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fevereiro 06, 2017

Uma História de Notáveis Caçadores de Sombras e Seres do Submundo

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.

ISBN: 9788501107671
Editora: Galera Record
Ano de Lançamento: 2016
Número de páginas:
Classificação: Ótimo
Sinopse: Contada na Linguagem das Flores
Em Uma história de notáveis Caçadores de Sombras e seres do Submundo - contada na linguagem das flores, Cassandra Jean mergulha nos personagens criados por Cassandra Clare nas séries Os Instrumentos Mortais, As Peças Infernais e Os Artifícios das Trevas, reunindo características e ficha técnica de nomes como Jace Wayland, Magnus Bane e Tessa Grey. Comparando cada um deles a uma flor, e com belas ilustrações, ela cria um guia para os amantes dessas histórias... e para os que desejam começar a conhecê-las.

A resenha de hoje vai ser uma pouquinho diferente do que vocês estão acostumados a encontrar aqui no blog. Afinal, Uma História de Notáveis Caçadores de Sombras e Seres do Submundo não é apenas mais um livro, e sim  presente maravilhoso da autora Cassandra Clare, para todos os fãs desse universo mágico que ela criou.

Confesso que fui uma daquelas leitoras que no começo torceu o nariz quando Cidade dos Ossos, o primeiro livro da série Instrumentos Mortais foi lançando. Sempre fico com o pé atrás quando uma obra se torna uma espécie de a “queridinha da nação”, mas bastaram somente alguns capítulos para eu querer ser uma Shadowhunter também. E mesmo sem ainda ter terminado de ler a série Instrumentos Mortais (shame) ou ter lido Peças Infernais posso dizer com toda certeza que depois de Harry Potter, o mundo criado por Cassandra Clare é um dos meus favoritos().


Acho incrível como a autora conseguiu transformar uma trama que a principio era só mais uma no meio de tantas que abordavam a temática, anjos e demônios em um universo tão rico e amplo. Além disso, a Cassandra é uma das poucas autoras que sabe trabalhar com vários personagens ao mesmo tempo, dando a cada um deles um papel de destaque no desenvolvimento da história. Tanto que não nego que tanto em Instrumentos Mortais como em Artifício das Trevas os meus personagens favoritos são os secundários.

Com ilustrações de Cassandra Jean, Uma História de Notáveis Caçadores de Sombras e Seres do Submundo, a autora nos apresenta cada personagem de um modo poético e belíssimo. Através da linguagem das flores vamos conhecendo e por que não dizer, desvendando as personalidades dos nossos queridos personagens. O livro é uma espécie de “guia ilustrado” do mundo fantástico dos Caçadores de Sombras.

E o mais legal aqui é que durante a leitura a maneira como cada personagem é apresentado e a flor com qual ele está relacionado, desperta ainda mais a curiosidade de quem ainda não leu todos os livros (culpada). São tantos personagens misteriosos e interessantes que não nego que estou pensando seriamente em fazer uma maratona da série.

Já o trabalho da Cassandra Jean dispensa comentários. É uma ilustração mais perfeita do que a outra e admito que fiquei várias horas só admirando essa lindeza toda. Acho que já deu para imaginar o dilema que essa vos escreve passou ao selecionar as fotos para o post ().


Uma História de Notáveis Caçadores de Sombras e Seres do Submundo é um livro que encanta os fãs das histórias de Cassandra Clare, como também é uma ótima forma de quem está conhecendo o mundo do Shadowhunters agora se familiarizar com os personagens. É simplesmente impossível não se encantar com a riqueza de detalhes e com a beleza desse livro. Como uma apaixonada pela série e por ilustrações estou perdidamente caída de amores por ele()!

fevereiro 02, 2017

Wishliterária - Fevereiro

| Arquivado em: LANÇAMENTOS.

Olá pessoas!

Como vocês estão? Já leram algum livro fantástico esse ano? Eu posso dizer que comecei 2017 com o pé direito ().  E quem está de volta recheada de novidades maravilhosas é a nossa Wishliterária.

Aqueles que assim como essa que vos escreve são super fãs da autora Julia Quinn devem estar na maior ansiedade pelo lançamento da nossa série da autora, - O Quarteto Smythe-Smith. Outros fãs que estão bem felizes são os que acompanham Outlander, já que o tão esperado quinto livro da série está chegando às livrarias (Jamie ).

