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fevereiro 15, 2014

Mago: Mestre por Raymond E. Feist

ISBN: 9788567296036
Editora: Saída de Emergência
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 432
Classificação: Ótimo
Onde Comprar: Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Submarino - Compare os Preços.
Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.







Sinopse: Saga do Mago - Livro 02.
A saga épica de Midkemia continua… Passaram-se três anos desde o terrível cerco a Crydee. Mago Mestre é recheado de aventura, emoção e ameaças tão antigas quanto o próprio tempo. Com o segundo volume de A Saga do Mago, Raymond E. Feist volta a provar que é um dos maiores nomes da literatura fantástica na atualidade.



Sempre tenho dificuldade em escrever uma resenha quando ainda estou muito empolgada com o livro. Normalmente espero a minha agitação passar um pouco, para que os meus sentimentos pessoais não sejam tão perceptíveis. Porém, não posso esperar nenhum segundo para compartilhar com vocês o quanto eu adorei essa obra prima literária. Sério leitores, -  é muito amor no coração desta blogueira por uma série só.

Ok! Admito que até o quarto capítulo pairou sobre minha cabeça a ameaça da tão conhecida e temida “maldição do segundo livro”. Mas, só foi o susto afinal esse segundo livro conseguiu ser ainda mais fantástico do que o anterior. Como isso foi possível? Não sei, só posso garantir a vocês que a narrativa do autor Raymond E. Feist me conquistou de vez.

Quem não quer correr o risco de ler spolier pulando agora para terceiro parágrafo.

Após três anos desde que a terrível guerra entre o Reino de Midkemia e os exércitos do Império dos tsuranis começou, muita coisa mudou na vida de Pug, Tomas e do príncipe Arutha. Pug o jovem aprendiz do mago Kulgan, agora é escravo do exército inimigo, seu melhor amigo Tomas defende o reino do Elvandar ao lado de elfos e anões, já o príncipe Arutha lida com as responsabilidades de governar Crydee no lugar de seu pai.  Mas, a guerra e suas consequências não são os únicos problemas que os três jovens terão que enfrentar.

Enquanto nenhum oponente sai vitorioso da guerra que não parece ter fim, Tomas luta para manter sua própria humanidade, pois ele nunca esteve tão próximo de se tornar tudo o que seu adorado povo élfico teme.  Em Kelewan, Pug sofre o mais perigoso e grandioso revés da vida, ao mesmo tempo em que Arutha enfrenta os planos traiçoeiros de alguns nobres de Midkemia. O futuro é incerto, porém um quarto personagem será fundamental no desenrolar do destino não apenas desses três jovens heróis, como também se mostrará peça chave no desfecho da guerra. Porém cuidado, pois nem tudo é o que parece.

Nesse segundo livro da Saga do Mago, fica evidente que para se criar uma boa história, o autor precisa antes de tudo construir personagens fortes e marcantes. Comparando ambos os livros da série, é visível o quanto os personagens amadureceram entre um livro e outro. Cada um enfrentando suas lutas e dramas particulares e vencendo obstáculos aparentemente intransponíveis, muitas vezes ficando face a face com a morte.  E mesmo seus feitos sendo grandiosos, todos possuem uma simplicidade, algo tão humano que os tornam cativantes e reais.

Confesso que fiquei um pouco com “raivinha” do Tomas, da mesma forma que fiquei realmente impressionada com o Pug e a Carline. Foram tantas perdas e tantos desencontros, mas os dois conseguiram manter a essência.  E o que falar do Arutha gente? Ele já tinha me encantado no primeiro livro, mas agora estou completamente apaixonada (). Tão corajoso, determinado, sem falar no humor negro e no sacarmos que fazem dele um personagem único.  Simplesmente meu príncipe encantado (). Na verdade os personagens são tão bem construídos que é impossível você não gostar até dos vilões, pois todos tem esse lado humano que eu mencionei no parágrafo acima.

Outro detalhe é que por mais que os fatos narrados aparentemente não tenham muita ligação entre si, no desfecho final da história cada peça se mostra importante e esses mesmos fatos se unem. Raymond E. Feist conseguiu dar repostas sem fechar o enredo, ao contrário ele deixou muitos outros mistérios para serem desvendados. É como se ele tivesse finalizado uma era na história e preparando o leitor para o começo de outra. São poucos autores que conseguem fazer isso e Raymond E. Feist conseguiu com maestria. Ok! Estou sendo muito fangirl assumo.

O Mago – Mestre é tão cheio de aventuras, reviravoltas, revelações (tudo bem que de uma eu já desconfiava) e surpresas que foi impossível largar o livro. Não apenas o reino de Midkemia é desbravado durante a leitura, como também a história e os costumes do povo tsurani são revelados, mostrando que de certa forma, eles não são tão maus quanto pareciam. Os relacionamentos também foram mais aprofundados e há tantos acontecimentos marcantes que admito que chorei em algumas partes.  Pois é, leitores eu até tento ser “coração gelado” e não me apegar aos personagens, mas não consigo. Vida (...).  Senti raiva, medo, tristeza, alegria, surpresa e tudo isso junto em diversos momentos enquanto lia o livro. Estão entendo do por que muito amor por um livro só?

“Trata-se de uma visão de algo tão nítido, tão genuíno que só pode ser loucura. Você vê o valor da vida e conhece o significado da morte.”

Sem mais palavras! Simplesmente P-E-R-F-E-I-TO! Querida Editora Saída de Emergência, não demore muito para lançar “Espinho de Prata”, eu realmente necessito muito dele ().




fevereiro 08, 2014

A Primavera Rebelde por Morgan Rhodes

ISBN: 9788565765275
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2013
Número de páginas: 424
Classificação: Ótimo
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Sinopse: A Queda dos Reinos - Livro 02.
Depois que o rei Gaius de Limeros conquistou as terras de Auranos e subjugou o povo sofrido de Paelsia, passou a dominar toda a Mítica com seu punho de ferro. A rica população de Auranos parece não se importar com o novo governante, desde que seus privilégios sejam mantidos; os paelsianos, como sempre, aceitam seu destino de exploração. Mas a tranquilidade é só aparente - grupos rebeldes começam a surgir nos reinos dominados, questionando as mentiras e os métodos sangrentos do novo rei. Enquanto isso, Gaius obedece à sua mais nova conselheira e dá início à construção de uma estrada passando pelas temidas Montanhas Proibidas. Mas essa via não servirá apenas para interligar os três reinos - ela faz parte de uma busca pela magia elementar, perdida há mil anos, que conferirá ao tirano um poder supremo. O que ninguém esperava era que essa obra desencadearia uma série de eventos catastróficos, que mudarão aquelas terras para sempre e forçarão Cleo, Magnus, Lucia e Jonas a tomar decisões até então inimagináveis.

O que fazer quando você termina um livro e não tem a continuação para ler? Entra em desespero claro! Assim que terminei a leitura de A Queda dos Reinos, não pensei duas vezes em solicitar A Primavera Rebelde a Editora Seguinte. Afinal, precisa saber que rumo à história tomaria a partir daquele momento. Logicamente, receie que meu entusiasmo acabasse em um belo balde de água fria com a continuação sofrendo da “terrível maldição do segundo livro”. Mas, para minha felicidade a narrativa não apenas manteve o mesmo nível que meu conquistou no primeiro livro, como consegui ser ainda mais envolvente.

Quem não quiser pegar spoiler do primeiro livro pulando para o quinto parágrafo agora.

Depois de conquistar os reinos de Auranos e Paelsia, o Rei Gaius domina todo o reino de Mítica não apenas como mãos de ferro, mas não excitando em derramar sangue inocente se isso for necessário para mostrar para a população o que acontece com quem ousa desafiar a soberania do famoso Rei Sanguinário. Só que os planos do perverso Rei de Limeros vão muito mais além do que apenas sobrejulgar os três reinos ao seu governo tirano. Gaius está em busca de um poder que nenhum outro rei já teve, e ele não medirá esforços até conseguir isso. Principalmente agora que segundo a sua nova conselheira ele está cada vez mais perto desse poder infinito.

