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agosto 18, 2014

A Lista Negra por Jennifer Brown

ISBN: 9788565383110
Editora: Gutenberg
Ano de Lançamento: 2012
Número de páginas: 272
Classificação: Ótimo
Onde Comprar: Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Submarino - Compare os Preços.






Sinopse: E se você desejasse a morte de uma pessoa e isso acontecesse? E se o assassino fosse alguém que você ama? O namorado de Valerie Leftman, Nick Levil, abriu fogo contra vários alunos na cantina da escola em que estudavam. Atingida ao tentar detê-lo, Valerie também acaba salvando a vida de uma colega que a maltratava, mas é responsabilizada pela tragédia por causa da lista que ajudou a criar. A lista com o nome dos estudantes que praticavam bullying contra os dois. A lista que ele usou para escolher seus alvos. Agora, ainda se recuperando do ferimento e do trauma, Val é forçada a enfrentar uma dura realidade ao voltar para a escola para terminar o Ensino Médio. Assombrada pela lembrança do namorado, que ainda ama, passando por problemas de relacionamento com a família, com os ex-amigos e a garota a quem salvou, Val deve enfrentar seus fantasmas e encontrar seu papel nessa história em que todos são, ao mesmo tempo, responsáveis e vítimas. A lista negra, de Jennifer Brown, é um romance instigante, que toca o leitor; leitura obrigatória, profunda e comovente. Um livro sobre bullying praticado dentro das escolas que provoca reflexões sobre as atitudes, responsabilidades e, principalmente, sobre o comportamento humano. Enfim, uma bela história sobre autoconhecimento e o perdão.

Alguns livros são mais difíceis de resenhar do que outros, em especial quando possuem uma história tão densa e perturbadora como A Lista Negra. Embora eu já meio que soubesse do que se tratava à narrativa, confesso que não estava totalmente preparada para as emoções que tomariam conta de mim no decorrer da leitura. Na verdade enquanto me preparo para “tentar” escrever essa resenha estou revivendo todas elas novamente.

Valerie Leftman sempre sofreu com o bullying no colégio em que estudava, e por um bom tempo ela suportou todas as piadas e brincadeiras sem graça calada.  Era um fardo pesado demais para alguém carregar sozinha, então era resolveu escrever em um caderno tudo e o nome de todos e a incomodavam como uma forma de desabafar o que sentia. Mas, um dia Valerie conheceu um menino que ia mudar a sua vida de uma maneira que ela jamais poderia imaginar. Quando o seu caminho cruzou com o jovem problemático Nick Levil, ela sentiu que finalmente ela tinha encontrado alguém que a entendia de verdade.

Ao começarem a namorar Valerie e Nick passam a dividir não apenas os bons momentos, mas seus problemas, como também o caderno de Valerie que era chamado pelos dois de a Lista Negra.  Porém, no dia 2 de maio de 2008, o caderno deixa de ser apenas uma brincadeira isolada de um casal de namorados que se sentem deslocados no colégio.  Nick entra armado no colégio com um único objetivo, - eliminar todos que estão com o nome na Lista Negra.

Mesmo sem entender direito o que estava acontecendo, Valerie sentiu que tinha que fazer com que Nick parasse com aquilo. Agindo por instinto ela salva a vida de Jessica Campbell, uma das garotas que ela mais odiava ao mesmo tempo em que leva um tiro. Nick acaba tirando a própria a vida e deixando Valerie sozinha, tendo de lidar com toda a desconfiança dos que assim como ela sobreviveram a tragédia. Alguns acreditavam que ela também era culpada pelo atentado, afinal a Lista Negra foi a principio criação dela. Sua família, seus antigos amigos, todos a olham com se ela fosse de alguma forma responsável pelos disparos, apesar de ter sido mais uma das vitimas daquele dia fatídico. Mas, até que ponto Valerie é inocente ou culpada pelo o que aconteceu?

Esta é a pergunta que me faço até agora toda vez que penso no livro. O bullying infelizmente é uma realidade seja na escola, no trabalho, nas redes sociais e muitas vezes aquilo que vemos como um apelido “inocente”, ou brincadeira “boba” acaba fazendo a outra pessoa sofrer muito. A verdade é que nem sempre conseguimos medir a “maldade” por trás de algumas palavras e atitudes que tomamos todos os dias. Sempre acho complicado demais você julgar uma pessoa, e de verdade não me sinto no direito de fazer isso, e por isso em muitos momentos enquanto lia o livro, me vi perdida sem saber como “olhar” para Valerie.