Aliás, para quem é leitor compulsivo de Romances Históricos, não vai saber por onde começar a leitura.  Para nossa felicidade as editoras estão investindo no estilo e nos presenteando com um lançamento melhor que o outro. Mas tem livro para todos os gosto chegando esse mês, ou seja,  a wishlist só vai aumentar.

Confere ai!





Sinopse: Em 1925, a jovem Gwendolyn Hooper parte de navio da Escócia para se encontrar com seu marido, Laurencek no exótico Ceilão, do outro lado do mundo. Recém-casados e apaixonados, eles são a definição do casal aristocrático perfeito: a bela dama britânica e o proprietário de uma das fazendas de chás mais prósperas do império. Mas ao chegar à mansão na paradisíaca propriedade Hooper, nada é como Gwendolyn imaginava: os funcionários parecem rancorosos e calados, e os vizinhos, traiçoeiros. Seu marido, apesar de afetuoso, demonstra guardar segredos sombrios do passado e recusa-se a conversar sobre certos assuntos. Ao descobrir que está grávida, a jovem sente-se feliz pela primeira vez desde que chegou ao Ceilão. Mas, no dia de dar à luz, algo inesperado se revela. Agora, é ela quem se vê obrigada a manter em sigilo algo terrível, sob o preço de ver sua família desfeita.





Sinopse: Elementos – Livro 02.
Logan Silverstone e Alyssa Walters não têm nada em comum. Ele passa os dias contando centavos para pagar o aluguel, sofrendo com a rejeição dos pais e tentando encontrar um rumo para sua vida caótica. Ela, por outro lado, parece ter um futuro brilhante pela frente. Um dia, porém, um simples gesto dá origem a uma improvável amizade. Ao longo dos anos, o sentimento que os une se transforma em algo até então desconhecido para os dois. Alyssa e Logan não conseguem resistir à atração que sempre sentiram um pelo outro e finalmente descobrem o amor. Mas uma tragédia promete separá-los para sempre. Ou pelo menos é isso que eles pensam. Seriam as reviravoltas do destino e as feridas do coração capazes de apagar para sempre a chama que há dentro deles





Sinopse: Outlander – Livro 05: Parte I
Uma história sobre lealdade.
O ano é 1771. Na Carolina do Norte, conserva-se a duras penas um frágil equilíbrio entre a aristocracia colonial e os esforçados pioneiros. E entre esses dois lados prestes a entrar em conflito está Jamie Fraser, um homem de honra exilado de sua amada Escócia. Convocado a liderar uma milícia para conter as insurgências, ele sabe que quebrar o juramento que fez à Coroa inglesa o tornará um traidor, mas mantê-lo será a certeza de sua ruína. A guerra se aproxima, garantiu-lhe sua esposa, Claire Randall. E, mesmo não querendo acreditar nesse triste futuro, Jamie Fraser está ciente de que não pode ignorar o conhecimento que só uma viajante do tempo poderia ter. Afinal, a visão única de Claire já os colocou em risco, mas também lhes trouxe salvação. A Cruz de Fogo é uma envolvente história sobre o empenho de Jamie em proteger sua família, construir uma comunidade e manter suas terras às vésperas de um conflito histórico. Nesses esforços, ele é ajudado por sua mulher, sua filha Brianna e seu genro Roger MacKenzie, que nasceram no século XX e agora tentam se adaptar à tortuosa vida do século XVIII.


+ Lançamentos

Vou confessar que estou muito ansiosa para ler Meio Mundo, segundo livro da série Mar  Despedaçado do Joe Abercrombie. O primeiro livro é simplesmente fantástico! Outro livro que não vejo a hora de ter em mãos é A Chama Dentro de Nós da Brittainy C. Cherry.