Em Auranos a princesa Cleo precisa permanecer viva e se útil ao rei, pois essa é a sua única chance de encontrar uma forma de derrotá-lo e retomar seu trono. Com prisioneira no castelo que um dia ela chamou de lar, Cleo terá que controlar seu ódio por aqueles que mataram seu pai e roubaram seu reino, ao mesmo tempo em que ela corre contra o tempo, para tentar encontrar pistas que a levem a conseguir cumprir a missão que seu pai a deixou. Mas, quando Cleo pensava que as coisas não podiam piorar, ela se vê obrigada a dizer sim ao homem que em um passado não muito distante destruiu todos os seus sonhos.

Escondido nas profundezas das Terras Selvagens, Jonas tenta reunir o maior número de rebeldes possível para libertar seu povo do domínio do Rei Gaius. Afinal, enquanto o povo de Auranos continua a viver com todo luxo e conforto, o povo de Paelsia já tão sofrido devido a anos de exploração e descaso do seu ultimo líder, é escravizado pelo terrível rei. Uma população interira forçada a trabalhar na construção da estrada misteriosa que tem como objetivo unir os três reinos em um só. Jonas, assim como Cleo tem sede de vingança e esse sentimento pode transformar velhos inimigos em aliados, ou quem sabe em algo mais.

Enquanto isso princesa Lucia continua inexplicavelmente adormecida, após ter ajudado seu pai a conquistar o trono de Auranos. Já seu irmão, o príncipe Magnus enfrenta uma nova batalha todos os dias, pois seu pai o testa de todas as formas possíveis. O jovem príncipe nunca esteve tão dividido entre seus dilemas pessoais, mas ele presente que há algo que seu pai está escondendo de todos. Magnus está mais que determinado a ajudar e proteger Lucia do rei, porém assim como todos a sua volta ele também é forçando a cumprir as ordens de Gaius. Ordens essas que podem bagunçar ainda mais seus sombrios e controversos sentimentos.

Novamente me vi encantada pela narrativa da autora Morgan Rhodes. Por mais que você tenha como cenário, batalhas sangrentas e a busca por um poder devastador, a autora consegue dar leveza ao enredo dando a ele toques de aventura e romance. Morgan Rhodes também introduziu novos e importantes elementos na história, que além de deixar a narrativa rica em detalhes, conseguem tornar cada personagem único e especial.

Alguns fatos que aconteceram me fazem “desconfiar” que a autora está preparando uma grande reviravolta na história. E se a Lucia passou o livro todo praticamente “dormindo” e apagada, acredito que tanto ela como Magnus que continua sendo um enigma para essas que vos escreve, serão peças chaves para por um ponto final no reinado de terror do Rei Gaius. Claro que com uma grande ajuda de Cleo e Jonas.

“ Não se preocupe, princesa. Foi o primeiro e o último.”

Agora eis a questão mais complicada (...) Como eu vou aguentar a ansiedade para ler o terceiro livro da série? Por que a Morgan Rhodes tem que ser tão má e me deixar assim nessa aflição gente? Não é justo! Preciso saber o que vai acontecer com meu príncipe, Magnus Luka Damora. Por que sim, ele é o meu personagem favorito ().

Se você ainda não conhece essa série maravilhosa, de verdade você não sabe o que está perdendo. Aventura, batalhas épicas, personagens que você vai amar e odiar com a mesma intensidade, e pouco de romance e de magia para deixar tudo ainda melhor. O problema é segurar a ansiedade e esperar que o terceiro livro da série seja lançando. Pois afinal, eu tenho uma leve sensação que a partir de agora as coisas vão ficar ainda melhores. Recomendadíssimo!

janeiro 25, 2014

Resenha - O Mago: Aprendiz por Raymond E. Feist.

ISBN: 9788567296005
Editora: Saída de Emergência
Ano de Lançamento: 2013
Número de páginas: 432
Classificação: Ótimo

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Sinopse: Saga do Mago - Livro 01.

Na fronteira do Reino das Ilhas existe uma vila tranquila chamada Crydee. É lá que vive Pug, um órfão franzino que sonha ser um guerreiro destemido ao serviço do rei. Mas a vida dá voltas e Pug acaba se tornando aprendiz do misterioso mago Kulgan. Nesse dia, o destino de dois mundos altera-se para sempre. Com sua coragem, Pug conquista um lugar na corte e no coração de uma princesa, mas subitamente a paz do reino é desfeita por misteriosos inimigos que devastam cidade após cidade. Ele, então, é arrastado para o conflito e, sem saber, inicia uma odisseia pelo desconhecido: terá de dominar os poderes inimagináveis de uma nova e estranha forma de magia… ou morrer. Mago é uma aventura sem igual, uma viagem por reinos distantes e ilhas misteriosas, onde conhecemos culturas exóticas, aprendemos a amar e descobrimos o verdadeiro valor da amizade. E, no fim, tudo será decidido na derradeira batalha entre as forças da Ordem e do Caos.

Desde que fique sabendo do lançamento da Saga do Mago no Brasil, fiquei ansiosa esperando a oportunidade de ler essa série que é considerada, um dos clássicos da literatura fantástica mundial. Embora, há principio eu tenha começado a minha ultima leitura do ano (2013) um tanto apreensiva por medo de me decepcionar, no decorrer de cada capítulo já foi ficando evidente que ali estava, mais uma saga que se tornaria uma das minhas favoritas. E dificilmente eu me engano quanto a isso.

Para o jovem e órfão Pug, a vida nunca se mostrou repleta de oportunidades. Criado pelos serviçais da cozinha do castelo do Duque de Crydee, o que Pug mais teme é o dia da Escolha, pois ele sabe que suas chances de se tornar um aprendiz são mínimas.  Mas, quanto Tomas seu melhor amigo é escolhido como aprendiz por Fannon o Mestre das Armas, deixando Pug sozinho sobre os olhares de pena de toda corte de Crydee, o mago do duque, Kulgan surpreende a todos revelando o seu desejo de ter o pequeno órfão como seu primeiro aprendiz.

Porém, as mudanças na vida de Pug estavam apenas começando.  Enquanto estuda para despertar e entender a sua magia, ele descobrirá a beleza do primeiro amor, o valor da amizade ao mesmo tempo em que a aproximação de povo misterioso, ameaça não só a sua recente segurança e felicidade adquirida, como também a vida de todos a quem ele ama e todo reino de Midkemia. Pug e Tomas estão prestes a enfrentar a maior aventura de suas vidas, mas será que a amizade de infância e o reino irão conseguir sobreviver a ela?

Talvez qualquer coisa que eu vá comentar a partir de agora, soe como empolgação de uma leitora que ficou muito fascinada pelo o que leu, mas não posso deixar de mencionar o quanto me encantei pela narrativa do autor Raymond E. Feist. Ok! Em alguns pontos, a história realmente me lembrou de outro mundo maravilhoso criado pelo “mestre” J.R.R Tolkien, mas o que me cativou na escrita do Raymond E. Feist foi à destreza como ele criou tudo.  Durante a leitura é praticamente impossível não de imaginar nos lugares presentes na narrativa.  Da mágica terra dos Elfos Elvandar, aos sombrios tuneis dos Anões, a perigosa Coração Verde e a exuberante Rillanon, tudo é descrito com uma riqueza de detalhes tão grande, que eu me senti literalmente dentro da história.