Apesar de ser uma obra de ficção, já assistimos inúmeras histórias parecidas nos telejornais, e a maneira com a autora Jennifer Brown construiu a narrativa deixou tudo muito próximo e real. Os personagens são tão “comuns” que em muitos momentos me peguei imaginando como eu lidaria com esse tipo de tragédia. Imaginei-me com cada personagem da história e em todos os casos eu ficava, triste, revoltada, desolada (...), bem não sei expressar direito como me senti e me sinto de fato em relação a esse livro (...).

“As pessoas fazem isso o tempo todo, - acham que ‘sabem’ o que está se passando na cabeça de alguém. Isso é impossível. É um erro achar isso. Um erro muito grande. Um erro que, se você não tiver cuidado, pode arruinar a sua vida”.

A Lista Negra possui um daqueles enredos dolorosos, em que tanto a história e seus personagens nos acompanham um bom tempo ainda após a leitura. Um livro que nos leva a refletir nossas atitudes e principalmente, o quanto estamos dispostos a perdoar os outros e a nós mesmos.

agosto 14, 2014

Enquanto a Chuva Caía por Christine M

ISBN: 9788581634470
Editora: Novas Páginas
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 288
Classificação: Muito Bom

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cortesia para resenha.
Onde Comprar: Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Submarino - Compare os Preços.



Sinopse: Erik não procura mais a garota dos seus sonhos. Vive em busca de adrenalina e de uma razão para continuar cumprindo tarefas obscuras. Ele sabe que é muito bom no que faz e não vê nada que possa ser melhor do que os seus dias repletos de perigo. O que Erik não esperava é que sua paixão por correr riscos seria a sua ruína. Ameaçado, ele precisa fugir para o exterior e viver disfarçado de cidadão comum, trabalhando como advogado em uma grande empresa. Marina comanda o império da família depois de seu pai ter sucumbido ao mal de Alzheimer. Precisa suportar ver os pais tombarem diante da ação implacável do tempo, enquanto ainda carrega a ferida provocada pela morte do jovem marido. Com o comando das empresas nas mãos, ela percebe que nem todas as atividades da corporação obedecem aos manuais de boa conduta. Quando ambos se encontram, presente e passado se misturam, dando início a um mistério arrebatador que os atrai a uma paixão incontrolável. No entanto, os segredos, cedo ou tarde, virão à tona e os colocarão em lados opostos da balança. Nenhum dos dois é inocente, mas será que eles aceitarão as verdades que tanto se empenham em esconder? É possível construir um futuro mesmo depois de descobrir que nesta história não há mocinha nem herói?

Confesso que embora tenha lido muitas resenhas positivas, eu não estava lá com muitas expectativas em relação à leitura de Enquanto a Chuva Caía. Mas, logo após ler a sua sinopse senti que precisa “ouvir” a história que o livro tinha para me contar. O resultado foi que simplesmente devorei o livro em apenas um dia. Pois, para minha imensa surpresa me deparei com uma narrativa rápida e cheia de reviravoltas que foi me conquistando há cada capítulo.

Quem olha para jovem Marina Muller de longe vê apenas o ideal de uma jovem mulher bem sucedida. Dona de um império e única herdeira de um vasto patrimônio ela tem o mundo aos seus pés, ou pelo menos tudo o que o dinheiro pode comprar e manter. Só quem a olha mais de perto, percebe que por de trás de toda sua “pose” a uma tristeza muito profunda em seus olhos. Marina ainda sofre pelas perdas de seu passado, e se joga no trabalho buscando assim uma forma de fugir de seus fantasmas.

O charmoso Erik Gouveia a primeira vista é um simples advogado, mas na verdade ele possui uma profissão obscura e que busca fazer justiça por meios não muito convencionais. Após alguns passos mal calculados, Erik é forçado a tirar umas longas “férias” em Nova York. Porém, para não levantar nenhuma suspeita ele deve levar uma vida “normal”. Normal até demais para alguém acostumando a correr riscos como ele. Ele já estava prestes a jogar tudo para o alto e voltar para o Brasil independente do que o fosse acontecer, até que em uma noite chuvosa ele conhece a bela Marina Muller.