Mas agora quero saber de vocês quais desses lançamentos já estão em sua lista de desejados? Compartilhe nos comentários ;)

Beijos e até o próximo post!

janeiro 30, 2017

Juntando os Pedaços por Jennifer Niven

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788555340246
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2016
Número de páginas: 392
Classificação:
Sinopse: Jack tem prosopagnosia, uma doença que o impede de reconhecer o rosto das pessoas. Quando ele olha para alguém, vê os olhos, o nariz, a boca… mas não consegue juntar todas as peças do quebra-cabeça para gravar na memória. Então ele usa marcas identificadoras, como o cabelo, a cor da pele, o jeito de andar e de se vestir, para tentar distinguir seus amigos e familiares. Mas ninguém sabe disso — até o dia em que ele encontra a Libby. Libby é nova na escola. Ela passou os últimos anos em casa, juntando os pedaços do seu coração depois da morte de sua mãe. A garota finalmente se sente pronta para voltar à vida normal, mas logo nos primeiros dias de aula é alvo de uma brincadeira cruel por causa de seu peso e vai parar na diretoria. Junto com Jack. Aos poucos essa dupla improvável se aproxima e, juntos, eles aprendem a enxergar um ao outro como ninguém antes tinha feito.

Por Lugares Incríveis é um dos melhores livros que li em minha vida. Por esse motivo iniciei a leitura de Juntando os Pedaços com aquela mistura de receio e ansiedade. Afinal sempre dá aquele "medinho" de nos decepcionar com um autor que escreveu uma das histórias mais emocionantes que já lemos. Porém, se eu precisasse definir esse segundo livro da autora Jennifer Niven em apenas uma palavra ela seria, - maravilhoso.

Os últimos anos não foram fáceis para Libby Sprout e ela ainda está aprendendo a lidar com as consequências de tudo que passou e ser forte o suficiente para encarar tudo o que virá. E isso significa voltar ao mundo real e ser uma pessoa comum, mas isso não vai ser tão simples como ela deseja. Pois apesar de o mundo ser cheio de pessoas boas, existem pessoas que não são tão boas assim, como Jack Masselin e seus amigos.

Depois de uma brincadeira nem um pouco engraçada que acabou com Jack ganhando um soco e os dois parando na Diretoria, Libby descobre o segredo de um dos garotos mais populares do colégio. Jack tem prosopagnosia, uma doença pouco conhecida que impede que ele reconheça os rostos das pessoas, incluindo seus próprios familiares. Com o passar dos anos Jack desenvolveu técnicas para reconhecer seus pais, irmãos e amigos através do tom de voz, altura ou outra característica marcante. Todos os dias ele precisa se esforçar para fingir que está tudo bem e que não tem nada de errado com ele. O que faz com que Jack se sinta uma fraude completa.

Mas quando Jack conhece Libby algo começa a mudar. Libby não fingi ser aquilo que não é. E mesmo sofrendo com o preconceito e os comentários maldosos, ela decide seguir em frente, e isso de alguma forma inspira Jack a enfrentar seus fantasmas também. De um encontro que acontece do jeito mais errado possível, nasce uma amizade improvável.  Em que tanto Jack como Libby vão aprender muito um com o outro se tornando mais fortes e descobrindo de uma maneira singela e não menos difícil, que a vida é muito mais do que seguir os padrões.

Juntando os Pedaços possui uma narrativa fluida e envolvente e com personagens bem construídos. Porém não nego que achei que faltou uma presença maior dos personagens secundários e que o final foi um pouco “repentino” demais. Na verdade a primeira impressão que tive ao ler a sinopse do livro foi que ela seria mais uma história comum sobre dois adolescentes com problemas que se conhecem pela “força” do destino, não se suportam em um primeiro momento e que no final acabam se apaixonando.

E não que essa que vos escreve tenha acabado de dar um grande spoiler do livro. Jennifer Niven realmente foi clichê aqui, porém ela soube como ser clichê e ao mesmo tempo passar uma mensagem importante para o seu leitor.  Por que esse livro é muito mais do que a história de Libby e Jack e de como eles aprenderam a enfrentar o mundo, mas é uma história de como todos nós devemos aprender a fazer o mesmo.

Fui uma criança e adolescente gordinha, e por esse motivo foi impossível não me ver na Libby. Os apelidos maldosos, as brincadeiras sem graças e os comentários venenosos disfarçados em preocupação. E apesar de não ter passado pela metade das coisas pelas quais a Libby passa na história, a dor dela foi a minha, as lágrimas, as decepções, as pequenas felicidades e conquistas. Tudo eu revivi com ela.  Jennifer Niven me envolveu de tal forma com sua narrativa que a história de Libby em certo ponto passou a ser a minha história também.

