até a casa do excêntrico Doutor Cataplasma. Lá ele descobre que o mágico que ele conheceu não é um bom homem, e que sua vida corre perigo se ele continuar muito tempo em Londinium.

Só que Jack não estava como muita pressa de voltar para casa.  Disposto a ficar o máximo que pudesse naquele lugar diferente e fascinante, Jack acaba se afeiçoando aos seus anfitriões e se encantado cada vez mais com Londinium e sua magia. Porém, quando a sua grande aventura é interrompida bruscamente, Jack descobre que nada é mais importante e seguro do que o nosso verdadeiro lar.

Emma Trevayne construiu um enredo com uma narrativa rápida e cheia de surpresas. A riqueza com que tanto Londinium e alguns fatos são descritos, torna a leitura a cada capítulo mais envolvente. Em algum momento fui transportada para dentro da história, e isso fez com que eu vivesse as aventuras e sentisse todas as emoções de Jack. Trevayne possui uma escrita delicada, que vai conquistando aos poucos, e quando você percebe já está apaixonado tanto pela histórica como pelos seus personagens.

Em minha opinião a autora só pecou em dois pequenos detalhes. O primeiro foi que um personagem especifico, ficou meio vago na narrativa. Sabe quando você fica com aquela coceirinha de curiosidade, mas acaba meio frustrado por que a autor não revela mais nada? É exatamente isso que acontece aqui. Tipo, não é nada que prejudique o livro como todo, porém é algo que poderia dar aquele um toque especial na trama. Já o segundo ponto é o final. Sim (...) estou tendo problemas com os finais dos livros que ando lendo ultimamente (...). Senti novamente a falta de umas páginas a mais ou um epílogo para dar aquele “grand finale” na história. Mas em fim, nem tudo é perfeito não é mesmo?

“E aqui está você, um jovem garoto que já sobreviveu ao pior que essa terra pode lançar em um corpo, mas de repente está disposto a renunciar após um erro? A voz de Dr. Cataplasma ficou feroz. Deveria ser agradecido que algumas coisas podem ser consertadas.”

Com uma boa dose de originalidade e elementos que encantam o leitor, Voos e Sinos e Misteriosos Destinos nos apresenta um história mágica, emocionante e cheia de aventuras. Recomendo!

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