A sintonia entre os dois é imediata e em pouco tempo eles passam a viver uma espécie de amizade colorida. Nenhum dos dois está em busca de um relacionamento sério, já que ambos possuem coisas demais para esconder.  Mas, com a convivência o sentimento vai se tornando mais intenso fazendo com que seus segredos mais ocultos venham à tona, ameaçando colocar tudo a perder. Erik e Marina precisarão mais do que nunca confiar muito um no outro, mesmo que isso pareça impossível. Só assim eles vão conseguir superar os inúmeros obstáculos, e quem sabe construir um futuro juntos.

Gostei do ritmo que a autora Christine M. deu a narrativa. É tudo muito leve e apesar de não seu muito fã de romances policiais, fiquei com a minha curiosidade aguçada para desvendar o mistério da história. A autora soube entrelaçar os fatos sem que a nada ficasse óbvio demais. Os protagonistas são carismáticos, e mesmo a Marina tendo algumas atitudes “dramáticas” demais em meu ponto de vista, ela ganhou a minha simpatia no decorrer da história. Só que, mesmo tendo sido um livro que superou todas as minhas expectativas, infelizmente Enquanto a Chuva Caía me incomodou em pequenos detalhes.  Eu sei que sou chata (...).

Normalmente não tenho problema com narrativas em primeira pessoa, só que aqui as “divagações” dos personagens sobre si mesmos me pareceu um pouco desnecessária. Tipo, eu gosto de “criar” uma imagem própria do personagem e “imaginar” o que se passa na cabeça dele naquele momento. Porém aqui a maneira como a autora trabalhou a narrativa fez com que, eu meio que me senti-se “presa” na visão dela dos personagens.  Pode ser chatice da minha parte, mas me incomoda bastante quando um personagem fica falando muito dele mesmo ou justificando suas atitudes o tempo todo.

Outro ponto, foi que eu achei o final corrido e não muito bem explorado. Eu até entendo que talvez a intenção da Christine M. era focar mesmo no romance, que de verdade é um dos mais bonitinhos que li nos últimos tempos. Só que, faltou alguma coisa (...). Faltou aquele baque da grande revelação, o choque de toda verdade vindo à tona, a emoção e a revolta da descoberta. Enfim, faltou ação. Não que isso comprometa de alguma forma a história em si, mas é algo que sem sombra de dúvidas deixaria ela ainda melhor.

“Tudo bem as coisas serem confusas. Você me ensinou que não preciso de respostas desde que entre todas as dúvidas haja eu e você.”

Perfeito para quem gosta de uma boa trama policial ou de um romance não tão água com açúcar, Enquanto a Chuva Caía é um livro que mescla com maestria romance, drama, mistério com toques leves de comédia que o tornam uma leitura deliciosa. Recomendo!

agosto 11, 2014

Filme - Guardiões da Galáxia


Bom dia leitores! Tudo bem com vocês? 

Semana passada eu fui conferir o novo filme na Marvel, o tão comentado Guardiões da Galáxia. E vocês querem saber o que achei? Simplesmente adorei o que eu vi!

Abduzido quando criança Peter Quill (Chris Pratt) acabou sendo criado por um grupo de mercenários, profissão que ele resolve seguir ao atingir a vida adulta.  Porém, quis o acaso do destino que durante um de seus trabalhos ele rouba-se justamente um misterioso objeto desejado pelo cruel Ronan, O Acusador (Lee Pace) e pelo maléfico Thanos (Josh Brolin). Sem ter a mínima noção do perigo que corria, Quill começa uma corrida maluca para salvar a sua vida. Afinal parece que de repente toda a galáxia resolveu ir atrás dele.



Primeiro ele precisa escapar de uma das filhas de Thanos, Gamora (Zoe Saldana), que está atrás dele para recuperar o resultado do seu último furto. No meio do caminho ele se depara com a dupla Groot (voz de Vin Diesel) e Rocket (voz de Bradley Cooper), que pretendem captura-lo e ganhar a recompensa que os mercenários ofereceram por sua cabeça. Em meio a toda essa confusão Quill acaba preso e no presídio ele começa uma amizade improvável com os seus perseguidores e com Drax, O Destruidor (Dave Bautista), formando assim o grupo que ficará conhecido como Guardiões da Galáxia.



Para começar, tenho que confessar que apesar de ser fã da Marvel, não consigo acompanhar todos os heróis e os muitos universos criados pelo estúdio. Além disso, acreditem, - eu não assisti a nenhum trailer do filme. Sim, fui ao cinema sem saber ao certo o que esperar do filme, e acredito que foi justamente por esse motivo eu tenha gostado tanto.