Mesmo Pug e Tomas sendo os protagonistas, os demais personagens são tão cativantes e outrora odiosos que fui me afeiçoando a cada um deles sem perceber. Até mesmo a mimada princesa Carline que no começo me dava nos nervos, no final conseguiu conquistar a minha admiração. E por falar em admiração, como não se apaixonar pelo príncipe Arutha? Mesmo com todo o seu humor “negro”(adoro), ele ao longo da história demonstra toda a sua coragem e bravura se tornando o meu personagem favorito (). Até parece injusto citar apenas alguns personagens quanto temos Martin do Arco, Padre Tully, o duque Borric, o mago Kulgan, Meecham e tantos outros incluindo, Fantus um dragonete super fofo que fazem com que a leitura de O Mago – Aprendiz seja tão envolvente e especial. 

A minha única “reclamação” é em relação às passagens de tempo na história. Tipo durante o desenvolvimento do enredo, eu como leitora não conseguia identificar as passagens dos anos na história. Parecia que tudo acontecia ao mesmo tempo, o que me deixava surpresa e confusa quando apareciam diálogos mencionando que já tinham se passado um ou dois anos, já que muitos capítulos ficam focados apenas em alguns personagens e em um determinado local. Eu ficava tipo assim: “Mas já passou tudo isso? O que aconteceu com fulano e ciclano?” E que final foi aquele?! Inesperado, confuso, surpreendente? Não sei de verdade, (...) só sei que não é justo me deixar tão curiosa assim para ler a continuação.

"- Há amores que chegam como a brisa do mar, enquanto outros crescem devagar das sementes da amizade e da bondade.”

Um enredo que mescla com maestria aventuras épicas, magia, grandes paixões e mais uma boa dose de surpresas pelo caminho, a Saga do Mago conquistará o coração de leitores de literatura fantástica, ao mesmo tempo em que deixará os não fãs curiosos para conhecer as belezas e os mistérios do reino de Midkemia. Recomendo!

dezembro 18, 2013

A Queda dos Reinos por Morgan Rhodes




ISBN: 9788565765138
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2013
Número de páginas: 398
Classificação: Ótimo
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Sinopse: Numa terra em que a magia havia sido esquecida e a paz reinara durante séculos, uma agitação perigosa ganha forma quando três reinos começam a lutar pelo poder. Entre traições, negociações e batalhas, quatro jovens terão seus destinos entrelaçados para sempre: Cleo, a filha mais nova do rei de Auranos; Magnus, o primogênito do rei de Limeros; Jonas, um camponês rebelde de Paelsia; e Lucia, uma garota adotada pela família real de Limeros que busca a verdade sobre seu passado.

Ok! Eu já posso imaginar o que vocês estão pensando; “Mais uma resenha de literatura fantástica Ane?”. Sempre procuro intercalar, os gêneros na hora de postar resenhas, só final de ano vocês já podem imaginar que mesmo uma pessoa insuportavelmente perfeccionista como eu, não consegue manter tudo na mais “perfeita” ordem.  Porém, se tem algo que posso falar de A Queda dos Reinos, é que a minha vida literária (2013) se dividiu entre o antes e o depois dele.

Depois que terminei a leitura, fique com aquela sensação que meu ano tinha fechado com chave de ouro e que nenhum livro seria tão bom como ele.  Fiquei uma semana sofrendo de "saudade literária", até me dar conta que faltava um pouquinho ainda para o ano terminar e que estava sendo injusta com meus outros livros. Um pouco dramático eu sei, mas quem nunca se sentiu assim depois de ler um livro fantástico, que me atire à primeira pedra.

Há séculos a paz e a prosperidade reina entre os reinos de Auranos, Paelsia e Limeros, ao menos era o que alguns imaginavam. Enquanto Auranos resplandecia em sua glória, o povo de Paelsia morria de fome, e em Limeros a sede de poder do tirano Rei Gaius crescia a cada dia. Alheios aos sombrios planos no pai, os jovens Magnus e Lucia estão prestes a ter suas vidas mudadas por conta da soberba do pai. Quando terríveis verdades vêm à tona, os dois terão que enfrentar sozinhos seus medos e dilemas.

Tudo o que o terrível Rei Gaius precisa era de apenas um motivo para incitar os povos de Limeros e Paelsia a se revoltarem contra a soberania de Auranos, motivo esse que graças à princesa Cleo ele consegue. Afinal ela não tinha ideia que seu rápido, porém traumático encontro com o camponês Jonas iria mudar não apenas a sua vida, mas o destino dos reinos para sempre.

Em A Queda dos Reinos, a autora Morgan Rhodes conseguiu mesclar tudo o que eu mais gosto em um livro, mas com o dobro de ação e aventura.  A narrativa da autora não é apenas envolvente, e sim viciante do tipo que faz você esquecer tudo o que tem para fazer, só para ficar lendo.  Talvez essa mistura de romances proibidos, magia antiga e guerra pareça clichê para algumas pessoas, porém mesmo eu estando bastante ansiosa para leitura desse livro e claro como medo de me decepcionar, acabei surpreendida e com um pouquinho de raiva da autora também. Não que isso seja uma coisa ruim, na verdade foi uma coisa ótima! (Ane e suas esquisitices).

Os personagens são tão bem construídos que no decorrer da trama, eu conseguia sentir todas as emoções, duvidas e medos de cada um.  Confesso que estou meio que “pressentindo” que vou me irritar muito coma Lucia na continuidade da série, mas por outro lado já sei que o Magnus conquistou meu coração a primeira vista. Os outros protagonistas também merecem destaque, mesmo a Cleo sendo um tanto fútil a principio, ela foi crescendo conforme o enredo evoluía. O mesmo aconteceu com o Jonas que me irritou bastante no começo, mas com seu jeito “rebelde” foi conquistando minha simpatia. E assim, só aqui entre nós (...) eu estou torcendo para que a Cleo e o Jonas fiquem juntos (). Sim, sim eu estou me achando a cupido. Já o “querido” Rei Gaius prefiro nem comentar (...), muito ódio no meu coraçãozinho por esse ser.

Outro ponto que não posso deixar de comentar é a riqueza na descrição dos reinos. Morgan Rhodes os descreveu com tanta maestria que era como se eu estivesse em cada reino. Há tantos mistérios, tanta magia antiga e tanta aventura nas páginas de A Queda dos Reinos que, confesso que estou encantada por essa série. Eu só não dou um coraçãozinho para o livro, por que a Morgan Rhodes foi muito má nesse primeiro livro, embora seja o tipo de maldade que eu aprecie nos autores.  Ok! Estou sendo chata, mas é só para não perder o costume mesmo.

“- A verdade só é perigosa se puder ferir.”

Para quem está em busca de uma boa aventura e personagens cativantes, A Queda dos Reinos vai conquistar você logo no primeiro capitulo e te levar para terras mágicas,cheias de mistérios e paixões proibidas. Quem venha a Primavera Rebelde!


dezembro 15, 2013

Elantris por Brandon Sanderson



ISBN: 9788581632810
Editora: LeYa
Ano de Lançamento: 2013
Número de páginas: 576.
Classificação: Ótimo.
Onde Comprar: Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Submarino - Compare os Preços.

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Sinopse: O príncipe Raoden, de Arelon, foi um dos tocados pela maldição que o levou a viver, ou a tentar sobreviver, em meio à loucura e maldições da cidade caída que, desde a maldição, tornara-se um cemitério para os que foram amaldiçoados. Prestes a se casar com Sarene, filha do rei de um país vizinho de Arelon – uma mulher que nem chegou a conhecer pessoalmente, mas que, mesmo com um casamento politicamente forçado, passou a conviver por meio de cartas – o príncipe é dado como morto, uma situação que parece ser irremediável, mas que precisa de explicações. E são esses mesmos esclarecimentos que Sarene procura ao chegar em Arelon e descobrir que tornara-se viúva antes mesmo de conhecer seu marido. E a partir daí começa a entender que terá que tomar conta de tudo sozinha, principalmente de um homem chamado Hrathen, um dos mais poderosos nobres, que está disposto a substituir o rei Iadon, pai de Raoden, para poder converter o país à religião Shu Dereth.