Por isso me desculpem se em minha humilde opinião não acho o Jack o "grande" protagonista da história. Não que o problema dele seja menor, afinal deve ser horrível você acordar todos os dias e não se reconhecer no espelho. Só estou dizendo que mesmo com as dificuldades que tem, Jack ainda é visto como uma cara legal, o que namora a rainha do colégio, o que faz parte da turma dos descolados. Ele passou grande parte de sua curta vida fugindo do problema enquanto a Libby não teve essa opção.  Sem falar que ele se comporta como uma babaca boa parte do livro também.

Se em Por Lugares Incríveis, Jennifer Niven partiu meu coração aqui ela fez o contrário. Durante a leitura fui sentindo como se a autora estivesse literalmente juntando os pedaços do coração daquela menina que muitas vezes chorou por que falaram coisas ruins para ela. Por que nos esquecemos com muita facilidade do quanto às palavras podem machucar. Juntando os Pedaços é um livro para todos aqueles que sofrem ou sofreram bullying em algum momento de sua vida. Ou mesmo para quem está passando por problemas e se sente sozinho.

Jennifer Niven passa uma mensagem linda de superação e recomeços para todos nós aqui. Por que infelizmente na vida sempre haverá pessoas que vão querer nos colocar para baixo. Seja por que não seguimos um padrão de beleza, ou por que simplesmente não pensamos iguais. E que por mais que certas coisas às vezes nos machuquem, o importante é juntar os nossos pedaços e seguir em frente sempre.

“- A gente não pode lutar as batalhas das outras pessoas, por mais que dê vontade. Mas a gente pode correr atrás dos babacas que mexeram com elas.”

Se você está em busca de um livro para aquecer seu coração e deixar aquele sorriso bobo em seu rosto, leia Juntando os Pedaços. Jennifer Niven provou que é uma autora incrível e que veio para ficar. Lindo, delicado e emocionante, esse será um livro que vai fazer você se encantar por sua história e torcer a cada capitulo pelo final feliz de seus personagens. Por que de algum modo você sentirá que esse final feliz é seu também ().

janeiro 26, 2017

#naplaylist – Covers

| Arquivado em: MÚSICAS.

Olá pessoas =)

Essa que vos escreve estava bem em dúvida de qual seria o tema da primeira #naplaylist do ano.  Pensei em trazer um tracktlist todo emocional com as músicas que mais ouvi no ano passado. Mas quase no final de Janeiro ainda postando coisas sobre 2016, não me pareceu assim tão interessante. Foi ai que lembrei de uma playlist que criei e que estava quietinha e “escondida” lá no Spotify, pelo menos até agora.

imagem: Shutterstock
Quem nunca pegou o cabo da vassoura e fingiu ser um popstar que tire a primeira pedra. Eu mesmo quando faço faxina 90% do tempo fico fazendo dublagens. Na verdade eu só começo a faxina depois que a playlist que escolhi acaba. Além disso, gosto de “criar” novas versões para minhas músicas favoritas. Até por que como acho que já deu para perceber sou uma pessoa completamente musical.

Por isso desde que conheci a maravilhosa Megan Davies, passei a ouvir mais covers. E gente, encontrei versões tão maravilhosas de algumas músicas que sério, têm dias que essa playlist fica no repeat.  Então se preparem para conhecer aquela música que vocês já cansaram de ouvir em uma nova versão. Meio acústica, mais light e ainda mais gostosa de escutar.

Aperta o play ai!

#naplaylist
Confesso só fui gostar da Hair (Little Mix) e da We Can't Stop (Miley Cyrus) nessa versão mais lenta do cover. A Fast Car do Tracy Chapman sucesso no final dos anos 80 também ficou maravilhosa na interpretação do Boyce Avenue com a Kina Grannis. Aliás, estou apaixonada pelo Boyce Avenue (). Não consigo mais parar de ouvir *-*

Espero que vocês tenham gostado dessa #naplaylist mais calminha e quem conhecer outros covers legais, por favor, indique aqui nos comentários =D