Eu poderia mencionar vários pontos positivos do filme, porém vou me conter e citar apenas os que me chamaram mais atenção. Primeiro sem sombra de dúvidas é a trilha sonora. Vocês sabem que esse é um ponto que sempre me chama a atenção nos filmes. Mas para quem é fã das músicas da década 80 assim como eu, vai ficar encantado com a seleção musical do filme. É pura nostalgia *-*. Outro ponto foi à maquiagem. Gente que maquiagem é essa? O Lee Pace está irreconhecível como Ronan, O Acusador. Para quem não sabe ele é o mesmo ator que diva como Thranduil () em O Hobbit.  Tipo até agora eu não acredito que é ele. Estou passada até agora com isso, - é sério!



Gostei de todos os personagens, mas em especial me encantei com o Groot e com o Rocket.  Eles tornaram o filme ainda mais hilário, e por que não dizer emocionante. Sim, por mais incrível que parece, Guardiões da Galáxia tem algumas cenas que foram capazes de fazer cair ciscos em meus olhos (disfarça). Este é um daqueles típicos filmes que chega sem pretensão, com os primeiros minutos até um tanto “parados” e se destaca por sua originalidade.

Ficha Técnica:

Guardiões da Galáxia
Título Original: Guardians of the Galaxy
Diretor: James Gunn (II)
Duração: 2h 1min
Gênero: Ficção Científica, Ação.



Sinopse: Peter Quill (Chris Pratt) foi abduzido da Terra quando ainda era criança. Adulto, fez carreira como saqueador e ganhou o nome de Senhor das Estrelas. Quando rouba uma esfera, na qual o poderoso vilão Ronan, da raça kree, está interessado, passa a ser procurado por vários caçadores de recompensas. Para escapar do perigo, Quill une forças com quatro personagens fora do sistema: Groot, uma árvore humanóide (Vin Diesel), a sombria e perigosa Gamora (Zoe Saldana), o guaxinim rápido no gatilho Rocket Racoon (Bradley Cooper) e o vingativo Drax, o Destruidor (Dave Bautista). Mas o Senhor das Estrelas descobre que a esfera roubada possui um poder capaz de mudar os rumos do universo, e logo o grupo deverá proteger o objeto para salvar o futuro da galáxia.

Trailer:



Com personagens carismáticos inseridos em um roteiro com boas cenas ação e com ótimas tiradas, Guardiões da Galáxia consegue ser um filme divertido e emocionante ao mesmo tempo. Realmente um filme incrível, que deixou em mim aquele gostinho de quero mais. Se você ainda não assistiu, corra por que vale muito a pena.

Recomendo!

Beijos e até o próximo post.

agosto 07, 2014

Fique onde Está e Então Corra por John Boyne

ISBN: 9788565765404
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 224
Classificação: Ótimo
Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.
Onde Comprar: Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Submarino - Compare os Preços.


Sinopse: Em meio às tragédias da Primeira Guerra Mundial, o amor é a única arma de um garoto para curar seu pai. Alfie Summerfield nunca se esqueceu de seu aniversário de cinco anos. Quase nenhum amigo dele pôde ir à festa, e os adultos pareciam preocupados — enquanto alguns tentavam se convencer de que tudo estaria resolvido antes do Natal, sua avó não parava de repetir que eles estavam todos perdidos. Alfie ainda não entendia direito o que estava acontecendo, mas a Primeira Guerra Mundial tinha acabado de começar. Seu pai logo se alistou para o combate, e depois de quatro longos anos Alfie já não recebia mais notícias de seu paradeiro. Até que um dia o garoto descobre uma pista indicando que talvez o pai estivesse mais perto do que ele imaginava. Determinado, Alfie mobilizará todas suas forças para trazê-lo de volta para casa.

Sempre acho admirável a capacidade de um autor transformar um tema pesado e triste, em algo mais leve e tocante. E se tem um autor que consegue fazer isso é o John Boyne.  Com uma escrita simples e repleta de pequenos detalhes que engrandecem a narrativa, Fique Onde Está e Então Corra, é um daqueles livros que nos deixa com coração apertado ao mesmo tempo em que nos mostra de que apesar do seu modo “torto”, a vida sempre se encarrega de fazer com que as coisas acabem de certa forma, - bem.