Desde seu lançamento Elantris foi um livro que me chamou muito a atenção.  Um dos motivos é um tanto óbvio já que não é segredo para ninguém que sou fã de literatura fantástica, agora junte isso a uma arte de capa linda. Pronto! Mais um livro para minha “pequena” lista de desejados.  Com uma narrativa precisa, rica em detalhes e personagens fortes, faz com que a leitura de Elantris seja uma incrível viagem ao desconhecido, onde cada capítulo reserva uma emoção e uma surpresa diferente.

Há muitos anos atrás se acreditava que os elantrianos eram deuses e deusas. Elantris resplandecia em sua glória e imponência. A cidade como seus cidadãos brilhava como ouro, e todos os humanos “normais” ansiavam pelo dia que também seriam tocados pela bênção de Elantris e assim se tornarem deuses, - mas tudo isso mudou. Do dia para noite o que era uma dádiva se tornou maldição, e os tocados pela Shaod passaram a ser condenados a viver nas ruínas da antiga cidade luz, para viverem atormentados por toda a eternidade.

Desde a queda de Elantris a Shaod (transformação) é tão temida entre os habitantes do reino de Arelon, que nem mesmo o príncipe herdeiro escapou da condenação. Raoden é jogado em Elantris antes mesmo de conhecer a sua noiva Sarene.  Essa que por sua vez se depara com uma realidade um tanto sombria ao chegar a Arelon, vinda de um país vizinho por conta do casamento arranjado. Ela está viúva de um homem que nunca conheceu, sozinha em um país estranho e terá que enfrentar a ameaça que o misterioso Hrathen significa para sua nova casa e família.

A história é apresentada pela perspectiva dos três protagonistas Raoden, Sarene e Hrathen.  Através dos fatos narrados por cada um, é possível se ter uma visão ampla do enredo e principalmente dos segredos e mistérios que envolvem o mito de Elantris. O mais interessante de tudo isso, é que apesar dos capítulos se intercalarem e cada um ser narrado por um personagem diferente, eles possuem uma ligação entre si o que me deixava cada vez mais curiosa para saber o que iria acontecer no próximo capítulo. O que tornou a leitura de Elantris super rápida, mesmo o livro em si sendo um pouco extenso.

O autor Brandon Sanderson, construiu tão bem os alicerces da sua história,  que embora em alguns momentos a narrativa ficasse um pouco confusa, em especial nos primeiro capítulos (já explico o porquê), eu conseguia visualizar Elantris e todo o mundo criado por ele de uma maneira muito “real”, algo que às vezes não é tão fácil quando se lê fantasia. O livro é um pouco confuso sim, no começo por conta do “idioma” que o autor criou. Algumas palavras foram difíceis de entender na primeira vez que li o que tornou os diálogos “estranhos”. Porém, depois que eu me “familiarizei” com alguns termos a leitura fluiu de uma maneira leve e só me dei conta do quanto estava envolvida com a história quando cheguei ao capítulo final.

E nesse sentindo, o autor Brandon Sanderson conseguiu me surpreender. No decorrer da narrativa as situações que foram surgindo, sempre tomavam um rumo que eu não imaginava.  Até mesmo um personagem que a principio eu não tinha me simpatizado, no final conquistou minha admiração, sendo em minha opinião o melhor personagem do livro. Não vou dizer quem é (Ane sendo malvada), mas é para não dar spoilers, por que se eu falar quem é, perde toda a graça também.

Outro que vale pena destacar no enredo de Elantris, é que mesmo se tratando de um livro de literatura fantástica, o autor usou de elementos bem reais, como o preconceito e a intolerância religiosa e outros temas atuais que dão ao livro uma melhor consistência, tornando a história ainda mais envolvente.

“Elantris foi bonita, no passado. Era chamada de cidade dos deuses: um lugar de poder, esplendor e magia (...). Lá podia viver em bem-aventurança, governar com sabedoria e ser venerada por toda a eternidade. A eternidade terminou a dez anos."

Com doses certas de ação, mistério, aventura e romance, Elantris é um livro que agrada tanto aos fãs do gênero, como os mais curiosos que estão em busca de uma leitura diferenciada para sair da rotina.  Posso até parecer repetitiva, ou cair nos meus próprios clichês, mas não encontro forma melhor para definir Elantris do que um livro realmente FANTÁSTICO!

outubro 31, 2013

Uma Bruxa na Cidade por Ruth Warburton



• ISBN: 9788580448566
• Editora: LeYa
• Ano de Lançamento: 2013
• Número de páginas: 344
• Classificação: Muito Bom
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Sinopse: Trilogia Winter - Livro 01

Quando o amor e a magia se misturam, quem poderá distinguir a fantasia da realidade? Anna Winterson não sabe que é uma bruxa, e provavelmente zombaria de quem insinuasse algo parecido. Quando ela se muda para a cidade de Winter, começa a descobrir do que é capaz quando usa seus poderes. A confusão começa quando ela conhece Seth, o garoto mais bonito e cobiçado da escola. Numa brincadeira aparentemente inofensiva, Anna o enfeitiça para que ele se apaixone. E, sem querer, acaba deflagrando uma guerra entre dois clãs de bruxos rivais. A bruxinha quer apenas viver seu amor, mas se sua mágica é capaz de controlar a paixão de Seth, ela poderia ser tão monstruosa quanto os seres que estão tentando usar seus poderes em benefício próprio?

Não, não é mera coincidência essa resenha ir ao ar hoje. Afinal, nada melhor para comemorar o Halloween, não é mesmo? Uma Bruxa na Cidade é o típico livro que possui uma narrativa leve e cheia de mistérios que por mais clichê seja, consegue encantar e aumentar a curiosidade do leitor a cada capítulo. Ah! Ele dá um pouco de “medinho” também, afinal aqui os bruxos e bruxas são de verdade e há feitiços e encantamentos por todos os lugares.

Anna Winterson acaba de se mudar com o seu pai para pequena cidade de Winter, na Inglaterra. Logo no primeiro dia de aula em seu colégio novo ela acaba se apaixonando por Seth, o bad boy mais cobiçado do colégio.  É no colégio que ela também descobre que a propriedade uma pouco isolada em que ela mora com o pai, é conhecida pelos habitantes do local como “A casa da Bruxa”.  Só que tanto para Anna como para seu pai, isso tudo não  passa de uma superstição boba, mas é claro que eles não podiam sonhar o quanto eles estavam enganados. O que aparentemente não passava de um inofensivo livros de receitas, era mais perigoso do que eles imaginam.

Em uma noite típica de meninas Anna e suas June, Liz e Prue descobrem que o livros de receitas, é na verdade um livro de feitiços e resolvem testar um em especial para ver se funciona. É óbvio que o feitiço não funciona como todas gostariam, ou quase todas.  Sem conseguir imaginar ou entender o porquê Anna conseguiu aquilo que inconsequentemente queria, - Seth está completamente apaixonado por ela. Anna se desespera e na tentativa de concerta o seu erro, ela acaba provocando ainda mais “acidentes”, inclusive arriscando sua própria vida.

Depois que uma tempestade assustadora passa por Winter, Anna recebe em sua casa a visita de Emmaline, sua colega de classe misteriosa e de sua mãe Maya. Elas estão ali para ajudar Anna, afinal elas sabem muito bem o que Anna é -, uma bruxa. A principio ela tem dificuldade de acreditar e aceitar o fato, mas quando seus poderes começam a dar mostras que estão saindo de seu controle e ela se torna alvo de um clã poderoso de bruxos não muito “amigáveis”, os Ealswitan. Anna percebe finalmente que ninguém pode fugir do seu destino, principalmente quando ele pode revelar uma parte importante da sua vida.