Beijos e até o próximo post ;***

janeiro 23, 2017

Sete Minutos depois da Meia-noite por Patrick Ness

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788581638249
Editora: Novo Conceito
Ano de Lançamento: 2016
Número de páginas: 160
Classificação: Bom
Sinopse: Conor é um garoto de 13 anos e está com muitos problemas na vida. A mãe dele está muito doente, passando por tratamentos rigorosos. Os colegas da escola agem como se ele fosse invisível, exceto por Harry e seus amigos que o provocam diariamente. A avó de Conor, que não é como as outras avós, está chegando para uma longa estadia. E, além do pesadelo terrível que o faz acordar em desespero todas as noites, às 00h07 ele recebe a visita de um monstro que conta histórias sem sentido. O monstro vive na Terra há muito tempo, é grandioso e selvagem, mas Conor não teme a aparência dele. Na verdade, ele teme o que o monstro quer, uma coisa muito frágil e perigosa. O monstro quer a verdade. Baseado na ideia de Siobhan Dowd, Sete minutos depois da meia-noite é um livro em que fantasia e realidade se misturam. Ele nos fala dos sentimentos de perda, medo e solidão e também da coragem e da compaixão necessárias para ultrapassá-los.

Esse foi o último livro que li em 2016 e confesso que em um primeiro momento Sete Minutos depois da Meia-noite do autor Patrick Ness, não tinha chamado muito a minha atenção. Porém depois de ler algumas resenhas bem positivas resolvi dar uma chance para a história.  Essa é uma daquelas típicas leituras rápidas que você começa e termina em um dia, só que talvez infelizmente por esse motivo ela acaba deixando mais perguntas do que entregando respostas.

Aos 13 anos o pequeno Conor O’Malley está passando pela pior fase de sua vida. Sua mãe está muito doente e aparentemente nenhum tratamento vem surtindo o efeito desejado. Seu pai mora com outra família nos Estados Unidos e a sua avó materna não é o que se chamaria de avó amorosa. Se tudo isso já não fosse uma carga pesada demais para um garoto tão jovem carregar, Conor ainda tem que lidar com o bullying na escola e com um terrível pesadelo que o desperta todas as noites às 00h07.

Em uma dessas noites Conor recebe a visita de um monstro, que vive na Terra há séculos e que gosta de contar histórias sem finais felizes. O monstro que para muitos tem uma aparência assustadora, por algum motivo não assusta Conor. O que deixa Conor apavorado é o que o monstro deseja dele, - a verdade. É que às vezes a verdade pode mais assustadora do que qualquer monstro no quintal.

Sete Minutos depois da Meia-noite é um livro denso apesar das poucas páginas que possui. Nele o autor aborda temas como a morte, o abandono e o bullying. Mas sabe quando você fica com a sensação que uma história não foi explorada em todo o seu potencial?  É exatamente assim que me senti aqui.

A trama é muito mais complexa do que a sinopse nos leva a crer, mas por ser relativamente curta acaba passando a impressão que o autor “atropelou” fatos importantes e não conseguiu desenvolver o que tinha em mente completo. Porém o que mais me incomodou fora o final, que embora previsível  é repentino demais, foi o fato de não conseguir conhecer os personagens mais profundamente.

Patrick Ness nos apresenta eles superficialmente o que fez com que eu não sentisse tanta empatia pelo Conor. Outro ponto é que o autor deixou várias pontas soltas, muitas perguntas sem respostas. Faltou um epílogo, ou talvez até mesmo algumas páginas "extras" para que a história tivesse um fechamento “mais conclusivo”, por assim dizer.

O monstro desempenha um papel importante na trama, pois através da sua sabedoria ele mostra a Conor que por mais dolorosa que a verdade seja ela também nos liberta. Ele é um personagem intrigante e misterioso, mas assim como os demais é apresentado só na superfície.

Não que eu tenha desgostado por completo da história. Achei muito bonita a forma como Patrick Ness trabalhou o medo do personagem e os sentimentos dele em relação à doença da mãe. O autor em momento nenhum quis “florear” o desamparo, a solidão e a angustia que Conor sente, o que de certo modo contribuiu para que essa que vos escreve tivesse a sensação que a narrativa pendia mais para o drama do que para a fantasia em si.

“– Mas o que é um sonho, Conor O’Malley? – perguntou o monstro, abaixando-se para que o seu rosto ficasse próximo ao do menino. – Quem pode dizer que a vida real, é que não é um sonho?

Sete Minutos depois da Meia-noite possui uma história triste e bonita ao mesmo tempo. E que apesar de ter algumas falhas em seu desenvolvimento ainda sim, consegue comover e emocionar.

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