O dia 28 de julho de 1914, era um dia muito especial para o pequeno Alfie Summerfield. Afinal, não é todo dia que um garotinho completa cinco anos. Porém, enquanto sua pequena festa estava sendo preparada, quis o destino que essa data ficasse para sempre marcada na história como o inicio da Primeira Grande Guerra. Logo todos os homens de Londres e do restante do país começaram a se alistar, incluindo o pai de Alfie, Georgie. Todos acreditavam que a guerra acabaria antes do natal daquele ano, só que o natal chegou e passou e ela não acabou.

Sem a renda do marido a mãe de Alfie, Margie precisou sair de casa e trabalhar como enfermeira, mas o salário que ela recebia no hospital não era o suficiente para afastar o fantasma da miséria de suas vidas. Margie então começou a lavar e costurar para algumas mulheres ricas de Londres durante suas folgas. Porém, nem assim ela não conseguia fugir da ameaça que estava cada vez mais próxima de sua porta. Ao perceber que a sua mãe estava desesperada com a possibilidade de ambos passarem fome, Alfie começa a trabalhar escondido como engraxate na estação de King’s Cross. Essa foi sua maneira silenciosa de ajudar a mãe, enquanto a guerra não acabava.

A essa altura Alfie já tinha nove anos e após dois anos de guerra seu pai tinha parado de dar noticias. Margie dizia a ele que Georgie estava em uma missão secreta, mas algo dizia a Alfie que sua mãe estava mentindo. Um dia enquanto engraxava mais um par de sapatos, ele finalmente descobre uma pista que pode revelar o que aconteceu de fato com o seu pai. Alfie está decidido a descobrir a verdade e faz disso a sua própria missão secreta. Quando ele finalmente encontra suas repostas, ele descobre que as feridas mais profundas deixadas pela guerra não são aquelas que se tornam cicatrizes com o tempo. Mas, sim aquelas que ficam para sempre ocultas em nossas almas.

Confesso que “protelei” ao máximo a leitura desse livro. Sabe quando você tem medo do que o vai acontece no próximo capítulo? Foi exatamente assim que me senti. Tipo, Alfie não sabia o que tinha acontecido com o seu pai, estava vendo a mãe trabalhar que nem uma condenada sem conseguir sustentar a casa e ainda estava tendo a sua infância roubada por causa de uma guerra estúpida. Eu já estava tão “destruída” por conta de toda essa situação que sério, - eu estava morrendo de medo do mais que podia acontecer.

Fazia muito tempo que eu não sofria e não torcia tanto por um personagem, e toda determinação do Alfie só fazia crescer dentro de mim o sentimento de que “eu” precisava fazer com que todo aquele pesadelo acabasse. É incrível como algo tão terrível e cruel como uma narrativa de guerra, pode ficar tão delicada quando vista da perspectiva dos olhos de uma criança. É tão triste e ao mesmo tempo tão bonito, que chegou a partir meu “coração gelado” em mil pedacinhos. De verdade, não sei se fico feliz ou muito brava com o John Boyne, por me fazer chorar tanto como chorei (...).

“Ele tinha feito pela melhor razão do mundo. Por amor”.

Com uma narrativa envolvente do começo ao fim, Fique Onde Está e Então Corra é um livro que emociona ao mesmo tempo em que nos faz refletir a importância do amor e da família em nossas vidas. John Boyne mostrou mais uma vez, que para encontrarmos a beleza da vida precisamos olhar para ela com a mesma sutileza e a inocência dos olhos de uma criança. Mas, já aviso que é melhor deixar os lencinhos preparados.

agosto 04, 2014

Presente


 "Talvez a razão de grande parte de nossas frustrações e decepções aconteça pelo simples fato de sempre, acreditarmos que a Vida do outro é mais fácil e ‘perfeita ‘do que a nossa.
Desperdiçando assim, o nosso tempo com suposições e ‘achismos’.

Quem sabe se deixarmos de nos preocupar tanto, com o que não temos e valorizarmos tudo o que somos e conquistamos.

Veríamos que...

A Vida não é e não está fácil para ninguém,
Que todos os dias nós recebemos um novo começo,
Uma folha em branco,
Um novo desafio,
Uma nova conquista,
Um Presente.

Só precisamos escolher se vamos aceitá-lo com indiferença e amargura,
ou...Se vamos acolhê-lo com serenidade e doçura."
imagem: Tumblr

texto escrito por: Ariane Gisele Reis.  ©  Todos os Direitos Reservados.

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