Bem, juro que eu tentei gostar Anna. Eu tentei entender ela. Tentei de todas as formas, colocar- me no lugar dela só que não deu. Ela não é uma má pessoa nem nada disso. Aliás, quando ela não está pensando no Seth, respirando pelo Seth, fazendo drama pelo Seth, ou se comportando com uma doida obsessiva pelo Seth, ela é legal. Só que infelizmente ela passa praticamente quase todo o livro agindo com eu acabei de descrever e por conta disso fazendo uma burrada atrás da outra. Até mesmo o Seth sobre de ”chatice crônica” em alguns momentos.  Complicado, bem complicado.

Porém, se os protagonistas não conseguiram ganhar o meu coração, os personagens secundários conseguiram. Em especial o clã de bruxos de Winter formado por pela poderosa Maya e sua família. Todos eles possuem habilidades únicas que são usadas para proteger a cidade. Emmaline possui uma personalidade direta e não tem muita “papas na língua”, o que contrasta bastante com a sua mãe e a sua irmã Sienna que são mais tímidas e contidas. Mas, quem realmente me chamou atenção foram os irmãos Simon (marido da Sienna) e Abe. O Simon é o mais extrovertido do clã e às vezes acaba falando um pouco demais justamente por causa disso. Já Abe é sarcástico, além de ser o único que sabe como os Ealswitan são perigosos. Ele é aquele tipo de personagem que você ainda não consegue ter certeza de que lado está.

Uma Bruxa na Cidade possui uma narrativa muito bem construída com elementos que tornam a narrativa rápida e agradável. A autora Ruth Warburton, trabalhou muito bem com mitos e dessa forma ela conseguiu criar uma atmosfera em que a magia está presente nos mínimos detalhes da história. O enredo tem um “que” de história contemporânea com um toque medieval que reforça todo o clima de segredos e mistérios da trama. É o tipo de leitura que faz você literalmente viajar na história.

Com vários momentos de ação e com personagens intrigantes, como o avô de Seth que pelo visto sabe mais do que de fato quer contar, Uma Bruxa na Cidade é um livro que deixa muitas perguntas no ar, o que me deixou super curiosa para ler a continuação da série. Sim, logo eu que ando evitando “me afeiçoar” a séries literárias. Só espero que nos demais livros a Anna não me tire tanto do sério como ela me tirou nesse primeiro livro. Por que senão vai ficar difícil torcer por ela. Bem difícil (...).

“Não se pode mudar a alma de ninguém com um feitiço, Anna – não se pode fazer alguém amar, não amor de verdade, não assim”.

Leitura indispensável para os fãs de literatura fantásticas, Um Bruxa na Cidade agrada também quem está em busca de uma história cheia de mistérios, muita ação e um romance leve. Fica a dica!

setembro 15, 2013

Wild Cards por George R.R. Martin



ISBN: 9788580445107
Editora: LeYa
Ano de Lançamento: 2013
Número de páginas: 480
Classificação: Bom
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cortesia para resenha.


Sinopse: O Começo de Tudo - Livro 01.
Ao fim da Segunda Guerra Mundial, a Terra é salva por pouco de um meteoro alienígena. Porém, o vírus que a bomba espacial carrega cai em Nova York e, gradativamente, espalha-se pelo mundo, contaminando parte da população e dotando parte dos sobreviventes com poderes especiais. Alguns foram chamados de Ases, pois receberam habilidades mentais e físicas, alguns foram amaldiçoados com alguma deficiência bizarra e, por isso, batizados de Coringas. Parte desses seres, agora especiais, usava seus poderes a serviço da humanidade, enquanto outros despertaram o pior que havia dentro de si.




Ao começar a leitura de Wild Cards não sabia ao certo o que iria encontrar.  Claro, que o fato do livro ser “escrito” por um dos autores mais aclamados de literatura fantástica dos últimos anos, fez com que minhas expectativas em relação à obra fossem as melhores. Não que elas não tenham sido atendidas, porém o “excesso” de pessoas escrevendo a mesma história e com isso dando a sensação que se tratava de “histórias paralelas” unidas em um livro só, tornou a leitura em determinados momentos confusa.

A história começa em 1946, após o termino da Segunda Guerra Mundial em que metade do mundo está buscando se reerguer das cinzas.  Nos primeiros capítulos conhecemos um pouco os protagonistas da série e temos uma pequena noção de como a guerra interferiu na vida de cada um. Quando parecida que o mundo finalmente teria um pouco de paz, um vírus alienígena poderosíssimo atinge a cidade de Nova Iorque para logo após se espalhar pelo mundo, levando não somente o caos pelo planeta, mas criando também duas novas gerações de “seres humanos”: Os Ases, que possuem “dons” como telepatia, força descomunal, e outros poderes assombrosos, e os Coringas que não foram tão abençoados pelo vírus assim e se tornaram verdadeiras aberrações.

Para tentar trazer a ordem ao planeta novamente, foi criado o Comitê da Câmara sobre Atividades Antiamericanas, que tinha como principal missão prender todos os Ases. Só que o esse Comitê não contava com o fato de que essa “caçada” a todos que foram afetados pelo vírus alienígena saísse de controle por conta das leis aprovadas que "obrigavam" todos os Ases a proteger os Estados Unidos. Se vocês estão achando alguns detalhes levemente parecidos com X-MEN, - sim eles não são meras coincidências. Em muitos momentos durante a leitura eu fiquei esperando aparecer um Professor Xavier ou um Magneto, coisa que logicamente não aconteceu.

Wild Cards não é um livro “comum” e não apenas por ele misturar elementos da literatura fantástica com ficção científica, mas por que durante todo o desenvolvimento da história o leitor tem que lidar com pequenos por menores que fazem com que a leitura dele seja um pouco “travada”. Os capítulos, por exemplo, eles não são contínuos. Na verdade Wild Cards passa mais a sensação que é uma coletânea de contos, que mesmo tendo relação entre si, muitas vezes deixam aquela sensação vaga que nenhum tem muito haver com o outro. É justamente aquilo que eu comentei no começo da resenha. Parece que você está lendo histórias paralelas, dentro de uma realidade paralela em que todo mundo quer deixar a sua marca na história, por assim dizer.

Alguns desses “contos” são muito bons em especial o "Capitão Cátodo e o Ás Secreto", escrito por Michael Cassutt e a “A Garota Fantasma conquista Manhattan”, escrito por Carrie Vaughn que foram os que mais prenderam a minha atenção, enquanto outros não que sejam ruins, mas também não são bons, se é que vocês me entendem (...). Durante toda a leitura eu convivi com certa oscilação no meu ritmo leitura, por conta da forma com que cada autor escrevia. Eu conseguia visualizar os pontos em comuns presentes em cada capitulo, mas a diferença na hora de explanar a história em si deixa um pouco a desejar em minha opinião.

Outro detalhe é que para quem estava esperando (tipo eu assim), que o livro era escrito por George R.R Martin logo no começo da história acaba se decepcionando um pouco, pois aqui ele é apenas o editor e colaborador da série Wild Cards. Assim, isso não chegou a ser um grande problema, até por que ainda não li nada dele até agora então não posso fazer nenhum comparativo.  Mas (...).

Eu gostei do livro, apesar da história ter me deixado um pouco confusa e perdida em alguns momentos eu acredito que no decorrer da série, que conta no total com vinte e dois volumes as lacunas presentes nesse primeiro livro serão preenchidas.  Afinal, que a série tem um grande potencial para conquistar leitores apaixonados, isso não resta dúvidas.

“No instante seguinte, ele viu com triste desalento a pele dela escurecer, ficar roxa e então negra. Mais uma das minhas, pensou ele.”

Wild Cards não decepciona quem gosta de histórias de ficção que intercalam com maestria mundos fantásticos e a realidade. A minha dica é: mesmo que um capítulo não seja muito empolgante, não desista no livro, por que com certeza haverá capítulos que irão fazer com que a leitura valha a pena.



agosto 24, 2013

O Aprendiz de Assassino por Robin Robb



• ISBN: 9788580448160
• Editora: LeYa
• Ano de Lançamento: 2013
• Número de páginas: 416
• Classificação: Muito Bom
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Sinopse:  Saga do Assassino  - Livro 01

O jovem Fitz é o filho bastardo do nobre Príncipe Cavalaria e foi criado pelo cocheiro de seu pai, à sombra da corte real. Ele é tratado como um penetra por todos na realeza, com exceção do Rei Sagaz, que faz com que ele seja secretamente treinado na arte do assassinato. Porque nas veias de Fitz corre a mágica do Talento – e o conhecimento obscuro de um garoto criado em um estábulo, entre cães, e rejeitado por sua família. Quando assaltantes bárbaros invadem a costa, Fitz está se tornando um homem. Logo ele enfrentará sua primeira missão, perigosa e que despedaçará sua alma. E embora alguns o vejam como uma ameaça ao trono, ele pode ser a chave para a sobrevivência do reino.


Uma das coisas que mais me atrai em livros de fantasia, é a capacidade do autor “brincar” com a realidade a transformando em algo mágico, envolvente e completamente surpreendente. Para minha felicidade, embora em alguns momentos o meu ritmo de leitura tenha sido um pouco “devagar”, O Aprendiz de Assassino se revelou um daquelas leituras em que temos uma relação de “amor e ódio” com a história, mas que ao final você se vê completamente conquistado.

Aos cinco anos Fitz foi deixando pelo avô materno aos cuidados dos cavaleiros do rei. Segundo ele estava na hora do Príncipe Herdeiro, Cavalaria assumir o que tinha feito. Sendo filho ilegítimo do príncipe, ele jamais teria acesso às regalias dos demais membros da família real e ainda teria que aprender a conviver com o desprezo que muitos nutriam por ele, em especial o príncipe Majestoso. Abandonado e sem ter para onde ir, Fitz é criado por Bronco, grande amigo de seu pai nos estábulos da Torre do Cervo entre os cães e os cavalos. Porém, em um daqueles misteriosos acasos do destino o Rei Sagaz, percebe que talvez o erro cometido por seu filho, pode se tornar algo útil para o reino e ordena que ele comece a ser educado de forma correta.

Enquanto Fitz começa as suas aulas para aprender tudo o que um cavaleiro precisa saber, ele começa também a ter aulas noturnas e secretas com o atual assassino do rei, o enigmático Breu. Mas, misteriosos navios vermelhos começam a atacar a população das regiões costeiras dos Seis Ducados, e aparentemente não é de riquezas que esses temidos “piratas” estão atrás. Em todas as cidades em que eles atracam seus navios um fato assustador acontece. A população capturada tem suas mentes destruídas e perdem completamente a consciência de sua humanidade.

Com essa preocupação a mais em mente, o rei ordena a Galeno o mestre do Talento a ensinar a técnica a quem quer que possua aptidão na Torre do Cervo. Dessa forma, um círculo seria criado para ajudar ao rei e ao príncipe Veracidade a proteger o reino da ameaça dos navios vermelhos. Porém aprender a dominar o Talento se mostrará uma tarefa muito mais difícil para Fitz do que aprender a matar sem deixar vestígios. Galeano guarda segredos obscuros, segredos esses que fazem com que ele nutra um ódio mortal por Fitz. Do dia para noite Fitz tem sua simples rotina mudada, mas o que ele não sabia é que a sua lealdade para com o rei e sua vontade de se mostrar digno iram arruiná-lo para sempre.

A narrativa da autora Margaret Astrid Lindholm Ogden, que assina com o pseudônimo Robin Hobb, não possui aquele ritmo continuo. Alguns capítulos são muito bons, porém outros embora fundamentais para o enredo são um pouco mais lentos com descrições desnecessárias, o que pode tornar a narrativa em determinados momentos um pouco monótona, principalmente para quem não é muito fã do gênero fantasia.  Em algumas partes eu tive a sensação que a autora meio que não sabia para onde ir, ao mesmo tempo em que eu também não sentia aquela “emoção e apego” pelos personagens, só que mesmo assim não conseguia largar o livro.

Fitz conseguiu me deixar muitas vezes à beira de um ataque de nervos. Ok! Eu admito que sempre acabo tendo algum problema com os protagonistas, isso é um fato já. Porém, em minha opinião era inaceitável  a estupidez com que Fitz agia em determinadas ocasiões, principalmente para quem estava sendo treinado para ser o assassino do rei.  De verdade, me dava desespero ver as bobagens que ele fazia às vezes. Só não conseguia sentir mais raiva do Fitz por que ele sofre tanto no decorrer da história que chega a partir o coração de quem esta lendo. A cada coisa boa que acontece na vida dele, parecia que umas dez coisas ruins aconteciam também. Em muitos momentos senti um nó se formando na minha garganta e meu coração ficava apertado por conta do sofrimento dele. Eu pensava: “Chega! Já deu! Deixem-no me paz, por favor!”, é sério gente (...) muito triste mesmo.

Outro detalhe que me incomodou um pouco na história, foi que senti falta de um personagem fora Fitz que se destacasse no enredo de alguma forma. Por mais que a principio tenha sido um pouco estranho os personagens não possuírem “nomes comuns”, pois no reino dos Seis Ducados os membros da família real e os demais nobres recebiam nomes de acordo com o seu talento, o maior problema aqui é que temos apenas a visão que o Fitz tem da pessoa. Assim, você não chega a conhecer nenhum dos demais personagens “profundamente”.  Você sabe o que o Fitz sabe sobre a pessoa, e gosta ou desgosta dela de acordo com o sentimento que o personagem nutri por ela, o que de certa forma me incomodou um pouco, pois é perceptível que muitos personagens tinham potencial para se destacarem mais. Como por exemplo, o próprio Breu, o príncipe Veracidade e até mesmo o Bobo.

Tudo bem que a história é narrada pelo Fitz e a cada capítulo ele nos conta um pouco da sua vida e a história aqui é dele, mas talvez se a autora tivesse deixando um pouco aqueles detalhes desnecessários de lado e focado um pouco em mostrar às qualidades e o defeitos dos demais personagens a narrativa poderia ser mais envolvente. Assim o livro é muito bom, só que poderia ser infinitamente melhor.

“(...) não fuja. Ninguém nunca ganhou o que quer que fosse fugindo.”

Uma história surpreendente e com ingredientes que agrada tanto a jovens como adultos, O Aprendiz de Assassino é um livro que conquista e deixa o leitor curioso a cada capítulo. Leitura indispensável para os fãs de literatura fantástica e que não decepciona quem está em busca de uma grande aventura. 


julho 14, 2013

O Lorde Supremo por Trudi Canavan


ISBN: 9788581631486
Editora: Novo Conceito
Ano de Lançamento: 2013
Número de páginas: 624
Classificação:
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cortesia para resenha.





Sinopse:    Trilogia do Mago Negro - Livro 3.

Na cidade de Imardin, onde aqueles que têm magia têm poder, uma jovem garota de rua, adotada pelo Clã dos Magos, se encontra no centro de uma terrível trama que pode destruir o mundo todo. Sonea aprendeu muito no Clã, e os outros aprendizes agora a tratam com um respeito relutante. No entanto, ela não pode esquecer o que viu na sala subterrânea do Lorde Supremo, ou seu aviso de que o antigo inimigo do reino está crescendo em poder novamente. Conforme Sonea evolui no aprendizado, começa a duvidar da palavra do mestre de seu clã. Poderia a verdade ser tão aterrorizante quanto Akkarin afirma? Ou ele está tentando enganá-la para que Sonea o ajude em algum terrível esquema sombrio?

Sabe quando você termina de ler um livro e fica longos minutos abraçada a ele aos prantos revivendo cada momento, cada diálogo marcante querendo começar a leitura de volta, por que ler uma vez só parece não ser o suficiente? É bem assim que eu fiquei me sentindo ao terminar O Lorde Supremo. Até agora me pego muitas vezes relembrando passagens do livro (...). Acho que não consegui falar um “até logo”, para personagens tão queridos, ou realmente estou sofrendo de uma terrível crise de “apego literário”.

Quem não quiser pegar nenhum spoiler dos livros anteriores pule cinco parágrafos.

Quando li O Clã dos Magos, eu fiquei um pouco decepcionada com o começo da história. Achei o livro desnecessariamente longo, e alguns detalhes presentes na narrativa também me incomodaram um pouco. Porém o grande “problema” é que eu mal me dei conta que estava para me apaixonar pela magia do Clã dos Magos. O que prendeu minha atenção no primeiro livro foi à narrativa da autora Trudi Canavan que sempre me deixava curiosa para saber o que ia acontecer no próximo capitulo, e foi justamente essa minha “bendita curiosidade”, que me levou a ler A Aprendiz.

Em, A Aprendiz eu já percebi que não tinha mais como voltar atrás. Trilogia do Mago Negro tinha me conquistado, e para minha felicidade tanto a escrita da autora como os personagens amadurecem muito no segundo livro. Trudi Canavan consegue dar umas reviravoltas na história tornando tudo muito “desesperador”. É quase impossível você não ficar cativado pela narrativa e pelos personagens. Ao terminar A Aprendiz, eu já meio que esperava que O Lorde Supremo seria uma leitura cheia de ação e fatos que iam me deixar surpresa. Porém, Trudi Canavan se superou de tal forma, que além de me fazer chorar horrores, fez com que a Trilogia do Mago Negro se tornasse uma das minhas favoritas, ao mesmo tempo em que ela se tornou uma das minhas autoras favoritas também.

Em O Lorde Supremo, finalmente os segredos sombrios de Lorde Akkarin são desvendados. Ele que até então mantinha aquela personalidade fria e distante nos livros anteriores, finalmente se revela. Sempre soube que Akkarin tinha um grande potencial, e o que era apenas uma pequena simpatia pelo personagem, se transformou em uma enorme admiração. Akkarin tem um jeito tão misterioso e ao mesmo tempo sarcástico e perigoso que faz com que você se encante por ele sem perceber. No decorrer da história, ele fez por merecer todo meu respeito e no final meu amor incondicional. Suspiros (...).

Mesmo a narrativa focando um pouco mais, em meu querido Lorde Supremo, não posso deixar de mencionar o quando a Sonea evolui ao longo da trilogia. Eu realmente me senti tão orgulhosa dela em determinados momentos. Sonea provou seu valor e lutou bravamente por aquilo que achava certo. Ela foi à pessoa decisiva em diversas ocasiões durante toda a história, conquistando não apenas o seu lugar de direito no Clã, mas também o respeito de todos aqueles que a humilharam.

O Cery que tinha sumido um pouco em A Aprendiz volta a ter um destaque maior em O Lorde Supremo, revelando que sempre esteve muito mais perto do Clã do que todos imaginavam. Rothen por sua vez, chegou a me dar nos nervos em alguns momentos, por não querer enxergar o óbvio. Já os fofos do Dannyl e do Tayend, me fizeram dar pulinhos de felicidade por eles, afinal eu torcia tanto pelos dois. Até mesmo o Lorlen ao final conseguiu conquistar um lugarzinho no meu coração.

A narrativa é tão envolvente que eu meio que me via andando pelos corredores do Clã e vivendo toda aquela atmosfera mágica e de tensão crescente. Tensão? Como assim Ane? Trudi Canavan é mestre em dar grandes reviravoltas. Mocinhos transformam- se em vilões e vilões em mocinhos. E uma terrível batalha entre poderosos magos negros acontece.

O Lorde Supremo tem muita ação, suspense, histórias paralelas emocionantes que se unem ao final e um romance que faz você suspirar. Foi à conclusão perfeita para a trilogia, mesmo me deixando de coração partido no final. Na verdade coração partido é pouco! Eu terminei o livro, arrasada, destroçada e inconformada! Fico me perguntando até agora; “Por que você fez isso comigo Trudi Canavan? Por quê?”. Eu  imaginava que algumas coisas seriam inevitáveis o que deveria ter evitado tantas lágrimas, só que isso não aconteceu (...). “Por que Trudi Canavan você fez isso? Por que ser tão má?”.

“- Sonea. Ela estremeceu de susto, então se virou em direção à voz. Akkarin estava à sombra de uma grande árvore de braços cruzados. Ela se levantou apressada e fez uma reverência. – Lorde Supremo.”

Só espero que a Novo Conceito lance logo a trilogia “The Traitor Spy Trilogy” no Brasil. Afinal, com o gancho que a autora deixou em O Lorde Supremo, os fãs de Sonea e companhia como eu já estão roendo as unhas de curiosidade para saber quais serão as novas aventuras e perigos, em que a nossa querida maga vai se meter.

Super recomendo a Trilogia do Mago Negro.  Leiam, leiam e leiam!
Simplesmente muito amor!

abril 14, 2013

Stardust: O Mistério da Estrela por Neil Gaiman

Stardust - O Mistério da Estrela por Neil Gaiman.

ISBN: 9788561384357
Editora: Rocco
Ano: 2007
Número de páginas: 280
Classificação: 4 estrelas
Onde Comprar:  Livraria Saraiva, Submarino - Compare os Preços




Sinopse: Na Inglaterra da era Vitoriana, está a vila solitária que tira seu nome de uma imponente barreira de pedra que rodeia a fértil terra. A calma de muro é interrompida a cada nove anos, quando o mortal e o mágico se encontram numa feira única.







Depois de ler várias resenhas elogiando o autor Neil Gaiman, cheguei à conclusão que precisava descobrir o que o autor tinha de tão fantástico para todos se encantarem com as obras dele. Por esse motivo, achei que nada melhor do que começar lendo Stardust – O Mistério da Estrela, afinal eu até perdi as contas de quantas vezes já assisti ao filme. Claro, que me deparei com aquelas pequenas grandes diferenças entre o livro e o filme isso era algo para o qual eu já estava preparada. Porém, confesso que ainda estou em dúvida se gosto mais do livro, do filme ou dos dois igualmente. 

Acredito que a maior diferença entre um e outro é a velocidade como que as coisas acontecem, pois a forma com que o autor começa a narrativa é um pouco infantil e lenta demais.  Os primeiros capítulos que preenchem as lacunas que o filme deixou são mais arrastados e até “chatinhos”, quando comparados ao conjunto todo do livro. Esses capítulos iniciais funcionam como um tipo de introdução, pois nesse conto de fadas nada clichê criado por Neil Gaiman a história teve inicio bem antes de Tristan nascer.

Tudo começa quando Dunstan Thorn, pai de Tristan caminhava tranquilamente pela feira que acontece a cada nove anos no vilarejo de Muralha.  Durante essa caminhada que ele conhece uma jovem e misteriosa mulher que era mantida como escrava por uma bruxa.  A atração dos dois foi imediata e tão intensa, que nove meses depois trouxe ao mundo o pequeno Tristan. Dezessete anos mais tarde, o jovem Tristan Thorn perdidamente apaixonado por Victoria Foster, a moça mais bela do vilarejo faz uma promessa ousada.  Para se casar com a sua amada ele promete trazer a ela uma estrela cadente. A partir desse ponto o livro começa a ficar mais parecido com o filme. Digo parecido, mas vou deixar vocês na curiosidade, até por que sei que vocês não gostam de spoilers.

A história é muito rica em detalhes, não apenas na descrição da terra encantada de Faërie, mas também na criação dos personagens. Tristan, por exemplo, começa como um menino bobo e cegamente apaixonado, porém no decorrer da narrativa ele foi amadurecendo de tal forma que eu me senti levemente culpada por ter me irritado tanto com a paixonite dele. O mesmo aconteceu com Yvaine, - a estrela que a principio faz questão de deixar muito claro e o tempo todo a sua infelicidade por ter caído e muitas vezes esse jeito dela de deixar evidente o seu descontentamento me parecia um tanto “rude” e egoísta. Admito que em muitos momentos achei ela uma chata rabugenta, mas no final ela acaba não se “conformando” com a situação propriamente dita, porém amolecendo e entendendo que as coisas nunca mais vão ser como eram antes só que nem por isso ela precisa passar a eternidade toda reclamando de tudo, pois ela pode sim ser feliz aqui na Terra também.

A narrativa não possui toda a ação que tem no filme e isso foi o que mais me fez falta no livro. Mesmo que ele tenha contado com alguns momentos emocionantes que chegam até ser mais “sombrios” em relação à adaptação para o cinema, eu ainda prefiro essa parte no filme.  Aqui também Tristan e Yvaine são perseguidos pela Rainha das Bruxas  e pelos príncipes Stormhold, só que a forma com que essa perseguição foi desenvolvida no livro não me agradou. Eu esperava algo mais épico, empolgante, assustador, que os obstáculos enfrentados fossem mais difíceis só que foi tudo relativamente fácil demais. Não chega a ser decepcionante, só deixa com aquela sensação chata que faltou alguma coisa.

Apesar de achar que o livro deixou um pouco a desejar nesse sentido, fiquei encantada pela maneira com que o autor Neil Gaiman desenvolveu toda a história em si. Por mais que ao pegar o livro para ler, eu tivesse uma pequena noção da história que encontraria em momento algum a narrativa foi óbvia, para minha felicidade cada capítulo foi uma surpresa.   E o que mais me surpreendeu foi o final, pois eu estava esperando aquela coisa do tipo “e foram felizes para sempre”, afinal o filme passa essa sensação. Aqui embora o desfecho seja muito bonito, ele tem um toque tristeza que torna o livro um conto de fadas diferente, – sombrio, melancólico e ao mesmo tempo mágico e lindo. Bem, pelo visto o autor Neil Gaiman ganhou mais uma fã.

Pode possuir seus atos e baixos durante a narrativa, mas não decepciona quem procura uma mistura perfeita de aventura, magia com aquele toque de romance ao contrário, Stardust é aquele típico livro que vai conquistando você página após página. Para quem assim como eu, é fã de literatura fantástica e conto de fadas, ele é um livro que não pode deixar de ser lido. E mesmo para quem não curte muito o estilo, vale apena pelos momentos agradáveis que a leitura proporciona. 


Recomendo!

março 17, 2013

O Nome do Vento por Patrick Rothfuss

O Nome do Vento por Patrick Rothfuss.

• ISBN: 9788599296493
• Editora: Sextante
• Ano: 2009
• Número de páginas: 656
• Classificação: 3 estrelas
Onde Comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa, Submarino - Compare os Preços


Sinopse: A Crônica do Matador do Rei - Primeiro Dia.

Ninguém sabe ao certo quem é o herói ou o vilão desse fascinante universo criado por Patrick Rothfuss. Na realidade, essas duas figuras se concentram em Kote, um homem enigmático que se esconde sob a identidade de proprietário da hospedaria Marco do Percurso. Da infância numa trupe de artistas itinerantes, passando pelos anos vividos numa cidade hostil e pelo esforço para ingressar na escola de magia, O nome do vento acompanha a trajetória de Kote e as duas forças que movem sua vida: o desejo de aprender o mistério por trás da arte de nomear as coisas e a necessidade de reunir informações sobre o Chandriano - os lendários demônios que assassinaram sua família no passado

Pensei que esse momento ia tardar um pouco para acontecer em 2013, mas em fim a primeira resenha “complicada” do ano chegou. Não é segredo para ninguém que um dos meus gêneros literários favoritos é fantasia, motivo pelo qual O Nome de Vento deveria estar na lista dos meus livros favoritos, só que infelizmente ele não está. O livro não é todo ruim, porém deixou muito a desejar quando comparado a tudo que li e ouvi sobre ele.  Sinto em informar que essa não será mais uma resenha apaixonada tecendo inúmeros elogios ao autor e sua obra, mas será uma resenha sincera, onde procurarei passar o meu ponto de vista em relação ao que li.

O personagem central da história é Kvothe, o dono da hospedaria Marco do Percurso que esconde através de sua personalidade enigmática um passado sombrio e cheio de sofrimentos.  Vamos desvendando sua história através da narrativa que ele mesmo faz de sua vida a Devan Lochees, o Cronista e ao seu aprendiz Bast, que em minha opinião é um dos melhores personagens do livro. Em um primeiro momento, Kvothe tinha tudo para ser um personagem emocionante que me cativaria a cada página, mas não foi bem assim. Claro que eu me emocionei com todo o sofrimento e obstáculos pelo qual ele passa. Cheguei a torcer para que ele superasse tudo isso, porém em um determinado ponto da história algumas situações ficaram tão forçadas e sem lógica que sinceramente eu ficava sem entender por que ele agia daquela forma.

O autor reforçar tanto a “perfeição” de Kvothe que alguns trechos me pareceram incoerentes e totalmente fora de contexto. Um exemplo, desse exagero em criar essa imagem de herói para Kvothe por parte do autor é que mesmo o próprio personagem reforçando várias vezes que era um garoto órfão e sem nada, o comportamento dele demonstra uma arrogância que não coincide com o estigma de “pobre menino” excessivamente repetido ao longo de todo o livro.

Para começar Kvothe, mal chega à Universidade e faz questão de criar inimizade não apenas com um dos professores, mas como também com o aluno mais influente e perigoso do local. E tudo isso para quê? Porque Kvothe é simplesmente bom demais para baixar a cabeça para eles.  Além do mais esse “brilhantismo” todo e a forma como que o protagonista resolvia e se safava de algumas situações eram “milagrosas” e heroicas demais se levarmos em conta que no período em que a sua história está sendo narrada, ele só tem quinze anos.

O Nome do Vento é um bom livro para quem busca uma história com um pouco de aventura e mistério. É visível e louvável o esforço de Patrick Rothfuss ao criar todo um cenário fantástico com costumes, línguas e simbologias específicas. O livro é riquíssimo em descrições tanto dos cenários como dos personagens, o grande problema disso é que me pareceu que o autor preocupou-se mais em descrever o ambiente e seus elementos do que com o desenvolvimento da história em si.

A narrativa tem diversas paradas e mudanças bruscas o que fez com que o meu ritmo de leitura oscila-se entre o devagar quase parando e tão rápido quando a velocidade da luz.  Confesso que o me segurou e fez como que eu lesse o livro até o fim, foi a minha curiosidade em relação ao Chandriano e os Amyrs, porém mesmo eles sendo o que fato sustentam toda essa a aura de mistério e fantasia da história, pelo menos nesse primeiro livro não passaram de citações ocasionais que tem como intenção prender a atenção do leitor. Algo que pelo menos comigo deu certo.

Sinceramente eu não estou tão animada para ler a continuação da trilogia como eu esperava ficar após ler esse livro. Na verdade eu estou triste por não ter conseguido gostar tanto da história como todo mundo gosta. Talvez em outro momento eu possa até reler O Nome do Vento como uma forma de tentar mudar minha opinião sobre a obra e acabar me apaixonando pelo livro, porém agora a sensação que eu tenho é que foi um pouco de enrolação demais para desenvolvimento de menos.

Possui uma premissa boa com uma trama bem estruturada e interessante, porém como livro de fantasia é fraco e pouco convincente.

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